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ROMANTISMO NO BRASIL PORTUGUES

Romantismo no brasil

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Page 1: Romantismo no brasil

ROMANTISMO NO BRASIL

PORTUGUES

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INTRODUÇÃO

O romantismo é todo um período cultural, artístico e literário que se inicia na

Europa no final do século XVIII, espalhando-se pelo mundo até o final do

século XIX. O berço do romantismo pode ser considerado três países: Itália,

Alemanha e Inglaterra. Porém, na França, o romantismo ganha força como em

nenhum outro país e, através dos artistas franceses, os ideais românticos

espalham-se pela Europa e pela América. As características principais deste

período são : valorização das emoções, liberdade de criação, amor platônico,

temas religiosos, individualismo, nacionalismo e história. Este período foi

fortemente influenciado pelos ideais do iluminismo e pela liberdade

conquistada na Revolução Francesa.

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O ROMANTISMO NOBRASIL

Em nossa terra, iniciasse em 1836 com a publicação, na

França, da Nictheroy Revista Brasiliense, por Gonçalves de

Magalhães. Neste período, nosso país ainda vivia sob a euforia

da Independência do Brasil. Os artistas brasileiros buscaram

sua fonte de inspiração na natureza e nas questões sociais e

políticas do pais. As obras brasileiras valorizavam o amor

sofrido, a religiosidade cristã, a importância de nossa natureza,

a formação histórica do nosso pais e o cotidiano popular

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1ª GERAÇÃO ROMÂNTICA: ANTÔNIO GONÇALVES DIAS

Nascido no Maranhão a 10 de agosto de 1823, Gonçalves Dias orgulhava-se de trazer em suas veias o sangue das três

raças que formaram a etnia brasileira: era filho de um comerciante português branco e de uma cafuza (mestiça de negro e

índio). Adolescente, seguiu para Portugal, onde concluiu os estudos secundários e formou-se em Direito na Universidade

de Coimbra. Em seu exílio voluntário teve oportunidade de ler os clássicos europeus, principalmente os portugueses.

Voltou ao Brasil em 1845, onde rapidamente distinguiu-se entre as personalidades de seu tempo, chegando a obter

proteção de D. Pedro II. Aos 23 anos apaixonou-se por uma menina de 14 anos, Ana Amélia Ferreira do Vale. Apesar de ser

correspondido por ela, teve sua mão recusada pelo pai da moça, que não via com bons olhos a união dos dois (racismo).

Gonçalves Dias acabou casando-se com aos 29 anos com D. Olímpia Coriolana da Costa, moça pertencente a uma boa

família do Rio de Janeiro. Seus melhores versos amorosos foram, entretanto, inspirados pela menina Ana Amélia alguns

deles absolutamente antológicos.

Além de escritor, foi professor de Latim e de História do Brasil no Colégio Pedro II, viajou com patrocínio para fazer

vários estudos, entre eles uma viagem à Amazônia, onde pesquisou Linguística e Etnografia (estudo e descrição das

manifestações dos povos – língua, costume, religião etc.). Esteve em Portugal em diversas ocasiões, totalizando catorze

anos de estadia naquele país. Na volta de uma viagem que fizera a Portugal para cuidar de sua saúde já fragilizada pela

tuberculose, o navio em que estava o Ville de Bougne naufragou. Era o dia 3 de novembro de 1864, cerca de três meses

depois que o poeta completara 41 anos.

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JUCA PIRAMA

Juca Pirama é um poemeto (poema curto) épico escrito

em dez cantos curtos, que narram a história de um jovem

guerreiro descendente da tribo Tupi. Sua tribo havia sido

dizimada pelos brancos e só restavam ele e o pai. Eis que o

rapaz cai prisioneiro dos Aimorés, tribo antropófaga. Eles

acreditam que, comendo a carne do inimigo, estariam

subtraindo a força dos opositores e somando a a própria.

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SEGUNDA GERAÇÃO ROMÂNTICA

A segunda geração romântica no Brasil é o período que corresponde de 1853 a 1869.

Denominada “Ultrarromântica” ou a Geração “Mal do Século” os principais temas dessa

fase são: morte, amor não correspondido, tédio, insatisfação, pessimismo.

No Brasil, tem como marco inicial a publicação da obra Poesia (1853), de Álvares de

Azevedo (1831 1852). Nessa fase, a literatura sofreu forte influência do poeta britânico

George Gordon Byron (17881824), uma vez que os escritores absorvem um estilo de vida

boêmio e noturno, além do pessimismo romântico presente na literatura de Byron. Por

isso, essa geração ficou conhecida também por “Geração Byroniana”.

Os principais autores da segunda geração romântica portuguesa são: Camilo Castelo e

Soares

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MANUEL ANTÔNIO ÁLVARES DE AZEVEDO

Manuel Antônio Álvares de Azevedo, nasceu aos 12 de setembro de

1831, em São Paulo. Matriculou-se no curso de Direito em 1848 e

deu início à produção literária, ao passo que começou a sentir os

primeiros sintomas de tuberculose.

Alguns dizem que o autor teve uma vida boêmia e para outros, uma

vida casta. Contudo, suas poesias mostram uma ideia fixa em sua

própria morte, provavelmente por saber do estado de saúde em que

se encontrava. Entretanto, o poeta também passou pela experiência

da morte prematura do irmão e de seus colegas de faculdade.

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TERCEIRA GERAÇÃO ROMÂNTICA: CONDOEIRA

A terceira geração romântica é caracterizada pela poesia libertária

influenciada, principalmente, pela obra Político social do escritor e poeta francês

Victor Hugo, que originou a expressão "geração hugoana". Além disso, a ave

símbolo da geração é o condor, ave que habita o alto das cordilheiras dos Andes,

e que representa a liberdade daí o nome da geração ser condoeira. A poesia

dessa geração é combativa e prima pela denúncia das condições dos escravos,

decorrência do sistema econômico brasileiro, baseado no trabalho escravo. Os

poetas dessa geração também clamam por uma poesia social em que a

humanidade trabalhe por igualdade, justiça e liberdade.

Seus principais autores são Castro Alves e Sousândrade

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CASTRO ALVES

Antônio Frederico de Castro Alves foi um importante poeta

brasileiro do século XIX. Nasceu na cidade de Curralinho

(Bahia) em 14 de março de 1847. No período em que viveu

(18471871), ainda existia a escravidão no Brasil. O jovem

baiano, simpático e gentil, apesar de possuir gosto

sofisticado para roupas e de levar uma vida relativamente

confortável, foi capaz de compreender as dificuldades dos

negros escravizados.

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RESUMO CANÇÃO DO EXÍLIO GONÇALVES DIAS

"Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá.

As aves , que aqui gorjeiam,

Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais

estrelas.

Nossas várzeas têm mais

flores,

Nossos bosques têm mais

vida

"Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,

Mais prazer encontro eu lá.

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem palmeiras,

Que tais não encontro eu cá:

Em cismar:sozinho,

à noite Mais

prazer encontro eu lá:

Minha terra tem palmeiras.

Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu

morra,

Sem que eu volte para lá:

Sem que desfrute os

primores

Que não encontro por cá:"

Sem qu'inda aviste as

palmeiras,

Onde canta o Sabiá.

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LOUCO (HORA DE DELÍRIO) JUNQUEIRA FREIRE (1832 1855)

Não, não é louco. O espírito

somente

É que quebroulhe

um elo da matéria.

Pensa melhor que vós, pensa

mais livre,

Aproximase

mais à essência etérea.

Achou pequeno o cérebro que

o tinha:

Suas idéias não cabiam nele;

Seu corpo é que lutou contra

sua alma,

E nessa luta foi vencido

aquele,

Foi uma repulsão de dois

contrários:

Foi um duelo, na verdade,

insano:

Foi um choque de agentes

poderosos:

Foi o divino a combater com o

humano.

Agora está mais livre. Algum

atilho

Soltouselhe

o nó da inteligência;

Quebrouse

o anel dessa prisão de carne,

Entrou agora em sua própria

essência.

Agora é mais espírito que

corpo:

Agora é mais um ente lá de

cima;

É mais, é mais que um homem

vão de barro:

É um anjo de Deus, que Deus

anima.

Agora, sim o

espírito mais livre

Pode subir às regiões

supernas:

Pode, ao descer, anunciar aos

homens

As palavras de Deus, também

eternas.

E vós, almas terrenas, que a

matéria

Os sufocou ou reduziu a

pouco,

Não lhe entendeis, por isso, as

frases santas.

E zombando o chamais,

portanto: um

louco!

Não, não é louco. O espírito

somente

É que quebroulhe

um elo da matéria.

Pensa melhor que vós, pensa

mais livre.

Aproximase

mais à essência etérea.

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CASIMIRO DE ABREU

Casimiro José Marques de Abreu (Silva Jardim, 4 de janeiro de 1839 — Nova Friburgo, 18 de

outubro de 1860) foi um poeta brasileiro da segunda geração do romantismo. Filho do

fazendeiro português José Joaquim Marques de Abreu e de Luísa Joaquina das Neves, uma

fazendeira de Silva Jardim (na época, Capivary), viúva do primeiro casamento. Com José

Joaquim ela teve três filhos, embora nunca tenham sido oficialmente casados. Casimiro

nasceu na Fazenda da Prata, em Casimiro de Abreu, propriedade herdada por sua mãe em

decorrência da morte do seu primeiro marido, de quem não teve filhos. A localidade onde

viveu parte de sua vida, Barra de São João, é hoje distrito do município que leva seu nome, e

também chamada "Casimiro de Abreu", em sua homenagem. Recebeu apenas a instrução

primária no Instituto Frese, dos onze aos treze anos, em Nova Friburgo, então cidade de

maior parte da região serrana do estado do Rio de Janeiro, e para onde convergiam, à época,

os adolescentes induzidos pelos pais a se aplicarem aos estudos.

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FIM