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Escola do Trabalho Seminário Elaborado por : Camila Matos Giulian de Almeida Maykon Lopes Nathalia Aureliano

Seminário escola do trabalho Pistrak Parte 2

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Escola do Trabalho

Seminário Elaborado por:

Camila Matos

Giulian de Almeida

Maykon Lopes

Nathalia Aureliano

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FUNDAMENTOS DA

ESCOLA DO

TRABALHOMOISEY

PISTRAK

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Pistrak e a Escola do Trabalho

CONTEXTO HISTÓRICO

VISÃO DE HOMEM

TEORIA E PRÁTICA

PAPEL DA EDUCAÇÃO/ RELAÇÃO TRABALHO-

EDUCAÇÃO

ASPECTOS DIDÁTICOS

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Contexto Histórico

Declínio do Czarismo

Revolução Russa

- Revolução de Fevereiro ou Revolução Branca

- Revolução de Outubro ou Revolução Vermelha

URSS Stalinista

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Contexto Histórico -

Personagens

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Visão de Homem

Homem como ser inteiro, ativo, consciente de seu papel dentro de seu contexto real.Um novo homem intelectual, preocupado com a cultura, a política e com a sociedade deseu tempo.

Homem OMINILATERAL

''A primeira questão que se coloca é que a relação ciência e trabalho pressupõe um processo formativo que compreenda a educação para além da escola, no qual as experiências sociais, políticas, profissionais, enfim, da realidade são integradas ao processo de da educação que toma o trabalho nas relações amplas que o homem estabelece entre si e com a natureza e proporciona o desenvolvimento integral do homem, numa perspectiva omnilateral. O trabalho, como atividade humana concreta e social, intelectual e manual, técnica e científica, não só apreende o espaço social como um todo, mas é apreendido pelo mesmo.Assim, o saber adquirido na escola, o saber adquirido na experiência concreta e o saber das relações sociais e políticas constituem-se como um todo que formam, deformam e transformam o trabalhador.” (PISTRAK)

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Teoria e PráticaPistrak elabora suas teorias com base na sua experiência nas escolas soviéticas noperíodo pós-revolucionário. Uma de suas maiores preocupações girava em torno danecessidade do aprofundamento da teoria e da compreensão e ação na realidade pormeio do materialismo histórico-dialético por parte do educador. Em um trecho de seulivro ele afirma:

,

Em reuniões que tive nos últimos anos com muitoscompanheiros em congressos, conferências, cursos,debates, etc., sempre observei um mesmo fenômeno:o professor primário procura avidamente respostasdetalhadas a uma porção de questões práticas,metodológicas, didáticas e outras: “Como agir nestecaso?” “Como aplicar esta ou aquela parte doprograma?”, “Como organizar na escola esse ouaquele trabalho?”, etc. Estudando centenas deperguntas feitas por escrito aos relatores emdiferentes lugares, percebe-se facilmente que amassa dos professores se apaixona principalmentepor questões práticas; mas a teoria deixa osprofessores indiferentes, frios, para não falar deestados de espírito ainda menos receptivos.(PISTRAK)

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Teoria e prática Pistrak objetivava destruir as bases da antiga escola autoritária burguesa, que se pretendia

apolítica e neutra, mas que na verdade estava a serviço da classe dominante. Nestaperspectiva, nenhum problema escolar pode ser tratado descolado das questões políticasgerais.

Para resolver o problema e para que a nova escola soviética obtenha sucesso, o autorafirma que é necessário compreender três pontos:1. Sem uma teoria revolucionária, não existe prática revolucionária, apenas acrobacias

pedagógicas sem finalidade social, buscando apenas resolver problemas pontuais, caso a caso.Alerta que deve ocorrer uma revisão de valores a luz da pedagogia social e que antes depensar em métodos de ensino de cada disciplina, o educador deve demonstrar porque ela énecessária.

2. Adotar a teoria marxista como uma arma capaz de transformar a escola e desta forma,devemos adotá-la na prática, sem alterações. Que o professor munido destes pressupostos sejacapaz de criar um bom método pedagógico.

3. Para que a pedagogia social torne-se viva e eficaz é necessário que o professortransforme-se em um militante social ativo.

Em sua concepção de escola e educação não poderia haver sucesso da pedagogia social se oprofessor estivesse isolado, já que o trabalho educativo deve ser coletivo.

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Papel da educaçãoA educação pistrakiana fundamenta-se numa perspectiva histórica de formação de uma sociedade crítica revolucionária, que compreende o projeto burguês e luta para superar a sociedade de classes, a propriedade privada dos meios de produção,e as suas estruturas paradoxais. A educação é entendida por Pistrak como uma poderosa ferramenta capaz de fomentar a construção do socialismo na Rússia, devendo a mesma romper com os preceitos do capitalismo. O que estava em jogo era a formação integral da humanidade, reinventando a cultura e novos princípios formativos do e para o mundo. Os conteúdos do ensino oferecidos às novas gerações teriam o papel de armar a criança para a construção de uma nova ordem, com novos conhecimentos e além dos conteúdos escolares, explorando e problematizando as mediações com a sociedade do presente. Segundo Pistrak, o objetivo do educando é adquirir a ciência, e “os objetivos do ensino e da educação consistem numa transformação dos conhecimentos em concepções ativas”. Articula-se, portanto, ciência, realidade e trabalho para a formação de trabalhadores completos.

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Pistrak concebe a escola do trabalho como um instrumento que capacite o homem acompreender seu papel na luta internacional contra o capitalismo, o espaço ocupado pelaclasse trabalhadora nessa luta e o papel de cada um, no seu espaço, para travar a luta contra asvelhas estruturas. Uma vez que a realidade atual se dá na forma da luta de classes, trata-se depenetrar nessa realidade e viver nela – daí a necessidade da escola educar os jovens conformea realidade do momento histórico -, compreendendo-a e, por sua vez, a transformando. Aeducação é também uma forma de ação político-social que não se limita a interpretar omundo, mas que procura pela prática educativa, desenvolver uma ação transformadora doreal. Entender, ter consciência dos processos que se reproduzem através do ensino é naverdade compreender as modificações produzidas por uma sociedade que tem no sistemacapitalista a justificativa para toda a estratificação do trabalho e do trabalhador. Écompreender que a organização do trabalho na escola prepara os estudantes para o trabalhoem sociedade.

“O trabalho na escola, enquanto base da educação, deve estar ligado ao trabalho social, à produção real, a uma atividade concreta socialmente

útil, sem o que perderia seu valor essencial, seu aspecto social, reduzindo-se, de um lado, à aquisição de algumas normas técnicas, e, de outro a procedimentos metodológicos capazes de ilustrar este ou aquele detalhe de um curso sistemático. Assim, o trabalho se tornaria anêmico,

perderia sua base ideológica “(Pistrak).

Relação trabalho - educação

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Citação de

Manacorda

‘’O fim é formar uma vida da comunidade em que ciência e trabalho pertençam a todos os indivíduos. Isso significa que a escola não pode deixar de se configurar a não ser como o processo educativo em que coincidem a ciência e o trabalho; uma ciência não meramente especulativa, mas operativa, porque sendo operativa, reflete a essência do homem, sua capacidade de domínio sobre a natureza; um trabalho não destinado a adquirir habilidades parciais do tipo artesanal, porém o mais articulado possível, pelo menos em perspectiva, à tecnologia da fabrica, a mais moderna forma de produção’’ (MANACORDA).

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Aspectos Didáticos

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Princípios da base da escola do

trabalho

Relações com a realidade atualAuto-organização dos alunos

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Os trabalhos domésticos

“as tarefas domésticas

coletivas”(p.50)

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Os trabalhos sociais que não

exigem conhecimentos

especiais

A escola deve ser um centro cultural capaz de participar da

vida social

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As oficinas

No início da revolução otrabalho na escola eradesenvolvido através daescultura, desenho, trabalhocom papelão e diferentes tiposde modelagem.

Trabalho e aula não possuíamcanais de comunicação

Pistrak assume o papel daoficina profissional nas escolas,instituídas em outubro de 1918por um Regulamento sobre a“Escola Única do Trabalho”, emque o trabalho na oficina escolarliga-se ao estudo dos ofíciosartesanais, urbanos ou rurais,enfatizando seu valor específico.

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O trabalho agrícola

No campo, a escola é o centro cultural mais importante, daí suaimportância em formar os organizadores do futuro,conquistando o apoio da população, mostrando que ainstituição infantil está à altura de suas tarefas sociais.

“divulgar no campo a influência cultural da cidade” (p. 62).

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A fábrica

“Toda a realidade atual desemboca na fábrica” (p. 67).

“o que é importante, do ponto de vista pedagógico, é que as crianças tenham o sentimento de colaborar na produção; o que

também é importante é que tenham a liberdade de estudar a fábrica em todas as suas partes” (p. 69).

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O trabalho improdutivo

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Objetivo da escola

Formar crianças para serem trabalhadores completos.

Necessidade da escola fornecer uma formação básica técnica e social que possibilite o educando a orientar-se na vida real.

“Temos ainda o hábito de impor aos alunos que chegaram ao fim de seus estudos

escolares a passagem por um purgatório de provas de todos os tipos e nomes: composições, trabalhos trimestrais,

trabalhos práticos, revisão de conhecimentos, etc. simples camuflagem

dos exames infernais!” (p. 79).

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O complexo

[...] o objetivo do esquema do programa oficial é ajudar o aluno a compreender a realidade atual de um ponto de vista marxista, isto é,

estudá-la do ponto de vista dinâmico e não estático. Estudasse a realidade atual pelo conhecimento dos fenômenos e dos objetos em suas relações

recíprocas, estudando-se cada objeto e cada fenômeno de pontos de vista diferentes. O estudo deve mostrar as relações recíprocas existentes ente os aspectos diferentes das coisas, esclarecendo-se a transformação de certos fenômenos em outros, ou seja, o estudo da realidade atual deve utilizar o

método dialético. (p. 134),

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Primeira interpretação

Cada disciplina abordaria o objetode estudo de acordo com as suasespecificidades, sem a preocupaçãode interligar disciplinas entre si,tampouco as questões de fundo queas perpassam ou transpassam.

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Segunda interpretação

“o desenvolvimento de ideias sugeridas por um objeto, a

concentração de todo programa de ensino sobre um dado objeto,

durante um tempodeterminado”.(p. 133)

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Terceira interpretação

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Assembleia geral das

Crianças

O professor é apenas um membro. A auto-organização das crianças é uma escola de responsabilidades

assumidas. A cooperativa escolar.

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Fim!!!