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Escola Secunddária Stuart Carvalhais
Tem-se assistido em Portugal a um crescimento demográfico, tendo esse acelerado a parti do
final dos anos 90 de séc. XX, até se tornar mais lento em 2004.
A parti dos gráficos dos documentos analisados, podemos ver que este crescimento resulta
dos fluxos emigratório registado desde a segunda metade do séc XX. Contudo a população
nacional apesar de ter aumentado, é cada vez mais envelhecida, isto deve-se a vários factores,
entre eles ao baixo nível de fecundidade registada em Portugal, que apresenta um nível
inferior ao exigido para substituir as gerações actuais, ou seja, aproximadamente 2 filhos por
mulher, outro factor que também contribui para o envelhecimento da população é o aumento
da esperança média de vida, que apresenta valores mais significativos entre a população
masculina, diminuindo a diferença entre homens e mulheres, este aumento deveu-se em
grande parte a diminuição da taxa de mortalidade durante a segunda metade do séc. XX.
Este índice de envelhecimento terá um grande impacto na população portuguesa a nível social,
económico e demográfico, pois a população activa irá diminuir, pois se a população esta a
envelhecer rapidamente, cada vez iram haver menos pessoas a contribuir para a riqueza do
país, o envelhecimento irá também levar a um decréscimo demográfico, pois se há cada vez
mais idosos e menos jovens, o saldo fisiológico será negativo, sendo que a população idosa
exceder a população jovem, e o aumento do número de reformados e pensionistas, o que irá
reflectir-se na economia nacional, pois se há cada vez menos pessoas a trabalhar e a fazer
desconto, a actual população activa quando chegar à idade de reforma possivelmente não
haverá fundos para pagar a toda a população.
Devido a este problema e com vista a inverte-lo, tem-se tomado varias medidas, entre elas
destacam-se imigração, pois a população de imigrantes geralmente é mais jovem que a
população local, concentrando-se sobretudo nas idades activas, atenuando o envelhecimento.
A população imigrante tem cada vez mais peso no número anual de nascimento dos pais
acolhedor, aumentando o índice de fecundidade, invertendo o índice de envelhecimento.
Outra medida usada pelo governo nacional são políticas natalistas, incentivos aos casais a
terão cada vez mais filhos, estes incentivos passam por regalias sociais, como a licença de
maternidade, e económicas, como abono as famílias.
Contudo os reflexos demográficos em Portugal tem vindo a mudar principalmente na segunda
metade do sec XX, apesar de ainda vários valores como o crescimento da população e o
número de filhos por mulher, serem baixos, tem tendência a aumentar, são por parte da
população nacional, mas pelos imigrantes, pois Portugal cada vez mais a mulher tem assumido
um papel mais importante no mercado de trabalho, e o ingresso tardio dos jovens no mercado
de trabalho, devido à maior escolaridade e consequente dependência das gerações mais novas
face as mais idosas, o que são factores decisivos sobre o número de filhos a ter.
Com as projecções do INE a apontarem para a diminuição da população e para o aumento do
envelhecimento, a sociedade portuguesa depara-se com o problema de encontrar respostas
de modo a inverter a situação e garantir uma sociedade inclusiva para todos.
A população moçambicana é caracterizada por uma elevada população, aproximadamente seis
mil milhões de indivíduos (12 de Outubro de 1999), mas as Nações Unidas contava que a
população ultrapassa-se os 19 milhões de habitantes nesta altura, segundo o Censo de 1997, a
população moçambicana andava apenas pelos 16 milhões.
Os indicadores que permitem avaliar as características demográficas da população são:
Natalidade:
2000 2005 2010 2015 2020 Taxa bruta de natalidade (%) 42,9 40,5 38,6 36,5 34,3
Mortalidade:
2000 2005 2010 2015 2020
Taxa bruta de mortalidade (% ) 19,1 16,4 15,2 13,7 11,8
Esperança media de vida:
2000 2005 2010 2015 2020
Esperança de vida, total (em anos)
44,3 47,1 48,5 50,6 54
Idade mediana da população
Idade mediana da população (em anos)
17,5 17,7 18,3 18,6 19
População dos 0-14 anos
Populaçao, 0-14 (em milhares)
7,699,50 8,476,40 9,314,10 10,312,40 11,326,70
População dos 15-64 anos
Populaçao, 15-64 (em milhares)
9,067,30 10,429,50 11,963,70 13,533,60 15,316,10
Populção dos 65+ anos
Populaçao, 65 e + (em milhares)
473,8 514,1 576,5 671,5 796,3
População homem
Populaçao, homens (em milhares)
8,281,30 9,368,40 10,591,00 11,937,40 13,419,70
População mulher
Populaçao, mulheres (em milhares)
8,959,40 10,051,60 11,263,40 12,580,20 14,019,30
Podemos concluir, depois da analise dos dados que a população moçambicana é uma
população que progressivamente a taxa de natalidade vem a diminuir, mas não é uma
descida muito acentuada, pois para 2020 estima-se que a taxa de natalidade ronde os
34,3%, enquanto em 2000 a mesma era de 42,9%.
Em relação a mortalidade, também tende a diminuir, devidas as novas formas de prevenir
as doenças sexuais por exemplo, em 2000 a taxa era de 19,1% e em 2020 passará para
11,8%.
Por outro lado temos a esperança média de vida da população, devido a falta de condições
sanitárias, falta de assistência medica, alimentação em 2000 a esperança média de vida em
Moçambique era de 44 anos, e com as melhorias das condições de vida em 2020, esta
subirá para 54 anos.
E por fim podemos concluir que a população moçambicana é uma população
predominantemente jovem.
Embora o país goze de independência há 27 anos, actualmente vive quase na “dependência
política, económica e cultural”. Os países mais desenvolvidos fazem com que o Moçambique
seja dependente.
O discurso oficial afirma que o Moçambique está somando altos índices de crescimento,mas o
cidadão comum acha que está tudo na mesma, ou á piora. A pequena burguesia fortifica-se dia
a dia, quando milhares de moçambicanos perdem seu emprego, vivem em condições infra-
humanas e não têm o suficiente para subsistir. Podemos assim comparar as duas realidade
vivida no país.
Não se pode negar que na última década Moçambique teve um progressivo crescimento
económico a nível da macroeconomia:
controle da inflação,
estabilidade relativa da moeda nacional (Metical),
normalização do sistema bancário,
mínimo de segurança sociopolítica, que assegura investimentos estrangeiros.
Outro facto inegável é a reconstrução progressiva, embora lenta, da rede escolar,
sanitária e comercial.
O crescimento “oficial” continua a ser questionável. Há, de facto, um certo crescimento
económico, mas não um desenvolvimento social integral.
Em relação ao que foi dito antes, não se deu o crescimento a nível da microeconomia. Falta o
desenvolvimento dos mais pobres, a componente social do desenvolvimento, pelo que o preço
mais caro é pago pelos mais pequenos. Estão perante uma situação económica gritante: alto
nível de pobreza absoluta. Com foi dito no início, o 70%, ou seja, 3/4 da população vive na
linha da pobreza absoluta. Em termos comparativos, o crescimento ainda está abaixo dos
índices de 1973.
Eis alguns indicadores mais significativos da situação:
o salário mínimo actual (último reajuste em Maio de 2002, em 1,1 $), todos sabem que
é insuficiente para o sustento diário de uma família;
a indústria nacional está mergulhada num mar de dificuldades de ordem estrutural,
financeira e tecnológica;
as privatizações geraram falência (muitas das indústrias privatizadas ou estão
fechando, ou não liquidaram as dívidas referentes à sua adquisição, tendo pago
apenas o 11%), com o consequente aumento de desempregados (o fechamento das
fábricas de caju deixou mais de 9.000 desempregados);
e o descontrole do mercado informal.
O modelo de desenvolvimento seguido pelo Moçambique é baseado nas linhas traçadas pelo
Banco Mundial (BM) e pelo Fundo Monetário Internacional. Houve uma alteração estrutural
profunda da economia e o país ainda não se recuperou da mudança. Só se pode falar em
termos de estabilização da economia a partir dos anos 1995/97.
Há um plano oficial para enfrentar a actual situação económica chamado “Plano de Acção para
a Redução da Pobreza Absoluta” (PARPA), com o seguinte objectivo geral:
reduzir a taxa de pobreza de 70% para 50%, nos próximos cinco anos. Priorizam-se seis
áreas: a educação, a saúde, a agricultura, as infra-estruturas básicas, a boa
governabilidade e a macroeconomia.
Metade do financiamento externo não é de registo contabilístico, pois o controle saiu do
Banco Central (Banco de Moçambique). Além disso, entra muito dinheiro entregue com certas
bases políticas e outros critérios menos transparentes. Os recursos que vêm do BM/FMI e
outros, muitas vezes, para projectos determinados, mais do 50% retorna ao país de origem,
por causa da contratação de empresas, técnicos e materiais estrangeiros.
O Orçamento Geral do Estado (OGE) é financiado em mais do 50% através de recursos
externos. Além desta situação estrutural de dependência, o problema agrava-se pela utilização
que se faz do referido financiamento. Estes não são aplicados em meios de produção, factores
de produção, na economia nacional, etc., mas sim em bens de luxo,carros, bebidas, casas,
viagens, em negócios pessoais ou de grupos.
Em termos económicos, o país não faz nenhum planejamento sem primeiro ter a resposta dos
que podem dar dinheiro e dizer o que deve ser feito e como deve ser feito. Se este ritmo
continuar, pode-se chegar até à dependência absoluta.
14% das crianças morrem antes de completar um ano de vida;
24,6 % das crianças morrem antes de completar cinco anos.
Uma mulher moçambicana vive, em média, até os 44 anos e um homem até os 41.
54 % das consultas ambulatórias e 40% das internações nos hospitais deve-se à
malária, que é também a primeira causa de morte no país.
40 % das pessoas mora a 20 quilómetros de um Posto de Saúde.
Apenas 44 % dos partos são assistidos por um profissional da Saúde.
A má nutrição afecta quase a metade das crianças do país.
Situação do HIV/SIDA no país
O primeiro estudo sobre a SIDA realizado em Moçambique foi em 1987, nas capitais
provinciais, junto a uma população de faixa etária de 15 aos 44 anos de idade, e
demonstrou que a prevalência do HIV/SIDA era globalmente de 3,3 %.
A partir de 1992, ano do Acordo Geral de Paz, assiste-se a um aumento acentuado de
pessoas portadoras de HIV, coincidindo com o retorno de moçambicanos refugiados
nos países vizinhos (Zâmbia, Zimbabwe, Malawi, África do Sul), países com níveis
muito elevados de serro prevalência.
Actualmente, um número elevadíssimo de pessoas na nossa sociedade,
nomeadamente crianças, adolescentes e jovens são vítimas desta doença.
Dados de 2001
Infectados de HIV/SIDA: 1.340.000 pessoas, das quais 92.000 são menores de 15 anos
de idade. 248.301 crianças menores de 15 anos são órfãs por causa da SIDA.
Distribuição dos infectados pelo HIV/SIDA, de 15 a 49 anos de idade, por Regiões:
REGIÃO NORTE: (Províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula): 13,9 %.
REGIÃO CENTRO (Províncias da Zambézia, Tete, Manica e Sofala): 20,9 %.
REGIÃO SUL (Províncias de Inhambane, Gaza e Maputo): 12,8.
(Dados do Ministério da Saúde, Maputo, 2001).