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Biografia
Durante vinte anos ele foi aluno da Academia
de Platão
Seu pai era um médico de renome; um cientista
da natureza,
A maior parte dos escritos de Aristóteles
compõe-se de apontamentos feitos para suas
aulas
As preocupações deste pensador retornaram à
natureza.
Rompe, principalmente, com o dualismo
platônico.
Alexandre e Aristóteles
“Platão estava tão mergulhado nas formas
eternas, no mundo das “idéias”, que quase
não registrou as mudanças da natureza.
Aristóteles, ao contrário, interessava-se
justamente pelas mudanças, por aquilo
que hoje chamamos de processos
naturais” Gaarder.
Ela sai da caverna para contemplar o
mundo vivido
A crítica de Aristóteles
Platão utilizou-se somente da razão para
vislumbrar o mundo das idéias. Aristóteles, por
sua vez, utilizou a razão, porém, analisou com ela
o mundo vivido.
“Ele também concordava que, em si, a forma do
cavalo era eterna e imutável. Mas a “idéia” cavalo
não passava para ele de um conceito criado pelos
homens e para os homens, depois de eles terem
visto um certo número de cavalos. A “idéia” ou a
“forma” cavalo não existia, portanto, antes da
experiência vivida” Gaarder.
A crítica de Aristóteles
“Para ele, as “formas” estavam dentro das
próprias coisas; as “formas” das coisas eram
suas características próprias”
“Aquilo que Aristóteles chama de a “forma”
de galinha está em todas as galinhas e são as
características que distinguem as galinhas. Por
exemplo, o fato de elas botarem ovos. Assim, a
galinha em si e a “forma” galinha são duas
coisas tão inseparáveis quanto o corpo e a
alma”.
A crítica de Aristóteles
“Para Platão, o grau máximo de realidade
está em pensarmos com a razão. Para
Aristóteles, ao contrário, era evidente que o
grau máximo de realidade está em
percebermos ou sentirmos com os
sentidos”.
Os sentidos como caminho para a razão
A crítica de Aristóteles
“Platão considera tudo o que vemos ao
nosso redor na natureza meros reflexos de
algo que existe no mundo das idéias e, por
conseguinte, também na alma humana.
Aristóteles achava exatamente o contrário:
o que existe na alma humana (mente) nada
mais é do que reflexos dos objetos da
natureza”.
A crítica de Aristóteles
“Para Aristóteles, Platão foi prisioneiro de
uma visão mítica do mundo, que confundia
as idéias dos homens com a realidade do
mundo” (Gaarder).
A crítica de Aristóteles
“Aristóteles não negava que o homem
tivesse uma razão inata. Muito pelo
contrário: para ele, a razão era precisamente
a característica mais importante do homem.
Só que nossa razão permanece „vazia‟
enquanto não percebemos nada. Uma
pessoa, portanto, não possui „idéias‟ inatas.
(Gaarder).
A razão, neste sentido, é uma capacidade e
não um conteúdo.
A crítica de Aristóteles
Friedrich Nietzsche
Em “O Crepúsculo dos Ídolos”:
“Platão é um covarde diante da
realidade – conseqüentemente,
refugia-se no ideal” (Nietzsche,
1996:388).
“Aristóteles não julga o mundo das
coisas sensíveis, ou a Natureza, um
mundo aparente e ilusório. Pelo
contrário, é um mundo real e
verdadeiro cuja essência é,
justamente, a multiplicidade dos seres
e a mudança incessante” (Chauí,
1999:217).
MétodoPara que algo venha ser alvo de
reflexão para Aristóteles existe um
primeiro pressuposto: que ele faça
parte do mundo cotidiano e não do
distante mundo das idéias e ideais!
Porque tudo que existe é porque,
antes de tudo, foi apreendido pelos
sentidos
Método“Aristóteles constatou que a realidade
consiste em várias coisas isoladas, que
representam uma unidade de forma e
substância. A “substância” é o material de
que a coisa se compõe, ao passo que a
“forma” são as características peculiares
da coisa” (Gaarder).
Método - exemplo
“Uma galinha bate as asas na sua frente. A
„forma‟ da galinha é precisamente o bater de
asas, o cacarejar e a postura de ovos. Assim,
a „forma‟ da galinha são as características
próprias da espécie. Em outras palavras, a
„forma‟ da galinha é aquilo que ela faz.
Quando a galinha morre – e, portanto, pára de
cacarejar -, a „forma‟ da galinha também deixa
de existir. A única coisa que resta é a „substância‟
da galinha. Mas aquilo não é mais uma galinha”.
Método
Neste sentido, “toda mudança
observada na natureza é uma
transformação, ocorrida na
substância” (Gaarder).
Para que a Metafísica aristotélica esteja ao nosso alcance, precisamos compreender alguns conceitos fundamentais como:
1. As Causas Primeiras, responsáveis pela origem e pelo sentido da existência dos seres.
2. A Matéria, do que os seres são feitos, transmutando através dela (forma em potência, passiva).
3. A Forma (ato), que consiste na atual configuração do ser, sua peculiaridade formal (princípio inteligível).
4. A Potência, aquilo na qual um determinado ser pode
se transformar (na semente contém uma árvore em
potência, e a árvore o que contém em potência?).
5. A Essência, que, conforme vimos, é a constituição
elementar, são as atribuições fundamentais que definem o
ser (é comum aos indivíduos da mesma espécie).
6. Acidente é alguma característica que o ser pode
perder sem que sua essência seja ameaçada.
Método
As quatro causas
Para Aristóteles, existem quatro causas
implicadas na existência de algo:
1. A causa material (aquilo do qual é feita
alguma coisa, a argila, por exemplo);
2. A causa formal (a coisa em si, como um
vaso de argila);
Método
As quatro causas
3. A causa eficiente (aquilo que dá origem
ao processo em que a coisa surge, como as
mãos de quem trabalha a argila);
4. A causa final (aquilo para o qual a coisa é
feita, cite-se portar arranjos para enfeitar
um ambiente).
Atividade
Tome as 4 causas como modelo, escolha um objeto ou
matéria prima, descreva todo o processo causal, além de
citar 5 potencialidades.
1. A causa material (aquilo do qual é feita alguma coisa,
a argila, por exemplo);
2. A causa formal (ato; coisa em si, como um vaso de
argila);
3. A causa eficiente (aquilo que dá origem ao processo
em que a coisa surge, como as mãos de quem trabalha a
argila);
4. A causa final (aquilo para o qual a coisa é feita, cite-se
portar arranjos para enfeitar um ambiente).
BIBLIOGRAFIA
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 1993.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: ed. Ártica, 1999.
GAARDER, Jostein. “O Mundo de Sofia: Romance da História da Filosofia”. São Paulo: Cia. das Letras, 1998.
MARCONDES, Danilo. Iniciação à História da Filosofia: dos Pré-Socráticos a Wittgenstein. Jorge Zahar Ed. Rio de Janeiro 2001.
REALE, Giovanni/ANTISERI, Dario. História da Filosofia: Antiguidade e Idade Média. Ed. Paulinas, São Paulo 1990.