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Copyright © 1998, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (021) 210 -3122 Fax: (021) 220-1762/220-6436 Endereço Telegráfico: NORMATÉCNICA ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 6979 JUL 1998 Conjunto de manobra e controle em invólucro metálico para tensões acima de 1 kV até 36,2 kV - Especificação Palavras-chave: Conjunto de manobra e controle 31 páginas Origem: Projeto NBR 6979:1996 CB-03 - Comitê Brasileiro de Eletricidade CE-03:017.03 - Comissão de Estudo de Conjunto de Manobra e Controle de Alta Tensão NBR 6979 - A. C. metal-enclosed switchgear and controlgear for rated voltages above 1 kV and up to and including 36,2 kV - Specification Descriptors: Switchgear. Controlgear Esta Norma foi baseada na IEC 298:1990 Esta Norma substitui a NBR 6979:1992 Válida a partir de 01.09.1998 Sumário Prefácio 1 Objetivo 2 Referências normativas 3 Definições 4 Requisitos gerais 5 Requisitos específicos 6 Inspeção ANEXOS A Tabelas B Esquemas para ensaios dielétricos C Determinação do valor eficaz equivalente de uma corrente de curta duração D Figuras Prefácio A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasi- leiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (CB) e dos Organismos de Normalização Se- torial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvi- dos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos CB e ONS, circulam para Votação Nacional entre os associados da ABNT e demais interessados. A CE-03:017-03 - Comissão de Estudo de Conjunto de Manobra e Controle de Alta Tensão considerou oportuna a revisão da NBR 6979:1992, tendo em vista que, decor- ridos cinco anos desde a última revisão, muita experiência foi acumulada nos aspectos construtivo e operacional dos conjuntos de manobra e controle blindados, tanto por parte dos fabricantes quanto dos usuários. Esta Nor- ma reflete os requisitos da qualidade e segurança estabe- lecidos por fabricantes e usuários. Os anexos A a D têm caráter normativo. 1 Objetivo 1.1 Esta Norma fixa as condições mínimas exigíveis para projeto, construção e ensaios de conjuntos de manobra e controle em invólucro metálico, usando como dielétrico o ar a pressão atmosférica para a distância de isolamento, para uso interior ou exterior, em sistemas de corrente alternada com tensões nominais acima de 1 kV até 36,2 kV. NOTA - Os conjuntos de manobra e controle em invólucro me- tálico para usos especiais estão sujeitos a exigências adicionais (por exemplo: instalação em atmosferas inflamáveis, em minas ou a bordo de navios). 1.2 Esta Norma não se aplica aos componentes contidos nos conjuntos de manobra e controle em invólucro me- tálico, que devem estar de acordo com as suas respectivas normas. 2 Referências normativas As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas nesse texto, constituem prescrições para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está

Nbr 6979 conjunto de manobra e controle em involucro meta

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Page 1: Nbr 6979   conjunto de manobra e controle em involucro meta

Copyright © 1998,ABNT–Associação Brasileirade Normas TécnicasPrinted in Brazil/Impresso no BrasilTodos os direitos reservados

Sede:Rio de JaneiroAv. Treze de Maio, 13 - 28º andarCEP 20003-900 - Caixa Postal 1680Rio de Janeiro - RJTel.: PABX (021) 210-3122Fax: (021) 220-1762/220-6436Endereço Telegráfico:NORMATÉCNICA

ABNT-AssociaçãoBrasileira deNormas Técnicas

NBR 6979JUL 1998

Conjunto de manobra e controle eminvólucro metálico para tensões acimade 1 kV até 36,2 kV - Especificação

Palavras-chave: Conjunto de manobra e controle 31 páginas

Origem: Projeto NBR 6979:1996CB-03 - Comitê Brasileiro de EletricidadeCE-03:017.03 - Comissão de Estudo de Conjunto de Manobra e Controle deAlta TensãoNBR 6979 - A. C. metal-enclosed switchgear and controlgear for rated voltagesabove 1 kV and up to and including 36,2 kV - SpecificationDescriptors: Switchgear. ControlgearEsta Norma foi baseada na IEC 298:1990Esta Norma substitui a NBR 6979:1992Válida a partir de 01.09.1998

SumárioPrefácio1 Objetivo2 Referências normativas3 Definições4 Requisitos gerais5 Requisitos específicos6 InspeçãoANEXOSA TabelasB Esquemas para ensaios dielétricosC Determinação do valor eficaz equivalente de uma

corrente de curta duraçãoD Figuras

Prefácio

A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - éo Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasi-leiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos ComitêsBrasileiros (CB) e dos Organismos de Normalização Se-torial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo(CE), formadas por representantes dos setores envolvi-dos, delas fazendo parte: produtores, consumidores eneutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbitodos CB e ONS, circulam para Votação Nacional entre osassociados da ABNT e demais interessados.

A CE-03:017-03 - Comissão de Estudo de Conjunto deManobra e Controle de Alta Tensão considerou oportunaa revisão da NBR 6979:1992, tendo em vista que, decor-ridos cinco anos desde a última revisão, muita experiência

foi acumulada nos aspectos construtivo e operacionaldos conjuntos de manobra e controle blindados, tantopor parte dos fabricantes quanto dos usuários. Esta Nor-ma reflete os requisitos da qualidade e segurança estabe-lecidos por fabricantes e usuários.

Os anexos A a D têm caráter normativo.

1 Objetivo

1.1 Esta Norma fixa as condições mínimas exigíveis paraprojeto, construção e ensaios de conjuntos de manobrae controle em invólucro metálico, usando como dielétricoo ar a pressão atmosférica para a distância de isolamento,para uso interior ou exterior, em sistemas de correntealternada com tensões nominais acima de 1 kV até36,2 kV.

NOTA - Os conjuntos de manobra e controle em invólucro me-tálico para usos especiais estão sujeitos a exigências adicionais(por exemplo: instalação em atmosferas inflamáveis, em minasou a bordo de navios).

1.2 Esta Norma não se aplica aos componentes contidosnos conjuntos de manobra e controle em invólucro me-tálico, que devem estar de acordo com as suas respectivasnormas.

2 Referências normativas

As normas relacionadas a seguir contêm disposiçõesque, ao serem citadas nesse texto, constituem prescriçõespara esta Norma. As edições indicadas estavam em vigorno momento desta publicação. Como toda norma está

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sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizamacordos com base nesta Norma que verifiquem a conve-niência de se usarem as edições mais recentes das nor-mas citadas. A ABNT possui a informação das normasem vigor em um dado momento.

NBR 5459:1987 - Manobra e proteção de circuitos -Terminologia

NBR 6146:1980 - Invólucros de equipamentos elé-tricos - Proteção - Especificação

NBR 6936:1992 - Técnicas de ensaios elétricos dealta tensão - Procedimento

NBR 6939:1987 - Coordenação de isolamento - Pro-cedimento

NBR 10478:1988 - Cláusulas comuns a equipamen-tos elétricos de manobra de tensão nominal acimade 1 kV - Especificação

IEC 243-1:1988 - Methods of test for electric strengthof solid insulating materials. Part 1: Tests at powerfrequencies

3 Definições

Para os efeitos desta Norma, os termos técnicos estãodefinidos em 3.1 a 3.19 e na NBR 5459.

3.1 conjunto de manobra e controle: Conjunto de dis-positivos de manobra e equipamentos associados parao controle, regulação, proteção e medição, incluindo arespectiva montagem, com suas interligações, acessóriose estrutura suporte, em invólucro metálico, composto porum ou mais cubículos.

3.2 conjunto de manobra e controle blindado: Conjuntode manobra e controle em invólucro metálico, com o graude proteção mínimo para as partes externas e internasde IP2X, no qual os componentes são dispostos emcompartimentos separados com divisões metálicasaterradas. Deve possuir compartimentos separados pelomenos para:

a) cada equipamento de manobra principal;

b) componentes ligados a um dos lados de um equi-pamento de manobra principal, por exemplo: circuitoalimentador;

c) componentes ligados ao outro lado do equipamen-to de manobra principal, por exemplo: conjunto debarras. Se houver mais de um conjunto de barras,cada conjunto deve estar em compartimento sepa-rado;

d) componentes de baixa tensão.

3.2.1 O equipamento de manobra principal deve aindaser extraível, a fim de se poder deslocá-lo entre as posi-ções: inserida, de ensaio, extraída e removida.

3.2.2 Quando o transformador de potencial (TP) for ligadoao barramento principal através de fusíveis, o conjuntodeverá estar alojado em compartimento separado, de-

vendo ao menos os fusíveis estarem montados sobredispositivos extraíveis.

3.2.3 No caso específico de ser necessária a instalaçãode equipamento não extraível em uma ou mais unidadesde um conjunto blindado, apenas esta(s) unidade(s) de-ve(m) atender à especificação de conjunto de manobra econtrole simplificado, sem prejuízo da classificação ori-ginal do conjunto como blindado.

3.3 conjunto de manobra e controle com divisões dematerial isolante: Conjunto de manobra e controle eminvólucro metálico, com o grau de proteção mínimo paraas partes externas e internas de IP2X, no qual os compo-nentes são dispostos em compartimentos separados, co-mo no conjunto de manobra e controle blindado, mascom pelo menos uma divisão de material isolante.

3.4 conjunto de manobra e controle simplificado:Conjunto de manobra e controle em invólucro metálicocom pelo menos uma das seguintes características:

a) que não tenha divisões, exceto para componentesde baixa tensão e entre cubículos adjacentes, comproteção mínima IP2X;

NOTA - Com relação ao barramento principal, a área depassagem entre cubículos adjacentes pode ter grau deproteção inferior a IP2X.

b) número de compartimentos inferior ao necessáriopara conjunto de manobra e controle blindado;

c) que tenha divisões com grau de proteção inferiora IP2X;

d) equipamento de manobra principal fixo.

3.5 cubículo: Unidade estrutural do conjunto de manobrae controle, em invólucro metálico, auto-suportável, po-dendo conter dispositivos de manobra e componentesassociados.

NOTA - O cubículo pode ser distinguido pela função a ser desem-penhada: de entrada, de saída, de interligação, etc.

3.6 compartimento: Parte de um conjunto de manobra econtrole em invólucro metálico totalmente fechado, excetoaberturas necessárias para interligações, controle ou ven-tilação.

NOTA - Um compartimento pode ser designado pelo componenteprincipal nele contido, por exemplo: compartimento do disjuntor,compartimento do barramento, etc.

3.7 invólucro metálico: Parte que envolve o conjunto demanobra e controle, usada para proteger os componentesinternos contra os efeitos externos e oferecer proteçãoadequada contra danos pessoais conforme 5.3.

3.8 divisão: Chapa metálica ou isolante que separacompartimentos.

3.9 obturador: Dispositivo que na posição de serviço seencontra aberto para a passagem das interligações deuma parte extraível e que se fecha automaticamente apósa sua extração, impedindo o acesso às partes vivas, fazen-do parte da divisão.

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3.10 equipamento extraível: Equipamento que pode sermovido para uma posição onde assegure uma distânciade seccionamento, mesmo que o circuito principal estejaenergizado, permanecendo aterrado ao invólucro.

3.11 equipamento removível: Equipamento que podeser retirado inteiramente do conjunto de manobra e con-trole em invólucro metálico, mesmo que o circuito principalesteja energizado.

3.12 posição inserida: Posição de um equipamento ex-traível quando está completamente conectado para a fun-ção prevista.

3.13 posição extraída: Posição de um equipamento ex-traível, na qual fica estabelecida uma distância de seccio-namento, permanecendo aterrado ao invólucro.

3.14 posição de ensaio: Posição extraída, na qual os cir-cuitos de controle estão ligados para permitir a verificaçãodo funcionamento do equipamento extraível, estando esteaterrado.

3.15 posição removida: Posição de um equipamentoremovível quando este estiver elétrica e mecanicamenteseparado do invólucro.

3.16 segregação: Interposição de barreira metálica ater-rada entre partes vivas, de modo que qualquer descargasomente possa ocorrer para a terra.

3.17 Distância de isolamento

3.17.1 distância de isolamento entre contatos abertos dodispositivo de manobra: Distância de isolamento total en-tre os contatos de um pólo, ou entre quaisquer partes vi-vas a eles ligadas, com o dispositivo de manobra na posi-ção aberta.

3.17.2 distância de isolamento entre fases: Distância deisolamento entre fases adjacentes.

3.17.3 distância de isolamento entre fase e terra: Distânciade isolamento entre qualquer parte energizada e a terra.

3.18 acessibilidade do tipo A: Acessibilidade restrita so-mente a pessoal autorizado (ver 6.4.10.2.2).

3.19 acessibilidade do tipo B: Acesssibilidade irrestrita,incluindo o público em geral (ver 6.4.10.2.2).

4 Requisitos gerais

4.1 Condições normais de serviço

Esta Norma aplica-se a conjunto de manobra e controleprojetado para uso nas seguintes condições:

a) temperatura do ar ambiente não superior a 40°C,com média diária não superior a 35°C e temperaturamínima não inferior a - 5°C;

b) altitude não superior a 1 000 m;

NOTA - Para altitudes superiores a 1 000 m, os valores detensão nominal devem ser multiplicados pelo fator de cor-reção dado na coluna 3 da tabela A.1 do anexo A. Esta cor-

reção pode ser dispensada, desde que no ensaio dielétricoas tensões de ensaio sejam multiplicadas pelo fator decorreção dado na coluna 2 da tabela A.1 do anexo A.

c) ar ambiente não poluído por poeira, fumaça, ma-resia, gases e vapores corrosivos ou inflamáveis,em concentrações tais que possam alterar as ca-racterísticas do equipamento;

d) para uso exterior, presença de condensação, chu-va, neve, camada de gelo ou geada de até 5 kg/m2,mudanças bruscas de temperatura, pressão do ventode 700 Pa e os efeitos de radiação solar.

NOTA - Isto não implica que o conjunto de manobra e con-trole para uso exterior suporte a corrente nominal sob todasas condições de radiação solar sem exceder a elevaçãode temperatura especificada na tabela A.2 do anexo A.

Devem ser tomadas medidas apropriadas para assegurara operação correta de componentes tais como relés, quenão sejam previstos para estas condições.

4.2 Condições especiais de serviço

São aquelas diferentes das condições normais de ser-viço. Qualquer condição especial de serviço deve ser es-pecificada pelo usuário e ser objeto de acordo entre usuá-rio e fabricante.

4.3 Informações mínimas a serem fornecidas pelousuário

O usuário deve informar os seguintes dados fundamen-tais do equipamento:

a) tensão nominal;

b) freqüência nominal;

c) corrente nominal do barramento principal;

d) corrente de curta duração e valor de crista;

e) grau de proteção;

f) tipo do conjunto de manobra e controle (ver 3.2,3.3 e 3.4);

g) entrada e saída dos circuitos de potência;

h) tipo de cabos, quantidade e seção a serem empre-gados e terminações correspondentes;

i) diagrama unifilar;

j) instalação para uso interior ou exterior;

k) tensão de operação para o circuito principal e au-xiliar, com as respectivas tolerâncias de variação detensão;

l) tipo de acessibilidade (ver 6.4.10.2);

m) critérios para a suportabilidade de arco elétrico(ver 6.4.10.9);

n) valor máximo da corrente de falta para a terra;

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o) arranjo físico do local da instalação (para saídade gases, ver 5.2.2.1);

p) tensão suportável nominal de impulso atmosférico.

4.4 Informações mínimas a serem fornecidas pelofabricante

O fabricante deve fornecer as seguintes informações:

a) diagramas elétricos;

b) desenhos dimensionais e de disposição, com aindicação do dispositivo de alívio de sobrepressão;

c) detalhes de fixação;

d) lista de materiais;

e) instruções de instalação, operação, manutençãoe armazenagem;

f) relatório de ensaios de rotina;

g) massa do conjunto.

4.5 Placas de identificação

As placas de identificação devem conter as seguintes in-formações:

a) nome do fabricante;

b) número de série e designação de tipo;

c) tensão nominal;

d) corrente nominal para o barramento principal;

e) corrente suportável nominal de curta duração evalor de crista;

f) freqüência nominal;

g) grau de proteção;

h) nível de isolamento;

i) ano de fabricação;

j) tensão de operação;

k) tensão de comando;

l) número de ordem de compra;

m) massa, em quilogramas.

4.6 Regras para embalagem, transporte,armazenamento e instalação

A embalagem, o transporte, o armazenamento e ainstalação devem atender aos requisitos da NBR 10478.

5 Requisitos específicos

5.1 Características nominais

As características nominais dos conjuntos de manobra econtrole são as seguintes:

a) tensões nominais;

b) níveis de isolamento nominais;

c) freqüência nominal;

d) correntes nominais;

e) correntes suportáveis nominais de curta duraçãoe valor de crista nominal da corrente suportável paraos circuitos principais e de aterramento.

5.1.1 Tensões nominais

Os valores recomendados, em quilovolts (kV), para astensões nominais dos conjuntos de manobra e controle,trifásicos, são os seguintes:

7,2 - 15 - 24,2 - 36,2.

5.1.2 Níveis de isolamento nominais

Os níveis de isolamento nominais devem ser escolhidosna tabela A.3 do anexo A.

5.1.3 Freqüência nominal

É a freqüência industrial de 60 Hz.

5.1.4 Correntes nominais

Os valores de correntes nominais, em ampères (A), parao circuito principal devem ser escolhidos entre os seguin-tes valores:

400 - 630 - 800 - 1 250 - 1 600 - 2 000 - 2 500 - 3 150 -4 000.

5.1.5 Correntes suportáveis nominais de curta duração

O valor eficaz da corrente suportável nominal de curtaduração deve ser escolhido entre os valores: 8 kA -10 kA - 12,5 kA - 16 kA - 20 kA - 25 kA - 31,5 kA - 40 kA -50 kA - 63 kA - 80 kA e 100 kA, e o tempo padronizado de-ve ser de 1 s.

NOTA - Para durações entre 0,5 s e 5 s, a corrente pode serobtida pela equação: l² . t = constante.

5.1.6 Valor de crista nominal da corrente suportável

O valor de crista nominal da corrente suportável deve serigual a 2,5 vezes o valor eficaz da corrente suportávelnominal de curta duração.

NOTAS

1 Em princípio, a corrente suportável nominal de curta duraçãoe o valor de crista nominal da corrente suportável de um circuitoprincipal não podem exceder os valores correspondentes domais fraco dos componentes ligados em série. Porém, para ca-da circuito é possível utilizar equipamentos que tendem a limitaros esforços reais, tais como os fusíveis limitadores de corrente,reatores, etc.

2 Valores superiores a 2,5 vezes o valor eficaz da corrente su-portável nominal de curta duração podem ser requeridos quandoas características do sistema assim o exigirem. As situaçõesmais freqüentes deste tipo de ocorrência acontecem nas insta-lações próximas a geradores.

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5.2 Características construtivas

5.2.1 Generalidades

5.2.1.1 Os conjuntos de manobra e controle devem serprojetados de forma que as operações de serviço normale as manutenções como, por exemplo, a verificação daseqüência de fases, do aterramento, localização de defei-tos, eliminação de cargas eletrostáticas perigosas, etc.,possam ser realizadas com segurança por pessoal qualifi-cado.

5.2.1.2 Todos os componentes de mesmos valores nomi-nais e construção devem ser intercambiáveis. Os compo-nentes utilizados nos conjuntos de manobra e controledevem estar de acordo com as normas aplicáveis.

5.2.1.3 Um acordo especial entre fabricante e usuário deveser feito quando o conjunto de manobra e controle estiversujeito a vibrações e a impactos mecânicos.

5.2.1.4 Quando for necessário, devem ser consideradasno projeto as expansões e contrações devidas a mudan-ças de temperatura.

5.2.2 Conjunto de manobra e controle blindado

5.2.2.1 Invólucro

5.2.2.1.1 O invólucro deve ser de chapa metálica com ma-terial e espessura mínima estabelecidos pelo usuário oudefinidos pelo fabricante, e construído de modo que,quando o conjunto de manobra e controle estiver instala-do, assegure uma proteção adequada. O conjunto deveser fechado na parte inferior com chapa metálica. Para oacesso dos cabos, deve ser prevista uma abertura comtampa aparafusada.

5.2.2.1.2 O invólucro deve assegurar o grau de proteçãoespecificado de acordo com 5.3.1, quando estiver fecha-do. Quando necessário, deve ser assegurado o grau deproteção especificado com as partes removíveis em qual-quer das posições possíveis (extraída, de ensaio ou remo-vida).

5.2.2.1.3 Com o invólucro aberto, o grau de proteção emrelação aos outros compartimentos contendo equipamen-to deve ser aquele especificado para as divisões, de acor-do com 5.3.1.

5.2.2.1.4 Com relação ao acesso ao interior do invólucro,este deve ser provido de tampas e/ou portas, com as se-guintes características:

a) tampas:

- não deve ser possível abri-las, desmontá-las ouremovê-las sem o uso de ferramentas;

- as dificuldades de remoção ou colocação destastampas, depois de abertas, devido à sua massa,devem ser minimizadas;

- tampas que tornem acessíveis os compartimen-tos de alta tensão devem ser providas de indicaçãode advertência.

b) portas:

- não devem exigir ferramentas para sua abertura;

- devem ser providas de fecho e/ou de meios detravamento (por exemplo: previsões para cadea-dos), exceto quando a segurança dos operadoresfor mantida por um dispositivo adequado de in-tertravamento;

- devem possibilitar o livre acesso ou extração dedisjuntores e outros equipamentos, quando plena-mente abertas;

- se solicitado, devem possuir dispositivo que im-peça o seu fechamento indevido;

- devem ter dobradiças adequadas ao peso porelas suportado e ao serviço a que estão sujeitas.Para o conjunto de uso interior, o fabricante deveconsiderar também, na especificação da dobra-diça, a massa dos instrumentos e os componentesa serem instalados na porta;

- o sistema de fechamento deve ser projetado deforma a manter a porta fechada durante a expan-são de gases provenientes de arco interno nocubículo.

5.2.2.1.5 As superfícies dos conjuntos blindados para usoexterior devem ter vedação adequada ao grau de prote-ção previsto. Cuidados especiais devem ser tomadosquanto à vedação e ao projeto das junções das chapasde cobertura entre cubículos. As chapas do teto não de-vem permitir o empoçamento de água. Além disso, devemestar dispostas de modo a ter inclinação e formar beiraisadequados.

5.2.2.1.6 Se os conjuntos tiverem pontos de içamento, es-tes devem ser projetados de modo a facilitar o transportee a instalação do conjunto de manobra e controle, deforma que, quando for efetuada a suspensão de um cubí-culo, ele não sofra qualquer deformação ou dano.

5.2.2.1.7 As aberturas de ventilação devem possuir graude proteção conforme especificado para o invólucro edevem ser dispostas de forma a reduzir os riscos para ooperador, devido a gases ou vapores que escapem porpressão.

5.2.2.1.8 Todo o conjunto de manobra e controle deve terdispositivo de alívio de sobrepressão, devidamenteprojetado para assegurar que a sobrepressão devida aoarco seja eliminada, de modo a minimizar o risco de danospessoais. Caso o dispositivo seja do tipo tampa, sua es-pessura pode ser inferior à do invólucro.

5.2.2.1.9 A localização dos dispositivos de alívio de pres-são depende do projeto do fabricante. Caso esta locali-zação não seja compatível com as necessidades dousuário, a nova posição dos dispositivos depende deacordo entre o fabricante e o usuário, devendo ser coloca-dos em locais que não ofereçam riscos pessoais pela li-beração de gases quentes e vapores.

5.2.2.1.10 As janelas de inspeção devem ser cobertas poruma placa transparente, de resistência mecânica equiva-lente à do invólucro, de forma que a proteção contra danos

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pessoais seja garantida em casos de sobrepressão de-vida a arco dentro do compartimento.

Deve-se ter cuidado na escolha do material empregadona placa transparente, devido à ação de intempéries,bem como devem ser tomadas precauções para evitar aformação de cargas eletrostáticas perigosas, por meiode distância suficiente ou por blindagem eletrostática (porexemplo: uma grade de fios, convenientemente aterrada,colocada na parte interna da janela).

5.2.2.1.11 As janelas de inspeção de material isolante de-vem obedecer aos seguintes requisitos:

a) a isolação entre as partes vivas do circuito principale as janelas de inspeção deve ser capaz de suportaros ensaios dielétricos exigidos nesta Norma;

b) excetuando-se as considerações mecânicas, aespessura do material isolante deve ser capaz desuportar a tensão nominal do conjunto de manobrae controle;

c) no caso de correntes de fuga que possam alcançaro lado acessível da janela de inspeção por caminhointerrompido somente por pequenos espaçamentosde ar, estas não devem exceder 0,5 mA sob as condi-ções prescritas em 6.4.1.4.3.

5.2.2.2 Partes internas

5.2.2.2.1 As divisões dos conjuntos blindados devem sermetálicas com material e espessura mínima estabeleci-dos pelo usuário ou definidos pelo fabricante. Os condu-tores que atravessarem divisões devem ser isolados porum sistema de passagem adequada para resistir aos es-forços mecânicos de curto-circuito, devendo ser devida-mente projetados e instalados de forma a manter o graude proteção especificado para as divisões.

5.2.2.2.2 As chapas de separação entre cubículos adja-centes devem ter espessura mínima estabelecida pelousuário ou definida pelo fabricante.

5.2.2.2.3 Para conjuntos de uso exterior, deve ser previstaa instalação de sistema de aquecimento, com resistorescontrolados por termostato e/ou umidostato reguláveis,para evitar a condensação nos isoladores, barramentos,partes isolantes, equipamentos, etc. Os resistores devemser protegidos por fusíveis ou disjuntores e devem sercobertos por chapas metálicas perfuradas.

5.2.2.2.4 Quando solicitado, o sistema de aquecimentodeve ser instalado nos conjuntos de uso interior.

5.2.2.2.5 As aberturas nas divisões, através das quais con-tatos de equipamentos removíveis engatam em contatosfixos, devem ser providas de obturadores metálicos aterra-dos para assegurar uma proteção contra danos pessoaisnas seguintes posições: de ensaio, extraída e removida.

5.2.2.2.6 Quando se exigirem obturadores bipartidos e in-dependentes, estes devem possuir meios de travamentoquando na posição fechada.

5.2.2.2.7 As portas internas devem cumprir as seguintesexigências:

a) ser de chapa metálica, com espessura mínima ematerial estabelecidos pelo usuário ou definidos pelo

fabricante, reforçada, se necessário, de modo a su-portar a massa dos instrumentos e acessórios nelasinstalados;

b) ter dobradiças adequadas à massa por elas supor-tada e ao serviço a que estão sujeitas; as dobradiçasdevem possibilitar a abertura da porta em um ângulomínimo de 90°;

c) quando necessário, possuir limitadores de aber-tura para evitar danos às dobradiças ou equipamen-tos adjacentes;

d) se solicitado, possuir dispositivo que impeça oseu fechamento indevido;

e) ser dotadas de fechos, sem a necessidade de fer-ramentas especiais para abertura e fechamento, compuxadores em altura adequada;

f) quando plenamente abertas, possibilitar o livreacesso ou extração de equipamentos;

g) dar continuidade de aterramento aos equipamen-tos nelas instalados.

5.2.2.2.8 Todo compartimento contendo partes energiza-das, tornado acessível por abertura de porta, deve serprovido de anteparo adicional com indicação de adver-tência.

5.2.2.2.9 Todo compartimento deve ter dispositivo inde-pendente de alívio de sobrepressão, devidamente proje-tado para assegurar que a sobrepressão devida ao arcoseja eliminada de modo a minimizar o risco de danospessoais e de forma que os produtos da expansão nãosejam direcionados construtivamente para outros com-partimentos, a menos que seja especificamente projetadopara este fim.

5.2.2.2.10 No espaço reservado à entrada dos cabos debaixa tensão devem ser previstos meios adequados parasua fixação, de modo a não transmitirem esforços aosblocos de terminais e possibilitarem facilidades para aligação dos condutores a esses blocos.

5.2.2.2.11 As janelas de inspeção, quando existirem, de-vem ser cobertas por uma placa transparente, de resis-tência mecânica equivalente à do invólucro, de formaque a proteção contra danos pessoais seja garantida emcasos de sobrepressão devida a arco dentro do comparti-mento. Devem ser tomadas precauções para evitar a for-mação de cargas eletrostáticas perigosas, por meio dedistância suficiente ou por blindagem eletrostática (porexemplo: uma grade de fios, convenientemente aterrada,colocada na parte interna da janela).

5.2.2.2.12 Os visores das janelas de inspeção, de materialisolante, devem obedecer aos seguintes requisitos:

a) a isolação entre as partes vivas do circuito principale as superfícies acessíveis das janelas de inspeçãodeve ser capaz de suportar os ensaios dielétricosexigidos nesta Norma;

b) excetuando-se as considerações mecânicas, aespessura do material isolante deve ser capaz desuportar a tensão nominal do conjunto de manobrae controle;

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c) no caso de correntes de fuga que possam alcançaro lado acessível do obturador, divisão ou janela deinspeção por um caminho contínuo sobre superfíciesisolantes ou por caminho interrompido somente porpequenos espaçamentos de ar, estas não devemexceder 0,5 mA sob as condições prescritas em6.4.1.4.3.

5.2.2.3 Barramento

5.2.2.3.1 Todas as barras que compõem o barramentodevem ser projetadas de modo a suportar com segurançao máximo esforço mecânico, térmico e elétrico a que po-dem estar sujeitas pela passagem da corrente nominal ede curto-circuito.

5.2.2.3.2 O compartimento do barramento pode ser inde-pendente para cada cubículo.

5.2.2.3.3 Quando o barramento for isolado, a coberturaisolante deve ser resistente à propagação de chama edeve suportar uma tensão igual à tensão nominal doconjunto de manobra e controle, à freqüência de 60 Hz,durante 1 min, sem perfurar a isolação.

NOTA - A finalidade da isolação é minimizar a possibilidade depropagação de curtos-circuitos e prevenir o desenvolvimentode falhas no barramento, resultantes de objetos estranhos quefizessem contato momentâneo com as barras sem isolação.Não é garantido que a superfície externa desta cobertura isolanteesteja ao potencial de terra e não deve, portanto, em nenhumahipótese ser assumido que esta cobertura oferece completaproteção ao contato pessoal.

5.2.2.3.4 Os barramentos devem ter identificação de fases.Se a identificação for feita por cores, e não for especificadoao contrário, competirá às fases A, B e C as seguintesidentificações: azul-escuro, branco e violeta, respectiva-mente.

5.2.3 Conjunto de manobra e controle com divisões dematerial isolante

5.2.3.1 Invólucro

O invólucro deve satisfazer aos requisitos estabelecidosem 5.2.2.1, sendo que o conjunto deve ser fechado naparte inferior com chapa metálica ou isolante.

5.2.3.2 Partes internas

5.2.3.2.1 As partes internas devem atender às exigênciascontidas em 5.2.2.2, com exceção da obrigatoriedade detodas as divisões serem de chapas metálicas. O conjuntopode ter uma ou mais divisões de material isolante, comresistência mecânica mínima equivalente à da chapa me-tálica.

5.2.3.2.2 As janelas de inspeção, quando existirem, devematender aos requisitos de 5.2.2.2.11.

5.2.3.2.3 As divisões, obturadores e os visores das janelasde inspeção de material isolante devem obedecer aosseguintes requisitos:

a) a isolação entre as partes vivas do circuito principale as superfícies acessíveis dos obturadores, divisõesou janelas de inspeção deve ser capaz de suportaros ensaios dielétricos exigidos nesta Norma;

b) excetuando-se as considerações mecânicas, aespessura do material isolante deve ser capaz desuportar a tensão nominal do conjunto de manobrae de controle;

c) no caso de correntes de fuga que possam alcançaro lado acessível do obturador, divisão ou janela deinspeção por um caminho contínuo sobre superfíciesisolantes ou por caminho interrompido somente porpequenos espaçamentos de ar, estas não devemexceder 0,5 mA sob as condições prescritas em6.4.1.4.3.

5.2.3.3 Barramento

Todas as barras que compõem o barramento devem serprojetadas e instaladas de modo a satisfazer as exigên-cias contidas em 5.2.2.3.

5.2.4 Conjunto de manobra e controle simplificado

5.2.4.1 Invólucro

O invólucro deve satisfazer aos requisitos estabelecidosem 5.2.2.1, com exceção das seguintes exigências:

a) o conjunto ser fechado na parte inferior, a menosque solicitado pelo usuário;

b) o grau de proteção ser igual ou superior a IP2X,com o invólucro aberto, em relação aos outros com-partimentos contendo equipamentos.

5.2.4.2 Partes internas

5.2.4.2.1 Este conjunto de manobra e controle deve preveruma separação metálica e atender a um grau de proteçãoigual ou superior a IP2X entre cubículos adjacentes e osinstrumentos e acessórios de baixa tensão e os circuitosde média tensão.

5.2.4.2.2 Este conjunto pode conter, mediante acordo en-tre usuário e fabricante, uma ou mais características dosconjuntos de manobra e controle blindados ou com divi-sões de material isolante.

5.2.4.3 Barramento

Todas as barras que compõem o barramento devem serprojetadas e instaladas de modo a satisfazer as exigên-cias contidas em 5.2.2.3, exceto quanto à compartimen-tação.

5.2.5 Aterramento

5.2.5.1 Deve ser previsto um condutor de aterramento emtodo o comprimento do conjunto de manobra e controle.No caso de condutor de cobre, a densidade de correntenão deve exceder 200 A/mm² para duração de 1 s e125 A/mm² para duração de 3 s sob as condições de faltapara a terra. Entretanto, sua seção não deve ser inferior a30 mm². Se o condutor não for de cobre, devem ser obser-vadas as equivalências térmicas e mecânicas.

5.2.5.2 O condutor de aterramento deve possuir previsãopara no mínimo um terminal adequado para ligação àmalha de terra da instalação.

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5.2.5.3 O invólucro de cada cubículo deve ser ligado aocondutor de aterramento. Todas as partes metálicas quenão pertençam a um circuito principal ou auxiliar devemser ligadas ao condutor de aterramento diretamente ouatravés da estrutura metálica. A fixação mecânica pormeio de aparafusamento ou soldagem entre as estruturas,invólucros, divisões ou outras partes estruturais deverágarantir a continuidade elétrica.

5.2.5.4 As portas de compartimentos devem ser ligadas àestrutura por meio de cordoalhas ou outros meios ade-quados.

5.2.5.5 As peças metálicas de equipamentos extraíveis,que são normalmente aterradas, devem permanecer ater-radas até as posições de ensaio e extraída.

5.2.5.6 A continuidade dos circuitos de aterramento deveser assegurada levando em conta os esforços térmicos edinâmicos causados pelas correntes que possam ocorrer.O valor máximo das correntes de falta para terra deve serespecificado pelo usuário.

5.2.5.7 Deve-se poder aterrar as partes de um circuitoprincipal que possam ser desligadas deste. Os meios se-rão objeto de acordo entre fabricante e usuário.

5.2.5.8 As partes metálicas dos equipamentos de manobrae transformadores, as quais não façam parte dos circuitoselétricos, devem ser adequadamente ligadas ao condutorde aterramento, diretamente ou através da estrutura metá-lica.

5.2.5.9 Os invólucros metálicos dos instrumentos, medi-dores, relés e dispositivos similares devem ser adequada-mente ligados ao condutor de aterramento, diretamenteou através da estrutura metálica.

5.2.6 Equipamentos extraíveis

Os equipamentos extraíveis empregados devem disporde:

a) três posições de operação: de ensaio, extraída einserida;

b) dispositivos e guias que permitam um adequadoalinhamento entre os contatos fixos e móveis, quandoda inserção, além de assegurar a intercambialidadeentre equipamentos de mesmas características elé-tricas;

c) meios ou dispositivos que garantam que, na posi-ção inserida, o equipamento extraível fique preso àparte fixa, de forma que não se separem indevida-mente devido às forças que possam ocorrer em ser-viço, particularmente às devidas a curto-circuito;

d) dispositivo de aterramento, a fim de garantir oaterramento do equipamento nas posições de ensaio,extraída, inserida e em qualquer outra intermediária.O equipamento deve suportar os esforços térmicose dinâmicos da corrente de falta para terra;

e) distâncias de isolamento que permitam suportaros ensaios de isolamento indicados em 6.4.1.2 e6.4.1.3, quando nas posições de ensaio e inserida.

5.2.7 Intertravamentos

5.2.7.1 Devem ser previstos intertravamentos entrediferentes partes do conjunto, por motivo de segurança econveniência de operação.

5.2.7.2 Os componentes de mesma construção mecânicae de valores nominais iguais devem ser intercambiáveis,porém cuidado especial deve ser tomado no sentido denão se permitir que componentes de valores nominaisinferiores sejam conectados a contatos fixos de cubículospara componentes de valores nominais superiores. Asseguintes medidas são obrigatórias para os circuitos prin-cipais:

a) inserção ou extração de um disjuntor, seccionadorou contator só deve ser possível quando estes esti-verem na posição aberta; a operação do disjuntor,secionador ou contator só deve ser possível quandoestes estiverem na posição inserida, de ensaio ouextraída;

b) a operação de um secionador sem carga projetadopara abrir (ou fechar) com corrente desprezível sódeve ser possível quando o disjuntor, o seccionadorsob carga ou contator associado estiverem na po-sição aberta;

c) a operação do disjuntor, seccionador ou contatorsó deve ser possível quando o seccionador sem car-ga associado estiver na posição totalmente aberta,ou na posição fechada;

d) as chaves de aterramento devem ser intertravadascom o disjuntor, seccionador ou contator associado;

e) devem ser previstos meios de travamentos emdispositivos instalados nos circuitos principais, quesejam usados para assegurar distâncias de isola-mento durante o trabalho de manutenção, cuja opera-ção incorreta possa causar danos;

f) deve ser previsto um sistema que impeça o fecha-mento do disjuntor inserido, com circuito auxiliar decontrole desconectado;

g) o fabricante deve dar todas as informações neces-sárias a respeito da natureza e função dos intertra-vamentos.

5.2.8 Equipamentos e circuitos auxiliares

Além do estabelecido na NBR 10478, os equipamentose circuitos auxiliares devem satisfazer aos seguintes re-quisitos:

a) a fiação deve ser constituída de condutores flexí-veis, isolados com materiais que possuam caracte-rísticas específicas quanto à não-propagação e auto-extinção do fogo, com seção compatível com as ca-racterísticas elétricas do circuito onde instalado;

b) os condutores que interligam componentes insta-lados na parte fixa do cubículo com os componentesinstalados nas portas devem ser agrupados em chi-cotes de comprimento suficiente que permitam a mo-vimentação da porta com facilidade e sem ocasionar

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esforços mecânicos excessivos à fiação e blocos ter-minais;

c) para facilidade de manutenção, a fiação deve serfacilmente acessível e os circuitos devem ser identi-ficados em todos os terminais;

d) os condutores devem ser contínuos, sem emendase instalados de tal forma que a isolação não estejasujeita a danos mecânicos;

e) os condutores com percursos iguais devem seragrupados em chicotes, canaletas ou outros meiossimilares, de tal maneira que seja facilitado o acom-panhamento, a substituição ou a modificação do per-curso de cada condutor.

5.3 Requisitos de proteção

5.3.1 Grau de proteção

5.3.1.1 O grau de proteção deve ser indicado de acordocom a NBR 6146 e estar conforme o estabelecido em3.2, 3.3 e 3.4.

5.3.1.2 Em substituição ao ensaio do segundo numeralcaracterístico, os conjuntos de manobra e controle parauso exterior devem ser à prova de chuva, quando entãodevem ser projetados para atender ao estabelecido em6.4.11.

5.3.1.3 Para conjuntos de manobra e controle simplificadosó é necessário especificar o grau de proteção para aparte externa do invólucro, sendo IP2X o mínimo admissí-vel. Para conjuntos de manobra e controle blindados econjuntos de manobra e controle com divisões de materialisolante, os graus de proteção devem ser especificadosseparadamente para a parte externa do invólucro e paraas divisões, não sendo admitido um grau de proteçãoinferior a IP2X.

5.3.2 Arco interno

Alguns defeitos, condições excepcionais de serviço oumá operação do conjunto de manobra e controle podemocasionar um arco interno. A ocorrência de um arco in-terno pode provocar danos ou ferimentos a um operadornas proximidades do conjunto de manobra e controle.Dessa forma, é necessário que a maior proteção contradanos pessoais seja prevista, inclusive com a construçãode dispositivos de alívio de sobrepressão, sendo no en-tanto o principal objetivo evitar-se a ocorrência desse ar-co ou limitar sua duração e conseqüências. A tabela A.4do anexo A indica os locais mais prováveis de ocorrênciade falhas, assim como algumas recomendações impor-tantes.

6 Inspeção

6.1 Generalidades

6.1.1 Os conjuntos de manobra e controle segundo estaNorma estão sujeitos a ensaios e a verificações.

6.1.2 Os componentes que fazem parte do conjunto demanobra e controle, que são objeto de normas próprias,devem ser ensaiados e/ou verificados de acordo com es-tas normas pelo fabricante dos componentes.

6.1.3 A aceitação ou não de certificados de ensaios doscomponentes, a realização de ensaios de tipo e o acom-panhamento dos ensaios de rotina e de tipo destes devemser objeto de acordo entre usuário e fabricante do con-junto de manobra e controle.

6.2 Ensaios

Os ensaios previstos por esta Norma são classificadosem:

a) ensaios de tipo;

b) ensaios de rotina;

c) ensaios especiais.

6.2.1 Ensaios de tipo

6.2.1.1 O propósito dos ensaios de tipo é verificar as carac-terísticas do projeto. Os ensaios de tipo são feitos em umconjunto completo ou em unidades típicas deste.

6.2.1.2 A aceitação ou não dos certificados deve ficar acritério do usuário. A realização dos ensaios de tipo quese fazem necessários deve ser objeto de acordo entreusuário e fabricante do conjunto de manobra e controle.

6.2.1.3 Os ensaios de tipo compreendem:

a) ensaio de tensão suportável nominal de impulsoatmosférico a seco;

b) ensaio de tensão suportável nominal à freqüênciaindustrial;

c) ensaio de elevação de temperatura;

d) ensaio de corrente suportável nominal de curtaduração e do valor de crista nominal da corrente su-portável em circuitos principais;

e) ensaio de corrente suportável nominal de curtaduração e do valor de crista nominal da corrente su-portável em circuitos de aterramento;

f) ensaio da capacidade de estabelecimento e inter-rupção;

g) ensaio para verificar a proteção de pessoas contraefeitos elétricos perigosos;

h) ensaio de graus de proteção;

i) ensaio de operação mecânica;

j) ensaio de arco elétrico devido a falhas internas;

k) ensaio de verificação da proteção contra penetra-ção de chuva.

6.2.2 Ensaios de rotina

6.2.2.1 O propósito destes ensaios é verificar possíveisfalhas de fabricação. Estes ensaios devem ser feitos emtodos os conjuntos e, sempre que possível, no laboratóriodo fabricante.

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6.2.2.2 Os ensaios de rotina compreendem:

a) ensaio de tensão suportável nominal à freqüênciaindustrial;

b) ensaio de resistência ôhmica do circuito principal;

c) ensaio de tensão suportável nominal nos circuitosauxiliares;

d) ensaio de operação mecânica;

e) ensaio funcional eletromecânico;

f) ensaio dos circuitos de aterramento.

6.2.3 Ensaio especial

O ensaio especial contemplado por esta Norma é o dedescargas parciais, sendo objeto de acordo entre usuárioe fabricante.

6.3 Verificações

Devem ser feitas durante a inspeção do conjunto de ma-nobra e controle as seguintes verificações:

a) verificação visual e dimensional;

b) verificação da intercambialidade dos componen-tes de mesma construção e valores nominais;

c) verificação da fiação.

6.4 Descrição dos ensaios

6.4.1 Ensaios dielétricos

6.4.1.1 Generalidades

6.4.1.1.1 Os ensaios dielétricos devem ser realizados nascondições atmosféricas definidas na NBR 6936. Quandoas condições atmosféricas no local dos ensaios foremdiferentes das estabelecidas nesta Norma, a tensão paraos ensaios deve ser corrigida pela aplicação dos fatoresnela estabelecidos.

6.4.1.1.2 A definição da configuração dos eletrodos, con-forme a NBR 6936, deve ser objeto de acordo entre usuá-rio e fabricante.

6.4.1.1.3 Os obturadores, divisões e janelas de inspeçãode material isolante devem ser cobertos, no lado acessí-vel, na posição mais desfavorável para o ensaio, comuma folha de metal, circular ou quadrada, tendo umaárea tão grande quanto possível, mas não excedendo100 cm², que deve ser ligada à terra. Em caso de dúvidasobre a posição mais desfavorável, o ensaio deve serrepetido em várias posições diferentes.

6.4.1.1.4 Quando o conjunto de manobra e controle pos-suir divisões de material isolante, os ensaios e aplicaçãoda folha aterrada devem ser baseados no acesso reque-rido para fins de operação e manutenção.

NOTA - As partes removíveis não estão sujeitas a estes ensaiosquando estiverem em posição extraída ou removida.

6.4.1.2 Ensaio de tensão suportável nominal de impulsoatmosférico a seco

6.4.1.2.1 Os conjuntos de manobra e controle devem sersubmetidos a ensaios de tensão suportável de impulsoatmosférico a seco, com forma de onda de 1,2/50 µs, deacordo com a NBR 6936 e com valores de tensão especi-ficados na tabela A.3 do anexo A.

6.4.1.2.2 Os transformadores para instrumentos e de po-tência, desde que previamente ensaiados, podem sersubstituídos por elementos de mesma forma geométrica,volume e material externo, que simulem as condiçõesreais das ligações de alta tensão.

6.4.1.2.3 Os dispositivos de proteção contra sobretensãodevem ser desligados.

6.4.1.2.4 Os transformadores de corrente devem ter seussecundários curto-circuitados e devem ser aterrados,quando não substituídos por elementos de mesma formageométrica, volume e material externo.

6.4.1.2.5 As ligações e as condições para se efetuar en-saios dielétricos devem estar de acordo com o estabele-cido nos esquemas de ensaios indicados no anexo B.

6.4.1.2.6 Os conjuntos de manobra e controle devem serensaiados com tensões de polaridade positiva e negativa.

6.4.1.2.7 Durante cada ensaio deve-se aplicar 15 impulsosconsecutivos para cada polaridade. Se não ocorreremmais de duas descargas disruptivas no ar em cada pola-ridade e se não ocorrerem descargas disruptivas na isola-ção não auto-recuperante, deve-se considerar o conjuntode manobra e controle como aprovado no ensaio.

NOTA - Pode ser necessário, para certos tipos de materiaisisolantes, eliminar as cargas residuais antes de começar os en-saios com a polaridade oposta.

6.4.1.3 Ensaio de tensão suportável nominal à freqüênciaindustrial

6.4.1.3.1 Os transformadores para instrumentos e de po-tência, desde que previamente ensaiados, podem sersubstituídos por elementos de mesma forma geométrica,volume e material externo, que simulem as condiçõesreais das ligações de alta tensão.

6.4.1.3.2 Os dispositivos de proteção contra sobretensãodevem ser desligados.

6.4.1.3.3 A tensão de ensaio deve ter uma forma senoidal,com um valor de crista igual a 2 vezes o valor especifi-cado na tabela A.3 do anexo A, uma freqüência de 60 Hze deve ser medida de acordo com a NBR 6936.

6.4.1.3.4 O conjunto de manobra e controle deve ser sub-metido a ensaios de tensão suportável à freqüência indus-trial, a seco, durante 1 min.

6.4.1.3.5 A fonte de tensão para o ensaio (transformadorcom regulador de tensão) deve ter uma corrente de curto-circuito de pelo menos 0,2 A. A tensão deve ser aplicadaao objeto sob ensaio, com um valor inicial suficientementebaixo, para evitar qualquer efeito de sobretensões devidas

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a transitórios de manobra. Deve, então, ser elevada demaneira suficientemente lenta, para permitir leitura pre-cisa dos instrumentos de medição, mas não tão lentamen-te que chegue a causar prolongamento desnecessáriode solicitações no objeto sob ensaio, próximo à tensãode ensaio. Tais requisitos são conseguidos, em geral, sea taxa de crescimento acima de 75% da tensão de ensaiofinal estimada for da ordem de 2% desta tensão, por se-gundo. A tensão deve ser mantida durante 1 min e, então,reduzida rapidamente, mas não deve ser interrompidasubitamente, para evitar a geração de transitórios de ma-nobra que possam causar danos ou resultados aleató-rios de ensaio.

6.4.1.3.6 Se não ocorrer descarga disruptiva, o conjuntode manobra e controle deve ser considerado aprovadono ensaio.

6.4.1.4 Ensaio para verificar a proteção de pessoas contraos efeitos elétricos perigosos

6.4.1.4.1 Os requisitos estabelecidos em 5.2.2.1.11 alíneab), 5.2.2.2.12 alínea b) e 5.2.3.2.3 alínea b) devem sercomprovados conforme a IEC 243-1.

6.4.1.4.2 Deve ser aplicada, na amostra de material iso-lante, uma tensão alternada, 60 Hz, de valor igual à tensãonominal do conjunto de manobra e controle, que deve terum valor de crista igual a 2 vezes o valor da tensão efi-caz, devendo a forma de onda ser senoidal. O tempo deaplicação do ensaio deve ser de 1 min.

6.4.1.4.3 O seguinte ensaio deve ser realizado a fim deverificar o atendimento ao requisito estabelecido em5.2.2.1.11 alínea c), 5.2.2.2.12 alínea c) e 5.2.3.2.3 alí-nea c):

a) o circuito principal deve ser ligado a uma fontemonofásica de tensão igual à tensão nominal do con-junto de manobra e controle, com todas as partes vi-vas do circuito principal ligadas entre si; o outro termi-nal da fonte deve ser ligado à terra;

b) uma folha de metal deve ser colocada conformedescrito em 6.4.1.1.3 e 6.4.1.1.4;

c) o invólucro metálico do conjunto deve estar ater-rado;

d) se o caminho contínuo sobre as superfícies isolan-tes for, como referido em 5.2.2.1.11 alínea c),5.2.2.2.12 alínea c) e 5.2.3.2.3 alínea c), interrompidopor pequenos espaços de ar, estes espaços devemser anulados eletricamente;

e) a corrente para terra através da folha metálica de-ve ser medida com a isolação limpa e seca.

6.4.1.5 Ensaio dielétrico da isolação do barramento

6.4.1.5.1 Na amostra de barramento isolado deve ser apli-cada tensão entre o condutor e um eletrodo colocado so-bre a superfície externa da cobertura isolante. A tensãode ensaio deve ser alternada, 60 Hz, de valor igual à ten-são nominal do conjunto de manobra e controle, com umvalor de crista igual a 2 vezes a tensão eficaz, devendoa forma de onda ser senoidal.

6.4.1.5.2 O tempo de duração do ensaio deve ser de1 min.

6.4.1.5.3 Os eletrodos podem ser fitas metálicas, tinta con-dutiva ou equivalentes.

6.4.1.6 Ensaio de tensão suportável nominal nos circuitosauxiliares

6.4.1.6.1 Todos os circuitos auxiliares devem ser submeti-dos a um ensaio de tensão suportável à freqüência indus-trial, entre todas as partes vivas e o invólucro. As partesvivas dos circuitos auxiliares devem ser interligadas parasimplificar o ensaio.

6.4.1.6.2 A duração do ensaio deve ser de 1 min, sendoque o valor eficaz da tensão de ensaio deve ser propor-cional ao valor da tensão nominal (Un) do circuito doscomponentes de controle, comando, proteção, mediçãoe sinalização, conforme abaixo:

a) 1 000 V quando a Un < 60 V;

b) 2 Un + 1 000 V, com um mínimo de 1 500 V,quando a Un > 60 V;

6.4.1.6.3 Se não ocorrerem descargas disruptivas, o con-junto de manobra e controle deve ser considerado comoaprovado no ensaio.

6.4.1.6.4 A tensão de ensaio para motores e outros equipa-mentos usados em circuitos auxiliares deve ser a mesmadesses circuitos. Os equipamentos que já tiverem sidoensaiados de acordo com as especificações aplicáveis,desde que comprovado e aceito pelo usuário, podem serdesligados para o ensaio. A fiação dos transformadoresde corrente e dos transformadores de potencial deve serdesligada da terra e ligada em curto-circuito.

6.4.2 Ensaio de elevação de temperatura

Antes da realização deste ensaio, a medição da resistên-cia ôhmica do barramento sob ensaio deve ser realizadacom o equipamento na temperatura ambiente, conformeestabelecido em 6.4.7.

6.4.2.1 Procedimento para ensaio

6.4.2.1.1 Os ensaios de elevação de temperatura devemser realizados em um conjunto ou subconjunto novo ecompleto, com as superfícies de contato limpas. Quandono projeto forem previstos componentes ou disposiçõesalternativas, os ensaios devem ser realizados com aque-les componentes ou disposições para os quais sejamobtidas condições de serviço mais severas.

6.4.2.1.2 O conjunto ou subconjunto deve ser montadoaproximadamente nas mesmas condições de serviço,inclusive com todos os invólucros previstos das diferentespartes do conjunto, e deve ser protegido contra aqueci-mento ou resfriamento externo indevidos.

6.4.2.1.3 Em virtude disso, o ensaio deve ser realizadoem ambiente fechado substancialmente livre de correntesde ar, exceto aquelas geradas pelo aquecimento do pró-prio equipamento.

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quer tipo conveniente, colocados nas partes acessíveismais quentes.

6.4.2.2.2 A temperatura dos componentes deve ser medidade acordo com as normas aplicáveis.

6.4.2.2.3 Para as medições, as seguintes precauçõesdevem ser tomadas:

a) os pares termelétricos ou bulbos dos termômetrosdevem ser convenientemente protegidos contraarrefecimento externo. A área protegida deve, entre-tanto, ser desprezível, quando comparada com a áreade arrefecimento do equipamento sob ensaio;

b) deve-se assegurar boa condutividade térmica entreo termômetro ou par termelétrico e a superfície sobensaio;

c) em locais onde haja a presença de campo magné-tico não é recomendado o uso de termômetros demercúrio, sendo neste caso indicado o termômetrode álcool.

6.4.2.3 Temperatura do ar ambiente

6.4.2.3.1 A temperatura do ar ambiente é a temperaturamédia do ar externo ao invólucro do conjunto. Deve sermedida durante o último quarto do período de ensaio,por meio de pelo menos três termômetros ou pares ter-melétricos, igualmente distribuídos em volta do conjunto,a uma altura aproximadamente igual à altura média doselementos condutores de corrente do circuito principal ea uma distância, em relação ao conjunto, de 1 m.

6.4.2.3.2 Os termômetros devem estar protegidos contracorrentes de ar e radiação de calor. A fim de evitar errosde indicação por causa de mudanças bruscas de tempe-ratura, os termômetros podem ser colocados em peque-nas vasilhas de aproximadamente 0,5 L, cheias de óleo.

6.4.2.3.3 Durante o último quarto do período, a variaçãode temperatura do ar ambiente não deve exceder 1°C/h.Se isto não for possível devido às condições desfavoráveisno local do ensaio, a temperatura de uma parte idênticade outro conjunto de manobra e controle sob as mesmascondições ambientes, mas sem corrente, pode ser consi-derada como a temperatura do ar ambiente, não devendoporém estar sujeita a radiações térmicas indevidas.

6.4.2.3.4 A temperatura do ar ambiente durante o ensaiodeve estar entre + 10°C e + 40°C, e nenhuma correçãode elevação de temperatura deve ser feita para esta faixade temperatura.

6.4.3 Ensaio de corrente suportável nominal de curtaduração e do valor de crista nominal da corrente suportável

6.4.3.1 Generalidades

6.4.3.1.1 Os circuitos principais e de aterramento do con-junto de manobra e controle devem ser submetidos aensaios para comprovar sua capacidade de suportar acorrente suportável nominal de curta duração e o valorde crista nominal da corrente suportável especificado.

6.4.3.1.2 O conjunto de manobra e controle deve ser en-saiado com todos os componentes associados instalados.

6.4.2.1.4 Na prática esta condição é alcançada quando avelocidade do ar não excede 0,5 m/s.

6.4.2.1.5 As ligações para os ensaios devem ser tais quenão conduzam nenhuma quantidade apreciável de calorpara dentro ou para fora do conjunto sob ensaio. Em ca-so de dúvida, deve ser medida a elevação de temperaturanos terminais e nos condutores de ligação a uma distânciade 1 m dos terminais. A diferença de elevação de tempera-tura não deve exceder 5°C.

6.4.2.1.6 O ensaio deve ser realizado com a corrente no-minal do equipamento. A corrente de alimentação deveser praticamente senoidal. Para circuitos trifásicos, o valornominal em cada fase, bem como o valor médio das cor-rentes nas três fases, pode variar em ± 5% do valor no-minal da corrente.

6.4.2.1.7 Após o ensaio de elevação de temperatura, quan-do o equipamento já tiver retornado à temperatura am-biente, deve ser efetuada novamente a medição da resis-tência ôhmica. O valor de resistência encontrado não de-ve diferir em mais de 20% do primeiro valor lido no ensaiode elevação de temperatura.

6.4.2.1.8 Estes valores devem ser registrados nos relató-rios de ensaios, bem como as condições gerais duranteo ensaio: corrente, temperatura ambiente, pontos de me-dição, freqüência, etc.

6.4.2.1.9 O ensaio deve ser realizado em todas as fasessimultaneamente, com a corrente nominal fluindo de umaextremidade do barramento para os terminais previstospara ligações dos cabos. A freqüência deve ser igual àindustrial, com uma tolerância de + 2% e - 5%.

6.4.2.1.10 O ensaio deve ser realizado por um período detempo suficiente para que a elevação de temperatura seestabilize. Considera-se alcançada a condição de esta-bilização quando a variação de elevação de temperaturanão excede 1°C/h.

6.4.2.1.11 O intervalo de medição das temperaturas deveser no máximo de 1 h.

6.4.2.1.12 O tempo para o ensaio pode ser reduzido porum preaquecimento do circuito com uma corrente de valormaior do que a nominal.

6.4.2.1.13 Para o ensaio de subconjuntos individuais, ossubconjuntos vizinhos devem ser submetidos a correntesque produzam as perdas de potência correspondentesàs condições de serviços nominais. É admissível simularcondições equivalentes por meio de aquecedores ou iso-lantes térmicos, se o ensaio não puder ser realizado sobas condições normais de serviço.

6.4.2.1.14 As elevações de temperatura dos diferentescomponentes devem ser referidas à temperatura do arambiente e não devem exceder os valores indicados natabela A.2 do anexo A, ou prescritos nas normas aplicá-veis. De outra forma, o conjunto ou subconjunto deve serconsiderado como não aprovado no ensaio.

6.4.2.2 Medição da temperatura

6.4.2.2.1 A temperatura das diferentes partes deve sermedida com termômetros ou pares termelétricos de qual-

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6.4.3.1.3 Os condutores, as conexões e os dispositivos deaterramento do conjunto de manobra e controle devemser ensaiados para comprovar a sua capacidade de su-portar a corrente suportável nominal de curta duração eseu valor de crista sob as condições de aterramento doneutro do sistema, isto é, eles devem ser ensaiados comoinstalados no conjunto com todos os componentes asso-ciados.

6.4.3.1.4 Os ensaios devem ser realizados à freqüênciaindustrial com uma tolerância de ± 10%, em qualquertensão conveniente e a partir de qualquer temperaturaambiente.

NOTA - Por necessidade de laboratório, podem ser requeridastolerâncias maiores. Cuidados devem ser tomados na inter-pretação dos resultados, quando os equipamentos de freqüênciaindustrial de 50 Hz são ensaiados em 60 Hz.

6.4.3.1.5 Durante estes ensaios é necessário assegurarque nenhum dispositivo de proteção opere, com exceçãodaqueles previstos para limitar a corrente de curto-cir-cuito.

6.4.3.2 Arranjo do equipamento e do circuito de ensaio

6.4.3.2.1 As solicitações impostas ao equipamento du-rante o ensaio dependem fundamentalmente do arranjofísico empregado, tipo dos condutores de alimentação,forma e duração das correntes aplicadas. Para que o en-saio seja representativo, é necessário que o arranjo físicodos condutores de alimentação seja tão semelhantequanto possível à situação real.

6.4.3.2.2 A corrente de curto-circuito de ensaio deve seraplicada nas três fases simultaneamente. O sistema deproteção deve ter o seu sistema de disparo inoperante.Fusíveis limitadores de corrente, se houver, devem sersubstituídos por barras de corrente nominal igual à máxi-ma especificada para o circuito a ser ensaiado.

6.4.3.2.3 O arranjo do ensaio deve ser indicado no relatóriode ensaios.

6.4.3.3 Valor e duração da corrente de ensaio

6.4.3.3.1 A componente alternada da corrente de ensaiodeve ser, em princípio, igual à da corrente suportável no-minal de curta duração It do conjunto de manobra e con-trole.

6.4.3.3.2 O valor de crista da corrente (para o circuito trifá-sico, o valor mais alto em uma das fases externas) nãodeve ser menor que o valor de crista nominal e não deveexcedê-lo em mais que 5% sem o consentimento do fabri-cante.

6.4.3.3.3 No caso de ensaios trifásicos, a corrente em qual-quer fase não deve variar em mais de 10% da média dascorrentes nas três fases.

6.4.3.3.4 A corrente de ensaio Ie deve, em princípio, seraplicada por um tempo te igual à duração nominal t docurto-circuito. O valor 2

eI . te deve ser determinado a partirde um oscilograma, usando o método de determinaçãode Ief dado no anexo C, ou por um método equivalente. Ovalor do produto ee tI . 2

no ensaio não deve ser menor

que o valor nominal tIt . 2 , e não deve excedê-lo em maisque 10% sem o consentimento do fabricante.

6.4.3.3.5 Entretanto, quando as características dolaboratório forem tais que os valores de crista e eficaz dacorrente especificada em 6.4.3.3.4 não puderem serobtidos em um ensaio com a duração especificada, osseguintes desvios são permitidos:

a) se o decremento da corrente de curto-circuito dolaboratório for tal que o valor eficaz especificado,medido de acordo com a figura D.1 do anexo D, oupor um método equivalente, não puder ser obtidopara duração nominal sem a aplicação inicial deuma corrente excessivamente alta, então o valor efi-caz da corrente de ensaio pode cair abaixo do valorespecificado, durante o ensaio. Neste caso, a dura-ção do ensaio deve ser aumentada de forma apro-priada, de modo que o valor de crista da correntenão seja inferior ao especificado e a duração nãoseja superior a 5 s;

b) se, a fim de obter o valor de crista especificado, ovalor eficaz da corrente tiver de ser aumentado acimado valor especificado, a duração do ensaio pode serreduzida adequadamente.

6.4.3.3.6 Se as alíneas 6.4.3.3.5 a) ou 6.4.3.3.5 b) não fo-rem praticáveis, é permitida a execução do ensaio emduas partes: uma para o valor de crista da corrente e ou-tra para a corrente suportável de curta duração. Nestecaso, no ensaio do valor de crista da corrente, o tempodurante o qual a corrente de curto-circuito é aplicada nãodeve ser menor que 0,3 s. Para o ensaio de correntesuportável, o tempo durante o qual a corrente de curto-circuito é aplicada deve ser igual à duração nominal. En-tretanto, desvio no tempo é permitido de acordo com6.4.3.3.5 alínea a).

6.4.3.4 Comportamento do equipamento durante o ensaio

6.4.3.4.1 Todos os equipamentos devem poder conduzirsua corrente suportável nominal de curta duração e o va-lor de crista nominal da corrente suportável sem sofrerdanos mecânicos em qualquer parte e sem que os con-tatos se separem.

6.4.3.4.2 É admitido que, durante o ensaio, a elevação detemperatura das partes que conduzem as correntes edas partes adjacentes do equipamento possa excederos limites especificados na tabela A.2 do anexo A.

6.4.3.4.3 Não são especificados limites de elevação detemperatura para os ensaios de corrente suportável nomi-nal de curta duração, porém a temperatura máxima atingi-da deve ser tal que não cause danos às partes circunvi-zinhas.

6.4.3.5 Estado do equipamento após o ensaio

6.4.3.5.1 Após o ensaio, o equipamento e seus componen-tes não devem apresentar nenhuma deformação ou danosignificativos, devem poder funcionar normalmente,suportar sua corrente nominal sem que os limites de ele-vação de temperatura da tabela A.2 do anexo A sejamexcedidos, bem como suportar as tensões especificadaspara os ensaios dielétricos.

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6.4.3.5.2 Após o ensaio, alguma deformação ou degrada-ção do condutor, conexões e dispositivos de aterramentoé permissível, mas a condutividade do circuito deve sermantida.

6.4.3.5.3 Se o equipamento tiver uma capacidade deestabelecimento e/ou interrupção, o estado dos contatosdeve ser tal que o funcionamento não seja afetado paraqualquer valor de capacidade de estabelecimento ou in-terrupção até os valores nominais.

6.4.3.5.4 Para verificar estes requisitos, em geral é suficien-te o funcionamento em vazio do equipamento imediata-mente após o ensaio, seguido de uma inspeção visualdos contatos.

6.4.3.5.5 Se após essa verificação ainda houver dúvidaquanto à capacidade de conduzir a corrente nominal, umensaio de elevação de temperatura adicional deve serrealizado, antes do recondicionamento do equipamento.

6.4.4 Ensaio da capacidade de estabelecimento einterrupção

A capacidade de estabelecimento e interrupção dos dis-positivos de manobra que fazem parte do circuito principaldos conjuntos de manobra e controle deve ser verificadade acordo com as normas específicas e sob condiçõesnormais de uso, devendo, portanto, ser ensaiados e insta-lados nos conjuntos de manobra e controle com todas aspartes associadas que possam influenciar os seus de-sempenhos, tais como disposições das ligações, supor-tes, previsões para ventilação, etc.

NOTA - Na determinação das partes associadas que podeminfluenciar o desempenho, deve ser dada atenção especial:

a) aos esforços dinâmicos durante o curto-circuito;

b) à presença de produtos de arco;

c) à possibilidade de falha do dielétrico, etc.

6.4.5 Ensaio de graus de proteção

Os graus de proteção devem ser verificados de acordocom a NBR 6146.

6.4.6 Verificação da operação mecânica

6.4.6.1 Os dispositivos de manobra devem ser operadose as partes extraíveis movimentadas entre as posiçõesinseridas e extraídas, a fim de verificar a satisfatória ope-ração desses equipamentos e a eficiência dos dispositi-vos mecânicos associados com estes movimentos, 50vezes para os seccionadores e 25 vezes para inserir e25 vezes para extrair os equipamentos extraíveis.

6.4.6.2 Durante o ensaio, nenhum ajuste pode ser realiza-do nos dispositivos de manobra e nos intertravamentos.

6.4.6.3 Os ensaios são considerados satisfatórios se osdispositivos de manobra e intertravamento mantiveremsuas condições de operação inalteradas e se o esforçorequerido para operá-los antes e depois do ensaio forpraticamente o mesmo.

6.4.7 Ensaio de resistência ôhmica do circuito principal

6.4.7.1 A resistência de cada fase do circuito principal de-ve ser medida com o objetivo de permitir a comparaçãoentre o equipamento protótipo, submetido a ensaio deelevação de temperatura durante a realização dos en-saios de tipo, e os equipamentos de mesmo projeto, sub-metidos aos ensaios de rotina.

6.4.7.2 A medição deve ser efetuada com corrente con-tínua, medindo-se a queda da tensão, ou a resistência,entre os terminais de cada fase.

6.4.7.3 A resistência ôhmica encontrada não deve diferirem mais de 20% do primeiro valor medido no ensaio emelevação de temperatura.

6.4.8 Ensaio funcional eletromecânico

A verificação do funcionamento elétrico e mecânico dosdispositivos de comando, controle, proteção, medição esinalização deve ser efetuada conforme prescrito em6.4.8.1 a 6.4.8.6.

6.4.8.1 Os relés de proteção e instrumentos de mediçãodevem ser verificados injetando-se corrente e/ou tensãode valores compatíveis nos circuitos secundários dostransformadores para instrumentos até a efetiva operaçãodo relé ou instrumento.

6.4.8.2 As chaves de comando devem ser acionadas ma-nualmente, verificando-se se os contatos efetuam a res-pectiva função.

6.4.8.3 Os circuitos de supervisão devem ser verificadossimultaneamente nos ensaios de 6.4.8.1 e 6.4.8.2.

6.4.8.4 Os intertravamentos elétricos, hidráulicos, pneumá-ticos e mecânicos e os dispositivos de controle, tendouma seqüência de operação predeterminada, devem serensaiados cinco vezes consecutivas, com uma seqüênciadentro das condições de uso e operação e com os cir-cuitos auxiliares com valores limites mais desfavoráveis.Durante o ensaio nenhum ajuste pode ser realizado.

6.4.8.5 A tensão da fonte pode variar entre 95% e 110%da tensão nominal e a pressão da fonte pneumática podevariar entre 90% e 110% do seu valor nominal.

6.4.8.6 Os ensaios são considerados satisfatórios se osdispositivos auxiliares operarem perfeitamente, manti-verem suas condições de operação inalteradas e se oesforço requerido para operá-los antes e depois dos en-saios for o mesmo.

6.4.9 Ensaio dos circuitos de aterramento

Todas as partes metálicas que não pertençam a um cir-cuito elétrico devem estar aterradas conforme 5.2.5. Acontinuidade desses aterramentos, bem como o aterra-mento automático de qualquer equipamento extraível,quando na posição inserida ou de ensaio, devem serverificados usando-se ohmímetro ou medidor de continui-dade elétrica.

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6.4.10 Ensaio de arco elétrico devido a falhas internas

6.4.10.1 Introdução

6.4.10.1.1 A ocorrência de um arco no interior de um cubí-culo pode ocorrer em diversos locais e é acompanhadade vários fenômenos físicos.

6.4.10.1.2 A energia resultante do desenvolvimento deum arco à pressão atmosférica causa sobrepressõesinternas e sobreaquecimento local, que resulta em esfor-ços mecânicos e térmicos no cubículo e em todos osequipamentos nele instalados. Além disso, pode ocorrera decomposição de materiais pelo calor, e gases ou vapo-res podem ser expelidos do cubículo.

6.4.10.1.3 As sobrepressões internas que atuam nas tam-pas, portas, janelas de inspeção, etc. e os efeitos térmicosdo arco e suas conseqüências no invólucro, da expulsãode gases quentes e partículas incandescentes, mas nãode avarias de divisões e obturadores, devem ser levadosem consideração nesta Norma. Porém, os efeitos quepodem constituir riscos, tais como gases tóxicos, não sãoprevistos por esta Norma.

6.4.10.1.4 Além disso, o procedimento de ensaio simulaapenas situações nas quais portas e janelas estão fecha-das, como nas condições normais de serviço.

6.4.10.2 Tipos de acessibilidade

6.4.10.2.1 É feita uma distinção entre os dois tipos de aces-sibilidade que correspondem às diferentes condições deensaios mencionadas em 6.4.10.8.

6.4.10.2.2 Um mesmo invólucro pode ter diferentes tiposde acessibilidade em suas diversas faces:

a) tipo A - acessibilidade restrita somente a pessoalautorizado;

b) tipo B - acesssibilidade irrestrita, incluindo o públi-co em geral.

6.4.10.3 Arranjo de ensaio

A escolha dos cubículos e sua posição no local de ensaio,assim como o ponto de início do arco, devem ser decididosentre usuário e fabricante. Os seguintes pontos básicosdevem ser observados:

a) o ensaio deve ser efetuado em um cubículo quenão tenha sido submetido a arco;

b) é necessário que as condições de montagem se-jam as mais próximas possíveis das condições nor-mais de serviço, ou seja, condições de funcionamen-to na instalação (piso, teto, paredes, dutos de barras,leito de cabos, etc.);

NOTA - Para cubículos dotados de duto coletor de gasesnão é necessário representar tetos e paredes.

c) o cubículo deve estar totalmente equipado. Oscomponentes internos podem ser substituídos porelementos de mesma forma geométrica, volume ematerial externo;

d) o cubículo a ser ensaiado deve ser aterrado no lo-cal estabelecido.

6.4.10.4 Tensão de ensaio

6.4.10.4.1 A tensão aplicada deve ser trifásica e em prin-cípio igual à tensão nominal de conjunto de manobra econtrole.

6.4.10.4.2 Uma tensão inferior pode ser escolhida de acor-do com as necessidades do laboratório de ensaios, desdeque as seguintes condições sejam satisfeitas:

a) a corrente permaneça senoidal;

b) o arco não seja extinto prematuramente.

6.4.10.5 Corrente de ensaio

6.4.10.5.1 Componente alternada: a corrente de curto-circuito, para a qual o conjunto de manobra e controle foiespecificado, com respeito ao arco, deve ter uma tolerân-cia de + 5% e - 0%. Esta tolerância é utilizada para a cor-rente presumida somente se a tensão aplicada for igualà tensão nominal. A corrente deve permanecer constante.

NOTA - Se as condições de laboratório não o permitirem, o en-saio deve ser estendido até que se tenha a integral da com-ponente alternada da corrente igual ao valor especificado comuma tolerância de + 10% e - 0%. Nesse caso, a corrente deveser igual ao valor especificado ao menos durante os três pri-meiros meio-ciclos e não deve ser menor que 50% do valorespecificado ao final do ensaio.

6.4.10.5.2 Componente contínua: o instante de fechamentodeve ser escolhido de maneira que o valor presumido dacorrente de crista (+ 5% e - 0%), estabelecido em umadas fases externas, seja 2,5 vezes o valor da sua correnteeficaz e de tal modo que uma grande alternância ocorrana outra fase externa. Se a tensão for menor que a nomi-nal, o valor de crista da corrente de curto-circuito não de-ve ser menor que 90% do valor de crista presumido.

6.4.10.6 Freqüência

Os ensaios devem ser realizados à freqüência nominal,com tolerância de ± 10%.

6.4.10.7 Duração do ensaio

A duração do arco é escolhida de acordo com o tempoprovável determinado pelo ajuste das proteções.

NOTAS

1 A duração do arco não deve exceder 1 s para uma correntesimétrica de curto-circuito até 25 kA. Acima de 25 kA, deve ha-ver coerência com as condições de serviço do equipamento.Para cubículos equipados com dispositivos (aletas) de alívio depressão, um arco com duração de 0,1 s, em geral, é suficientepara provar simplesmente a sua resistência à pressão interna.

2 Em geral não é possível calcular a duração de arco permissívelpara uma corrente diferente daquela usada no ensaio. A pressãomáxima durante o ensaio geralmente não decresce com o tempode arco menor e não há evidência de que a duração de arcopossa ser aumentada com uma corrente de ensaio menor.

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6.4.10.8 Procedimento de ensaio

6.4.10.8.1 No circuito de ensaio, deve-se considerar o se-guinte:

a) o neutro da fonte só é aterrado para cubículos uti-lizados em sistema solidamente aterrado;

b) precauções devem ser tomadas para que as co-nexões não alterem as condições de ensaio;

c) geralmente, no interior do invólucro, o arco podeser alimentado por duas direções. A direção a serescolhida é aquela que provavelmente causa maio-res esforços.

6.4.10.8.2 Com relação ao início do arco, deve-se conside-rar o seguinte:

a) o arco deve ser iniciado entre as fases através deum fio de metal, com aproximadamente 0,5 mm dediâmetro ou, no caso de fases segregadas, entreuma fase e a terra;

NOTA - Na impossibilidade da utilização do fio para iniciar oarco em um componente, é permitido um outro método aser definido entre fabricante e usuário.

b) em cubículos onde as partes vivas estão cobertaspor material isolante sólido, o arco deve ser iniciadoentre duas fases adjacentes, em locais onde nãohaja isolamento;

NOTA - O arco não deve ser iniciado pela perfuração daisolação sólida.

c) o ponto de início deve ser escolhido de maneiraque os efeitos do arco resultante produzam o maioresforço no cubículo em ensaio. Em caso de dúvida,pode ser necessário realizar mais de um ensaio emoutros cubículos.

6.4.10.8.3 Indicadores (para verificar os efeitos térmicosdos gases) são pedaços de tecido de algodão preto decerca de 150 mm x 150 mm, dispostos de maneira quesuas pontas cortadas não fiquem direcionadas para ocubículo em ensaio. Devem ser tomadas precauções paraque um indicador não inflame o outro. Isso é conseguidomontando-os, por exemplo, em uma moldura metálica(ver figura D.2 do anexo D). Cuidados devem ser tomadosao se posicionar os indicadores, levando-se em conta apossibilidade da emissão de gases quentes em direçõesinclinadas.

6.4.10.8.4 No caso de acessibilidade tipo A (ver figura D.3do anexo D), deve-se considerar o seguinte:

a) os indicadores devem ser dispostos verticalmentenos lados acessíveis ao operador e, se for o caso,nos lados que são prontamente acessíveis a pessoasautorizadas, a uma altura de até 2 m e a uma distânciade 30 cm ± 5% do cubículo, faceando todos os pontosonde possa haver emissão de gases (juntas, janelasde inspeção, portas, etc.);

b) os indicadores devem ser dispostos também ho-rizontalmente, a uma altura de até 2 m acima do pi-so, e a uma distância entre 30 cm e 80 cm do cubículoem ensaio;

c) para indicadores deve ser usado cretone pretocom cerca de 150 g/m2 de algodão em seu tecido.

6.4.10.8.5 No caso de acessibilidade tipo B (ver figura D.3do anexo D), deve-se considerar o seguinte:

a) os indicadores devem ser dispostos verticalmenteem todos os lados acessíveis do cubículo, a umaaltura de até 2 m, e a uma distância de 10 cm ± 5%do cubículo, faceando todos os pontos onde possahaver emissão de gases (juntas, janelas de inspeção,portas, etc.);

b) os indicadores devem ser dispostos também hori-zontalmente, a uma altura de até 2 m acima do piso,e a uma distância entre 10 cm e 80 cm do cubículoem ensaio. Se o cubículo tiver menos de 2 m de al-tura, os indicadores devem ser dispostos tambémhorizontalmente nas partes superiores, a partir dosindicadores verticais. Para cubículos com mais de2 m de altura, podem ser omitidos os indicadoresnas partes superiores, mas devem ser colocadoshorizontalmente, a aproximadamente 2 m acima dopiso, e uma distância de 10 cm a 80 cm do cubículoem todos os lados;

c) para indicadores deve ser usado tecido entreli-nhado de algodão preto, com cerca de 40 g/m2.

6.4.10.9 Avaliação do ensaio

Os seguintes critérios devem ser observados de forma apermitir a verificação dos efeitos do arco elétrico mencio-nados em 6.4.10:

a) critério nº 1: se portas, tampas, etc., corretamentefechadas, não se abriram;

b) critério nº 2: se componentes (do cubículo) quepossam causar riscos não foram arremessados. Issoinclui grandes peças ou aquelas com quinas vivas,por exemplo: janelas de inspeção, dispositivos dealívio de pressão, placas de cobertura, etc., feitas demetal ou plástico;

c) critério nº 3: se o arco não provocou perfuraçõesnos cubículos adjacentes e nas partes externas livre-mente acessíveis do invólucro, por conseqüênciade queima ou outros efeitos;

d) critério nº 4: se os indicadores dispostos vertical-mente não se inflamaram. Indicadores inflamadospela queima de tinta ou etiquetas estão excluídosdesta avaliação;

e) critério nº 5: se os indicadores dispostos horizontal-mente não se inflamaram. Se começarem a queimardurante o ensaio, o critério de avaliação pode serconsiderado como atendido, desde que provado quea ignição ocorreu por partículas incandescentes enão por gases quentes. Registros feitos por máqui-nas de alta velocidade devem ser usados como pro-va;

f) critério nº 6: se todas as conexões à terra permane-ceram eficazes.

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6.4.10.10 Relatório de ensaio

As seguintes informações devem constar no relatório deensaio:

a) características nominais e descrição do cubículoensaiado, com um desenho mostrando as dimensõesprincipais, detalhes relevantes da estruturação mecâ-nica, arranjo dos dispositivos de alívio de pressão emétodos de fixação do cubículo ao piso e às paredes;

b) disposição das conexões de ensaio;

c) ponto e método de iniciação do arco;

d) disposição e material dos indicadores, com respei-to ao tipo de acessibilidade;

e) para a corrente de ensaio ou presumida:

- valor eficaz da componente c.a. durante os trêsprimeiros meio-ciclos;

- maior valor de crista;

- valor médio da componente c.a. no período deduração do ensaio;

- duração de ensaio;

f) oscilogramas mostrando correntes e tensões;

g) avaliação dos resultados do ensaio, incluindo asobservações correspondentes aos critérios;

h) outras considerações importantes.

6.4.11 Ensaio de verificação da proteção contra apenetração de chuva

Para conjunto de manobra e de controle de uso exterior,o ensaio descrito em 6.4.11.1 a 6.4.11.8, classificado co-mo de tipo, pode ser executado em substituição ao ensaiodo segundo numeral característico, conforme aNBR 6146, desde que solicitado pelo usuário.

6.4.11.1 O conjunto a ser ensaiado deve estar completo.Para o conjunto compreendendo várias unidades, ummínimo de duas unidades deve ser usado para ensaiaras juntas entre estas unidades. Uma junta de coberturadeve também ser incluída no ensaio.

6.4.11.2 A precipitação artificial deve ser fornecida por umnúmero suficiente de esguichos com a finalidade de pro-duzir uma aspersão uniforme sobre a superfície a ser en-saiada.

6.4.11.3 As várias superfícies verticais do invólucro podemser ensaiadas em separado, desde que um jato uniformeseja aplicado simultaneamente, como segue:

a) sobre as superfícies verticais e sobre as cobertu-ras, por meio de esguichos situados a altura conve-niente;

b) sobre o piso externo ao invólucro, a uma distânciade 1 m a frente da superfície sob ensaio e com o in-

vólucro localizado à altura mínima especificada pelofabricante acima do nível do solo.

6.4.11.4 Cada esguicho utilizado para este ensaio develiberar uma aspersão padronizada, de formato quadrado,com uma distribuição de aspergimento uniforme, e deveter uma capacidade de 30 L/min ± 10%, para uma pressãode 46 x 104 Pa ± 10%, e um ângulo para aspersão de 60°a 80°. As linhas de centro dos esguichos devem ser incli-nadas para baixo, de maneira que a parte superior daaspersão seja horizontal e direcionada às superfíciesverticais e sobre as coberturas que estão sendo ensaia-das. Por conveniência, deve-se montar os esguichos emum tubo vertical, com espaçamento entre estes de cercade 2 m, conforme a figura D.4 do anexo D.

6.4.11.5 A pressão no tubo de alimentação dos esguichosdeve ser de 46 x 104 Pa ± 10% nas condições de fluxo. Arelação segundo a qual a água é aplicada em cada super-fície ensaiada deve ser aproximadamente 5 mm/min, ecada superfície ensaiada deve receber esta relação deprecipitação artificial durante 5 min. Os esguichos pul-verizantes devem estar a uma distância entre 2,5 m e3,0 m da superfície vertical a ser ensaiada.

6.4.11.6 O tipo dos esguichos e as disposições destespara o ensaio devem estar de acordo com as figuras D.4e D.5.

6.4.11.7 Este ensaio visa especialmente simular os efeitosda chuva impelida pelo vento.

6.4.11.8 Após a conclusão do ensaio, o invólucro deveser visualmente inspecionado e considerado aprovadose não for constatada a presença de:

a) água na isolação dos circuitos principais e auxilia-res;

b) água em qualquer componente elétrico ou meca-nismo do conjunto;

c) acúmulo significativo de água na estrutura ou par-tes não isolantes;

d) água nas superfícies verticais de acoplamento,após a separação das unidades.

6.4.12 Verificação visual e dimensional

O conjunto de manobra e controle deve ser verificadoconforme abaixo:

a) verificação dos componentes quanto a: tipo, fabri-cante, quantidade, identificação, disposição e fixaçãomecânica;

b) verificação das dimensões principais do conjunto:altura, largura, comprimento e cotas de possíveisflanges ou acoplamentos;

c) verificação das etiquetas de identificação externasquanto a: inscrição correta, qualidade de gravação,dimensões e material (alumínio, acrílico, etc.);

d) verificação do barramento quanto a: material, trata-mento, dimensões e bitolas, isolamento, identifica-ção, fixação mecânica e seguimento elétrico, confor-me esquema unifilar;

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e) verificação das chaparias e ferragens quanto a:espessura das chapas, tratamento e aderência dapintura (a aderência da pintura pode ser verificadasobre uma amostra que acompanhou o processo);

f) verificação das portas e tampas quanto ao alinha-mento e fechamento;

g) verificação da fiação interna quanto a: tipo, bitolas,cores dos cabos, identificação e correta conexão elé-trica.

6.4.13 Verificação da intercambialidade dos componen-tes idênticos e extraíveis, de mesma construção e valoresnominais.

Verificar se todos os componentes de mesmos valoresnominais e de mesma construção são intercambiáveis.

6.4.14 Verificação da fiação

6.4.14.1 A continuidade elétrica da fiação deve ser verifica-da pelo efetivo funcionamento elétrico dos componentesde controle, comando, proteção, medição e sinalização.Em caso de falha, deve ser feita a verificação individualda continuidade dos circuitos através de medidor de con-tinuidade elétrica.

6.4.14.2 Deve-se verificar se os condutores e réguas ter-minais estão codificados de acordo com o estabelecidonos diagramas aprovados.

/ANEXO A

Page 19: Nbr 6979   conjunto de manobra e controle em involucro meta

NBR 6979:1998 19

Anexo A (normativo)Tabelas

Tabela A.1 - Fatores de correção das tensões para altitudes superiores a 1 000 m

Fator de correção para astensões de ensaio referidas

ao nível do mar

(1) (2) (3)

1 000 1,00 1,00

1 500 1,05 0,95

3 000 1,25 0,80

NOTAS

1 Valores intermediários podem ser obtidos por interpolação linear.

2 Ver 4.1, alínea b).

Altitudes máximasm

Fator de correção para astensões nominais

Tabela A.2 - Limites de temperatura admissíveis

Valores máximos

Elevação de temperaturaNatureza do elemento1), 2) Temperatura final para um ambiente não

°C excedendo 40°Ck

(1) (2) (3)

1 Contatos3)

1.1 Cobre nu ou liga de cobre nua 75 351.2 Prateados ou niquelados4) 105 651.3 Estanhados4), 5) 90 50

2 Conexões aparafusadas ou equivalentes 6)

2.1 Cobre nu ou liga de cobre nua ou liga de alumínio nua 90 502.2 Prateadas ou niqueladas6) 115 752.3 Estanhadas 105 65

3 Invólucros3.1 Partes manipuladas 50 103.2 Partes acessíveis 70 303.3 Partes inacessíveis 110 70

1) Segundo a sua função, a mesma parte pode pertencer a diversas categorias listadas nesta tabela.

Neste caso, os valores máximos permissíveis de temperatura e de elevação de temperatura a serem considerados são os meno-res entre as categorias correspondentes.2) A elevação da temperatura das partes metálicas, condutoras ou não, deve ser limitada ao valor admissível para a classe de tem-peratura do material isolante utilizado em contato com as mesmas. Todas as precauções necessárias devem ser tomadas paraque nenhum dano seja causado aos materiais isolantes circunvizinhos.3) Quando partes do contato têm revestimentos diferentes, as temperaturas e as elevações de temperatura permissíveis devem seraquelas da parte que tem o menor valor permitido nesta tabela.4) A qualidade do revestimento dos contatos deve ser tal que uma camada de material de revestimento permaneça na área de con-tato após os seguintes ensaios de:

a) estabelecimento e interrupção (se existirem);

b) corrente suportável de curta duração;

c) resistência mecânica.

Caso contrário, os contatos devem ser considerados nus.5) Para contatos de fusíveis, a elevação de temperatura deve ser conforme as normas pertinentes.6) Quando as partes de conexão têm diferentes revestimentos, as temperaturas e elevações de temperatura permissíveis devemser aquelas da parte que tem maior valor permitido nesta tabela.

NOTA - Ver 4.1, alínea d), 6.4.2.1, 6.4.3.4 e 6.4.3.5.

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20 NBR 6979:1998

Tabela A.4 - Locais, causas e exemplos de medidas para diminuir a probabilidade de falhas internas

Locais onde falhasinternas ocorrem com Possíveis causas Exemplos de medidas a serem tomadas

mais freqüência

Projeto inadequado Seleção de dimensões adequadas

Evitar que as conexões em cabos se cruzem

No local deve ser feito comissionamento por pessoalespecializado

Fazer inspeções regulares e efetuar ensaios dielétricos no local

Verificar regularmente o nível dos líquidos

Intertravamentos

Manobra manual independente

Capacidade de estabelecimento em curto-circuito

Instruções a pessoal qualificado

Uso de anticorrosivos e/ou graxas

Conexões e contatos Revestimento protetor onde for necessário

Montagem defeituosa Inspeção por meios adequados

Transformadores para Ferrorressonância Evitar estas influências elétricas através de projeto adequado doinstrumentos circuito

Manutenção regular programada

Instrução a pessoal qualificado

Erro humano Limitação de acesso por compartimentos

Isolamento das partes vivas

Instruções a pessoal qualificado

Envelhecimento do dielétrico Ensaios rotineiros de verificação do dielétrico

Poluição,umidade, penetração Prevenir e verificar que as condições de serviço especificadas de insetos, poeiras, etc. sejam respeitadas

Sobretensões Proteções contra descargas atmosféricas

Coordenação adequada de isolamento

Ensaios dielétricos no local

NOTA - Ver 5.3.2.

/ANEXO B

Tabela A.3 - Níveis de isolamento nominais

Lista 1 Lista 2

Para a terra Através da Para a terra Através da Para a terra Através dae entre fases distância de e entre fases distância de e entre fases distância de

isolamento isolamento isolamento

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7)

Tensão máximado equipamento

kV

Tensão suportável nominalà freqüência industrial durante

1 min (valor eficaz)kV

Tensão suportável nominal de impulso atmosférico(valor de crista)

kV

7,21524,2

36,2

4095

125

150

46110140

165

60110150

170

70125165

187

203450

70

233855

77

NOTAS

1 Ver 5.1.2.

2 A escolha da tensão suportável nominal de impulso atmosférico, entre as listas 1 e 2, deve ser feita de acordo com as prescriçõesda NBR 6939.

3 Quando o sistema exigir tensão nominal superior a 24,2 kV ou 36,2 kV, devem ser utilizadas as tensões de 25,8 kV e 38 kV,respectivamente. Neste caso, os níveis de tensão suportáveis são os mesmos previstos para 24,2 kV e 36,2 kV, respectivamente.

4 Os valores de tensão nesta tabela correspondem às condições atmosféricas padronizadas, que são:

- temperatura: 20oC;

- pressão atmosférica: 1,013 x 105 Pa;

- umidade: 11 g/m3.

Falha em isolamento sólido oulíquido

Todos os locais

Disjuntores Manutenção inadequada

Corrosão

Seccionadores e chavesde aterramento Operação indevida

Compartimento de cabosInstalação defeituosa

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NBR 6979:1998 21

Anexo B (normativo)Esquemas para ensaios dielétricos

Finalidade do ensaio quanto

Ao isolamento À segurança pessoal

Verificar o isolamento entre cada Evitar que uma descargafase e a terra e entre fases, com os atmosférica em qualquer fase

Tabela A.3 equipamentos de manobra cause danos pessoais, durante aColuna 2 ou 4 fechados operação do equipamento ou

durante a manutenção das partesfacilmente acessíveis

Verificar o isolamento entre cada Evitar que uma descargafase e a terra, entre fases e entre atmosférica em qualquer fase

Tabela A.3 linha e carga, com os cause danos pessoais, com osColuna 2 ou 4 equipamentos de manobra equipamentos de manobra

abertos abertos, durante a manutenção dolado carga

Verificar o isolamento entre cada Evitar que uma descargafase e a terra, entre fases e entre atmosférica em qualquer fase

Tabela A.3 carga e linha, com os cause danos pessoais, com osColuna 2 ou 4 equipamentos de manobra equipamentos de manobra

abertos abertos, durante a manutenção dolado linha

Esquema Tensão

A B C

A B C

A B C

B.1 Esquema para ensaio de impulso em conjunto demanobra e controle com equipamentos fixos ouextraíveis na posição inserida

Page 22: Nbr 6979   conjunto de manobra e controle em involucro meta

22 NBR 6979:1998

B.2 Esquema para ensaio de impulso em conjunto demanobra e controle com equipamentos extraíveis emposição de ensaio

B.2.1 Equipamentos extraíveis com obturador metálico

Finalidade do ensaio quanto

Ao isolamento À segurança pessoal

Verificar o isolamento entre cada Evitar que uma descargacontato fixo do lado da linha e o atmosférica no lado da linhaobturador metálico cause danos pessoais, quando

Tabela A.3 ocorrer manutenção noColuna 2 ou 4 NOTA - Caso a distância entre os equipamento extraível ou no lado

terminais fixos e o obturador seja igual, da carga, estando o cubículoo ensaio pode ser realizado aterradoreunindo-se as três fases

Verificar o isolamento entre cada Evitar que uma descargacontato fixo do lado da carga e o atmosférica no lado da cargaobturador metálico cause danos pessoais, quando

Tabela A.3 ocorrer manutenção noColuna 2 ou 4 NOTA - Caso a distância entre os equipamento extraível ou no lado

terminais fixos e o obturador seja igual, da linha, estando o cubículoo ensaio pode ser realizado aterradoreunindo-se as três fases

Verificar o isolamento entre os Evitar que uma descargaterminais de linha e de carga, atmosférica no lado da linhaestando o cubículo em flutuação cause danos pessoais, quando

Tabela A.3 ocorrer manutenção no lado daColuna 3 ou 5 NOTA - Caso a distância entre os carga, estando o cubículo sem

terminais fixos e o obturador seja igual, aterramentoo ensaio pode ser realizadoreunindo-se as três fases

Esquema Tensão

A A

A A

B

BB

B

C C

C C

A A

A A

B

BB

B

C C

C C

A A

A A

B

BB

B

C C

C C

Page 23: Nbr 6979   conjunto de manobra e controle em involucro meta

NBR 6979:1998 23

B.2.2 Equipamentos extraíveis com obturador isolante

Finalidade do ensaio quanto

Ao isolamento À segurança pessoal

Verificar o isolamento entre cadacontato fixo, lado da linha, e oobturador isolante

NOTAS

1 O obturador deve ser coberto, noTabela A.3 lado acessível, na posição maisColuna 2 ou 4 desfavorável para o ensaio, com uma

folha circular ou quadrada conformedescrito em 7.4.1

2 Caso a distância entre os terminaisfixos e o obturador seja igual, o ensaiopode ser realizado reunindo-se as trêsfases

Verificar o isolamento entre cadacontato fixo, lado da carga, e oobturador isolante

NOTAS

1 O obturador deve ser coberto, nolado acessível, na posição mais

Tabela A.3 desfavorável para o ensaio, com umaColuna 2 ou 4 folha circular ou quadrada, conforme

descrito em 7.4.1

2 Caso a distância entre os terminaisfixos e o obturador seja igual, o ensaiopode ser realizado reunindo-se as trêsfases

Verificar o isolamento entre osterminais de linha e de carga,estando o cubículo em flutuação

NOTAS

1 O obturador deve ser coberto, noTabela A.3 lado acessível, na posição maisColuna 3 ou 5 desfavorável para o ensaio, com uma

folha circular ou quadrada conformedescrito em 7.4.1

2 Caso a distância entre os terminaisfixos e o obturador seja igual, o ensaiopode ser realizado reunindo-se as trêsfases

Esquema Tensão

Evitar que uma descargaatmosférica no lado da linhacause danos pessoais, quandoocorrer manutenção noequipamento extraível ou no ladoda carga, estando o cubículoaterrado

Evitar que uma descargaatmosférica no lado da linhacause danos pessoais, quandoocorrer manutenção noequipamento extraível ou no ladoda linha, estando o cubículoaterrado

Evitar que uma descargaatmosférica no lado da linhacause danos pessoais, quandoocorrer manutenção no lado dacarga, estando o cubículo sematerramento (cubículo emflutuação)

A A

A A

B

BB

B

C C

C C

A A

A A

B

BB

B

C C

C C

A A

A A

B

BB

B

C C

C C

Page 24: Nbr 6979   conjunto de manobra e controle em involucro meta

24 NBR 6979:1998

B.2.3 Equipamentos extraíveis sem obturador

B.2.3.1 Circuito principal da parte extraível acessível

Finalidade do ensaio quanto

Ao isolamento À segurança pessoal

Verificar o isolamento entre Evitar que uma descargacontato fixo do lado da linha e a atmosférica no lado da linhaparte extraível, estando o cubículo cause danos pessoais, quando

Tabela A.3 em flutuação ocorrer manutenção noColuna 3 ou 5 equipamento extraível ou no lado

da carga, estando o cubículo sematerramento

Verificar o isolamento entre Evitar que uma descargacontato fixo do lado da carga e a atmosférica no lado da cargaparte extraível, estando o cubículo cause danos pessoais, quandoem flutuação ocorrer manutenção no

Tabela A.3 equipamento extraível ou no ladoColuna 3 ou 5 NOTA - A realização deste ensaio é da linha, estando o cubículo sem

dispensável quando houver aterramentosimetria entre os lados de carga e delinha

Esquema Tensão

B.2.3.2 Circuito principal da parte extraível não acessível

Finalidade do ensaio quanto

Ao isolamento À segurança pessoal

Verificar o isolamento entre os Evitar que uma descargacontatos fixos do lado da carga e atmosférica no lado da linha ou da

Tabela A.3 os contatos fixos do lado da linha, carga cause danos pessoais,Coluna 3 ou 5 estando o cubículo em flutuação quando ocorrer manutenção no

lado da carga ou da linha, estandoo cubículo sem aterramento

Esquema Tensão

A A

A A

B

BB

B

C C

C C

A A

A A

B

BB

B

C C

C C

A A

A A

B

BB

B

C C

C C

Page 25: Nbr 6979   conjunto de manobra e controle em involucro meta

NBR 6979:1998 25

B.3 Esquema para ensaio de impulso em conjunto demanobra e controle com TP

B.3.1 TP extraível

Finalidade do ensaio quanto

Ao isolamento À segurança pessoal

Verificar o isolamento entre cada Evitar que uma descargacontato fixo e o obturador metálico atmosférica no lado da linha

cause danos pessoais, quandoNOTAS ocorrer troca de fusíveis ou1 Quando o obturador for isolante, manutenção no compartimento

Tabela A.3 este deve ser coberto, no lado do TP, estando o cubículoColuna 2 ou 4 acessível, na posição mais aterrado

desfavorável para o ensaio, com umafolha circular ou quadrada, conformedescrito em 7.4.1

2 TP extraível na posição de ensaio ouextraída

Verificar o isolamento entre os Evitar que uma descargacontatos fixos e o TP extraível, atmosférica no lado da linhaestando o cubículo em flutuação cause danos pessoais, quando

ocorrer troca de fusíveis ouTabela A.3 NOTAS manutenção no compartimentoColuna 3 ou 5 TP, estando o cubículo sem

1 TP extraível na posição de ensaio aterramentoou extraída

2 Obturador metálico não aterrado

Esquema Tensão

B.3.2 TP fixo

Finalidade do ensaio quanto

Ao isolamento À segurança pessoal

Verificar o isolamento entre o Evitar que uma descargabarramento e o TP fixo sem os atmosférica no lado da linha

Tabela A.3 fusíveis, estando o cubículo cause danos pessoais, quandoColuna 3 ou 5 em flutuação ocorrer manutenção no

compartimento do TP, estando ocubículo sem aterramento

Esquema Tensão

A

B

C C

B

A

A

B

C C

B

A

A

B

C C

B

A

Page 26: Nbr 6979   conjunto de manobra e controle em involucro meta

26 NBR 6979:1998

B.4 Esquema para ensaio de impulso em conjunto demanobra e controle com seccionadores fixos

Finalidade do ensaio quanto

Ao isolamento À segurança pessoal

Verificar o isolamento entre os Evitar que uma descargaterminais de linha e de carga, atmosférica no lado da linha

Tabela A.3 com o cubículo em flutuação cause danos pessoais quandoColuna 3 ou 5 ocorrer manutenção no lado da

carga, estando o cubículo sematerramento

Verificar o isolamento entre os Evitar que uma descargaterminais de carga e de linha, atmosférica no lado da carga

Tabela A.3 com o cubículo em flutuação cause danos pessoais quandoColuna 3 ou 5 ocorrer manutenção no lado da

linha, estando o cubículo sematerramento

Esquema Tensão

A B C

A B C

Page 27: Nbr 6979   conjunto de manobra e controle em involucro meta

NBR 6979:1998 27

B.5 Esquema para ensaio de tensão suportávelnominal à freqüência industrial em conjunto demanobra e controle

Esquema Tensão Finalidade do ensaio quanto ao isolamento

Tabela A.3 Verificar o isolamento entre cada fase e a terra e entre fases, com osColuna 6 equipamentos de manobra fechados, estando o cubículo aterrado

Tabela A.3 Verificar o isolamento entre cada fase e a terra, entre fases e entre linhaColuna 6 e carga, com os equipamentos de manobra abertos, estando o cubículo

aterrado

Tabela A.3 Verificar o isolamento entre cada fase e a terra, entre fases e entre cargaColuna 6 e linha, com os equipamentos de manobra abertos, estando o cubículo

aterrado

Tabela A.3 Verificar o isolamento entre os terminais de linha e de carga, estando oColuna 7 cubículo sem aterramento (cubículo em flutuação)

Tabela A.3 Verificar o isolamento entre os terminais de carga e de linha, estando oColuna 7 cubículo sem aterramento (cubículo em flutuação)

NOTA - Ver 6.4.1.2.

/ANEXO C

A B C

A B C

A B C

A B C

A B C

Page 28: Nbr 6979   conjunto de manobra e controle em involucro meta

28 NBR 6979:1998

C.1 Métodos

NOTA - Ver 6.4.3.3.

C.1.1 O método ilustrado na figura D.1 do anexo D podeser utilizado para determinar a corrente de curta duração.

C.1.2 O tempo total BT do ensaio é dividido em dez partesiguais por segmentos verticais, numerados de 0 a 10, e ovalor eficaz da componente alternada da corrente é me-dido nestes segmentos verticais.

C.1.3 Estes valores são designados por:

Z0, Z1...Z10

onde:

2 / XZ =

X é o valor de crista da componente alternada dacorrente.

C.1.4 O valor eficaz equivalente da corrente para o inter-valo de tempo BT é dado por:

( ) ( )( ) 2 4 30

1 210

28

26

24

22

29

27

25

23

21

20 ZZZZZZZZZZZ ++++++++++

C.1.5 A componente contínua da corrente representadapor CC’ não é levada em consideração.

Anexo C (normativo)Determinação do valor eficaz equivalente de uma corrente de curto-circuito durante um curto-circuito

de duração dada

/ANEXO D

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NBR 6979:1998 29

Anexo D (normativo)Figuras

corrente de onda da Envolvente '

'

BB

AA

CC' Deslocamento do eixo zero da onda de corrente em relação ao eixo normal em qualquer instante

Z0..Z10 valor eficaz da componente alternada da corrente em qualquer instante com relação ao zero normal, desprezada acomponente contínua

X0 Valor de crista da componente alternada da corrente no instante do início do curto-circuito

BT Duração do curto-circuito

NOTA - Ver 6.4.3.3 e anexo C.

Figura D.1 - Determinação da corrente de curta duração

Dimensões em milímetros

NOTA - Ver 6.4.10.8.3.

Figura D.2 - Moldura metálica para indicadores

150

3030

150

Page 30: Nbr 6979   conjunto de manobra e controle em involucro meta

30 NBR 6979:1998

NOTA - Ver 6.4.10.8.3.

Figura D.3 - Posição dos indicadores (i) e altura do equipamento (h)

Referências

A ≅ 2 m

B 1 m

C 2,5 m a 3 m

D Altura mínima acima do nível do solo

Figura D.4 - Arranjo para o ensaio à prova de chuva

Acessibilidade tipo A Acessibilidade tipo B

h > 2 m h < 2m h > 2m h < 2m- -

i i i

i

i i i

i

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NBR 6979:1998 31

Dimensões em milímetros

NOTA - Ver 6.4.11.6.

Figura D.5 - Esguicho para ensaio à prova de chuva