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Um envolvente relato da maravilhosa história de vida de uma das maiores médiuns de todos os tempos: Elizabeth d'Esperance!
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“Agora que afinal encontrei o que
buscava durante tão longos anos,
anos de estudos ingratos, misto de
raios de sol e tempestades, de
prazeres e sofrimentos, posso
bradar bem alto e com alegria a
todos os que quiserem escutar-me:
„Encontrei a Verdade! Ela será
também a vossa grande
recompensa, se a buscardes com
perseverança, humildade e
seriedade.‟”
(d’Espérance, E. - No País das
Sombras, Rio de Janeiro, FEB,
1974).
Elisabeth d‟Espérance é uma das importantes personalidades do
movimento espírita europeu, da segunda metade do século XIX.
Poderosa médium de efeitos físicos, os fenômenos obtidos com a
sua mediunidade foram demonstrados em vários países da
Europa, tendo sido observados e comprovados através de
rigorosos métodos científicos por importantes cientistas
pesquisadores dos fenômenos psíquicos, como Alexander
Aksakof e Frederich Zöllner, entre outros.
Nasceu em 1849 e desencarnou em 1918. Possuía as faculdades
mediúnicas de Psicofonia, Vidência e Efeitos Físicos
(Materialização).
D‟Espérance é o pseudónimo, o seu real nome de família é Hope,
que em inglês também significa esperança.
Sua biografia é conhecida, sobretudo pelo trabalho de William
Oxley no livro “Angelic Revelations”; pelo livro de Alexander
Aksakof, “Um Caso de Desmaterialização” (Rio de Janeiro:
FEB), e por meio de seu livro, Shadow Land (No País das
Sombras, Rio de Janeiro: FEB).
Filha de um comandante de navio, passou a infância num
velho casarão no Leste de Londres, que no passado pertencera
à família Cromwell.
Foi nesse período que começou a ver os espíritos que
circulavam no imóvel, mas como ninguém mais via, foi
desacreditada e censurada por essas referências.
A mulher fantasma.
Um dos espíritos visto por
Elizabeth que habitavam o
velho casarão.
Na adolescência, o fenômeno levou a que vivenciasse
dificuldades de relacionamento com a sua mãe (que a julgava
louca), o que lhe abalou a saúde. O retorno do pai nesse período
fez com que este a levasse consigo no navio em uma viagem ao
Mediterrâneo.
Ao final da viagem, a jovem vivenciou
uma vez mais o fenômeno,
visualizando um veleiro fantasma que
atravessou o navio do pai, deixando-a
em pânico, no primeiro momento, e
depois deprimida, diante da
incredulidade do pai e da tripulação.
Quando chegou a época do término dos estudos, devia
apresentar uma composição. O prazo de entrega já estava
atingindo o seu limite, e ela ainda não havia conseguido
inspiração para desenvolver a composição.
D‟Espérance passou cerca de dois anos na escola, durante os
quais ficou liberta dos seus sonhos e fantasmas.
Nas vésperas do prazo final, ela fez uma das suas preces pedindo
a Deus ajuda. Tentou escrever a noite, mas as suas colegas
reclamaram da luz da vela acesa. D‟Espérance não teve outro
remédio senão apagar a vela e, deitar-se disposta a levantar de
madrugada para, escrever o seu trabalho.
Pela manhã, olhou os papéis que deixara à noite na mesinha.
Estava perdida! Não acordara de madrugada. Mas qual não foi a
sua surpresa ao verificar que as folhas de papel estavam cobertas
com uma belíssima composição, escrita exatamente igual à sua
letra!.
Em uma dessas reuniões, um incidente interessante foi o
desaparecimento de um par de abotoaduras que fora colocado
sobre a mesa. Por meio de batidas, a mesa informou que o par se
encontrava em outro cômodo da casa, dentro de um vaso de
gerânio. A primeira busca resultou infrutífera. A mesa insistiu na
informação. Resolveram então extrair a planta junto com a terra,
e encontraram as abotoaduras dentro da trama de raízes do
gerânio.
Em 1874, casa-se com o senhor Reed. Isolada na nova residência,
passa a conviver com as visões, o que muito a angustia. Nesta
época, ouve falar no espiritismo e nas mesas girantes.
D‟Espérance tornou-se exímia praticante da escrita automática.
Foi nesta fase da sua carreira que se identificaram a
lguns dos espíritos que controlavam as experiências do
grupo: Walter Tracey um ex-estudante e combatente da guerra
civil americana, muito inteligente e jovial; Hummur Stafford,
que se constituiu em filósofo orientador do grupo; e Ninia, uma
garotinha de sete anos.
Humnur Stafford, segundo o desenho a
pastel executado em completa
obscuridade.
Com o domínio da psicografia, D'Esperance começou a
desenhar as figuras luminosas que percebia no ambiente.
Nesta época um intelectual de nome T. P. Barkas, junta-se ao
grupo, passando a inquirir os espíritos sobre assuntos
científicos. O nível das respostas era, muitas vezes, superior ao
do próprio Barkas.
Reprodução da fotografia de um desenho
a pastel, com firmas na parte inferior.
Um dos retratos desenhados na
obscuridade, em cuja consecução
foram gastos aproximadamente 30
segundos.
Devido à perda dos pais e a uma série de
problemas domésticos, a saúde da médium foi
abalada. Para recuperar, viaja para o Sul da
França.
De volta a Londres, retoma as experiências.
Neste novo ciclo, em câmara escura, passa a
produzir ectoplasma, reproduzindo formas
humanas. Foram produzidos ainda aportes de
plantas, flores vivas e inteiras.
A médium e o Espírito
materializado fotografados juntos.
A primeira protege os olhos da
claridade do magnésio (segundo
uma fotografia, junho, 1890).
A médium e o Espírito
materializado fotografados
juntos, alguns segundos após a
prova precedente. Este cobrira
a médium com um pano que a
luz parecia dissolver.
Fotografia da “Ixora Crocata”
produzida para o Sr. William
Oxley, na sessão de 04/10/1880.
Morangueiro carregado de flores e
frutos, produzido em uma sessão. Os
morangos maduros foram distribuídos
entre os assistentes.
Samambaias produzidas na sessão
de 12-04-1880.
A menor, na foto à esquerda, foi
dada ao Espírito como
amostragem.
As demais foram oferecidas a um
assistente, duas das quais a pedido
deste.
Plantas produzidas
durante a sessão de
08-03-1890.
Fotografias Espíritas
Uma série de sessões com o fim de obter fotografias de Espíritos
materializados foi organizada com feliz êxito. Um relatório dessas
experiências foi publicado no Medium and Daybreak, de 28 de
março de 1890, e as fotografias obtidas acham-se reproduzidas, em
18 de abril do mesmo ano, na mesma revista. As fotografias foram
obtidas à luz do magnésio.
Leila, tal como apareceu
parcialmente materializada, em
13-03-1890.
Iolanda, tal como apareceu
materializada.
Lírio dourado produzido durante a sessão
de 28-06-1890.
Quando ereta, a planta alcançava 2,27 m
de altura. Curvada, tal como se acha na
foto, media 1,95 m. Permaneceu perfeita
durante uma semana, depois
desmaterializou-se e desapareceu.
Fotografia espírita obtida aos
12-02-1897.
Supõe-se seja o retrato de
Iolanda (a mais jovem).
Fotografia obtida às 15 horas do
dia 14-02-1897.
Supõe-se seja a de Philipp
Melanchthon.
Fotografia obtida às 15 horas do
dia 27-02-1897.
Supõe-se que seja o retrato de Elias
ben Ammand
de Nazaré, que viveu entre
leprosos, na Palestina.
Iolanda (a mais jovem)
fotografada às
16 horas do dia 15-03-1897.
D‟Espérance ainda publicou muitos artigos na imprensa
espiritualista. Mas, a critica implacável daqueles que criticam os
fenômenos sem ao menos os estudarem não poupou
d'Esperance. Ela foi perseguida, desrespeitada e humilhada.
Em um dos trabalhos de materialização realizado na
Escandinávia, o espírito Yolanda foi agarrado por um
pesquisador menos avisado, com o intuito de desmascarar, tendo
a médium sofrido grande choque traumático que lhe produziu
sério desequilíbrio orgânico, prostrando-a de cama.
Toda a vida dessa grande médium
foi dedicada à missão de
demonstrar aos encarnados a
existência do mundo espiritual e,
por conseqüência, a imortalidade
do ser espiritual.
"Madame d‟Espérance será sempre lembrada como uma
das maiores médiuns do século passado e que
serviu de inspiração a vários investigadores para
elaborarem teorias sobre os fenômenos mediúnicos.“