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ALTERAÇÕES ISQUÊMICAS NO
REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO
Dr. Márcio Landim
CICLO DESPOLARIZAÇÃO - REPOLARIZAÇÃO
FASES DO POTENCIAL DE AÇÃOFASE 0: Despolarização rápida
Entrada rápida de Na+ para o interior da célula.
FASE 1: Início da repolarização - Entrada lenta de Na+
FASE 2: Platô : entrada de cálcio e saída de K +
FASE 3: Saída rápida de K + . FASE 4: Repouso elétrico - Saída de Na+ e
entrada de K + através da Bomba de Na+ e K +
POTENCIAL DE AÇÃO
ANATOMIA CORONÁRIA
LOCALIZANDO LESÃO MIOCÁRDICA
PAREDE AFETADA DERIVAÇÕES
ARTÉRIA ENVOLVIDA
ALTERAÇÕES RECÍPROCAS
Inferior (diafragmática)
II, III, aVF Artéria coronária direita
I, aVF, possivelmente aV4
Lateral I, aVL ,V5 ,V6 Artéria circunflexa, ramo da artéria coronária esquerda
V1, V2
Anterior V2 a V4 Artéria coronária esquerdaartéria DAE
II, III, aVF
Posterior V1 , V2 Artéria coronária direita,artéria circunflexa
Onda R maior do que a onda S em V1 e V2 ; depressão dos segmentos ST; elevação da onda T
Ântero –lateral I, aVL ,V4 a V6
Artéria DAE, artéria circunflexa
II, III, aVF
Ântero –septal V1 a V3 Artéria DAE Nenhuma Ventricular direita V4R , V5R ,
V6R Artéria coronária direita
Nenhuma
INSUFICIÊNCIA CORONÁRIAÉ a síndrome coronária decorrente de
um desequilíbrio entre a oferta e o consumo de oxigênio pelo miocárdio.
Ocorre um estado de hipóxia miocárdica.
A IRRIGAÇÃO CORONÁRIA SE FAZ ATRAVÉS DE 3ARTÉRIAS PRINCIPAIS:
Artéria coronária direita e seus ramos,
Artéria coronária esquerda (Da, cx e seus ramos),
Descendente posterior e marginal.
INSUFICIÊNCIA CORONÁRIA A artéria coronária direita irriga o
átrio direito, ventrículo direito e região inferior do ventrículo esquerdo.
A artéria descendente anterior irriga o septo interventricular e região anterior do ventrículo esquerdo.
A artéria circunflexa irriga o átrio esquerdo regiões lateral e dorsal e 15% da parede inferior do ventrículo esquerdo.
ALTERAÇÕES ISQUÊMICAS NO ALTERAÇÕES ISQUÊMICAS NO REGISTRO REGISTRO
ELETROCARDIOGRÁFICOELETROCARDIOGRÁFICOSurgem em três estágios de comprometimento crescente e progressivo que são:
A. IsquemiaB. LesãoC.necrose
ISQUÊMIAISQUÊMIAOcorre por deficiência de oxigênio em
relação a demanda de oxigênio do miocárdio.
Acarreta disfunção miocárdica sem sofrimento ou dano permanente.
Em relação ao tempo: Menor que 2 minutos Isquemia miocárdica sem atordoamento
miocárdico. De 2 a 20 minutos Isquemia miocárdica com atordoamento miocárdico Maior que 20 minutos Infarto do miocárdio
ISQUÊMIANessa fase em decorrência da
hipóxia ocorre uma alterações na permeabilidade da membrana celular.
Ocorre também distúrbio na regulação iônica do k+;
Ocorre aumento do efluxo do k+;Diminuição do concentração de
k+ no meio intracelular;Ocorre prolongamento da fase 3
e alargamento do potencial de ação da célula isquêmica.
ISQUEMIAAs modificações mais precoces no
ECG provocadas pela isquemia (maior que 2 minutos) envolvem a forma, amplitude e direção da onda T;
A onda T passa a ser mais simétrica, mais estreita e com pico pontiagudo;
O vetor médio da onda T passa a ter direção oposta a superfície da região isquêmica (foge da área isquêmica)
ISQUÊMIA SUBEPICÁRDICA
E ISQUÊMIA
SUBENDOCÁRDICA
ISQUÊMIA SUBEPICÁRDICA
ISQUÊMIA SUBEPICÁRDICA
ISQUÊMIA ISQUÊMIA SUBENDOCÁRDICASUBENDOCÁRDICA
Ocorre atraso e prolongamento da repolarização na região endocárdica;
A recuperação ventricular inicia-se no epicárdio e progride para o endocárdio;
A onda t apresenta-se positiva nas derivações que exploram o pericárdio isquêmico;
A onda t apresenta-se pontiaguda, simétrica e ampla.
ISQUÊMIA ISQUÊMIA SUBENDOCÁRDICASUBENDOCÁRDICA
LESÃO Significa progressão da isquemia
miocádica Agravamento da insuficiência coronária Manifesta-se pela modificação do
contorno e pelo desnível do segmento ST A área lesada torne-se eletricamente
mais negativa que a área sadia estabelecendo-se uma diferença de potencial entre essas regiões
O desnível de segmento ST dirige-se para a superfície da lesão
LESÃO
Altera a permeabilidade da membrana celular promovendo perda de Na, Ca, Mg e principalmente K+;
Ocorre diminuição significativa da concentração do k+ intracelular;
LESÃONA ÁREA LESADA OBSERVAMOS: Diminuição do potencial de repouso de - 90mV para – 65 mV. A polaridade da célula em repouso encontra-se incompleta. Diminuição da voltagem e duração da onda monofásica do PA. A velocidade do estímulo torna-se muito lenta.
LESÃO SUBEPICÁRDICALESÃO SUBEPICÁRDICA EE
LESÃO LESÃO SUBENDOCÁRDICASUBENDOCÁRDICA
LESÃO SUBEPICÁRDICAENCONTRAMOS:
Supradesnivelamento do segmento ST orientado para a superfície epicárdica lesada. Infradesnivelamento nas derivações orientada para a superfície endocárdica sem lesão.
LESÃO LESÃO SUBENDOCÁRDICASUBENDOCÁRDICA
ENCONTRAMOS: Infradesnivelamento do segmento ST nas derivações orientadas para a superfície epicárdica sem lesão.
Supradesnivelamento do segmento ST orientada para a superfície endocárdica lesada.
LESÃO LESÃO SUBENDOCÁRDICASUBENDOCÁRDICA
NECROSE Ocorre uma hipóxia tecidual mais
prolongada, acarretando alterações histopatológicas irreversíveis.
Ocorre importante diminuição da concentração de k+ intracelular.
Ocorre diminuição do potencial de repouso para aproximadamente - 40 mV.
NECROSE
CARACTERÍSTICAS DA CÉLULA NECROSADA: Não gera potencial de ação; Não produz vetores; Não se despolariza e não se repolariza; Não se contrai, apenas conduz o estímulo; O vetor se afasta da área de necrose.
A NECROSEA NECROSE Manifesta-se por perda de forças
elétricas
O miocárdio não pode ser mais ativado
Manifesta-se ao ECG por deflexão negativa ou diminuição da deflexão positiva normal
TIPOS DE NECROSE
NECROSE TRANSMURAL;
NECROSE SUBEPICÁRDICA;
NECROSE SUBENDOCÁRDICA.
NECROSE
NECROSE TRANSMURAL
NECROSE SUBEPICÁRDICA
NECROSE SUBEPICÁRDICA
NECROSE SUBENDOCÁRDICA
PADRÕES PADRÕES ELETROCARDIOGÁFICOS ELETROCARDIOGÁFICOS
SUGESTIVOS DE SUGESTIVOS DE NECROSE NECROSE 1. Complexo QS
2. Complexo QR ou QR.3. Seqüência anormal da magnitude das ondas Q
normais ou ausência dessas nas derivações V4 - V6
4. Perda da deflexão positiva em derivações que se iniciam dessa forma. V1 e V2
5. Ondas R amplas em derivações precordiais direita
6. Diminuição de amplitude da onda R em derivações onda R dominante. D1, AVL, V5 E V6.
ALTERAÇÕES DA DESPOLARIZAÇÃO VENTRICULAR
ELETROCARDIOGRAMAS