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ECLÂMPSIA Cachoeira BA 13/10/2016

Eclâmpsia

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Page 1: Eclâmpsia

ECLÂMPSIACachoeira BA13/10/2016

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DISCENTES

•ERISTON BARRETO

•FERNANDO RODRIGO DANTAS DIAS

•LARISSA MENDES CARVALHO

•LUCI CARNEIRO

•LUIZ FELIPE CRISPIM DE MATOS

•SAULO VINICIUS MATOS CHAVES

•SUYANNE SANTOS CEREJA

DOCENTE:

•ELIANE ALVARENGA

Cachoeira BA13/10/2016

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•Eclâmpsia é uma condição rara, mas grave, que provoca convulsões durante a gravidez. A eclâmpsia afeta cerca de uma em cada 2 mil a 3 mil gestações, e pode afetar qualquer gestante, mesmo quem não haja histórico de convulsões.

•Ocorre com o aumento da pressão acima de 140/90mmHg

•Pode ocorrer: Após 20 semanas

Durante o parto

48Hs pós parto

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• A incidência de morte por eclâmpsia é elevada juntamente com a perinatal. Estima-se que em países em desenvolvimento na América latina e África ocidental a mortalidade varia entre 190/100 000 á 1000/100 000.

• A eclâmpsia é responsável por 12% de todas as mortes maternas nos países em desenvolvimento.

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“A pré-eclâmpsia e eclâmpsia dizem respeito ao mesmo problema sendo que

a eclâmpsia é a forma mais grave da doença.”

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“A pré-eclâmpsia precede, quase sempre, a eclâmpsia. No entanto nem todos os casos

progridem de forma linear de doença ligeira para grave. Algumas mulheres desenvolvem, de forma

repentina, pré-eclâmpsia grave ou eclâmpsia.”

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SINTOMAS:1. Dor de cabeça persistente2. Dor ao lado direito sobre as costelas3. Visão embaçada4. Inchaço repentino das mãos e pés5. Vomitos

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Fases de uma convulsão eclâmptica

• Fase premonitória / halo – Dura 10 a 20 segundos, durante os quais: – Os olhos rolam ou ficam fixos – Há contrações involuntárias dos músculos da face e mãos.

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Fase tônica• Dura até 30 segundos, durante os quais: • Há espasmos musculares violentos• Os punhos estão contraídos e os membros superiores e inferiores rígidos, • Há espasmo do diafragma (músculo que separa o abdómen do tórax)

parando a respiração e a pele fica com uma coloração azulada ou escurece (cianose)

• As costas podem estar arqueadas• Os dentes estão cerrados• Os olhos ficam salientes.

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Fase clônica

• Dura entre 1 a 2 minutos e é marcada por:• Contração violenta e relaxamento dos músculos, • Aumento da salivação que causa “espuma” na boca

havendo o risco de aspiração, • Respiração profunda e barulhenta• Congestionamento e edema da face.

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Coma

• Pode durar minutos ou horas. A mulher está profundamente inconsciente e, frequentemente, tem uma respiração ruidosa. A cianose desaparece mas a face pode permanecer congestionada e edemaciada. Podem ocorrer mais convulsões.

• A mulher pode morrer após uma ou duas convulsões.• Fase que caracteriza a eclâmpsia propriamente dita.

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HIPERTENSÃO SEVERA

DA AUTOREGULAÇÃO VASCULAR

ESPASMO ARTERIOLAR

EXTRAVASAMENTO PASSIVO DE PROTEINAS

EDEMA VASOGÊNICO

FOCO EPILÉPTICO, CONVULSÃO

ECLÂMPSIA

RISCOS PARA A MÃE E PARA O FETO

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Efeitos na mãe• Problemas respiratórios (asfixia, aspiração de vómito, edema pulmonar,

broncopneumonia)• Problemas cardíacos (falência cardíaca),• Efeitos no cérebro (hemorragia, trombose, edema), • Complicações renais (insuficiência renal aguda), • Doença hepática (necrose do fígado), • Hemólise, enzimas hepáticas elevadas, contagem de plaquetas baixas, • Coagulopatia de consumo (CDC), • Distúrbios visuais (cegueira temporária devido a edema da retina), • Ferimentos durante as convulsões (fraturas).

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• Podendo acontecer em forma isolada ou associados entre si.

Óbitos maternos causados por

eclâmpsia

Hemorragia cerebral

Edema agudo de pulmão

Insuficiência renal aguda

Insuficiência hepática

Complicações respiratórias

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Efeitos no feto A pré-eclâmpsia está associada com a redução do débito sanguíneo da

placenta que resulta em: Hipoxia, Atraso no crescimento intra-uterino (ACIU), e Em casos graves, nascimento de um feto morto. A hipoxia pode causar lesões cerebrais se for grave ou prolongada e pode

resultar em: Deficiência mental ou física.

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Fatores de risco pessoais• A pré-eclâmpsia e, consequentemente, o risco de eclâmpsia é mais comum

em: • Primigrávidas (especialmente em adolescentes e mulheres com mais de 35

anos). • Mulheres obesas. • Mulheres com hipertensão essencial ou renal. • Gravidez múltipla. • Mulheres com: - Diabetes; - Mola hidatiforme; - Hidrâmnio; - Hidrópsia fetal.

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Fatores de risco comunitários 1. Falta de atenção relativamente aos sintomas de pré-eclâmpsia grave e de

eclâmpsia e à importância dos cuidados pré-natais regulares. 2. Problemas de transporte. 3. Baixo estatuto socioeconômico (isto porque a gravidez na adolescência é

mais frequente nos pobres). 4. Problemas financeiros e incapacidade para pagar o transporte e os

cuidados médicos. 5. Desconfiança comunitária em relação ao pessoal de saúde.

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Fatores de risco dos serviços de saúde • Não vigilância da tensão arterial e da urina durante os cuidados pré-natais. • Não aconselhamento da mulher e familiares sobre os sinais e sintomas de

pré- eclâmpsia grave e de eclâmpsia. • Atraso no encaminhamento da mulher com sinais e sintomas de pré-

eclâmpsia ou eclâmpsia. • Falta de estratégias definidas para tratar a pré-eclâmpsia e a eclâmpsia. • Pessoal não treinado para tratar mulheres com pré-eclâmpsia grave ou

eclâmpsia • Falta de equipamentos e fármacos para tratar a eclâmpsia.

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Tratamento• O tratamento da eclâmpsia envolve seis etapas: • 1. Assegurar que as vias aéreas estão permeáveis e a mulher consegue

respirar. • 2. Controlar as convulsões. • 3. Controlar a tensão arterial. • 4. Cuidados e avaliação gerais, incluindo controle do balanço

hidroelectrolítico. • 5. Parto. • 6. Avaliar cuidadosamente para prevenir mais convulsões e identificar as

complicações.

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• O médico decidirá o método de nascimento, tendo em conta o período de gestação e o estado do colo do útero.

• Avaliação do colo do útero Deve ser feito um exame vaginal para avaliar o estado do colo do útero.

5- PARTO

Se o colo do útero estiver favorável, (mole, fino, parcialmente dilatado), deve-se proceder à rotura das membranas e induzir o parto administrando ocitocina ou prostaglândinas.

Se o colo do útero não está favorável (duro, formado e fechado) e o feto está vivo, deve ser feita uma cesariana.

INDICAÇÃO DE PARTO NORMAL INDICAÇÃO DE PARTO CESÁREO

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• Indicações para cesariana: • Colo do útero desfavorável.• Alterações da frequência cardíaca fetal (menos de 100 ou mais de 180 ppm).• Se não se prevê a possibilidade de um parto por via vaginal nas 12 horas seguintes, em

casos de eclampsia ou 24 horas seguintes para casos pré-eclâmpsia grave. A cesariana deve ser realizada sob anestesia geral.

• A anestesia local ou a Ketamine (Ketalar) não devem ser utilizadas nas mulheres com pré-eclâmpsia ou eclampsia. É importante assegurar a exclusão de coagulopatia antes de realizar a cesariana.

• Contraindicações da cesariana • Risco associado à anestesia. • Feto muito prematuro para sobreviver. • Morte do feto no útero.

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É importante perceber que as convulsões podem ocorrer, pela primeira vez, nas 48 horas a seguir ao parto. As convulsões podem também voltar a ocorrer após o parto pelo que a mulher deve continuar a ser cuidadosamente vigiada. As convulsões são controladas através da administração de fármacos anticonvulsivos. Em último caso diazepam.

Existe um risco maior de depressão fetal dado que

este fármaco passa a barreira placentária.

O mais indicado

6- Prevenção de convulsões

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Deve-se suspender a administração de sulfato de magnésio se:

A frequência respiratória for inferior a 16 ciclos por minuto.

Os reflexos patelares estiverem ausentes.

O débito urinário for inferior a 30 ml por hora durante as 4 horas desde a última dose.

Os anti-hipertensivos como a hidrazalina devem ser administrados se a tensão arterial diastólica é igual ou superior a 110 mm Hg.

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REFERÊNCIAS

1. Federação Brasileira das Associações de Ginecologista e Obstetrícia Associação de Ginecologista e Obstetrícia do Estado de São Paulo Dra. Viviane Lopes, ginecologista e obstetra do Femme Laboratório da Mulher e mestre em Obstetrícia pela UNIFESP - CRM SP 105166.

2. OMS 2005, ECLÂMPSIA Manual para enfermagem obstétrica, Gráfica Maiadouro S.A, p 23-101.

3. Novo JLVG, Gianini RJ; Mortalidade materna por eclâmpsia; Rev. Bras. Saude Mater. Infant. vol.10 no.2 Recife Apr./June 2010.