Upload
henrique-fiorillo
View
2.852
Download
3
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Seminário apresentado para a disciplina de Cirurgia Plástica da Faculdade de Medicina de Catanduva em 2011.
Citation preview
Substitutos de Pele
Flávia H. H. Ribeiro nº 27
Gabriela R. Donadeli nº 28
Gláucia F. Faccio nº 29
Guilherme S. Accorsi nº 30
Heitor B. de Souza nº 31
Henrique M. Fiorillo nº 32
Introdução
Substitutos de pele: usados no
sentido de otimizar o processo de
cicatrização por perda, ausência ou
ablação da pele.
Devemos dominar:
O QUE – fazer o diagnóstico preciso
QUAL o período cicatricial no
momento
COMO tratar a ferida de forma ideal,
segundo meios e recursos
disponíveis.
FATORES QUE AFETAM O PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO E INFLUENCIAM NA
ESCOLHA DO TRATAMENTO
Localização, profundidade, extensão,
presença ou não de infecção, agente
causador, estado nutricional, doenças
crônico-degenerativas, faixa etária.
NÃO EXISTE O MELHOR
PRODUTO OU AQUELE
QUE POSSA SER
UTILIZADO DURANTE
TODO PROCESSO
CICATRICIAL.
Conceitos • Enxerto Autólogo: provém da mesma
pessoa
• Enxerto Homólogo: é da mesma espécie, podendo ser de doador vivo ou de cadáver. É de caráter temporário
• Enxerto Heterólogo: provém de espécies diferentes, como porco ou rã (xenoenxerto), ou artificial (membranas biológicas). É de caráter temporário
QUANDO A PERDA CUTÂNEA
ULTRAPASSA 50% DA
SUPERFÍCIE CORPORAL
TOTAL, SÃO NECESSÁRIOS
ARTIFÍCIOS PARA QUE A
COBERTURA DEFINITIVA
COM PELE AUTÓLOGA SEJA
POSSÍVEL
Substitutos da pele
Tratamento de queimaduras superficiais recentes
Cobertura da pele enquanto aguarda-se o enxerto definitivo
Podem ser sintéticos ou biológicos, temporários ou permanentes
Trocados a intervalos regulares ou
mantidos até a cicatrização ou enxerto
autólogo, caso a aderência seja boa ou
não haja infecção.
Três linhas de substitutos temporários de pele:
• substitutos de origem animal, como enxerto homólogo, membrana amniótica, pele de porco, pele de embrião bovino e colágeno;
• substitutos elaborados à base de substâncias sintéticas, como silicone, poliuretano e hydrom;
• substitutos associados à matéria orgânica e uma película sintética, tal como colágeno e silicone.
Outra classificação:• Substitutos biológicos: aloenxertos
(homoenxertos), xenoenxertos (heteroenxertos) e membrana amniótica;
• Substitutos sintéticos: membranas de polímero de silicone, membranas de cloreto de polivinil, membrana de polipropileno com poliuretano, membrana de silicone com nylon ligado a peptídios de colágeno dérmico;
• Substitutos biossintéticos: película microfibrilar de celulose pura e a membrana de silicone com matriz dérmica de colágeno e glicosaminaglicanos;
• Células Autólogas Cultivadas
Propriedades dos substitutos de pele:
• Aderência
• Transporte do vapor de água
• Elasticidade
• Durabilidade
• Baixa antigenicidade e toxicidade
• Capacidade hemostática
• Ação antibacteriana
Tipos
Homoenxertos
Doadores vivos ou cadáveres
Considerados padrão para cobrir ferida
excisada quando não há como utilizar tecido
do próprio paciente
Obtidos de pais/parentes ou estocados
Rejeição imunológica é esperada
MS ainda não regulamentou a obtenção de
pele de cadáver, além de oferta ser pequena.
Derivado do Intestino de Porco
• Enxerto heterólogo• Produto é esterilizado em óxido de etileno e
comercializado desidratado• Vantagens: mantém leito úmido, permite
permeabilidade seletiva• Indicação: lesões limpas, de pele total ou
parcial, como: traumas, segundo grau, feridas cirúrgicas (áreas doadoras de enxertos e deiscências de suturas)
Pele de rã Usada desde o final do século XIX
Retirada de rãs touro gigantes
Mede aprox 8x15 cm (sem os membros)
Esterilizada e conservada em congelador
Usada em sua espessura total (0,5mm)
Perde adesividade conforme epitélio ou
granulação se formam na ferida
Indicação: feridas excisadas até a
gordura, lesões elétricas, pacientes sem
áreas doadoras, segundo grau e feridas
de espessura parcial profunda
Baixo custo, fácil obtenção, preparo e uso
Substitutos sintéticos Muitos têm sido usados como cobertura
temporária e a sua remoção periódica age
como fator de desbridamento
Membrana de Polímero de Silicone
Elástica, durável, inerte e a permeabilidade ao
vapor de água é controlada através da
espessura da membrana.
É permeável a substâncias
de ação antibacteriana
Membrana de Cloreto de Polivinil
Possui maiores elasticidade e permeabilidade
ao vapor de água, que pode eventualmente
apresentar baixo índice de evaporação,
causando o descolamento da membrana.
Adere à pele normal e não à ferida -
desvantagem.
Substitutos temporários de curto prazo
Membrana de Polipropileno com Poliuretano
Dupla constituição: contém um filme de
polipropileno microporoso na superfície
laminado a uma camada profunda de
espuma de poliuretano.
Aderência pelo mecanismo de
aprisionamento do coágulo
Membrana de Silicone com Nylon Ligado a Peptídios do Colágeno Dérmico
Substituto temporário de curto prazo
Semipermeável, boa aderência e
flexibilidade
Alivia a dor em 90% dos pacientes.
Pele “bioengenheirada” Bioengeneered skin
Enxerto obtido através da manipulação
tecidual e celular
Jones e cols. classificaram tais substitutos
baseados no seu comportamento: Substitutos para cobertura (wound cover
substitutes) – barreira sob a qual ocorre o crescimento do tecido de granulação
Substitutos para cicatrização (wound closure substitutes) – restauram a função epidérmica de barreira, além de serem incorporados ao tecido cicatricial
Película Microfibrilar de Celulose Pura
Produzida através do processo de biossíntese por bactérias do gênero Acetobacter
Rede de fibras de celulose dispostas ao acaso.
Espessura média de 0,05mm
Homogênea e dotada de permeabilidade ao vapor de água
Impede a passagem de microorganismos
Membrana de Silicone com Matriz Dérmica de Colágeno e Glicosaminoglicanos
Dupla camada: 1) Superficial – membrana de silicone de
0,1mm de espessura, permeável ao vapor de água (porção "epidérmica“);
2) Profunda – copolímero de colágeno bovino e glicosaminoglicanos (GAG), do tipo matriz dérmica (porção "dérmica“)
A capa profunda incorpora-se de
maneira completa ao leito da ferida,
sofre uma biodegradação lenta, à
medida que o tecido conjuntivo novo,
sintetizado pelo próprio organismo, vai
se depositando no "molde" estrutural da
matriz, até que se constitui em uma
derme autóloga semelhante à normal, e
não a uma cicatriz.
Cultura de células Células epidérmicas humanas podem
ser cultivadas para produzir folhetos e,
assim, serem transferidas como um
enxerto.
Enxerto Autólogo de Queratinócitos
Membrana biodegradável composta por
ácido hialurônico, que possui
microperfurações (para proliferação de
queratinócitos).
Indicação: lesões dérmicas não
infectadas com formação de tecido de
granulação satisfatório. Ex: segundo
grau profundo, traumas, neuropatia
diabética, epidermólise bolhosa, úlceras
de diversas etiologias até nevos
melanocíticos gigantes
Enxerto Autólogo de Fibroblastos
É prelevado um campião de células (fibroblastos) do paciente, cultivado in vitro, sob estímulo de polímeros derivados do ácido hialurônico.
Indicação: lesões limpas e desbridadas, como: traumáticas, segundo grau profundo e terceiro grau, úlceras crônicas vasculares, neuropatia diabética
Enxerto Homólogo de Fibroblastos
• Fibroblastos reproduzidos in vitro sob estímulo de fator de crescimento (de origem bovina e porcina) apoiados em polímeros de silicone.
• Indicação: tratamento de lesões não infecciosas. Utilizado em condições específicas, como: segundo grau profundo, traumas e outras.
• Contra-indicação: hipersensibilidade à proteína bovina ou porcina
Obrigado pela
atenção!
BIBLIOGRAFIA • Ferreira E, Lucas R, Rossi LA, Andrade D.
Curativo do paciente queimado: uma revisão de literatura. Rev Esc Enferm USP 2003; 37(1): 44-51.
• Gomes RD, Serra MCVF, Pellon MA. Queimaduras. Rio de Janeiro: Revinter; 1995.
• Peixoto R , Santos DLN. Biofil. Uso e avaliação clínica de uma película celulósica em lesões cutâneas. Rev Bras Cir 1988; (78)2:141-5.
• Green H, Kehinde O, Thomas J. Growth of cultured human epidermal cells into multiple epithelia suitable for grafting. Proc. Natl. Acad. Sci. USA 1979; 76: 5665.
• Piccolo N et al. Uso de pele de rã como curativo biológico como substituto temporário da pele em queimaduras. Rev Bras Queimaduras 2002; (2)1:18-23
• Taylor G, Lehrer MS, Jensen PJ, Sun TT, Lavker RM. Involvement of follicular stem cells in forming not only the follicle but also the epidermis. Cell 2000; 102:451-461.
• Limat A, Mauri D, Hunziker T. Successful treatment of chronic leg ulcers with epidermal equivalents generated from cultured autologous outer root sheath cells. J. Invest. Dermatol 1996; 107: 128-135.
• Ehrenfrield A. Reverdin and other methods of skin-grafting. Boston Med Surg J 1909; 161: 911.
• Jones I, Currie L, Martin R. A guide to biological skin substitutes. British Journal of Plastic Surgery 2002; 55, 185-193.