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Medidas para
Controle e
Tratamento de
Enterobactérias
resistentes a
carbapenem (suspeita
de KPC)
Hospital das Clínicas da FMUSP
Janeiro de 2012
Grupo de Controle de Infecção Hospitalar
SubComissões de Controle de Infecção Hospitalar
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Medidas de Controle
Casos: serão colocados em precaução de contato todos os pacientes com
cultura positiva para enterobactérias resistentes a ertapenem com teste de
Hodge positivo ou inconclusivo ou resistentes a imipenem ou meropenem
Culturas de Vigilância:
o Critério para coleta: colher cultura de vigilância para os pacientes
contactantes de caso de enterobactérias resistentes a ertapenem com
teste de Hodge positivo ou inconclusivo
o Sítio de coleta: swab inguinal e retal (mesmo swab)
o Manter em precaução de contato até o resultado da cultura de vigilância
Manutenção da Precaução de contato
o Cada Instituto deve definir o critério para retirada de isolamento
o Cada Instituto deve definir se manterá o caso em precaução de contato
se o PCR para KPC for negativo
Recursos Humanos e Materiais: as Diretorias Executivas dos Institutos serão
responsáveis por prover:
o número suficiente de pessoal de enfermagem que garanta
disponibilidadede tempo para a adesão às recomendações de
paramentação para o adequado isolamento de contato.
o recursos materiais (aventais, luvas, quartos privativos) suficientes para a
adesão às recomendações.
o adequada estrutura de pias equipadas com água, sabão e papel ou
dispensadores de álcool-gel.
Promoção do uso racional de antimicrobianos
Fluxo de Informações:
o Manter “Microbiologia Alerta” – Laboratório de Microbiologia da DLC
envia por e-mail diário para o GCIH e todas as SubComissões os casos
de enterobactérias resistentes ou intermediário a imipenem ou
meropenem. (obs: Os casos de Proteus, Providencia e Morganella morganni
resistentes somente ao imipenem não fazem parte do Alerta)
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o O laboratório de Biologia Molecular enviará os laudos do PCR das KPCs
por e-mail para o GCIH e este repassará aos Institutos.
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Tratamento
As opções de tratamento para as enterobactérias produtoras de KPC ainda não estão
bem definidas. Embora ainda controversa, a associação de drogas tem sido sugerida
na literatura. A padronização aqui proposta se refere a casos com antibiograma
sugestivo de enterobactéria produtora de KPC, ou seja, cepas resistentes a ertapenem,
pois o resultado do PCR não é disponível em tempo hábil.
O laboratório de Microbiologia do HC-FMUSP utiliza o Vitek2®, com confirmação da
sensiblidade aos carbapenens por disco-difusão. O teste de Hodge é realizado para
todas as enterobactérias resistentes a ertapenem. Os pontos de corte utilizados para
antibiograma são os preconizados pelo CLSI.
Cepas sensíveis a meropenem E imipenem, com teste de Hodge
negativo
Sítio de Infecção 1ª escolha
Bacteremia
Pneumonia
Intra-abdominal
Pele e partes moles
SNC
Osteo-articular
Meropenem ou Imipenem
ITU Gentamicina ou amicacina
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Cepas sensíveis a meropenem E imipenem, com teste de Hodge positivo ou inconclusivo
Sítio de Infecção 1ª escolha 2ª escolha
Pneumonia
Bacteremia
(Meropenem ou Imipenem) + Polimixina (Meropenem ou Imipenem ) + Aminoglicosídeo
ITU Gentamicina ou amicacina Polimixina
Intra-abdominal
Pele e partes moles
(Meropenem ou Imipenem) + Tigeciclina Tigeciclina + aminoglicosídeo
(Meropenem ou Imipenem ) + aminoglicosídeo
SNC Meropenem+ Polimixina Meropenem+ polimixina + (polimixina ou aminoglicosídeo
intratecal)
Osteo-articular (Meropenem ou Imipenem) + aminoglicosídeo (Meropenem ou Imipenem) + Tigeciclina
(Meropenem ou Imipenem ) + Polimixina
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Cepas resistentes a meropenem OU imipenem, independente do teste de Hodge
Sítio de Infecção 1ª escolha 2ª escolha
Pneumonia
Bacteremia
Polimixina + aminoglicosídeo Polimixina
ITU Gentamicina ou amicacina Polimixina
Intra-abdominal
Pele e partes moles
Tigeciclina + aminoglicosídeo Tigeciclina + polimixina
SNC Polimixina Polimixina + (polimixina ou aminoglicosídeo intratecal)
Osteo-articular Tigeciclina + aminoglicosídeo Polimixina + aminoglicosídeo