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PODER JUDICIÁRIO SÃO PAULO PROVIMENTO CSM nº 2.028/2013 PROVIMENTO CSM nº 2.028/2013 O CONSELHO SUPERIOR DA MAGISTRATURA, no uso de suas atribuições legais, CONSIDERANDO que a Resolução nº 130/2011 do Conselho Nacional de Justiça, embora suspensa pelo Supremo Tribunal Federal por força de liminar concedida na ADI 4.598, prevê que o expediente dos órgãos jurisdicionais para atendimento ao público deve ser de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas; CONSIDERANDO que a própria Resolução admite, diante de insuficiência de recursos humanos, a redução do expediente diário para oito horas; CONSIDERANDO que, no Tribunal de Justiça de São Paulo, o expediente forense é de dez horas diárias (9h às 19h), a despeito do insuficiente quadro de servidores para fazer frente ao elevado e crescente número de processos em andamento (cerca de vinte milhões); CONSIDERANDO que cada cartório judicial recebe, diariamente, de 200 a 300 petições intermediárias, além das iniciais (cerca de 24.000 por dia, ao todo, dados de novembro de 2012 - Comunicado CG 2061/12); CONSIDERANDO que, além de milhares de cargos vagos, em 2012 1.788 servidores deixaram esta Corte, entre aposentadorias, exonerações, demissões e falecimentos, o que tem sido uma constante, sopesados os anos anteriores (1.707 desligamentos em 2011, 1.780 em 2010, 1.671 em 2009 e 1.171 em 2008);

Provimentos CSM 2018/13 e 1344/07 - Horário de Funcionamento do TJ/SP

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TJ/SP altera horário de funcionamento a partir de hoje por Sylvio Micelli / ASSETJ (*) O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, por meio do Provimento 2018/13 do Conselho Superior da Magistratura, vai alterar a partir desta segunda, 21 de janeiro, o horário de funcionamento dos prédios do TJ/SP em todo o estado. O horário de atendimento, nas unidades judiciárias de 1º e 2º Graus, a advogados e estagiários, regularmente inscritos na OAB, será das 11 às 19 horas. Até às 11 horas, os prédios permanecerão fechados, ressalvado o movimento interno. O atendimento ao público em geral continua sendo das 12h30 às 19h, conforme o Provimento CSM 1344/07. Ficam mantidos os horários de funcionamento dos anexos dos Juizados Especiais. Casos especiais serão examinados e disciplinados pela Presidência. Antigo pleito da categoria A alteração do horário de atendimento é antigo pleito dos servidores que reclamavam sobre a impossibilidade de trabalhar no trâmite processual devido ao atendimento estendido durante todo o dia. A medida tomada pelo CSM deverá dar a celeridade processual almejada por todos. (*) Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ/SP

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PODER JUDICIÁRIO SÃO PAULO

PROVIMENTO CSM nº 2.028/2013

PROVIMENTO CSM nº 2.028/2013

O CONSELHO SUPERIOR DA MAGISTRATURA, no uso de suas

atribuições legais,

CONSIDERANDO que a Resolução nº 130/2011 do Conselho Nacional

de Justiça, embora suspensa pelo Supremo Tribunal Federal por força de liminar

concedida na ADI 4.598, prevê que o expediente dos órgãos jurisdicionais para

atendimento ao público deve ser de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas;

CONSIDERANDO que a própria Resolução admite, diante de

insuficiência de recursos humanos, a redução do expediente diário para oito horas;

CONSIDERANDO que, no Tribunal de Justiça de São Paulo, o

expediente forense é de dez horas diárias (9h às 19h), a despeito do insuficiente

quadro de servidores para fazer frente ao elevado e crescente número de processos

em andamento (cerca de vinte milhões);

CONSIDERANDO que cada cartório judicial recebe, diariamente, de

200 a 300 petições intermediárias, além das iniciais (cerca de 24.000 por dia, ao todo,

dados de novembro de 2012 - Comunicado CG 2061/12);

CONSIDERANDO que, além de milhares de cargos vagos, em 2012

1.788 servidores deixaram esta Corte, entre aposentadorias, exonerações, demissões

e falecimentos, o que tem sido uma constante, sopesados os anos anteriores (1.707

desligamentos em 2011, 1.780 em 2010, 1.671 em 2009 e 1.171 em 2008);

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CONSIDERANDO que, em 2009, foram admitidos 866 servidores, em

2010, 869, em 2011, 969, e, em 2012, admitiram-se 2.014 funcionários, o que torna

evidente a defasagem exacerbada no quadro, que já era deficitário;

CONSIDERANDO que, em várias unidades, limita-se a três o número

de escreventes lotados;

CONSIDERANDO que, além das limitações orçamentárias, os atuais

concursos em andamento para admissão de servidores têm o seu término programado

apenas para junho de 2013;

CONSIDERANDO que, findos esses concursos, os procedimentos

ulteriores de nomeação e posse protrairão, por até dois meses, o início do exercício

funcional dos aprovados;

CONSIDERANDO que o atendimento ininterrupto aos Advogados,

Procuradores, Defensores Públicos, membros do Ministério Público e jurisdicionado em

geral não tem permitido às unidades jurisdicionais organizarem adequadamente o

expediente cartorário, inclusive a guarda nos escaninhos dos feitos examinados;

CONSIDERANDO que, diante desse quadro, urge a implantação de

horário exclusivo de trabalho interno, a fim de que os servidores possam organizar o

expediente cartorário, controlar prazos, autuar iniciais e juntar petições em geral,

cumprir despachos e decisões, registrar acórdãos e sentenças, expedir alvarás, cartas,

certidões, formais, ofícios, mandados e guias, preparar termos de conclusão, vista e de

carga de autos, elaborar pauta de audiências e julgamentos, fazer a triagem de autos e

documentos, preparar feitos para arquivamento, elaborar termos de conclusão, vista e

de carga de autos, cadastrar procuradores, alocar autos em escaninhos e promover

reuniões internas de gestão, dentre outras atividades afins;

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CONSIDERANDO que, reservadas apenas duas horas ao expediente

interno, ainda haverá oito horas para atendimento integral de Advogados,

Procuradores, Defensores Públicos e membros do Ministério Público;

CONSIDERANDO que o dilatado lapso temporal de oito horas

ininterruptas de expediente forense possibilitará àqueles profissionais o pleno exercício

de suas funções e não implicará cerceamento de suas prerrogativas;

CONSIDERANDO que a adoção do expediente interno, na medida em

que agilizará a tramitação e o cumprimento de feitos, se coaduna com os princípios da

celeridade processual (art. 5 º, LXXVIII, CF) e da eficiência administrativa (art. 37, CF),

e reverterá em benefício de Advogados, Procuradores, Defensores Públicos, membros

do Ministério Público e do jurisdicionado;

CONSIDERANDO que essa providência traduz pleito antigo de juízes e

servidores e multiplicará a capacidade de trabalho atualmente existente;

CONSIDERANDO que o Tribunal de Justiça exerce efetivo controle

sobre a frequência e assiduidade de seus servidores, inclusive por meio de ponto

biométrico, de modo a assegurar que o horário de expediente interno atenda à sua real

finalidade;

CONSIDERANDO, por fim, que o processo digital ainda está em fase

de implantação e que todo o acervo físico atualmente existente continuará a tramitar;

RESOLVE:

Artigo 1º - Nas unidades judiciárias de 1º e 2º graus, o horário das 9 às

11 horas será reservado, exclusivamente, para o serviço interno de organização do

expediente cartorário, controle de prazos, autuação de iniciais e juntada de petições em

geral, cumprimento de despachos e decisões, registro de acórdãos e sentenças,

PODER JUDICIÁRIO SÃO PAULO

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expedição de alvarás, cartas, certidões, formais, ofícios, mandados e guias, elaboração

de pauta de audiências e julgamentos, triagem de autos e documentos, preparação de

feitos para arquivamento, termos de conclusão, vista e carga de autos, cadastramento

de procuradores, alocação de autos em escaninhos, promoção de reuniões internas de

gestão e outras atividades afins.

Artigo 2º - Não haverá atendimento a Advogados, Defensores

Públicos, Procuradores, membros do Ministério Público e ao jurisdicionado em geral no

horário de expediente interno, ressalvados os casos urgentes de que trata o

Provimento nº 1.154/2006 do Conselho Superior da Magistratura.

Artigo 3º - O horário de expediente interno perdurará por seis meses,

findos os quais o Conselho Superior da Magistratura deliberará a respeito de sua

cessação ou prorrogação.

Artigo 4º - Ficam mantidos os horários de atendimento ao público em

geral, das 12h30 às 19 horas, nos dias de expediente forense (art. 1º, “caput”, do

Provimento CSM nº 1.344/2007), bem como os horários dos anexos dos Juizados

Especiais, regidos por autorizações e provimentos específicos.

Artigo 5º - A Presidência examinará casos excepcionais.

Artigo 6º - Este provimento entrará em vigor na data de sua

publicação.

REGISTRE-SE. PUBLIQUE-SE. CUMPRA-SE.

São Paulo, 17 de janeiro de 2013.

PODER JUDICIÁRIO SÃO PAULO

PROVIMENTO CSM nº 2.028/2013

Des. IVAN RICARDO GARISIO SARTORI Presidente do Tribunal de Justiça

Des. JOSÉ GASPAR GONZAGA FRANCESCHINI Vice-Presidente do Tribunal de Justiça

Des. JOSÉ RENATO NALINI Corregedor Geral da Justiça

Des. CARLOS AUGUSTO DE SANTI RIBEIRO Decano do Tribunal de Justiça, em exercício

Des. SAMUEL ALVES DE MELO JÚNIOR Presidente da Seção de Direito Público

Des. ANTONIO JOSÉ SILVEIRA PAULILO Presidente da Seção de Direito Privado

Des. ANTONIO CARLOS TRISTÃO RIBEIRO Presidente da Seção Criminal

PROVIMENTO N° 1344/2007

O CONSELHO SUPERIOR DA MAGISTRATURA, no uso de suas atribuições legais,

CONSIDERANDO o horário de atendimento ao público, instituído nas unidades cartorárias pelo Provimento CSM 1113/2006,

CONSIDERANDO o decidido nos autos do Processo G-25.184/92,

CONSIDERANDO a necessidade de uniformizar o atendimento nos Ofícios de Justiça de Primeira Instância e nos Cartórios de Segunda Instância,

RESOLVE:

Art. 10 - O atendimento ao público nos Ofícios de Justiça de primeira instância e nos Cartórios de segunda instância darse-á no período das 12h30 às 19 horas, nos dias de expediente forense.

Parágrafo Primeiro - Para os advogados regularmente inscritos nos Quadros da Ordem dos Advogados do Brasil, o atendimento terá início a partir das 9 horas, mediante a exibição da carteira de inscrição.

Parágrafo Segundo - Aos estagiários de Direito regularmente inscritos nos Quadros da Ordem dos Advogados do Brasil, o atendimento terá início a partir das 10 horas, mediante a exibição da carteira de inscrição.

Art. 2° - No Fórum João Mendes Junior, o atendimento ao público para a entrega de certidões cíveis e criminais, expedidas pelo DEPRI, será das 10 às 18 horas.

Art. 30 - A indicação expressa no art,l°, não obsta o acesso dos jurisdicionados às audiências e às sessões de julgamento no Tribunal de Justiça, quando designadas para antes das 12h30.

Art. 40 - Éautorizado o acesso de pessoas interessadas, a partir das 9 horas, às Salas dos Advogados e aos Gabinetes dos Promotores de Justiça instalados nas dependências dos Fóruns.

Art. 5° - Este Provimento entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

REGISTRE-SE. PUBLIQUE-SE. CUMPRA-SE.

São Paulo, 19 de julho de 2007.

CELSO LUIZ LIMONGI, Presidente do Tribunal de Justiça; CAIO EDUARDO CANGUÇU DE ALMEIDA, Vice-Presidente do Tribunal de Justiça; e GILBERTO PASSOS DE FREITAS, Corregedor Geral da Justiça (D.O.E. de 30.07.2007)