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APOCALIPSE COMENTADO PELO ESCRIBA

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Hermes, Deus da Cibercoisa

Apocalipse comentado pelo Escriba, por: Valdemir Menezes

FINALIDADE DESTA OBRA

Os materiais literrios do autor no tm fins lucrativos, nem lhe gera quaisquer tipo de receita. Os custos do livro so unicamente para cobrir despesas com produo, transporte, impostos e revendedores. Sua satisfao consiste em contribuir para o bem da educao, uma melhor qualidade de vida para todos os homens e seres vivos, e para glorificar o nico Deus Todo-Poderoso. Os livros retratam os pensamentos do autor; no visa lucro, nem sucesso.

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AUTORIZAO

O livro pode ser reproduzido e distribudo por quaisquer meios, usado por qualquer entidade religiosa, educacional ou cultural sem prvia autorizao do autor.

AUTOR: Valdemir Mota de Menezes licenciado em Cincias Biolgicas e Histria pela Universidade Metropolitana de Santos, possui curso superior em Gesto de Empresas pela UNIMONTE de Santos, Bacharel em Teologia pela Faculdade das Assembleias de Deus de Santos, tem formao Tcnica em Polcia Judiciria pela USP. Nasceu em Itabaiana/SE, em 1969. Foi radialista por alguns anos em Santos na Radio Universal de Santos, uma das primeiras emissoras do Brasil com o programa Esperana aos povos. Na dcada de 1990 fundou o Centro de Evangelismo Universal, a qual preside; hoje se dedica a escrever livros e ao ministrio de intercesso. No tendo interesse em dar palestras ou participar de eventos, evitando convvio social. Dados Internacionais da Catalogao na Publicao (CIP)

INTRODUO

O livro do Apocalipse tema de debates, conferncias, palestras, seminrios, convenes e discusses, e no por acaso que ele hoje o mais amplamente comentado, afinal vivemos no limiar de um terrvel cataclismo mundial, pois basta acompanharmos diariamente os noticirios. Quem l o Apocalipse percebe que estamos para ver todas as coisas que ali esto escritas prestes a acontecer.

AUTOR

Os antigos sempre reconheceram que Joo apstolo era o autor do Apocalipse (Apoc. 1.1). Ele tambm escreveu o livro biogrfico da vida de Jesus e das trs cartas universais. Entre os escritores antigos que defendiam esta tese estavam: Clemente de Alexandria, Tertuliano, Orgenes, Baslio, Atansio, Ambrsio, Cipriano, Agostinho, Jernimo, Justino Mrtir, Melito, Irineu. S mais tarde Dionsio de Alexandria discordou que o autor era o apstolo Joo, filho de Zebedeu. Entretanto, as evidncias histricas e internas so favorveis a autoria do apstolo Joo. Por exemplo, a forma gramatical e o modismo literrio so em grande parte do estilo semtico. O argumento que havia outro presbtero chamado Joo no torna esta possibilidade plausvel. Um dos cnones das Escrituras mais antigo, do segundo sculo, trazia o nome do apstolo Joo, filho de Zebedeu como autor. O livro do Apocalipse um dos clssicos da literatura antiga que mais contm erros gramaticais. Eram tantos erros que isso chegou a ser considerado um impercilho para que o Apocalipse fosse considerado a Palavra de Deus. Esta discrepncia no texto do Apocalipse, tambm levantou a questo da autoria, porque o estilo literrio deste livro no era similar aos demais livros de Joo. Todavia, isto se explica pelo fato que ao escrever o livro do Apocalipse, Joo j estava de idade avanada, e provavelmente tenham pedido para algum escrever enquanto ele narrava. Quem escreveu o Apocalipse para Joo, no era muito familiarizado com a lngua grega, talvez fosse sua segunda lngua, e no sua lngua materna.

DATA

Quase todos os comentaristas concordam que o Apocalipse foi escrito na poca da perseguio de Domiciano, por isso achamos que no ano de 98, Joo, aps ter escrito suas trs cartas foi exilado e em Patmos, onde recebeu a revelao do Apocalipse. Quando saiu de l escreveu o livro.

Os intrpretes tm apontado trs perodos, a saber: 1. O reinado de Nero. Assim pensavam Baur, Reuss, Hgenfeld, Light-foot, Selwyn, B.W. Henderson. A data neroniana, entretanto, dificilmente pode ser sustentada de p, luz do trecho de Apo. 17:10,11, segundo se aclara acima a questo. 2. Dependendo de como manusearmos a lista dos imperadores romanos (na interpretao histrica), possvel a data correspondente ao imperador Vespasiano. Nada absolutamente fatal pode ser dito contra isso, exceto que no h provas histricas de que Vespasiano perseguiu aos cristos. No tomava a srio suas prprias reivindicaes de divindade, e nem jamais compeliu algum a ador-lo, e nem perseguiu aos que se negassem a faz-lo. Tertuliano declara especificamente que os cristos no foram perseguidos durante o reinado de Vespasiano, como tambm no houve grande perseguio sob Tito, seu filho. Contudo, eles comearam e terminaram o cerco de Jerusalm, sendo possvel que as crueldades ento perpetradas tivessem inspirado um livro como o do Apocalipse, embora isso no seja muito provvel. Os cristos perseguidos que precisavam do encorajamento dado por uma revelao. 3. Domiciano foi chamado de Nero calvo e de segundo Nero, por Marcial. A histria mostra a ferocidade de sua perseguio contra os cristos. Considerando-se todos os fatores, quase todos os intrpretes, antigos e modernos, tm chegado concluso que o Apocalipse foi escrito durante esse tempo, ou seja, pouco antes do trmino do primeiro sculo de nossa era. As cartas s sete igrejas do Apocalipse tambm confirmam uma data posterior. A cidade de Esmirna no contava com nenhuma comunidade crist ao tempo de Nero. Isso confirmado na epstola de Policarpo aos Filipenses XI. O culto ao imperador (obrigatrio para todos os cidados romanos) no parece ter sido posto em vigor at aos dias de Domiciano; e o livro do Apocalipse quase certamente reflete tal circunstncia. Mas nos seus dias tal culto passou a ser considerado prova de lealdade ao imperador; e por causa disso, seguiram-se perseguies intensas contra os cristos, totalmente desconhecidas nos dias de Vespasiano. (1)

DESTINATRIO

O destinatrio do livro foi para todos os cristos (1.1), quanto s sete cartas no interior do livro (captulo 2 e 3) pode ter predisposto Joo a enviar cpias deste livro, primeiramente s sete igrejas da sia.

MOTIVO

O motivo do livro ser escrito foi para falar sobre o que deve acontecer. O Apocalipse uma revelao futurstica. Nele est registrado uma viagem fora do corpo que Joo fez, quanto a sua similaridade com passagens dos livros de Ezequiel, Daniel Zacarias, Isaas e com o livro apcrifo de Enoque e com alguns mitos egpcios, babilnios e gregos, tudo na verdade serve para atestar que o livro do Apocalipse est de acordo com a verdade j revelada no Antigo Testamento, com as tradies judaicas e gentlicas que grosseiramente expressavam algumas verdades.

ESBOO

Captulo 1(Abertura da Revelao) Introduo1.1-3 Introduo.

1.4-8 Tema.

1.9-20 - A viso em Patmos.

2.1-7 - Carta a Igreja de FESO [Perseveranav.2 |Deixaram o 1 amorv.4]

2.8-11 - Carta a Igreja de ESMIRNA(2.8-11) [Suportou Tribulao v.9].2.12-17 - Carta a Igreja de PRGAMO(2.12-17) [Martrio 2.13]

2.18-29 - Carta a Igreja de TIATIRA(2.18-29)Tolerou Jezabel. 3.1-6 - Carta a Igreja de SARDES(3.1-6) Vestes Brancas 3.5.

3.7-13 - Carta a Igreja de FILADLFIA(3.7-13).

3.14-22 Carta a Igreja de LAODICIA(3.14-22) Nenhum elogio-Morna.

4.1-3 Joo arrebatado ao cu.

4.4-11 - 24 presbteros e 4 querubins adorando o Pai.5.1-7 A escritura do planeta Terra.

5.8-14 Culto celestial ao Filho.

6.1-8 - Abertura dos 4 primeiros selos, os cavaleiros do Apocalipse.

6.9-11 Quinto selo: Os mortos no paraso.

6.12-17 Sexto selo: cataclismo na terra.

7.1-8 Os 144.000 israelitas.

7.9-17 Os gentios da Grande Turba.

8.1-6 O anjo do templo.

8.7 A primeira trombeta.

8.8-9 A segunda trombeta.

8.10-11 A terceira trombeta.

8.12-13 A quarta trombeta.

9.1-12 A quinta trombeta: Os gafanhotos.

9.13-21 A sexta trombeta: Guerra contra Israel.

10.1-11 O livrinho de profecias.

11.1-14 As duas Testemunhas.

11.15-19 A stima trombeta: Anncio do reino de Cristo.

12.1-18 O primeiro sinal: A mulher (Israel) e o Drago (Satans).

13.1-10 Segundo sinal: O Anticristo.

13.11-18 Terceiro sinal: O Falso-profeta.

14.1-5 Quarto sinal: Os 144.000.

14.6-13 Quinto sinal: Os trs anjos.

14.14-20 Sexto sinal: A ceifa e a vindima.

15.1-5 Stimo sinal: O mar de vidro.

15.5;16.1 As taas de pragas.

16.2 A primeira taa.

16.3 Segunda taa.

16.4-7 Terceira taa.

16.8-9 Quarta taa.

16.10-11 Quinta taa.

16.12-16 Sexta taa.

16.17-21 Stima taa.

17.1-6 A Babilnia religiosa.

17.7-18 O imprio do Anticristo.

18.1-24 A Babilnia religiosa.

19.1-6 Felicidade no cu pela queda da Babilnia.

19.7-10 O casamento do Cordeiro.

19.11-21 O Armagedom.

20.1-6 O Milnio.

20.7-10 A Batalha Final.

21.1 A nova Terra.

21.2;22.6 A cidade celestial.

22.7-21 Exortao final.

1 CAPTULO 1

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( REVELAO de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a Joo seu servo;)

( APOKALIPSIS). Do primeiro versculo surge o nome do livro. Este livro foi escrito com a finalidade de revelar o QUE DEVE ACONTECER. Neste versculo vemos a origem hierrquica do livro: Deus, Jesus, Anjo e Joo, o apstolo.

SERVOS ( = doulois). Ns cristos somos chamados de filhos de Deus, mas tambm de doulois que quer dizer servo, escravo. Esta palavra fala que nossa mente e vontade deve estar submissa a Deus.

JOO ( = IOANNE). Este o Joo apstolo, comentaristas como Champlin acreditam que o Joo do Apocalipse seria um outro cristo, a qual ele chama de Joo, o vidente.

3 , .

(2 O qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto.)

TESTEMUNHO ( = emartirese). O verbo grego testificar est no tempo aoristo, indicando que Joo j deu o testemunho.

O QUE TEM VISTO ( = osa eiden). O Apocalipse um livro na qual Joo relata vrias vises e conversas com anjos no mundo sobrenatural.

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(3 Bem-aventurado aquele que l, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela esto escritas; porque o tempo est prximo.)

L PUBLICAMENTE ( = anagignoskon). Palavra grega que quer dizer l publicamente, e para estes que esto reservadas as bnos de Deus. O tempo est prximo, mas o tempo de Deus ( = KAIRS). Houve muita confuso e decepo, porque muitos cristos primitivos esperavam para aqueles dias. Em contrapartida, a expectativa do fim, os fortaleceram a suportar as duras perseguies.

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(4 Joo, s sete igrejas que esto na sia: Graa e paz seja convosco da parte daquele que , e que era, e que h de vir, e da dos sete espritos que esto diante do seu trono;)

SETE ESPRITO ( = EPTA PNEUATIN). Os versculos 4 e 5 revelam a triunidade: 1) - Deus o Pai Aquele que , que era e que h de vir 1:8. 2) Deus, o Esprito Santo os sete Espritos diante do trono 1:4 e Isaas 11:2. 3) Deus o Filho Jesus Cristo 1:5

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(5 E da parte de Jesus Cristo, que a fiel testemunha, o primognito dentre os mortos e o prncipe dos reis da terra. quele que nos amou, e em seu sangue nos libertou dos nossos pecados,)

PRIMOGNITO DOS MORTOS ( = PROTOTOKOS TON NEKRON). Jesus o primognito dos mortos, porque ele foi o primeiro a ressuscitar e viver para sempre.

LIBERTOU ( = lousanti). Variante Textual: A palavra libertou figura nos mss P(18), Aleph, AC, 1611, no It(h), no Si(ph,h) e no Ara. Isso concorda com o simbolismo de Isa. 40:2, de acordo com a Septuaginta, adaptando-se melhor com a idia expressa no presente captulo, que fala sobre a liberdade e o poder de reinar, uma vez que temos sido libertos da servido ao pecado. Mas a palavra lavou aparece nos mss P, 046 e na maioria dos mss minsculos posteriores, principalmente da tradio bizantina. Quanto data, essa variante muito posterior, aparecendo em manuscritos inferiores do presente livro.(1)

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(6 E nos fez reino e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glria e poder para todo o sempre. Amm.)

SACERDOTES ( = Iereis). Jesus nos fez sacerdotes, quem recebe Jesus, recebe este ofcio e servio, mas as Testemunhas de Jeov dizem que somente 14.000 fazem parte do sacerdcio cristo. No captulo IV do livro: Clmax ou Revelao, diz; A morte sacrificial de Cristo trouxe a beno aos cristos ungidos. Mas as TJs esto erradas, leia Joo 1.12.

REINO ( = basileian).Variante Textual: A palavra reino figura nos mss P(18), Aleph, AC. O vocbulo reis usado nos mss P, 1 e na maioria dos manuscritos minsculos posteriores da tradio bizantina. evidente que a forma reino a forma superior, a qual foi modificada por escribas posteriores com o intuito de faz-la concordar, em gnero, caso e numero com a palavra seguinte, sacerdotes. Foi uma tentativa para melhorar o grego deste livro, o qoe freqentemente uma das razes por detrs das modificaes textuais dos manuscritos posteriores do livro de Apocalipse. Escribas subseqentes endireitaram o livro tanto quanto puderam, no tocante gramtica e aos usos do grego.

7 , , . , .

(7 Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o ver, at os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentaro sobre ele. Sim. Amm.)

TODO OLHO ( = PAS OFTHALOS). Todo olho o ver. Jesus veio para sofrer, depois vir para levar sua noiva (Igreja) secretamente, e s na 3 fase, vir visivelmente para estabelecer o reino diante de todos.

8 , , , .

(8 Eu sou o Alfa e o mega, diz o Senhor, que , e que era, e que h de vir, o Todo-Poderoso.)

O ALFA E O MEGA ( = alfa kai to mega). Variante Textual: palavra mega, os mss Aleph(l), 1, 2344, It(gig,61) e a Vg adicionam as palavras (o) comeo e (o) fim. Vrios manuscritos minsculos trazem o artigo antes de ambas essas palavras. Mas os mss P(18), ACP omitem essas palavras. No fazem parte, realmente, do texto original; antes, foram tomadas por emprstimo de Apo. 21:6, onde so autnticas. Seja como for, so explicaes do que significa a expresso o Alfa e o Omega.(1)

DOMINADOR DO MUNDO ( = PANTOKRATON). Dominador do mundo ou Todo-Poderoso. Quem est usando este ttulo Jesus (Apoc 1.17; 2.8; 21.6; 22.13) e no Antigo Testamento era usado na septuaginta para traduzir o nome SENHOR DOS EXRCITOS. Desta maneira fica claro a divindade de Cristo.

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(9 Eu, Joo, que tambm sou vosso irmo, e companheiro na aflio, e no reino, e pacincia de Jesus, estava na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo.)

PACINCIA ( = hipoone). Variantes Textuais: H variantes quanto aos ttulos de Cristo neste versculo. As palavras pacincia de Jesus Cristo aparecem nos mss Aleph (terceira mo), I e nos manuscritos minsculos posteriores, como tambm no latim n; mas pacincia de Cristo Jesus a forma que aparece nos mss 046, no Si (alguns manuscritos), no Ara e nos escritos de vrios dos pais da igreja. O Et diz: pacincia do Senhor Jesus. Os mss A e 25 dizem simplesmente pacincia de Cristo. A forma correta, entretanto, pacincia ae Jesus, conforme se v nos mss Aleph, 1 CP, 38, no Cop e nos escritos de Orgenes. Apesar disso no representar provas esmagadoras, so provas slidas, tendo a seu favor o fato que essa forma a que mais provavelmente explica as alteraes dali resultantes. O simples e humilde Jesus, mui naturalmente, teria sido modificado para Cristo, ou para Jesus Cristo, ou por Senhor Jesus, por parte de escribas.(1)

PATMOS ( = Patmo). Hiplito, que viveu no primeiro perodo da igreja diz o seguinte no seu livro sobre os doze apstolos: Joo foi desterrado por Domiciano, o rei, para a ilha de Patmos.

10 ,

(10 Eu fui arrebatado no Esprito no dia do Senhor, e ouvi detrs de mim uma grande voz, como de trombeta,)

DIA DO SENHOR ( = KIRIAKE MERA). H trs interpretaes sobre este dia: Uns dizem que o Domingo. Os adventistas dizem que o sbado; outros dizem que o Dia do Armagedom. As Testemunhas de Jeov dizem que foi um dia do ano de 1914. Entretanto, as Escrituras mostram que o Dia do Senhor Jesus Cristo o dia do Arrebatamento (I Corntios 1.8; II Corntios 1.14; Filipenses 1.6 e 10 e 2.16). Histricamente passou a ser o dia da celebrao da Ceia do Senhor, Dominis que deu origem ao nome domingo, que significa literalmente Dia do Senhor. Mas, escatologicamente refere-se ao dia do arrebatamento.

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(11 Que dizia: Eu sou o Alfa e o mega, o primeiro e o derradeiro; e o que vs, escreve-o num livro, e envia-o s sete igrejas que esto na sia: a feso, e a Esmirna, e a Prgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadlfia, e a Laodicia.)

AS SETE IGREJAS ( = Epta ekklesais). Uns dizem que estas sete cartas retratam a situao das igrejas locais as quais foram dirigidas, outros acham que simbolizam os sete tipos de igrejas em todos os tempos, e outros acham que so as sete fases da histria do cristianismo desde os dias apostlicos at a vinda de Cristo. Cremos que as trs interpretaes esto corretas, e no se contadizem.

12 ,

(12 E virei-me para ver quem falava comigo. E, virando-me, vi sete castiais de ouro;)

SETE CASTIAIS ( = Epta lukhnias). Sete castiais ou caldelabros. Simbolizam as igrejas. a igreja assim representada porque a igreja deve emitir luz para o mundo, como faz o candeeiro.

13 ,

(13 E no meio dos castiais um semelhante ao Filho do homem, vestido at aos ps de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro.)

Variante Textual: Os mss Aleph, 046, a Vg e alguns dos pais da igreja dizem sete candeeiros. Mas os mss ACP, o Si, o Cop, o Et, o Ara e nos escritos de vrios pais da igreja, omitida a palavra sete. A omisso, mui provavelmente, correta. O texto mais breve , normalmente, o correto. Essa palavra foi suprida por emprstimo do dcimo segundo versculo. (1)

FILHO DO HOMEM ( = yion anthropou). Ttulo do Messias em Daniel 7.13.

14 , , ,

(14 E a sua cabea e cabelos eram brancos como l branca, como a neve, e os seus olhos como chama de fogo;)

CABELOS BRANCOS ( = TRIXES LEUKON). Representam a sabedoria por experincia. E os olhos de fogo indicam que nada oculta-se aos seus olhos.

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(15 E os seus ps, semelhantes a lato reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha, e a sua voz como a voz de muitas guas.)

REFINADOS ( = pepuromenes). Variante Textual. A forma pepuromerees (no genitivo), que refinado, queimado, no concorda sintaticamente com o resto da frase, o que uma falta comum do autor grego. Isso apoiado pelos mss AC e nos escritos de Primas. Os escribas, a fim de removerem essa dificuldade gramatical, modificaram essa palavra grega para pepuromeno (conforme se ve nos mss Aleph, 2053 e vrias antigas verses), a fim de faz-la concordar com kamino, fornalha. Mas nos mss P e 046 isso transformado para pepuromenoi, para que concorde com oipodes (os ps). Isso , igualmente, o que sucede na maioria dos manuscritos minsculos. (1)

A SUA VOZ ( = PHONE AUTOU). A voz do Cristo glorificado como o barulho de uma catarata ou de uma ressaca do mar. Causa temor.

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(16 E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saa uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua fora resplandece.)

DOIS GUMES OU DOIS FIOS ( = DISTOOS). Na sua mo esto todas as igrejas, tanto para guardar como para punir. A espada de dois gumes uma figura do poder da palavra que tanto salva como pune os inimigos.

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(17 E eu, quando vi, ca a seus ps como morto; e ele ps sobre mim a sua destra, dizendo-me: No temas; Eu sou o primeiro e o ltimo;)

COMO MORTO ( = OS NEKROS). Joo caiu meio fora de si, pois algumas vises afetam a estabilidade da coordenao motora.

18 , , .

(18 E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amm. E tenho as chaves da morte e do inferno.)

AS CHAVES DA MORTE E DO INFERNO ( = kleis tou thanatou kai tou hadou). Jesus tem o poder sobre a morte, porque ressuscitou e vai nos ressuscitar, e tem poder sobre o Hades porque ele resgatou as almas do Hades Superior conforme Mateus 27.52-53: E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados; E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreio dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos. e Efsios 4.8-9: Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, E deu dons aos homens. Ora, isto ele subiu que , seno que tambm antes tinha descido s partes mais baixas da terra?

19 .

19 Escreve as coisas que tens visto, e as que so, e as que depois destas ho de acontecer;

ESCREVE O QUE TENS VISTO ( = graphon oun a eides). O livro do Apocalipse foi escrito para falar de trs tempos: passado (captulo 1), presente (captulo 2 e 3) e futuro (captulo 4-22).

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(20 O mistrio das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete castiais de ouro. As sete estrelas so os anjos das sete igrejas, e os sete castiais, que viste, so as sete igrejas.)

( = MISTERION) O livro do Apocalipse riqussimo em simbologia e por isto preciso entender as figuras.

CAPTULO 2

FESO

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( ESCREVE ao anjo da igreja que est em feso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiais de ouro)

EPHESO Hoje faz parte da Turquia, e era uma das trs grandes cidades do litoral leste do Mediterrneo, l havia uma igreja prspera. Era l, que Timteo e Joo viviam. Do ponto de vista proftico-escatolgico representa a igreja do perodo de Cristo ao ano 200. Representa a Igreja do perodo apostlico do primeiro sculo. Esta cidade foi lar do apstolo Joo, nela ocorreu um dos conclios ecumnicos no ano 431 d.C. Depois esta cidade entrou em declnio devido uma praga de malria, at que no sculo XIV foi devastada pelos turcos. feso capital da provncia romana na sia era uma cidade importante no aspecto poltico, comercial e religioso no primeiro sculo. Situada na rota principal que ia de Roma em direo ao leste e favorecida com um bom porto. Tendo recebido autonomia de governo por parte de Roma e sendo considerada cidade-sede do tribunal de justia para provncia da sia Menor, era ali que os romanos ouviam os casos legais mais importantes e passavam as sentenas. feso tambm era constituda de um grande centro religioso, pois o famoso templo de Diana de Atos 19:1-23, e pelo menos dois templos dedicados adorao do Csar romano achavam-se ali localizados.Paulo visitou feso pela primeira vez durante sua segunda viagem missionria (ano 48-51/52). No decorrer de um fim de semana ele argumentou com os judeus na sinagoga, fez alguns convertidos e deixou Priscila e quila ali, a fim de continuarem o trabalho. Ele voltou a feso na terceira viagem (ano 52/57) e permaneceu na cidade durante trs anos. No decorrer do ministrio em feso, no s a igreja naquela grande cidade foi fortalecida, mas tambm dando ensejo que todos os habitantes da sia ouvissem a Palavra do Senhor, tanto judeus como gregos Atos 19:10.

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(2 Conheo as tuas obras, e trabalho, e a tua pacincia, e que no podes sofrer os maus; e puseste prova os que dizem ser apstolos, e o no so, e tu os achaste mentirosos.)

ERGA O livro do Apocalipse faz muitas referncias s obras crists. Diversas vezes nas cartas s Igrejas, Jesus faz referncia s obras dos cristos. Obras significam o conjunto de condutas das pessoas. Variante Textual: As palavras vosso labor figuram nos mss Aleph, 046 e na maioria dos manuscritos minsculos, principalmente da tradio bizantina, alm de vrias verses, como o Si(ph), o Cop(sa,bo), o Ara e o Eti. Mas os mss ACP, 2053 e as verses latinas dizem apenas labor, embora seguindo as palavras vossa pacincia. Todavia, a primeira vez em que aparece o vocbulo vossa, provavelmente foi uma adio para coordenar labor com constncia, no fazendo parte do original. Notemos, por igual modo, que a palavra anterior, obras, traz o pronome, e isso tambem deve ter servido de motivo aos escribas para adicionarem vossa a labor, para que a sentena fosse mais suave. (1)

( = APOSTOLOUS) Em feso surgiu um grupo de gnsticos que se diziam ser apstolos de Cristo.

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(3 E sofreste, e tens pacincia; e trabalhaste pelo meu nome, e no te cansaste.)

SOFRESTE ( = ebastasas). Termo grego que significa suportar, carregar e tolerar. Jesus est elogiando a igreja por ela suportar o sofrimento. No h promessas para o cristo viver neste mundo sem tribulao e sem sofrimento como anunciam falsamente alguns pregadores com cartazes do tipo: No sofras mais.

MEU NOME ( = ONOMA MOU). A igreja em feso estava perdendo membros para seitas gnsticas, mas mantinha-se fiel a Jesus.

4 .

(4 Tenho, porm, contra ti que deixaste o teu primeiro amor.)

TEU PRIMEIRO AMOR ( = agapen sou ten prton). Primeiro amor fala da devoo entusiasta a Cristo. Perder o primeiro amor significa que j no havia aquele sentimento profundo de servir a Deus naquela igreja. Muitos cristos se reconhecem como pessoas que ao passar dos anos, seguem a Cristo quase como uma obrigao religiosa e no mais com empolgao.

ABANDONASTE ( = afekes). Esta palavra significa ir embora, relaxar, divorciar. O Senhor est condenando a Igreja por estar se divorciando do primeiro amor. As muitas brigas internas fizeram com que muitos relaxassem e do ponto de vista cronolgico, no final dessa era houve uma grande decepo por Jesus no ter voltado logo. Abandonar o primeiro amor o pecado mais comum, quando o tempo vai desgastando a esperana.

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(5 Lembra-te, pois, de onde caste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando no, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castial, se no te arrependeres.)

ARREPENDERES ( = metanoeson). A exortao do Senhor para que a igreja de feso se arrependesse. A todos os cristos e homens em geral, o Esprito de Deus provoca uma tristeza interior desaprovando atos pecaminosos, A inteno estimular o arrependimento e o retorno ao bom caminho.

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(6 Tens, porm, isto: que odeias as obras dos nicolatas, as quais eu tambm odeio.)

NIKOLATAS ( = nikolaiton). H vrias suposies sobre esta seita dos nicolatas. Irineu apontava como sendo um dos diconos, proslito de Antioquia que havia apostatado (Atos 6.5). Tertuliano faz associao com uma seita gnstica que era assim denominada de os nicolatas. Os gnsticos pregavam que eles estavam acima das exigncias morais, por isso viviam em licenciosidade e na imoralidade.

ODEIO ( = kag). Odiar o mal e o pecado uma virtude crist. Vs, que amais o Senhor, detestai o mal... (Sal. 97:10). Por meio dos teus preceitos consigo entendimento; por isso detesto todo caminho de falsidade. (Sal. 119:104). Seis coisas o Senhor aborrece, e a stima a sua alma abomina... o que semeia contendas entre irmos (Pro. 6:16-19).

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(7 Quem tem ouvidos, oua o que o Esprito diz s igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da rvore da vida, que est no meio do paraso de Deus.)

RVORE DA VIDA ( = EULOU TES ZOES). H referncias da rvore na Vida no den (Gnesis 2.9), na cidade celestial (Apocalipse 22.2), e aqu fala dela localizada no paraso.

ESMIRNA

8 ,

(8 E ao anjo da igreja que est em Esmirna, escreve: Isto diz o primeiro e o ltimo, que foi morto, e reviveu)

ESMIRNA ( = SMIRNE). Representa a igreja no perodo de perseguio do ano 200 at 300, l foi queimado vivo Policarpo em 159 d.C. Ele era literalmente O MENSAGEIRO de Esmirna, e segundo a histria era o presbtero-principal, ou bispo. Cidade porturia da costa oeste do Mar Mediterrneo. Ficava a 65 km de feso. Uma cidade muito bela, conhecida como o ornamento da sia. A cidade ainda existe, chamada pelo nome de Izmir e um patrimnio histrico. Est ligada de perto ao culto imperial, pois em 24 a.C., foi construdo um templo para o Imperador Tibrio Csar. Quando mais tarde Domiciano comeou a governar, ele decretou a adorao ao imperador. Esmirna destacou-se como precursora ao decreto imperial. Isto colocou a igreja em uma posio muito difcil. Uma boa parte da populao judia consentiu ao culto imperial juntamente com os pagos, isto para salvar a pele deles, mas os cristos mantiveram a sua fidelidade ao Senhor Jesus Cristo, e ento passaram a ser ameaados por ambos os grupos religiosos judeus e o imprio. No se tem informao sobre as circunstncias do estabelecimento da igreja em Esmirna. A primeira referncia a essa igreja encontra-se no livro do Apocalipse. bem provvel que tenha sido fundada durante o extenso ministrio de Paulo em feso At. 19:10. Esta igreja s recebeu elogios, devendo em breve ser perseguida por dez dias. (uma prova completa e extensa de sua f).

9 , , , .

(9 Conheo a tribulao, e pobreza (mas tu s rico), e a blasfmia dos que se dizem judeus, e no o so, mas so a sinagoga de Satans.)

Variante Textual: As palavras, Conheo as tuas obras, em consonncia com as outras cartas, se encontram aqui, nos mss Aleph, 046 e muitos manuscritos minsculos posteriores, principalmente da tradio bizantina, como tambm no Si. Entretanto, so omitidas nos mss ACP, 19,47, naVg, noCop.,noEte nos escritos de vrios dos pais da igreja. A omisso, sem dvida alguma, a forma correta. A adio teve por intuito fazer esta carta adaptar-se ao estilo das demais cartas do Apocalipse.

TUA POBREZA ( = TEN PTOKHEIAN). A igreja de Esmirna era pobre, no porque era preguiosa e no era afeita ao trabalho, mas porque as perseguies inclua o confisco dos bens dos cristos. Os cristos de Esmirna tinham seus bens confiscados e tinham que se refugiarem nas florestas e catacumbas.

SINAGOGA DE SATANS ( = sinagoga tou satana). Na prpria histria do Senhor Jesus Cristo, vimos como os judeus fizeram forte oposio ao ministrio redentor do Senhor, se tornando os maiores inimigos do plano de Deus, tanto que os prncipes do judasmo entregaram Jesus para ser condenado e morto pelo imprio romano. A igreja de Esmirna parece ter sofrido uma forte perseguio da influente comunidade judaica daquela cidade se prestando aos servios de Satans.

10 . , . , .

(10 Nada temas das coisas que hs de padecer. Eis que o diabo lanar alguns de vs na priso, para que sejais tentados; e tereis uma tribulao de dez dias. S fiel at morte, e dar-te-ei a coroa da vida.)

A forma no temas (no grego, me phobou) gramaticalmente correta, figurando nos mss AC, 046, e em vrios testemunhos menos importantes. A forma original, porm, mais provavelmente a forma estranha, meden phobou, isto , nada temas, a qual seria correta, no fora o fato que ento se segue o neutro plural, a, as quais coisas (de os). Os manuscritos que trazem essa forma no-gramatical so Aleph, P, 1006, 1611; 1854, 2053, 2344, o It(gig,61), a Vg, o Si(ph,h) e o Co(sa). A outra forma foi uma correo gramaticalmente feita, que ocorre com freqncia no Apocalipse, cujo grego deficiente. (1)

TRIBULAO DE DEZ DIAS ( = thlipsin emeron deka) . Expresso que representava 10 perseguies.

11 . .

(11 Quem tem ouvidos, oua o que o Esprito diz s igrejas: O que vencer no receber o dano da segunda morte.)

SEGUNDA MORTE ( = THANATOU TOU DEUTEROU). Expresso que significa estar separado de Deus de uma vez por todas, mas existindo em sofrimento.

PRGAMO

12

(12 E ao anjo da igreja que est em Prgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada aguda de dois fios)

PRGAMO ( = PERGAMO). Terceira carta para a igreja de Prgamo. A cidade de Prgamo, embora no fosse a maior, era um importante centro comercial da sia Menor, e tambm era uma capital da Provncia Romana. Ela se gabava de possuir uma das mais famosas bibliotecas do mundo, com um total acima de 200.000 volumes. Sua fabricao de pergaminho tornara-se conhecida. O santurio de Asclpio, o deus-serpente, considerado pelos pagos como o deus da cura, localizava-se em Prgamo. A cidade era tambm o quartel-general do culto ao imperador, e ali estava localizada a concilia (tipo de fiscais religiosos) que se encarregava dos assuntos da religio do estado e das ofertas de incenso diante da imagem do imperador. A cidade era fiel a Roma, e, assim, era muito natural perseguio aos cristos. No temos qualquer informao sobre a origem da igreja em Prgamo. bem provvel que tenha sido fundada durante o ministrio de Paulo em feso Atos 19:10. Na interpretao escatolgica fala do perodo de 320 a 500 quando a igreja casou com o Estado.

A ORIGEM DO NOME PRGAMO

Por volta dos anos 197-159 a.C., Eumenes II, rei grego de Prgamo, fundou uma biblioteca, a qual chegou a ter uma coleo de 200.000 manuscritos. Esta biblioteca provocou os cimes de Ptolomeu V do Egito (203-181 a.C.), que, com medo de que essa biblioteca sobrepujasse a de Alexandria, proibiu, ento, a exportao do papiro para a sia Menor. O papiro uma planta que cresce abundantemente s margens do rio Nilo e era a principal fonte para a fabricao do material mais comumente usado, no mundo antigo, para os manuscritos. Como o Egito era o nico pas que produzia os rolos de papiro, Ptolomeu esperava, desta forma, impedir o avano da biblioteca de Prgamo. Esta emergncia tornou-se uma bno, pois os produtores de livros de Prgamo sentiram-se forados a buscar uma soluo alternativa, e da surgiram os pergaminhos, os mais belos e finos materiais escritos j conhecidos. O pergaminho feito de couro extrado da pele de animais novos tais como, bezerros, ovelhas, ou cabritos. Essa biblioteca foi mais tarde removida de Prgamo, por Marco Antonio, e presenteada a Clepatra. Por ocasio da conquista rabe sobre o Egito, todo o acervo foi destrudo. (3)

13 , , , , , .

(13 Sei onde habitas, que onde est o trono de Satans; e retns o meu nome, e no negaste a minha f, ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vs, onde Satans habita.)

Variante Textual-. As palavras Conheo as tuas obras, e onde habitas... figuram nos mss 046 e em alguns dos siracos, bem como nos escritos de alguns poucos pais da igreja. Mas os mss ACP, Aleph, na Vg, no Cop, no Eti e nos escritos de vrios pais, so omitidas as palavras as tuas obras e, o que certamente representa o original. As palavras tuas obras foram acrescentadas por escribas subseqentes para fazer a carta concordar mais de perto com as outras, quanto a forma, onde a expresso padronizada conheo as tuas obras. (1)

TRONO DE SATANS ( = thronos tou satana). Esta aluso ao trono de Satans estando estabelecido na cidade de Prgamo pode se referir aos templos e altares pago que haviam em uma colina de trezentos metros que localizava-se atrs da cidade, ou ao altar a Zeus Soster que estava em Prgamo. Ainda outra suposio que o trono de Satans uma referncia ao culto a Esculpio, cujo smbolo era uma serpente. Ainda pode se referir ao culto ao imperador que era praticado com fervor em Prgamo.

ANTIPAS ( = antipas). Provavelmente foi um lder cristo que foi martirizado em Prgamo. Simeo Metafrastes contava a histria com respeito de Antipas, bispo de Prgamo, o qual, nos tempos do imperador Domiciano, foi fechado dentro de um boi de bronze, e depois aquecido at que o mesmo morresse cozido enquanto louvada e orava. Eusbio, em sua Histria Eclesistica iv. 15,48 cita a existncia de mrtires em Prgamo, dando o nome de alguns deles: Carpo, Papilo e Agatnico.

14 , , ,

(14 Mas algumas poucas coisas tenho contra ti, porque tens l os que seguem a doutrina de Balao, o qual ensinava Balaque a lanar tropeos diante dos filhos de Israel, para que comessem dos sacrifcios da idolatria, e se prostitussem.)

BALAO ( = BALAA). Balao uma referncia simblica aos gnsticos que durante os primeiros cento e cinquenta anos do cristianismo tentaram desvirtuar o Evangelho. Eles eram licenciosos e libertinos, praticantes de idolatria e imoralidade sexual. Acreditavam que Jesus era um deus entre outros. Acreditavam que o esprito angelical de Cristo possuiu Jesus do batismo at a crucificao. Balao tambm pode significar a unio dos dispenseiros dos dons de Deus e os Balaques, isto , os poderes polticos, pois na escatologia a igreja de Prgamo representa o perodo que inicia com o imperador Constantino que se converteu ao cristianismo, mas com ele, boa parte do imprio tornou-se cristo por convenincia.

15 .

(15 Assim tens tambm os que seguem a doutrina dos nicolatas, o que eu odeio.)

DOUTRINA ( = didaxen). Doutrina quer dizer ensinamento. Esta palavra grega deu origem a palavra didtica, que significa mtodo de ensino.

16 , , .

(16 Arrepende-te, pois, quando no em breve virei a ti, e contra eles batalharei com a espada da minha boca.)

POIS ( = oun). Variante Textual: As palavras arrepende-te, pois, fazem parte dos mss AC, 046 1006 1611 1854, do Si(ph), do Cop(sa,bo). Mas o simples arrepende-te a forma que se v nos mss Aleph, P I 2053, na Vg e no Si(h). No ha maneira de determinar a forma correta. A palavra traduzida por pois (no grego, oun), poderia ter sido omitida por acidente, pois o som do fim da palavra anterior, arrepende-te, no grego, metanoeson, poderia ter levado os olhos dos escribas a saltar por cima das seguintes letras similares. Mas igualmente possvel que a palavra pois tenha sido adicionada somente para melhorar o estilo. (1)

ESPADA ( = ROFAIA). Representa a Palavra de Deus que julga tudo e a todos, conforme Hebreus 4.12: Porque a palavra de Deus viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra at diviso da alma e do esprito, e das juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e intenes do corao.17 . , .

(17 Quem tem ouvidos, oua o que o Esprito diz s igrejas: Ao que vencer darei a comer do man escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ningum conhece seno aquele que o recebe.)

MAN ESCONDIDO ( = manna tou kekruenou) Em II Baruque 29:8 temos a promessa de que, nos dias do Messias, descer novamente o man dos cus, para servir de alimento dos justos. Isso pode ser comparado ao conceito neotestamentrio em que Jesus apresentado como o po da vida, o que amplamente comentado em Joo 6:48. Esse po no serve apenas para sustento e alimento, mas tambm faz-nos participar do mesmo tipo de vida que tem aquele que o confere. (1)

( = psefon leuken) Pedra de votao branca. Naqueles tempos dava-se uma pedra branca, para os escravos e prisioneiros que se tornavam livres. Jesus tem dado o seu voto favorvel aos que permanecerem fieis.

TIATIRA

18 , ,

(18 E ao anjo da igreja de Tiatira escreve: Isto diz o Filho de Deus, que tem seus olhos como chama de fogo, e os ps semelhantes ao lato reluzente:)

TIATIRA ( = thiatirois). Quarta carta para a igreja de Tiatira. Tiatira recebeu a mais longa de todas as sete cartas s igrejas da sia Menor. Isto poderia levar-nos a supor que esta fosse uma igreja grande e influente na mais importante cidade da sia. Mas de fato, Tiatira era bem insignificante em comparao com as outras igrejas. No possua grande importncia cultural ou religiosa. Ela foi estabelecida como uma cidade fortaleza para proteger a cidade de Prgamo. Destacava-se no comrcio da provncia pela fabricao de corantes de prpura e o uso dos mesmos. Os comerciantes de Tiatira formavam uma associao comercial em benefcio da categoria e no pertencer a essa associao era cometer um suicdio comercial. Como acontece na maioria das igrejas do Apocalipse, no temos conhecimento exato sobre a sua origem. Pode ter sido estabelecida pelo trabalho de Paulo em feso Atos 19:10. Outra possibilidade que tenha sido fundada por Ldia e sua casa, ou os comerciantes de prpura que foram convertidos por Paulo em Filipos Atos 16:11-15. Representa o cristianismo no perodo de 500 a 1500. Tiatira era uma cidade cujo comrcio era intenso e por isso o contato com pessoas de diferentes costumes estavam influenciando moralmente a igreja.

19 , .

(19 Eu conheo as tuas obras, e o teu amor, e o teu servio, e a tua f, e a tua pacincia, e que as tuas ltimas obras so mais do que as primeiras.)

( = erga) Obras. Apesar da crtica a moralidade de Tiatira, reconhecia-se que era uma igreja ativa.

20 , , .

(20 Mas tenho contra ti que toleras Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensinar e enganar os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifcios da idolatria.)

JEZABEL ( = iezabel). Semelhante aos nicolatas, e a doutrina de Balao, Jezabel um smbolo das doutrinas gnsticas de cunho idoltrico e de imoralidade sexual. Jezabel histrica foi a mulher do rei Acabe que fazia oposio aos servos de Deus, especialmente ao profeta Elias. Era uma mulher dominadora que influenciava seu marido para incentivar o culto a Baal nas terras de Israel, alm de ser uma mulher vaidosa e sensual, smbolo do sensualismo e imoralidade sexual. Esta a figura de uma igreja corrompida, suas doutrinas aproximam os seus membros da idolatria e seus conceitos de vida so mais inclinados a prostituio do que voltado para a santidade.

21 , .

(21 E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituio; e no se arrependeu.)

DEI-LHE TEMPO ( = edoka aute kronon). Deus quase sempre antes de castigar, primeiro ele d tempo para a pessoa mudar de direo, se no mudar, o castigo inevitvel.

22 , ,

(22 Eis que a porei numa cama, e sobre os que adulteram com ela vir grande tribulao, se no se arrependerem das suas obras.)

UMA CAMA ( = eis klinen). Uma das formas do castigo divino a enfermidade e as doenas sexualmente transmissveis. Estas so respostas aos atos de imoralidade.

23 , .

(23 E ferirei de morte a seus filhos, e todas as igrejas sabero que eu sou aquele que sonda os rins e os coraes. E darei a cada um de vs segundo as vossas obras.)

SONDA OS RINS E OS CORAES ( = eraunon nephron kai kardias). A expresso sondar os rins e o corao era uma forma figurada de falar sobre a alma humana. Os antigos acreditavam que a alma habitava em certos rgos como os rins e o corao por serem rgos to ligados ao sangue, pois os rins purificam o sangue, e o corao o bombeia para todo o corpo. Na verdade a alma habita todo o corpo, mas os rins e o corao so usados como smbolos desta verdade espiritual. A alma a sede dos sentimentos, inteligncia e vontade, e o que Jesus quer dizer que ele conhece as nossas reais intenes. Ningum engana Deus com palavras fingidas que escondem outros interesses.

24 , , , ,

(24 Mas eu vos digo a vs, e aos restantes que esto em Tiatira, a todos quantos no tm esta doutrina, e no conheceram, como dizem, as profundezas de Satans, que outra carga vos no porei.)

AS PROFUNDEZAS DE SATANS ( = bathea tou satana). Assim se considera os pecados graves como blasfmia contra a divindade, adultrio, roubar e as heresias doutrinrias. A magia, a feitiaria e invocao das foras das trevas so atitudes deliberadas dos homens contra Deus.

25 .

(25 Mas o que tendes, retende-o at que eu venha.)

EU VENHA ( = Eze). Devemos perdurar no caminho de Deus at que Jesus venha. No desistindo, como alguns que depois de alguns anos, acabam jogando por terra tudo o que conseguiu de Deus.

26 , ,

(26 E ao que vencer, e guardar at ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as naes,)

AUTORIDADE ( exousian). Todos os que so membros da dispensao da graa reinaro sobre os humanos no milnio e depois por toda a eternidade.

27 , ,

(27 E com vara de ferro as reger; e sero quebradas como vasos de oleiro;)

( = rabdo sidera) - Vara de ferro. Tal expresso sugere que o sistema de governo de Cristo rgido, no permitindo insubordinao. Uma perfeita ditadura, diferente das ditaduras do passado, mas tambm oposta a democracia presente.

28 , .

(28 como tambm recebi de meu Pai. E dar-lhe-ei a estrela da manh.)

ESTRELA DA MANH ( = astera ton proinon). Em Apocalipse 22.16 diz quem a Estrela da Manh. O autor do livro: O FUTURO GLORIOSO DO PALANETA TERRA, Arthur Bloomfield diz que esta estrela o planeta Vnus.(9) Entretanto, no captulo 22.16 Jesus se identifica como sendo esta estrela. Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos testificar estas coisas nas igrejas. Eu sou a raiz e a gerao de Davi, a resplandecente estrela da manh.29 .

(29 Quem tem ouvidos, oua o que o Esprito diz s igrejas.)

DIZ S IGREJAS ( = legei tais ekklesiais). Devemos encarar a mensagem do Apocalipse como atual e explicvel a todas as igrejas.

CAPTULO 3

SARDES

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(E AO anjo da igreja que est em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete espritos de Deus, e as sete estrelas: Conheo as tuas obras, que tens nome de que vives, e ests morto.)

SARDES ( = SARDESIN). Quinta carta para a igreja de Sardes. Sardes era uma cidade que vivia de suas glrias passadas. Principal cidade da Ldia. No sculo seis a.C. ela alcanou o apogeu de sua existncia sob o rei Creso. Ficava situada no Monte Tmolus e sua acrpole (cidadela) era virtualmente inexpugnvel e invencvel. S havia uma passagem para a cidade e ela podia ser protegida com facilidade. Os inimigos jamais conseguiram invadi-la. Todavia, a cidade foi tomada sorrateiramente, quando deixaram de guardar o ponto da entrada, permitindo que Ciro rei da Assria no ano 546 a.C., e Antoco rei da Grcia no ano 218 a.C., a capturassem sem dificuldades. Uma cidade inteira permitiu que, com seu excesso de confiana a fizesse cair no uma mais duas vezes em sua histria. No ano 17 d.C., Sardes foi devastada por um terrvel terremoto. A parte principal da cidade foi ento mudada para a plancie ao p do Monte Tmolus. Na ocasio que o livro foi escrito ela era uma cidade decadente. Sardes morria aos poucos. No sabemos nada sobre a histria da igreja em Sardes. Tudo o que sabemos obtido desta epstola. Podemos observar atravs dela que a condio da igreja se comparava a cidade onde se encontrava. A no ser que despertasse para a sua verdadeira condio, caso contrrio morreria. Figura a igreja do perodo da Reforma (1500 a 1700), pois a Reforma no foi perfeita e tambm criou monstruosidades doutrinrias e grupos herticos. Era a capital do antigo reino da Ldia, figura a igreja do perodo da reforma (1500 a 1700), pois a reforma no foi a desejada e ainda trouxe muitos ensinos do paganismo catlico romano.

TEM NOME DE QUE VIVES ( = oti onoma exeis oti zes). Referncia a Reforma Protestante.

2 , , []

(2 S vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque no achei as tuas obras perfeitas diante de Deus.)

PARA MORRER ( = apothanein). Durante a Reforma Protestante, a Contrarreforma da Igreja Catlica matou muitos protestantes.

OBRAS COMPLETAS OU PERFEITAS ( = erga pepleroena). As igrejas no perodo da Reforma ainda trouxeram ensinos catlicos como o batismo por asperso.

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3 ( Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se no vigiares, virei sobre ti como um ladro, e no sabers a que hora sobre ti virei.)

ARREPENDE-TE ( = METANOESON). Neste tempo surgiu o anglicanismo. A Igreja oficial da Inglaterra foi criada motivada pelo desejo do divrico do monarca, como a Igreja Catlica no permitiu o divrcio, ele se separou de Roma, se proclamando monarca da igreja inglesa. Um pecado lastimvel.

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(4 Mas tambm tens em Sardes algumas pessoas que no contaminaram suas vestes, e comigo andaro de branco; porquanto so dignas disso.)

NO CONTAMINARAM SUAS VESTES ( = emolinan ta iatia auton). Com certeza se refere s condies espirituais e morais.

ANDARO DE BRANCO ( = en leukois).Trajes brancos eram caractersticos dos sacerdotes, quando declarados justificados de alguma acusao perante o sindrio.

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(5 O que vencer ser vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.)

LIVRO DA VIDA ( = tes biblou tes zoes). Neste livro est escrito o nome dos salvos. Veja que h a possibilidade do nome ser riscado. Ento, aquela doutrina estpida de uma vez salvo, salvo para sempre absurda.

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(6 Quem tem ouvidos, oua o que o Esprito diz s igrejas.)

ESPRITO ( = PNEUMA). Uma das obras do Esprito Santo falar e falar com o pecador.

FILADLFIA

7 , , , ,

(7 E ao anjo da igreja que est em Filadlfia escreve: Isto diz o que santo, o que verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ningum fecha; e fecha, e ningum abre)

FILADLFIA ( = PHILADELPHEIA). Sexta carta para a igreja de Filadlfia. Esta Igreja no recebeu nenhuma crtica de Jesus. A cidade de Filadlfia foi fundada em meados do segundo sculo a.C., por talo II. Em funo da sua lealdade e amor fraternal por seu irmo afetuoso Eumenes, a cidade foi chamada de Filadlfia, a cidade do amor fraternal. talo fundou a mesma como um centro para difuso da cultura, lnguas e costumes e estilo da vida grego na Ldia e Frigia. Cristo apresentou a essa igreja um desafio ao trabalho evangelstico mais elevado e amplo do que o planejado por talo, isso significava a porta aberta. Nada sabemos das circunstncias em que foi fundada a igreja em Filadlfia. Possivelmente quando Paulo morou em feso (Atos 19:10) todos os habitantes da sia ouviram a Palavra de Deus. Este nome de origem grega e significa AMOR FRATERNAL. Todas as 7 igrejas da sia esto localizadas no sculo XX na Turquia. Na interpretao escatolgica representa o incio do pentecostalismo no sculo XVIII.

DAVI ( = david). Variante Textual: As palavras chave de Davi foram substitudas por chave do hades, nos mss 104(1), 218, 336, 459, 620, 2050, 2051, 2057 e 2067(1); e por chave da morte e do hades, nos mss 111 e 1893; e por chave do paraso, no Ara (ms). O trecho de Apo. 1:18 influenciou algumas dessas modificaes, tendo havido a tentativa, por parte de alguns escribas, de aumentar o efeito dramtico do texto. Os mss Aleph, BP e quase todos os manuscritos minsculos, porm, retm a forma chave de Davi, embora o nome prprio seja soletrado de vrios modos. Certamente essa a forma original.

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(8 Conheo as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ningum a pode fechar; tendo pouca fora, guardaste a minha palavra, e no negaste o meu nome.)

PORTA ( = thuran). A igreja deve fazer uso das portas que Deus abre no mundo espiritual a seu favor.

TENDO POUCA FORA ( = oti ikran ekseis dinamin). A igreja do sculo XIX no tinha fora poltica, nem grande pujana financeira.

9 , , , .

(9 Eis que eu farei aos da sinagoga de Satans, aos que se dizem judeus, e no so, mas mentem: eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus ps, e saibam que eu te amo.)

ADOREM ( = proskisousin). O texto no est dizendo que os cristos sero adorados, mas que os falsos judeus reconheceram suas faltas e que aos ps dos cristos prestaram adorao a Deus e honraro os cristos.

10 , .

(10 Como guardaste a palavra da minha pacincia, tambm eu te guardarei da hora da tentao que h de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.)

HORA DA TENTAO ( = oras tou peirasou). Refere-se a Grande Tribulao que vir ao mundo, da qual a igreja no sofrer.

11 , .

(11 Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ningum tome a tua coroa.)

NINGUM TOME ( = medeis labe). Satans e os seus demnios so os principais inimigos do povo de Deus da qual pretendem tirar a posse da coroa celestial.

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(12 A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sair; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalm, que desce do cu, do meu Deus, e tambm o meu novo nome.)

O MEU NOVO NOME ( = kai to nom ou to kainn). Na Antiga Aliana o nome sagrado era Jav, na Nova Aliana Jesus. Na eternidade um novo nome de Deus ser revelado.

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(13 Quem tem ouvidos, oua o que o Esprito diz s igrejas.)

QUEM TEM OUVIDOS, OUA ( = o chon os akousto). Quem tem ouvidos, oua. A todos que ouvem a mensagem, o Esprito Santo solicita que atentem a ela.

LAODICIA

14 , ,

(14 E ao anjo da igreja que est em Laodicia escreve: Isto diz o Amm, a testemunha fiel e verdadeira, o princpio da criao de Deus)

LAODICIA ( = laodiceia). Stima carta para a igreja de Laodicia. Esta cidade nunca foi importante na sia no sentido poltico ou cultural, mas ficou famosa por sua riqueza e luxria. Trs estradas romanas convergiam para ela, devido sua localizao estratgica e comercial. Grande parte dessa opulncia era resultado da venda de l preta e macia ali tecida, um famoso centro farmacutico na fabricao de colrio e com muitas minas de ouro. Laodicia era to abastada at que um terremoto destruiu grande parte da cidade em 60 d.C, seus cidados a reconstruram sem a ajuda do estado. Era uma cidade orgulhosa, rica e auto-suficiente. A igreja foi fundada por pessoas que estudaram com Paulo em feso Atos 19:10. Paulo escreveu uma carta para essa igreja que infelizmente no a temos em nossas Bblias. Cl. 4:16. A cidade recebeu este nome em homenagem a esposa de Antoco II cujo nome era Laodice. Nesta carta figurada vemos a fase final da igreja que teve incio no sxulo XX.

15 , . .

(15 Conheo as tuas obras, que nem s frio nem quente; quem dera foras frio ou quente!)

OBRAS ( = rga). O grande mal de Laodicia so suas obras de santificao.

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(16 Assim, porque s morno, e no s frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.)

MORNO ( = CHLIARS). Em Laodicia boa parte da gua que se obtinha era morna, igual a condio moral e espiritual daquela igreja. No fim dos tempos, muitas igrejas so mundanas, o rock evanglico, baladas gospel, os atletas de Cristo, partidos polticos cristos, literalmente desfile de moda, uma mistura de mundo com a igreja.

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(17 Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e no sabes que s um desgraado, e miservel, e pobre, e cego, e nu;)

RICO ( = plosioi). No sculo XX, as igrejas como organizaes e instituies de pessoa jurdica, tornaram-se grupos financeiros poderosssimos. Deus condena a atitide de confiar na estrutura da organizao.

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(18 Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueas; e roupas brancas, para que te vistas, e no aparea a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colrio, para que vejas.)

COLRIO ( = KOLLRIO). Muitos cristos tem uma forma distorcida e embaada de ver o cristianismo. Precisam de colrio.

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(19 Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; s pois zeloso, e arrepende-te.)

CASTIGO ( = paidvo). A palavra grega que serve para formar a nossa palavra PEDAGOGIA significa etmologicamente castigar. Portanto, a palavra EDUCAR implica em corrigir e castigar. Esta uma razo porque muitas vezes o crente sofre mais do qu o mpio. O crente tem um Pai que o repreende.

20 , .

(20 Eis que estou porta, e bato; se algum ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.)

BATO ( = KRUO). O Senhor no se cansa de esperar na mudana de atitude do pecador.

21 , .

(21 Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono.)

VENCER ( = nikn). No adianta o individuo sentir piedade de si mesmo. As bnos eternas so para os que se esforam e vencem. As promessas so para os vitoriosos. Quem no vencer o mundo e o pecado, mesmo crendo em Jesus pode sim perder a salvao. Muita gente cr no cu e quer entrar nele, mas no podero, porque no venceram o pecado: "Porfiai por entrar pela porta estreita; porque eu vos digo que muitos procuraro entrar, e no podero." (Lucas 13 : 24). A doutrina de uma vez salvo, salvo para sempre, gera relaxamento espiritual e moral, sendo engodo de Satans para iludir o cristo.

22 .

(22 Quem tem ouvidos, oua o que o Esprito diz s igrejas.)

( = O CHON OS AKOUSTO) Quem tem ouvidos oua. Todos possuem ouvidos, mas aqui quer dizer os ouvidos dispostos a ouvir.

CAPTULO 4

Apoc 4:1 , , , , .

(1 DEPOIS destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no cu; e a primeira voz que, como de trombeta, ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer.)

PORTA ( = thura). Quando algum tomado em uma viso, geralmente as imagens da quarta dimenso surgem como se uma porta se abrisse no ar.

SOBE AQUI ( = ANBA ODE). Acreditamos que a Igreja ser arrebatada antes dos eventos que comeam em Apocalipse 4:1. Este ensinamento baseia-se no argumento de que, uma vez que o termo Igreja no utilizado nos captulos 4-18 do Livro de Apocalipse, a Igreja no dever estar presente na terra naquela poca. Esta crena est baseada no silncio da Escritura. Os salvos da Grande Tribulao so chamados de Grande Multido (gentios) e os 144.000 (israelitas). Estes tambm participaro das promessas a Igreja.

2 , ,

(2 E logo fui arrebatado no Esprito, e eis que um trono estava posto no cu, e um assentado sobre o trono.)

NO ESPRITO ( = EM PNEUMATI). Joo comea uma viagem no mundo espiritual e a primeira sensao dele foi a de um xtase.

3 , .

(3 E o que estava assentado era, na aparncia, semelhante pedra jaspe e sardnica; e o arco celeste estava ao redor do trono, e parecia semelhante esmeralda.)

( = OMOIOS) Semelhante. Vejam o esforo de Joo em traduzir as formas das coisas espirituais, em coisas terrenas. Momento glorioso da vida de Joo, ele v Deus.

4 , , .

(4 E ao redor do trono havia vinte e quatro tronos; e vi assentados sobre os tronos vinte e quatro ancios vestidos de vestes brancas; e tinham sobre suas cabeas coroas de ouro.)

PRESBTEROS OU ANCIES ( = presbitros). Estes 24 ancies parecem ser a igreja glorificada, representando as 24 turmas do sacerdcio cristo (I Cronicas 24.7-18; I Pedro 2.9: Apocalipse 1.6), no representam os salvos do Antigo Testamento, pois estes no possuem tais promessas coletivas de coroas e tronos (II Timteo 2.12; Apocalipse 3.21; 2.10).

5 , ,

(5 E do trono saam relmpagos, e troves, e vozes; e diante do trono ardiam sete lmpadas de fogo, as quais so os sete espritos de Deus.)

TROVO ( = BRONTAI). Este um som que vem rasgando do cu, e aqui representa o poder que emana do trono de Deus.

6 .

(6 E havia diante do trono como que um mar de vidro, semelhante ao cristal. E no meio do trono, e ao redor do trono, quatro animais cheios de olhos, por diante e por detrs.)

MAR VITRIFICADO ( = thalassa yualine). Este um ornamento que est diante do trono de Deus. (xodo 24.10; Ezequiel 1.22).

7 , , , .

(7 E o primeiro animal era semelhante a um leo, e o segundo animal semelhante a um bezerro, e tinha o terceiro animal o rosto como de homem, e o quarto animal era semelhante a uma guia voando.)

SERES VIVENTES ( = zoon). Mesmo no coincidindo com a descrio do profeta Ezequiel, salvo alguns detalhes, as vises so iguais (Ezequiel 1.9-14). Os quatro seres viventes combinam o que fora dito sobre os querubins (no livro de Isaas), e sobre os serafins (no livro de Ezequiel)

8 , , , , .

(8 E os quatro animais tinham, cada um de per si, seis asas, e ao redor, e por dentro, estavam cheios de olhos; e no descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo, o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que , e que h de vir.)

NO REPOUSAM ( = anapausin). uma metfora na qual se quer dizer que glorificar a Deus a misso destes.

9 ,

(9 E, quando os animais davam glria, e honra, e aes de graas ao que estava assentado sobre o trono, ao que vive para todo o sempre,)

ASSENTADO NO TRONO ( = katheno epi tou thnou). Agora vemos um ato de adorao ao Pai e no captulo 5.12 vemos o Filho sendo adorado.

10 , ,

(10 Os vinte e quatro ancios prostravam-se diante do que estava assentado sobre o trono, e adoravam o que vive para todo o sempre; e lanavam as suas coroas diante do trono, dizendo)

E LANARAM ( = KAI BALOUSIN). Os 24 ancies demonstraram um ato de grande submisso ao tirarem as coroas das suas cabeas.

11 , , , , .

(11 Digno s, Senhor, de receber glria, e honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade so e foram criadas.)

CRIASTE TODAS AS COISAS ( = ktisas ta panta). S Deus criador, pois ele faz as coisas do nada. O homem inventor, ele cria as coisas usando matria j existente.

CAPTULO 5

Apoc 5:1 , .

(1 E VI na destra do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos.)

ESCRITO POR DENTRO E POR FORA ( = gegrammenon sothen kai pisthen). Este livro a escritura do planeta. Em Israel os trmites legais eram assim: Pelo lado de dentro eram escritas as especificaes, e as condies da venda, e pelo lado de fora eram postas as assinaturas do vendedor e do comprador, bem como das testemunhas.

Variante Textual: As palavras por dentro e por fora (descrevendo como fora feita a escrita, no rolo), a forma que aparece nos mss P, 046,1006, 1854, 2053, 2344, no It(gig,61), na Vg, no Si(ph), no Cop{bo), no Ara, no Et, nos escritos de Hiplito, Orgenes (algumas referncias), Vitorino-Pettau, Afrates, Hilrio, Ecumnio, Primsio. Porm, por dentro e do lado de trs a forma melhor confirmada, que conta com o apoio dos mas A, 1, 69, 1828(mg), 2057, 2059, 2081, 2329, no Si(h), no Si (algumas referncias), nos escritos de Cipriano e de Cassiodoro. Os mss Aleph, no Cop(sa) e nos escritos de Orgenes (algumas referncias), temos a forma na frente e atrs*, evidentemente sob a influncia do texto de Eze. 2:10. A forma original refletia a de escrever sobre o material de um rolo na face anterior e na fare posterior. As formas so variantes. A primeira d a idia que o rolo seria um cdex, e no um rolo (por fora e por dentro do livro escrito, por assim dizer); e a segunda (de Aleph, etc.), por influncia de uma passagem similar, no segundo capitulo do livro de Ezequiel. (1)

2 , ;

(2 E vi um anjo forte, bradando com grande voz: Quem digno de abrir o livro e de desatar os seus selos?)

DIGNO ( = tis azios). Os documentos selados s podiam ser abertos por pessoas autorizadas.

3 .

(3 E ningum no cu, nem na terra, nem debaixo da terra, podia abrir o livro, nem olhar para ele.)

DEBAIXO DA TERRA ( = pokto tes ges). Ningum tinha autorizao para abrir o livro: nem os habitantes do Hades Superior, Inferior e do Trtato.

4 .

(4 E [eu] chorava muito, porque ningum fora achado digno de abrir o livro, nem de o ler, nem de olhar para ele.)

[EU] CHORAVA ( = klaion). No cu ningum chora ou sofre, mas Joo no estava em estado de glria, Joo ainda era humano, por isso chorou.

Variante Textual: Alguns poucos manuscritos unciais e a maioria dos manuscritos minsculos, dizem: eu chorava muito. Porm, os mss Aleph, P, 1, 36, o Cop e os escritos de Orgenes e Epifnio omitem a palavra eu. O cdex A (devido a descuido dos escribas) no tem o versculo inteiro, pelo que no pode prestar testemunho em favor ou contra a omisso dessa palavra. E possvel que o eu enftico tenha sido acrescentado ao texto sagrado a fim de identificar quem que tanto chorova. No provvel que o pronome eu tivesse sido propositadamente omitido, se fizesse parte do texto original.

5 , , , .

(5 E disse-me um dos ancios: No chores; eis aqui o Leo da tribo de Jud, a raiz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos.)

LEO ( = len). Ttulo que o Messias recebeu segundo a profecia de Jac (Gnesis 49.9).

6 , , [] .

(6 E olhei, e eis que estava no meio do trono e dos quatro animais viventes e entre os ancios um Cordeiro, como havendo sido morto, e tinha sete chifres e sete olhos, que so os sete espritos de Deus enviados a toda a terra.)

CORDEIRO ( = rnion). Este ttulo de Cristo nos faz lembrar que ele morreu por ns.

7 . (7 E veio, e tomou o livro da destra do que estava assentado no trono.)

DIREITA ( = DEXIAS). O planeta Terra pertence ao Filho por direito. O Pai com sua mo direita entregou o documento de posse do planeta.

8 , , , .

(8 E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro ancios prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que so as oraes dos santos.)

INCENSO ( = thumiamton). No cu, as oraes chegam na forma de fumaa.

9 , , ,

(9 E cantavam um novo cntico, dizendo: Digno s de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e lngua, e povo, e nao;)

CANTAVAM CNTICO NOVO ( = dousin odn kainn). Os seres celestiais cantavam uma msica especial para Cristo.

PARA DEUS ( = to theo). Variante Textual: As palavras, para Deus, sem qualquer adio antes ou depois, como modificao ou substituio, a forma que aparece somente no ms A e do E t. Provavelmente essa e a forma correta. Mas o termo nos (pronome plural oblquo) foi acrescentado antes dessas palavras nos mss 94, 2344 e em alguns poucos outros manuscritos; ou depois dessas palavras, nos mss Aleph, 046, 1006, 1611 e 2053. Os mss 1, 2065(1) e os escritos de Cipriano substituem isso por ns. A adio de nos ocorreu para emprestar um sentido mais claro ao texto; alguns pensam que a insero das palavras homens remidos, antes de para Deus, essencial para que se compreenda claramente o versiculo, ainda que o vocbulo grego que seria traduzido por homem no aparece em qualquer manuscrito. O original diz to-somente por teu sangue remiste para Deus. Foi apenas natural que os escribas tivessem acrescentado o objeto direto que ficava subentendido. (1)

10 , .

(10 E para Deus os fizeste reino e sacerdotes; e eles reinaro sobre a terra.)

REINO ( = basilian). Variante Textual: As palavras reis e sacerdotes aparecem na tradio koin em geral, incluindo os mss 1, P, 046 e vrios manuscritos minsculos. Porm, os melhores e mais antigos manuscritos dizem reino e sacerdotes, conforme se v nos mss Aleph, , na Vg, no Cop e nos escritos de Cipriano, Primo e Fulgncio. Isso pode ser comparado com o trecho de Apoc. 1:6, onde aparece a mesma variante, onde h mais ou menos as mesmas evidncias que aqui encontramos, em favor das duas possibilidades.

( = EREIS) Sacerdotes. L no cu a igreja exercer trabalho de sacerdotes tendo Jesus Cristo como sumo sacerdote, convm frisarmos que sacerdotes segundo a ordem de Melquisedeque.

11 , , ,

(11 E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos animais, e dos ancios; e era o nmero deles milhes de milhes, e milhares de milhares,)

MILHES DE MILHES ( = MIRIDES MIRIDES). Literalmente significa dez milhares de dez milhares, e quer dizer um nmero incontvel. Todos os habitantes do cu em uma gigantesca reunio, se juntam para adorar Jesus Cristo, com certeza foi uma viso espantosa para Joo que era um judeu monotesta.

12 , .

(12 Que com grande voz diziam: Digno o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e fora, e honra, e glria, e aes de graas.)

GLRIA ( = DXEAN). Jesus adorado no mais alto estilo da divindade. Todos os seres celestiais o adoram usando 7 atribuies da sua plenitude. A seita das Testemunhas de Jeov, que negam a divindade de Jesus, comenta o seguinte sobre esta passagem: Significa isso que Jesus de algum modo substitui agora a Jeov Deus, e que toda a criao se volta para louvar a ele, em vez de a seu Pai? Longe disso! (Clmax de Revelao, pgina 88)

13 , , , .

(13 E ouvi toda a criatura que est no cu, e na terra, e debaixo da terra, e que est no mar, e a todas as coisas que neles h, dizer: Ao que est assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas aes de graas, e honra, e glria, e poder para todo o sempre.)

TODA A CRIATURA ( = PAN KTSA). Estas criaturas aqui citadas so todos os animais de cada ecossistema, como tambm as criaturas celestiais que vivem no mundo invisvel ou o mundo paralelo ao mundo fsico, por isso se diz que eles esto no cu, na Terra, debaixo da Terra e no mar, pois de fato os anjos esto espalhados em todo o mundo.

14 , .

(14 E os quatro animais diziam: Amm. E os vinte e quatro ancios prostraram-se e adoraram)

ADORARAM-NO ( = prosekynesan). Tanto o Pai como o Filho (v.13) so alvos da adorao por parte da igreja. Se Jesus no Deus, ento os 24 presbteros esto cometendo idolatria. Nos melhores manuscritos no consta a frase: Ao que vive para todo o sempre. Isso s aparece em manuscritos mais recentes.

Variantes Textuais: As palavras vinte e quatro ancies figuram nos mss 2026, e na Vg(cl), mas as palavras vinte e quatro omitidos aqui no 2026, e na Vg(cl), aqui nos demais manuscritos, incluindo os antigos manuscritos unciais, como Aleph, A, 046, P e a maioria das verses. Trata-se de uma glosa baseada no oitavo versiculo deste mesmo capitulo. (1)

CAPTULO 6

Apoc 6:1 , , .

(1 E, HAVENDO o Cordeiro aberto um dos selos, olhei, e ouvi um dos quatro animais, que dizia como em voz de trovo: Vem.)

OS SELOS ( = sphragdon). Eles sero abertos na Grande Tribulao. A cada selo aberto inicia-se uma nova fase de tormento.

VEM ( = erkhou). Manuscritos posteriores acrescentam depois do verbo Vem tambm outro verbo V. O chamado de um dos quatro animais dirigido ao cavaleiro do cavalo branco e no a Cristo ou a Joo. Variante Textual: A palavra vem, sem qualquer adio, figura nos mss ACP, 1,1006,1611,1854, 2053, naVg, no Cop(sa,bo). Mas a forma Vem, v, figura nos mss Aleph, 046 e em cerca de cento e vinte manuscritos minsculos, como tambm no It(gig), no Si(ph,h) e no Eti (com ide) e tambm nos mss 296, 2049 e no Textus Receptus (com blepe), A forma mais breve sem dvida alguma a correta.

2 , , , , .

(2 E olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso, e para vencer.)

CAVALO BRANCO ( = ippos leuks). Alguns interpretam que o cavaleiro que est montado neste cavalo Jesus (O Clmax de Revelao, pg 90)[10], e outros dizem que o Evangelho (Exposio de Apocalipse, pgina 102, da Imprensa Batista Regular)[8]. Contudo, o contexto totalmente desfavorvel a esta interpretao, pois segue-se a guerra, fome e a morte. Portanto, este cavalo branco representa a falsa paz da primeira metade do reino do Anticristo.

3 , , .

(3 E, havendo aberto o segundo selo, ouvi o segundo animal, dizendo: Vem.)

CRIATURA VIVENTE ( = zou). Quem abre o selo o cordeiro Jesus e no o querubim

VEM ( = erkhou). Manuscritos posteriores acrescentam depois do verbo Vem tambm outro verbo V. As palavras e vi so omitidas nos mss 046 e em cerca de cem outros minsculos.

4 , , .

(4 E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra, e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada.)

CAVALO VERMELHO ( = ppos pyrrs). Representa a guerra que ocorrer entre Israel e seus aliados contra o imprio do Anticristo e os seus aliados. A guerra ter incio aps os 3,5 anos de aliana de Israel e o Anticristo, quando ento ser quebrada a aliana. (Daniel 9.27).

Variante Textual: O simples Vem a forma que aparece nos mss ACP, 046,1006,1611,1854,2053, na Vg, no Si(ph,h) e no Cop(sa.bo)

5 , , . , , .

(5 E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi dizer ao terceiro animal: Vem. E olhei, e eis um cavalo preto e o que sobre ele estava assentado tinha uma balana na mo.)

CAVALO PRETO ( = ppos mlas). Como no caso de todas as guerras travadas pela humanidade, esta tambm vai provocar a fome, pois recursos financeiros antes destinados a alimentao, agora so utilizados na fabricao de armamento blico e a fome torna-se uma consequncia natural.

VEM ( = erkhou). Manuscritos posteriores acrescentam depois do verbo Vem tambm outro verbo V.

6 , , .

(6 E ouvi uma voz no meio dos quatro animais, que dizia: Uma medida de trigo por um dinheiro, e trs medidas de cevada por um dinheiro; e no danifiques o azeite e o vinho.)

DENRIO ( = denarou). Moeda romana feita de prata, correspondia ao salrio de um trabalhador (Mateus 20.2). O vinho ( = oinon), e o azeite ( = laion), no eram artigos de luxo, e sim, de uso popular, prefigurando assim que na Grande Tribulao haver racionamento dos gneros de primeira necessidade.

7 , , .

(7 E, havendo aberto o quarto selo, ouvi a voz do quarto animal, que dizia: Vem.)

CRIATURA VIVENTE ( = zou). Vejam que os querubins auxiliam na revelao do Apocalipse.

VEM ( = erkhou). Manuscritos posteriores acrescentam depois do verbo Vem tambm outro verbo V.

8 , , [] [] , , .

(8 E olhei, e eis um cavalo amarelo, e o que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra, com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra.)

CAVALO AMARELO ( = ppos khlors). A guerra e o racionamento de alimento causaro morte, e a maior parte dos que morrerem ir para o Hades. Neste tempo 25% da populao da Terra vai morrer direta ou indiretamente como consequncia destes eventos.

9 , .

(9 E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram.)

ALMAS DO QUE FORAM MORTOS COMO EM SACRIFCIO ( = psikhas ton esphagenon). Na abertura do quinto selo revelado a perseguio que ocorrer na Grande Tribulao. Mas como se pode notar muitos no negaro a f e por isso sero salvos. As almas so as entidades vivas sem corpos fsicos e esto no paraso aguardando a ressurreio que ocorrer no final da Grande Tribulao.

A abertura do quinto selo revelou debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram . No h aqui criaturas viventes nem uma voz clamando: Vem. O significado dessa mudana observado por Swete: Com o quinto selo, a Igreja vem luz, em relao sua perseguio e sofrimento [...] A quebra do quinto selo interpreta a poca da perseguio e mostra sua relao com o plano divino na histria. No precisa de muita imaginao para constatar que isso poderia se aplicar igualmente perseguio romana aos cristos (preterista), s vrias perseguies de verdadeiros crentes ao longo da era da Igreja, especialmente pela igreja catlica romana (historicista), e tambm aos mrtires da Grande Tribulao no final desta era (futurista). Concordar com uma dessas teorias no exclui ria sua verdade em relao s outras. A posio sensata aparentemente aceitar todas as interpretaes dessa passagem como vlidas e significativas. (4)

10 , , , ;

(10 E clamavam com grande voz, dizendo: At quando, verdadeiro e santo Dominador, no julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?)

NOSSO SANGUE ( = ama mon). As almas aqui no significa sangue, pois as almas clamaram pedindo justia pelo derramamento do sangue dos seus corpos.

11 , , .

(11 E foram dadas a cada um compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, at que tambm se completasse o nmero de seus conservos e seus irmos, que haviam de ser mortos como eles foram.)

COMPRIDAS VESTES BRANCAS ( = stole leuke). As vestes simbolizam a salvao, enquanto o branco representa a pureza ds salvos. Quem ama a nudez e as vestes curtas est em oposio ao princpio divino. No imaginvel as pessoas e anjos no cu com shorts e bermudas, minissaias, camiseta regata etc.

12 , , , ,

(12 E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilcio, e a lua tornou-se como sangue;)

( = KTEN) Sexto. O sexto revela que durante a Grande Tribulao haver graves modificaes na crosta, no clima, na atmosfera e no espao sideral em nossa volta.

13 , ,

(13 E as estrelas do cu caram sobre a terra, como quando a figueira lana de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte.)

OS ASTROS DO CU ( = astres tou ouranou). Fenmenos astronmicos ocorrero na Grande Tribulao, possivelmente asterides e cometas se chocaro na Terra ou substncias expelidas dos vulces.

14 , .

(14 E o cu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares.)

CU... MONTES E ILHAS (... = ourans ros kai nesos). Haver modificao na atmosfera talvez alterada por gases. Os montes se moveram devido aos grandes terremotos. As ilhas removidas do mapa devem ocorrer por descongelamento das massas polares, erupes vulcnicas e grandes movimentos das placas tectnicas.

15

(15 E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas;)

ESCRAVOS E LIVRES ( = doulos kai eletheros). Sete classes de pessoas sero castigas nesta poca, entre estes os servos que incluem os que trabalham em subempregos e os desempregados. Estes esto em condies sociais anlogas de um escravo. Quem no tem dinheiro para pegar nem um nibus para ir ao trabalho no pode ser considerado totalmente livre.

16 , ,

(16 E diziam aos montes e aos rochedos: Ca sobre ns, e escondei-nos do rosto daquele que est assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro;)

A IRA DO CORDEIRO ( = orges tou arniou). Na Grande Tribulao os habitantes da Terra tero conhecimento dos ensinos bblicos. Inclusive do ensino sobre a ira do Cordeiro, mas atualmente no sculo XXI poucos pregadores tem ousadia para falar sobre isso. S falam do amor do Cordeiro.

17 , ;

(17 Porque vindo o grande dia da sua ira; e quem poder subsistir?)

IRA ( = tes orges). Uma referncia ao Armagedom que nas Escrituras Sagradas chamada de O dia da ira de Deus.

Variante Textual: As palavras sua ira (referindo-se a Deus Pai) figuram nos mss AP, 046 e na maioria dos manuscritos minsculos, como tambm no Cop(sa.bo), no Ara e no Eti. Mas a forma ira deles (referindo-se ao Pai e ao Cordeiro, tal como no dcimo sexto versiculo), a que se acha nos mss AC, 1611, 1854, 2053, 2344, no It(gig,61), na Vg, no Si(ph,h). Essa a forma mais dificil, como tambm aquela que incorpora as idias do dcimo sexto versculo, pelo que provavelmente representa o original. Mas alguns escribas modificaram o deles para sua, porquanto, normalmente, nas Escrituras, a ira a ira de Deus Pai.

CAPTULO 7

Apoc 7:1 , , .

(1 E DEPOIS destas coisas vi quatro anjos que estavam sobre os quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem contra rvore alguma.)

QUATRO CANTOS DA TERRA ( = tssaras veous tes ges). O texto bblico se refere aos quatro pontos cardeais: norte, sul, leste e oeste.

2 , , ,

(2 E vi outro anjo subir do lado do sol nascente, e que tinha o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar,)

OUTRO ANJO ( = allon aggelon). Erroneamente a seita das Testemunhas de Jeov identifica este anjo como sendo Jesus.

( = anatoles elou) Sol nascente. Isto quer dizer que o anjo em tela vem do oriente de Israel, ou do Extremo Oriente.

3 , .

(3 Dizendo: No danifiqueis a terra, nem o mar, nem as rvores, at que hajamos assinalado nas suas testas os servos do nosso Deus.)

NO DANIFIQUES A TERRA ( = me adikesete tem gen). Quando a igreja for arrebatada iniciar a contagem da ltima semana de Daniel que durar 7 anos, entretanto, a primeira metade ser de paz (cavalo branco), por isso, a ordem para os anjos no iniciarem ainda o castigo que s dever cair sobre a Terra na ltima metada da 70 semana.

4 , ,

(4 E ouvi o nmero dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel.)

144.000 ( = tessarakonta tessares KHILIDES). O ensino dos lderes das Testemunhas de Jeov que dizem que os 144.000 o nmero exato dos que iro morar no cu totalmente absurdo. Ningum que leia as Escrituras por si s chegaria a tal concluso. Somente um ensino induzido poderia incutir esta idiotice em um indivduo inteligente. H vrias razes porque esto errados: Primeiro o texto bblico cita as tribos (v. 4-8) dizendo que so israelitas (v. 4) estes 144.000. Segundo: Se os 144.000 fossem o nmero dos chamados para morar no cu com certeza entre os salvos do I e II sculo este nmero j estaria completo, e assim, os ditos cristos ungidos do sculo XX no poderiam ser deste grupo. Terceiro: Os 144.000 estaro vivos na Grande Tribulao, portanto, no podem ser pessoas que viveram no I sculo, nem de um grupinho do incio do sculo XX. Quarto: Os 144.000 so selados para no serem mortos, eles estaro vivos quando Cristo voltar para reinar (Apocalipse 14.1-5)

5 , , ,

(5 Da tribo de Jud, havia doze mil assinalados; da tribo de Rben, doze mil assinalados; da tribo de Gade, doze mil assinalados;)

6 , , ,

(6 Da tribo de Aser, doze mil assinalados; da tribo de Naftali, doze mil assinalados; da tribo de Manasss, doze mil assinalados;)

7 , , ,

(7 Da tribo de Simeo, doze mil assinalados; da tribo de Levi, doze mil assinalados; da tribo de Issacar, doze mil assinalados;)

8 , , .

(8 Da tribo de Zebulom, doze mil assinalados; da tribo de Jos, doze mil assinalados; da tribo de Benjamim, doze mil assinalados.)

9 , , , , , ,

(9 Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multido, a qual ningum podia contar, de todas as naes, e tribos, e povos, e lnguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mos;)

GRANDE TGURBA OU MULTIDO ( = okhlos polys). Enquanto os versculos 4 ao 8 falam dos israelitas salvos na Grande Tribulao, agora do versculo 9 ao 17 falam dos gentios salvos nesta fase da histria.

10 , .

(10 E clamavam com grande voz, dizendo: Salvao ao nosso Deus, que est assentado no trono, e ao Cordeiro.)

CLAMAVAM ( = krazousin). Os salvos que haviam morrido pelo testemunho que deram, clamavam dando louvores ao Pai e ao Filho.

11 , ,

(11 E todos os anjos estavam ao redor do trono, e dos ancios, e dos quatro animais; e prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus,)

ANJOS... PRESBTEROS OU ANCIES (... = aggeloi... presbytron). Vejam que no cu a igreja e os anjos adoraro a Deus juntos.

12 , .

(12 Dizendo: Amm. Louvor, e glria, e sabedoria, e ao de graas, e honra, e poder, e fora ao nosso Deus, para todo o sempre. Amm.)

DIZENDO ( = legontes). As mesmas expresses de adorao feitas aqui a Deus, so ditas ao Cordeiro em Apocalipse 5.12.

AMM ( = amen). Variante Textual: O segundo Amm, que pe ponto final doxologia, omitido nos mss C e em dez outros, minsculos, que possuimos deste livro. Isso poderia sugerir que essa palavra pode ter sido acrescentada liturgicamente outra doxologia. Mas os antiqussimos mss Aleph e A, alm de P, 046, 1006, 1611, 1854, 2053, 2344, no It(gig,61), na Vg, no Si(ph,h), no Cop(sa.bo), no Ara e no Et, tambm temos essa palavra nessa posio. O mais provvel que tenha sido apagada, em alguns manuscritos, por ter sido reputada suprflua, j que o versculo j tinha um Amm.(1)

13 , ;

(13 E um dos ancios me falou, dizendo: Estes que esto vestidos de vestes brancas, quem so, e de onde vieram?)

DE ONDE VIERAM? ( = pothen elthon). Tal expresso revela que eles morreram e que foram ao cu, desta maneira vemos as Escrituras confirmarem mais uma vez que aps a morte dos salvos, eles vo para o paraso no cu. A seita das Testemunhas de Jeov tambm entra em contradio ao dizerem que a Grande Turba ficar para sempre na Terra.

14 , , . , , .

(14 E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes so os que vieram da grande tribulao, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.)

GRANDE TRIBULAO ( = thlipseos tes megales). A fase da histria que vai do arrebatamento ao Armagedom chama-se GRANDE TRIBULAO. Alguns pregadores dizem que no haver salvos na Grande Tribulao, mas este trecho prova o contrrio.

15 , , .

(15 Por isso esto diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no seu templo; e aquele que est assentado sobre o trono os cobrir com a sua sombra.)

DIANTE DO TRONO ( = enpion tou thonou). Vejam que a Grande Turba dos salvos na Grande Tribulao vista diante do trono, este detalhe fortalece ainda mais o ensino que eles esto no cu. A desculpa de alguns que diante do Deus esto todas as coisas da Terra. Para este vale o ditado: O pior cego o que no quer v.

16 , ,

(16 Nunca mais tero fome, nunca mais tero sede; nem sol nem calor alguma cair sobre eles.)

FOME... SEDE... CALOR (... .... = peinasousin... dipsesousin... kauma). Estes salvos da Grande Tribulao alcanaro o estado glorificado. Mas os humanos que vivero no Milnio tero fome e por isso precisaro comer.

17 , .

(17 Porque o Cordeiro que est no meio do trono os apascentar, e lhes servir de guia para as fontes das guas da vida; e Deus limpar de seus olhos toda a lgrima.)

FONTES DAS GUAS DA VIDA ( = zoes pegas daton). Jesus conduzir os da Grande Multido s fontes das guas, e conforme Apocalipse 22.1-2 a fonte fica no cu e mais precisamente na Nova Jerusalm.

CAPTULO 8

Apoc 8:1 , .

(1 E, HAVENDO aberto o stimo selo, fez-se silncio no cu quase por meia hora.)

STIMO SELO ( = sphragida tes ebdmen). Do sexto ao stimo selo houve uma interpolao que foi o captulo sete.

SILNCIO ( = sig). A raridade de silncio no cu nos faz lembrar as ideias errneas que o catolicismo faz do cu como sendo um lugar sonolento, com uma pracinha e pessoas assentadas.

UM SILNCIO DE SUSPENSE

Quando o stimo selo foi aberto, fez-se silncio no cu quase por meia hora; isto , por um breve perodo. Aparentemente, esse era o silncio da apreenso, a calma sbita antes da tempestade. McDowell sugere: As multides do cu so para lisadas e ficam mudas enquanto olham extasiadas para o Cordeiro enquanto ele move a sua mo para quebrar o ltimo selo do rolo que ele havia tomado da destra de Deus. Richardson chama esse momento de um silncio de suspense e tremor, uma pausa dramtica; um silncio de rev