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Seminário Teológico Batista do Sudeste em Guarulhos – Os Apologistas, polemistas e Teólogos dos Séculos II e III.
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Carla Geanfrancisco Junho de 2006 Página 1 de 9
Conteúdo Os Apologistas, polemistas e Teólogos dos Séculos II e III........................................ 1 A apologética de Justino ............................................................................................. 4
O tratamento injusto aos cristãos ............................................................................ 4 Cristãos e ateísmo .................................................................................................. 4
Cristãos e cidadania ................................................................................................ 4 Cristianismo como moral ......................................................................................... 5 Logos eterno ........................................................................................................... 7 Profecias cumpridas ................................................................................................ 7
Conclusão ................................................................................................................... 8
Anexos: Problemas da Igreja 100 - 313 ...................................................................... 8
Os Apologistas, polemistas e Teólogos dos Séculos II e III.
Durante o século II um considerável número de gentios com sólida formação
intelectual ingressou na Igreja. O fato de terem aderido ao Evangelho os obrigava ao
confronto com a filosofia gentílica.
Frente a várias ocorrências ou problemas da igreja primitiva surgem os apologistas
ou teólogos, homens que defendiam a doutrina cristã e a fé, e os cristãos que nada
tinham feito para merecer a perseguição a eles imputada, ainda tentavam convencer
junto a grupos de heréticos que se formavam, a burguesia, ao império, e até mesmo
junto a cristãos que necessitavam aprender e conhecer melhor os ensinamentos de
Cristo, e os documentos que nesta época circulavam. (anexo 1)
Eles buscavam criar uma interpretação inteligente ao cristianismo e assim revogar
os dispositivos legais contra si, estes homens foram conhecidos como apologistas. E
muitos escreveram obras inteiras de apologética.
Muitos eram os ataques ao cristianismo promovidos por intelectuais. Entre as
acusações contra os cristãos, as mais comuns são a de ateísmo, assassinato ritual
de crianças e traição ao imperador.
Diante da cultura pagã a Igreja assumiria duas posições: uma de oposição e rejeição
(com Taciano, Teófilo ou Tertuliano, por exemplo), e outra de aproveitamento,
assimilação dos seus aspectos positivos (Justino e outros pensadores cristãos,
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principalmente do mundo grego). A influência de filósofos gregos, principalmente
Platão, sobre os Teólogos da Igreja é marcante.
Eles escreviam mais como filósofos do que até teólogos.
Dentre eles temos a seguir:
Nome / Data Cargo / Ministerio Obras Principais
Justino, o mártir.
(c.100-165)
Apologistas Oriental
Fundador da escola filosófica
Crista
1ª Apologia (c.152)
2ª Apologia (c. 153)
Dialogo com Trifon
Aristides
(C. 000 a 165)
Apologistas Oriental
Atenas
Carta dirigida ao imperador
Adriano;
Apologia ao imperador
Antonio Pio
Taciano
(século II)
Apologistas oriental Discurso aos Helenos;
Teófilo de
Antioquia
Apologistas Oriental Apologia A Autólico após
180
Atenagoras de
Atenas
Apologistas Oriental "Súplica em favor dos
cristãos", dirigida, cerca de
177, a Marco Aurélio e
Cômodo.
Tertuliano
(c. 160 –c.230)
Apologista Ocidental Apologeticum
endereçado ao
governador romano;
Refutador as falsas
forcas filosóficas e
pagas.
Irineu de Lião
(c, 130 –C.195).
Polemista em esmirna
Bispo de Liao na Gália (178-
195)
Adversus Haereses; A
refutação da falsa
Gnose (contra as
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heresias) (180-185).
A demonstração da Fé
apostólica;
Clemente de
Alexandria (c.155
– C.225)
Polemista
Professor / chefe da escola
catequética de Alexandria
Protrepticus - Exortação
aos Gentios (190);
Paedagogus -O
pedagogo;
As Seleções (Stromata)
Orígenes (c185-
254)
Polemista
Professor / chefe da escola
catequética de Alexandria
Alexandria (203-231)
Cesárea (232-252)
Dos primeiros princípios
(220-230);
Os Hexaplas;
Contra Celso;
291 comentários sobre
todos os livros da bíblia.
Tertuliano (c160-
c. 220).
Polemista/apologista
Teólogo de Cartago (áfrica)
Prescrição contra
hereges;
De Anima;
Contra Praxeas (c.
213);
Apologia (c. 197);
Contra Marciao (207/8);
Muitos escritos
dogmáticos polêmicos e
práticos ascenticos.
Cipriano
(c.200/10-258)
Polemista/ Apologistas
Bispo de Cartago (áfrica)
(248/49-258)
A unidade da Igreja
Católica (251);
Tratados sobre Lapsos
(251);
Muitas cartas.
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Um dos mais importantes foi Justino, e talvez por ter iniciado o movimento de defesa
aos cristãos, por homens cultos que se converteram, encontramos mais documentos
históricos que relatam e descrevem os fatos como a seguir:
A apologética de Justino
O tratamento injusto aos cristãos
Em suas duas Apologias, a primeira meta de Justino foi defender os cristãos em
lugar do cristianismo em si. Os cristãos estavam sendo tratados injustamente; a
ambição de Justino foi conseguir um tratamento justo para eles. A perseguição havia
chegado a ponto de os cristãos serem julgados sós por terem o nome de cristãos.
Seus hábitos no culto eram estranhos, sua negação em participar dos cultos cívicos
e ao culto ao imperador, e suas crenças estranhas eram bastante para prejudicá-los.
Assim, para alguns imperadores e governadores, só o fato de ter o nome cristão era
o bastante para levá-lo a juízo.
Cristãos e ateísmo
Parte do problema era uma má interpretação da crença cristã. Por não renderem
culto aos deuses gregos e romanos, os cristãos eram chamados ateus. Justino
perguntou como eles podiam ser ateus já que eles rendiam cultos “ao Deus
verdadeiro". Os cristãos rendem culto ao Pai, Filho e Espírito Santo, ele disse, e
"lhes dão homenagens com razão e verdade". Justino também apontou a
inconsistência dos governantes romanos. Alguns de seus próprios filósofos
ensinaram que não havia nenhum deus, mas eles não os perseguiram sós por terem
o nome de filósofos. E pior, alguns poetas denunciaram Júpiter, mas foram honrados
por líderes governamentais.
Cristãos e cidadania
Outra acusação contra os cristãos era que eles eram inimigos do estado. Sua falta
de participação em rituais pagãos que eram parte da vida pública cotidiana durante
essa época e sua pregação sobre pertencer a outro reino os levou a acusações de
que não eram bons cidadãos. Justino respondeu que eles não estavam buscando
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um reino terreno, que ameaçasse Roma. Se estivessem, eles não morreriam
serenamente, mas se esconderiam até esperar que tal reino viesse na Terra. Além
disso, ele insistiu que "nós, mais do que todos os homens somos de verdade seus
auxiliadores e aliados para criar a paz", porque os cristãos pensavam que estariam
diante de Deus um dia e dariam conta de suas vidas. "Só adoramos a Deus", ele
disse, "mas em outras coisas nós os obedeceremos alegremente e o
reconheceremos como reis e governantes dos homens” Como exemplo específico
de serem bons cidadãos, Justino citou que os cristãos são fiéis em pagar os
impostos porque Jesus disse que assim o deviam fazer (Mt. 22:20-21). O argumento
geral de Justino era que por viverem uma vida correta, algo pregado pela filosofia
grega, os cristãos eram, por conseguinte bons cidadãos.
Cristianismo como moral
Além de serem chamados inimigos do estado e ateu, a igreja antiga era acusada de
se envolver com imoralidade. Por exemplo, dizia-se que eles realizavam orgias e
canibalismo em seus cultos. Em suas apologias, Justino defendeu os cristãos como
seres transformados de alta moral.
Em primeiro lugar, disse Justino, os cristãos demonstravam sua honestidade por não
mentir quando em julgamento. Por serem pessoas da verdade, eles confessariam
sua fé até a morte. Ele amava a verdade mais que a vida. Os cristãos foram
pacientes em tempos de perseguição e mostravam amor inclusive a seus inimigos.
Esta atitude de viver segundo a verdade era um exemplo de mudança provocado
nas vidas das pessoas seguindo sua conversão. Um escritor diz que esta mudança
chegou a ser conhecida como "a triunfal canção dos apologistas". Justino disse:
Nós quem uma vez revelávamos impureza, agora somos limpos pela pureza; nós
que antes nos dedicávamos às artes da mágica agora nos consagramos ao bom e
digno Deus; nós que antes amávamos as riquezas e posses mais que tudo agora
distribuímos todos os nossos bens a comunidade e compartilhamos com cada
pessoa necessitada; nós que antes matávamos e nos odiávamos e não
compartilharíamos nosso lugar com pessoas de outra tribo devido a seus [diferentes]
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costumes, agora, depois da vinda de Cristo, vivemos juntos com eles e oramos para
nossos inimigos e tentamos convencer aqueles que nos odeiam injustamente...
Justino também deu ênfase à casta conduta dos cristãos, em resposta a acusações
de conduta imoral durante o culto. Para mostrar como isso não era verdade, ele
contou a história de um homem que foi perguntado por um cirurgião que o queria
fazê-lo de eunuco para provar que os cristãos não praticam promiscuidade. O pedido
foi negado, porque o homem escolheu ficar solteiro e seguir seus companheiros
cristãos.
Uma das táticas apologéticas de Justino era contrastar o que os cristãos eram
falsamente acusados e castigados, com que os romanos faziam com impunidade.
Por exemplo, os cristãos eram acusados de matar crianças em seus cultos e comê-
las depois. Justino lembrava que os adoradores de Saturno se entregavam a matar e
beber sangue e outros pagãos que jogavam sangue de homens e animais em seus
ídolos. Os cristãos eram acusados de imoralidade sexual, mas eram seus críticos,
Justino dizia, quem imitavam "Júpiter e os outros deuses na sodomia e relações
pecadoras com mulheres”.
Justino declarava que esclarecimento dos ensinos cristãos não é o bastante. Ele
listou os meios que uma pessoa vem a Cristo. Ele disse que muitos "mudaram de
uma vida de violência e tirania, porque ou eles foram conquistados pelo exemplo de
vida de seus vizinhos ou pela estranha paciência que eles viram em seus amigos
sendo acusados injustamente, ou por ver sua honestidade nos negócios”.A alta
moral dos cristãos, ainda que muito difamada, era um poderoso testemunho e
apologético para a fé.
O caso de Justino para Cristo
Como parte de sua defesa dos cristãos ante o imperador e o senado, Justino
também defendeu que o cristianismo era verdade. Isto foi importante porque a razão
e a busca da verdade eram muito valorizadas pela intelectualidade romana. Já que
uma das acusações contra os cristãos era que eles tinham crenças supersticiosas,
tinha que ser mostrado que suas crenças eram racionais. Vejamos o caso central de
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Justino para a verdade do cristianismo, a saber, que a vinda de Cristo - o Logos de
Deus - foi predita pelo Espírito Santo por milhares de anos antes.
Logos eterno
Antes eu falei de como Cristo era identificado como o Logos - a razão do Universo -
de que os filósofos falavam. Falar dele nestes termos conquistaria as classes cultas
de sua época. Como um historiador disse: "sempre que [o Logos] era mencionada, a
atenção de todos era conquistada". Era importante mostrar a racionalidade da fé, e
o Logos era o locus da razão nas altas escolas de filosofia grega. Para citar Philip
Schaff de novo, "o cristianismo é a alta razão" para Justino. "O Logos é a razão pré-
existente, absoluta, pessoal e Cristo é a encarnação dele, o Logos encarnado.
Qualquer coisa racional é cristã e qualquer coisa cristã é racional”.Isso garantiu a
racionalidade do cristianismo, identificando a Jesus como o Logos indicando Sua
Antigüidade, que era importante para a mentalidade grega em estabelecer uma
crença. Devo notar aqui que esta ênfase na razão não deve nos fazer pensar que a
fé não significava nada para Justino. Ele se refere muitas vezes à fé em suas
apologias. Ele fala de nós sendo transformados "por fé através do sangue e da
morte de Cristo". Ele inclusive se refere a Abraão que "foi justificado e abençoado
por Deus devido a sua fé nele”.No entanto, o assunto de conhecimento é central
aqui porque Justino deu mais peso em crer nos ensinos de Cristo que crer no próprio
Cristo.
Profecias cumpridas
Mas por que esta interpretação sobre Jesus deve ser acreditada? A razão era que
Ele foi o cumprimento das profecias feitas há milhares de anos antes que se
demonstrasse que Ele não era apenas um homem que podia fazer mágica, mas era
o Filho de Deus. "Nós fomos testemunhas oculares dos eventos ocorridos e tem
passado da mesma maneira em que eles foram preditos [sic]”, ele disse. Justino
resumiu as profecias do Antigo Testamento sobre Cristo desta maneira:
Nos livros dos profetas, de fato, nós encontramos a Jesus nosso Cristo predito como
vindo a nós nascido de uma virgem e pregando a humanidade, curando cada
enfermidade e doença, ressuscitando mortos, sendo odiado, irreconhecido e
crucificado, ressuscitando, ascendendo ao Céu e se chamando e realmente sendo o
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Filho de Deus. E que Ele enviaria certas pessoas a cada nação para fazer
conhecidas estas coisas e que os gentios acreditariam [antes que os judeus] nele.
Ele foi predito, em verdade, antes que Ele realmente aparecesse, primeiro cinco mil
anos antes, depois quatro mil anos, então três mil, então dois mil, então mil e
finalmente oitocentos. Por isso, novos profetas vieram anos depois.
Não só foi o cumprimento da profecia notável em si mesmo, mas também foi
significante que tais profecias foram feitas muito antes dos filósofos gregos, pois,
diferente de hoje, a Antigüidade era importante para a mentalidade grega em
estabelecer uma crença.
Conclusão
Justino, Mártir proporciona um exemplo daqueles que tomaram sua fé muita a sério
na igreja antiga e quem procurou ser uma boca para o Senhor e defensor de Sua
pessoa. "[os escritos de Justino] atestam sua honestidade e seriedade, seu
entusiástico amor para o cristianismo e sua audácia em sua defesa contra os
ataques de pecados e perversões dentro dele. Enquanto pode nos parecer que o
cristianismo era só filosofia para Justino, alguns historiadores dizem que a fé de
Justino se alimentou mais pelo que a igreja confessava do que por sua própria
especulação filosófica”.Ele estava, acima de tudo, pronto para dar sua própria vida
para Cristo; e seu martírio fala mais alto, como doutrinamento, faz sua
apologética.” ”.
Anexos: Problemas da Igreja 100 - 313
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Estado Romano Pagãos intelectuais
Mártires Apologistas Justino Mártir Tertuliano
Resposta da Igreja
Luciano De peregrinos Celso Discurso Verdadeiro Respondido por Orígenes Em Contra Celso
Internos Heresias – Gnósticos e monarquianistas
Externos
Respondidas por
Cânon da Escritura
Constituição (administração) 1. Sucessão Apostólica – Clemente de
Roma 2. Episcopado
a. Mono –Episcopado-Inácio b. Primazia de Pedro Cipriano
Controvérsias ou Polêmicas Irineu Vs Gnósticos Tertuliano vs Monarquianistas
Credos Regras de Fé
Tertuliano, Irineu.
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