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Vajra O Cetro

O Cetro Vajra

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Page 1: O Cetro Vajra

Vajra

O Cetro

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Este é um dos principais símbolos do budismo Vajrayana. Originalmente, o vajra, diamante, indestrutível, era o nome dado à poderosa arma de cem pontas da divindade hindu Indra, o rei dos deuses.

Esta arma seria capaz de disparar relâmpagos e de destruir todos os inimigos. No budismo Vajrayana, porém, o seu significado é diferente; o vajra representa a natureza vazia de todos os fenômenos.

Nos vajras pacíficos, as cinco pontas se juntam no final; Nos vajras irados, as pontas ficam um pouco afastadas;

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As bocas de makara, das quais surgem cada ponta, representam o nirvana.

As cinco pontas de uma extremidade representam os cinco dhyani-budas (Vairochana, Akshobhya, Ratnasambhava, Amitabha, Amoghasiddhi), que corporificam as cinco sabedorias ou aspectos do estado desperto atemporal.

Já as outras cinco pontas, da extremidade oposta, representam as cinco mães, ou consortes femininas (Buddha Lochana, Mamaki, Vajra Dhatvishvari, Pandara Vasini e Samaya Tara).

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De maneira semelhante, as oito pétalas de um lado representam os oito grandes bodhisattvas (Manjushri, Avalokiteshvara, Vajrapani, Maitreya, Kshitigarbha, Sarvanirvaranavishkambhin, Samantabhadra, Akashagarbha) e as oito pétalas do outro lado representam suas consortes, as oito grandes bodhisattvas, também conhecidas como as deusas das oferendas (sânsc. puja-devi: Lasya, Mala, Gita, Nirtya, Pushpa, Dhupa, Aloka, Gandha).

A esfera central representa a vacuidade (sânsc. shunyata), a verdadeira natureza dos fenômenos.

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Os cinco [dhyani-]budas masculinos são o aspecto puro dos cinco agregados do ego. Suas cinco sabedorias são o aspecto das cinco emoções negativas.

Os cinco budas femininos [as consortes] são as qualidades elementais puras da mente, que nós experimentamos como os elementos impuros do nosso corpo físico e meio ambiente.

Os oito bodhisattvas [masculinos] são o aspecto puro dos diferentes tipos de consciência, e suas contrapartes femininas são os objetos dessas consciências.

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Tanto no caso em que se manifesta a visão pura das famílias budicas e sua sabedoria, quanto no caso em que surge a visão impura dos agregados e emoções negativas, eles são intrinsecamente a mesma coisa em sua natureza fundamental. A diferença reside em como os reconhecemos, e se reconhecemos que eles emergem da base da natureza da mente como a sua energia iluminada.

Tome como exemplo o que se manifesta em nossa mente comum como um pensamento de desejo; se sua verdadeira natureza é reconhecida, ele surge, livre do apego, como "sabedoria do discernimento". O ódio e a raiva, quando verdadeiramente reconhecidos, surgem como claridade similar à do diamante, livres do apego; esta é a "sabedoria do espelho".

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Quando a ignorância é reconhecida, ela surge como vasta e natural claridade sem conceitos: é a "sabedoria do espaço todo-abrangente". O orgulho, quando reconhecido, é percebido como não-dualidade e igualdade: a "sabedoria da equanimidade". O ciúme [ou inveja], quando reconhecido, é libertado da parcialidade e do apego, surgindo como a "sabedoria que tudo realiza". Assim, as cinco emoções negativas emergem como resultado direto de não reconhecermos a sua verdadeira natureza. Quando reconhecidos, são purificadas e liberadas, mostrando-se como nada menos que a manifestação das cinco sabedorias.

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