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HA–LAPID
BRASILIDEALIZADOR: Elias José Lourenço
EDITOR:Tiago da Rocha Sales (Ia’aqob Tsur)
COLABORADOR: Rodolfo Luz Penteado (Yeshaiahu Zeev HaOr)
COMUNICADO:O presente periódico visa dar continuidade à missão iniciada pelo Capitão
Barros Bastos Z”L, que com afinco criou o “Ha -Lapid” de Porto –Pt.
BRASIL -BR – TAMUZ DE 5771 (Julho de 2011)
ANO II – 67ª Edição
“ Tudo se ilumina para aquele que busca a luz” (Ben Rosh)
PARASHÁ HASHAVÚA – “PINECHÁS”
A Parashá Pinechas começa com D'us concedendo sua bênção de paz e sacerdócio a Pinechas, o neto de
Aharon, por assassinar um príncipe da tribo de Shimeon e uma princesa medianita enquanto estavam
envolvidos em um ato licencioso em público (ao final da Porção da Torá da semana passada).
A reação zelosa de Pinechas salva o povo judeu de uma peste que havia irrompido no campo. D'us ordena a
Moshê e Eleazar (filho e sucessor de Aharon como Sumo sacerdote) a conduzir um novo recenseamento de
toda a nação, o primeiro feito em quase trinta e nove anos.
A Torá então relata a reivindicação feita pelas cinco filhas de Tslofchad por uma parte da herança na terra de
Israel, pois não tinham irmãos e o pai morrera no deserto. D'us concorda, e pelo mérito destas mulheres
justas muitas das leis sobre herança são ensinadas. Depois que D'us mostra a terra de Israel do topo de uma
montanha, Moshê recebe ordens de transmitir seu manto de liderança a Yeoshua, colocando a mão sobre sua
cabeça, pois Moshê não entraria no país.
A porção da Torá conclui com uma completa descrição dos corbanot, sacrifícios, especiais a serem ofertados
nos vários dias festivos durante o ano, acima e além do sacrifício (corban tamid) que é trazido toda manhã e
tarde. Estas seções são também lidas na Torá por todo o ano, nos dias festivos apropriados.
MENSAGEM DA PARASHÁ
Ao final da Porção da Torá da semana passada, aprendemos sobre as mulheres medianitas que tentaram
seduzir os homens judeus a adorar Ba'al Peor, um abominável ídolo pagão. A estratégia para seduzir os
homens surtiu efeito e já provocara a morte de 24.000 pessoas por uma peste divinamente enviada. A
história tem seu clímax quando Zimri, um príncipe da tribo de Shimeon, é flagrado tendo relações
pecaminosas com Kazbi, uma princesa Medianita, bem no meio do acampamento israelita. Pinechas, o neto
de Aharon, reage tomando de uma lança e golpeando os dois parceiros pecadores, pondo um fim à praga.
E assim iniciamos a porção desta semana da Torá, que recebe o nome de Pinechas por seu ato destemido.
Aqui lemos sobre a recompensa de D'us a Pinechas - uma bênção de paz e eterno sacerdócio.
Estranhamente, embora esta discussão ocupe apenas parte de uma curta seção da Porção da Torá, mesmo
assim a porção inteira recebe o nome de Pinechas. Não somente isso, se a porção da Torá tem de receber o
nome de uma pessoa, aparentemente faz mais sentido incluir todo o episódio de Pinechas - de seu ato
heróico até a recompensa de D'us - tudo em uma porção. Por que seu ato corajoso foi discutido na semana
passada na Parashá Balac e sua recompensa descrita esta semana na Parashá Pinechas?
Talvez, a divisão da Torá do episódio em duas porções seja uma tentativa de ensinar-nos uma lição.
Pinechas matou Zimri por uma razão e apenas por uma razão - ele sabia que era a coisa certa a fazer.
Alguém tinha que tomar uma atitude e impedir que as mulheres medianitas causassem a morte de toda a
nação judaica. A ação de Pinechas foi motivada no mais alto nível. Pinechas não agiu por auto-gratificação.
Não o fez porque desejava que uma Porção da Torá recebesse seu nome. Ele o fez apenas pela santificação
do nome de D'us e Seu povo. Ao separar a ação de Pinechas de sua recompensa, a Torá está nos ensinando
que Pinechas não previu, ou mesmo se preocupou, em receber uma recompensa de D'us. Sua ação foi
realizada por si, por seu próprio mérito.
Quantas vezes achamo-nos fazendo algo não porque é a coisa certa a se fazer, mas porque desejamos
receber algum tipo de recompensa? Quantas vezes fazemos algo apenas para destacar nosso ego? O que a
Torá está nos ensinando através de Pinechas é que devemos tentar fazer as coisas com mais empenho e
simplesmente porque sabemos que isso é o certo. Nossa recompensa virá na hora certa. Não devemos fazer
boas ações apenas para ver nosso nome brilhar. (www.chabad.org)
MIDRASHIM
D'us recompensa Pinechas
Será que os judeus apreciaram a coragem de Pinechas quando matou Zimri, por este haver trazido uma
mulher midyanita ao acampamento? Será que ficaram admirados com seu heroísmo?
Ao contrário, maldosos rumores sobre Pinechas começaram a se espalhar por todo o acampamento.
Os mais contrariados eram os membros da tribo de Zimri, a tribo de Shimon. Afinal, Pinechas havia
assassinado seu líder!
"Quem deu a Pinechas o direito de matar um líder do povo judeu? Quem ele pensa que é para cometer tal
ato?" Os companheiros da tribo de Zimri reclamaram ao restante dos judeus.
"A mãe de Pinechas descende de Yitrô. Yitrô costumava ser um sacerdote de ídolos antes de tornar-se judeu!
Onde Pinechas arrumou a coragem para matar um chefe de uma tribo?"
Pinechas foi desprezado por causa de sua origem humilde, e D'us defendeu sua honra:
D'us ordenou a Moshê que anunciasse em Seu nome: "Se Pinechas não tivesse matado Zimri, Eu teria
destruído todos judeus! Foi Pinechas que salvou o povo da destruição."
"É verdade que ele é descendente de Yitrô pelo lado materno. Porém, ao mesmo tempo, seu pai é Elazar filho
de Aharon. Pinechas é um neto digno de Aharon! Assim como certa vez Aharon impediu a peste de se espalhar
quando ofereceu incenso, assim Pinechas impediu a peste de aniquilar os judeus."
"Pinechas é um tsadic, filho de tsadic. Ele é um valoroso descendente de seu avô Aharon, e do fundador de sua
tribo, Levi. Seu antepassado Levi arrasou a cidade de Shechem porque era um zelote da imoralidade.
Pinechas agiu da mesma maneira. Seu ato inspirou-se pelos mesmos motivos nobres que inspiraram as ações
de seu pai Elazar, e as de seu avô Aharon."
Aharon destacou-se na realização de atos de bondade e em estabelecer a paz. Aharon jamais proferiu uma
palavra áspera. Mesmo sua censura era gentil.
Superficialmente, pareceria que Pinechas agira de maneira diametralmente oposta à filosofia de seu avô, pois
certamente assassinato é algo indiscutivelmente cruel de se fazer. Portanto, D'us explicou que Pinechas na
verdade realizou um ato de bondade, parecido com os atos misericordiosos de seu avô Aharon. Ao matar
Zimri, resgatou o povo inteiro da morte através das mãos celestiais, pois eram todos culpados por tolerarem o
mal em seu meio. Daqui, que o ato de Pinechas beneficiou o povo inteiro.
D'us continuou: "Pinechas merece uma grande recompensa. Não pensou em sua própria segurança ao matar
Zimri, o líder, e Cozbi, a princesa midyanita, porque seu único objetivo era em pôr um fim a profanação do
nome de D'us.
"Recompensá-lo-ei neste mundo e no Mundo Vindouro. Até agora, Pinechas foi apenas um levi. Tornar-se-á
um cohen a partir de hoje."
Antes de matar Zimri, Pinechas não era cohen, apesar de ser neto de Aharon. D'us nomeou como cohen
apenas Aharon, seus filhos e futuros descendentes. Os netos de Aharon nascidos antes da unção dos cohanim
não estavam incluídos. Agora, Pinechas tornava-se cohen por seu próprio mérito.
D'us completou: "Muitos Sumo-sacerdotes originar-se-ão de Pinechas."
A promessa de D'us tornou-se realidade. Na época do Primeiro Templo, dezoito Sumo-sacerdotes descendiam
de Pinechas, e na época do Segundo, oitenta.
D'us também prometeu: "Pinechas terá uma vida muito longa." De fato, sabemos que Pinechas ainda vivia na
época dos Juízes, quase quatrocentos anos após os judeus entrarem em Israel!
Nossos sábios explicam que a promessa de D'us significava: "Pinechas jamais morrerá." Pinechas
transformou-se num anjo e viveu para sempre. Conforme os ensinamentos da Cabalá, Pinechas e Eliyahu o
Profeta são a mesma pessoa. Eliyahu não morreu. Foi levado vivo para os céus.
Em sua morte, Eliyahu não despiu-se completamente de seu corpo físico, todavia reteve alguns atributos
físicos de forma sublimada, a fim de poder visitar esta terra de tempos em tempos.
D'us proclamou: "Mais que isso, porque Pinechas trouxe paz entre os judeus e seu Pai no Céu, ele
estabelecerá a paz no futuro. Aparecerá como o profeta Eliyahu, de quem está escrito (Malachi 3:23): "E ele
transformará os corações dos pais através dos filhos, e os dos filhos através dos pais."
Sua recompensa foi moeda por moeda. A ira Celestial acendeu-se contra os judeus ao ponto de aniquilá-los.
Ao atenuar a ira do Todo Poderoso, Pinechas assegurou a sobrevivência do povo judeu. Por conseguinte, ele
mesmo sobreviveu para sempre.
A Torá especifica a ascendência de Pinechas, para enfatizar que este seguiu seus passos. Também menciona a
ancestralidade de Zimri e Cozbi. Por quê?
O elevado status de líder de Zimri é citado para tornar público que ele trouxe vergonha eterna sobre si e sua
tribo. Apesar do fundador de sua tribo, Shimon, destruir zelosamente a cidade de Shechem pelo crime de
imoralidade, Zimri afastou-se das nobres sendas de Shimon, agindo, em realidade, de maneira oposta.
O grau de princesa de Cozbi é motivo para vergonha e desgraça eternas. Seu pai, o maior dos reis
midyanitas, ofereceu sua filha à prostituição.
Diz-se em louvor a Pinechas que ele não deteve-se de matar Zimri e Cozbi por causa de seus status elevados.
D'us instruiu Moshê a atacar Midyan
Imediatamente depois da praga que abateu os judeus que pecaram com as filhas de Midyan, D'us deu a
Moshê instruções concernentes a guerra contra Midyan, dizendo:
"Os midyanitas estão furiosos porque a princesa Cozbi foi morta. Estão tramando perversas vinganças. Uma
vez que planejam trazer mais destruição sobre você, levante-se e ataque-os, a fim de protegerem-se."
Esta guerra será regida por leis extraordinárias:
1. Não lhes dê opção de fazerem paz. Apesar de outras nações não poderem ser atacadas sem aviso prévio,
ataque os midyanitas imediatamente.
2. Ao sitiar suas cidades, destrua as árvores frutíferas.
A Torá proíbe os judeus de cortarem as árvores frutíferas dos inimigos, ao sitiarem uma cidade (Devarim 20:19).
Os territórios pertencentes a Midyan são exceções.
3. No tocante a Midyan, D'us fez outra exceção às regras de combate, dizendo: "Na Torá, Eu ordenei que
vocês sitiem uma cidade apenas de três lados, deixando o quarto para escapar. Na guerra contra Midyan,
contudo, seus exércitos devem sitiar as cidades completamente."
Por que a Torá ordenou leis excepcionais para Midyan?
Enquanto outras nações aspiravam exterminar os judeus fisicamente, essa nação tentou destruir a alma
judaica seduzindo o povo a pecar.
Induzir outros a pecar é um crime pior que assassinato. Um assassino priva outrem de vida física. Aquele que
leva outros a pecar, contudo, priva-os da vida no Mundo Vindouro.
A Torá proíbe o casamento com homens descendentes de convertidos de Amon e Moav, enquanto permite o
casamento com descendentes de egípcios e edomitas convertidos. Os últimos ameaçaram os judeus apenas
com a espada, enquanto os anteriores colocaram em perigo nossa existência espiritual, um crime muito mais
sério.
Apesar de D'us ter declarado estado de guerra contra Midyan imediatamente depois da morte de Zimri, Ele
não ordenou a mobilização do exército judeu até que os judeus tivessem sido contados.
D'us advertiu Moshê para que não participasse da batalha contra Midyan. "Este país outrora já te acolheu,"
disse-lhe, "Não atire pedras num poço do qual bebeu."
D'us não declarou guerra contra Moav, apesar de também serem culpados (por terem contratado Bilam e
incitado os judeus a pecarem).
D'us poupou-os agora porque:
1. Os moabitas tentaram exterminar os judeus pois temiam que os judeus os roubassem, enquanto que os
midyanitas não tinham razões para prejudicarem os judeus.
2. D'us poupou-os em prol de uma preciosa alma, Ruth, que viria a descender dos moabitas.
A última contagem dos judeus no deserto
Conforme explicamos na Parashá Bamidbar, o povo judeu foi contado um mês após a consagração do Santuário. Agora, quase quarenta anos depois, D'us novamente ordenou a Moshê: "Conte o povo de Israel!"
Quais eram Suas razões para este censo?
1. Este censo aconteceu pouco antes do falecimento de Moshê.
Um fazendeiro contratou um pastor para cuidar de seu rebanho. Contou suas reses ao confiá-las ao pastor, e contou-as novamente antes de serem devolvidas.
Similarmente, Moshê foi encarregado de cuidar dos judeus no deserto, espiritual e fisicamente, exatamente como um pastor guarda os rebanhos.
Ao contar os judeus antes de seu falecimento, Moshê demonstrou a todas as futuras gerações que ele não falhou em sua tarefa. Deixou seiscentos mil homens, todos fiéis a D'us e Sua Torá.
2. D'us conta os judeus depois de cada praga.
Um rebanho de ovelhas foi certa vez atacado por um lobo. A fera conseguiu matar inúmeras ovelhas. Após livrar-se do lobo, o pastor queria saber quantas ovelhas haviam restado, porque eram-lhe tão caras. Assim, contou-as.
Da mesma forma, "lobos" como os perversos Bilam e Balac fizeram o povo judeu pecar. Por causa disso, muitos judeus acabaram morrendo.
Agora D'us desejava estabelecer quantos judeus sobreviveram à peste. Estes judeus estavam livres do pecado, por isso eram preciosos para D'us. Foram, então, contados.
3. Os judeus estavam quase na fronteira de Israel. Logo a terra seria dividida entre eles. A contagem era necessária para saber quantas pessoas receberiam um pedaço de terra. As porções foram distribuídas apenas aos que atingiram a idade de vinte anos na época deste censo.
D'us ordenou a Moshê e Elazar, o filho de Aharon, para efetuarem a contagem. Todos os homens entre as
idades de vinte e sessenta anos foram contados, cada um entregando uma moeda de meio-shekel. Os levitas
foram contados separadamente; a partir de um mês de idade.
O que ficou demonstrado pela contagem
Elazar somou os números de cada tribo. O total foi de 601.730 homens. Este número foi um pouco mais
baixo que o da Parashá Bamidbar.
A tribo Shimon totalizou 59.300 homens na contagem de Bamidbar. Agora restavam apenas 22.000. Muitos
membros de Shimon morreram na peste após o pecado de Zimri. D'us os punira por terem servido ao ídolo
Báal Peor.
A tribo que mais crescera era Menashê, e os levitas ainda eram poucos. Apenas mil homens a mais que na
primeira contagem.
Apesar de serem contados apenas os homens, uma mulher é mencionada pelo nome na lista da família da
tribo de Asher: "O nome da filha de Asher era Serach."
Esta mulher é citada por causa de sua integridade e bons atos. Serach mereceu entrar em Israel e lá viveu
por muitos anos.
Como a terra foi distribuída
D'us ordenou a Moshê: "A Terra de Israel deverá ser dividida em doze porções, cujo tamanho é
determinado de acordo com seu valor. Uma porção pequena e fértil equivale a uma porção maior, porém
menos produtiva.
"As tribos de Menashê e Efrayim receberão duas porções. (A tribo de Levi, contudo, não receberá
nenhuma.)
Você, Balac, disse-me para amaldiçoar os judeus com meus poderes de impureza. Como posso amaldiçoar um
povo cujo D'us está constantemente em seu meio, e os guarda e protege? Um ladrão pode conseguir entrar
num vinhedo e arrancá-lo enquanto o proprietário está dormindo; mas "O Guardião de Israel não dorme
nem dormita. " (Tehilim 121:4). Como, então, posso prejudicar os judeus?
Ao ouvir as palavras de Bilam, Balac perguntou: "Será possível que suas maldições são ineficazes por causa
do poder de seu atual líder, Moshê? Talvez você deva atrasar os efeitos da maldição para a época depois da
morte de Moshê, quando os judeus serão guiados por outro líder?"
"Impossível," replicou Bilam. "O sucessor de Moshê, Yehoshua, batalhará contra os inimigos tão
vigorosamente quanto Moshê. Quando tocar trombetas perante D'us, os muros de Jericó esfacelar-se-ão e
desmoronarão!"
"D'us tirou-os do Egito com o poder da Sua elevação."
Você, Balac, disse-me: 'Veja, um povo saiu do Egito." Estas palavras não eram acuradas. O povo não poderia
ter deixado o Egito sozinho, mas deve ter sido tirado de lá por D'us de maneira sobrenatural. Eu, Bilam,
enfeiticei todas as fronteiras do Egito com meus poderes mágicos, a fim de impedir a fuga dos escravos
hebreus. Não obstante, minha feitiçaria foi ineficaz, pois D'us, Ele próprio tirou-os de lá.
"Pois não há adivinhações em Yaacov, tampouco há qualquer feitiçaria em Israel."
Este versículo pode ser compreendido de duas maneiras:
1. Nenhuma adivinhação é efetiva contra Israel (uma vez que D'us está em seu meio); portanto, as
ferramentas de magia que os sábios de Midyan trouxeram a mim são completamente inúteis. Pois, diferente
das nações, este povo não é regido por anjos encarregados, mas estão sob Supervisão direta de D'us.
Quando meu avô Lavan estava sequioso por destruir seu patriarca Yaacov com sua artes mágicas, D'us não
deixou que tivesse êxito. Similarmente, não posso derrotar os descendentes de Yaacov.
2. Não poderão ser encontrados adivinhos e feiticeiros entre os judeus. Não praticam magia como as outras
nações, porém consultam D'us diretamente, através de seus profetas, e através da placa peitoral do Sumo-
sacerdote. Portanto, este grande povo certamente merece ser abençoado.
"Chegará uma época na qual dirão a Yaacov e a Israel: 'O que D'us operou?'"
1. Na época de Mashiach, D'us realizará milagres para os judeus, que ultrapassarão todos os que foram
feitos no passado. As nações gentias então virão e indagarão aos judeus sobre os grandes feitos de D'us.
2. Na era que se seguirá à ressurreição dos mortos, o amor de D'us pelo povo judeu se tornará evidente a
todos. D'us, pessoalmente, será seu professor de Torá. Os tsadikim sentar-se-ão na frente de D'us como
estudantes ante seu mestre, e Ele lhes revelará os profundos significados da Torá.
3. Não será permitido aos anjos entrarem, porém precisarão perguntar aos judeus: "O que D'us te ensinou?"
"Vejam, o povo levantar-se-á como um filhote de leão, e se levantará como um leão."
1. Este povo ergue-se tão forte quanto um leão, e não descansará até ter destruído seus inimigos e tomado os
espólio de Canaã.
2. Não há nação na terra que serve o Criador com tanta energia quanto o povo judeu. Quando um judeu se
levanta de manhã, ele se fortalece como um leão para agarrar as mitsvot, para vestir tsitsit e tefilin, e para
recitar o Shemá na hora certa.
"Não se deitará até que tenha comido de sua presa, e beba o sangue da caça."
1. Bilam predisse que Moshê não faleceria antes de vingar-se dele e dos cinco reis midyanitas.
2. Um judeu não se deita à noite até ter recitado o Shemá. Ao pronunciar as palavras: "D'us é Um,"
reconhecendo assim que não há outro poder que o Todo Poderoso. D'us destrói agentes prejudiciais.
Depois de aprender da segunda profecia de Bilam que os judeus conquistariam Canaã e matariam os reis das
nações, Balac aconselhou Bilam: "Melhor ir para casa em silêncio! Não preciso nem de suas maldições, nem
de suas bênçãos!"
Bilam replicou: "Já não lhe disse que preciso seguir as instruções de D'us?"
Balac decidiu fazer mais uma tentativa. "Afinal de contas," pensou, "Sei que esta nação não é invencível.
Foram atacados, no passado, pelos amalequitas e canaanitas. Mesmo que eu não consiga destrui-los
totalmente, ou impedi-los de entrar em Canaã, deve haver algum modo de prejudicá-los."
"Dê mais terra às tribos que são mais populosas, e menos às que são em número menor.
"Não obstante," acrescentou D'us, "o sorteio Divino também funcionará para a indicação dos lotes."
O sorteio decidia que região cabia a qual tribo, e a locação exata de cada família numa determinada tribo. O
líder de cada tribo era responsável pela distribuição de terras de sua tribo.
Na época de Yehoshua, quando a Terra foi realmente dividida, o procedimento deu-se como se segue:
Yehoshua e o Sumo-sacerdote, Elazar, reuniam o povo.
O espírito de profecia pairava sobre Elazar, e este declarava profeticamente que território caberia a qual
tribo. Ele proclamava, por exemplo: "A tribo de Zevulun receberá a área de Aco."
Em seguida, Yehoshua realizava um sorteio. À sua frente havia duas urnas, uma contendo inscrições dos
nomes de cada uma das doze tribos; e a outra, com inscrições das doze porções. Com uma mão, Yehoshua
puxava um cédula da primeira urna, e com a outra, uma cédula da segunda urna. Miraculosamente, a tribo
e sua devida porção sempre correspondiam ao que Elazar predissera. Além disso, D'us investiu a própria
porção com o poder da fala. Essa gritava: "Estou destinada a ser a porção de tal tribo."
Ao testemunharem esses milagres, as tribos percebiam e se conscientizavam de que as porções eram
determinadas por Vontade Divina, e aceitavam seus territórios sem reclamações.
As filhas de Tselofchad pedem seu quinhão da Terra
Um homem chamado Tselofchad faleceu no deserto, deixando cinco filhas: Machla, Chagla, Noa, Milca e
Tirtsa. Todas as cinco eram virtuosas, inteligentes e estudadas. À época do falecimento de Aharon, depois do
qual ocorreram os acontecimentos relatados, tinham quase quarenta anos e eram solteiras, uma vez que não
conseguiram encontrar maridos valorosos.
Ao ouvirem Moshê explicar que a Terra de Israel seria distribuída de acordo com o número de varões,
discutiram o assunto entre si.
"O nome de nosso pai será esquecido," disseram umas às outras, "porque nenhum herdeiro homem receberá
uma porção em Israel que esteja associado a seu nome. Uma vez que não temos irmãos, reivindiquemos a
porção da Terra de nosso pai, de maneira que seu nome seja perpetuado."
Aproximaram-se dos juízes responsáveis pelas dezenas e apresentaram a reivindicação. Sendo esta uma
questão legal sem precedentes, os juízes não puderam decidir. Levaram a questão das filhas de Tselofchad aos
juízes responsáveis por cinqüenta pessoas.
"Deixaremos a decisão aos maiores que nós," disseram também estas autoridades mais elevadas. As filhas de
Tselofchad, então, aproximaram-se dos juízes centuriões; porém, de lá, foram enviadas aos juízes
responsáveis sobre os milhares. Nenhum juiz sentia-se competente para decidir o assunto.
Uma das irmãs visitava a Casa de Estudos todos os dias para ouvir os ensinamentos de Moshê. Certo dia,
disse às irmãs: "Hoje Moshê ensinou as leis de yibum (levirato). Se um homem morre sem deixar filhos, sua
mulher casa-se com o irmão do marido. O filho que nascer deste casal é uma lembrança para perpetuar o
nome do primeiro marido."
As outras irmãs sugeriram: "Nosso pai morreu sem deixar um filho. Deixe que nossa mãe se case com nosso
tio! Se nascer um filho homem, este herdará a propriedade de nosso pai, e o nome dele não será esquecido."
"Nossa mãe não poderá fazer isto," explicou a irmã instruída, que havia ouvido a palestra de Moshê.
"Apenas uma mulher que não tem filho algum pode casar-se com o irmão do marido. Como nossa mãe teve
filhas, não poderá casar-se com nosso tio!"
As outras irmãs retrucaram: "Se somos consideradas descendentes de nosso pai, assim como filhos varões,
então devemos receber nosso quinhão da terra, também!“ Decidiram todas: "Vamos falar com Moshê."
As filhas de Tselofchad foram à Casa de Estudos. Os líderes da nação - Moshê, Elazar, o Sumo-sacerdote (que
ocupou o lugar de Aharon após a morte do pai), e os juízes do San'hedrin estavam todos lá. As moças estavam
constrangidas por falar diante dos ilustres líderes. Mas isso não as refreou. Superaram seu recato natural,
pois a questão era fundamental. Apresentaram-na de maneira estudada e acadêmica.
A filha mais velha principiou: "Nosso pai faleceu no deserto (e não no Egito. Já que faz parte da geração que
deixou o Egito, tem direito a uma porção em Israel.)"
A segunda filha continuou: "Não fez parte da perversa congregação de seguidores de Côrach (todos eles
perderam suas porções de terra)."
A terceira tomou a palavra: "Não induziu outros a pecar, o que o faria perder sua porção, porém morreu por
causa de seu próprio pecado."
Tselofchad era o homem que profanou o Shabat recolhendo gravetos, na parashá Shelach.
A quarta filha concluiu: "Por que o nome de nosso pai deveria se esquecido por não ter deixado filhos? Que
nós, suas filhas, herdemos as porções que lhe são devidas!"
Moshê replicou: "A terra será dividida apenas entre homens."
As filhas de Tselofchad então argumentaram: "Permita então que nossa mãe faça um casamento levirato com
nosso tio. Se tiverem um filho, ele herdará a terra de nosso pai."
"Isto não pode acontecer," respondeu Moshê. "Sua mãe não pode casar-se com seu tio. Ela tem filhas."
As moças replicaram: "Se as filhas carregam o nome do pai, não deveriam também receber sua herança?"
"Espere até que eu pergunte a D'us," respondeu Moshê.
Imediatamente, Moshê voltou-se para consultar D'us que confirmasse a reivindicação das filhas de
Tselofchad.
Por que Moshê não reconheceu, ele mesmo, a veracidade dos argumentos, preferindo esperar pela decisão de
D'us?
Moshê sabia a decisão haláchica correta. Contudo, quando ouviu que os juízes sobre as dezenas deferiram a
causa a uma autoridade superior, e que cada tribunal, sucessivamente, evitou expedir uma decisão, Moshê
pensou: "Que eu aja da mesma forma. Há Um maior que eu. Que eu Lhe pergunte."
Assim, Moshê ensinou a todos os juízes de todas as futuras gerações a não hesitarem em consultar uma
autoridade maior, quando necessário.
D'us então respondeu a Moshê: "As filhas de Tselofchad estão certas! Esta lei está escrita na Minha Torá no
céu, exatamente como elas disseram. Dê-lhes a porção do pai em Israel - a porção dupla que ele merecia como
primogênito."
"Esta é a lei para todas as gerações: se um homem não tem filhos, suas filhas herdarão a propriedade."
D'us também disse a Moshê que aconselhasse as filhas de Tselofchad a casarem-se com membros da sua
própria tribo, a tribo de Menashê. Assim as terras herdadas permaneceriam propriedade desta tribo.
Com o passar do tempo, todas encontraram maridos dignos, se casaram e tiveram filhos. Geralmente, uma
mulher que não teve filhos antes dos quarenta anos tem mais dificuldades em tê-los depois. D'us realizou um
milagre com essas tsidcaniyot, mulheres justas, e todas foram abençoadas com filhos.
A história das filhas de Tselofchad nos mostra o quanto todas as mulheres da geração de Moshê amavam a
Terra de Israel. Por isso, D'us recompensou não apenas estas moças, mas todas as mulheres, concedendo-lhes
o mérito de entrarem na Terra Santa. Ao contrário dos homens, as mulheres da geração de Moshê não
morreram no deserto.
D'us ordenou a Moshê que ensinasse aos judeus as leis de herança que ouvira de D'us no Monte Sinai.
As leis básicas da Torá sobre heranças são:
• Os filhos do falecido dividem suas posses igualmente; o primogênito, todavia, recebe uma porção dupla.
• Se há herdeiros, as filhas não têm direito a um quinhão. Todavia, se não houver filhos, as filhas herdam as
posses do pai.
• Se não há filhos vivos, porém estes deixaram descendentes, os descendentes herdam da mesma maneira que
a descrita acima. Por exemplo, se há descendentes homens e mulheres, os homens herdam as posses do
ancestral.
• Em seguida, o parente mais próximo, primeiro o ancestral paterno; depois os irmãos paternos, então os tios
paternos, e assim por diante, são os próximos a terem direito à herança.
Moshê ascende o monte Nevo para fitar a Terra de Israel
Após Moshê bater na rocha em "Águas de Discórdia", D'us disse-lhe que ele deveria morrer no deserto; não
entraria em Israel. Mesmo assim, quando D'us falou a Moshê sobre as filhas de Tselofchad, instruiu-o: "Dê a
elas a parte que lhes cabe na terra."
Moshê refletiu: "Será que D'us quis dizer que eu darei literalmente a elas sua porção? Ele me permitirá
entrar na terra?"
"Não, Moshê," falou D'us. "Meu decreto não mudou. O que eu quis dizer é que você ajudará os judeus a
conquistar Israel fitando-a e abençoando-a."
"Ascenda o monte Nevo, e veja a terra. Depois, você se juntará aos seus antepassados através de um beijo
Divino, da mesma forma que faleceu seu irmão, Aharon."
Moshê obedeceu a ordem de D'us. Ele subiu ao topo do monte e observou as fronteiras das doze tribos,
irradiando bênçãos sobre a Terra de Israel.
D'us nomeia Yehoshua sucessor de Moshê
Ao tomar conhecimento de que as filhas de Tselofchad herdariam a propriedade de seu pai, refletiu: "Chegou
a hora de fazer meu pedido a D'us: que meus filhos herdem minha posição."
Moshê rezou: "Mestre do Universo, nomeie meu sucessor antes que eu morra. Não deixe que a comunidade
fique como um rebanho sem pastor. Gostaria que um de meus filhos tomasse meu lugar."
"D'us, sabes que o temperamento das pessoas varia imensamente - alguns ficam irados facilmente, enquanto
outros são calmos ou reservados. Dá-lhes um líder que possa dirigir cada um desses tipos com sabedoria, sem
perder a paciência com os que o provocam.
"Não apenas isso, mas ele precisa também liderar pessoalmente o exército para as batalhas; diferentemente
dos reis não-judeus, que ficam sentados em casa e enviam seus generais à luta."
O próprio Moshê liderou as guerras contra Sichon e Og; e similarmente, seu sucessor Yehoshua, cavalgou à
testa do exército na conquista de Israel. O Rei David também encabeçou cada uma de suas campanhas
militares.
Moshê continuou: "D'us, escolha um líder que se devotará a satisfazer as necessidades comunitárias com
precisão e zelo, um líder que tenha grandes méritos próprios, e que rezará pelo bem do povo."
D'us replicou: "Já escolhi o futuro líder: 'Aquele que guarda a figueira comerá seus frutos, e o que serve seu
mestre será honrado.' (Mishlê 27:18). Apesar de seus filhos serem tão sábios quanto Yehoshua, e apesar de
tampouco poderem te substituir (e já que ninguém atingiu seu nível de sabedoria, você crê que seus filhos
podem preencher sua posição tão bem quanto qualquer um); não obstante, seus filhos não são iguais a
Yehoshua em seu amor pela Torá. Yehoshua investiu cada suspiro de suas forças para adquirir sabedoria,
pois ama tanto a Torá. Sua devoção à Torá é insuperável. Agora, colherá os frutos de seu amor à Torá.
Liderará o povo judeu."
A nomeação de Yehoshua demonstra que uma pessoa não pode receber recompensa completa se meramente
acumula sabedoria em Torá. Apenas aquele que se une à Torá com grande devoção colherá os frutos.
Yehoshua era conhecido como "Yehoshua bin Nun," que significa Yehoshua, o filho de Nun.
Há uma explicação mais profunda para este nome: A palavra "Nun" em aramaico significa "peixe". Assim
como o peixe nunca abandona a água, assim Yehoshua nunca deixou a Casa de Estudos, mantendo-se imerso
nas águas da Torá.
Nosso Patriarca, Yaacov, já sabia com espírito de profecia que Yehoshua, "o peixe," descendente de Efrayim,
lideraria os judeus à Terra Santa. Deu a seus netos Menashê e Efrayim a seguinte bênção: "Que se
multipliquem na Terra como os peixes [na água]."
As palavras também podem significar: Aquele cujo nome é "peixe" - Yehoshua da tribo Efrayim - liderará os
judeus até a Terra Prometida.
D'us tinha ainda outra razão para escolher Yehoshua como líder: ele era o mais humilde dos alunos de
Moshê.
D'us disse a Moshê: "Yehoshua entra na casa de estudos cedinho pela manhã e sai tarde da noite. Ele arruma
os bancos para os professores e as cadeiras para os alunos. Como ele serviu a você com todas suas forças,
tornou-se maior que todos os outros eruditos de Torá. E será recompensado com a liderança."
D'us consolou Moshê: "Muito embora seus filhos não se tornarão líderes, Yehoshua honrará à sua família.
Ele virá até seu sobrinho Elazar, para consultar os urim vetumim."
O urim vetumim continha o sagrado nome de D'us dentro do peitoral portado pelo Sumo-sacerdote. Isso
fazia com que as letras da placa acendessem em resposta às perguntas feitas.
"Yehoshua possui todas as qualidades para tornar-se um líder. Está imbuído de espírito de profecia,
sabedoria, compreensão e temor a D'us. Não perderá a paciência se as pessoas discutirem com ele, mas sim
as guiará gentilmente com sabedoria para que enxerguem a verdade.
"Uma vez que Yehoshua ainda não atingiu seu nível de sabedoria, transfira-lhe algo de sua sabedoria. Desta
maneira, você o imbuirá da sabedoria de que necessita como líder."
D'us ordenou que Moshê invista Yehoshua com sabedoria adicional em vez de dá-la, Ele Próprio, como uma
demonstração pública de que Yehoshua era o escolhido sucessor de Moshê.
Na frente de Elazar e do San'hedrin (Tribunal Superior), Moshê pousou ambas as mãos sobre Yehoshua, e
através disso a glória de Moshê foi transferida duplamente a Yehoshua:
1. Externamente - Da mesma forma que a face de Moshê era iluminada pelos Raios da Glória da Shechiná
(Divindade), a face de Yehoshua começou a brilhar com os raios da Shechiná. O brilho de Yehoshua,
contudo, não podia ser comparado ao de Moshê; era apenas um reflexo, assim como o luar é meramente o
reflexo dos raios brilhantes do sol.
2. O ato de Moshê fez com que alguma de sua sabedoria e espírito de profecia passasse a Yehoshua. Também
nesse aspecto, Yehoshua pôde receber apenas uma diminuta fração da grandeza de Moshê.
Apesar de D'us ter dito a Moshê que colocasse a mão direita sobre Yehoshua, ele generosamente pousou ambas as mãos sobre o aluno. Nomeou Yehoshua de boa vontade, com espírito alegre e elevado, não tendo rancor algum pelo fato de que nenhum de seus filhos ou sobrinhos fossem seus sucessores.
D'us ordenou a Moshê que Yehoshua ensinasse o povo em público enquanto Moshê ainda estava vivo, para que depois ninguém pudesse reivindicar: "Yehoshua não ousaria ensinar enquanto Moshê estava vivo."
O propósito das oferendas, e por que a Torá acrescenta aqui as leis dos sacrifícios
Ao final desta parashá, são explicadas as leis dos sacrifícios diários e as oferendas adicionais (Mussaf). Por quê este assunto foi inserido aqui? Uma esposa incomodava o marido freqüentemente. Sempre que percebia que seu marido ficava aborrecido, chamava o casamenteiro, que era um cavalheiro idoso. Este costumava ir àquela casa e sempre conseguia restaurar a paz.
Quando o casamenteiro ficou mais velho e sentiu que seu fim estava próximo, convocou o marido e implorou-lhe: "Seja complacente com sua esposa! Breve não estarei mais aqui para estabelecer a paz entre vocês. Por isso, imploro que releve os defeitos de sua esposa."
O marido replicou: "Em vez de convocar-me, você deveria ter chamado minha esposa. Se você puder ensiná-la a comportar-se de maneira respeitosa comigo, não haverá necessidade de futuras reconciliações."
Similarmente, Moshê implorou ao Todo Poderoso que nomeasse um novo líder antes de seu falecimento, alguém que rezasse em prol do povo e defendesse-os se pecassem.
Disse-lhe o Todo Poderoso: "Em vez de preocupar-se com a falta de um líder aos judeus após sua morte, assegure-se de que eles Me sirvam bem. Ensine-lhes as leis dos sacrifícios Tamid. Estes sacrifícios os unirão, pois cada judeu doará uma moeda de meio-shekel para adquiri-los, e trará uma radiação e esplendor de bênção sobre eles."
D'us disse a Moshê: "Enfatize ao povo que Eu não necessito de sacrifícios. O mundo todo é Meu. Eu criei todos os animais que oferecem para Mim. Além disso, tampouco necessito de comida e bebida. Sou totalmente afastado do mundo físico e não necessito de oferendas terrenas como nutrição."
"Mesmo se Eu necessitasse de alimentos, não confiaria Meu sustento a seres cruéis." (Todos os seres
humanos são considerados cruéis, comparados a D'us, a Fonte de Misericórdia).
"Por quê, então, Eu ordenei que vocês oferecessem sacrifícios? Desejo seu doce aroma, a satisfação de que
vocês cumprem Minha mitsvá. Ao cumprirem as leis de sacrifício, vocês se unem a Mim."
D'us ordenou as oferendas diárias como Seu "pão." Isto significa que em mérito de nossos sacrifícios a Ele,
Ele nutre o mundo. Nossos presentes de alimentos abrem as fontes Celestiais de nutrição e trazem um
superávit ao mundo. Alguém que dá tsedacá (caridade) para sustentar uma alma, concomitantemente, abre
as fontes Celestiais de abundância.
Os sacrifícios diários de Tamid
D'us ordenou: "A cada manhã, os cohanim devem oferecer um cordeiro sobre o altar. Após ser abatido, o
cordeiro é completamente queimado. Deve ser acompanhado de uma oferenda de farinha (minchá) e
oferenda de vinho (nessech). Esta é a oferenda Tamid da manhã."
"Os cohanim oferecem outro cordeiro com minchá e nessech à tarde. Esta é a oferenda de Tamid da tarde".
Estas duas oferendas eram oferecidas sobre o altar todos os dias, incluindo Shabat. A comunidade pagava
pelo Tamid com moedas de meio-shekel, que eram coletadas uma vez ao ano.
O que as oferendas de Tamid nos lembram
Nosso patriarca Avraham quis sacrificar seu filho Yitschac no monte Moriyá, como D'us lhe havia
ordenado. Mas ao final ele não teve de abater seu filho como uma oferenda. Procurou por um animal para
tomar o lugar de Yitschac.
D'us tinha preparado um cordeiro numa moita próxima. Avraham o encontrou e ofereceu-o sobre o altar.
Enquanto o abatia, rezava: "Por favor, D'us, considere-o como se eu tivesse abatido meu filho." Ao queimar o
cordeiro, rezava: "Por favor, D'us, considere como se eu tivesse queimado meu filho."
Naquela época, D'us disse: "Ordenarei ao povo judeu que ofereça dois cordeiros diariamente como sacrifícios.
Assim, lembrarei o mérito do sacrifício de Yitschac e perdoarei o povo judeu por seus pecados."
O Tamid matinal reparava os pecados que os judeus tinham cometido na noite anterior. O Tamid vespertino
expiava os pecados cometidos durante o dia.
Maamadot - os enviados que permaneciam ao lado quando os sacrifícios eram oferecidos
D'us ordenou que alguém que ofereça um sacrifício esteja presente enquanto este é elevado ao altar.
Uma vez que era impossível que a nação inteira estivesse presente às oferendas dos sacrifícios comunitários, em
vez disso nomeavam-se representantes da comunidade. Os primeiros profetas, Shemuel e David, dividiram os
cohanim e levitas em vinte e quatro grupos, bem como escolheram vinte e quatro grupos de israelitas que
representavam a nação inteira. A cada semana um grupo diferente de cohanim e levitas viajava a Jerusalém para
oferecer os sacrifícios diários, e para cantar durante as oferendas, respectivamente. Representantes dos
israelitas, que moravam em Jerusalém, faziam turnos ficando de pé ao lado das oferendas diárias observando-as.
Ao mesmo tempo, grupos adicionais de representantes de cidades de todo Israel participavam dos sacrifícios
diários, reunindo-se para ler a Torá e rezar para que D'us aceitasse as oferendas.
Os sacrifícios de Mussaf
Agora a parashá explica as leis dos sacrifícios de Mussaf. O termo "Mussaf" significa "adicional". Além
dos sacrifícios diários de Tamid, a Torá ordena que sacrifícios adicionais sejam oferecidos em Shabat e
Yom Tov (Festividade).
As oferendas na atualidade
O que fazemos hoje em dia, quando não podemos trazer as oferendas Mussaf no Shabat, Rosh Chôdesh e
Yom Tov?
Temos dois substitutos:
1. Rezamos uma Amidá (oração) extra que é chamada Mussaf. Nela, mencionamos as oferendas que eram
trazidas naquele dia ao Templo Sagrado. Por exemplo, no Mussaf de Shabat, dizemos: "A oferenda Mussaf
de Shabat consiste de dois cordeiros perfeitos, com menos de um ano de idade."
Pedimos a D'us que aceite nossa oração no lugar do sacrifício de Mussaf.
2. Em Rosh Chôdesh, Pêssach, Shavuot, Rosh Hashaná, Yom Kipur, Sucot, Shemini Atsêret e Simchat Torá,
lemos passagens desta parashá que tratam do sacrifício de Mussaf do dia (em Maftir, o último a ser chamado
para a leitura da Torá). D'us aceita nossa leitura da Torá no lugar da oferenda de Mussaf.
Estamos aguardando o dia quando o Templo Sagrado será reconstruído. Então, a cada Festividade
viajaremos a Jerusalém e assistiremos aos cohanim oferecerem os sacrifícios daquele Yom Tov.
SHABAT SHALOM !!
PEDIDOS –“refuát hanefesh urefuát hagúf”
Pedimos que rezem pelo pronto restabelecimento de:
Margarida Dias da Silva
ANUNCIE AQUIVOCÊ DE CAMPINAS E REGIÃO QUE NÃO TEM ACESSO FÁCIL À ARTIGOS JUDAICOS TAIS COMO, LIVROS, TORÁ,
VINHOS, VELAS, MEZUZÓT, PERGAMINHOS, CAMISETAS COM TEMAS JUDAICOS, E OUTROS ARTIGOS RELIGIOSOS, ESTÁ FUNCIONANDO EM CAMPINAS, NA RUA GENERAL OSÓRIO 698 1º PISO (PRÓXIMO AO MERCADÃO MUNICIPAL – REGIÃO CENTRAL DE CAMPINAS) A MAIS NOVA LOJA DE ARTIGOS JUDAICOS,
“MORASHÁ”. É DO NOSSO AMIGO E COMPANHEIRO NA CAUSA ANUSSIM Shimon Melachim (Alecsandro Reis). PREÇOS ACESSÍVEIS!! CONFIRAM!! CHAZAK U’BARUCH E MAZAL TOV PELA INICIATIVA!!!
CONTATOS: (19) 3232-8121 / 8154-2339
NOTÍCIAS
A policia de fronteira de Israel está em prontidão no Aeroporto Ben Gurion, após uma manhã relativamente calma. Cerca de 200 ativistas palestinos, dos 300
que estavam na lista negra, foram impedidos de embarcar em aeronaves com destino à Israel. Mas dezenas de ativistas conseguiram chegar e, até nosso fechamento, 30 estavam detidos para serem retornados às suas origens.
(Rua Judaica)
NOTÍCIASPor uma esmagadora votação de 407 a 6, a Câmara de Representantes do Congresso Americano aprovou resolução em que prevê o corte total da ajuda
dos EUA à Autoridade Palestina no caso desta se recusar a voltar às negociações com Israel e insistir em pedir a aprovação pela ONU de um
Estado Palestino.(Rua Judaica)
- CULINÁRIA SEFARADI -COALHADA SECA COM AZEITONA
INGREDIENTES
- 1 frango de 1 1/2 kg (coxas, sobrecoxas e peito)
- 1 colher (sopa) de gengibre ralado
- 2 cebolas picadas
- 1 colher (chá) de açafrão
- 1 colher (sobremesa) de canela
- 2 colheres (sopa) de azeite de oliva
- 1 colher (sopa) de óleo de canola
- 12 ameixas secas sem caroço
- 2 colheres (sopa) de semente de gergelim
- 1 colher (chá) de cominho
- 1 colher (chá) de casca de laranja ralada
- 1 colher (chá) de coentro em grão moído
- sal e pimenta a gosto
- 1 xícara (chá) de caldo de galinha (preferencialmente feito em casa)
MODO DE PREPARO
Modo de Preparo
Tempere o frango com sal e pimenta. Core os pedaços no azeite e óleo. Reserve. Escorra a metade da gordura
que ficou na panela. Refogue a cebola nesta panela (pode ser 1 frigideira de 30 cm de diâmetro) até começar a
corar, não deixe que core. Junte todos os temperos a
cebola. Cozinhe por 2 minutos. Volte os pedaços de frango e vire-os na panela para cobrir com o molho.
Cozinhe coberto, em fogo baixo por 35 minutos, juntando caldo de galinha, se começar a secar. Junte as
ameixas e cozinhe mais 10 minutos. Sirva polvilhado com semente de gergelim torrada. Pode servir com
cuscuz marroquino misturado com grão de bico.
HUMOR JUDÁICO – KAKAKAKA... É PIADA... NÃO LEVEM TÃO À SÉRIO GENTE !!! KAKAAKAK
A OBRA DO RESGATE PELO BRASIL
Registramos aqui o contato da nossa leitora ilustre, Dona Rosimar M. Teixeira de Caruaru - Pe.
Também entrou em contato conosco Dona Idalina da nossa Associação em Campinas. Possa Ha
Kadosh Baruch Hu bendizer à todos vocês. SHABAT SHALOM PARA TODOS!!!!
A OBRA DO RESGATE PELO BRASIL
Foi realizado mais um Kabalat Shabat na residência dos queridos Iranildo Lopes (Yaacov) e Ana Lopes.
Desfrutamos de uma verdadeira festa, com um banquete preparado pela referida família e todos da
Associação Sefaradita Beit Melech de Campinas. Também nos reunirmos a na manhã de Shabat.
Celebramos Shacharit, passamos a tarde estudando e ao final celebramos a Havdaláh. Na terça feria
tivemos estudo de Ética e Cultura judaica e na quarta-feira estudamos a Parashá da semana. Possa Ha
Kadosh Baruch Hu dar Saúde, Força e União à todos nós. Shabat Shalom à todos.
ANÚNCIOSINFORMAMOS AOS LEITORES, QUE SE ENCONTRA DISPONÍVEL UMA ÓTIMA FONTE DE
PESQUISA E ESTUDOS, O SITE MEMORIAL BRASIL SEFARAD. O Memorial Brasil Sefarad nasceu
como uma organização dedicada à pesquisa, divulgação e preservação da memória dos judeus sefarditas
(judeus ibéricos) e de seus descendentes no Brasil. Mantido com recursos próprios e trabalho voluntário, o
Memorial atua em 4 campos de ação: 1) pesquisa direta; 2) fomento à pesquisa - bolsas de pesquisa; 3)
divulgação - através do site e de material impresso; 4) auxílio a comunidades de descendentes. Maiores
informações no site: www.brasilsefarad.com/joomla/
JÁ DEVERIA TER POSTADO HÁ MAIS TEMPO, MAS NUNCA É TARDE. SEGUE UM IMPORTANTÍSSIMO SITE ONDE
ENCONTRAMOS TODOS OS PRODUTOS QUE SÃO AUTORIZADOS AO NOSSO CONSUMO E USO, COM
AUTORIZAÇÃO DO BEIT DIN .
http://www.bdk.com.br/default.aspx
O PORTAL AMAZÔNIA JUDAICA ESTÁ DE VOLTA!!! NOVO SITE, NOVO VISUAL, MUITAS
NOVIDADES, VENHA CONHECER E DESFRUTAR!!! ACESSEM: www.amazoniajudaica.org
PRESENTEI AMIGOS E PARENTES COM A MAIS NOVA HAGADÁ DE PESSACH
SEFARADI. ENTRE AGORA NO SITE!!!
Resposta à proposta.
Shalom Rav para todos !
É do conhecimento de todos que na última edição deste periódico, foi publicada uma proposta para tentar
solucionar o caso “benei anussim” do Brasil. Acho muito interessante que várias pessoas, quando ligam para
mim, ou quando conversam comigo através de chat ou e-mail, sempre se queixam querendo alguém para
resolver todos os seus problemas. O mais engraçado ainda é notar que na hora do vamos ver, pouquíssimas
são as pessoas que se manifestam para poder realizar algo efetivo para a situação dos benei anussim do Brasil.
Sinceramente não sei o que a maioria pensam, mas uma coisa é certa: Enquanto não pararmos de olhar para
o nosso próprio umbigo e vermos o coletivo, nada será feito. As coisas não caem do céu. Rabi Hilel há
milhares de anos já nos ensinava: ... “Se não for agora, QUANDO”?
Das mais de 140 pessoas que recebem o HA – LAPID BRASIL, infelizmente somente as seguintes pessoas se
manifestaram com o desejo de se engajarem na proposta: Gideone Santos de São Paulo, Jaqueline Cardoso
Amorim representando a Comunidade do Varjão, a AMBIV, em Brasília, Nilton Portela de Recife e Rosimar
Martins Teixeira de Caruaru. Além o autor da proposta, o Guilherme Neto, eu e outra pessoa que prefere não
se identificar, de Campinas. Ou seja, somente 7 pessoas ao todo.
Para a nossa tristeza, por motivos óbvios, infelizmente as 7 pessoas mesmo com toda boa vontade do mundo,
não conseguiriam arcar com a metade dos custeios de um Rabino da Shavei Israel.
Acho que o dito “cada um por sí e D’us por todos”, cabe perfeitamente para retratar o que se passa com todos
os anussim (ou pelo menos a grande maioria de nós) do Brasil.
Sinceramente não sei mais o que posso fazer para tentar ajudar os que realmente precisam.
Quanto à mim, continuarei fazendo o meu trabalho com o HA – LAPID BRASIL, que tenho plena consciência
de que também não é nada para uma boa parcela dos que recebem. Mas, enquanto tiver 1 que seja, pedindo,
valorizando, continuarei lutando, mas profundamente desencantado com a maioria que só fazem na verdade é
muito barulho!!! Mais uma vez obrigado Guilherme Neto, ao Sr Nilto Portela e todos pela força e idéia.
Tiago da Rocha Sales (Ia’aqob Tsur)
HA –LAPID BRASIL
É um periódico semanal nascido na Associação Morashá Benei Ia’aqob do Varjão, Brasília, tendo como idealizador o Srº Elias José Lourenço de Israel. É distribuído entre as comunidades judaicas, instituições e amigos desta causa.
Contatos, dúvidas e idéias: [email protected] ou [email protected]
Web: www.ha-lapidbrasil.com.br