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Não me pergunte quem sou, nem me diga para permanecer o mesmo. Michel Foucault.
Apresentação musical de uma família
indígena em uma praça de Porto Alegre.
Nada sei dessa vidaVivo sem saber
Nunca soube, nada sabereiSigo sem saber...
Que lugar me pertenceQue eu possa abandonar.
Kid Abelha (Nada sei)
O que me chama atenção é o desprezo que as pessoas demonstram em relação ao povo indígena. Passavam em frente deles e não os viam. Para mim eles não são invisíveis, possuem um lugar sim e sabem muito dessa vida, já que possuem sua própria cultura. Infelizmente ainda precisam abandonar “seu lugar” pois o homem “branco” o está invadindo, destruindo com sua “civilidade” e “democracia”.
Não suportamos que o outro seja algo diferente daquilo que representamos. Não permitimos que o outro seja outro. ( Pereira, V. M. Tolerância na cidade. p. 06. 2002)
Rapaz passeando no centro de Jaguarão
com traje típico gaúcho.
“Cercas, muros, grupos, hábitos, todos confinados
em uma espécie deisolamento subjetivo que
dá uma sensação de particularismo, que cria a ilusão de um totalismo de
si”. ( Pereira, V. M. Tolerância
na cidade. p. 04. 2002).
Se queres paz, te prepara para a guerra!
Hora do mergulho (Engenheiros do Hawaii)
Apresentação dos militares em blindados do 12 RCMEC
de Jaguarão, em frente a Igreja católica.
Duas instituições de poder: a igreja e o quartel.
Aparentemente com ideologias distintas, mas
segundo Foucault que docilizam corpos, impondo
regras de conduta, punindo o que está fora do padrão do normal e aceitável! Ambas
“pregam” a paz!
Família, família, papai, mamãe, vovô, titia, família, família, almoça junto todo dia, nunca perde essa mania.
Titãs
E, como estamosencharcados de uma moral prática, maniqueísta, sempre
julgando tudo que nos cruza o caminho, costumamosfazer mais esse juízo de valor e estabelecer que os
outros são bons ou ruins, são do-bem ou do-mal. ( Pereira, V. M. Tolerância na cidade. p. 04. 2002).
O que nos gruda não é a casa, mas o sobrenome. Não é o lugar de trabalho, mas são as teorias que a gente defende, o partido que a gente prefere, a categoria a que pertence, a religião que pratica, as crenças que tem. É o
gênero de música que a gente gosta, o sexo daquele com quem se faz sexo. Se é dos que vão ao Laranjal, dos que vão ao Cassino, ao Barro Duro ou a Punta.
Nos juntam a preferência pelo mesmo time, pelo mesmo artista ou pelo mesmo tipo de festa que se vai. É a cor que a gente usa, o site de chat que a
gente freqüenta. Todos são territórios incorporais. Não são lugares. São posições. Posições ( Pereira, V. M. Tolerância na cidade. p. 03. 2002).
Adesivo de gremistas e colorados
Ponte Mauá dividindo o Brasil Jaguarão do Uruguai Rio Branco.
Mas a meu ver é uma divisão geográfica, já que em ambos os lados se fala Português e Espanhol, a moeda utilizada é o real, peso e o dólar, os free shops estão “lotados” de brasileiros e uruguaios trabalhando e consumindo. É um hibridismo, uma
interação, uma relação de amizade, troca de cultura, costumes, músicas, comidas, temperos,
etc.
Tem-se, cotidianamente, toda uma transição de saberes entre as
pessoas. E esse trânsito de saberesgera espaços de saber, sendo a dinâmica desse espaço do saber
absolutamente contextual, localizada,
singular, própria daquela coletividade onde emergiu. Hoje os
saberes estão em fluxos, geram espaços singulares e novos
dispositivos tecnológicos. Que dispositivos seriam estes? São
humanos, tecnológicos, lembranças, sons... como
seriam essas novas formas de relação com os saberes? Onde e
como as transformações acontecem? Os
saberes transformam-se e estão sendo produzidos a todo o instante.
(Sperotto, I. R. As tecnologias de comunicação e informação:
dispositivos Híbridos a constituir subjetividades. p. 02).
“Uso a metáfora da “viagem” como um mote de inquietação, de desencontro,
uma vez que paraperseguir as trilhas das vicissitudes
da educação. Por que estou afirmando isto? Porque numa viagem há um
ponto de partida, um ponto de chegada, um início, um fim ou um
retorno ao mesmo lugar – a gente vai e
volta. Pode-se fazer e refazer o mesmo percurso de uma viagem várias vezes durante a vida; porém, cada vezque isso acontece, ele será diferente
porque as condições de vida de uma pessoa variam, de acordo com o seu
estado afetivo, a idade, o modo como se desloca, as condições climáticas,
entre outras”.(Sperotto, I. R. As tecnologias de
comunicação e informação: dispositivos Híbridos a constituir
subjetividades. p. 04)
Operação militar realizada na fronteira do Brasil (Jaguarão) e Uruguai (Rio Branco).
●O cuidado deve ser redobrado nas fronteiras, porque além da troca das culturas, existe a passagem de produtos ilícitos, tais como drogas e contrabando.
●Operação integrada entre os exércitos, uruguaio e brasileiro.
Destaca-se o “ papel da fronteira como região e / ouzona fronteiriça, que caracteriza, bem à moda Schlee, esta área fímbria comoum espaço de circulação, que compreende um e outro lado da linha divisória.”
(Silva, da. F. A. Dissertação de mestrado. p.14. ALDYR SCHLEE E O ENTRELUGAR:
A QUESTÃO DA FRONTEIRA EM UMA TERRA SÓ. 2010. Disponível em: http://coralx.ufsm.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2983.
Acesso em 09 jun. 2011.
Operação Fronteira Sul, onde os militares brasileiros e uruguaios se unem para a fiscalização na fronteira.
Bem diferente de anos atrás, quando eram inimigos por conta de
domínio de território.
Em cima das águas, o território é uruguaio ou brasileiro?
“Definir limites, enterrar palanques, levantar cercas, aramados, erguermuros, tapumes, construir mangueiras, edificar moradias, compartir aposentos– demarcar fronteiras – apossar-se. Todas estas atividades denunciam uma
escolha e uma renúncia.” ( Silva, da. F. A. Dissertação de mestrado. p.15. ALDYR SCHLEE E O ENTRELUGAR:
A QUESTÃO DA FRONTEIRA EM UMA TERRA SÓ. 2010. Disponível em:http://coralx.ufsm.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2983.Acesso em 09.
jun. 2011.
Ação Cívico – Social:Militares do 12
Rcmec de Jaguarão prestando serviços em ação conjunta com a Santa Casa para a comunidade
Jaguarense.
Integração entre as crianças e as forças armadas. A meu ver, além da ação cívico e social, existe outro objetivo, o de
mostrar especificamente aos meninos (futuros soldados, já que no Brasil o alistamento militar é obrigatório)as armas, blindados e tarefas que
um militar desenvolve.
Motofest, evento realizado anualmente no mês de Janeiro na cidade de Jaguarão, atraindo motoqueiros de vários estados do Brasil e de vários
municípios do Uruguais, como Punta Del Leste, Mello, Trinta y três, Rio Branco, entre outros.
Ponte Mauá, dividindo, separando, interligando, aproximando (depende do ponto de vista) duas culturas distintas.
Uma coisa é certa, de ambos os lados, a pesca é muito comum.
O rio que separa dois países, duas culturas distintas, duas línguas.
“uma linha estrema que define até ondevai o que é nosso e o que passa à pertença do outro.” ( Silva, da. F. A.
Dissertação de mestrado. p.15. ALDYR SCHLEE E O ENTRELUGAR:A QUESTÃO DA FRONTEIRA EM UMA TERRA SÓ. 2010. Disponível em:
http://coralx.ufsm.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2983.Acesso em 09. jun. 2011.
Barco no rio (lado brasileiro).
BARQUEIRO, BARQUEIRO
DO MEU RIO JAGUARÃO
NO IMPULSO DA TAQUARA
LEVAS À TEUS FILHOS O PÃO... música de Hélio Ramirez – barqueiro do
Jaguarão
Gato de estimação de um dos motoqueiros do motofest 2010.
Ele “encarnou” o espírito do evento! Gatinho malvado e assustador!
Ponte Mauá, ao mesmo tempo que separa culturas brasileiras e uruguaias, une os povos que são atraídos pelos Free Shops.