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MAR-ME-QUER MIA COUTO
Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Literaturas de Língua Portuguesa
Curso de Línguas e Humanidades12º ano
Com a docente: Isabel Cosmee as alunas: Ana João e Cátia Silva
Curiosidades: Foi denominado “Mia”
devido ao seu irmão não conseguir
dizer "Emílio". Segundo o próprio autor,
a utilização deste apelido tem,
também, a ver com a sua paixão pelos
gatos – desde a infância dizia aos seus
familiares que queria ser um deles.
MIA
COUTO Dados biográficos:
Nome: António Emílio Leite Couto (Mia
Couto)
Nascimento: 5 de Julho de 1955, em
Beira, Sofala, Moçambique
Ocupações: escritor e biólogo na área
de estudos de impacto ambiental
OBRAS
ANÁLISE DA OBRA
TÍTULO
O título Mar me quer não é apenas uma variação poética dos
versos “bem-me-quer, mal-me-quer”, com os quais as moças
costumam indagar ao destino a verdade de um possível
amor. A formulação insere na obra, já desde o início, a força
do desejo que reconstrói mundos. Assim como o mar quer a
terra e a busca em infinitos e entrecortados abraços, da
mesma forma se coloca o desejo do homem pela mulher;
também de completude é a relação de luz e sombra ou, se
quisermos, razão e intuição.
http://www.fflch.usp.br/dlcv/posgraduacao/ecl/pdf/via02/via02_21.p
df
TEMPO
Não há uma referência temporal específica presente na
obra, apenas pequenas indicações que nos permitem
perceber a passagem do tempo ou, então, constantes
analepses que nos remetem às memórias da vida
passada das personagens.
Litoral de Moçambique; casas de Zeca e Luarmina, mais
especificamente a varanda dela.
ESPAÇO
NARRADOR
Presença
Autodiegético: o
narrador é uma das
principais
personagens da
história.
Focalização
Interna: o narrador
contempla as personagens
que criou e traça a sua análise
do exterior para o interior (é a
própria personagem que dá a
conhecer o seu estado de
espírito e sentimentos)
LINGUAGEM
Vocabulário simples e
acessível
Registo de língua,
maioritariamente, corrente
e popular
A linguagem oral está
presente ao longo de toda
a obra, marcada,
principalmente, pelo uso de
frases proverbiais e pela
utilização de
“moçambicanismos”, como
concho, xiculunguelavam,
suca, famba…
LINGUAGEM A inovação lexical produzida por
Mia Couto não vem alterar as
normas e regras de
funcionamento da Língua. Por
outro lado, recria, faz nascer
palavras e significados que vêm
provar que a Língua Portuguesa
está em constante alteração e
evolução, uma vez que, ao
serem criados novos vocábulos,
demonstra-se que a Língua
possui uma diversidade
inúmera de combinações não
exploradas e que, a algumas
delas, não estamos ainda
sensíveis.
http://www.ii.ua.pt/cidlc/gcl/
Adjectivação
“A gorda Luarmina”
“já foi bela”
“Luarmina, gorda e engordurada”
Comparação
“Ela se afasta, pesada como pelicano.”
“Minha vizinha reclama não haver homem com miolo tão miúdo como
eu.”
Estes dois recursos, remetem-nos para as características das duas
personagens. Luarmina é, principalmente, caracterizada como uma
mulher gorda, na opinião de Zeca; e ele como um homem sem juízo, na
opinião dela.
RECURSOS ESTILÍSTICOS
Interrogação Retórica
“Será que são mentiras? Se eu, que não testemunhei o que eu
próprio relato, me acabo acreditando?”
A interrogação retórica mostra-nos a incerteza do passado de
Zeca, que a pedido de Luarmina, vai sendo revelado aos poucos.
Personificação
“O mar é que tem culpas”
“[o arco-íris] tem o serviço só de fantasiar, de ensinar o céu a
sonhar”
A personificação demonstra a importância de alguns elementos da
Natureza no desenrolar da acção. Por exemplo, o mar foi sempre
algo que influenciou a vida de todas as personagens, tornando-se
um foco central das suas memórias e diálogos.
RECURSOS ESTILÍSTICOS
A realização deste trabalho foi muito enriquecedora
para nós, pois permitiu-nos conhecer mais um escritor
moçambicano, Mia Couto, do qual nunca tínhamos lido
uma obra.
Descobrimos, também, que uma história pode ser
muito simples, mas, ao mesmo tempo, fazer-nos reflectir
sobre valores fundamentais na vida humana, como o
amor e o facto de o aproveitarmos, de desistirmos dele
ou de termos esperança e começarmos de novo.
Zeca refere, mesmo, que “estamos morrendo a partir
do momento em que não mais nos apaixonamos”.
Reflexão
Questionário
A ACÇÃO TEM LUGAR…
No litoral de Angola, na casa das personagens principais.
No interior de Moçambique, numa praça. No litoral de Moçambique, na casa das personagens
principais.
Uma analepse Uma anáfora Uma prolepse
A HISTÓRIA DE AGUALBERTO SALVO-ERRO CONSTITUI…
A ACÇÃO TEM LUGAR…
No litoral de Angola, na casa das personagens principais.
No interior de Moçambique, numa praça. No litoral de Moçambique, na casa das personagens
principais.
Uma analepse Uma anáfora Uma prolepse
A HISTÓRIA DE AGUALBERTO SALVO-ERRO CONSTITUI…
O NARRADOR… Apenas narra a história, sem nela participar. Apresenta-se como a personagem principal. Participa, mas não é considerado personagem de
grande relevo.
Simples e acessível, sem grandes novidades lexicais
Simples e acessível, apresentando algumas incorrecções a nível linguístico
Simples e acessível, recorrendo a inúmeras inovações e recriações do léxico
A LINGUAGEM DA OBRA É CONSIDERADA…
O NARRADOR…
Apenas narra a história, sem nela participar. Apresenta-se como a personagem principal. Participa, mas não é considerado personagem de
grande relevo.
Simples e acessível, sem grandes novidades lexicais
Simples e acessível, apresentando algumas incorrecções a nível linguístico
Simples e acessível, recorrendo a inúmeras inovações e recriações do léxico
A LINGUAGEM DA OBRA É CONSIDERADA…
FIM
Nota: imagens retiradas da obra “Mar-me-quer”, de Mia Couto e do motor de busca Google.