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Antropofagia:
A apropriação cultural da literatura à música.
BATISTA, Robson ; EVANGELISTA, Gisélia; MACEDO, Carolina1; CHIOSSI, Eliana Mara2.
1 Graduandos do Curso de Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades da UFBA2 Professora. Doutora, Orientadora e Docente da UFBA
Introdução
Objetivo
Antropofagia na literatura e na
música
O Manifesto Antropófago
O Abaporu
O movimento antropofágico, desenvolvido em 1928,
em torno do quadro Abaporu, de Tarsila do Amaral
suscita até hoje contradição em interpretações.
No mesmo ano foi fundado o Clube de Antropofagia,
juntamente com a Revista de Antropofagia, na qual é
publicado o Manifesto Antropófago escrito por Oswald
de Andrade. Este manifesto torna-se o cerne teórico do
movimento nascente. Com frases de impacto, o texto
reelabora o conceito eurocêntrico e negativo de
antropofagia como metáfora de um processo crítico de
formação da cultura brasileira. Se para o europeu
civilizado o homem americano era selvagem e inferior,
pela prática do canibalismo, na visão dos participantes
do movimento era exatamente a índole canibal que
permitiria, no campo da cultura, a assimilação crítica
das idéias e modelos europeus.
Abordar como a Antropofagia, movimento iniciado em
1928, insidiu sobre os diversos campos da cultura e
influencia até hoje o processo histórico da cultura
brasileira.
Quando em dia 11 de janeiro de 1928, Tarsila do
Amaral oferece a Oswald de Andrade, como presente
de aniversário, uma de suas pinturas, batizada de
Abaporu não imaginava que viria a ser a propulsora
de uma formulação teóricas sobre a natureza
específica da arte moderna brasileira. A pintura, um
estranho homem, de pés enormes fincados na terra,
com uma pequena cabeça apoiada em uma das mãos,
cercado por um ambiente seco, céu azul, o sol e um
cacto verde, levou Raul Bopp indagar a Oswald
"Vamos fazer um movimento em torno desse quadro?
“Só a antropofagia nos une [...] Só interessa o que não
é meu. Lei do homem. Lei do antropófago“
Oswald de Andrade, ao cunhar o conceito de
antropofagia, propunha a “reabilitação do primitivo”
no homem civilizado, dando ênfase ao mau selvagem,
devorador da cultura alheia, transformando-a em
algo genuinamente nacional.
REFERÊNCIAS
MUNDY, J. Canibalismo de Outono, In: XVIII Bienal de São Paulo, 1998, pg. 258. Tradução: Izabel
Murat Burbridge.
http://www.ufscar.br/rua/site/?p=965. Acesso em 10 mai 2010
http://artesudo.blogspot.com/ Acesso em 11 maio 2010
http://www.rabisco.com.br/75/gosto.htm Acesso em: 12 maio 2010
Escrito em 1928, por
Mário de Andrade, o
romance representa o
multiculturalismo
brasileiro.
“Vamos comer Caetano
Vamos devorá-lo
Degluti-lo, mastigá-lo
Vamos lamber a língua”
( Adriana Calcanhoto)