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FACULDADE DE BELÉM – FABEL
CURSO DE DIREITO
Alana Sassim
Indira Moura
João Victor Rossy
Lucas Padilha
Marcinele Bentes Guzzo
Rosa Lavor
Yarima Cruz
Constituição Federativa do Brasil:
Análise do Artigo 5º, incisos XXVIII ao XXXVI
Belém - Pará
2013
1
FACULDADE DE BELÉM – FABEL
CURSO DE DIREITO
Constituição Federativa do Brasil:
Análise do Artigo 5º, incisos XXVIII ao XXXVI
O trabalho apresentado ao Curso de Direito, da Faculdade de Belém – FABEL, da Turma 3DIV1, para avaliação parcial do 1º NPC, referente a análise dos incisos XXVIII ao XXXVI do Artigo 5º da Constituição Federativa do Brasil, da disciplina de Direito Constitucional II,ministrada pela Professora Eliana Franco Teixeira.
Belém - Pará
2013
2
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................04
2. ARTIGO 5º......................................................................................................................05
2.1 Inciso XXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a
lei, assegurados..............................................................................................................05
2.2 Inciso XXIX. - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal.............................................................................................................06
2.3 Inciso XXX - é garantido o direito de herança................................................................11
2.3.1 Direito de Herança.......................................................................................................11
2.3.2 Direito dos Filhos.........................................................................................................11
2.3.3 Direito de Sucessão....................................................................................................12
2.3.4 Herança.......................................................................................................................12
2.3.5 Tipos de Herdeiros......................................................................................................13
2.3.5.1 Herdeiros Legítimos.................................................................................................13
2.3.5.2 Herdeiros Necessários.............................................................................................13
2.3.6 Herança Jacente.........................................................................................................13
2.3.7 Herança Vacante........................................................................................................14
2.4. Inciso XXXII – Direito do Consumidor...........................................................................14
2.5. Inciso XXXIII – Acesso as informações de interesse particular e de interesse geral....14
2.6. Inciso XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de
taxas..............................................................................................................................16
2.7. Inciso XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça
a direito..........................................................................................................................16
3. CONCLUSÃO.................................................................................................................20
4. BIBLIOGRAFIA...............................................................................................................22
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1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho parte de uma análise dos incisos XXVIII ao XXXVI do Artigo 5º
da Constituição Federativa do Brasil.
Utilizou-se como ferramenta para o referido trabalho pesquisa bibliográfica,
consultas em sites e a Constituição Federativa do Brasil atualizada, assim como reflexão e
análise de casos referentes aos incisos para melhor entendimento.
Nos primeiros incisos percebe-se que a Constituição Federal é clara ao assegurar a
proteção a participações individuais e coletivas nas atividades esportivas. Enfoca-se que
no momento em que o autor cria uma obra, nasce com ela o seu direito autoral, o qual está
regulado pela Lei 9.610/98.
No Artigo 5º em seu inciso XXIX a lei vem assegurar aos autores de inventos
industriais privilégio temporário para sua utilização, enfatizando os aspectos da tecnologia
de software.
No Direito de herança ressalta-se a reforma do Código Civil de 2002, referendando
o Direito de herança descrito no inciso XXX, onde houve apenas mudanças nos requisitos
que cada classe de herdeiros deve preencher para receber a sua cota e nos percentuais a
serem divididos. O cônjuge passou a ser herdeiro necessário juntamente com os
ascendentes.
O Direito do Consumidor é outro enfoque no presente trabalho, o qual consta no
inciso XXXII do Artigo 5º, sendo necessário realizar uma análise do Código do
Consumidor, Lei 8.078/90 diploma que regula os conceitos do consumidor, de produto ou
serviço e, principalmente de relação de consumo.
No inciso XXXIII é notável a importância que todo indivíduo tem o direito da saber
sobre si ou sobre interesse social, daquilo que o Estado tem ou sabe sobre a pessoa, o
qual vem ser reforçado no inciso XXXIV, citando que são todos assegurados,
independente do pagamento de taxas: direito de petição aos Poderes Públicos em defesa
de direito ou contra ilegalidade ou abuso de poder e, a obtenção de certidões em
repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse
pessoal.
Os incisos XXXV e XXXVI finalizam o presente trabalho, sendo de suma importância
análise através de exemplos para melhor entendimento, pois o primeiro relata que a lei não
excluíra da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito e o segundo,
descreve que a lei do Direito adquirido do Ato Jurídico e da coisa Julgada.
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2. Artigo 5º
2.1 Inciso XXVIII - é garantido o direito de herança
A Constituição Federal estatui em seu artigo 5º, inciso XXVIII, o seguinte: "São
assegurados, nos termos da lei: a) a proteção às participações individuais em obras
coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas.
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que
participarem aos criadores, aos interpretes e as respectivas representações sindicais e
associativas". Proteção do direito de arena Direito de arena = Obras coletivas Estritamente
legal.
-Fiscalização do direito autoral (ECAD)
-É o direito essencial: fiscalização
- O Supremo diz que só o ECAD poderá fazer as fiscalizações
1. XXVIII – são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da
imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de
que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações
sindicais e associativas;
A proteção positivada na alínea “a” recai sobre: 1) participações de autores em obras
coletivas, no chamado direito de arena; 2) a reprodução da imagem autoral; 3) vozes
humanas, inclusive de apresentadores, locutores, radialistas, e todos aqueles que
trabalham em atividades desportivas. A norma “busca proteger os participantes de obras
coletivas, como as novelas e outros programas televisivos, contra a reprodução sem
controle e não remunerada”.
A alínea “b” volta-se à proteção e fiscalização dos direitos acima mencionados. O STF
fixou entendimento de que assiste às associações de defesa dos direitos autorais o direito
de substituição de seus afiliados. Decidiu, também, que compete exclusivamente ao ECAD
(Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) a gestão coletiva da arrecadação e da
distribuição extrajudicial dos direitos patrimoniais decorrentes da autoria.
No momento em que o autor cria uma obra, nasce com ela o seu direito autoral, regulado
pela Lei n° 9.610/98, o qual é formado pelo direito moral, caracterizado pelo direito de ter o
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Autor o seu nome ou pseudônimo na criação, e, pelo direito patrimonial, que é a
possibilidade de auferir benefícios econômicos da obra criada.
O direito autoral é a propriedade do autor sobre a sua obra, sendo que somente as
pessoas físicas podem ser autoras, as empresas (pessoas jurídicas) podem ter somente a
titularidade sobre a obra, ou seja, o poder de exploração econômica.
A Lei dos Direitos do Autor protege as obras intelectuais, que conforme o seu artigo
7º são aquelas que podem ser “expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer
suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que venha a ser inventado”. Nesse sentido,
não é levado em consideração aonde a obra venha a ser fixada, podendo ser em qualquer
meio, existente ou que venha a existir. A lei protege, assim, a criação do espírito, não
importando onde ela será fixada.
Assim, tem-se a possibilidade da existência de obras multimídia, em co-autoria,
obras coletivas e aquelas realizadas sob encomenda. Quando há a participação de mais
de um autor no processo criativo da obra multimídia, pode-se falar que se trata da co-
autoria, recebendo ambos os autores, de forma igualitária, os direitos atinentes a ela.
Quando a obra é realizada mediante a iniciativa, organização e responsabilidade de
pessoa física ou jurídica, que a publica sob seu nome ou marca e é constituída pela
participação de diferentes autores, cujas contribuições se fundem em uma criação
autônoma, trata-se da obra coletiva (artigo 17 da Lei nº 9.610/1998 e artigo 5º, inciso
XXVIII, alínea “a” da Constituição Federal que assegura a participação individual em obra
coletiva).
2.2 Inciso XXIX
A lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua
utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos
nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o
desenvolvimento tecnológico e econômico do País;]
Para contextualizar a importância deste no cenário jurídico brasileiro, dentro de
inventos industriais foi escolhido o ramo específico de software. Este texto estudo principia
com uma noção constitucional legal do que são inventos industriais, em seguida com o
exame do ramo de software e rematando com uma análise geral da importância da
valorização de um inventor na área proposta. Aqui, a acepção de invenção é a que pode
ser industrializada, não sendo o mesmo que achar a coisa perdida, obra em que nada há
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de criação, nem, sequer, o de criar aparelho, ou processo, que se possa considerar de
mérito para a civilização. O ato de inventar, de onde surgem os direitos concernentes às
invenções, entra no mundo jurídico como ato-fato jurídico, à semelhança do ato e criação
literária, artística ou científica. Podem criar o absolutamente incapaz e o relativamente
incapaz, logo a invenção do louco é patenteável da mesma forma que a do surdo-mudo.
Inicialmente deve se tratar de invenção, e não de descoberta, pois a descoberta revela
apenas o que ainda não se conhecia. Quem inventa oferece ao mundo meio para se
chegar a novas aplicações ou objetos utilizáveis, ou ao próprio objeto. Toda descoberta
permanece no campo da teoria, ainda quando se trate de sorção da técnica na natureza.
Se a descoberta é tal que envolve revelação de processo novo ou de aplicação nova, é
preciso que se invente essa utilizabilidade do processo ou da aplicação.
Numa leitura reversa do texto constitucional a partir da lei ordinária, constatamos
que o conteúdo desse preceito é substanciado de tal forma que protege a criação de um
novo recurso para um problema técnico de proveito industrial, seja ela invenção, seja outro
tipo de solução, tal como a determinada por modelo de utilidade. Nessa leitura, que resulta
do artigo 10 da Lei 9.279/96*, que regula direitos e obrigações à propriedade industrial, a
proteção se volta para uma intervenção humana na natureza que dá origem a uma solução
técnica para um problema técnico. Sobre as patentes a que se reconhece tal atributo, o
direito subjetivo constitucional à obtenção de uma patente é reservada como contrapartida
à atividade dos inventores, isto é, procede do fato de uma criação classificável como
invenção. Desde a nossa primeira Constituição (Constituição Brasileira de 1824) usavam-
se as expressões produções ou descobertas para designar o resultado da criação dos
inventores. De acordo com a história do Brasil, sempre foi reservada a atividade de
transformação concreta do existente a previsão constitucional de uma patente. A noção de
“invento” surgiu, em texto constitucional, a partir da Carta de 1891, decidindo que esta
invenção deverá ter utilidade industrial e ser dotada de presteza inventiva, além de ser
necessariamente novo.
Em particular as patentes ditas de softwares, que são atualmente uma importante
esfera da indústria de tecnologia de informação, vale ressaltar que se tornou o setor
predominante na última década. Desde então a questão da propriedade intelectual no
software se tornou crucial para as invenções ligadas a ele, porém não é bem
compreendida. Uma das conclusões das pesquisas sobre a economia dos direitos de
propriedade intelectual consiste na garantia da proteção de invenções “fáceis” apenas por
um curto intervalo de tempo, sendo a maioria pequena e incremental no caso do software.
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Vale enfatizar a confusão generalizada quanto aos aspectos da tecnologia de software que
podem ser patenteados e a extensão dos direitos conferidos nos direitos autorais. Há
tendência à realização de julgamentos confusos ou contraditórios pelo jurídico e os
estabelecimentos de patente, demonstrando uma das questões mais inquietantes no que
diz respeito aos direitos de propriedade intelectual, pois este nada mais é que um contrato
entre a sociedade, os inventores e os autores para promover ciência e artes úteis por meio
da divulgação. É uma troca econômica entre o benefício social e os incentivos privados.
Direitos de monopólio são garantidos desde que o bem público, que incluem pesquisa e
desenvolvimento, não seja produzido sem incentivos. O critério econômico é que o custo
marginal da melhor proteção deve ser igual o benefício marginal da sociedade.
Patentes conferem ao dono o direito exclusivo de usar uma invenção por um
específico período de tempo. A prerrogativa é do proprietário da patente, apesar de
poderem ser licenciadas por outros. Vale contrastar o alto custo e a burocracia envolvidos
na patente, em relação à obtenção do registro de direitos autorais. Para software, é direto
e rápido. Caso ocorra uma disputa, é responsabilidade do proprietário dos direitos autorais
de provar que o acusado copiou o trabalho do proprietário.
À medida que mais pessoas se tornam envolvidas no desenvolvimento de software,
a posse de patentes ajuda na posição de negociação de uma empresa, tanto
defensivamente, quanto ofensivamente. Outra razão para o interesse na obtenção da
proteção dos software tem sido a crescente parcela dos custos do software no custo total
do sistema. Como esse determina a facilidade com que um computador pode ser usado,
se tornou recentemente um fator determinante na escolha entre produtos de hardware
concorrentes. Esses fatos ocasionam um incremento na atratividade de possuir patentes,
que estão se tornando mais importantes no Brasil.
Um importante aspecto do software é a sua evolução incremental ao longo do
tempo, a qual não é necessariamente substancial ou fundamental para resultar em um
produto melhor. Vale enfatizar o dinamismo tecnológico e rápido ritmo de mudança do
software. Apesar de não ser prático e nem apropriado que cada um desses avanços seja
patenteado, se o inventor não patentear por ser uma invenção óbvia, corre o risco de
futuramente outra pessoa patentear a técnica. Também é característico do software a
comum e independente reinvenção de vários conceitos, o que torna o processo de
patentear extremamente doloroso.
O artigo que estamos criticando reconhece que a política do patenteamento de
produtos pressupõe que os inventos industriais são preciosos e que ao inventor tem que
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ser concedido um privilégio exclusivo como um encorajamento para superar a dificuldade e
a árdua tarefa de inventar. Essa política não é suficientemente apropriada para o software,
visto que seu verdadeiro desafio em software reside na composição de várias técnicas
individuais, tendo em conta as suas várias interações, no desenvolvimento de um produto.
Um software de sistema geralmente possui como componentes uma função programa,
visando dominar algoritmos, um programa de interface, que abrange os formatos de
arquivos, a interface do programa de aplicação, protocolos de comunicação e
especificações, uma interface do usuário que aborda linguagens de programa e de
comando, multimídia e design ornamental, além do código de programa em si, tanto em
forma de texto ou binário. Esses vários componentes possuem diferentes formas de
proteção de direitos de propriedade intelectual, pois são ou costume ou idealmente
apropriada a eles.
Quanto ao que se pode ser patenteado, algoritmos matemáticos não são permitidos.
O software de patentes não abarca apenas um algoritmo, já que a reivindicação de uma
patente descreve uma combinação de certos passos de elementos. Às vezes, uma patente
abrange tantos algoritmos relacionados que por um propósito prático envolve todas as
possíveis maneiras de produzir dado resultado, além de geralmente ser incluída uma
afirmação sobre o propósito do software. Muitas patentes “óbvias” são emitidas, o que
contrasta entre o que acontece na prática e na teoria, já que o sistema de patentes não
prevê a garantia de patentes consideradas óbvias. Contudo, o padrão de obviedade
aplicado em outros campos é considerado inadequado para o software, devido à facilidade
com que muitas invenções são descobertas independentemente. Portanto, considera-se
válida uma discussão visando o requerimento de um período mais curto de proteção.
Os impactos do direito de propriedade internacional nos países em desenvolvimento
como o Brasil não são dos mais positivos. Tendo em vista que o uso eficiente de recursos
determina muitos aspectos da vida de um país, ao se analisar a taxa de crescimento da
economia, sustentabilidade, carga de poluição, competitividade internacional e balança
comercial do Brasil, é visível uma deficiência nessa área de utilização de recursos. A carga
de poluição aumenta de forma alarmante e o crescimento sustentável da economia está
em dúvida devido à destruição natural da fertilidade do solo através de inundações,
desertificação, monocultura e mau uso da água do solo. O caminho para solucionar ou ao
menos diminuir estes problemas está no crescimento da tecnologia da informação, o que
possibilitaria um uso mais eficiente dos recursos. Porém com o direito de propriedade isto
é dificultado, pois ele aumenta a proteção das patentes, que na maioria dos casos
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pertencem aos países desenvolvidos. Sendo assim, embora seja reconhecido que a
inovação tecnológica, a ciência e a atividade criadora conduzam ao bem estar e progresso,
as promessas e esperanças do século passado, e deste século, não se materializaram nos
países em desenvolvimento. Pelo contrário, continua a aumentar a distância que separam
ricos e pobres, o que é extremamente maléfico. Ainda assim a indústria de software
apresenta o grande atrativo de possuir baixo custo de iniciação, apesar de o único gargalo
crítico ser a necessidade do treinamento da força de trabalho. Além disso, o custo de
manutenção é maior que o custo de desenvolvimento. Devido à evolução incremental do
software, existem poucas oportunidades para entradas tardias para se desenvolver
softwares competitivos.
Como as patentes de software são permitidas, é importante também que suas
exigências sejam claras e definidas rigorosamente ao invés de ser interpretada
largamente. Também é desejável um arranjo para disponibilizar pacotes de software
importantes a preços bem mais baixos para os países do terceiro mundo como o Brasil,
assim como é permitido aos países em desenvolvimento imprimirem e venderem livros a
custos substancialmente menores, desde que para uso exclusivo dos mesmos. Um regime
de direitos autorais de propriedade intelectual que a maioria dos praticantes de software do
mundo defende é quase o mesmo que seria igualmente favorável para o Brasil. Em
síntese, esta posição não permite o patenteamento de software, porém permite direitos
autorais para todos os usuários do software de interface. É justo, pois sem a aplicação
apropriada da proteção de direito autorais, desenvolver software torna-se pouco proveitoso
devido à pronta disponibilidade de cópias não autorizadas, o que desestimularia os
criadores independentes tendo como consequência à redução dos avanços tecnológicos
na área, privando com isto toda a sociedade de mais evoluções de softwares, que
dilatados interferem positivamente na economia mundial
Decisão judicial relacionada a este estudo, explicitada e comentada:Uma empresa
gaúcha teve que indenizar a Microsoft por danos materiais em R$ 12 mil pelo uso ilegal de
programa de computador (Resp 768.783). O Supremo Tribunal Federal entendeu que o
software é considerado obra intelectual protegida pela regra de direitos autorais. Segundo
a relatora, ministra Nancy Andrighi, no caso dessas empresas, especificamente, fixar
adequadamente o valor da indenização exige que se leve em consideração não apenas o
prejuízo patrimonial sofrido pela corporação, mas principalmente o fato de a empresa
brasileira usar o programa em rede, facilitando o uso por todos os funcionários.
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Esta decisão judicial tem afinidade com o tema que discutimos, pois nela fica claro
que se cada usuário pudesse livremente reproduzir as cópias de programa de computador
de que necessita, o direito patrimonial do autor perderia sua substância, já que o mercado
de software gira em torno do comércio de cópias legitimamente produzidas e licenciadas.
O inciso que estudamos é pertinente, pois assegura direitos específicos aos autores de
inventos industriais, e a pirataria é, pois, uma prática altamente lesiva aos direitos dos
elaboradores.
2.3 Inciso XXX
2.3.1 Direito de herança
Após a reforma do Código Civil em 2002 o direito de herança sofreu algumas
modificações. Antes de entrar em vigor o Novo código o cônjuge sobrevivente tinha 50%
dos bens, já com o Novo Código o cônjuge tem direito a 50% dos bens e mais herança
agora a mulher é meeira e herdeira. Se a morteocorreu antes da nova Lei ter entrado em
vigor e como foi feito o casamento são uns dos fatores a serem analisados. O direito de
herança é garantido no artigo 5 º , inciso XXX da Constituição da República Federativa do
Brasil.
A sucessão de bens de estrangeiros consta no inciso XXXI, que explica que no caso
de estrangeiros a legislação aplicável é a do país dele, mas no caso de cônjuge e filhos
brasileiros, para bens situados no país, aplica-se a legislação do Brasil, salvo se a
legislação do país do cujus for mais favorável.
2.3.2 Direitos dos Filhos
Os filhos concebidos dentro ou fora do casamento ou adotados tem os mesmos
direitos, entram em igualdade de condição ao que se refere a herança. No caso do cônjuge
sobrevivente, tem que ser analisado como foi o casamento, se foi por comunhão de bens,
separação de bens ou pacto de exoneração. Se foi por pacto de exoneração os bens não
entram em partilha de separação nem de óbito.
No caso de união estável tem direitos, mesmo que não sejam casados. No caso de
quem herdou e o atual regime de casamento é comunhão parcial de bens, nesse caso o
cônjuge não tem direitos sobre a herança, a herança pertence somente a quem herdou.
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Com o novo código cível o direito de herança é o mesmo, houve apenas mudanças nos
requisitos que cada classe de herdeiros deve preencher para receber a sua cota e nos
percentuais a serem divididos. O cônjuge passou a ser herdeiro necessário, juntamente
com os ascendentes.
No caso se a pessoa casar pela segunda vez o cônjuge tem direito a herança e
concorrerá com os filhos do primeiro casamento, se ele forcasado no regime de separação
convencional, participação final ou comunhão parcial. O cônjuge estará concorrendo com
os filhos do primeiro casamento e recebera, quando for o caso, a mesma parte dos
enteados.
2.3.3 Direito de sucessão
É o ramo do Direito que cuida da transmissão de bens, direitos e obrigações em
decorrência da morte. Não pode se confundir com herança A primeira é o ato de alguém
substituir outrem nos direitos e obrigações, em função da morte, ao passo que herança é o
conjunto de direitos e obrigações que se transmitem, em virtude da morte, a uma pessoa
ou várias pessoas, que sobreviveram ao falecido.
Estão estabelecidos no art.5º da Constituição Brasileira nos incisos XXX e XXXI aos artigo
1.784 a 2027 do Código Civil.
Com a morte de um dos companheiros, entrega-se ao companheiro sobrevivo a
meação, que não se transmite aos herdeiros do falecido. “Só então, defere-se a herança
aos herdeiros do falecido, conforme as normas que regem o direito das sucessões”, De
acordo com a ministra Nancy Andrighi.
A regras de sucessão no art. 1.784 , inciso I do Código Civil quando há casamento
com comunhão parcial pois há várias interpretações. No art. 1.790 que trata da sucessão
quando união estável seja mais favorável, a união estável pode ser mais vantajosa em
alguns casos.
2.3.4 Herança
Consideram herança conjunto de bens pelo de cujus, esta é indivisível até a
sentença de partilha. O herdeiro pode abrir mão a sua parte não abrir mão da herança
como um todo sem o consentimento dos demais. Os bens deixados pelos cujus e
considerado na sua totalidade bens imóveis para efeitos legais até que seja feito a
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partilha, mesmo que o acervo patrimonial transmitido pelo de cujus se componha
totalmente de bens móveis, para a alienação, torna-se necessária a outorga marital ou
uxória.
2.3.5 Tipos de herdeiros
2.3.5.1 Herdeiros Legítimos
Os herdeiros legítimos decorrem de determinação legal e dividem-se em herdeiros
necessários descendentes, ascendentes e cônjuge ou facultativos colaterais até 4º grau e
companheiro.
2.3.5.2 Herdeiros Necessários
Trata-se de herdeiros sucessivos, isto é, são todos os parentes em linha reta, bem
como os ascendentes e o cônjuge, não tendo estes sido excluídos da sucessão por
indignidade ou deserdação. Para estes, a Lei certifica o direito à legítima correspondente à
metade dos bens do testador.
Havendo Herdeiros Necessários, a meação é dividida em legítima e metade
disponível, que corresponde a ¼ do patrimônio do casal ou a metade da meação do
testador. O herdeiro necessário não pode ser privado, pois é herdeiro fixado pela lei.
O patrimônio líquido do de cujus é dividido em duas metades aos quais são a
legítima, e a outra, a quota disponível. Se ao herdeiro necessário for deixado pelo testador
a parte disponível, a este também será dado o direito à legítima.
2.3.6 Herança Jacente
É considerada herança jacente quando o herdeiro é desconhecido, ou, se conhecido
renuncia a herança não havendo outros. A primeira fase da herança jacente é a
arrecadação dos bens. Só ocorrerá alienação dos bens com autorização do juiz em forma
de bens imóveis de difícil conservação, bens semoventes somente se não forem
empregados na exploração de alguma atividade comercial do falecido ou ainda se sua
conservação for antieconômica, títulos e papéis de crédito podem ser vendidos quando há
findado receio da desvalorização, bens imóveis, se estiverem em estado de ruína, não
sendo conveniente a reparação ou objetos pessoais que só podem ser vendidos depois de
ser declarada a vacância.
Que consta no Código Civil no capitulo IV, dos art. 1.819 ao art. 1.823.
13
2.3.7 Herança Vacante
A herança passa a ser vacante depois de praticadas todas as deligências e ainda
não se manifesta nenhum dos interessados, isso acontece em um ( 1 ) ano após a
publicação do edital onde consta no art. 1.820 do CC.
A herança é arrecadada jacente e permanece assim até o decurso de 1 ano e dia,
contado da publicação do edital, não havendo habilitado depois de 1 ano, o juiz declara a
herança vacante por sentença. Declarada a vacância, contam-se 5 anos da abertura da
sucessão para que os bens se incorporem definitivamente ao patrimônio do Município, ao
do Distrito Federal ou ao da União. O Município é obrigado a aplicar o dinheiro em
fundações, destinadas ao desenvolvimento do ensino universitário, sob a fiscalização do
Ministério Público.
2.4. Inciso XXXII - Direito do Consumidor
O Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
A defesa do consumidor constitui um dos princípios da ordem econômica (art. 170, V da
CF), e almeja também reprimir o “abuso do poder econômico que vise à dominação dos
mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros” (art. 173, §4º).
Fica patente “a preocupação do legislador constituinte com as modernas relações de
consumo, e com a necessidade de proteção do hipossuficiente economicamente”.
A matéria foi regulada pelo Código de Proteção e Defesa do Consumidor (Lei
8.078/90), diploma que regula os conceitos de consumidor, de produto ou serviço e,
principalmente, de relação de consumo.
O “Consumidor”, para os efeitos do Código de Defesa do Consumidor, é toda
pessoa física O Supremo pacificou, é sim aplicado o código do consumidor aos bancos.
Atualmente, não tem mais polemica, o correntista tem a proteção do CDC.ou jurídica que
utiliza como destinatário final, atividade bancária, financeira e de crédito.
2.5. Inciso XXXIII - Acesso as informações de interesse particular e de interesse geral
Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena
de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado;
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À norma em questão, que é reforçada pelo inc. XXXIV, “b” da CF, corresponde a
garantia processual do habeas-data, cujo manejo visa precisamente “compelir o Estado a
fornecer informações e esclarecimentos de interesse particular, coletivo ou geral”.
Por outro lado, há situações em que a negativa de informação não afronta a CF, tanto que
o próprio inciso admite a validade do sigilo quando a informação for “imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado”.
Todo individuo tem o direito de saber sobre si ou sobre interesse social, daquilo que
o Estado tem ou sabe sobre você.Garantia: H-data (libera os dados)Quando o individuo
tem moldado seu direito fundamental de acesso às informações de interesse pra si ou
social é o único caso onde é usado o H-data.Só cabe o uso do H-data aqui.
Como os consertos no local alugado apenas ocorreram três meses após a primeira
tentativa de quitação das parcelas, a proprietária requereu as parcelas desse período
judicialmente.
A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) foi condenada ao pagamento de aluguéis,
contas de água e energia de imóvel alugado em 16 de março de 2000, por um ano, para
um funcionamento de repartição do Distrito Sanitário de Pedreiras (MA). O recurso da
entidade foi negado pela 3ª Turma Suplementar do TRF1.
O órgão alega que notificou a proprietária da rescisão do contrato, realizou reparos
no imóvel e solicitou à Gerência de Desenvolvimento Regional de Pedreiras que liquidasse
as despesas de aluguel. Entretanto, a autora não compareceu para assinatura do termo e,
portanto, a Funasa requereu, por meio do recurso, a improcedência do pedido da apelada
para que prevaleça o interesse público.
O relator convocado, juiz federal Miguel Ângelo de Alvarenga Lopes, explicou que,
apesar dos argumentos apresentados, a própria Funasa informa que a proprietária se
recusou a assinar a rescisão contratual. A alegação dela é de que o imóvel estava em
estado de depreciação, que os reparos só foram providenciados em fevereiro de 2001, e
que o termo de rescisão do contrato só foi realizado em 16 de janeiro de 2001.
O julgador declarou, em sua decisão: "É bom lembrar que o locatário é obrigado a
restituir o imóvel, finda a locação, no estado em que o recebeu, salvo as deteriorações
decorrentes do seu uso normal. Assim, entendo que a autora tem razão ao pretender o
pagamento dos aluguéis e demais encargos da locação, tais como despesas de consumo
de água e luz, relativos aos meses de novembro e dezembro de 2000 e janeiro de 2001,
visto que a rescisão contratual operou-se, de fato, em fevereiro de 2001
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O magistrado ressaltou, ainda, que, em contratos de locação, salvo nas hipóteses
específicas previstas na lei do inquilinato, a administração pública equipara-se ao particular
em direitos e obrigações.
Assim decidiu o relator negar provimento à apelação da Funasa e manter,
integralmente, a decisão de 1º grau.
2.6. Inciso XXXIV - São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direito ou contra
ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e
esclarecimento de situações de interesse pessoal;
O caso:
A Promotoria de Justiça Especializada na Defesa da Cidadania vai requerer ao
Município de São Luís o cumprimento da sentença que o impede de efetuar cobrança de
taxa para emissão de certidões que visem à defesa de direitos e esclarecimento de
situações de interesse pessoal.
A Ação Civil Pública, ajuizada em 2003 pelo Ministério Público, foi julgada
procedente em 2009 pelo juízo de 1º grau e confirmada pelo Tribunal de Justiça em 2012.
No último dia 6 de fevereiro, o juiz titular da 3ª Vara da Fazenda Pública, José Jorge
Figueiredo dos Anjos, determinou ao município de São Luís cumprir a sentença no prazo
de 10 dias, sob pena de multa diária no valor de R$ 500.
A promotora de justiça Márcia Lima Buhatem, titular da Promotoria Especializada na
Defesa da Cidadania, esclareceu que a ação assegura o direito de petição e obtenção de
certidões em repartições públicas, previsto no artigo 5º, inciso XXXIV, alíneas a e b, da
Constituição Federal.
No âmbito da Prefeitura de São Luís, a cobrança das taxas ilegais é praticada
sobretudo pelas Secretarias da Fazenda e de Trânsito e Transporte.
2.7. Inciso XXXV - A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
O caso: A 9.ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná cassou a sentença do Juízo
da 3.ª Vara Cível da Comarca de Londrina que julgou extinta, sem resolução do mérito, a ação de
cobrança de seguro obrigatório DPVAT proposta por I.R.Y. contra Mapfre Vera Cruz Seguradora
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S.A. por entender que a inexistência de prévio pedido na esfera administrativa impede o
ajuizamento da ação. Os julgadores de 2.º grau determinaram o retorno dos autos ao Juízo de
origem para o regular processamento do feito.
No recurso de apelação, I.R.Y. sustentou a desnecessidade de prévio pedido administrativo
para pedir o pagamento do seguro por via judicial.
O relator do recurso, desembargador Francisco Luiz Macedo Junior, acolhendo a tese da
apelante, consignou em seu voto: É que o fato de inexistir pedido anterior, na esfera administrativa,
não impede a parte de ingressar em juízo.
Não há qualquer disposição legal que determine a prévia tentativa de recebimento do
seguro junto à seguradora, para o ajuizamento da ação de cobrança.
De se ressaltar, que a exigência de esgotamento da via administrativa implica em violação
ao art. 5º, XXXV, da CF/88, que dispõe: a lei não excluirá da apreciação do Poder
Judiciário lesão ou ameaça a direito.
Diante do exposto, VOTO por CONHECER o recurso e DAR-LHE PROVIMENTO,
para cassar a sentença, determinando o retorno dos autos ao juízo de origem para o
regular processamento do feito.
(Apelação Cível n.º 859661-0)
Fonte: Tribunal de Justiça do Estado do Paraná
2.8. Inciso XXXVI - A Lei do Direito Adquirido, do Ato Jurídico Perfeito e da Coisa Julgada.
A Constituição Federal, em seu art. 5º, XXXVI, afirma que a lei não prejudicará o
direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. Estes institutos surgiram da
necessidade de impedir a retroatividade das leis, obstando os seus efeitos onde há uma
situação jurídica consolidada, tudo em prol da segurança jurídica, pois fere mortalmente o
equilíbrio moral e material do indivíduo se, após a incorporação de um direito em seu
patrimônio, houver a abrupta modificação do mesmo. Deste modo, surgem como limites à
retroatividade das leis. Lei da Ficha Limpa a Constituição Federal, em seu art. 5º, XXXVI,
afirma que a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.
Estes institutos surgiram da necessidade de impedir a retroatividade das leis,
obstando os seus efeitos onde há uma situação jurídica consolidada, tudo em prol da
segurança jurídica, pois fere mortalmente o equilíbrio moral e material do indivíduo se,
após a incorporação de um direito em seu patrimônio, houver a abrupta modificação do
mesmo.
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Deste modo, surgem como limites à retroatividade das leis. Os ministros do supremo
tribunal federal ( STF ) concluiram nesta data 16/02/2012 a análise conjunta das ações
declaratórias de Constitucionalidade (29 e 30) e da ação direta de Inconstitucionalidade
( ADI 4578 ) que tratam da lei complementar 135/2010, que institui novas hipóteses de
inelegibilidade ou seja é quem não está apto a ser escolhido como representante do povo
por meio das eleições, não pode sequer registrar candidatura a qualquer cargo eletivo. A
lei da ficha limpa por maioria de voto prevalecu o entendimento em favorda
constitucionalidade da lei, que poderá ser aplicada nas eleições deste ano, alcaçando atos
e fatos ocorridos antes de sua vigência a lei complementar 135/10, que deu nova redação
á lei complementar 64/90 , institui outras hipóteses de inelegibilidade voltadas á proteção
da probidade e moralidade administrativas no exercício do mandato, nos termos do
parágrafo 9 do artigo 14 da constituição federal.
Em seu voto, o ministro relator, Luiz Fux, declarou a parcial constitucionalidade da
norma, fazendo uma ressalva na qual apontou a desproporcionalidade na fixação do prazo
de oito anos de inelegibilidade após o cumprimento da pena, para ele esse tempo tempo
deveria ser descontado do prazo entre a condenação e o trânsito em julgado da setença, a
principio foi seguido pela ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, mas posteriormente ela
reformulou sua posição.
A lei prevê que serão considerados inelegíveis os candidatos que forem condenados
em decisão transitada em julgado ou proferida por orgão judicial colegiado em razão da
prática de crimes contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o
patrimônio público, contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais
e os previstos na lei que regula a falência, e contra o meio ambiente e a saúde pública.
Serão declarados inelegíveis ainda os candidatos que tenham cometido crimes eleitorais
para os quais a lei comine pena privativa de liberdade; de abuso de autoridade, nos casos
em que houver condenação á perda do cargo ou à inabilitação para o exercício de função
pública, de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores; de tráficos de entorpecentes
e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos; de redução à condição análoga à
de escravo ; contra a vida e a dignidade sexual; e praticados por organização criminosa ,
quadrilha ou bando. As ADCs, julgadas procedentes, foram ajuizadas pelo Partido Popular
Socialista (PPS) e pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Já a ADI 4578ajuizada pela Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL)
que questionava especificamente o dispositivo que torna inelegível por oito anos quem for
excluído do exercício da profissão, por decisão do órgão profissional competente, em
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decorrência de infração ético-profissional, foi julgada improcedente, por maioria de votos, a
divergência foi aberta pelo ministro Dias Toffoli que, baseando seu voto no princípio da
presunção de inocência, salientou que só pode ser considerado inelegível o cidadão que
tiver condenação transitada em julgado (quando não cabe mais recurso).
A Lei da Ficha Limpa permite que a inelegibilidade seja declarada após decisão de
um órgão colegiado. O ministro invocou o artigo 15, inciso III, da Constituição Federal, que
somente admite a suspensão de direitos políticos por sentença condenatória transitada em
julgado. Com relação à retroatividade da lei, o ministro Dias Toffoli votou pela sua
aplicação a fatos ocorridos anteriores à sua edição.
O ministro Gilmar Mendes acompanhou a divergência aberta pelo ministro Dias
Toffoli, mas em maior extensão. Para ele, a lei não pode retroagir para alcançar candidatos
que já perderam seus cargos eletivos (de governador, vice-governador, prefeito e vice-
prefeito) por infringência a dispositivo da Constituição estadual, da Lei Orgânica do Distrito
Federal ou da Lei Orgânica dos municípios. Segundo o ministro Gilmar Mendes, a lei não
pode retroagir para alcançar atos e fatos passados, sob pena de violação ao princípio
constitucional da segurança jurídica (art. 5º, inciso XXXVI). O decano do Supremo Tribunal
Federal (STF), ministro Celso de Mello, votou pela inconstitucionalidade da regra da Lei
Complementar 135/10, a Lei da Ficha Limpa, que prevê a suspensão de direitos políticos
sem decisão condenatória transitada em julgado. (Não admito possibilidade que decisão
ainda recorrível possa gerar hipótese de inelegibilidade) disse ele também entendeu, como
o ministro Marco Aurélio, que a norma não pode retroagir para alcançar fatos pretéritos, ou
seja, fatos ocorridos antes da entrada em vigor da norma, em junho de 2010. Para o
decano, isso ofende o inciso XXXVI do artigo 5º da Constituição Federal, que determina o
seguinte: a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.
Segundo o ministro Celso de Mello, esse dispositivo é parte do núcleo duro da Constituição
e tem como objetivo impedir formulações casuísticas de lei.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, votou no
sentido de que a Lei Complementar 135/2010, ao dispor sobre inelegibilidade, não pode
alcançar fatos ocorridos antes de sua vigência. Isso porque, para o presidente a
inelegibilidade seria sim, uma restrição de direitos. O ministro Peluso disse concordar com
o argumento de que o momento de aferir a elegibilidade de um candidato é o momento do
pedido de registro de candidatura. Ele frisou que o juiz eleitoral tem que estabelecer qual
norma vai aplicar para fazer essa avaliação. Para o ministro, deve ser uma lei vigente ao
tempo do fato ocorrido, e não uma lei editada posteriormente.
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O Supremo Tribunal Federal (STF) julga pela constitucionalidade da Lei da Ficha
Limpa ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada, e a proibir a
retroatividade da lei constitucional em sessão que realizada no Supremo Tribunal
Ministério Público Federal. Não é o Ato Jurídico Perfeito, não é a Coisa Julgada que devem
ser respeitados, sim o Direito Adquirido quem em verdade, protege os direitos titularizados
sob a égide da lei velha da aplicação da lei nova que amplia restrições de direitos ou que
restringe ampliações de direitos neste ponto, faz-se necessária uma análise
pormenorizada das espécies de Lei, de Ato Jurídico Perfeito e de Coisa Julgada
conflitando-os com a Lei nova ampliativa de direitos e com a Lei nova restritiva de direitos
para entendermos como a Lei nova reagirá em face da Lei velha.
3.CONCLUSÃO
Concluiu-se análise dos incisos XXVIII ao XXXVI da Constituição Federal do Brasil,
partindo de casos exemplificados para melhor entendimento. Percebe-se no inciso XXVIII a
importância que a norma busca proteger os participantes de obras coletivas, como as
novelas e outros programas televisivos, contra a reprodução sem controle e não
remunerada, pois o direito autoral é a propriedade do autor sobre a sua obra, sendo que
somente as pessoas físicas podem ser autoras, as empresas que são consideradas
pessoas jurídicas, podem apenas ter a titularidade sobre a obra, ou seja, o pode de
exploração econômica.
No inciso XXIX nota-se a importância no cenário jurídico brasileiro relacionado a
inventos do ramo de software, ficando claro o ato de inventar, de onde surgem os direitos
concernentes às invenções, o qual entra no mundo jurídico como ato-fato jurídico, sendo
semelhante do ato e criação literária, artística ou científica. É intrigante perceber que os
impactos do direito de propriedade internacional nos países em desenvolvimento como o
Brasil não são dos mais positivos. Tendo em vista que o uso eficiente de recursos
determina muitos aspectos da vida de um país, ao se analisar a taxa de crescimento da
economia, sustentabilidade, carga de poluição, competitividade internacional e balança
comercial do Brasil, é visível uma deficiência nessa área de utilização de recursos.
Portanto, é importante ressaltar que como as patentes de software são permitidas, faz-se
necessário que suas exigências sejam claras e definidas rigorosamente ao invés de ser
interpretadas largamente, sendo desejável um arranjo para disponibilizar pacotes de
software a preços bem mais baixos para os países do terceiro mundo.
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No Direito de Herança inciso XXX, após a reforma do Código Civil de 2002 o cônjuge
sobrevivente passa a não somente ter direito a 50% dos bens mais também a herança,
portanto a mulher é meeira e herdeira. A sucessão de bens de estrangeiro consta no inciso
XXXI, deixa claro que no caso de estrangeiros a legislação aplicável é a do país dele, mas
no caso de cônjuge e filhos brasileiros, para bens situados no país, aplica-se a legislação
do Brasil, salvo se a legislação do país do cujus formais favorável, favorecendo assim o
herdeiro.
A reforma do Código Civil trás avanços e melhorias ao relatar que os filhos de
dentro ou fora do casamento ou adotados tem os mesmos direitos, entram em igualdade
de condição ao que se refere a herança. Analisar os tipos de herdeiros é de suma
importância pois a lei é clara e se faz necessário conhecer, interpretar corretamente para
que não se faça injustiças junto aos interessados.
Com o avanço da tecnologia, o comércio e grande velocidade das empresas em
venderem seus produtos e com grandes facilidades, faz-se necessário que o consumidor
esteja protegido ao que se refere o abuso do poder econômico, o qual visa a dominação
dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros. Para tanto
o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor, descrito no inciso XXXII da
Constituição Federal.
No inciso XXXII da Constituição Federal fica claro que todos tem o direito a receber
dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou
geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, porém a maior
parte da população continua leiga e ou desinteressada a essas informações, seguindo
apenas o que a mídia e ou políticos mal intencionados lhes transmite.
Outra questão que também deparamos com parte da população desinformada e ou
desinteressada é na questão que rege o inciso XXXIV que vem assegurar que
independente do pagamento de taxas todos tem o direito de petição aos Poderes Públicos
em defesa de direito ou contra ilegalidade ou abuso de poder; a obtenção de certidões em
repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse
pessoal.
Nos dois últimos incisos XXXV e XXXVI analisados pela equipe notou-se que a Lei é nítida
e dá-se possibilidades para que o interessado venha recorrer em instancias e que não se
cometam injustiças destacando que, não é o Ato Jurídico Perfeito, não é a Coisa Julgada
que devem ser respeitadas, sim o Direito adquirido quem em verdade, protege os direitos
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titularizados sob a égide da lei velha da aplicação da lei nova que amplia restrições de
direitos ou que restringe ampliações de direitos.
4.BIBLIOGRAFIA FERREIRA, Juliana. Direito de herança. Disponível em:
<http://www.oimpacto.com.br/artigos/jacqueline-ferreira/direito-de-heranca/>. Acesso em:
15 maio. 2013.
Inventario e partilha: A divisão dos bens entre os herdeiros. Disponível em:
<http://www.consumidorbrasil.com.br/consumidorbrasil/textos/paratodos/
inventariopartilha.htm>. Acesso em: 15 maio. 2013.
Jusbrasil. Aplicação ao caaso concreto do código de defesa do consumidor. < Disponível
em: http://www.jusbrasil.com.br/topicos/3321845/aplicabilidade-ao-caso-concreto-do-
codigo-de-defesa-do-consumidor>. Acesso em 20 mai. 2013.
Jusbrasil. Direito a receber dos órgãos públicos de seu interesse particular. Disponível em:
<http://www.jusbrasil.com.br/topicos/2483329/direito-a-receber-dos-orgaos-publicos-
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Jusbrasil.Disponível em:<http://mp-ma.jusbrasil.com.br/noticias/100352417/sao-luis-acao-
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http://www.culturabrasil.pro.br/artigo5.htm>. Acesso em: 20 mai. 2013.
Jusbrasil. A ausência de pedido administrativo não impede o beneficiário do adpvat de
ajuizar ação de cobrança.Disponível em :
<http://nota-dez.jusbrasil.com.br/noticias/3097430/tjpr-a-ausencia-de-pedido-
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cobranca / http://www.culturabrasil.pro.br/artigo5.htm >. Acesso em: 20 mai.2013.
München, Emil Asturgin Von. Sobre o direito de herança, emface dos Contratantes e da
Propriedade privada Kalr Marx. E 2005. Disponível em:
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Tudo direito. Disponível em:<http://tudodireito.wordpress.com>. Acesso em : 16 maio.
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5%C2%BA-da-cf-incisos-xxvii-a-xxxi/>. Acesso em: 16 maio. 2013.
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