Clarice Lispector - A hora da estrela

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CLARICE LISPECTOR

Profa. Daniele Onodera

A

HORA

DA

ESTRELA

“Que há de se fazer com a verdade de que

todo mundo é um pouco triste e um

pouco só”.

“Passei a vida inteira

tentando corrigir os erros

que cometi na minha

ânsia de acertar”.

•1926 - Nasce na Ucrânia e recém-nascida vem para o

Brasil com a família;

• 1934 – Muda-se de Recife para o Rio de Janeiro;

• 1943 – Forma-se na faculdade de Direito da Universidade do Brasil;

• 1944 – Casada com um diplomata brasileiro passa alguns anos fora do Brasil (Itália, Suíça e EUA)

• 1959 – Separa-se do marido e volta ao Rio de Janeiro com os dois filhos;

• 1977 – Morre de câncer, em dezembro, um dia antes de seu aniversário.

“Sem me surpreender

não consigo escrever. E

também porque, para

mim, escrever é

procurar”.

ENTRE SUAS OBRAS MAIS FAMOSAS ESTÃO:

• Perto do Coração Selvagem (1944)

• A paixão segundo G.H.

(1961)

• A hora da estrela

(1977)

•Laços de Família

(1960)

• A Legião Estrangeira

(1964)

• Felicidade Clandestina (1971)

Escreveu também crônicas e

literatura infantil

Modernismo da 3ª geração

A autora, juntamente com Guimarães Rosa,

empreende uma revolução na ficção

brasileira.

LINGUAGEM

Face chocante do óbvio

“Escrever é tantas vezes lembrar-se do que nunca

existiu”.

LINGUAGEM

Preferência por jogos metafóricos

LINGUAGEM

Trabalho na clave do “como” e do “como se”

“as coisas revivendo cheias de pressa como uma chaleira a ferver”

LINGUAGEM

A repetição é assumida como uma técnica e como

um gosto pessoal

EPIFANIA

Palavra de origem grega que significa “aparição”,

“manifestação”.

EPIFANIA

COMO SE CONCRETIZA NA LITERATURA?

Fatos banais iluminação

EPIFANIA

MOMENTOS EPIFÂNICOS EM CLARICE LISPECTOR

Percepções crítica e decepcionantes

náusea e tédio

FLUXO DE CONSCIÊNCIA

EXISTENCIALISMO

Só o homem possui o poder de fazer ou escolher sua

própria existência.

EXISTENCIALISMO

No entanto, nos deparamos com a fragilidade e a

contingência de nossas possibilidades.

EXISTENCIALISMO

Quando tomamos consciência disso somos

contagiados por aquilo que Sartre chamou de NÁUSEA

(FORMA EMOCIONAL VIOLENTA DE ANGÚSTIA).

“O grito” de

Edvard Munch

Pôster do filme

TEMÁTICA SOCIAL

A autora sempre afirmou obsessivamente o fato de “ não saber expressar-se

de um modo literário sobre o problema social”.

CONJUNÇÃO DE TRÊS HISTÓRIAS NO MESMO ENREDO

A PRIMEIRA HISTÓRIA

A vida de Macabéa

A SEGUNDA HISTÓRIA

A do próprio narrador que se reflete nessa

protagonista

QUAL SERIA A TERCEIRA HISTÓRIA?

A HISTÓRIA DA PRÓPRIA NARRATIVA

Segunda o própria autora

“A hora da estrela” é a

história de uma “inocência

pisada”.

• MACABÉA

• RODRIGO S. M.

• OLÍMPICO DE JESUS

• GLÓRIA

• CARLOTA

• SEU RAIMUNDO

É possível encontrar em “A hora da

estrela” elementos e imagens de outras

narrativas da autora.

“HUMILHADOS

E

OFENDIDOS”

de Dostoiévski

(deixado por seu Raimundo sobre a mesa do escritório)

“Macabéa me matou.

Ela estava enfim livre de si e de nós. Não vos assusteis,

morrer é um instante, passa logo, eu sei porque acabo

de morrer com a moça. (...) Viver é luxo”