View
0
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
CONDIÇÕES PREDISPONENTES PARA AS MANCHAS FOLIARES
MANCHA DE
FEOSFÉRIA
temperatura amena
18 a 21oC*
MANCHA DE
CERCOSPORA
temperatura de
22 a 30oC
QUEIMA DE
TURCICUM
temperatura amena
18 a 27oC
PREPONDERANTE
alta umidade relativa, dias chuvosos e nublados consecutivos,
períodos prolongados de orvalho e de neblina – normalmente intermitentes
MANCHA DE
BIPOLARIS
temperatura de
20 a 3oC
CONDIÇÕES PREDISPONENTES PARA AS FERRUGENS
FERRUGEM COMUM
temperatura amena
16 a 23oC
PREPONDERANTE - temperatura
Períodos curtos de alta umidade relativa ou água líquida
FERRUGEM TROPICAL
temperatura de
22 a 34oC
FERRUGEM POLISSORA
temperatura elevada
23 a 28oC
OCORRÊNCIA E INTENSIDADE DE DOENÇAS DO MILHO NO ESTADO DE SÃO PAULO
Safrinha
2008
Safrinha
2009
Safrinha
2011
Safrinha
2010
Mancha de Phaeosphaeria
Mancha de Cercospora Ferrugem comum Ferrugem tropical
Ferrugem polissora Queima de turcicum
Mancha de Bipolaris
Mancha de Kabatiella
Principais doenças do milho no Estado de São Paulo – Safrinha 2012
Escala para avaliação da severidade de doenças foliares em milho
Área
foliar
afetada
Nota
0 1 2,5 5 10 25 50 75 >75
9 8 7 6 5 4 3 2 1
Agroceres (1993)
Estádio de grãos pastosos Época de avaliação
Escala diagramática – severidade da mancha de Phaeosphaeria
ESCALA DIAGRAMÁTICA
Severidade da mancha de Phaeosphaeria
Depto Fitopatologia/ESALQ (1996)
ESCALA DIAGRAMÁTICA
Severidade da ferrugem polissora
0,1% 0,3% 0,7% 2% 5% 12% 27% 50%
Fantin (1997)
ESCALA DIAGRAMÁTICA
Severidade da queima de turcicum
0,5 %
1,0 %
2,1 %
3,7 %
7,4 %
13 % 37 %
23 %
Depto Fitopatologia/ESALQ (1996)
MANCHA DE PHAEOSPHAERIA E PRODUTIVIDADE
Híbridos convencionais de milho - Safrinha 2012 - Capão Bonito-SP
y = -107,01x + 4857,8
R2 = 0,26
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
5500
2B
58
7
IAC
33
30
Ca
rgo
20
A7
8
IAC
83
90
DK
B 3
50
YG
GN
Z 9
51
0
DK
B 7
89
AL
Pir
ati
nin
ga
BM
84
0
XB
60
13
AG
20
40
AL
Ba
nd
eir
an
te
AL
Av
aré
CR
10
2
BM
91
5
XB
60
08
r= -0,58
kg/ha
1
2
3
4
5
6
notas
Produtividade
Mancha de Phaeosphaeria
Linear (Produtividade)
QUEIMA DE TURCICUM E PRODUTIVIDADE
Híbridos convencionais de milho - Safrinha 2012 - Palmital-SP
y = -147,51x + 4656,5
R2 = 0,55
1000
2000
3000
4000
5000
6000
20
A7
8
XB
60
13
Ca
rgo
GN
Z 9
51
0
2B
58
7
BM
84
0
DK
B 7
89
CR
10
2
AG
20
40
BM
91
5
IAC
33
30
AL
Av
aré
AL
Ba
nd
eir
an
te
DK
B 3
50
YG
AL
Pir
ati
nin
ga
XB
60
08
IAC
83
90
r= -0,74
kg/ha
1
2
3
4
5
6
7
notas
Produtividade
Queima de turcicum
Linear (Produtividade)
FERRUGEM COMUM E PRODUTIVIDADE
Híbridos convencionais de milho - Safrinha 2012 - Manduri-SP
y = -96,638x + 4099,9
R2 = 0,40
2000
3000
4000
BM
84
0
Ca
rgo
AG
20
40
20
A7
8
IAC
83
90
BM
91
5
2B
58
7
DK
B 7
89
AL
Ba
nd
eir
an
te
CR
10
2
AL
Av
aré
GN
Z 9
51
0
AL
Pir
ati
nin
ga
IAC
33
30
DK
B 3
50
YG
XB
60
08
XB
60
13
r= -0,62
kg/ha
1
2
3
notas
Produtividade
Ferrugem comum
Linear (Produtividade)
RESPOSTA NA PRODUTIVIDADE DE 50 HÍBRIDOS
TRANSGÊNICOS DE MILHO COM CONTROLE QUÍMICO DE
DOENÇAS
Fantin e Duarte (2012)
2 locais: Palmital e Cruzália-SP
Região paulista do Médio Vale do Paranapanema
Safrinha 2012 – clima favorável a doenças
50 híbridos transgênicos de milho
Fungicidas: estrobilurina + triazol (piraclostrobina + epoxiconazol)
Opera (133 + 50 g/L) – dose 0,75 e 0,5 L/ha
Época pulverização: estádio 10 a 11 folhas (trator)
4 avaliações da severidade: intervalos de 2 semanas
Doenças: Queima de turcicum
Mancha de Cercospora
Mancha de Phaeosphaeria
CRUZÁLIA-SP
Evolução de doenças - tratamento fungicida
Safrinha 2012
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
5,5
6
55 65 75 85 95 105 115
Dias após a semeadura
Severi
dad
e (
no
tas)
Queima de turcicum - sem fungicida
Queima de turcicum - com Opera
Mancha de Cercospora - sem fungicida
Mancha de Cercospora - com Opera
Mancha de Phaeosphaeria - sem fungicida
Mancha de Phaeosphaeria - com Opera
PALMITAL-SP
Evolução de doenças - tratamento fungicida
Safrinha 2012
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
5,5
6
50 60 70 80 90 100 110
Dias após a semeadura
Severi
dad
e (
no
tas)
Pulverização Pulverização
Severidade das doenças
PALMITAL
EFEITO DO FUNGICIDA NA SEVERIDADE DE DOENÇAS
SAFRINHA 2012
-39%
-36%
-34%
0
50
100
150
200
250
BAIXA OU NULA MÉDIA ALTA
Classe de Resposta dos Híbridos
Severi
dad
e (
AA
CP
D)
sem fungicida Opera
PALMITAL
EFEITO DO FUNGICIDA NA PRODUTIVIDADE DO MILHO
SAFRINHA 2012
+ 1284 kg/ha+ 802 kg/ha
+ 80 kg/ha
+3% +21% +41%
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
BAIXA OU NULA MÉDIA ALTA
Classes de Resposta dos Híbridos
Pro
du
tivid
ad
e (
kg
ha
-1)
sem fungicida Opera
Número
de híbridos
na classe
14 20 16 14 20 16
Fungicidas x produtividade de híbridos transgênicos
CRUZÁLIA
EFEITO DO FUNGICIDA NA SEVERIDADE DE DOENÇAS
SAFRINHA 2012
-65%
-55% -65%
0
50
100
150
200
250
BAIXA OU NULA MÉDIA ALTA
Classe de Resposta dos Híbridos
Severi
dad
e (
AA
CP
D)
sem fungicida Opera
CRUZÁLIA
EFEITO DO FUNGICIDA NA PRODUTIVIDADE DO MILHO
SAFRINHA 2012
+ 120 kg/ha + 697 kg/ha + 1231 kg/ha
+21%+12%+2%
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
BAIXA OU NULA MÉDIA ALTA
Classes de Resposta dos Híbridos
Pro
du
tivid
ad
e (
kg
ha
-1)
sem fungicida Opera
Número
de híbridos
na classe
29 14 8 29 14 8
Fungicidas x produtividade de híbridos transgênicos
RESISTÊNCIA A FUNGICIDAS: OCORRERÁ NAS DOENÇAS
DO MILHO?
Por Paul Vincelli e Don Hershman, University of Kentucky 02 de fevereiro de 2011
Alguns fatores relevantes:
1. Os melhores fungicidas também são propensos à resistência.
2. O uso de fungicidas nas áreas agrícolas seleciona para a
resistência.
A resposta é simples: Quase certamente, vai ocorrer.
Ninguém sabe onde ou quando, ou quão danosa será.
No entanto, estão presentes os fatores que contribuem para que
ocorra mais cedo ou mais tarde.
USO AGRÍCOLA DE FUNGICIDAS
1882 – Início uso de fungicidas em grande escala
• Fungicidas de contato ou protetores (superfície dos tecidos)
• Inibidores de grande número de processos vitais (multissítios)
Muitos anos de uso raramente problemas de resistência de
fitopatógenos
1960 – Desenvolvimento de fungicidas sistêmicos
• Penetram ou se translocam dentro das plantas
• Inibidores de um ou poucos processos vitais do patógeno
Grande ampliação das vantagens do controle químico de doenças
FUNGICIDAS SISTÊMICOS
Vantagens:
• Maior especificidade e fungitoxidez inerente
• Efetivos em pequenas doses
• Efeito protetor, curativo e erradicante
• Efeito mais prolongado
• Menor número de aplicações
• Menos fitotóxicos
• Menor risco ao homem
• Menor problema de contaminação ambiental e de desequilíbrio
biológico
• Melhor adequação a programas de manejo integrado
Desvantagem:
• Apresentam problemas sérios e frequentes de resistência de
fitopatógenos
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ESPÉCIES DE FUNGOS
FITOPATOGÊNICOS RESISTENTES A FUNGICIDAS
0
50
100
150
200
250
300
350
1880
1890
1900
1910
1920
1930
1940
1950
1960
1970
1980
1990
2000
2010
Ano
Nú
me
ro d
e e
sp
éc
ies
de f
un
go
s
res
iste
nte
s
Fungicidas
Triazóis
Estrobilurinas
SELEÇÃO DE ISOLADOS DE FUNGOS RESISTENTES AO
FUNGICIDA
Zambolim et al. (2007)
Sensível
REDUÇÃO DA VELOCIDADE DE DESENVOLVIMENTO DA
RESISTÊNCIA DE PATÓGENOS A UM FUNGICIDA
Menor probabilidade de surgimento de mutantes resistentes ao
fungicida
- Menor população inicial do patógeno (cultivares com maior
resistência à doença, práticas culturais)
(Probabilidade de ocorrência de 1 mutação 1 em 1 bilhão (109)
por loco gênico)
Menor seleção de isolados resistentes
Menor exposição do patógeno ao fungicida:
- Menor número de aplicações e menor tamanho da área tratada
(mesmo modo de ação)
- Evitar aplicações tardias
- Uso combinado de fungicidas (misturas ou alternado)
Menor adaptação de isolados resistentes
Uso de diferentes cultivares (tempo e espaço)
Resistência
QUALITATIVA
- único passo
- repentina
- completa
- estável
Resistência
QUANTITATIVA
- lenta e gradual
- parcial
- pode ser revertida
ESTROBILURINAS TRIAZÓIS
TIPOS DE RESISTÊNCIA DE FUNGOS AOS FUNGICIDAS
Modificado de Ghini & Kimati (2000)
RESISTÊNCIA CRUZADA
Entre fungicidas com mesmo modo de ação
ESTROBILURINAS
Todos os fungicidas do grupo das estrobilurinas
TRIAZÓIS
Parcial (varia entre produtos e patógenos)
FATO FAVORÁVEL ÀS ESTROBILURINAS
Eficácia para alguns patógenos: característica especial
Vários anos de alta pressão de seleção resistência não relatada
Mutação resistência completa LETAL
Várias espécies de Puccinia
• Agentes causais de outras ferrugens (Uromyces appendiculatus,
Phakopsora pachyrhizi, Hemileia vastatrix)
• Pyrenophora teres, Alternaria solani etc
Mehl & Pereira (2012)
Phakopsora pachyrhizi (Ferrugem asiática da soja)
Triazóis utilizados isoladamente em soja desde 2002
Anos posteriores redução gradativa da sensibilidade ao triazol
Controle quimico: Pode haver diferença de eficácia entre triazóis alternar
misturas
Dose efetiva do triazol tebuconazol para controlar
50% da população de Phakopsora pachyrhizi
Puccinia triticina (Ferrugem da folha do trigo)
Barcellos & Arduim (2008)
Triazóis em trigo: desde 1979 (alta eficácia)
2005 redução sensibilidade raças novas (B55, B56 e MDP-MR)
de Puccinia triticina aos triazóis (raça antiga B34 – muito sensível)
Controle: misturas estrobilurinas e triazóis
Ramularia areola (Mancha de ramulária do algodoeiro)
Resistência às estrobilurinas locais de ampla utilização em algodoeiro
Controle: escolha de fungicidas eficazes
uso alternado de fungicidas com diferentes ingredientes ativos
FRAC (2011)
Phaeosphaeria maydis (Mancha de Phaeosphaeria do milho)
CONTROLE QUÍMICO
Após 2000 Registro de misturas de
triazóis + estrobilurinas
Eficácia das misturas ESTROBILURINAS
Vulneráveis à ocorrência de resistência
Após 2005 grande desenvolvimento uso
de fungicidas em milho
Últimos anos algumas regiões - uso
muito intenso
Locais de obtenção de isolados do fungo Phaeosphaeria maydis
AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE DE ISOLADOS DE Phaeosphaeria
maydis A UM FUNGICIDA (ESTROBILURINA)
Oliveira et al. (2011)
Sete Lagoas
Monte Carmelo
Indianópolis
Anhembi
Taquarituba
Angatub
a
Capão Bonito
Palmital
Itararé
Tatui Itapetininga
Ituverava
Itapeva
Votuporanga Franca
Mogi Mirim Piracicaba
Manduri Itambaracá
Andirá Sertanópolis
Assaí
Cianorte Jussara Dr.Camargo
Barbosa Ferraz
Região com uso muito intenso de
fungicidas na cultura do milho
Região sem tradição de cultivo
de milho
Região com uso intenso de
fungicidas na cultura do milho
Sensibilidade de isolados de Phaeosphaeria maydis, de diferentes
regiões brasileiras, à estrobilurina piraclostrobina
Oliveira et al. (2011)
Isolado Estado Uso de
fungicidas na região
DE50(1)
(mg/L) Classificação
(2)
Anhembi 2010 SP sem uso 2,4 S Tatuí PP SP intenso 0,9 S Itapeva SP intenso 2,1 S Itapetininga I A SP intenso 1,5 S Capão Bonito IAC I A SP intenso 1,6 S Manduri SP baixo 2,1 S Itararé I A SP baixo 0,9 S Itararé I B SP baixo 5,5 S Sertanópolis PR baixo 1,8 S Jussara PR baixo 1,9 S Monte Carmelo I MG muito intenso 1.787 R Monte Carmelo II A MG muito intenso 53 R Monte Carmelo III B MG muito intenso 684 R Indianópolis III MG muito intenso 1.544 R (1)
DE50 = Dose efetiva do fungicida, capaz de inibir 50% do crescimento micelial do fungo. (2)
Sensibilidade à estrobilurina: S = sensível, R = pouco sensível.
Sensível
Pouco sensível
Sensibilidade de isolados de Phaeosphaeria maydis à estrobilurina
(% inibição crescimento do fungo in vitro com 1 mg/L de piraclostrobina)
Fantin et al. (2012)
Manejo integrado de doenças
• Várias cultivares diferentes com maior resistência
• Controle cultural
• Fungicidas: época, doses e número de aplicação recomendados
Uso combinado (misturas ou alternado) de fungicidas com diferentes
mecanismos de ação
Mancha de Phaeosphaeria
Ênfase ao manejo integrado
• Uso de fungicidas - medida complementar
Locais onde se observou baixa sensibilidade do fungo às estrobilurinas:
Evitar uso de estrobilurinas
Futuramente: novos métodos de controle, registro de novos fungicidas
eficazes, mancozeb ou outros produtos
Manejo das doenças foliares do milho Estratégias antirresistência de fungos a fungicidas
Fungicida é remédio
1. Deve ser vendido com receita
2. Deve ser utilizado conforme instruções da bula
- aplicar aos primeiros sintomas das doença
- fazer uma a, no máximo, duas aplicações em milho
Gisèle Maria Fantin
Instituto Biológico
gisele@biologico.sp.gov.br
Recommended