Fisio EF - 07a. Aula - Sangue

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SangueSangue

Fisiologia HumanaFisiologia Humana

Ulbra – CarazinhoUlbra – Carazinho

Prof. Sergio WeinmannProf. Sergio Weinmann

SANGUESANGUE

Conceito: Sangue é uma massa líquida contida num compartimento fechado o aparelho circulatório, que circula em movimento regular e unidirecional, sendo impulsionado, principalmente, pela ação de bombeamento do coração.

Pertence ao tecido conjuntivo.

Funções IFunções I

 Transporte de nutrientes e oxigênio para as células;

 Retirar dióxido de carbono e resíduos metabólicos;

 Combater infecções e ¨corpos estranhos¨, através da ação de suas células;

Funções IIFunções II

 Contém agentes reguladores ( hormônios, por exemplo), que influenciam muitas atividades do organismo;

 É termorregulador : regula o “ph” através de tampões e ajusta a temperatura do corpo;

 Mantém uma constância estrutural dentro de certos limites, o que é essencial para a integridade funcional do organismo.

ConstituiçãoConstituição

 Porção líquida: PLASMA e,

Elementos figurados: ERITRÓCITOS ,

LEUCÓCITOS e

PLAQUETAS.

PLASMAPLASMA Porção líquida do sangue onde estão

suspensas as células (eritrócitos, leucócitos e plaquetas).

O volume de plasma varia segundo cada indivíduo, em função do sexo, altura e peso (em média 5,5 litros).

Em um hematócrito normal visualiza-se 55% de plasma e 45% de células.

Componentes do plasmaComponentes do plasma

O plasma humano é constituído em sua maior parte por água. Além da água, estão presentes no plasma: componentes inorgânicos (sódio, potássio, bicarbonato, cálcio, cloro); componentes orgânicos (glicose, proteínas) e lipídeos.

As proteínas são os componentes mais impor-tantes do plasma.

Representam uma mistura muito complexa de mais de 100 tipos diferentes.

Principais proteínas do Principais proteínas do plasmaplasma

  albumina – atua na regulação osmótica, corresponde a mais de 50% do total das proteínas;

      imunoglobulinas;       fatores de coagulação;       fibrinogênio;       componentes do sistema complemento e,       lipoproteínas.

CÉLULAS SANGUÍNEASCÉLULAS SANGUÍNEAS

EritrócitosEritrócitos Podem ser chamados também de hemácias , ou

ainda de glóbulos vermelhos. Constituem o maior número de células do sangue,

em média 4,5 e 5,5 milhões na mulher e no homem, respectivamente. Nos esfregaços sanguíneos, os eritrócitos medem aproxima-damente 7,5 um de diâmetro. Os eritrócitos circulantes não possuem núcleo.

A maioria dos eritrócitos normais tem a forma de ¨disco bicôncavo¨. Na distensão corada apresentam um contorno aproximadamente circular, mostrando pequenas variações quanto à forma e tamanho.

EritropoeseEritropoese

O processo de formação dos eritrócitos chama-se eritropoese e ocorre na medula óssea (em ossos longos como úmero e fêmur; em ossos chatos como esterno e ossos do crânio; as costelas; as vértebras; o osso do quadril) .

A eritropoese necessita de fatores nutricionais es-senciais como ferro, vitamina B12 e folatos.

Regulação na produção de Regulação na produção de eritrócitoseritrócitos

O principal fator que regula a emissão de eritrócitos para o sangue é o nível de troca de gases entre as células e os tecidos (a oxigenação dos tecidos).

A diminuição da quantidade de O2 cedida pelo sangue aos tecidos leva à produção renal de eritropoietina (age como hormônio) que atua sobre a medula óssea levando ao aumento da produção de eritrócitos.

HemoglobinaHemoglobina O componente específico das hemácias, que é

essencial à sua função é a hemoglobina, constituída por 4 cadeias polipeptídicas em complexo com grupos heme que contém ferro.

Quando os eritrócitos passam pelos pulmões, cada átomo de ferro nas moléculas de hemoglobina combina-se com uma molécula de O2. O oxigênio é transportado para os outros tecidos do corpo. Nos tecidos, a reação Fe-O2 se reverte e o O2 é liberado para difundir-se no fluído intersticial e nas células.

Glóbulos vermelhosGlóbulos vermelhos

Os glóbulos vermelhos vivem em torno de 120 dias, pelos danos que suas frágeis membranas sofrem quando se espremem nos estreitos capilares sanguíneos.

Após danificados, são fagocitados pelos macrófagos no baço, no fígado e na medula óssea.

LeucócitosLeucócitos Também chamados glóbulos brancos.

São células porque tem membrana, citoplasma e núcleo.

Permanecem por horas na circulação e dias nos tecidos (até a sua destruição).

Classificam-se em granulócitos (polimorfonu-cleares) e agranulócitos (mononucleares) origi-nando-se na medula óssea através de um processo denominado leucopoese.

GranulócitosGranulócitos

Os granulócitos possuem núcleos lobulados de forma variável, isto é, polimórficos, e grânulos citoplasmáticos proeminentes (granulações azurófilas e específicas), cujas características tintoriais diferem conforme a classe à qual pertence o granulócito – neutrófilo, eosinófilo ou basófilo.

AgranulócitosAgranulócitos

Os agranulócitos possuem núcleo sem segmentação e apenas granulações azurófilas, quase que imperceptíveis, são os linfócitos e monócitos.

São produzidos na medula óssea e desem-penham função de defesa do organismo (fagocitose) e imunidade.

Valores de referência do leucogramaValores de referência do leucograma

% por mm3

LEUCÓCITOS - 3.600 - 11.000 Neutrófilos 40 – 70 1.500 - 7.000 Linfócitos 20 – 50 1.000 - 4.000 Monócitos 2 – 10 100 - 1.000 Eosinófilos 0 – 8 0 - 700 Basófilos 0 – 3 0 - 200

NeutrófilosNeutrófilos

Medem de 12-15 um de diâmetro. O citoplasma é acidófilo, com muitos grânulos finos. O núcleo possui cromatina em grumos, sendo dividido em dois a cinco lóbulos distintos .

A produção e a diferenciação de neutrófilos na medula óssea leva de 6 a 10 dias. Depois de sua liberação da medula óssea, elas gastam 6 a 12 horas na circulação antes de migrarem para o tecido onde realizam sua função fagocitária.

EosinófilosEosinófilos

São ligeiramente maiores que os neutrófilos, com um diâmetro de 12-17 um. O núcleo é usualmente bilobulado, mas pode apresentar-se também trilobulado. Os grânulos dos eosinófilos são esféricos e consideravelmente maiores que o dos neutrófilos: preenchem o citoplasma e coram-se de laranja-avermelhado (eosina).

Essas células são particularmente importantes nas doenças alérgicas e parasitárias – liberam enzimas que diminuem os efeitos prejudiciais destes agentes e também exercem função fagocitária.

BasófilosBasófilos Apresentam o citoplasma com granulações

pretas e graúdas, irregulares, que tem afini-dade por corantes básicos.

O núcleo compõe-se de dois segmentos geralmente encobertos pelas granulações e difícil de ser visualizado.

São os leucócitos menos numerosos e estão envolvidos em reações imediatas de hipersensibilidade (ex: asma).

LinfócitosLinfócitos

Medem de 6-12 um de diâmetro, possuem citoplasma basófilo, pequeno, escasso(quanto mais jovem , maior é o citoplasma; quanto mais madura, menor é o citoplasma). O núcleo apresenta-se esférico, com cromatina bastante condensada.

São as principais células funcionais do sistema imune, divididas em duas categorias: linfócitos T que partici-pam da imunidade celular e linfócitos B que partici-pam da produção de anticorpos.

MonócitosMonócitos São as maiores células normais do sangue

periférico, com diâmetro de 12-20 um. Apresenta um núcleo irregular, freqüentemente lobulado, e citoplasma cinza-azulado opaco, com grânulos azurófilos finos. O contorno é irregular e o citoplasma pode ser vacuolizado.

São as células precursoras de um sistema celular denominado sistema fagocítico mononuclear. Estão de passagem, vindos da medula óssea em direção aos tecidos do corpo, onde irão diferenciar-se em fagócitos (ex: macrófagos). Também exerce alguma função nas respostas imunes, por concentrarem antígenos e apresentarem-nos aos linfócitos.

PlaquetasPlaquetas As plaquetas são pequenos fragmentos

citoplasmáticos presentes no sangue circulante. Derivam da fragmentação do citoplasma de megacariócitos ( grandes células da medula óssea).

As plaquetas medem cerca de 2-4 um de diâmetro. Atuam na coagulação do sangue, na retração e

dissolução de coágulos: quando um vaso sanguíneo se rompe, as plaquetas aderem ao tecido lesado e liberam certas substâncias que atuam na área da lesão. Entre essas substâncias estão a serotonina e a tromboplastina.

A serotonina é um vasoconstritor que causa a contração da células musculares lisas, diminuindo o fluxo de sangue local.

A tromboplastina dá início a uma série de reações que formam o coágulo. As plaquetas então provocam a retração do coágulo e, finalmente a sua dissolução.

As plaquetas vivem em média 10 dias e podem ser vistas como unidades individuais, mas na maioria das vezes, aderem umas às outras, formando pequenos aglomerados.

HEMOSTASIAHEMOSTASIA

HemostasiaHemostasiaO sangue necessita fluir através dos canais para

cumprir uma de suas funções mais importantes: levar para todas as células do corpo os elementos nutritivos e o oxigênio.

Os fatores vasculares e sanguíneos devem estar em equilíbrio entre si permitindo que o sangue permaneça líquido no interior dos vasos.

O rompimento desse equilíbrio poderá levar a um extravasamento sanguíneo - sangramento ou he-morragia - ou a uma alteração da fluidez, tornan-do o sangue um ¨gel¨, dificultando ou impedindo a circulação no local de sua formação, devido à massa sólida de sangue formada chamada trombo.

Conceitos para HemostasiaConceitos para Hemostasia      Processo fisiológico e dinâmico que, ao nível

do sistema vascular, procura manter o equilíbrio entre os vários fatores com a finalidade de evitar perdas sanguíneas, bem como a perda de fluidez do sangue;

      Conjunto de mecanismos que interagem para manter o sangue fluído dentro do vaso, sem coagular (trombose), nem extravasar (hemorragia).

Mecanismos hemostáticosMecanismos hemostáticos

Quando os vasos sanguíneos são lesados, três mecanismos básicos auxiliam a evitar a perda de sangue:

a -   vasoconstrição;

b -  formação do tampão plaquetário;

c -   coagulação do sangue.

A formação de um coágulo é um mecanismo vital que previne contra a perda excessiva de sangue .

Para formar os coágulos, o organismo necessita de cálcio e vitamina K.

A vitamina K não está envolvida na formação do coágulo propriamente dito, mas é necessária para a síntese de protrombina e alguns outros fatores de coagulação.

A vitamina K é normalmente produzida por bactérias que vivem no intestino grosso.

Fatores de Coagulação

Coagulação intravascularCoagulação intravascular Quando há dano ao vaso (geralmente uma veia), este

tipo de coagulação é chamado de trombose (thrombo = coágulo). Um trombo pode se dissolver espontaneamente ou ser carregado pela corrente sanguínea. Se o coágulo formou-se em uma artéria, deslocado ele poderá bloquear a circulação para um órgão vital.

Um coágulo, uma bolha de ar, uma gordura de ossos quebrados ou restos celulares transportados pela corrente sanguínea são chamados êmbolos (em = dentro, bolus = massa). Quando um êmbolo obstrui a circulação nos pulmões denomina-se embolia pulmonar.

Tipagem SanguíneaTipagem Sanguínea

Antígenos eritrocitáriosAntígenos eritrocitários São estruturas químicas encontradas na superfície

dos eritrócitos, de função desconhecida até o momento. Atualmente são reconhecidos mais de 100 antígenos diferentes, sendo cada um a expressão de um gen herdado.

Os vários antígenos estão reunidos em diversos sistemas, dos quais os mais importantes são os sistemas ABO, Rhesus, MNS, Lewis, Duffy e Kell.

Os gens para ABO são muito potentes, e criam de 810.000 a 1.170.000 sítios antigênicos na porção extra-membranosa dos eritrócitos.

Importância dos antígenos Importância dos antígenos eritrocitárioseritrocitários

A presença de um desses antígenos estranhos já na vida intra-uterina induz a formação de anticorpos.

Por isto já nascemos com anticorpos formados para grupos sanguíneos estranhos ao nosso. Essa resposta do organismo é de grande importância em transfusões sanguíneas e mesmo na vida intra-uterina.

Efeitos da interação Efeitos da interação Antígeno-Anticorpo ¨in vivo¨Antígeno-Anticorpo ¨in vivo¨ Quando eritrócitos contendo antígenos estranhos

forem introduzidos em um organismo que possua anticorpos contra esse antígeno, os anticorpos tentarão destruir os antígenos e com eles também os eritrócitos, causando uma anemia hemolítica, acarretando sobrecarga do fígado, coração, baço e principalmente os rins, comprometendo a vida do paciente. Isto também pode ocorrer na vida intra-uterina, quando anticorpos da mãe destroem os eritrócitos do feto contendo antígenos estranhos a ela (doença hemolítica do recém-nascido).

Interação Ag-Ac Interação Ag-Ac eritrocitários ¨in vitro¨eritrocitários ¨in vitro¨

Os Ag eritrocitários também são chamados de aglutinogênios e os Ac de aglutininas e quando se fixam ocorre a formação de grumos.

Sistema ABOSistema ABO

GRUPO O: Não tem Ag ,nem A nem B, mas tem anticorpos;

GRUPO A: Tem Ag A e Ac anti-B;

GRUPO B: Tem Ag B e Ac anti-A;

GRUPO AB: Tem Ag A e B, e nenhum anticorpo.

Sistema RhSistema Rh

A composição química do Ag Rh ou ¨D¨ ainda não foi definida, pois ainda não foi isolado; mas são configurações moleculares que se repetem com frequência na superfície dos eritrócitos, podendo haver até 30.000 sítios em cada glóbulo.

Os Ag Rh tem localização intramembrânica.

Sempre que houver ¨D¨ (maiúsculo) o Rh será positivo, seja homo ou heterozigótico. Ausência de Ag ¨D¨será Rh negativo.

Possibilidades de transfusãoPossibilidades de transfusão

Glóbulos Vermelhos, Glóbulos Vermelhos, Anemia e PolicitemiaAnemia e Policitemia

Glóbulos VermelhosGlóbulos Vermelhos A função mais importante dos glóbulos vermelhos

é transportar hemoglobina, que, por sua vez, carreja o oxigênio dos pulmões aos tecidos. Glóbulos vermelhos normais são discos bicôncavos; as formas podem variar, notavelmente, à medida que as células passam através dos capilares. O glóbulo vermelho normal tem grande excesso de membrana celular em relação à quantidade de material que contém. A deformação da célula não estira a membrana e, consequentemente, não rompe a célula. O número médio de glóbulos vermelhos por milímetro cúbico é de 5.200.000 ± 300.000 nos homens e 4.700.000 ± 300.000 nas mulheres.

Os glóbulos vermelhos têm a capacidade de concentrar a hemoglobina.

Em indivíduos normais, a percentagem de hemoglobina está quase sempre próxima do nível máximo de cada célula (cerca de 34 g/dL). O sangue contém média de 15 gramas de hemoglobina por 100 mililitros (16 gramas nos homens e 14 gramas nas mulheres). Cada grama de hemoglobina pura é capaz de ligar-se a, aproximadamente, 1,39 mililitro de oxigênio. Na pessoa normal, mais de 20 mililitros de oxigênio podem ser transportados, ligados à hemoglobina, em cada 100 mililitros de sangue.

Gênese das células sangüíneas. Todas as células sangüíneas circulantes são

derivadas de células-tronco hemopoéticaspluripo-tenciais. As células pluripotenciais diferenciam-se para formar as células sangüíneas periféricas. Essas células são retidas na medula óssea para manter um suprimento constante.

Essas células são chamadas de células-tronco comprometidas. Células-tronco comprometidas diferentes produzirão colônias diferentes de tipos específicos de células sangüíneas.

O crescimento e a reprodução das diferentes células-tronco são controlados por várias proteí-nas, chamadas de indutores de crescimento.

Essa é a função de outra classe de proteínas, chamadas indutores da diferenciação.

Cada um desses indutores faz com que um tipo de célula-tronco passe por uma ou mais etapas de diferenciação em direção ao tipo final de célula sangüínea adulta. A formação de indutores de crescimento e de indutores de diferenciação é controlada por fatores externos à medula óssea. No caso dos glóbulos vermelhos, a exposição do organismo a baixo nível de oxigênio, durante longo período, induz o crescimento, diferenciação e produção de número muito aumentado de entrócitos.

Regulação da produção de Regulação da produção de hemáciashemácias

PAPEL DA ERITROPOETINA A massa total de hemácias no sistema circulatório é

regulada dentro de limites muito estreitos. Em condições normais, número adequado de hemácias sempre está disponível para prover a oxigenação suficiente dos tecidos. Qualquer condição que cause diminuição da quantidade de oxigênio transportado para os tecidos aumenta normalmente a produção de hemácias.

O principal fator que estimula a produção de hemácias é o hormônio circulante eritropoetina.

* 80 – 90 % produzida nos rins.

Formação da HemoglobinaFormação da Hemoglobina A síntese da hemoglobina começa quando o

glóbulo vermelho está em seu estágio de pró-eritroblasto e prossegue para o estágio de reticulócito, quando a célula deixa a medula óssea e passa para a corrente sangüínea.

A característica mais importante da molécula da hemoglobina é sua capacidade de ligar-se, fraca e reversivelmente, ao oxigênio > ferro.

O oxigênio é liberado nos líquidos teciduais sob a forma de oxigênio molecular dissolvido, e não como oxigênio iônico.

Metabolismo de FerroMetabolismo de Ferro O ferro é importante para a formação da

hemoglobina, da mioglobina e de outras substâncias, tais como os citocromos, citocromo oxidase, peroxidase e catalase. A quantidade total média de ferro no organismo é de cerca de 4 a 5 gramas. Aproximadamente 65% dessa quantidade estão sob a forma de hemoglobina.

O ferro é transportado e O ferro é transportado e

armazenadoarmazenado Quando o ferro é absorvido pelo intestino delgado,

ele combina-se imediatamente com uma beta globulina chamada de apotransferrina, formando a transferrina, que é transportada no plasma. Esse ferro está ligado fracamente. O excesso de ferro no sangue é depositado nos hepatócitos do fígado e nas células reticuloendoteliais da medula óssea. Uma vez no citoplasma da célula, o ferro liga-se com a proteína apoferritina, formando a ferritina.

Quando a quantidade de ferro no plasma diminui, o ferro é removido da ferritina e transportado pela transferrina, no plasma, para as partes do corpo onde ele é necessário.

AS ANEMIASAS ANEMIAS

Anemia significa deficiência de hemácias e pode ser causada pela perda rápida ou pela produção lenta de hemácias.

Anemia por perda de sangue; Anemia aplástica;Anemia megaloblástica e,Anemia hemolítica.

Anemia por perda de sangueAnemia por perda de sangue

Ocorre após hemorragia significativa. O organismo é capaz de repor o plasma

dentro de 1 a 3 dias; entretanto, a concentração de hemácias permanece baixa. Após hemorragia significativa, requer-se período de 3 a 4 semanas para que o número de hemácias retorne ao normal.

Anemia aplásticaAnemia aplástica

É o resultado de medula óssea não-funcional.

Isso pode ser devido a exposição a radiação gama ou a produtos químicos industriais tóxicos, ou, ainda, a reação adversa a drogas.

Anemia megaloblásticaAnemia megaloblástica

É o resultado de falta de vitamina B12, ácido

fólico ou de fator intrínseco. A falta dessas substâncias leva à reprodução

muito lenta dos eritrócitos na medula óssea.Como resultado, esses eritrócitos crescem

formando células grandes, de forma irregular, chamadas de megaloblastos.

Anemia hemolíticaAnemia hemolítica É o resultado de hemácias frágeis que se rompem

quando passam através dos capilares. Na anemia hemolítica, o número de hemácias que se formam é normal ou está acima do normal; no entanto, como essas células são muito frágeis, sua vida é muito curta. A anemia falciforme é um tipo de anemia hemolítica causada pela composição anormal das cadeias de globina da hemoglobina. Quando essa hemoglobina anormal é exposta a baixas concentrações de oxigênio, ela precipita-se, formando cristais longos no interior da hemácia. Isso faz com que a célula tenha forma anormal de foice e fique muito frágil.

POLICITEMIAPOLICITEMIA A policitemia é a condição na qual o número de

hemácias na circulação aumenta devido a hipóxia ou aberração genética.

Indivíduos que vivem em altas altitudes apresentam policitemia fisiológica como resultado da atmosfera tênue.

A policitemia também pode ocorrer em indivíduos com insuficiência cardíaca, por causa do aporte reduzido de oxigênio aos tecidos.

Policitemia veraPolicitemia vera

É uma aberração genética na linhagem celular hemocitoblástica.

As células blásticas continuam a produzir hemácias mesmo que muitas já estejam presentes na circulação. O hematócrito pode aumentar para 60 a 70%.

A policitemia aumenta muito a viscosidade do sangue; como resultado, o fluxo sangüíneo pelos vasos costuma ser lento.

Resistência do Organismo à Resistência do Organismo à InfecçãoInfecção

Leucócitos, Granulócitos, o Sistema Leucócitos, Granulócitos, o Sistema

Monócito-Macrófago e InflamaçãoMonócito-Macrófago e Inflamação Nossos organismos têm um sistema especial para

combater os diferentes agentes infecciosos e tóxicos aos quais estamos continuamente expostos. Os leucócitos (glóbulos brancos) são unidades móveis do sistema protetor do organismo. Eles são formados na medula óssea e no tecido linfático e transportados no sangue para as áreas de inflamação, para prover defesa rápida e segura contra qualquer agente infeccioso que possa estar presente. Seis diferentes tipos de leucócitos são encontrados normalmente no sangue.

Gênese dos leucócitosGênese dos leucócitos

Duas linhagens de glóbulos brancos são formadas a partir das células-tronco hemopoéticas pluripotenciais: a linhagem mielocítica e a linhagem linfocítica. Os granulócitos e monócitos são produtos da linhagem mielocítica, enquanto os linfócitos e plasmócitos são produtos da linhagem linfocítica.

Os granulócitos e monócitos são somente forma-dos na medula óssea. Os linfócitos e plasmócitos são produzidos principalmente nos vários órgãos linfóides, incluindo os linfonodos, o baço e o timo.

Vida média dos glóbulos brancosVida média dos glóbulos brancos

A principal razão pela qual os glóbulos brancos estão presentes no sangue é o transporte da medula óssea, ou do tecido linfóide para áreas do corpo onde eles são necessários.

A vida média dos granulócitos liberados da medula óssea é normalmente de 4 a 5 horas no sangue circulante e de mais 4 a 5 dias nos tecidos.

Quando há infecção grave nos tecidos, freqüentemente a vida média total é encurtada para somente poucas horas, porque os granulócitos dirigem-se rapidamente para a área infectada, desempenham sua função e, nesse processo, são destruídos.

Os monócitos também têm vida média curta de l0 a 12 horas antes de entrarem nos tecidos. Uma vez no interior dos tecidos, eles avolumam-se, atingindo tamanho muito maior, tornando-se macrófagos teciduais, desempenhando funções fagocíticas.

Os linfócitos entram no sistema circulatório continuamente junto com a drenagem da linfa pelos linfonodos. Após algumas horas, eles voltam aos tecidos através da diapedese e retornam à linfa e voltam para o sangue várias vezes; assim, existe circulação contínua dos linfócitos por todos os tecidos. Os linfócitos têm vida média de meses, ou até anos, dependendo da necessidade do organismo para essas células.

PROPRIEDADES PROPRIEDADES DEFENSIVAS DOS DEFENSIVAS DOS NEUTRÓFILOS E NEUTRÓFILOS E

MACRÓAGOSMACRÓAGOS

NEUTRÓFILOS E MACRÓAGOSNEUTRÓFILOS E MACRÓAGOS São principalmente os neutrófilos e monócitos que

atacam e destroem as bactérias invasoras, vírus e outros agentes nocivos.

Os neutrófilos são células maduras que podem atacar e destruir as bactérias e vírus no sangue circulante.

Os monócitos do sangue são células imaturas que têm muito pouca capacidade para combater os agentes infecciosos. Uma vez no tecido, elas amadurecem tornando-se macrófagos teciduais, que são extremamente competentes para combater os agentes das doenças.

Tanto os neutrófilos movem-se através dos teci-dos inflamados, por meio de movimentos amebói-des, quando estimulados por produtos formados nas áreas inflamadas. Essa atração é chamada de quimiotaxia.

Uma das funções mais importantes dos neutrófilos e dos macrófagos é a fagocitose.

Por razões óbvias, a fagocitose é muito seletiva. O organismo também tem meios específicos de

reconhecer certos materiais estranhos. Uma vez que uma partícula estranha tenha sido fagocitada, os lisossomas e outros grânulos citoplasmáticos imediatamente digerem a partícula fagocitada.

LeucemiasLeucemias As leucemias dividem-se em dois tipos gerais:

linfóides e mielóides. As leucemias linfóides são causadas por produção cancerosa descontrolada de células linfóides, que geralmente começa em um tecido linfóide, espalhando-se então para outras áreas do corpo. As leucemias mielóides começam com a produção cancerosa de células mielóides jovens na medula óssea e, então, disseminam-se por todo o corpo, de tal forma que glóbulos brancos são produzidos por muitos órgãos extramedulares.

Imunidade Natural e AdquiridaImunidade Natural e Adquirida

A imunidade é a capacidade de resistir a quase todos os tipos de organismos ou toxinas que danificam os tecidos do organismo.

A maioria dos organismos tem imunidade natural, que consiste em ações gerais, tais como a fagocitose de bactérias, destruição de patógenos por secreções ácidas, enzimas digestivas do trato gastrintestinal, resistência da pele à invasão e certos reagentes no sangue que se ligam aos organismos estranhos, ou às toxinas, e os destroem.

A imunidade adquirida é a capacidade de desenvolver mecanismos protetores extre-mamente potentes contra agentes invasores específicos, tais como bactérias letais, vírus, toxinas e mesmo tecidos estranhos de outros organismos.

A imunidade adquirida é iniciada por antígenos.

Dois tipos de imunidade adquirida ocorrem no organismo: a imunidade humoral ou imunidade das células B e a imunidade celular ou imunidade das células T.

A imunidade humoral ou imunidade das células B, envolve a produção de anticorpos circulantes que são capazes de atacar um agente invasor.

A imunidade celular ou imunidade das células T, é realizada pela formação de grandes números de linfócitos ativados que se destinam especificamente a destruir o agente estranho.

TOLERÂNCIA TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICAIMUNOLÓGICA