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1.0. Introdução
Ao classificar as sociedades humanas, encontramos dificuldades que não se registam em ciências
como a Física ou Química. Dois tipos de sociedade podem assemelhar-se num aspecto do
sistema social total e diferenciar-se noutro. Dai, torna-se necessário comparar as sociedades com
referência a algum aspecto particular ou parte do sistema social, económico, de parentesco, etc.
O presente trabalho foi realizado no âmbito do cumprimento exigido pela Universidade Católica
de Moçambique para aquisição de alguns créditos académicos de modo a fazer a cadeira de
História das Instituições Políticas II. Relativamente a estrutura, este trabalho de campo
compreende as respostas dos conteúdos tratados.
1.1.2. Objectivo
Consolidar os conteúdos tratados VIII à XIV do Manual de Curso de Licenciatura em
Ensino de História – História das Instituições Políticas II.
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Unidade VIII
1. Explique positivismo de Comte referenciando a lei dos três Estados que a humanidade
percorre sucessivamente.
R: A lei dos três estados resume o pensamento de Comte sobre a evolução histórica e cultural da
humanidade. Conforme escreveu em seu Curso de filosofia positiva, essa lei consiste em que
cada uma de nossas concepções principais, cada ramo de nossos conhecimentos, passa
sucessivamente por três estados históricos diferentes: estado teológico ou fictício, estado
metafísico ou abstracto, estado científico ou positivo. Comte caracteriza cada um desses três
estados:
No estado teológico – o espírito humano, dirigindo essencialmente suas investigações para a
natureza íntima dos seres, as causas primeiras e finais de todos os efeitos que o tocam, numa
palavra, para os conhecimentos absolutos, apresenta os fenómenos como produzidos pela acção
contínua e directa de agentes sobrenaturais mais ou menos numerosos, cuja intervenção arbitrária
explica todas as anomalias aparentes do universo.
No estado metafísico – que no fundo nada mais é do que simples modificação geral do primeiro:
os agentes sobrenaturais são substituídos por forças abstractas, verdadeiras entidades
(abstracções personificadas) inerentes aos diversos seres do mundo, e concebidas como capazes
de engendrar por elas próprias todos os fenómenos observados, cuja explicação consiste, então,
em determinar para cada uma entidade correspondente.
No estágio positivo – o ser humano desiste de procurar as causas íntimas dos fenómenos para,
através da observação e do método científico, estabelecer as leis gerais que os regem. O estado
positivo, portanto, corresponde à maturidade do espírito humano que não é mais enganado por
explicações vagas, uma vez que pode alcançar o real, o certo e o preciso.
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2. Faça uma análise do espírito de positivo de Comte.
R: Comte explica que a instituição da sociedade positiva daria-se, a princípio, através do
estabelecimento de um sistema universal de educação científica. Esse sistema deveria ser
universal porque, ao educar positivamente também o proletariado, tornaria-o consciente da
importância de seu papel social, e, por isso, resignado, por vontade própria, a exercê-lo -
condição necessária para a consubstanciação da paz imposta pela ordem, objecto de desejo do
autor. Continuando seu raciocínio, Comte diz acreditar também que o proletário estaria até mais
preparado para absorver esse tipo de conhecimento do que os membros da classe dominante,
tanto por não ter sido "contaminado" pela perspectiva metafísica, que moldava a educação
daqueles, quanto por estar, pelo tipo de actividade que exercia, de natureza manual, mais
conectado ao mundo "real".
3. Descreva o contributo do positivismo de Comte para a política.
Redigiu o Sistema de política positiva, no qual expôs algumas das principais consequências de
sua concepção de mundo não-teológica e não-metafisica, propondo uma interpretação pura e
plenamente humana para a sociedade e sugerindo soluções para os problemas sociais. Comte
idealizou para o devir uma sociocracia gerências por um Estado-maior de sábios tecnocratas,
aliados aos industriais, que tratariam à política o espaço das paixões humanas com as frias leis
das ciências naturais.
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Unidade IX
1. Explique em que contexto emerge o regime fascista na Itália?
R: O regime fascista na Itália emergiu a partir de 1919, e ganhou força principalmente após a
Primeira Guerra Mundial. Tendo sido desenvolvido por Benito Mussolini, líder italiano, foi um
sistema político que ganhou muita força. Sua denominação tem derivação da palavra “Fascio”,
que era um símbolo dos magistrados nos tempos do Império Romano. O símbolo era um
machado com o cabo rodeado de varas, que simbolizavam o poder do Estado e a unidade do
povo. Os fascistas também ganharam a denominação de “camisas negras”, já que usavam esse
tipo de uniforme.
2. Qual era a base de apoio do regime fascista? Justifique a sua resposta.
R: As bases de apoio do regime fascista eram:
As classes médias dos pequenos comerciantes e industriais, arruinados pela concentração
capitalista, e dos funcionários e detentores de rendimento fixos proletarizados pela
inflação.
Os quadros dirigentes da economia, grandes agrários e grandes industrias (do Ruhr e da
Lombardia) aos quais o fascismo se alia desde que chega ao poder, do exército, da igreja
e da cultura, que aceitam o regime em troca da sua estabilização conservadora e da
garantia dos seus privilegio de classe.
As próprias classes laboriosas, cujo bem-estar e dignidade se procurava promoverem,
através da absorção do desemprego e da integração de associações em tempos livres.
Grandes programas de obras públicas e de militarização foram então, responsáveis pela
diminuição do desemprego na Itália.
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3. Descreve o nacionalismo fascista.
R: O Nacionalismo Fascista - O Fascismo defendia os valores da Nação acima de tudo. O Estado
(que se identificava com a Nação) está acima de todos, e todos lhe devem respeito e obediência.
Existia, portanto, um culto à obediência e, por conseguinte, um culto à personalidade ou culto de
chefe, uma vez que o regime estava personificado no Chefe, Il Duce, Benito Mussolini, a quem
todos deviam obedecer. Identifica-se também o Nacionalismo Económico, que consiste na
fomentação da produção e consumo internos – política de autarcia – como modo de garantir ao
Estado uma auto-suficiência económica que o tornasse impermeável às crises do capitalismo.
Neste sentido, levaram-se a cabo campanhas para aumentar a produção nacional (e também
garantir emprego mais pessoas, uma vez que grande parte da população – em muitos casos,
imobilizados graças à Guerra – se encontravam desempregadas).
4- Apresente os principais traços do totalitarismo fascista
R: Os principais traços do totalitarismo fascista são:
A filiação do Partido único (Nacional Fascista);
A inscrição obrigatória dos trabalhadores na Frente do Trabalho Nacional-Socialista e
nos sindicatos fascistas no Partido, pelo que se fala da classe media e corporações mistas;
O Partido Fascista (único) cria a sua própria formação paramilitar;
Centralização do estado;
Expansionismo e militarismo.
5. Em que consistia o corporativismo no estado fascista?
R: O fascismo italiano concebeu uma forma inovadora de regulamentar a ligação entre o capital
e o trabalho. Na prática, as profissões foram organizadas em corporações e para cada profissão
foi criado um único sindicato patronal e um único sindicato operário. O êxito imediato do
corporativismo levou Mussolini a transformar estes sindicatos fascistas em sindicatos unificados
de patrões e empregados, criando, em 1934, as corporações mistas.
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Unidade X
1. Explique em que contexto emerge o regime nazista na Alemanha?
R: O Nazismo foi um fenómeno histórico gerado na Alemanha a partir de uma crise que pode ser
remontada à época da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Apesar de esse país ter se tornado
um dos mais importantes Estados industriais da Europa durante o reinado do imperador
Guilherme II (1888-1918), tornou-se, depois de quatro anos de intensa conflagração, uma nação
enfraquecida e politicamente instável. Isso, principalmente porque o Tratado de Paz de Versalhes
- assinado em 1919 entre os países vencedores da batalha - impôs severas restrições à Alemanha
derrotada., esse acordo não só diminuiu o poderio bélico da Alemanha, como também acabou
por acender um forte desejo de revanchismo por parte de sua elite militar e de seus grupos
dominantes.
2. Descreve o nacionalismo nazista.
R: Nacionalismo nazista: Defendia que tudo deveria ser feito para a nação, pois esta era a mais
alta sociedade. Para o nazismo, as humilhações surgidas com o Tratado de Versalhes deveriam
ser destruídas. Deveria ser construída a Grande Alemanha, que constituía o agrupamento das
comunidades germânicas da Europa, como a Áustria, os Sudetos e Dantzig.
3. Apresente os principais traços do totalitarismo nazi
R: Os principais traços do totalitarismo nazi são:
A filiação no Partido único (na Alemanha, respectivamente);
O culto do chefe: Hitler era venerado como um Deus;
Expansionismo e militarismo – numa só Pátria, numa só Nação, num só Povo
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4. Em que consistia o racismo no estado nazista?
R: O Racismo – Segundo essa ideologia, consistia em, os alemães pertenciam a uma raça
superior, a raça ariana, que sem se misturar a outras raças, deveria comandar o mundo. Os judeus
eram considerados seus principais inimigos. O combate a outras ideologias, como o marxismo, o
liberalismo, a franco-maçonaria e a Igreja católica, era fundamental. Certamente, foi nesse
contexto de ideias que as teorias raciais de Adolf Hilter e do nazismo buscaram todo sua
justificação. Além disso, o apartheid entre negros e brancos, ocorrido na África do Sul, poderia
também ser considerado como um fruto directo das teorias racistas.
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Unidade XI
1. Descreve o Nacionalismo combatido por Charles de Gaule
R: Charles de Gaule, quando eleito presidente iniciou um governo forte, nacionalista e
conservador, promulgou uma Constituição que reforçava os poderes presidenciais, com o
propósito de reconquistar o prestígio e o poder da França no exterior. Charles de Gaule recusara
a integração política da França numa Europa constituída sob um modelo supranacional. Para ele
esse modelo significaria o desaparecimento do nacionalismo de cada estado, e consequentemente
o da França. Isso beneficiário a hegemonia americana, na qual De Gaule combatia, por querer
levar a França a um nível de potência mundial.
2. Caracterizar o poder personalizado proferido por Charles de Gaule
R: Charles de Gaule assumi a legimitimidade a falta de sucessores, até que o povo possa
exprimir e rectificar ou auto-entronizacao. Reunidas nem por isso legitimidade e legalidade se
confunde. Sem a legitimidade a legalidade prevalece, mas não é valida. Sem a legalidade a
legitimidade será inútil. Mas aqui tudo se torna mais subil, incluindo o mal entendido entre os
Charles Gaule e os eleitores.
3. Qual é percepção de Charles de Gaule Parlamento limitado ou eliminado
R: A percepção de Charles de Gaule Parlamento limitado ou eliminado: Charles de Gaule parecia
encarar só uma limitação e ao uma eliminação do parlamento. A sua separação implica que o
poder executivo não possa provir do parlamento, sob pena de se chegar a uma confusão de
poderes em que, em pouco tempo o governo acabaria por não ser mais do que um conjunto de
delegações.
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Unidade XII
1. Explique o contexto da origem do Socialismo
R: O socialismo surgiu pela primeira vez em Inglaterra, em 1822, e logo a seguir, em França, em
1831, vários filósofos ingleses e franceses, com a intenção de coibir a continuidade da política
exploradora capitalista, passaram a ser chamados de socialista. Esse termo designada anarquista,
anarco-sindicalistas; mesmo havendo ideias bem diferentes dentre esses grupos. Isso porque
tinha uma crença em comum: a existência de uma economia que não beneficiasse somente
algumas classes, mas sim todas as pessoas.
2. Explique a contextualização das ideias socialistas.
R: Apesar das ideias socialistas terem sido criadas ainda no século XIX, foram somente no
século XX colocadas em vigor. O primeiro país a implantar esse regime político foi a Rússia, a
partir de 1917, quando ocorreu a Revolução Russa, momento em que o governo monarquista foi
retirado do poder e instaurado o socialismo. Após a Segunda Guerra Mundial, esse regime foi
introduzido em países do leste europeu, nesse mesmo momento outras nações aderiram ao
socialismo em diferentes lugares do mundo, a China, Cuba, alguns países africanos e outros do
sudeste asiático. Socialização dos meios de produção: todas as formas produtivas, como
indústrias, fazendas entre outros, passam a pertencer à sociedade e são controladas pelo Estado,
não concentrando a riqueza nas mãos de uma minoria. Não existem classes, ou seja, existe
somente a classe trabalhadora e todos possuem os mesmos rendimentos e oportunidades.
Economia planificada: corresponde a todo controle dos sectores económicos, dirigidos pelo
Estado, determinando os preços, os estoques, salários, regulando o mercado como um todo. O
socialismo que foi desenvolvido no decorrer do século XX e que permanece em alguns países até
os dias actuais é conhecido por socialismo real, em outras palavras foi executado de forma
prática. Por outro lado, o socialismo ideal é aquele desenvolvido no século XIX, que pregava
uma sociedade sem distinção e igualitária, que acabava com o capitalismo.
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3. Define o Socialismo.
R: O Socialismo é um sistema político-económico ou uma linha de pensamento criado no século
XIX para confrontar o liberalismo e o capitalismo. A ideia foi desenvolvida a partir da realidade
na qual o trabalhador era subordinado naquele momento, como baixos salários, enorme jornada
de trabalho entre outras. Nesse sentido, o socialismo propõe a extinção da propriedade privada
dos meios de produção e a tomada do poder por parte do proletariado e controle do Estado e
divisão igualitária da renda.
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Unidade XIII
Socialismo sem Estado
1. Quais são os ideais do socialismo sem estado de Saint Simon
R: Para Simon, os ideais do socialismo sem estado era de que só a sociedade industrial poderia
acabar com a crise que a sociedade passava. Este autor ainda marca a ruptura com o Antigo
Regime. Para Saint Simon, a Política era agora a ciência da produção, porem vem seu fim com a
justiça social.
2. Descreve o pensamento político de Fourier socialismo sem estado
R: O socialismo sem estado, Fourier adopta o falanstério, comunidade ideal composta de um
número bastante restrito de pessoas, equilibrando-se entre o número de habitantes do género
masculino e feminino, idosos e crianças, com tarefas distribuídas de modo equitativos e com uma
estrutura de tomada de decisões e reservas de apelo moral que não inibisse de modo algum as
paixões humanas.
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Unidade XIV
Socialismo contra estado
1. Proudhon afirma que a sociedade é o movimento perpétuo, não precisa que fortifiquem, nem
quem lhe marquem o compasso. Contém em si a sua mola, sempre tensa, e o seu pêndulo.
a) Faça o comentário em relação a afirmação acima.
R: Porque Proudhon refere que o Estado, não tem que intervir. Não aparece é nenhum lado.
Numa sociedade bem organizada, deve limitar-se, pouco a pouco, a só se apresentar a si próprio,
a nada. Criadas estas condições, o princípio de autoridade tende a desaparecer, O estado, a coisa
pública, república, assenta na base para sempre inabalável de direito e das liberdades locais
corporativas e individuais, cujo mecanismo resulta da liberdade nacional. O governo, para dizer a
verdade não existe.
2. Quais são as principais ideias do anarquistas libertários?
R: A principal ideia que rege o anarquismo é de que o governo formal é totalmente
desnecessário, violento e nocivo, tendo em vista que a população pode, voluntariamente, se
organizar e se sobreviver em paz e harmonia (anarquismo político).
3. Mencione o papel e o objectivo último dos sindicatos anarquista.
R: O papel e o objectivo último dos sindicatos anarquista e de luta contra a miséria. Os
sindicalistas antiparlamentarismo estão decididos a suprir o estado como organismo social e
fazer desaparecer qualquer governo de pessoas, para confiar os sindicatos, as federações e as
bolsas de trabalho o governo das coisas a produção, a distribuição e a troca.
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4. Para Marx, a revolução socialista não desenvolve de um jacto, num único momento ou uma
única etapa.
a) Faça o comentário sobre esta afirmação.
R: Porque para ele há duas fases distintas no processo de implantação do socialismo: a fase
inferior, que é da ditadura do proletariado e a fase superior, que é do comunismo propriamente
dito.
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3.0. Bibliografia
Manual de Curso de Licenciatura em Ensino de História- História das Instituições Políticas II, 2º
Ano- Módulo Único, UCM-CED.
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