View
218
Download
1
Category
Preview:
DESCRIPTION
Informativo Centro de Cafe
Citation preview
Centro de Café ‘Alcides Carvalho’ - IAC
Informativo CaféEdição 04 janeiro de 2010 Campinas - SP
Centro de Café ‘Alcides Carvalho’ - IAC
Café é destaque no Blog
da Secretaria de Agricultura
Para estreitar a comunicação com agricultores, profissionais
e lideranças do sistema agroindustrial, a Secretaria de
Agricultura e Abastecimento de São Paulo colocou no ar o
Blog Agricultura SP - www.agriculturasp.blogspot.com. Na
semana do lançamento, o blog foi apresentado com layout
especial de café, sendo o tema destacado em
apresentações online. Pesquisadores do ‘Centro de Café’
tem participado ao vivo com temas relacionados ao
IAC realiza curso intensivo de cafeicultura
agronegócio café. Sérgio Parreiras Pereira inaugurou o
novo espaço de interação com a palestra “Café e Redes
Sociais”. O pesquisador Marcelo Bento Paes de
Camargo e o extensionista Roberto Antônio
Thomazillo também já apresentaram suas
experiências no blog.
FORMAÇÃODIFERENCIADA
O Centro de Café ‘Alcides Carvalho’
- IAC - abriu as portas para incentivar
a especialização em cafeicultura de
20 estudantes de Agronomia
selecionados nas principais
universidades do Estado de São
Paulo. Entre 04 de janeiro e 03 de
fevereiro, a primeira turma do ‘Curso
de Extensão Universitária em
Cafeicultura’ foi recebida pelos
principais pesquisadores dos
institutos ligados a Agência Paulista
de Tecnologia dos Agronegócios
(APTA), que inclui o IAC, Instituto de
Economia Agrícola (IEA), Instituto
Biológico (IB) e Polo Regional de
Mococa (APTA Nordeste). O curso
teve a coordenação do pesquisador
A grade curricular abrangeu as
diversas áreas do conhecimento
relacionadas à cafeicultura,
contando com aulas teóricas,
práticas de campo e de
laboratório. O curso contou ainda
com quatro visitas técnicas para
o acompanhamento do conteúdo
apresentado. A primeira visita foi
à Fazenda Cambuhy, em Matão,
para explanação sobre fitotecnia
e manejo da lavoura cafeeira. Os
temas arborização e condução
experimental foram aprofun-
dados em visita ao Polo Regional
de Mococa, com a presença dos
pesquisadores Paulo Boller Gallo
e Glauco de Souza Rolim. Os
estudantes também tiveram a
oportunidade de conhecer a
torrefação Santa Colomba –
Grupo Daterra. O encerramento
do curso foi em Franca, na sede
da Cocapec, onde os estudantes
receberam informações sobre
armazenamento, classificação e
qualidade do café.
do IAC, Oliveiro Guerreiro Filho e do
extensionista Roberto Antônio
Thomaziello.
Na visão de Guerreiro, o curso
objetivou contribuir para a formação
acadêmica e despertar nos alunos
o interesse pela pesquisa científica
relacionada à cultura do café,
estimulando sua participação em
estágios de iniciação científica e em
programas de pós-graduação. Os
participantes do curso foram
informados sobre o Programa Café
desenvolvido no Estado de São
Paulo, servindo de orientação para
a formação de novos
pesquisadores. O curso é custeado
pelo IAC.
Estudantes são incentivados a ampliar o conhecimento sobre café
2 Informativo Programa Café do IAC
EDITORIAL
EXPEDIENTE
INFORMATIVO CAFÉ é uma publicação trimestral do Programa Café do IAC/APTA/SAA, sendo uma iniciativa do Centro de Café ‘Alcides Carvalho’. A distribui-ção é gratuita e dirigida a todos os segmentos que atuam no agronegócio café. É permitidaa reprodução de textos desde que citada a fonte.
Produção: Centro de Café ‘Alcides Carvalho’ - IAC
Jornalista responsável: Cibele Aguiar (Mtb 06097)
Colaboração: Pesquisadores do Centro de Café e parceiros.
Instituto Agronômico (IAC)
Caixa Postal 28 - 13001-970 - Campinas - (SP) BrasilTelefone: +55 (19) 32120458
www.iac.sp.gov.br
Centro de Café no Globo RepórterAs pesquisas cafeeiras e
as Fundações de Apoio
Uma preocupação tem alarmado pesquisadorescientíficos, professores e demais cientistas doBrasil: o Decreto 6.170/07, que proíbe orepasse de verbas federais para fundações deapoio para o financiamento de projetos depesquisa. A decisão do Tribunal de Contas daUnião (TCU) de que os institutos de pesquisase universidades devem receber as verbasfederais diretamente, e não mais por meio defundações criou um grande problema nodesenvolvimento de projetos, principalmentecom o café.O ponto crucial se refere às dificuldades dosórgãos de pesquisa estaduais de receberem asverbas, pois pequenas questões levam osEstados à inadimplência, mesmo que temporária,impossibilitando o recebimento das verbas. Deoutra parte, a maioria dos institutos de pesquisaestaduais não tem estrutura para administrar taisrecursos inviabilizando a execução dasimportantes pesquisas propostas. É importanteressaltar que o governo federal autorizou queverbas do PAC não precisam ir diretamente paraos governos estaduais. Além disso foiestabelecido um acórdão em que alguns setorespodem repassar as verbas para as fundações,como é o caso que ocorre na FINEP.Esta exceção deveria também incluir osinstitutos de pesquisas e universidades, paraque possam utilizar verbas federais em projetosde pesquisa gerenciados por fundações.Compartilhamos da opinião de que afiscalização deve ser rigorosa no emprego deverbas públicas. No entanto, impedir o usodessas verbas em fundações é uma falácia totalpara as pesquisas com o café.Alertamos que os principais projetos depesquisa com o café no IAC, ou em outrasentidades que fazem parte do ConsórcioBrasileiro de Pesquisas e Desenvolvimento doCafé, que muito já contribuíram à cafeiculturabrasileira, podem até ser paralisados.Evidentemente esta seria uma perda irreparávelpara o país, pois de acordo com o especialistaem economia James Rogers, lendárioinvestidor americano, “a riqueza mundial virádo campo e os produtos agrícolas irão dominaros mercados”.Apelamos para que as entidades científicas,classes políticas e os governos federal eestadual revejam esta questão urgentemente.
Luiz Carlos FazuoliPesquisador Cientifico
Curso de Atualização em
Cafeicultura lota anfiteatro do IACA nona edição do Curso
de Atualização em
Café, organizado pelo
Centro de Café ‘Alcides
Carvalho’, veio mais
uma vez consolidar o
evento como referência
em especialização
para os profissionais
ligados ao setor. Na
programação, palestras sobre
melhoramento do cafeeiro,
fertirrigação, cultura de tecidos,
qualidade da bebida,
monitoramento agrometeoro-
lógico, produtividade e custos
de produção aprimoraram o
conhecimento de 260 partici-
Em setembro de 2009, as
pesquisas desenvolvidas no
Centro de Café ‘Alcides
Carvalho’ foram novamente
destacadas em reunião da
Organização Internacional do
Café (OIC), em Londres, com
a exibição do programa
especial sobre Café e Saúde
no Globo Repórter. O
programa reforçou a
divulgação da descoberta de
três cafeeiros que produzem
grãos naturalmente
descafeinados. Dentre
tamanha diversidade do
banco de germoplasma, a
avaliação de quase três mil
cafeeiros revelou grãos com uma
composição em torno de 0,07% de
cafeína, quando o café arábica
normal tem em torno de 1,2%.
A pesquisadora Maria Bernadete
Silvarolla, relatou o trabalho que
vem sendo desenvolvido desde a
descoberta, com testes
sistemáticos em laboratório,
medindo o teor de cafeína nos
clones e buscando a melhor forma
de reproduzir este resultado em
cafeeiros de linhagem comercial.
A estimativa é que seus resultados
cheguem às lavouras num prazo
médio de 10 anos.
pantes com os últimos resultados
das pesquisas. Desta vez, as
palestras foram apresentadas por
profissionais do IAC e ligadas ao
Centro de Café. Em 2010, o curso
comemora uma década de
sucesso do programa de
transferência de tecnologia.
Informativo Programa Café do IAC 3
O projeto Bancos de
Germoplasma de Coffea e
espécies afins recebeu o prêmio
Embrapa 2009, na categoria
parceria. O projeto é liderado
pela Embrapa Café e executado
em parceria com o IAC (Instituto
Agronômico de Campinas),
Iapar (Instituto Agronômico do
Paraná), Incaper (Instituto
Capixaba de Pesquisa e
Extensão Rural), Epamig
(Empresa de Pesquisa
Agropecuária de Minas Gerais),
UFV (Universidade Federal de
Viçosa) e Embrapa Recursos
Genéticos e Biotecnologia. O
objetivo é manter os recursos
genéticos de café em diversas
instituições de pesquisas, de
várias regiões cafeeiras do país,
diminuindo a possibilidade de
perda da variabilidade genética
disponível em conseqüência das
adversidades climáticas ou de
qualquer outra natureza.
Projeto Bancos de
Germoplasma de
Coffea é premiado
pela Embrapa
Cafeicultura Familiar é
tema de Simpósio do IAC
Representantes da produção familiar
de café e formuladores de políticas
públicas para o setor se reuniram de
14 a 16 de outubro, no espaço
Cultural da Urca, em Poços de
Caldas, para o Simpósio de
Cafeicultura Familiar, com a
coordenação científica do IAC. O
evento faz parte da programação do
Café & Cultura, organizado pela
Prefeitura Municipal de Poços de
Caldas e que contou com o apoio do
Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento – MAPA.
Cumprindo o objetivo de ampliar o
debate sobre as ações voltadas à
cafeicultura familiar, foram
apresentadas políticas desenvol-
vidas no âmbito da Emater/MG,
Confederação dos Trabalhadores na
Agricultura (Contag), Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimen-
to (MAPA) e Ministério de Desenvol-
vimento Agrário (MDA). Participaram
do evento representantes da
Embrapa Café, Instituto Agronômico
de Campinas (IAC), Empresa de
Pesquisa Agropecuária de Minas
Gerais (Epamig), Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE), Instituto
de Economia Agrícola (IEA),
Conselho Nacional do Café (CNC),
Pólo de Excelência do Café, Instituto
Federal do Sul de Minas, Fundação
Procafé, e as universidades ESALQ,
UFLA e UFV.
Fazuoli destaca a
abrangência nacional do IAC
Pesquisadores debatem efeitos das mudanças climáticas
Especialistas de diversas áreas interagem em projeto multiinstitucional
Pesquisadores do Instituto
Agronômico (IAC), Embrapa Meio
Ambiente e Instituto Biológico (IB),
participam do Projeto Climapest. Em
2009 foi realizado na sede da Cooxupé,
em Guaxupé, workshop com a
participação de cerca de 260
técnicos, produtores e demais
profissionais do setor. Dentre os
temas abordados, a expectativa dos
cafeicultores em relação às
mudanças climáticas, os impactos
potenciais sobre doenças, pragas e
fisiologia das plantas, além da
apresentação de cultivares resistentes
e outras medidas de adaptação.
O café é uma das 16 culturas
contempladas no Climapest, projeto
nacional coordenado pela Embrapa
Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), com
a participação de 37 instituições de
pesquisa e a integração de 134
pesquisadores. Especificamente
para o café, o estudo será conduzido
no campo experimental da Embrapa
Meio Ambiente, denominado FACE
(Free Air Carbon Dioxide Enrichment).
Trata-se do primeiro experimento
desse tipo no Brasil e o primeiro no
mundo a estudar o café. O objetivo é
avaliar se os atuais problemas como
a ferrugem, a cercosporiose e o bicho-
mineiro, por exemplo, vão continuar
com a mesma importância para a
cultura. Além disso, serão estudados
os impactos da radiação UVB na
microbiota associada às plantas de
café, como patógenos e outros
microrganismos que habitam
naturalmente as folhas.
4 Informativo Programa Café
Atendendo à demanda das
associações de cafeicultores de
Divinolândia, Franca e Serra Negra, a
temática que envolve a indicação
geográfica, demarcação geográfica e
certificação de origem tem norteado
as reuniões da Câmara Setorial do
Café. Com o objetivo de traçar
estratégias de sustentabilidade para
a cafeicultura no Estado de São
Paulo, foi criado um grupo de trabalho
com representantes das instituições
participantes. tendo como
representante do Centro de Café
‘Alcides Carvaho’ a pesquisadora
Flávia Bliska.
Para o presidente da Câmara Setorial,
Nathan Herszkowicz, a Indicação
Geográfica ou a certificação de origem
é uma demanda das principais regiões
produtoras do Estado, com iniciativas
locais que podem ser integradas em
um esforço conjunto. A partir do setor
produtivo organizado, o que já vem
ocorrendo por meio das associações,
será possível o encaminhamento de
sugestões ao governo para elaboração
de políticas públicas.
O vice-presidente da Associação dos
Produtores de Café de Montanha de
Divinolândia (APROD), Francisco
Sérgio Lange, apresentou um
documento que solicita a elaboração
do “Programa de Desenvolvimento
Sustentável da Cafeicultura Paulista de
Montanha”. Em sua visão, identificar e
demarcar as regiões, preparar as
propriedades para os critérios das
certificações com acompanhamento
técnico e oferecer créditos e
financiamentos deverão ser os pilares
do Programa que, bem conduzido,
deverá trazer justiça social, geração de
renda, emprego, reconhecimento da
cafeicultura paulista, acesso a novos
mercados, preservação ambiental
entre tantos outros benefícios.
A Indicação Geográfica é um dos
mais importantes selos decertificação para o mercado
mundial e, até o momento, existe noBrasil apenas uma IG para café, no
Cerrado de Minas Gerais. Atentosa essa nova tendência no cenário
da cafeicultura brasileira, um projetomulti-institucional e multidisciplinar
coordenado pelo professor FlávioMeira Borém, do Departamento de
Engenharia da UniversidadeFederal de Lavras (UFLA), busca
informações técnico-científicas queauxiliem o monitoramento da
qualidade e rastreabilidade do cafée ofereçam subsídios para a
indicação geográfica.O estudo envolve uma equipe de
mais de 30 pesquisadores, técnicose estudantes de graduação e pós-
graduação, representando a UFLA,o Instituto Agronômico de Campinas
(IAC), a Embrapa-Café, a Empresade Pesquisa Agropecuária de Minas
Gerais (Epamig) e o Instituto MineiroAgropecuário (IMA). A equipe
técnica é formada por especialistasde diversas áreas do
conhecimento, compreendendoaspectos relativos ao clima, solo,
condução da lavoura,processamento, secagem,
composição química e demaisfatores que interferem na qualidade
e no perfil sensorial do café.
IAC participa de projetode Indicação GeográficaIAC participa de projetode Indicação Geográfica
Os pesquisadores do Centro deCafé (IAC): Gerson Silva Giomo
(Tecnologia pós-colheita), Terezinhade Jesus Garcia Salva (Fitoquímica)
e Sérgio Parreiras Pereira(Certificação e Desenvolvimento
Rural Sustentável) . participam doprojeto que está sendo
desenvolvido na microrregião daSerra da Mantiqueira, composta por23 municípios localizados no
entorno de Carmo de Minas, noEstado de Minas Gerais.
Trata-se de uma região que temalcançado freqüentemente as
primeiras colocações em concursosnacionais e internacionais de
qualidade. Assim, alguns parâmetrosespecíficos e destacados pelo estudo
poderão constituir indicadores paraa avaliação/determinação da
qualidade do café em processos queenvolvam a solicitação de Indicação
de Procedência (IP) e Denominaçãode Origem (DO).
O apoio financeiro é do ConselhoNacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq), porintermédio da Secretaria de Defesa
Agropecuária (SDA), do Ministério daAgricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA). Tambémapóiam o projeto a Associação de
Produtores de Café da Mantiqueira(APROCAM) e Cooperativa Regional
do Vale do Rio Verde (COCARIVE).
Região de Carmo de Minas é avaliada em projeto nacional
Câmara Setorial do Cafédebate Indicação Geográfica
e Certificação de Origem
Recommended