Jornal Preto no Branco 3º Período

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Jornal Escolar

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Escola Secundaria joao de Deus

Número 58Dezembro 2010

0,50 euros

«UM HOMEM SINGULAR»Aos olhos de uma jovem de 16 anos

Viver numa escola moderna vai transformar os alunosdesta Escola

Na conversa com a Ministra da Educação

As Obras na Escola

Pág.22

Pág.7

Págs.20 e 21

Sérgio SousaPiloto da BMW

Págs.14 e 15

Pág.11

Mensagem de NatalPág.25

Livros para FériasPág.5

Bookcrossing na Escola

Pág.4

Hip-hop onde quem canta conta a sua história

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Agenda

Depois da nova versão do Preto no Branco completar um ano e do seu grande sucesso, cá estamos de novo para vos desejar um ano lectivo cheio de alegria e amizade.Na última edição mostrámos como irá ficar a nossa escola após as obras que se irão realizar durante o ano lectivo 2010/2011 e pretendemos nas próxi-mas edições continuar a informar os alunos das modificações a ocorrer nas diferentes zonas da escola..Para este número do Preto no Branco convidámos a aluna Beatriz Paixão para realizar a Grande Entrevista, desta vez à Sra. Ministra da Educação, Isa-bel Alçada, que visitou a nossa escola no início deste período lectivo.Com mais um entrevista, conduzida pelas alunas-jornalistas Carolina Roque, Rita Engrácia, Inês Metelo e por mim própria, pretendemos escla-recer as dúvidas e curiosidades que os docentes e alunos desta escola pos-sam ter relativamente ao andamento das obras.Queremos agradecer ao engenheiro João Gonçalves por ter colaborado connosco e nos ter fornecido os pla-nos do que vai futuramente ocorrer nas várias zonas de intervenção.Mas não são só as obras que surgem como tema desta edição! Basta abrir o PB e vão encontrar um mundo de informação a fervilhar. Desejamos a todos – alunos, profes-sores e funcionários – boas leituras nas férias do Natal!Preto no Branco, mais comunicação na escola.

•As turmas 11ºB,G,F e H deslocaram-se ao Tribunal Judicial de Faro para assistirem a audiências de julgamento nos dias 26 de Novembro e 3 de Dezembro. Para responder a algumas questões levantadas pelos alunos, contámos com a disponibilidade do Juiz responsável por um dos processos em julgamento.

•As turmas 11ºB e C realizaram uma visita de estudo a Lisboa no dia 2 de Dezembro. A visita incidiu nas exposições “Viajar” e “Corpo” no âmbito das comemorações do Centenário da República e proporcio-nou aos alunos a assistência a uma sessão plenária da Assembleia da República.

•O Gabinete de Apoio ao Adolescente, no âmbito das iniciativas da Es-cola Promotora de Saúde, organizou uma corrida de orientação no dia 2 de Dezembro. O objectivo desta iniciativa prende-se com a neces-sidade de a escola sensibilizar os jovens para a problemática da SIDA.

E ainda...

•A 15 de Dezembro, ocorrerá o corta-mato escolar organizado pelos profes-sores de Educação Física.

•A 17 de Dezembro, haverá eleições para a associação de estudantes (a cam-panha decorre nos dois dias anteriores).

•A 17 de Dezembro, os talentos da casa darão cor ao Sarau de Natal orga-nizado pela Biblioteca.

•A 20 de Dezembro, professores e funcionários são convidados para um Jantar de Natal organizado pela Direcção da Escola.

E D I T O R I A L

Ana Mafalda

Sarmento

de voltaAGENDA DE DEZEMBRO

No passado dia 4 de Outubro os alunos Soraia Cavaco, João

Laranjo, Sara Machado e Pedro Romba em conjunto com a discoteca First Floor organizaram uma Dark Party, em que os alunos da nossa es-cola tiveram que ir vestidos de roupa escura. As portas abriram-se às 23h30 e pudemos contar com o dj residente

Dark Party a campanha eleitoral para a associação de estudantes já começou?

por Ana Mafalda Sarmento e Ines Metelo

e com toda a animação possível. Os organizadores desta festa vendiam paus luminosos, óculos e pintavam as nossas partes do corpo com tintas fluorescentes para assim manter o espírito da festa. Foi mais uma das festas em que os alunos do nosso Li-ceu marcaram presença ! Eleições à vista ...

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Escola

Daniel Oliveira, membro da Am-nistia Internacional Portugal

proferiu, na nossa escola, uma pal-estra sobre os Direitos Humanos, no passado dia 2 de Dezembro de 2010.O grupo de área de projecto da turma A do 12ºano convidou-o com o intu-ito de informar e esclarecer algumas dúvidas dos alunos das turmas 11ºF, 12ºA e 12ºB.A visão da Amnistia Internacional é a de um mundo em que cada pes-soa desfruta de todos os Direitos Hu-manos consagrados na Declaração Universal dos Direitos Humanos e noutros padrões internacionais de Di-reitos Humanos. Daniel Oliveira, Coordenador de Ac-tivismo e Formação da AI Portugal, realizou uma palestra dinâmica e bem absorvida pelos alunos e profes-sores, dado que se estabeleceu uma excelente interacção entre o orador e o auditório. Perante as questões colo-

O núcleo de Nanismo proferiu no auditório da escola uma palestra

alusiva ao tema “Nanismo”, no pas-sado dia 12 de Novembro de 2010, que contou com a presença da Dr.ª Céu (psicóloga e portadora de na-nismo) e um membro da Associação Raríssimas, Paula Simões. Nanismo, é o que vulgarmente conhecemos como ‘’anão’’. Esta palestra teve como objectivo sensibilizar a comunidade escolar em relação à discriminação de que são alvo os portadores da doença e escla-recer acerca das dificuldades encon-tradas no seu dia-a-dia.

Em defesa dos Direitos Humanos

cadas pelo orador, os alunos demon-straram um grande interesse, ao inter-virem com pertinência e clareza. Por exemplo, quando o Daniel perguntou aos alunos se tinham conhecimento de outras organizações não-gover-namentais além da AI, a maior parte deles soube enumerar algumas delas. Este interesse revelado pelos alunos deveu-se em grande parte à forma como o orador cativou o auditório. Os resultados positivos nos inquéri-tos preenchidos pelos alunos também nos permitiram chegar à conclusão que a palestra teve um enorme êxito.Um dos grandes objectivos da pales-

tra foi transmitir o impacto de uma simples assinatura online na defesa dos Direitos Humanos. Se milhares de pessoas em todos os países (o que equivale a milhões de pessoas em todo o mundo) aderirem às petições, as situações de violação de Direitos Humanos serão denunciadas e pos-teriormente evitadas. Não custa nada assinar uma petição online, basta ap-enas o vosso nome, nº de BI/Cartão de cidadão e a vossa localidade. Caso algum dos membros da comuni-dade escolar queira informar-se com maior pormenor e participar nalgu-mas acções com vista a defender os direitos humanos, poderá tornar-se membro do grupo de estudantes da AI da Escola Secundária João de Deus, que irá ser fundado no início do 2º período escolar.Para mais informação consulte o blogue do grupo www.ainestemundo.blogspot.com.

de Nuno Matias, Pedro Catulo e Miguel Monteiro

(En)contra a diferençade Liliana , Joana e Sara

Esta palestra derivou do projecto que estamos a desenvolver no âmbito da disciplina de Área Projecto (12.º A), relacionada com o Tema “Doenças Raras”.

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Escola

No passado dia 25 de Outubro, comemorou-se o Dia Interna-

cional das Bibliotecas Escolares. Nesse sentido, a BE realizou uma actividade de webquest com algu-mas turmas do 10º ano, com o ob-jectivo principal de dar a conhecer a biblioteca, ao permitir que os alunos explorassem a mesma, enquanto pro-curavam um livro ou DVD seguindo um conjunto de pistas previamente fornecido.

A cada turma, foi feita uma breve descrição do funcionamento da BE, arrumação dos livros e tabela CDU. Em seguida formaram-se grupos de cerca de 5 alunos e iniciou-se a tare-fa.A actividade foi realizada com re-curso a 4 computadores e, no final, cada membro do grupo mais rápido recebeu um livro, oferta da BE.Os alunos preencheram, no final, um questionário de avaliação da activi-dade, pelo qual foi possível compro-var que, em geral, foi bem recebida e os alunos consideram importante repetir actividades do género, como forma de promoção e incentivo à lei-tura.

O conceito de Bookcrossing está já bem implantado em todas

as sociedades modernas. Portugal

aderiu mais recentemente a este movimento, mas actualmente encon-tra-se já em igualdade com os princi-pais países da Europa, representando neste momento uma das maiores correntes a nível Europeu. O Book-crossing pode ser definido como um acto de cidadania e de altruísmo que consiste na prática de deixar um livro num local público, para que outros o encontrem, o leiam, o voltem a lib-ertar e assim sucessivamente. A Es-cola Secundária João de Deus é uma ZOL (Zona Oficial de Libertação). Os livros encontram-se à entrada da BE e podem ser levados por qualquer membro da comunidade escolar, de-vendo ser devolvido em qualquer outra ZOL indicada no folheto infor-mativo existente no interior de cada livro. Cada um tem ainda um BCID

Dia Internacionaldas Bibliotecas Escolares

Realizou-se no dia 18 de Novembro de 2010 o lançamento do Pro-jecto Bookcrossing, que tem como objectivo fomentar e facilitar o acesso à cultura e, especificamente, à leitura.

Bookcrossing na nossa Escola

(Bookcrossing Identity), um código único para cada livro, que permite ao leitor registar a sua leitura no site oficial do movimento (www.book-crossing.com). Desta forma, toma conhecimento dos locais onde o livro já esteve e das pessoas que já o leram, sendo um “diário” do mesmo.Pelas 10.00h, três membros da eq-uipa da BE distribuíram, na sala de professores, uma flor a cada docente, juntamente com um cartão onde con-stavam as instruções básicas acerca do funcionamento do Bookcrossing. Este gesto teve um impacto bastante positivo entre os participantes, uma vez que o objectivo principal, de dar a conhecer o Projecto e incentivarà sua adesão, foi cumprido. os profes-sores mostraram-se interessados e cu-riosos, e desta forma podem, por sua vez, informar os respectivos alunos acerca deste.Foram ainda colocados, na BE e nas portas das salas de aula, balões e car-toes informativos, para despertar o interesse dos alunos e dar a conhecer o Projecto.

Os balões simbolizam a libertação do livro, que é o objectivo principal de-sta actividade.Visita a BE para mais informações e participa no Bookcrossing!

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Cultura

No dia 29 de Novembro teve lugar, na Biblioteca Mu-nicipal de Faro, a entrega de prémios e o lançamento do livro com os textos e ilustrações vencedoras.A Sarah, autora do texto “Fado” foi classificada em 2.º lugar, e o Pascal, o Jorge e o Miguel foram vencedores do concurso de ilustração dos textos.Integrado nas comemorações dos 550 anos da morte do Infante D. Henrique, a Direcção Regional de Educação do Algarve, a Direcção Regional de Cultura e o Núcleo de Filatelia de Faro – ATAF – promoveram o Concurso Literário “O Infante D. Henrique no Algarve”.

“Sophia” de 5ª edição de concurso literário“A lâmpada de Aladino” de Luís Sepúlveda “As 3 vidas” de João Tordo “O Senhor Valery” de Gonçalo Tavares“Praça de Londres” de Lídia Jorge

Livros para fériasAs escolhas de Godinho

Vencedores do concurso literário

Os alunos da nossa Escola, Sarah Virgi, Pascal Mind-er e Jorge Miguel Gouveia e Ruben Miguel Estêvão, foram vencedores do concurso literário “O Infante D. Henrique no Algarve”.

Sophia5ª edição do concurso literário Sophia de Mello Breyner Andre-sen1º Prémio na CategoriaTexto - Ensino secundárioSofia Galego Silva - ESJD1º Prémio na Categoria Ilustração – Ensino SecundárioPedro Miguéis do Vale - ESJD

No dia 10 de Setembro, Dia do Diploma, os alunos Tiago

Miguel Ling e Juceila Fer-nades receberam os certificados de melhores alunos da Escola.

Nesta terceira edição do Dia do Di-ploma, todas as escolas e os agru-pamentos que leccionam o ensino secundário promoveram uma acção formal de entrega de certificados e de diplomas aos alunos que tenham terminado o ensino secundário no ano lectivo de 2009/2010. O Dia do Diploma tem como objec-tivo principal promover a valoriza-

Dia do Diploma “atribui” prémios de mérito aos melhores alunos

ção do ensino secundário, valorizar o trabalho dos alunos, dos professores e das escolas. Com o objectivo de reconhecer e de valorizar o mérito, a dedicação e o esforço no trabalho e desempenho escolares, o Ministério da Educação atribui um Prémio de Mérito aos mel-hores alunos de cada escola que ten-ham concluído o ensino secundário.Este prémio é atribuído, em cada es-cola do ensino público ou privado, bem como em escolas profissionais, ao melhor aluno dos cursos científico-humanísticos e ao melhor aluno dos cursos profissionais ou tecnológicos.

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Cultura

PUNK IS NOT DADDY é uma via-gem pelos anos oitenta, testemunhada por um cineasta neófito. São cine-diários inéditos de Edgar Pêra: as Ruínas do Chiado, o quotidiano em Lisboa e Madrid, os Estados Gerais do Cinema Português, e sobretudo intervenções de bandas pop - a prin-cipal referência cultural dessa época. PUNK IS NOT DADDY testemunha o crescimento e ocaso dos Heróis do Mar, os bastidores dos GNR num concerto da APU, os concertos abrasadores dos Xutos & Pontapés, a sonoridade céltica dos Sétima Legião, a pop despudorada dos Delfins, a mil-itância dos Clandestinos, a rodagem dos videolips dos Rádios Macau. E

No passado dia 14 de Outubro, os alunos de Francês da turma

11ºC, empenharam-se na organiza-ção da actividade Une Quiche Lor-raine vaut toujours la peine! – em português, uma Quiche Lorraine vale sempre a pena! –, isto é, a preparação e a venda de diversas variedades de quiches e tartes à comunidade esco-lar.A Quiche Lorraine é uma especiali-dade francesa que surgiu no século XVI, mais propriamente da região de Lorraine, a nordeste do país. Tratava-se de uma torta aberta, recheada com creme feito de leite e ovos e bacon de-fumado. Posteriormente, foi-lhe adi-cionado queijo. Tornou-se popular na Inglaterra e nos Estados Unidos após a II Guerra Mundial. Todavia, pode-se encontrar hoje em dia em vários

Une QUiche Lorraine vaUt toUjoUrs La peine!

por Joana Cavaco e Sarah Virgi

outros países uma grande variedade de quiches, desde a original quiche Lorraine até àquelas com outros com-ponentes além do bacon, como as de espinafres, salmão, frango, etc.Com esta iniciativa pretendemos di-fundir esta receita tão apreciada e, por conseguinte, a própria cultura france-sa, de forma a incentivar o interesse pelo estudo e aprendizagem de uma

nova língua de futuro – e que se encontra neste momento um pouco “oubliée”, mas que oferece grandes opor-tunidades a to-dos os níveis – e também pela sua vasta tradição

cultural. Por outro lado, visa igual-mente a angariação de fundos para uma visita de estudo a realizar ainda durante este ano lectivo.Agradecemos a vossa colaboração no projecto e prometemos voltar (no seguimento da actividade realizada no ano passado) com La Chandeleur, a festa dos crepes!

PUNK IS NOT DADDY (2010) um filme de Edgar Pêra13 de Dezembro às 21:30 no IPJ – Faro(estudantes - 3,5 euros, restante público- 4 euros)

até a polémica da Final do Concurso de Música Moderna do Rock Rendez Vous, os ensaios dos Censurados no apocalíptico quarto de João Ribas ou o derradeiro (anti)concerto do RRV com os Zao Ten de Farinha Master. PUNK IS NOT DADDY retrata, na primeira pessoa, a primeira década descomprometida com o fascismo, já com a revolução em eco. Finalmente, arte em liberdade.

O CINECLUBE DE FARO PROPÕE ...

Edgar Pêra

GNRRádio Macau

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Cultura

Ao reflectir sobre o desafio de es-crever sobre esta peça de teatro

várias questões surgiram na minha cabeça. O que será que os jovens de hoje em dia esperam de um peça de teatro? Será que se interessam sequer em ver teatro? Efectivamente, não sinto que os interesses dos jovens da minha idade passem pelo teatro. É o que me apercebo nas conversas e nas suas atitudes. Preferem o cinema, a música, a tecnologia… Talvez esse desinteresse seja devido à falta de hábito, à educação e ao desconheci-mento da essência do teatro. Porque se a conhecessem, não tenho a menor dúvida que iriam substituir muitas das suas actividades normais por idas ao teatro.É sempre com agrado que assisto às peças da ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve. O tema desta produção não é o mais apelativo para os jovens mas, mesmo assim, acho que é um espectáculo que vale a pena ver. «Um Homem Singular» retrata episódios da vida de Manuel Teixeira Gomes, através de cenas que são reg-istos fotográficos.

Esta peça é uma forma inter-essante de ficarmos a conhec-er melhor a nossa história.

por Catarina Silva

«UM HOMEM SINGULAR»Aos olhos de uma jovem de 16 anos

A essência do Teatro

Principalmente para os jovens, que es-tão, em princípio, menos informados acerca destes episódios da história do nosso país. Eu aprendi muito.Manuel Teixeira Gomes, presidente na Primeira República Portuguesa, era um homem auto-disciplinado e rigoroso em todas as tarefas que em-preendia. Foi o sétimo presidente da República Portuguesa e o primeiro Algarvio. Natural de Portimão, apa-ixonou-se, aos 39 anos, por Belmira das Neves, uma jovem adolescente de 14 anos. Morreu em 1941, em Bou-gie, na Argélia.Em relação às diferentes componen-tes da produção, destaco em primei-ro lugar o cenário, que me agradou bastante pela forma como envolvia as personagens. Como se a acção se passasse dentro de uma câmara fotográfica e os actores representas-sem o momento em que cada uma das fotografias tinha sido capturada.

A música e a dança são outros dois elementos fundamentais na peça. Caracterizam muito bem os va-lores de libertação e de esperança. A emocionante dança da Ana Filipa Antunes, apenas acompanhada pelo silêncio, deixou-me a mim e pelo que senti, todo o público contagiado pela cena. E como foi bom ouvir o nosso Hino ser tocado daquela forma tão profunda por José Alegre!No que diz respeito ao vídeo que pas-sou ao longo da peça, com o símbolo feminino da República a vaguear por paisagens desertas, provocou algu-ma discussão entre amigos meus. A reacção da maioria foi negativa. Con-sideram não haver razões para uma actriz se expor daquela maneira, para se submeter a essa situação. Eu acho

que há:Paixão! O teatro implica entrega. Essa é uma das razões pela qual considero que os jovens não compreendem a es-sência do Teatro.

Porém, questiono:

Teria sido necessário focar tanto a ideia de nudez?

Não coloco esta questão por razões de pudor. Acho apenas que a imagem da Primeira República Portuguesa é suficientemente conhecida e talvez se tenha tornado um pouco exagerado toda aquela exposição. Teria achado mais interessante a transmissão da mesma mensagem através de outro simbolismo, ou somente não terem realçado tanto este.No cômputo geral, considero uma peça muito divertida que me deu a conhecer muito melhor todos aqueles factos da vida de Manuel Teixeira Gomes. Penso revê-la novamente (talvez no nosso grande Teatro Le-thes) para assimilar algumas coisas que não estão ainda muito claras no meu pensamento. Por agora, desejo as maiores felicidades à ACTA.

Edgar Pêra

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Escola

No passado dia 6 de Outubro, teve lugar no auditório da nossa es-

cola uma palestra relativa às comem-orações do Centenário da República, proferida pelo professor António Rosa Mendes, da Universidade do Algarve. O professor António Rosa Mendes começou por apresentar os problemas que a Monarquia enfren-tava. De acordo com a Carta Con-stitucional então em vigor, o rei não passava de um árbitro que controlava dois partidos que pouco diferiam de programa político e governavam em rotativismo. Esta situação permitia um enorme abuso de poder por parte do governo e um consequente con-trolo dos cargos políticos. Assim, num país onde o voto ainda não era universal mas sim censitário, de nada adiantava aos poucos cidadãos que a ele tinham acesso a detenção desse direito, uma vez que acabavam por se deparar constantemente com um gov-erno "rotativo" que quase nada ouvia a voz do cidadão. O partido Republicano, cria-do na década de 1970, ia conseguin-do implantar-se, explorando junto das massas os escândalos financeiros e políticos da Monarquia. O que pre-tendiam os republicanos? Um Estado que não dependesse de um líder en-contrado por sucessão, a diminuição da importância da Igreja católica - liberalizando a religião e criando o registo cívil - e, acima de tudo, o direito à cidadania e à participação mais activa na política do seu país.Com o crescente descontentamento popular, o inevitável aconteceu. O

O Centenário da República uma palestra na escolapor Rita Baptista

Regicídio, a 1 de Fevereiro de 1908, quando a familia real regressava de Vila Viçosa, onde passava lon-gas temporadas. Sem rei e príncipe herdeiro, os restantes dois anos de Monarquia Constitucional no nosso país tiveram como monarca um jo-vem de 18 anos – D. Manuel II - sem qualquer preparação para desempen-har o importante cargo que lhe fora imposto. Esta fragilidade reforçou o Partido Republicano, que reforçava a sua implantação nas áreas urbanas, particularmente em Lisboa, permitin-do-lhes, sem grande esforço e quase sem derramamento de sangue, proc-lamar a República, a 5 de Outubro de 1910 A notícia da queda da monar-quia rapidamente se espalhou por todo o país, sobretudo graças ao telé-grafo. No entanto, na cidade de Faro os telégrafos não estavam a funcio-nar, o que aumentou ainda mais a

curiosidade dos populares que já tin-ham ouvido o boato de que algo de muito importante se tinha passado em Lisboa. Havia ainda a opção de ir a uma estação de comboios informar-se junto de alguém que regressasse da capital, porém, na altura, não exis-tiam linhas férreas a sul da cidade de Beja. Assim, os farenses só tiveram conhecimento deste novo regime na noite de dia 5. Muitos se dirigiram à praça de Faro (actual jardim Manuel Bivar) e um popular, de seu nome João Pereira, fez questão de incenti-var os populares a dirigirem-se para o Governo Civil, na tentativa de lá hastearem uma bandeira com as cores republicanas – verde e vermelho. Vi-ram a sua tarefa dificultada devido à oposição do Governador Civil, situa-ção que rapidamente foi ultrapassada por um jovem marinheiro que, auda-ciosamente, conseguiu subir ao arco da vila e lá erguer a bandeira. Num grande clima de felicidade realizou-se uma marcha auflambeau, onde só faltou uma banda para animar ainda mais os ânimos; esta só chegou de

Loulé no dia seguinte, pecando por não ter ensaiado previamente a músi-ca que todos desejavam ouvir: A Por-tuguesa. Zacarias José Guerreiro che-

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Escola

Com o tema “Que futuro para a educação (?)” arrancou o pro-

grama Parlamento dos Jovens e na nossa escola já existem 4 listas inscri-tas, mas até 13 de Dezembro ainda se podem inscrever mais listas . A 15 de Dezembro serão afixadas as listas do Parlamento, para assim começarem a elaborar as propostas para o projecto de recomendação da escola.Ente 17 e 19 de Janeiro dar-se-á inicio á campanha eleitoral, ou seja as listas irão apresentar as suas propostas e às 10:15 do dia 19 haverá um debate no auditório da escola.Por fim, no dia 20 de Janeiro decor-rerão as eleições e a 24 de Janeiro ás 10:15 haverá um debate com o depu-tado do círculo eleitoral de Faro.Ás 14:30 haverá a sessão escolar e nela os 31 deputados escolares de-

PARLAMENTO NA ESCOLApor Ana Mafalda Sarmento e Inês Metelo

verão trabalhar as propostas exis-tentes de forma a elaborarem aquela que será a proposta da escola na ses-são distrital a decorrer em Março no Auditório do IPJ. Depois, caso a nos-sa proposta seja suficientemente forte para persuadir os outros deputados distritais, estaremos na sessão nacio-nal, na Assembleia da República nos dias 30 e 31 de Maio.O Preto no Branco irá acompanhar as várias etapas deste programa de edu-cação para a cidadania e deseja a to-dos os intervenientes uma enriquece-dora jornada de trabalho.

gou dia 6 de Outubro de Tavira, às 6 da manhã, para tomar posse do Gov-erno Civil, e foi neste momento que a República chegara, efectivamente, a Faro e ao Algarve.O professor palestrante questionou o auditório se a República teria cor-respondido às imensas expectativas que criara. Concluiu-se que não, uma vez que problemas como os elevados níveis de analfabetismo, o endividam-ento do país e os bloqueios económi-cos, entre muitos outros, perduravam.

Chegou-se também à conslusão que a I República acabou por não ser democrática, uma vez que apenas 5% da população podia participar activa-mente na vida política – apenas vo-tavam os homens que tivessem uma idade superior a 21 anos, que fossem chefes de família e que soubessem ler e escrever -, e porque as grandes apostas políticas republicanas, como da educação e os direitos de cidada-nia, não se concretizaram de forma satisfatória. A I República acabou por ser deposta, em Maio de 1926, por um golpe militar, que todos espera-vam ser de pouca duração, mas que se perpetuou com uma ditadura con-servadora - o Estado Novo - que só terminou quase meio século depois, a 25 de Abril de 1974.

DirecçãoAna Mafalda Sarmento

Propriedade: Escola Secundária João de Deus

Editores gráficos:

Autor do logotipoIngo Martins

Jessica ConceiçãoIngo Martins

Rafaela OliveiraCarolina Piquet

Ana AmadoGonçalo Abreu

André JesusVera Matias

Redactores:

Diogo LealCatarina SilvaRita BaptistaAna CorreiaAna SarmentoInês MeteloCarolina RoqueRita EngráciaMafalda GuerreiroDavid Correia

José TeixeiraDiogo SimãoSahuanny MattosCatarina PelicaGonçalo PiresSarah VirgiJoana CavacoBeatriz PaixãoBeatriz BarraCarolina PiquetAna Amado

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Escola

No dia 1 de Maio, partiram de Faro dez estudantes e quatro

professoras rumo à Bélgica a fim de frequentar o estágio obrigatório dos cursos profissionais. Aterrámos em Charleroi, onde ficaram três alunas acompan-hadas pelas professoras Ana Paleta e Ausenda Oliveira, depois segui-mos caminho para Namur. Como não pode faltar em nenhuma viagem tivemos alguns episódios caricatos. Tudo começou quando nos apercebe-mos, depois de subirmos um lance de escadas, que estávamos na linha er-rada e tinhamos de voltar a descer e subir, isto tudo com malas de 20kg atrás. Com a chegada à cidade, e sem termos noção da localização do hotel onde iriam ficar as professoras, Cari-na Cavaco e Emília Barata, seguimos novamente o caminho errado. Após encontrarmos o hotel, contactámos os donos das casas que alugámos previa-mente. Rapazes para um lado rapari-gas para outro. Ia assim começar uma aventura de seis semanas. Na primeira semana fomos conhecer o nosso local de estágio – IATA. Fomos a Charleroi visitar o Museu de Fotografia, também percor-remos a capital do reino da Bélgica, no fim destas viagens as professoras, que nos acompanharam, regressaram a Portugal. As semanas seguintes pas-saram-se todas no Instituto onde as-sistimos a aulas de diferentes turmas, como serigrafia, fotografia, video e impressão gráfica.Tivemos opor-tunidade de conhecer Liège onde estivemos a convite de um dos pro-fessores que conhecemos no estágio. Visitámos as minas, o mercado popu-

de Ana Amado e Carolina Piquet

lar, a cidade. Ao fim do dia o profes-sor convidou-nos para jantar na casa dele. Como não podia faltar apresen-tou-nos a bela noite de Liége. Mais semanas se passaram até que chegamos à, antes mais espe-rada e agora menos desejada, última semana. Os dias estavam todos pro-gramados. Segunda e Terça-feira eram as despedidas no IATA e a en-trega de algumas lembranças. Quarta o dia era destinado a Bruxelas. Quinta era a vez de Bruges. Sexta e pior dia, as arrumações da casa. E assim foi. Fomos os dez a Bruxelas em busca dos "souvenires" perfeitos para os mais importantes que nos esperavam em Portugal. No dia seguinte repetiu-se a viagem mas desta vez a Bruges. O motivo agora era o chocolate com tudo o que viesse dele, e claro as lem-branças que faltavam. E finalmente o dia das arrumações, era sexta, tempo de arrumar a casa e as malas, no sába-do estariamos de volta à nossa cidade, ao nosso país, à nossa rotina, aos nos-sos pais. O que nos separava era um voo de 3 horas.

Estágios Profissionais na Bélgica

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Escola

Preto no Branco – Um contentor não tem capacidade para a quantidade to-tal dos alunos que frequentam o bar nos intervalos e na hora de almoço. Agora com a chuva como é que pre-tendem solucionar esse problema?Eng.Goncalves – O professor Ro-gério da escola já solicitou à Parque Escolar uma extensão da parte cobe-rta. Aguardamos a decisão da Parque Escolar.

PB – A segurança do pessoal docente e não docente da escola será afectada pelas obras?Eng.Gonçalves – Não.

PB– Os cacifos irão mudar de lugar?Eng.Gonçalves – Não. Ficam no

Preto no Branco entrevista Parque Escolar

mesmo lugar mas na 2º fase teremos que mudar de lugar.

PB – Quando o ginásio estiver em obras onde iremos ter aulas de Edu-cação Física? E quando chover?Eng.Gonçalves – No exterior. E as obras só irão decorrer depois do In-verno, ou seja mais para o Verão.

PB - Está a decorrer uma Petição online para a não destruição da es-cadaria principal. Graças a isso estão a pensar em remodelar o projecto?Eng.Gonçalves – Sim, foi solicitada uma segunda variante para as esca-das e estamos à espera da resposta do arquitecto. Ainda se pode considerar no projecto uma alteração às escadas.

NOTÍCIAS CURTASA obra em si vai demorar 18 meses. O projecto que podemos observar na figura , é a 1ª fase da obra estando o edifício da escola dividido em várias “fatias”, a cada “fatia“ corresponde uma letra (A, B, C, D, E). A zona C vai ser alargada , porque actualmente é mais “magrinha” e vai deixar de ser bar e passar a ser bib-lioteca.As “fatias” D e E vão ser requalifi-cadas.O que implica o conceito “requalifi-cação”?• criação e melhoramento de salas de actividades e salas polivalentes• criação e qualificação de diversos espaços de apoio• arranjo de espaços exteriores• melhoria das condições de clima-tização dos espaços interiores.

Nos próximos números o Preto no Branco dará notícias relativamente às 2ª e 3ª fases da obra de requalificação da Escola Secundária João de Deus.

No passado dia 23 de Novembro, as alunas Carolina Roque, Inês Metelo, Rita Engrácia e Ana Mafalda Sarmento realizaram uma entrevista ao

Engenheiro João Gonçalves para saber ao certo o que iria acontecer nesta primeira fase da obras na escola.

As Obras na Escola

Mapa da 1ª fase das Obras

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Escola

Preto no Branco – Em que cidade estiveram?David – Em Parma, Itália.Preto no Branco – Qual foi o objec-tivo?David – Mostrar a música tradicio-nal Portuguesa Preto no Branco – Que músicas cantaram/tocaram?David – Lisboa Menina e MoçaGonçalo – Lusitana PaixãoPreto no Branco – Com quem foram?David - Fomos com o Professor Fernando, com a Professora Rosária Irene e com a Professora Ana Pinto

por Ana Sarmento e Inês Metelo

Viagem a Parma

Preto no Branco – Quantos dias estiveram lá?David – Estivemos 5 diasPreto no Branco –Como foi a ex-periência? Gostaram?David – Foi um óptima experiênciaGonçalo – Gostámos bastante

Na última edição do Preto no Branco não referimos a visita a Itália no âmbito do Projecto Comenius. A fim de corrigirmos o nosso erro decidimos nesta edição realizar uma entrevista aos alunos envolvidos neste pro-jecto, David Correia e Gonçalo Pereira.

Preto no Branco – Do que mais gostaram?David – Principalmente de conhecer a cidade. Acho que devia haver mais projectos destes na nossa escola.Preto no Branco – Que projectos têm neste momento?Gonçalo –Tenho uma banda, os Get Loud, de estilo Rock. A minha banda vai gravar algumas músicas para enviar para uma editora e recente-mente já gravámos uma. Para con-hecerem a banda basta irem a www.facebook.com/getloud.Preto no Branco – Boa sorte e obrigada pela entrevista conce-dida.

No âmbito do Projecto Comenius “ Matemática- uma linguagem

universal” a nossa Escola esteve presente em Itália, no “Instituto Tec-nico Industriale Statale «GALILEO GALILEI» - CREMA, numa reunião de trabalho para organização e pre-paração das actividades ligadas a esse projecto. Os professores presen-tes nessa reunião preparatória foram Ana Cristina Martins, Teresa Matias, José Forte Pereira e Nazaré Cassiano.Ficou decidido neste encontro pre-paratório que, no final do segundo período deste ano lectivo, na deslo-cação à Escola parceira de Barcelona (que terá lugar no 2º período) par-ticiparão 8 alunos da nossa Escola e, no próximo ano lectivo, na desloca-ção novamente à Escola parceira em

CREMA- Itália, participarão mais oito alunos. Tu poderás ser um dos seleccionados.Informa-te junto do teu professor de Matemática e participa nas activi-dades a desenvolver no âmbito deste projecto.Após os encontros de trabalho que decorreram entre o dia 8 e 12 de No-vembro, os colegas Italianos fizeram questão de nos guiar nas visitas às ci-dades de Crema, Verona e Milão.Foi uma experiência altamente en-riquecedora que nos permite com-parar a nossa actividade com a dos parceiros Europeus e, mais do que isso, permite-nos trocar experiências e aferir da eficácia de cada sistema de ensino permitindo-nos retirar o que há de melhor em cada um deles.

Viagem a Milão

Comenius

Comenius

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Escola

italiano: experimentámos os pratos caseiros, aprendemos a língua, a sua maneira de estar e relacionar com os outros, a sua vida em casa e a sua rotina, algo que não teríamos opor-tunidade de experienciar caso visi-tássemos Itália com a nossa família. Queremos assim agradecer a opor-tunidade às professoras Maria João Seruca e Teresa Jerónimo por nos terem acompanhado na viagem e per-mitido que fossemos italianos durante uma semana!

Na passada semana de 8 a 13 de Novembro, cinco alunos e duas

professoras da nossa escola partici-param na mobilidade a Itália através do Projecto Europeu Comenius, que tem como objectivo dar a conhecer aos alunos culturas estrangeiras e mostrar-lhes que os países europeus estão unidos, promovendo também à prática da língua inglesa. Para que tal acontecesse, os 5 alunos (Caro-lina Roque, Mafalda Vicente e Rita Engrácia-11ºB e Ingo Martins e João Augusto – 12º2) foram convidados a passar as 5 noites e 6 dias na casa de estudantes de uma escola italiana em Gesualdo, perto de Nápoles. No dia 8, segunda-feira, partimos do aeroporto de Faro às 11.50h, fa-zendo escala em Lisboa e chegando a Roma às 18.30h. Ao chegarmos ao aeroporto Leonardo da Vinci, Roma, esperaram-nos mais três horas e meia de autocarro, até à pequena vila de Gesualdo. O autocarro parou no hotel em que os professores iriam permanecer, que se tornou também o ponto de encontro com as nos-sas famílias de acolhimento. Todas as pessoas envolvidas mostraram-se desde o princípio muito acolhedoras e atenciosas, preocupadas com o nosso bem-estar e aceitando-nos a nós e à nossa cultura desde o 1º dia. Durante a nossa estadia, levantámo-nos sempre entre as 5h e 7h da manhã pois para cada dia estava reservada uma visita, sendo que durante a se-mana tivemos apenas uma tarde livre. As visitas organizadas deram-nos a oportunidade de conhecer as Ruínas de Pompeia, a cidade de Nápoles, o Palácio e o Parque de Caserta e, no úl-timo dia, Roma. Ao contrário do que aconteceu na mobilidade a Portugal, os estudantes e professores italianos acompanhavam-nos em todos as visi-

por Carolina Roque e Rita Engrácia

tas, mostrando-se sempre disponíveis para nos explicar e dar a conhecer um pouco mais sobre a sua cultura, socie-dade e hábitos. Estes apresentavam também muita curiosidade em con-hecer mais sobre Portugal e os seus costumes, bem como pela nossa ma-neira de falar. Ao fim do dia regressá-vamos sempre às nossas famílias, que nos recebiam sempre com pratos cheios de comida tipicamente italiana e se mostravam sempre muito curio-sos em relação ao que estávamos a achar da nossa viagem. A comunicação com as famílias e com o resto dos participantes do pro-jecto mostrou-se uma barreira no iní-cio, uma vez que as famílias não eram fluentes em inglês e não compreendi-am o português, fazendo com que nos coubesse a nós adaptar-nos à língua italiana. Assim sendo, as muitas con-versas que surgiam, principalmente à mesa, davam-se num idioma que era a mistura de inglês, português, italiano, espanhol e até um pouco de francês.Pudemos constatar que a maneira de ser dos habitantes daquela vila é bastante semelhante à dos farenses, mostrando-se muito descontraídos, simples e humildes, o que permitiu com que nos compreendêssemos mu-tuamente e nos relacionássemos de uma forma mais próxima. Este projecto permitiu-nos, além de conhecer um país maravilhoso, viv-er durante uma semana o dia-a-dia

Curiosidades.Assim como nós comemos um pra-to de sopa e outro de carne, os italia-nos comem como primeiro prato uma massa com molho, seguido de outro prato de carne..Bebem mais água com gás do que água natural.Ao cumprimentarem-se dão 2 bei-jos, começando pela direita, ao con-trário de Portugal (o que deu origem a algumas situações embaraçosas).Usam Ciao para Olá e Adeus.Comem a massa apenas com o gar-fo, na mão direita.Em Itália, passámos ao todo 29 horas e meia dentro de um autocarro!

Comenius em NápolesProjecto Comenius – Mobilidade a Itália – 2010/11

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Preto no Branco - Sra Ministra, nós gostávamos de saber qual é a sua opinião sobre este projecto de requal-ificação da nossa escola.Ministra da Educação - Eu acho-o essencial para o desenvolvimento da educação no nosso pais. Nós pre-cisamos de escolas que ofereçam boas condições para o estudo e para o ensino, precisamos de escolas que tenham equipamentos adequados ao estudo no século XXI, o que inclui naturalmente os equipamentos que permitem recurso á informação que está em suporte digital e precisa-mos de escolas com bibliotecas, com campos de jogos, com refeitórios ad-equados, com salas de estudo para os alunos, com salas de trabalho para os professores e de salas de aula, tam-bém equipadas de forma a que o en-sino se torne um ensino de qualidade. Ele já tem qualidade, no nosso pais o ensino tem qualidade, nós temos uma boa escola mas precisamos de ir ac-tualizando e este projecto de requali-ficação das nossas escolas permite que as escolas estejam na sua época, ou seja, é que é no princípio do sécu-lo XXI que nós vivemos. Depois há um outro ponto que me parece muito importante e que às vezes não surge à primeira vista, é o facto de as pessoas poderem ser educadas em sítios que têm marcas de modernidade. Nós precisamos de valorizar o passado, a herança cultural mas também pre-cisamos de sentir que o presente e o futuro nos rodeiam, nos abrem portas

e perspectivas e o facto de termos ed-ifícios que têm a arquitectura contem-porânea, eu sei e sinto que vai criar aos alunos a possibilidade de terem uma outra imagem do que é a estética do século XXI. Viver numa escola moderna, ou que tem uma parte anti-ga e uma parte moderna, acho que vai transformar os alunos desta escola.

PB - O jornal Público noticia hoje que vão ser lançadas medidas pelo Ministério da Educação para que as notas dos exames de Português e de Matemática subam 4%. Pode con-cretizar essas medidas?M.E - Fundamentalmente é focalizar muito bem o trabalho da sala de aula e que os alunos se apliquem, que haja condições de trabalho para que as pessoas tenham consciência de como essas duas áreas são importantes. E são medidas que têm a ver com o au-mento da exigência e da qualidade da auto-exigência. O que nós pretende-

mos é que, tanto os professores como os alunos, vão mais longe no trabalho que fazem e que tenham muita aten-ção aos resultados e que vão, con-tinuadamente, ao longo do ano, veri-ficando se há de facto um progresso, e não nos passa pela cabeça qualquer solução de facilitismo. Isso não in-teressa nem aos alunos nem ao nosso país. Nós queremos é que os alunos estejam bem preparados, saibam mais, estejam mais desenvolvidos, e que isso se reflicta nos resultados.

PB - E como pensa reduzir as reten-ções? Os jornais desta semana anun-ciam uma descida dos actuais 18.7 para 12% em 2015.M.E - É na mesma linha, a resposta que eu dei em relação ao aumento dos resultados também vale para a diminuição das repetências. Se hou-ver muita concentração naquilo que é essencial, no estudo efectivo, se as pessoas se concentrarem e dedica-

A Ministra da Educação, Isabel Alçada, esteve na nossa Escola no dia 17 de Setembro para lançar a primeira pedra das obras de requalificação do edifício e dos espaços en-volventes. O Preto no Branco esteve presente e não perdeu a oportunidade de colocar al-gumas questões através das alunas-jornalistas Beatriz Paixão e Ana Beatriz Barra. A re-portagem fotográfica ficou a cargo das alunas-fotógrafas Carolina e Jessica Conceição.

Viver numa escola moderna vai transformar os alunos desta Escola

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À conversa comreça condições de durabilidade. Nós não podemos gastar pouco porque gastar pouco significa desperdiçar, quando não estamos a garantir qual-idade. O que nós temos que fazer é projectos em que o investimento seja indispensável, e é o caso. É um inves-timento em equipamentos indispen-sáveis, é um investimento em que os materiais e todas as soluções encon-tradas pelos técnicos são soluções só-brias. Nada do que se vai aplicar nas escolas é excessivo ou desperdício. E, portanto, é um investimento seguro e é um investimento que nós fazemos para o futuro, para garantir que aquilo que agora estamos a construir não vai ficar logo questionado porque não era de qualidade, porque não era ad-equado ou porque os materiais eram fracos e imediatamente precisam de recuperação porque não correspon-diam à necessidade.

PB – Muito obrigada, Sra Ministra.M.E – Obrigada também, só queria ainda acrescentar, porque me esqueci há pouco, uma outra razão para jus-tificar este investimento nas obras de requalificação dos edifícios escolares. É a criação de emprego. Este projecto de modernização do parque escolar cria empregos no nosso país e isso é muito importante.

rem tempo ao estudo, se houver uma monotorização, um acompanhamento dos resultados, naturalmente isso também se vai reflectir na diminuição das taxas de repetência.

PB - O nosso tempo de aula, no ensi-no secundário, é de 90 minutos. Acha adequado?M.E - Nós estamos com um trabalho de análise dessa questão no Ministé-rio da Educação. A questão do tempo de aula é uma questão que tem que ser vista por pessoas competentes, es-pecialistas nesse domínio, e nós, no quadro da análise que estamos a fazer desta questão estamos a ponderar al-guma alteração mas provavelmente o mais certo é que as escolas possam ajustar àquilo que consideram o ritmo mais adequado

PB- Há quem não tenha possibi-lidades económicas para frequentar, sequer, a escola. Não acha exorbitan-tes os preços dos manuais escolares?M.E – Hoje no nosso país, as pes-soas ás vezes têm dificuldades mas não se pode dizer que não frequentem a escola porque não têm apoio. Nós temos a Acção Social Escolar que apoia os alunos e famílias. No en-sino secundário temos também bol-sas para as famílias e isso de alguma forma ajuda e garante que não há nin-guém que deixa de estudar por não ter recursos, por não ter a possibilidade de pagar os estudos. Aconteceu no passado, não acontece no presente e nós queremos absolutamente que isso nunca mais aconteça no nosso país, que as pessoas todas estudem porque o estudo é um bem inestimável e para todos. Quanto ao preço dos livros, à medida que avançamos no sistema educativo, os livros vão sendo mais caros, no ensino secundário são mais caros do que nos primeiros anos. Nós sabemos que quando se compram os livros no início do ano, o preço do

conjunto dos livros é pesado no or-çamento das famílias mas temos que pensar que é um bem inestimável, os livros são essenciais. O estado apoia a compra dos livros para os alunos mais carenciados mas temos que ver o seguinte, se compararmos o preço dos livros com o de outros bens – aos quais nós também gostamos de ter acesso – aí já a nossa opinião sobre o preço dos livros fica mais moderada, não é? E muitas vezes, as pessoas po-dem ter que se privar de outro bem no momento em que têm de comprar os livros. É natural que assim seja mas não podemos dizer é que, em caso al-gum, um aluno deixará de poder es-tudar por não ter capacidade de com-prar os livros. Isso é uma coisa que no nosso país é impensável.

PB – Todos os dias ouvimos notícias sobre a dívida pública e o défice actu-al do nosso país. Nesta escola vão ser gastos cerca de 12 milhões de euros para fazer a sua requalificação. Não acha que é um pouco ... de mais?M.E- Não, não é, porque o investi-mento em educação tem que ser um investimento num projecto que ofe-

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Escola

No âmbito dos Serviços de Apoio às Bibliotecas Escolares da Bib-

lioteca Municipal de Faro e da Rede Concelhia das Bibliotecas Escolares de Faro e com o apoio da iniciativa VER para LER da Direcção Regional de Educação do Algarve desenvolve-se este ano um projecto intitulado Cinema entre Linhas no qual partici-pam as turmas 11º5 e 11ºF. Este pro-jecto pretende estabelecer e explorar uma associação permanente entre o filme e o livro, rentabilizando a adap-tação de obras literárias ao cinema, utilizando o filme como promotor da leitura. Vejamos as fases do projecto:

•1 Sessão de cinema com apresenta-ção e comentário realizada na Biblio-teca Municipal de Faro (10º5) ou na sala de aula (11ºF)•2 Oficinas de `Leitura e Escrita ` du-

O cinema e a escrita criativa uma experiência em cursopor Ana Correia

rante este ano lectivo que terão lugar na Biblioteca Escolar ou na sala de aula com a duração de 90` cada (1 em Novembro e 1 em Janeiro)•1 Conversa sobre cinema e literatura na Biblioteca Municipal de Faro com a Coordenadora do Programa JCE

E o que é que já aconteceu? Após o visionamento do filme escol-hido para este ano lectivo (O deus das moscas, Harry Hook, 1989, duração 87`) os alunos participaram numa ofi-cina de escrita criativa. Num dos jo-gos realizados e que visava a criação de textos de reinvenção/descoberta das personagens através da caracter-ização de estereótipos , chegou-se a

vários produtos colectivos, tais como:“Era uma vez um rapaz fofo que mui-tas vezes se atrasava para o emprego pois andava lentamente. Quando chegava todos se apercebiam pois os seus passos pesados denunciavam-no. Tinha tudo em grande e rosava facilmente. Era feliz e uma grande pessoa. Espalhava felicidade. “ (Luís, Filipa, Rita, Andreia e Ana Filipa do 11ºF)“Sem aquilo que o caracteriza vê o mundo de maneira diferente, peque-na ou distorcida. Intelectual que tem sempre boas notas e muito competi-tivo. Pode muitas vezes ser introver-tido tendo a aparência de quem está sempre em frente de um ecrã. Tem uma moldura de rosto.” (Adriana, Tiago, Andreia e Diana do 11ºF)Será que a turma 10º5 consegue desco-brir o nome da/s personagem/ens?

No âmbito do projecto come-nius Bilateral “Estilos de Vida

contemporâneos, as professoras Marilia Andrade e Rosária Irene pro-moveram um curso de língua portu-guesa para 20 alunos e 4 professores belgas em Namur, Bélgica. As pro-fessoras estiveram no Instituto Ilon Saint Jacques, em Namur, de 29 de Novembro a 3 de Dezembro. O curso de língua portuguesa foi intensivo e considerado um sucesso por todos os envolvidos.

O primeiro encontro do projecto Co-menius Bilateral decorrerá na nossa Escola de 13 a 15 de Dezembro de 2010.

Professoras ensinamportuguês a alunos e professores belgas

A bela cidade de Namur, Bélgica

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Escola

Ainda que William Golding não seja considerado um escritor de

“romances de guerra” é, no entanto indiscutível a presença bélica como “pano de fundo” em muitas das suas obras, sendo O Deus das Moscas uma delas. Na verdade, a guerra levou Golding a pôr em causa uma visão optimista, científica e racionalista do mundo que lhe fora transmitida pelo seu pai.• O Deus das Moscas é um romance distópico (anti-utópico) devido ao seu pessimismo inerente. Pois, apesar da eleição de Rafael como líder e das frequentes reuniões simbolicamente anunciadas pelo chamamento auto-ritário do búzio, as várias tentativas de recrear a “civilização” dissipam-se rapidamente.• As personagens de Golding servem para representar os diferentes pontos de vista referentes à natureza do mal. Para o Bucha/Piggy o mal não existe, apenas pessoas que se comportam de um modo irracional; para Jack o mal reside fora da humanidade e tem que ser mitigado através de sacrifícios; para Simão, o mal expressa-se através do Deus das Moscas – encontra-se na própria humanidade.• Golding não pretende neste ro-mance examinar a natureza idiossin-crática dos rapazes em geral, mas sim a essência da própria humanidade. A ilha transforma-se num microcosmos do mundo dos adultos que se encon-tra em processo (contínuo) de auto-destruição. Simbolismo em O Deus das MoscasObjectos/Personagens – represen-tam:Bucha/Piggy (e os óculos) – Clareza de pensamento, inteligência. Ordem social.Rafael (o búzio) – Democracia, or-

O Deus das Moscas na internet ...

demSimão – Pureza, bondade, “Imagem de Cristo"Rogério – Maldade, SatanásJack – Selvagem, anarquiaA Ilha – Um microcosmos que repre-senta o mundoA "Cicatriz" – Destruição do Homem, forças destruidorasA Fera – O mal que reside em todos nós, o lado negro da natureza huma-na.O Deus das Moscas – O Diabo, grande perigo ou maldade

TemasTema Principal – ponto de vista se-gundo o qual sem as regras da socie-dade, a anarquia e o lado selvagem do ser humano prevalece. É a vida em sociedade que nos faz distinguir o

bom do mau. Sem os valores civiliza-cionais perde-se o sentido da moral.Temas Secundários: O ser humano irá sempre abusar do poder quando este não é ganho.Se lhe fôr possível, o ser humano é capaz de “sacrificar” o próximo para manter a sua própria segurança.O lado selvagem de cada um de nós acaba sempre por vir ao de cima, se a situação assim o permitir.Mais vale avaliar as consequências de uma decisão antes de a tomar do que descobri-las depois.O medo do desconhecido pode ser uma força poderosa que pode levar ao auto-conhecimento ou a um senti-mento de histeria.in CLUBE DE LEITURA DE LAGOS – Biblioteca Municipal Dr. Júlio Dantas. Lagos (adaptação)

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Cultura

Pela primeira vez este ano, a minha turma dirigiu-se ao auditório da

Biblioteca Municipal para partici-par no programa Juventude Cinema e Escola (JCE). Tínhamos apenas a promessa de um clássico do cinema e a cena da morte no chuveiro que toda a gente conhece… Assim que a professora encarregada do projecto acabou o seu discurso ini-cial e o tema principal do filme soou, o auditório inteiro sabia que estáva-mos prestes a entrar na imaginação de alguém que nos levaria aos limites do suspense. A promessa de um verdadeiro épico foi-nos retirada logo ao princípio, pois, verdade seja dita, o início deix-ou bastante a desejar. Apenas a músi-ca e o estilo visual de Alfred Hitch-cock nos deixava alerta. Parecia algo bastante simples, com a vaga história de um casal que quer casar mas não tem dinheiro para começar uma vida numa cidade nova. A mulher (Marion) trabalha num banco e fica encarregada de um grande depósito. Mas ao aperceber-se que esta pode ser a solução para os seus problemas, fica com o dinheiro e foge da cidade, com intenção de ir ter com o seu amado. Mais tarde o seu patrão apercebe-se do roubo e fica tremendamente importunado.

TRAIÇÃO! INTRIGA! PAIXÃO! As capacidades de Hitchcock para criar uma história romântica cati-vante são postas à prova, e penso que dificilmente passarão no teste... Depois de se ver perseguida pela polícia, comprado um carro novo e fugir nele noite adentro, Marion sai da estrada principal e acaba por en-

Psycho (1960)uma verdadeira aula de história do cinemapor Diogo Simão

contrar refugio num motel… E a história irá desenvolver-se a par-tir da relação de Marion com os donos do motel: Norman Bates e a sua mãe.Eu vou ser bastante sincero com vocês: Norman Bates é totalmente dominado pela sua mãe, o que é uma pena porque vê-se que o sujeito tem uma mente prodigiosa e bastante fi-losófica! A mãe é uma psicopata maníaca que

faz de tudo para proteger o seu me-nino contra todas as más pessoas que aparecem na sua vida. Amor de mãe, o que se pode dizer… Não vou contar o resto da história, porque muito simplesmente é bom ser apanhado de surpresa no cinema de vez em quando… E Psycho foi o primeiro filme na história a ter um twist final tão bem feito. O filme de Hitchcock já não se en-quadra totalmente nos parâmetros da nossa sociedade, já que todos esta-mos habituados a ver aquelas comé-dias românticas baratas, nos sábados

à tarde na TVI. Todas elas nos dão histórias parecidas com Psycho! Só que esta obra-prima foi a mãe de to-das essas comédias ou filmes de ter-ror baratos. Vê-lo é uma verdadeira aula de história do cinema: Hitchcock en-sina-nos como foi feita a evolução nesta indústria, frisando bem que era ele próprio que estava a ser o revolu-cionário! Demora a perceber o que o filme tem de especial, mas quando realmente nos apercebemos do que se passa no ecrã, vê-se um vírus a propagar-se em todas as direcções. A sensação de que algo de imparável está a acontecer e não podemos fazer nada para evitá-lo… Imparável e verdadeiro como só o mal consegue ser… Tão imparável que a música aguda de assassínio acordou o meu colega do lado que estava a dormir à mais de meia hora… É o único pecado de Psycho: levar demasiado tempo a aumentar o ritmo cardíaco. Mas ao aumentá-lo vai-nos deixar com a máscara da morte na cara e um sorriso louco nos lábios. Vai-nos deixar desamparados com a ideia que todos os que tiveram algo a ver com esta história irão morrer… Que o Mal existe e não morre, apenas se esconde… Vai-nos deixar com medo… É claro que meia dúzia de malucos que estavam a cantar durante a sessão do JCE não conseguiram realmente perceber o que o filme representava…Mas após ver Psycho qualquer um os desculpava…Afinal de contas, todos ficamos malu-cos de vez em quando.

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Cultura

Psycho é uma longa-metragem de suspense/terror baseado no livro

de Robert Bloch e com uma banda so-nora criada por Bernard Herman in-confundível e muito conhecida. Este filme estreou em 1960 e apesar de na altura já existirem filmes a cores, Hitchcock preferiu que este fosse a preto e branco. Nos papéis princi-pais podemos encontrar Janet Leigh a interpretar Marion Crane e Anthony Perkins como Norman Bates. Na época em que este filme estreou, foi polémico mas é muito galardoado hoje em dia.Foi nomeado para melhor realiza-dor, melhor actriz secundária, mel-hor fotografia e melhor direcção de

CONHECER MELHOR Psycho do realizador Alfred Hitchcock

por Inês Metelo e Ana Mafalda Sarmento

arte mas apenas Janet Leigh ganhou o Globo de Ouro de melhor actriz secundária. Este filme foi consid-erado o 18º melhor filme de todos os tempos pelo AFI (Instituto Ameri-cano de Cinema) e 11º melhor filme de todos os tempos e melhor do gé-nero de terror pela revista Entertain-ment Weekly. Os custos de produção do filme foram 800.000 dólares e este facturou 40 milhões nas bilheteiras.Mais tarde em 1998 foi feito um re-make a cores deste filme por Gus Van Sant cujos actores principais foram Vince Vaughn, Anne Heche and Ju-lianne Moore, no entanto não foi tão apreciado pelo público em geral como o original.

VOLUNTARIADO PARA A QUALIDADE DA ÁGUA

No dia 9 de Dezembro de 2010, no âmbito do Projecto Voluntariado

para a Qualidade da Água, realizou-se uma recolha de água na Fonte Fili-pe, em Loulé, na qual participaram 11 alunos desta escola dos 11º e 12º ano, juntamente com outros de outras duas escolas, que se disponibilizaram para este trabalho. Este Projecto integra-se na Directiva Quadro de Água do Concelho da Europa (regulamentação para a acção dos estados membros no domínio da política da água) e, na nossa região decorre sob a responsab-ilidade da Administração da Região Hidrográfica do Algarve, I. P. (ARH). Depois da recolha da amostra re-gressámos à escola para analisar em laboratório a qualidade da água, a partir do número de macroinvertebra-dos que são sensíveis á qualidade da água. O resultado da análise conjunta das escolas envolvidas foi que a qual-

idade da água da Ribeira da Fonte Filipe é excelente.O principal objectivo desta acção é a participação pública na qualidade ambiental através da criação de uma rede de voluntários cuja missão é ze-lar pelo “bom estado ecológico rela-tivamente a corpos de água Europeus até 2015”, tendo em vista que o curso de água é um ecossistema com habi-tats a proteger e, ainda, fornecer uma boa qualidade da água para um uso sustentável, equilibrado, e equitativo da água.

por Joana Silva e Luís Grade

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Escola

Sérgio Sousa começou a correr em 2005, foi terceiro na primeira

corrida e no ano a seguir sagrou-se Campeão Nacional por Equipas. Em 2007, com 14 anos, partici-pou na Final Nacional do Total/ELF Challenge, na categoria sénior. Competindo lado a lado com os melhores pilotos portugueses, desde Pedro Chaves (ex-piloto de Formula 1), Bruno Magalhães (Bicampeão Nacional de Ralis), Filipe Albuquer-que (piloto da Audi e recentemente ganhou a Race of Champions), entre outros, classificando-se em segundo lugar. Esteve parado até 2009 devido à falta de patrocínios, nesse ano alca-nçou o 3º lugar na Taça de Portugal na categoria Rotax Max, categoria sénior. Em 2010 foi convidado a integrar a equipa campeã ibérica, mas a meio da época foi submetido a cirurgia o que comprometeu os seus objectivos.

BMW A BMW Motorsport durante vários anos organizou campeonatos de Formula BMW, uma categoria por onde passam a maioria dos pilotos que ambicionou chegar à Formula 1 vindos do karting. Pela Formula BMW já passaram pilotos desde Sebastian Vettel, actual campeão do mundo, bem como Timo Glock, Sebastien Buemi, Nico Hulkenberg, Bruno Senna, Christian Klien, Nico Rosberg, e Adrian Sutil todos actual-mente na Formula 1, também Sérgio Perez que se irá estrear na For-mula 1 em 2011, Esteban Gutierrez,

campeão de GP3 em 2010 e Oliver Turvey, piloto de testes da Mclaren. A BMW Motorsport pegou em todos esses anos de experiência e criou uma academia de pilotos denomi-nada de Formula BMW Talent Cup, à semelhança do que fizeram com Sebastian Vettel. Na primeira fase seleccionaram 24 pilotos dos quatro cantos do mundo oriundos do karting, desde sul-africanos a holandeses, finlandeses, holandeses, entre outros, com idades compreendidas entre os 14 e 20 anos. Sérgio Sousa foi o único selecciona-do não só de Portugal, bem como de Espanha e França. Os primeiros tes-tes realizaram-se em Monteblanco, Espanha, de 12 a 14 de Novembro. Dos 24 pilotos foi o único que não tinha experiência em monolugares (formulas), realizou o 3º melhor tem-po com pista seca. Ao longo dos três dias tiveram o supervisionamento de pilotos muito conceituados com o Dirk Muller e Dirk Adorf, engenhei-ros e mecânicos, muito experientes e aulas teóricas sobre aerodinâmica e mecânica. Dos 24, apenas 15 foram selec-cionados a participar num estágio e consequentemente na Formula BMW Talent Cup. Sérgio foi um deles. O estágio realizou-se em Cartagena, Espanha, dias 22 e 23 de Novembro. Para além dos habituais instrutores, mecânicos e engenheiros, tiveram a presença do actual campeão do Mundo de Formula 1, Sebastian Vet-tel, que para além de dicas também conduziu um Formula BMW num dos treinos, bem como a presença do director da BMW Motorsport o Dr. Mario Theissen.

Currículo 2005-3º lugar na sua primeira corrida-6º no Troféu Kip-5º na Taça de Portugal 2006-Campeão Nacional por Equipas-3º no Troféu KIP-4º na Taça de Portugal-5º no Campeonato Nacional de Karting 2007 (categoria sénior)-2º lugar na Final Nacional da Total Challenge Elf-Troféu 20 anos do Clube Amizade 2009 (categoria sénior)-3º na Taça de Portugal-Rotax Max Challenge-Campeonato Ibérico-Final Nacional Rotax 2010 (categoria sénior)-4º Winter Series Rotax-7º Rotax Max Challenge

Sergio Sousa, piloto da BMW

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Escola

Foi uma experiência única, embo-ra a minha falta de treino em mo-

nolugares, tentei maximizar o tempo dentro e fora de pista para absorver o máximo de conhecimentos e in-formação, não só em termos de con-dução, bem como conhecer todos os aspectos do carro, telemetria e comu-nicação via rádio. Tive o privilégio de ter os melhores “professores do mundo”, desde o Campeão do Mundo de Formula 1, pilotos das 24 Horas de Nurburgring, Le Mans e dos Mundial de Turismos, entre outros, bem como uma equipa técnica recheada de en-

genheiros e mecânicos com largos anos de experiência.Esta experiência também me moldou como pessoa, ao longo de vários dias convivi com gente de todo o mundo, de diferentes culturas, bem como o convívio directo de perto com a men-talidade e produtividade alemã.Foi um enorme privilégio, pois opor-tunidades destas não nos batem todos os dias à porta. Dei o meu melhor. Quero também agradecer a todos que tornaram tudo isto realidade e que acreditaram na minha dedicação e talento.

Condução do Carro A condução de um formula é total-mente diferente de qualquer outro tipo de veículo. Devido ao downforce, conseguimos fazer as curvas muito mais rápido, principalmente curvas a alta velocidade, pois quanto maior a velocidade mais downforce é gerado. Devido ao seu pouco peso, menos de 500 kg, e à caixa sequencial é muito rápido em linha recta e a sua trava-gem muito eficaz. Em Monteblanco, chegava ao final da recta no limite da sexta mudança, bem acima dos 200 km/h e a curva que sucede a recta é um gancho de 180º e apenas travava 80 metros antes da curva. Quando chegamos aos 200 km/h o barulho do vento é tanto que deixamos de ouvir um pouco o motor e o capacete abana um pouco.

O sergio na webO website do Sergio é www.ser-giosousa.net

Pode-se ler noticias sobre os tes-tes que efectou em:http://projectokarting.blogspot.com/2010/11/durante-tres-dias-sergio-sousa-esteve.htmlhttp://projectokarting.blogspot.com/2010/12/sergio-sousa-volta-testar-formula-bmw.htmlhttp://pi-racing.com/topic.asp?TOPIC_ID=6202&FORUM_ID=20&CAT_ID=8&Forum_Title=Press+Releases+de+Equipas+Outros+Desportos&Topic_Title=S%E9rgio+Sousa+confirma

http://www.youtube.com/watch?v=ZwwQ2KKUvlI&feature=channel

Minha experiência

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À conversa com

Preto no Branco: Tiago, no mundo musical és conhecido por Argel, cer-to?Tiago: SimPB: Desde quando é que surgiu esse teu interesse pela música?Tiago: Desde os 7 ou 8 anos, desde os tempos da minha infância, com-ecei a cantar na brincadeira a dar improvisos com o Sebastião, depois perguntaram-me aos 16 anos porque é que não gravava, depois gravei e gostei. Essas mesmas pessoas tam-bém gostaram. Quando era miúdo ofereceram-me um CD dos Da Wea-sel, depois na primária ouvia Boss Ac, agora tenho 18 anos e não con-sigo ficar um dia sem fazer música.PB: E qual é o estilo musical com que mais te identificas?Tiago: Hip-hopPB: Soubemos que lançaste um pro-jecto há relativamente pouco tempo, fala-nos um pouco sobre ele.Tiago: Chama-se Mixtape Revira-volta, saiu há 2 meses, demorei por volta de 4 meses a fazê-lo, decidi fazê-lo porque gosto de cantar, gosto de pegar no caderno e escrever.PB: E participaste só tu ou houve outras participações?Tiago: Houve várias participações. Participou o Billy, foi por causa dele que comecei a cantar, o Don Ema do Patacão, o K aqui da escola, o Dom Jaime do Bom João, o Robas que é lá da minha zona, e fui eu quem o meteu a cantar e ainda o Hedinho do Mon-tenegro.PB: Achas que as pessoas estão a aderir á tua música? Já tiveste algum feedback? Fala-nos sobre isso.Tiago: Tenho imenso feedback, mais lá de cima do que cá em baixo. Cá

Entrevista a Tiago Argelwww.myspace.com/escaperec

por David Correia e José Teixeira

em baixo também tenho algum, mas não gosto muito de mostrar a minha música porque a faço para mim, para eu ouvir e o people cá da minha zona está sempre a ouvir, não sou de Faro mas o pessoal de Faro e do resto do Algarve também estão a gostar da cena.PB: E o álbum, foi gravado onde?Tiago: Na minha casa, comecei uma editora com um amigo de infância chamado Sebastião, que é produtor, faz beats. A editora chama-se “Es-cape Records” e já tem 2 anos.PB: Fala-nos um pouco do que pen-sas sobre o hip-hop na tua zona/dis-trito/Algarve.Tiago: Na minha zona está a ficar forte, há lá 2 ou 3 a cantar, em Faro conheço alguns que cantam, fui con-hecendo-os ao longo do tempo, mas no entanto em Faro está um bocado parado, não vejo muita coisa nova, os que eu conheci quando comecei a cantar são os mesmos que cantam ag-ora. No Algarve, o sitio mais forte é Quarteira, conheço algum pessoal de lá, já tive inclusive uma participação num projecto de lá.PB: Sentes que o Hip-hop é bem visto por todas as pessoas? Ou achas que há barreiras e ideias já criadas

na mente das pessoas que dificulta a aceitação deste estilo musical?Tiago: Bem visto não é mas de devia ser, acho que o hip-hop é um estilo diferente dos outros porque é música de intervenção, onde quem canta con-ta a sua história. Há barreiras já cria-das porque as pessoas são ignorantes e preconceituosas, deviam ser mais abertas e ouvir antes de criticar.PB: E concertos? Algum à porta?Tiago: Vou ser sincero, não faço a mínima, porque essas pessoas tan-to marcam como desmarcam e não dão datas certas e depois não há condições. O último concerto foi com o Billy no conservatório. Agora no futuro falaram-me de 3 concertos, um no Arcádia, outro na Flow e outro na Tomás Cabreira, mas nada em con-creto.PB: Tens novos projectos em mente?Tiago: Estou a trabalhar agora num álbum só com beats originais, nada sacado da internet, arranjei um produ-tor, ou ele é que me arranjou a mim, chama-se Paulinho, é do Bom João, é mais velho do que eu mas tem imensa qualidade para fazer beats.PB: Só para finalizar esta entrevista, queria que deixasses a tua mensagem a novos artistas que querem começar a sua carreira .Tiago: Quem quer começar, acho que nem vale a pena, porque acho que como isto está, o people não vai a lado nenhum aqui em Portugal. Quem gosta de cantar como eu gosto, basta-lhe cantar e não interessa os outros, basicamente é isto. Quem quiser ou-vir as minhas músicas vá ao myspace apesar de estar um bocado desactu-alizado, mas não faz mal, ou então, mais actualizado está no facebook.

Hip-hop - onde quem canta conta a sua história

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À conversa com

Preto no Branco: O que é para ti a fotografia?Hugo: É a minha vida, posso mostrar ás pessoas o que sou pela maneira que capto os momentos, “cada fotógrafo, cada olhar”.PB:Há quanto tempo tens esta paixão por fotografia?Hugo: Começou há 6 anos.PB:.Já frequentaste algum curso ou workshop de fotografia?Hugo: Sim, um curso profissional de fotografia e multimédia. Também fre-quentei em Loulé vários workshops de teatro e fotografia que me ajuda-ram a compreender aquilo que eu não sabia ver.PB:Que género de fotografias mais gostas de tirar? Porquê?Hugo: Retratos, porque o retrato é a melhor forma de mostrarmos quem somos.PB:Até hoje quem mais gostaste de fotografar? E porquê?Hugo: Gosto de fotografar toda a gente incluindo pessoas que me pro-porcionem momentos divertidos. Sem dúvida a minha escolha é Inês Leal porque em termos técnicos foi a única modelo que me proporcio-nou momentos de aprendizagem e diversão.PB:.Pretendes fazer desta paixão a tua profissão no futuro?Hugo: Sempre, hoje e toda a vida.PB:Quem quiser fazer uma sessão fotográfica ou um book contigo como te pode contactar?Hugo: Pode falar comigo através do facebook (Hugo Paixão) ou email (hugo_paixao_fotografo@hotmail.com).PB:Que conselho darias a todas as pessoas que como tu gostam de foto-

Hugo Paixão, um fotógrafo e aluno da nossa escolapor Inês Metelo e Ana Mafalda Sarmento

grafia e querem seguir a carreira de fotógrafos profissionais?Hugo: Aconselho que sigam o eu que sentem e nunca se deixem ficar para trás e levem sempre este trabalho avante e nunca se desvalorizem.PB:Há algum fotografo conhecido que admires particularmente?Hugo: A Inês Leal e Mário Príncipe porque cada vez que vejo as fotos deles apaixono-me.Para além de fotografo o Hugo tam-bém ajuda na realização de desfiles de moda pela cidade de Faro.PB:Quem teve esta ideia de criar os desfiles de moda?Hugo: A ideia surgiu através da de-signer/estilista Rossy Pink.PB:Quem os organiza?Rossy Pink é a organizadora mas toda a gente ajuda para a boa realização dos eventos.PB:Normalmente onde são realiza-dos?Hugo: Somos contactados por várias lojas e associações, definimos os es-paços para a realização dos desfiles e realizamos também a decoração dos espaços consoante o tema.

PB:Qual é o objectivo dos mesmos?Hugo: Promover a cidade de Faro e dinamizar os espaços. PB:Irão haver mais? Quando e onde?Hugo: Sim, a realização dos desfiles acontecerá sempre que seja possível e a informação dos mesmos poderá ser consultada através do facebook ou na loja Rossy Pink, junto do Pingo Doce da Penha.PB:.Nestes desfiles já foram apresen-tadas as tendências Outono/Inverno? Quais são elas?Hugo: Sim, as tendências de 2010/2011 são as roupas escuras, tais como preto, cinza, castanhos, cores sóbrias e suaves, a maior tendência deste ano e do próximo será vestidos curtos com corte simétrico e vários padrões.PB:.Há mais alguém da nossa escola a participar?Hugo: A adesão aos eventos em Faro tem sido enorme e podemos sempre contar com a juventude da nossa es-cola. Uma das nossas maiores colab-oradoras tem sido a Sara Machado e várias ex-alunas.

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Horóscopo

Escola – Quando acabar a escola, algo importante vai acontecer. Algo relacionado com maçanetas.Amigos – 10 de Espadas. Credo, algo sinistro vai acontecer!Amor – Sabes aquelas histórias de “..e viveram felizes para sempre”? Não se aplica a vocês.

Escola – Os teus encarregados de educação vão ser chamados a es-cola por algo que fizeste a semana passada. Fica atento(a) ao cor-reio.Amigos – Tristemente, os astros in-formam que só restará um até ao Na-tal.Amor – Usa camisinha.

Escola – Vais te lesionar em Edu-cação Física.Amigos – As cartas revelam-me uma ótima passagem de ano.Amor – Amores a mais!

Hor

ósco

po

Escola – Não será o melhor período para ti, estarás em fase de adaptação. Amigos – Hum..pressinto algu-mas más ener-gias.Amor - Só a partir de Fevereiro.

Escola – É pos-sível que venhas a desenvolver claustrofobia por causa dos caix-otes.Amigos –O Or-lando é o teu mel-hor amigo.Amor - Júpiter não permitirá grandes amores, mas o alinhamento de Nep-tuno e Urano estão a teu favor.

Escola – Pouca motivação, o 2º Período corre melhor. Vá, mais ou menos.Amigos – Andam a falar mal de ti.Amor – Vais te apaixonar a próx-ima vez que comeres um croissant do Orlando.

Escola – Vais pas-sar muito tempo agarrado(a) aos livros.Amigos – Só dois é que valem a pena, os outros não. Diz Marte.Amor - É pos-sível que venhas a viver sozinho(a) numa casa com 42 gatos.

Escola – Cuidado com as obras. O Além revela-me um acidente com um carrinho de mão.Amigos – De-masiada conversa nas aulas!Amor - Vais descobrir um amor ver-dadeiro quando saíres da primeira aula no dia 14 de Dezembro.

Escola – Os Deuses dizem-me que a dificuldade em sair da cama só vai aumentar.Amigos – Muitos, um montão deles.Amor – Aconsel-ho-te sabiamente a não iniciares nenhuma relação até Janeiro, esquece a Passagem de Ano.

Escola – Vais pensar em desistir da escola dia 13 mas dia 15 tens uma epifania e re-pensas tudo.Amigos – Algum deles vai pedir uma prenda de natal muito cara e vais ter vontade de lhe dizer que é parvo.Amor – As cartas estão confusas…penso que me estão a dizer que seguirás o caminho do celibato.

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Horóscopo

Hor

ósco

po

Escola – As notas vão baixar ainda mais.Amigos – Não tens amigos.Amor – Uhh…parece-me que vai haver uma traição!

Escola – De-masiadas aulas e pouca paciên-cia.Amigos – Sem-pre importantes, mas algum vai-te desiludir. No bar.Amor – Olhos bem abertos na secção de congelados do supermercado.

de Carolina Roque

A viagem de finalistas da Sumol este ano será de 9 a 15 de Abril a

Pas de la Casa, Andorra. O preço é de 375€ e inclui 6 noites de alojamento em apartamentos, viagem em auto-carro turístico, 4 dias dias de aluguer de equipamento de ski (skis, botas e batons), 4 dias de curso intensivo de ski ou snowboard, 4 dias de for-fait granvalira (passe para os meios mecânicos nas pistas), 4 almoços nas pistas, 1 dia livre para actividades, pulseira de acesso a todas as discote-cas e festas exclusivas Sumol e cidade FM, mega campeonato de Freestyle (novidade 2011), aprés-ski diários com DJ, muito Sumol, brindes, aces-

por Inês Metelo e Ana Mafalda Sarmento

Sumol SNOWTRIP a Andorra

so á Sumol Extreme Zone, seguro de viagem e neve/ski (allianz), DVD ofi-cial da viagem com filme e fotos, e assistência e coordenação por guias especializados. Aos primeiros 1500 inscritos a Sumol oferece um 5º dia forfait. Para mais informações consultar: www.sumolsnowtrip.com.

Estou aqui hoje para vos apresen-tar um número singular: nada

mais nada menos do que uma men-sagem de natal, coisa nada habitual nesta época, claro... Mas mesmo sen-do a idéia banal, gostaria de torná-la especial, gostaria que se comovessem com ela, porque, afinal de contas, no Natal acontecem coisas mágicas. Por exemplo, no Natal, as pessoas sorriem mais. Não que esteja aqui a vender um produto natalício, mas é verdade... As pessoas tornam-se mais optimistas! Talvez seja o espírito; talvez as iluminações das ruas, a azá-fama deliciosa dos centros comerci-ais, os presentes, os doces as tornem mais felizes... ou os momentos em família, em casa, aconchegados per-to da lareira, a ver filmes e a contar histórias... Sim, no Natal acontecem todas essas coisas mágicas.Talvez não aconteçam é com toda a gente... Nem sei mesmo se aconte-cem com muitas ou poucas pessoas.

Mensagem de NatalVejamos as pessoas que não têm família, nem sequer um lar onde se aconchegar, ou aquelas que nem se-quer sabem o que é o Natal... Que re-alidade tão ácida, corrói por dentro só de pensar.Transfiguremos então o espírito natalício: olhemos para nós. Não podemos ficar indiferentes a esta ironia de contrastes. Pensemos que é altura de valorizar o que temos, é altura de valorizar a vida. E, assim, sorriamos, não só em Dezembro, mas durante todo o ano; sejamos optimis-tas, tolerantes e solidários como so-mos no Natal. Talvez assim as coisas mágicas aconteçam mais freqüente-mente e com mais gente. Talvez as-sim o mundo fosse mais feliz e estes contrastes não fossem tão grandes e tão evidentes.Oxalá fosse possível meter o espírito de natal em jarros e abrir um jarro em cada mês do ano... Isso, sim, real-mente seria mágico!

de Sarah Virgi

Crónica

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Crónica

Aqui me deixo ir, pelas ondas da escrita, mergulhado em águas

solúveis de uma existência empírica e nadando, sobre o dilúvio: estonte-ante, diminuto e curioso que é a vida. Dizem que a matemática é a ciência mais exacta deste planeta, que através dela tudo achamos, e ao mesmo tempo a mais questionável, pois basta virem novos teoremas ou teses para refutar uma antiga norma antigamente posta como irrefutável. E os sentimentos, o abstracto, as out-ras artes, muitas vezes esquecidas e suplantadas á massiva existência que é a nossa, do Homo Sapiens Sapiens, conhecido nos dias de hoje como – Ser Humano, o Homem.

Não deixo transparecer em demasia o mistério de certos assuntos – insolúveis. Pessoas, forasteiros do destino, que só se intrometem, muitas vezes, nos caminhos para ocasionar brigas violentas; outras pessoas, fa-miliares, que marcam pela sua notável experiência de vida, muitas dessas

Por Diogo da Costa LealAntigo aluno do Liceu João de Deus, actualmente em ciências da comunicação na UALG

Bem-querer em inequação

pessoas entristecem e muito, mas não maioritariamente pelas suas atitudes, sim pela sua não amizade pelo tem-po, pois este acaba sempre por levar os melhores seres, mais cedo que os demais. Ainda outros, os amigos, uns que vêm num dia depois de uma bor-ga, com quem se pode passar um dia mesmo sem os conheceres bem, tro-cando tudo, desde sorrisos inocentes a desabafos próprios que são mesmo daqueles que se quer mesmo contar e acaba-se por jogá-lo/a para fora mes-mo que a um desconhecido, depois o dia acaba, e nunca mais se o vê, pelo menos daquela forma; outros que são amigos de ocasiões, amigos que não deviam ser chamados assim, pois só

estão geralmente lá para os bons mo-mentos, mas um bem-haja a todos es-ses também, temos que agradecer aos trolhas todos por construírem a casa, pois embora os conhecimentos se-jam do engenheiro, sem eles as casas também não seriam tão sustentáveis; os amigos diamante, os da acessão à

letra, que mesmo não estando com eles sempre, eles estão connosco, nas veias férteis que sustêm o nosso co-ração, e os verdadeiros amigos: to-dos têm brigas e muitas, pois os out-ros nunca as têm, simplesmente não querem saber e resignam-se à rotina pesarosa dos dias sem afinco, já um sábio dizia que “o ser humano é o único que vive como se nunca fosse morrer e morre como se nunca tivesse vivido”. Pois e eu não quero ser mais um desses comuns homens. Vocês querem? Quero aqui falar "sobre" amor, não "de" amor. Adorei a forma como assim se disse isto no filme "Pecado Original", o misterioso e

romântico filme de Michael Cris-tofer. Aqui falarei de uma forma abrangente, mas sempre opinativa, pondo de lado os dogmas e resumin-do-me apenas ao essencial, o amor em si. Que vai desde o platónico, pas-sando pelo familiar, amistoso, até ao pecador, verdadeiro e carnal.

Ilustração de Rafaela Oliveira

Crónica CrónicaCrónica

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Olho sempre que cá venho, a este paraíso descampado, por aquela varanda, um céu redondo sem vérti-ces e estrelado, quase que parece um tapete do avesso que está pousado nos céus. Nestes instantes hipnotizo-me a mim mesmo e sinto: Ricos ou pobres, todos ama-mos e a maior prova do amor pode até vir do sacrifício. Quando a corre-spondência não equivale num par, de-ixarmos partir a outra pessoa, mesmo sendo a única maneira e que à mesma possa dar-lhe uma má imagem de nós mesmos, para ela ser feliz com outra pessoa, melhor que nós – pois é olhada com um brilho único nos ol-hos, o brilho de quem ama, de ver-dade. O olhar não é capaz de iludir, ele mata simplesmente qualquer rosa pronta a se enamorar pelo pólen que é a paixão, transportada pelos ventos condutores que são a sinceridade in-questionável de duas almas, que não têm que ser iguais em nada. São dife-rentes em tudo. Quando se ama al-guém e erros ocorrem, não se esquece mas perdoa-se. Isso é o verdadeiro e incomensurável amor. "Se amas mes-mo alguém libertas essa pessoa, se ela nunca voltar é porque nunca foi tua. Se voltar, é tua – para sempre". O amor é assim mesmo, é um pombo-correio que tens como garantido não por palavras, mas por saberes de cor como voam as suas asas. Há quem já tenha dito que o amor é a “amizade com asas”, não sei, creio tratar-se de

um sentimento tão abstracto e tão profundo que é compatível com tudo e nada ao mesmo tempo, ou seja, am-izade e amor podem ou não ser com-patíveis, ou também pode-se dizer que o amor é outro grau de amizade. Fazer sexo ou fazer amor, são ambas as coisas algo que, queira-se ou não, são a mais alta forma de prazer huma-no. Enfim, estas fugazes palavras não são em nada dedicadas a ninguém em especial, mas a todos. Amem e deix-em amar. “Sejam felizes e façam os outros assim também”. A verdade, por muito tres-loucada que possa ser não é por isso uma mentira, e a ultima coisa que envelhece numa pessoa é o seu cora-ção. Na matemática existe um gráfico chamado de ortogonal, com o eixo dos “X” e dos “Y”. Pois, dando dois valores a cada uma das variáveis, se existir uma igualdade marcar-se-á um pontinho fixo no local pretendido. Já quando se verifica o contrário - numa inequação – o que marcará a localiza-ção será uma circunferência só feita com um traço e com uma circunfer-ência do tipo aberto no seu interior. Ora daqui vem o título desta crónica, pois numa inequação a fórmula pode conter todo o gráfico excepto esse mesmo pontinho, onde se cruzam “X” e”Y”. Isto quer dizer que a refer-ência existindo, de tão forte que é, é como lá não estivesse, pois nada con-segue tocar ou interferir nela – e isto é o Amor.

Ilustração de André

Ilustração de Ingo Martins

Leite Creme de NatalIngredientes:- 1 lt de leite meio gordo- 300 g de açúcar- 6 gemas- 1 colher de sopa de maizena- 1 tira de casca de limão - 1 pau de canela

Preparação:

Num copo coloque 1dl de leite e junte a maizena e mexa muito bem. Depois leve um tacho ao lume com 9 dl de leite e junte 250 g de açúcar, a canela, a raspa de limão e as gemas. Vá mex-endo muito bem e adicione o outro preparado (leite e maizena) até que engrosse.Retire o pau de canela e a casca do limão.Sirva numa taça grande e polvilhe com canela.

Um doce Natal!

Receitas

muito gostosas

de Sahuanny Mattos

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Mário Cesariny (1923-2006)Poeta, surrealista e tudo –

eis um possível retrato para Mário Cesariny, o artista português que de forma mais plena assumiu o sur-realismo: não como método ou esco-la, mas como forma de insurreição permanente, na arte e na vida.(Pranto por Tuparamaru, 1978, CAMJAP)

Natural de Lisboa, foi na Escola An-tónio Arroio que conheceu alguns dos seus futuros companheiros sur-realistas. Já nos anos 40 têm lugar as primeiras intervenções do grupo de surrealistas portugueses, reunidos nos cafés da capital, inspiradas no ab-surdo e no insólito. Mas apenas em 1947 se dá um contacto mais formal com o movimento surrealista interna-cional, então já numa segunda fase. Cesariny conhece André Breton, o

O concurso Literário "Amílcar Quaresma", iniciativa da Escola

Secundária João de Deus, através da sua Biblioteca, tem como principal objectivo incentivar entre os jovens a leitura e a escrita. Este concurso tem periodicidade anual e a entrega de prémios decorrerá no dia 8 de Março, "Dia do Patrono", na Biblio-teca Escolar. segundo o regulamento, são admitidos a concurso trabalhos de poesia, prosa ou ensaio, em língua portuguesa, e ilustrações (originais e inéditos até à data da decisão final). Os trabalhos a concurso devem ser entregues de 3 de Janeiro de 2011 até ao dia 12 de Fevereiro de de 2011 (in-clusive) na Biblioteca da ESJD. Para mais informações consulte o regula-mento do concurso em http://becre-joaodedeus.blogspot.com/.

Jogos Florais “Amílcar Quaresma” Em todas as ruas te encontro

Em todas as ruas te encontroEm todas as ruas te percoconheço tão bem o teu corposonhei tanto a tua figuraque é de olhos fechados que eu andoa limitar a tua alturae bebo a água e sorvo o arque te atravessou a cinturatanto, tão perto, tão realque o meu corpo se transfigura e toca o seu próprio elementonum corpo que já não é seunum rio que desapareceuonde um braço teu me procura

Em todas as ruas te encontroEm todas as ruas te perco

Mário Cesariny

autor do manifesto surrealista, em Paris. Nesse mesmo ano forma-se o Grupo Surrealista Português, que in-cluia também, entre outros, Alexan-dre O’Neill e António Pedro. Dissi-dente deste primeiro grupo, Cesariny forma um outro, Os Surrealistas, a que se associam António Maria Lis-boa, Pedro Oom, Carlos Calvet e Mário-Henrique Leiria. As primei-ras exposições surrealistas datam de 1949 e 1950, e nelas Cesarinyexpõe algumas das suas obras.

Pinturas, colagens, ‘soprografias’, e cadavres-exquis fazem parte da sua obra plástica. No entanto, a pintura e a poesia foram sempre aliadas em Cesariny: muitas obras incluem pa-lavras recortadas, conjugações de textos e imagens, e outras formas ex-perimentais. Mesmo depois de des-

feito o grupo surrealista, em 1952, Cesariny seguiu o seu percurso de artista plástico.

Nos últimos anos, Cesariny quase de-sapareceu da vida pública. Deixou de escrever poesia. Os amigos e antigos companheiros da aventura surrealista foram morrendo; a Lisboa dos cafés, que era o habitat do seu quotidiano e da sua poesia (‘nunca escrevi um po-ema em casa’, dz o poeta também em Autografia), desapareceu. Em 2004 saíu Autografia, um documentário de Miguel Gonçalves Mendes sobre o poeta e o homem. Em 2005 aceitou o Prémio Vida Literária da APE e foi condecorado pelo Presidente da República com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade

http://cesariny.blogs.sapo.pt/

Cesariny, poeta surrealista