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O CANÁRIO ANCESTRAL O Canário ancestral é da espécie
Serinus canarius – origem: Ilhas Canárias
Aproximadamente 12 cm Cor cinzenta esverdeada com partes córneas escuras 2 pigmentos :
lipocromo : de cor amarelo pálido melanina : negro e marrom
subplumagem negra plumas com bordas despigmentadas (nevado)homozigoto para todas as suas características
O CANÁRIO ANCESTRAL Patrimônio genético : 80 cromossomos (40
pares) , sendo 18 macrocromossomos (9 pares) e 2 sexuais (1 par)
X (Y)= cromossomo sexual
E= autossomal (fator enzima)
i = autossomal (fator nevado)
Através de seu acasalamento em cativeiro que o Homem fixou as mutações em seu patrimônio genético
Macho X N O E i X N O E i
Fêmea X N O E i Y E i
MUTAÇÕES SEXO-LIGADAS
Existe somente um par de cromossomo sexual em cada célula
Neste par de cromossomos existem as informações do sexo e de algumas características
MUTAÇÕES SEXO-LIGADAS
O cromossomo Y não possui genes
Todos os genes presentes no cromossomo X expressam seus efeitos no fenótipo (as fêmeas não podem ser portadoras das mutações sexo-ligadas)
MUTAÇÕES SEXO-LIGADAS
Todas as mutações hoje conhecidas do cromossomo X são recessivas em relação ao genes originais
Canela
Ágata
Pastel (Asas Cinza)
Acetinado
Marfim
MUTAÇÕES SEXO-LIGADAS
Nos machos, por existir 2 cromossomos X, pode haver heterozigoze
O fenótipo expressará a característica do gene dominante
O efeito das mutações só será notado no fenótipo quando em homozigoze
GENE DOMINANTE - LETRA MAIÚSCULA
GENE RECESSIVO - LETRA MINÚSCULA
X MACHOX
X FÊMEAY
N NEGRO e MARROM
n MARROM
O OXIDADO
oa DILUÍDO
REPRESENTAÇÃO DOS GENES E CROMOSSOMOS
MACHO VERDE/ AZUL/ COBRE
X N OX N O
FÊMEA VERDE/ AZUL/ COBRE
X N OY
Foto: vermelhos.com.br – Paulo César Löf
MACHO CANELA
X n OX n O
FÊMEA CANELA
X n O
Y
Foto: vermelhos.com.br – Paulo César Löf
MACHO ÁGATA FÊMEA ÁGATA
X N oa X N oaX N oa Y
Foto: vermelhos.com.br – Paulo César Löf
os ACETINADO
P NÃO PASTEL
p PASTEL
pp ASAS CINZA
Ma NÃO MARFIM
ma MARFIM
REPRESENTAÇÃO DOS DEMAIS GENES LIGADOS AO SEXO
MACHO ASAS CINZAX N O ppX N O pp
MACHO PORTADORX N O p
X N O pp
FÊMEA ASAS CINZAX N O pp
Y______
A MUTAÇÃO ASAS CINZAESCALA DE DOMINÂNCIA
N.M.O N.M.O Pastel Asas CinzaForma uma série alelomórfica (sequência de mutações ocorridas num
mesmo gene , alterando mais de uma vez a função deste )
PRÁTICAEscreva o genótipo das seguintes cores:
1. VERDE MARFIM / PASTEL2. ÁGATA / ISABELINO3. CANELA PASTEL / MARFIM4. VERDE / ÁGATA, CANELA
Escreva o “fenótipo” das seguintes cores:
1. X n os Ma 3. X n O maX n os ma X n oa ma
2. X N O p 4. X N oa pY X n oa p
VERDE MARFIM / PASTEL1 – Portador de mutação sexo-ligada macho
2 – Verde (Negro marrom oxidado)
3 – Marfim
4 – Portador de pastel
N OXX
ma PN Oma p
ÁGATA / ISABELINO1 – Portador de mutação sexo-ligada macho
2 – Ágata (Negro não oxidado)
3 – Portador de Isabel (marrom não oxidado)
N oaXX n oa
CANELA PASTEL / MARFIM1 – Portador de mutação sexo-ligada macho
2 – Canela (marrom oxidado)
3 – Pastel
4 – Portador de marfim
n OXX
p Man O p ma
X n os MaX n os ma
1 –
2 –
3 –
XX
n osn os
Mama
(Macho) Acetinado / Marfim
indicação de macho
indicação de acetinado
indicação de portador de marfim
X N O pY
1 –
2 –
3 –
XY
N OY
pY
(Fêmea) Verde Pastel
indicação de fêmea
indicação de negro marrom oxidado
(verde / azul / cobre) indicação de pastel
X n O maX n oa ma
1 –
2 –
3 –
XX
n On oa
mama
(Macho) Canela Marfim
indicação de macho
indicação de marrom oxidado
(canela) portador de diluído (isabel)
indicação de marfim
/ Isabel
X N oa pX n oa p
1 –
2 –
3 –
XX
N oan oa
pp
(Macho) Ágata Pastel
indicação de macho
indicação de negro diluído (ágata)
portador de marrom diluído (isabel)
indicação de pastel
/ Isabel
MUTAÇÕES AUTOSSOMAIS
Além dos genes sexo-ligados, existem nos outros cromossomos dos canários que influenciam na cor
Podem aparecer tanto machos como fêmeas portadores das mutações
Existem mutações dominantes – fator intenso / branco dominante
MUTAÇÕES AUTOSSOMAIS
OPALINO, FÉO, TOPÁZIO, EUMO, ÔNIX, COBALTO, URUCUM
AMARELO, BRANCO, BRANCO DOMINANTE,
INTENSO, NEVADO, MOSAICO
REPRESENTAÇÃO DOS GENES DAS MUTAÇÕES AUTOSSOMAIS
A Amarelo fortea Amarelo fracoV Presença de vermelhov Ausência de vermelhoBd Branco dominantebd Lipocromo normalBr Lipocromo normalbr Branco recessivo
REPRESENTAÇÃO DOS GENES DAS MUTAÇÕES AUTOSSOMAIS
Op Normal não opalino
op Opalino
m Mosaico
M Não mosaico
Ino Normal não ino
ino Ino
Tz Normal não topázio
tz Topázio
Eu Normal não eumo
eu Eumo
REPRESENTAÇÃO DOS GENES DAS MUTAÇÕES AUTOSSOMAIS
Ox Normal não ônixox ÔnixCo Normal não cobaltoco CobaltoUr Normal não urucumur Urucum
Topázio – tz
tz
P/ Topázio – Tz
tz
Ônix – ox
ox
P/ Ônix – Ox
ox
Foto: vermelhos.com.br – Paulo César Löf
Foto: vermelhos.com.br – Paulo César Löf
O EMPREGO DAS FÓRMULAS
Previsão dos possíveis genótipos e fenótipos da descendência;
Determinação do genótipo dos reprodutores;
Estimativa de probabilidade de ocorrência de determinados fenótipos ou genótipos
VD MC x VD FM
50% VD MC
50% VD FM
QUAL A PROLE DESTE ACASALAMENTO ?
X N O
X N O
Descrição dos genótipos
X N O
Y
X N O X N O
X N O
Y
Y Y
FÊMEA
MACHO X N O X N O
X N O
X N O
X N O
X N O
AG/ IS MF MC x VD MF FM
25% VD /AG (M)
25% VD / AG CN IS (M)
25% AG (F)
25% IS (F)
QUAL A PROLE DESTE ACASALAMENTO ?
X N oa Ma
X n oa ma
Descrição dos genótipos
X N O ma
Y
X N O X N O
X N O
Y
Y Y
FÊMEA
MACHO X N oa X n oa
X N oa
X N oa
X n oa
X n oa
AG/ IS MF MC x VD MF FM
MACHOS
50% P/ Marfim
50% Marfim
FÊMEAS
50% Não marfim
50 % Marfim
QUAL A PROLE DESTE ACASALAMENTO ?
X N oa Ma
X n oa ma
Descrição dos genótipos
X N O ma
Y
X ma X ma
X ma
Y
Y Y
FÊMEA
MACHO X Ma X ma
X Ma
X Ma
X ma
X ma
QUAL A PROLE DESTE ACASALAMENTO ?
25% VD / AG (M)
50% P/ Marfim
50% Marfim
12,5% VD / AG MF (M)
12,5% VD MF/ AG (M)
12,5% VD /AG CN IS MF (M)
12,5% VD MF/ AG CN IS (M)
X
25% IS (F)50% Marfim
50% Não Marfim
12,5% AG MF (F)
12,5% AG (F)
12,5% IS MF (F)
12,5% IS (F)
X
AG/ IS MF MC x VD MF FM
25% VD / AG CN IS (M)
25% AG (F)
50% P/ Marfim
50% MarfimX
50% Marfim
50% Não MarfimX
AG/ IS MF MC x VD MF FM
SOLUÇÃO DIRETA
X N oa Ma
X n oa ma
Descrição dos genótipos
X N O ma
Y
X N O ma
Y
FÊMEA
MACHO X N oa Ma X n oa ma X N oa ma X n oa Ma
X N oa Ma
X N oa Ma
X n oa ma
X n oa ma X N oa ma
X N oa ma
X n oa Ma
X n oa Ma
X N O ma X N O ma X N O ma X N O ma
Y Y Y Y
CN/ OX MF MC x VD OX FM
50% VD / CN (M)
50% CN (F)
QUAL A PROLE DESTE ACASALAMENTO ?
X n O Ma Ox
X n O ma ox
Descrição dos genótipos
X N O Ma ox
Y ox
X N O X N O
X N O
Y
Y Y
FÊMEA
MACHO X n O X n O
X n O
X n O
X n O
X n O
MACHOS
50% P/ Marfim
50% Não Marfim
FÊMEAS
50% Não marfim
50 % Marfim
QUAL A PROLE DESTE ACASALAMENTO ?
Descrição dos genótipos
X Ma X Ma
X Ma
Y
Y Y
FÊMEA
MACHO X Ma X ma
X Ma
X Ma
X ma
X ma
CN/ OX MF MC x VD OX FM
X n O Ma Ox
X n O ma ox
X N O Ma ox
Y ox
50% P/ Ônix
50% Ônix
QUAL A PROLE DESTE ACASALAMENTO ?
Descrição dos genótipos
ox ox
ox
ox
ox ox
FÊMEA
MACHOOx ox
Ox
Ox
ox
ox
CN/ OX MF MC x VD OX FM
X n O Ma Ox
X n O ma ox
X N O Ma ox
Y ox
QUAL A PROLE DESTE ACASALAMENTO ?
50% VD / CN (M)
50% P/ Marfim
50% Não Marfim
50% P/ Ônix
50% Ônix
25% VD / CN MF (M)
25% VD / CN (M)
50% P/ Ônix
50% Ônix
12,5% VD / CN MF OX (M)
12,5% VD OX/ CN MF (M)
12,5% VD / CN OX (M)
12,5% VD OX/ CN (M)
X
X
X
50% CN (F)50% Marfim
50% Não Marfim
50% P/ Ônix
50% Ônix
25% CN MF (F)
25% CN (F)
50% P/ Ônix
50% Ônix
12,5% CN MF/ OX (F)
12,5% CN OX MF (F)
12,5% CN / OX (F)
12,5% CN OX (F)
X
X
X
CN/ OX MF MC x VD OX FM
CN/ OX MF MC x VD OX FM
SOLUÇÃO DIRETA
Descrição dos genótipos
X n O Ma Ox X n O ma ox X n O Ma ox X n O ma Ox
X n O Ma Ox
X n O ma ox
X N O Ma ox
Y ox
Y ox
FÊMEA
MACHO
Y Y Y Y
X N O Ma oxX n O Ma Ox
X n O Ma Ox
X n O ma ox
X n O ma ox
X n O Ma ox
X n O Ma ox
X n O ma Ox
X n O ma Ox
X N O Ma ox X N O Ma ox X N O Ma ox X N O Ma ox
ox ox ox ox
MACHOS
VERDE / ÁGATA
CANELA ISABEL
FÊMEAS
ISABELINO
OS CANÁRIOS PASSE PARTOUTSão negro-marrons oxidados e têm a possibilidade de produzir os quatro tipos resultantes das combinações dos alelos dos lócus envolvidos (negro, marrom,
oxidado e diluído).
X N O X N O
X N O
Y
Y Y
FÊMEA
MACHO X n oa X n oa
X n oa
X n oa
X n oa
X n oa
IS (MACHO) x VD (FÊMEA)X n oa
X n oa
X N O
Y
1º Caso - os genes mutantes estão no mesmo cromossomo
MACHOS
VERDE / ÁGATA
CANELA ISABEL
FÊMEAS
ÁGATA
OS CANÁRIOS PASSE PARTOUT
X n O X n O
X n O
Y
Y Y
FÊMEA
MACHO X N oa X N oa
X N oa
X N oa
X N oa
X N oa
AG (MACHO) x CN (FÊMEA)X N oa
X N oa
X n O
Y
2º Caso - em cada cromossomo um alelo mutante e um primitivo
INTERAÇÃO GÊNICA
É quando uma característica fica condicionada por mais de 1 par de genes não alelos.
EPISTASIA
É um tipo de interação gênica em que um par de genes alelos impõe suas características, inibindo o efeito de outro par de genessituados em outro par de cromossomos.
bd BR
bd BR
bd BR
bd br
BD BR
bd br
bd br
bd br
BD br
Bd br
Fenótipo lipocrômico
Lipocrômico “portador” de recessivo
Branco Dominante “portador” de recessivo
Branco que também é amarelo (epistasia)
Branco que também é Branco Dominante
(epistasia)
MC BR DO / BR X FM AM / BR
BD BR bd BR
bd br bd br
MACHO
FÊMEA
BD BR bd br
bd BRBD BRbd BR
bd brbd BR
bd br BD BRbd br
bd brbd br
25% MC e FM BR DO
25% MC e FM AM / BR
25% MC e FM BR DO / BR
25% MC e FM BR
QUAL A PROLE DESTE ACASALAMENTO ?
INTERAÇÃO GÊNICAIntenso / Nevado / Mosaico
Intenso – geneticamente o fator “intenso” é um gene mutante autossomal dominante em relação ao se alelo “nevado”.
Representação genética:
Intenso homozigoto – I
I
Intenso heterozigoto – I
i
Nevado – i
i
INTERAÇÃO GÊNICAIntenso / Nevado / Mosaico
Mosaico – geneticamente seu comportamento é autossomal recessivo, ou seja, para que se manifeste no fenótipo é necessário que a informação venha do pai e da mãe
Representação genética:
Exemplar não mosaico – Mo
Mo
Não mosaico portador de mosaico – Mo
mo
Mosaico – mo
mo
INTERAÇÃO GÊNICAIntenso / Nevado / Mosaico
Os fatores “intenso/nevado” e “mosaico” situam-se em genes diferentes
Embora estejam em autossomos diferentes, existe uma relação entre eles provocada pela Interação Gênica
INTERAÇÃO GÊNICAIntenso / Nevado / Mosaico
1º Caso
Geneticamente: Intenso heterozigoto e não mosaico
Fenotipicamente: Intenso
I Mo
i Mo
2º Caso
Geneticamente: Nevado e não mosaico
Fenotipicamente: Nevado
i Mo
i Mo
INTERAÇÃO GÊNICAIntenso / Nevado / Mosaico
3º Caso
Geneticamente: Intenso heterozigoto e mosaico
Fenotipicamente: Mosaico Intenso (mosaico que geralmente possui penas curtas)
I mo
i mo
4º Caso
Geneticamente: Nevado e mosaico
Fenotipicamente: Mosaico Nevado
i mo
i mo
INTERAÇÃO GÊNICAIntenso / Nevado / Mosaico
5º Caso
Geneticamente: Intenso heterozigoto e portador de mosaico
Fenotipicamente: Intenso (com probabilidade de aparecimento de “schimell”)
I Mo
i mo
6º Caso
Geneticamente: Nevado e portador de mosaico
Fenotipicamente: Nevado “amosaicado”
i Mo
i mo
CODOMINÂNCIA OU DOMINÂNCIA PARCIAL
Ocorre quando ambos os alelos de um gene se expressam integralmente no
heterozigoto, de tal forma que o fenótipo deste heterozigoto é distinto em relação
aos dois homozigotos.
OS GENES MUTANTES SÃO ALELOS
CODOMINÂNCIA OU DOMINÂNCIA PARCIAL
Alguns casos evidentes:
Mutações topázio (tz) e ino (ino)
Mutações opalino (op) e ônix (ox)
Fator enzima
Fator para o azul
Cor de fundo amarelo
CASOS DE CODOMINÂNCIA FATOR ENZIMA
Possui a capacidade de depositar o pigmento melânico em sua plumagem e em suas partes córneas
É autossomal e codominante
Representação genética : “E”
O gene mutante que impede o depósito do pigmento melânico é representado pela letra “e”
E/E – depósito total de melanina (canário melânico) e/e – ausência de depósito da melanina (lipocrômico) E/e – “pintados”
CASOS DE CODOMINÂNCIA FATOR PARA O AZUL
Responsável por: brilho dos canários tonalidade limão nos canários de cor de fundo amarelo severo inibidor de feomelanina
É autossomal e codominante
Representação genética : “l”
l/l – normal l/L – meio fator azul L/L – fator azul
CASOS DE CODOMINÂNCIA COR DE FUNDO VERMELHO O canário não possuía em seu patrimônio genético o
fator vermelho. Foi introduzido através da hibridação com o Tarin da Venezuela (Spinus cucullatus)
O gene indicador do fator vermelho encontra se em um autossomo, com relação de dominância intermediária entre seus genes alelos, ocupando o mesmo cromossomo do gene para a cor de fundo amarelo, porém em lócus diferente
Representação genética :”V”
aV/aV – vermelho forte aV/av – vermelho médio av/av – vermehlo fraco
BIBLIOGRAFIA
Manual de Julgamento - canários de cor - FOB / OBJO
O Canário através dos tempos - Álvaro Cesar Dutra
Os canários de cor - genética aplicada às mutações -José Luis de Castro e Silva
A Genética das cores - Eliane Seixas e Gilberto Seixas
Como criar Canários - Frans Kop
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