o HOMEM COMO O ARCO EA LIRA - Blog da Boitempo – Aqui … · 2013-02-15 · CYPHERPUNKS Boitempo,...

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CYPHERPUNKSBoitempo, 190 págs., R$ 29.Tradução de Cristina Yamagami.

AUTOR: Andy Müller-Maguhn,Jacob Appelbaum, JérémieZimmermann e Julian Assange,editor-chefe do WikiLeaks,site que nos últimos anos temrevelado documentos secretos depaíses como os Estados Unidos.

TEMA: A liberdade e o futuro dainternet em debates com quatrocontesta dores da censuraonline. O termo cypherpunks,equivalente a "criptopunk"em português, refere-se aosindivíduos que promovembatalhas digitais empregando acriptografia (escrita codificada).

POR QUE LER: Concordandoou não com os métodos doscypherpunks, vale analisar asmotivações de um grupo que temrecebido apoio de simpatizantese de um provável númerocrescente de novos membros.

PRESTE ATENÇÃO: Em como osquatro debatedores veem osperigos do uso de telefoniacelular e da internet porusuários comuns, que podemestar sob vigilância ou controledo governo. E na crítica feita aosmonopólios (pág. 99).

TRECHO: "Então tivemos umagrande manifestação pública paraprotestar contra essa legislação,e o Google, a WikiQedia e váriasoutras organizações acabaramse unindo aos protestos. (...)AquilO me etetrotirou, porquede repente o Google se viucomo um ator político, e nãocomo um mero distribuidor deinformações". (pág. 94)

o HOMEM COMOINVENÇÃO DE SI MESMOJosé Olympio, 80 págs.,R$ 29,90.

AUTOR: O poeta e ensaístamaranhense Ferreira Gullarnasceu em 1930, em São Luís.Publicou A Luta Corporal,Poema Sujo, Barulhos, CidadesInventadas e Argumentaçãocontra a Morte da Arte, entreoutras obras.

TEMA: Monólogo teatral emque o personagem Vincenzodesenvolve a tese presente notítulo da peça, "a teoria queconsiste em afirmar que a vidaé inventada e que nós mesmosnos inventamos".

POR QUE LER: Pela maneirabem-humorada com quese simplificam conceitos epassam-se a limpo ideiasconsagradas, que vão desdedogmas da Igreja Católica àvisão acerca do legado deShakespeare.

PRESTE ATENÇÃO: Nas passagensem que o protagonistaaproxima o chamado "homemcomum" de qualquerpersonagem literário. Todosseriam únicos em complexidadee na sua composição original.

TRECHO: "A arte não é a vida,o teatro não tem que ser cópiada vida. Toda obra, seja umacomposição musical, um quadro,um poema, tem uma ordemprópria, que não é a da vida.Tem que ter intensidade, síntese,força expressiva ... A maiorparte da vida não tem nadadisso. Escorre à toa, frouxa, seminteresse ..." (pág. 43)

O ARCO E A LIRACosac Naify/Fondo de CulturaEconómica, 352 págs., R$ 69.Tradução de Ari Roitman ePaulina Wacht.

AUTOR: O poeta e ensaístamexicano Octavio Paz (1914-1998) ganhou o Prêmio Nobel deLiteratura de 1990. Escreveu, entreoutros livros, Os Filhos do Barro, OLabirinto da Solidão e Salamandra.

TEMA: Um ensaio sobre a artepoética. Trata-se de uma"reflexão sobre a poesia esobre os diferentes modoscomo se manifesta a faculdadepoética". Paz procura respondera perguntas que o intrigavam,como por que os homensescrevem poemas e qual osentido dessa obstinação.

POR QUE LER: Pelas questõese respostas profundas a que opoeta se lança. O autor pensaigualmente em um tema caropara sua produção: qual o papelda poesia hispano-americana natradição do Ocidente.

PRESTE ATENÇÃO: No capítuloA Nova Analogia: Poesia eTecnologia (pág. 319). Pazaponta, nesse texto de 1967, quea técnica muda a poesia, massem ferir sua natureza. Pelocontrário, conduz à sua origem.

TRECHO: "O mundo dos heróis edos deuses não é diferente daqueledos homens: é um cosmos, umtodo vivo no qual o movimentose chama justiça, ordem, destino.O nascer e o morrer são as duasnotas extremas desse concertoou harmonia viva e entre ambasaparece a figura perigosa dohomem". (pág. 206)

VENCECAVALOE O OUTRO POVOAlfaguara, 160 págs., R$ 36,90.

AUTOR: O escritor baiano JoãoUbaldo Ribeiro nasceu em 1941,em Itaparica. Entre seus livros,estão Viva o Povo Brasileiro,Sargento Getúlio, O Sorriso doLagarto e O Rei da Noite.

TEMA: Publicados em 1974,cinco contos que parecemcontar com um personagemcomum e constituem umasátira política. Em um paísfictício e em meio a um climaabsurdo, corrupção, desmandosde governantes, brutalidade ealienação povoam as histórias.

POR QUE LER: Pelo humor quetão bem caracteriza os textos deJoão Ubaldo Ribeiro. Pensandono momento histórico de suaprimeira publicação e no destanova edição, a obra reflete umacrise de costumes no Brasil.

PRESTE ATENÇÃO: Nas paródiasmais explícitas da coletânea:a do descobrimento do Brasil(em Tombatudo SantosBezerra) e a do mistério acercade um atentado ao presidentedos Estados Unidos sobinvestigação (em AbusadoSantos Bezerra).

TRECHO: "Senhores - disseele, com a voz combalida - souobrigado a concluir que, se anossa pobre nação, por tantotempo sustentada pelo pecado epela corrupção, se recusa a ouvira voz da razão, do bom senso eda elevação espiritual, somosobrigados a forçá-Ia". (pág. 112)

02/2013 www.bravonline.colT

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REGINA DUARTE

··EU ME ARREPENDODE HAVERINTERPRETADOPERSONAGENS-DE MODO TAOEXAGERADO"Em uma longa fi amalucada entrevista,a atriz reflete sobre os 50 anos de carreira,nega ser tucana e questiona o fato de sairna capa de BRAVO!: "Vocês enlouqueceram?Os leitores vão rejeitar!"

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