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Curso de Enfermagem Artigo de Revisão
PRESCRIÇÃO MEDICAMENTOSA DA COMPETENCIA DO PROFISSIONAL ENFERMEIRO NA REDE DE ATENÇÃO BÁSICA DE SAÚDE: UM COMPARATIVO ENTRE DISTRITO FEDERAL E O MUNICÍPIO DE SANTO ANTÔNIO DO DESCOBERTO-GOIAS PRESCRIPTION DRUG OF PROFESSIONAL COMPETENCE IN NURSING NETWORK BASIC HEALTH CARE: A COMPARISON BETWEEN FEDERAL DISTRICT AND THE CITY OF SAINT ANTHONY OF DEFICIT-GOIAS
Simone Aurea dos Santos Vilas-Bôas
1, Judith Trevisan
²
1 Aluna do Curso de Enfermagem 2 Professora orientadora Mestre
Resumo
Introdução: Este artigo visa levar ao leitor o conhecimento sobre as leis e normativas que respaldam os profissionais enfermeiros
que atuam com o ato prescricional/transcricional nas Unidades Básica de Saúde do Distrito Federal e do Município de Santo Antônio
do Descoberto/GO. Assim como as formalidades a serem executadas em cada instituição. Objetivo: identificar os contornos legais e
regimentares da prescrição de medicamentos por enfermeiros apontando os limites e as perspectivas dessa prática. Materiais e
Métodos: Técnica: Revisão literária de caráter descritivo, pesquisa de campo qualitativa narrativa, com visita nas unidades para obter
conhecimento sobre os protocolos adotados por cada Unidade Básica de Saúde. Foi estabelecida pesquisa em artigos compreendidos
entre 2008 a 2014, leis, portarias e resoluções de enfermagem. Os critérios dos artigos selecionados foram os que continham as
palavras-chave: PROTOCOLO-ENFERMEIRO-PRESCRIÇÃO-MEDICAÇÃO-REDE PÚBLICA, e que abordarão o tema com relevância.
Previamente foram selecionados 50 artigos e desses usados 32. Resultado: percebeu-se que a prescrição de medicamentos por
enfermeiros, apesar de já está regulamentada na Lei do Exercício Profissional (1997), constitui motivos de questionamento por parte,
principalmente, dos profissionais médicos que alegam exercício ilegal da profissão de medicina. Indo de encontro ao próprio
documento que regulamenta a prática a enfermagem. Essa questão vem ganhando destaque, desde a publicação de alguns protocolos
ministeriais que reconhecem o papel prescritivo do enfermeiro na Atenção Básica. Ao mesmo tempo pode-se observar que o ato de
receitar realizado pelo enfermeiro nas Unidades Básica de Saúde é limitado ,dependendo de protocolos que cada Estado ou Município
gera. Conclusão: Conclui-se que a categoria de profissionais de enfermagem alcançaram seu espaço nesse novo modelo de
organização da saúde, sendo uma ferramenta principal para atender a demanda espontânea a qual procura os serviços de saúde
básica, e que este trabalho favorece grande parte da população que vai a procura desses serviços.
Palavras-chave: Protocolo; Enfermeiro; Prescrição; Medicação; Rede Pública.
Abstract
Introduction: This article aims to lead reader the knowledge about the laws and regulations that support the nurses working as the
statute, transitional act in Basic Health Units in the Federal District and the municipality of Santo Antônio do Descorberto / GO. As soon
as the formalities are performed by each institution. Objective: To identify legal regulatory contours of prescription medications by
nurses pointing out the limits and perspectives of this practice. Materials and Methods: Technique: Literature review of descriptive,
qualitative narrative field research, visiting the units for acquiring knowledge about the protocols adopted by each Health Unit Research
was established in articles ranging from 2008 to 2014, laws, ordinances and resolutions of nursing. The criteria of the selected articles
were those containing the keywords: PROTOCOL-NURSE-PRESCRIPTION MEDICATION-NETWORK-PUBLIC and that will address
the issue of relevance. Previously we selected 50 articles and those used 32. Result: it was realized that the prescription of medicines
by nurses, despite already regulated in Professional Practice Law (1997), constitutes grounds for questioning by mainly the medical
2
physicians who claim illegal practice of medicine. Going against the document itself that regulates the nursing practice. This issue has
been gaining attention since the publication of some ministerial protocols that recognize the prescriptive role of nurses in primary care.
At the same time it can be observed that the act of prescribing by nurses conducted in Basic Health Units is l imited depending on the
protocols that each state or municipality generates. Conclusion: Were conclude that the category of nursing staff achieved their place
in this new model of health organization, being a major tool to meet spontaneous demand which seeks to basic health services, and that
this work favors large population that will demand these services.
Keywords: Protocol; nurse; prescription; medication; Public network.
Contato: smn.aurea@gmail.com;
Introdução
No Brasil a prática da prescrição
medicamentosa realizada pelo enfermeiro, é
restrita aos programas de saúde pública. Tem
como principal foco o desenvolvimento da
Estratégia Saúde da Família (ESF). A ESF foi
instituída em 1994 pelo Ministério da Saúde, na
época denominado programa saúde da família
(PSF). Ela visa reorientar a atenção à saúde,
antes baseada no modelo tecnicista e
hospitalocêntrico a partir dos princípios do
Sistema único de Saúde (SUS). O enfermeiro,
como membro de equipe de saúde da família,
desenvolve ações comuns a esta. Com
atribuições específicas, das quais destacam-se: a
consulta de enfermagem, a solicitação de exames
e a prescrição de medicamentos conforme
estabelecidos nos programas do ministério da
saúde. (ANDRADE, 2011).
A prática da prescrição medicamentosa é
uma ação importante na consulta de enfermagem
e imprescindível para o andamento do cuidado na
Estratégia Saúde da Família. O ato de receitar
medicamentos pelo enfermeiro foi sancionado
pela Lei nº 7.498/86, que regula o exercício
profissional da enfermagem no Brasil.(COREN
DF, 2014).
A resolução N.º 195/97 dispõe sobre o
atributo do enfermeiro de solicitar exames de
rotina e complementares. Considerando que para
a prescrição de medicamentos em programas de
saúde pública, em rotina aprovada pela instituição
de saúde, o enfermeiro necessita solicitar exame
de praxe e complementares para uma efetiva
assistência ao paciente sem risco para o mesmo.
Considerando os programas do Ministério da
saúde, como: DST/AIDS/COAS; Viva Mulher;
Assistência Integral a Saúde da Mulher e da
Criança (PAISMC). Controle de doenças
transmissíveis dentre outros. (BRASIL, 2014).
Considerando aos Manuais de Normas
técnicas publicados pelo Ministério da Saúde:
capacitação de enfermeiros em Saúde Pública
para o Sistema Único de Saúde para o controle
das doenças transmissíveis; pré-natal de baixo
risco (1986); treinamento do
instrutor/supervisor/enfermeiro na área de
controle da hanseníase (1988); procedimento
para atividade e controle da Tuberculose (1989);
normas técnicas e procedimentos para utilização
dos esquemas de poliquimioterapia no tratamento
da hanseníase (1990); guia de controle da
hanseníase (1994); normas de atenção à saúde
do adolescente (1995). (BRASIL, 2014).
O Manual de Treinamento em
Planejamento Familiar para enfermeiro - da
Associação Brasileira de Entidades de
planejamento familiar (ABEPF) - considera que a
não solicitação de exames de rotina e
complementares quando necessários para a
prescrição de medicamentos é agir de forma
omissa, negligente e imprudente, colocando em
3
risco seu cliente (paciente). (COREN DF, 2014).
Já a resolução N.º 271/02 regulamenta a
atuação do enfermeiro: na consulta, prescrição de
medicamentos e na requisição de exames. O
enfermeiro tem autonomia na escolha dos
medicamentos e respectiva posologia,
respondendo integralmente pelos atos praticados;
(COREN DF, 2014).
O exemplo do mandato de segurança de nº
2006.34.00.034727-1 em que o Conselho Federal
de medicina questionou a legalidade da
Resolução COFEN nº 271/02 que, em seus
artigos 1º e 2º, dispunha tão somente que “é ação
da Enfermagem, quando praticada pelo
enfermeiro, como integrante da equipe de saúde,
a prescrição de medicamentos” e que “os limites
legais para a prática desta ação são os
programas de Saúde Pública e rotinas que
tenham sido aprovadas em Instituições de saúde,
pública ou privada. Por tal ação,o CFM obteve
liminar para suspender a Resolução COFEN nº
271/02;( BORGES,2010).
Inobstante a referida suspensão a outorga
de competência para a prática da consulta,
prescrição de medicamentos e solicitação de
exames decorre da Lei, e da Portaria MS nº
1.625/07. O comando Judicial que suspendeu a
Resolução não espraiou seus efeitos sobre a
vigência da Lei; (BORGES, 2010).
Em razão dessa situação o Conselho
Federal de Enfermagem adotou a providência,
inócua para as prerrogativas dos enfermeiros, de,
através da Resolução COFEN nº 317/07, revogar
a Resolução COFEN nº 271/02; (BORGES,
2010).
A portaria nº 218/12, artigo 1º, normatiza a
prescrição de medicamentos e solicitações de
exames pelo profissional de Enfermagem que
atua nos Programas de Saúde Pública, conforme
protocolos e rotinas adotadas pela Secretaria de
Estado de Saúde do Distrito Federal - SES/DF -
(COREN DF, 2012).
Entretanto todas as leis, portarias e
resoluções citadas não devem ser a única fonte
para orientar ou até mesmo regulamentar o ato
prescricional. O enfermeiro necessita ter profundo
conhecimento sobre os Protocolos das
medicações a serem prescritas pela categoria, e
sobre legislação que rege o exercício profissional.
Para que assim possa desenvolver com clareza e
segurança a prática clínica com competência;
(COFEN. 2008).
Objetivo
Identificar os contornos legais e regimentares da
prescrição de medicamentos por enfermeiros
apontando os limites e as perspectivas dessa
prática.
Levar ao leitor o conhecimento dos programas e
protocolos de prescrição medicamentosa que o
Enfermeiro prescreve na Rede de atenção
Básica.
Justificativa
Direcionar os profissionais de Enfermagem a
buscarem mais conhecimentos sobre Leis,
Portarias e Normativas que respaldam a categoria
quanto ao ato prescricional / transcricional nos
Programas de Atenção Básica de Saúde. Não
sendo tal ato atividade exclusiva dos profissionais
médicos. (BRASIL, 2014).
Materiais e Métodos
CRITÉRIOS ÉTICOS: esta abordagem
considera o estudo da história, das relações,
representações, percepções , das opiniões, dos
produtos e das interpretações que os humanos
fazem a respeito de suas idéias e pensamentos,
sendo respeitado o anonimato dos entrevistados.
4
CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO:
revisão de literatura de caráter descritivo baseada
em artigos publicados entre os períodos de 2008
a 2014. Essa verificação se iniciou em Fevereiro
de 2014 com a seleção de cinqüenta trabalhos
acadêmicos produzidos no período. Outro critério
de inclusão foi presença das palavras chave e
artigos que tinham relação com o tema. Os
parâmetros de exclusão foram textos que não
continham as palavras chave, não apresentavam
contextualização com o tema, além de estarem
fora do período estabelecido.Também foi
realizada pesquisa de campo de caráter
qualitativo narrativo para obter conhecimento
sobre os protocolos adotados em cada Unidade
Básica de Saúde.
AMOSTRA: escritos universitários
compreendidos entre 2008 a 2014. Pesquisa de
campo realizada na Unidade Saúde da Família-
USF nº 07 do Município de Santo Antônio do
Descoberto e Centro de Saúde nº 02 da Cidade
Satélite de Riacho Fundo II, no período de Junho
a Julho de 2014.
PROCEDIMENTOS DE ESTUDO: a
metodologia de caráter descritivo qualitativo
narrativo, realizada através de uma revisão de
literatura e pesquisa de campo para a obtenção
dos protocolos de cada unidade. Definida em três
etapas:
1ª etapa: revisão de literatura qualitativa de
caráter descritivo narrativo exploratório e visita
nas unidades para obter conhecimentos sobre os
protocolos das Unidades básica de Saúde.
Reuniões com enfermeiros que atuam na
Estratégia Saúde da Família, na Cidade Satélite
de Riacho Fundo II - DF e do Município de Santo
Antônio do Descoberto/GO, e que possuem pelo
menos seis meses de experiência na atuação em
Saúde Pública mais especificamente na
Estratégia de Saúde da Família. A amostra, ou
seja, o “N’’ foram de 02 enfermeiros”.
2ª etapa: estabelecer a pesquisa em
artigos compreendidos entre 2008 a 2014, nas
Bases Nacionais e Internacionais, Lilacs, Bireme,
Scielo e Ministério da Saúde, que contenham as
palavras chave: PROTOCOLO- ENFERMEIRO-
PRESCRIÇÃO- MEDICAÇÃO – REDE PUBLICA
e Leis, Portarias e Resoluções de Enfermagem.
3ª etapa: Os critérios de inclusão dos
artigos selecionados foram aqueles que
continham as palavras chaves, e que abordavam
o tema com relevância. Foram selecionados 50
artigos, e desses utilizados 32, os demais foram
excluídos.
INSTRUMENTOS DE ANÁLISE: realizados
através das ferramentas Word e Excel 2007.
RETORNO AOS AVALIADOS: retorno à
comunidade acadêmica através de um folder
explicativo, incluindo as principais orientações
sobre o tema abordado.
Resultados
Ao compararem-se os programas a serem
implantados pelo município de Santo Antônio do
Descoberto com os adotados pelo Distrito Federal
observa-se que há limitação no atendimento
prescricional. Nota-se também que a consulta de
enfermagem - incluindo exame físico, diagnóstico
prescrição e evolução - na rede de atenção
básica de saúde contribuem para a diminuição da
grande demanda espontânea à espera do
5
atendimento de programas oferecidos pela
Unidade de Saúde da Família. Vale ressaltar que
a prescrição medicamentosa é valida apenas
para os programas da rede de atenção básica e
em rotina aprovada pela instituição de saúde.
(BRASIL, 2014).
Veja a seguir o fluxograma dos programas
de livre liberação à prescrição medicamentosa
realizada pelo profissional enfermeiro, um
comparativo entre ESF nº 07 Santo Antonio do
descoberto - GO e CS Nº 04 –Riacho Fundo II –
DF.
Fonte: http/www.saude.gov.br/portalsaude/
Portaria 2/2014
ANEXO I – PORTARIA Nº 014/2013
RELAÇÃO DE MEDICAMENTOS A SEREM
PRESCRITO-TRANSCRITOS PELOS
PROFISSIONAIS ENFERMEIROS NA REDE DE
ATENÇÃO BÁSICA
As Doenças sexualmente transmissíveis
(DST) estão entre os problemas de saúde pública
mais comuns no Brasil e no mundo. Sendo
atualmente consideradas como o principal fator
facilitador da transmissão sexual do HIV. Algumas
DST quando não diagnosticadas e tratadas a
tempo, podem evoluir para complicações graves
e até mesmo para o óbito. (CADERNO DE
ATENÇÃO BÁSICA Nº 18, 2006).
PROGRAMA DE DST (Doenças
sexualmente transmissíveis)- item
Medicamentos
1. Aciclovir
2. Azitromicina
3. Ciprofloxacina 500mg
4. Doxiciclina
5. Sulfametoxazol+ Trimetropina
6. Metronidazol
7. Ofloxacina
8. Miconazol
9. Isoconazol
10. Fluconazol
11. Cetoconazol
12. Nistatina
Fonte: Portaria 02/2014
A Hipertensão arterial sistêmica (HAS) é
um grave problema de saúde pública não só no
Brasil como no globo. Além de ser a causa direta
de cardiopatia hipertensiva, é fator de risco para
doenças decorrentes de aterosclerose e
trombose, e que se manifestam,
predominantemente, por doença isquêmica
cardíaca, cerebrovascular, vascular periférica e
renal. (CADERNO DE ATENÇÃO BÁSICA Nº 37,
2013).
O termo “diabete mellitus’’ (DM) refere-se a
um transtorno metabólico de etiologias
heterogêneas, caracterizada por hiperglicemia e
distúrbios no metabolismo de carboidratos,
proteínas e gorduras, resultantes de defeitos da
secreção e/ou da ação da insulina. Está
associada à dislipidemia, a hipertensão arterial e
a disfunção endotelial. (CADERNO DE ATENÇÃO
BÁSICA Nº 36, 2013).
PROGRAMAS DE ATENÇÃO
BÁSICA
ESF 07- Santo
Antonio do Descoberto
-GO
DST -Doenças sexualmente
Transmissíveis
HIPERTENSÃO ARTERIAL
SAÚDE DA CRIANÇA (CD)
HANSENÍASE DIABETES SUPLEMEN TAÇÃO
DO FERRO
TUBERCULOSE SAÚDE DA MULHER
DENGUE
CS Nº04 -Riacho
Fundo II-DF
HANSENÍASE DIABETES
DENGUE
HIPERTENSÃO ARTERIAL
SAÚDE DA CRIANÇA
(CD)
6
PROGRAMA DE HIPERTENSÃO E
DIABETES - Item Medicamentos (Transcrição)
1. Captopril
2. Enalapril
3. Metildopa
4. Furosemida
5. Hidroclorotiazida
6. Propanolol
7. Metformina
8. Glibenclamida
9. Glicazida
10. Insulina NPH
11. Insulina Regular
12. Atenolol
13. Ácido Acetil Salicílico – AAS
Fonte: Portaria 02/2014
O Programa Nacional de Suplementação
de Ferro, do Ministério da Saúde, recomenda a
suplementação de ferro elementar (sulfato
ferroso). A complementação de ferro deve ser
mantida no pós-parto e no pós-aborto por 3
meses. A administração preventiva de ácido fólico
no período pré-gestacional está indicada para
prevenção de anormalidades congênitas do tubo
neural, especialmente nas mulheres com
antecedentes desse tipo de malformações.
(CADERNO DE ATENÇÃO BÁSICA Nº32, 2012).
PROGRAMA DE SUPLEMENTAÇÃO
DO FERRO (Item Medicamentos)
1. Sulfato Ferroso
2. Ácido Fólico
Fonte: Portaria 02/2014
Os contraceptivos são as principais
ferramentas do planejamento familiar. Para saber
qual método adotar a mulher deve seguir as
orientações de um profissional da saúde
capacitado, que levará em consideração o perfil
da paciente e também possíveis doenças
associadas. Por se tratar de métodos que
possuem hormônios não podem ser
automedicados.(BRASIL,2014).
PROGRAMA DE SAÚDE DA MULHER -
Item Medicamentos
1. Acetato de Medroxiprogesterona
2. Desogestrel + Etinilestradiol
3. Norestisterona
4. Estrogênios Conjugados
5. Levonorgestrel
6. Levonorgestrel + Etinilestradiol 7
Etinilestradiol +Levonorgestrel
7. Enantato de Norestiterona + Valerato
de Estradiol
8. Levonorgestrel 0,75 mg (Contracepção
de emergência)
Fonte: Portaria 02/2014
Como ação de redução da carga de
infecção pelos geo-helmintos, o Ministério da
Saúde propõe a implantação do tratamento
quimioprofilático em crianças de 5 a 14 anos com
a utilização do Albendazol. Esse medicamento é
eficaz, não tóxico, de baixo custo, com efeitos
colaterais raros e sem gravidade. (manual OMS,
2012).
PROGRAMA DE CRESCIMENTO DE
DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA (CD)-Item
Medicamentos
1. Albendazol
Fonte: Portaria 02/2014
A dengue é uma doença infecciosa febril aguda,
que pode ser de curso benigno ou grave, a
depender de seu modo de apresentação: formas
não aparentes, dengue clássico (DC), febre
7
hemorrágica da dengue (FHD) ou síndrome do
choque da dengue (SCD), podendo evoluir para
óbito. Seu principal vetor é o Aedes aegypti.
(CADERNO DE ATENÇÃO BÁSICA Nº 21, 2007).
PROGRAMA DA DENGUE - Item
Medicamentos
1. Paracetamol
2. Sais para reidratação oral
3. Dipirona Sódica
4. Bromoprida
Fonte: Portaria 02/2014
Hanseníase é uma doença infecciosa,
crônica, acomete principalmente a pele e os
nervos periféricos, mas também se manifesta
como uma doença sistêmica comprometendo
articulações, olhos, testículos, gânglios e outros
órgãos. O alto potencial incapacitante da
hanseníase está diretamente relacionado à
capacidade de penetração do Mycobacterium
leprae na célula nervosa e seu poder
imunogênico. (CADERNO DE ATENÇÃO BÁSICA
Nº 21,2007).
Item Medicamentos (Transcrição)
1. Blister Multibacilar
2. Blister Paucibacilar
Fonte: Portaria 02/2014
A tuberculose é uma doença infecciosa e
contagiosa, causada por um micro-organismo
denominado Mycobacterium tuberculosis.
Também denominado de bacilo de Koch (BK),
que se propaga através do ar, por meio de
gotículas contendo os bacilos expelidos por um
doente com tuberculose pulmonar ao tossir,
espirrar ou falar em voz alta.Quando estas
gotículas são inaladas por pessoas sadias,
provocam a infecção tuberculosa e o risco de
desenvolver a doença.(CADERNO DE ATENÇÃO
BÁSICA Nº 21,2007).
PROGRAMA DE TUBERCULOSE – Item
Medicamentos (Transcrição)
1. Isoniazida
2. Rifampicina
3. Etambutol
4. Etionamida
5. Pirazinamida
6. Estreptomicina
Fonte: Portaria 02/2014
A LEGALIDADE DA PRECRIÇÃO DE
ENFERMAGEM
O Profissional Enfermeiro está respaldado por
Lei para realizar o procedimento prescricional.
Basta que esteja ciente de que sua atuação se
limita as medicações dos Programas da Atenção
Básica. Ressaltando a responsabilidade em
atualizar-se frente a tal temática, para que sua
atuação seja efetiva e longe de riscos para a
população.
O Tribunal Regional Federal derrubou a
liminar que suspendia as atribuições dadas pela
Secretaria de Saúde do Distrito Federal aos
Enfermeiros para prescrever medicamentos e
solicitar exames. Com esta decisão, os
Enfermeiros da Rede Pública do Distrito Federal
voltam a ter estas competências. (13ª Vara da
Seção Judiciária do DF, 2013).
Conforme a Portaria 218/2012 da
Secretaria de Saúde que autoriza o profissional
de enfermagem a atuar no diagnóstico e
tratamento de doenças como: AIDS, Dengue,
Asma, Diabetes, Tuberculose, Hipertensão
Arterial, entre outras, de acordo com protocolos
pré-estabelecidos em 18 programas de Saúde
Pública.
Os Enfermeiros possuem, nos termos da
8
Portaria GM/MS nº 1.625, competência para
realizar consultas de enfermagem, solicitar
exames complementares e prescrever
medicações. Observadas as disposições legais
da profissão e conforme os protocolos ou outras
normativas técnicas estabelecidas pelo Ministério
da Saúde, os Gestores Estaduais, os Municipais
ou os do Distrito Federal.
Tais Protocolos ou Normativas Técnicas,
nos termos da própria Portaria 648/06, são de
responsabilidade do Gestor de saúde e de em
âmbito Nacional.
Conforme o Guia de Política Nacional de
Atenção básica, ano 2012, página 48 são
atribuições do Profissional Enfermeiro em um
PSF: realizar consulta de enfermagem,
procedimentos, atividades em grupo e conforme
protocolos ou outras normativas técnicas-
estabelecidas pelo gestor Federal, Estadual,
Municipal ou do Distrito Federal. Segundo as
disposições legais da profissão solicitar exames
complementares, prescrever medicações e
encaminhar ,quando necessário, usuários a
outros serviços. (BRASIL, 2014).
Espraiam-se principalmente nos cadernos
de atenção básica do Ministério da Saúde. Dentre
Tais Citamos apenas dois dos inúmeros
existentes:
a) Caderno de Atenção Básica, Atenção ao
Pré- Natal de baixo risco, nº 32, ano 2013
pagina 47, afirma que é competência do
Enfermeiro, prescrever medicamentos
preconizados para o programa de pré-natal
(Sulfato ferroso e ácido fólico, além de
medicamentos padronizados para
tratamento das DST, conforme protocolo da
abordagem sindromica).
b) Caderno de Atenção Básica, do cuidado
integral ao paciente com Diabetes e sua
família, nº 16, ano 2006 pagina 47, define
as atribuições do enfermeiro, dentre tais,
realizar consulta de enfermagem com
pessoas com maior risco para Diabetes tipo
2 identificadas pelos agentes; realizar
consulta de enfermagem abordando fatores
de risco; Solicitar, durante a consulta de
enfermagem, os exames de rotina, repetir a
medicação de indivíduos controlados e sem
intercorrências.(BRASIL,2014).
Assim, com amparo na específica
legislação pertinente, o Enfermeiro possui papel
preponderante na universalização do acesso à
saúde à medida que munido do processo de
enfermagem, possa praticar ações que objetivam
a democratização do acesso aos meios
promotores da saúde.
COFEN E COREN NO CONTEXTO DE
NORMATIVAS
Tendo em vista o equívoco da RDC
nº20/2011, item 1.7, da ANVISA, que tem gerado
transtornos para a atenção dos enfermeiros na
prescrição de medicamentos, o Cofen
encaminhou recurso, impetrado pelo próprio
Conselho Federal junto à ANVISA, requerendo e
sugerindo alterações no ato resolutivo. (COREN
DF, 2011).
A redação gerou inseguranças e
dubiedades aos profissionais de enfermagem. O
que ocasionou a veiculação na internet de notícia
inverídica acerca do assunto: “TRF proíbe
prescrição de medicamentos por enfermeiro”. A
própria ANVISA, no informe técnico - RDC nº
20/2011, conforme citado acima, incorreu em
erro. Por esse motivo, a questão merece um
especial esclarecimento (COREN DF, 2011).
Observações enviadas pelo Cofen: Não há
dúvidas quanto à atuação dos enfermeiros. A
enfermagem é uma profissão regulamentada pela
Lei 7.498/86 e está assegura ao profissional
9
plenos direitos de prescrever medicamentos,
inclusive, os antimicrobianos, que estejam
previstos nos protocolos e rotinas dos
estabelecimentos de saúde, quando o mesmo
compuser uma equipe de saúde; (COREN DF,
2011).
Garante-se ao enfermeiro prescrever
medicamentos, solicitar exames e consultar.
Todas essas atividades estão previstas na Lei nº
7.498/86 ,no decreto 94.406/87 e na Portaria nº
569 do Ministério da Saúde. Não são atividades
privativas dos médicos, podendo ser praticados
por odontólogo, enfermeiro, veterinário, etc.,
(COREN DF, 2011).
Subtende-se por fim o direito de fazer
diagnóstico. Pois para receitar um remédio é
necessário detectar a enfermidade, o que exige a
formação do enfermeiro para diagnosticar, o que
está prevista na Resolução do Conselho Nacional
de Educação nº 03/2001, em seu artigo 5º,inciso
VIII:"ser capaz de diagnosticar e solucionar
problemas de saúde’’. (COREN DF, 2011).
O item 1.7 da RDC nº 20/2011 da ANVISA
– Da prescrição pelo enfermeiro - conforme
decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª
Região fica sem efeito a Resolução nº272/2002
do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) que
permitia aos enfermeiros prescrever
medicamentos no âmbito dos programas ou
rotinas aprovadas em instituições de saúde. A
decisão é válida para todo território Nacional.
(COREN DF, 2011).
É importante esclarecer que não cabe a
ANVISA regular ou regulamentar questões do
exercício profissional e, portanto, devem ser
seguidas as orientações do Conselho de Classe
dos Profissionais. (COREN DF, 2011).
Muitas vezes, na saúde pública, os
médicos não dão conta da demanda e, por isso, é
importante atribuir ao profissional de Enfermagem
responsabilidades, para as quais são
competentes. “Segundo a enfermeira entrevistada
que há outros Estados, como Goiás e Rio de
Janeiro, que têm dispositivos semelhantes à
portaria da Secretaria de Saúde do Distrito
Federal”; (ROSSI, DANIELA - fiscal do COREN
DF).
PROTOCOLOS DE PRESCRIÇÃO DE
ENFERMAGEM NO DF
Cada Estado e Município possuem seus
próprios protocolos de prescrição medicamentosa
a serem realizados pelo enfermeiro, mesmo o
profissional sendo respaldado por Lei para assim
proceder. (BRASIL, 2014).
O Ministério da Saúde preconiza os
seguintes programas da rede de atenção básica
de saúde: programa de tuberculose, programa de
hanseníase, programa de diabete mellitus,
programa de hipertensão arterial, programa de
saúde da mulher, programa de saúde da criança,
programa de saúde do idoso, programa de
doenças sexualmente transmissíveis e AIDS, e
controle da dengue. (BRASIL, 2014).
Porém nem todos os estados e municípios
adotam tais programas. O presente artigo visa
focar os protocolos adotados pela rede de
atenção básica do Distrito Federal em
comparação aos utilizados pelo Município de
Santo Antônio do Descoberto/ GO. (SES DF, 2014
et al).
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal,
no âmbito de suas atribuições legais, fornece
protocolos de medicamentos a serem receitados
pelo profissional enfermeiro na rede de atenção
básica de saúde aos seguintes programas: Saúde
da Criança (CD), Diabete Mellitus, Hipertensão
arterial, Controle da dengue e Hanseníase. (SES
DF, 2014).
De acordo com a normatização da
Secretaria de Saúde do Distrito Federal a
prescrição de medicamentos e a solicitação de
10
exames complementares pelo Enfermeiro, além
de seguir os protocolos de conduta definidos por
ela. Devem ser escritas em receituário
padronizado pelo órgão e conter a devida
identificação do profissional, e com toda
responsabilidade ética e legal, prevista para o
desenvolvimento da profissão. (SES DF, 2014).
Entre os Programas de Saúde, em que
atuam os enfermeiros habilitados a receitar, ainda
estão os de atenção o serviço integral à saúde da
criança, do idoso, da mulher, do adolescente, de
vítima de acidentes e violência; e de rotina de
tratamento de feridas e de farmácias vivas do
SUS. (COFEN, 2013).
PROTOCOLO DE PRESCRIÇÃO DE
ENFERMAGEM NO MUNICIPIO DE SANTO
ANTÔNIO DO DESCOBERTO- GOIAS
O Secretario Municipal de Saúde de Santo
Antônio do Descoberto, no uso de suas
atribuições legais deve considerar: a Portaria GM
de nº 2.488 de 21 de Outubro de 2011, que
estabelece a revisão de diretrizes e normas para
a organização da Atenção Básica, para Estratégia
Saúde da Família (ESF); a Portaria GM de nº 154
de 24 de Janeiro de 2008, que estabelece o
Núcleo de Apoio a Saúde da Família; bem como a
Portaria GM nº 2.027 de 25 de Agosto de 2011,
que dispõe sobre a suspensão do Piso de
Atenção Básica; e ainda a Portaria GM de nº 198
de 13 de Fevereiro de 2004, que institui a Política
Nacional de Educação Permanente em Saúde
como estratégia do Sistema Único de Saúde para
formação e o desenvolvimento de trabalhadores
para o setor e das outras providências; levando
em conta também o artigo 53 Lei Municipal nº 180
de 1993; e finalmente, atentar para a importância
do trabalho realizado pela equipe multiprofissional
no atendimento aos usuários do SUS nas
Unidades de Saúde no âmbito do Município de
Santo Antônio do Descoberto/GO.
Resolvem:
Art. 2º - Capacitar os Profissionais de
enfermagem inseridos em Programas de Saúde
Pública, quanto às normas para a prescrição de
medicamentos e solicitações de exames
complementares, desde que comprovada a
capacidade técnica dos mesmos para tal fim e
que sejam devidamente treinados por membros
designados pela Secretaria Municipal de Saúde
de Santo Antônio do Descoberto-GO.
Art. 3º - Estabelecer que os medicamentos
e exames descritos nos Anexos II e III, desta
Portaria, somente poderão ser prescritos
/solicitados pelos (as) Enfermeiros (as) inseridos
nos programas de saúde pública regulamentados
pelo Ministério da Saúde, em funcionamento na
rede municipal de saúde, podendo ser
acrescidos/atualizados automaticamente desde
que, regulamentado pelo Ministério da Saúde.
Parágrafo Primeiro: As prescrições de
medicamentos e solicitações de exames
complementares pertinentes a atividade de
enfermagem se encontram descritos nos Anexos
II desta Portaria, conforme determina os
programas e diretrizes do Ministério da Saúde.
Parágrafo Segundo: As prescrições ou
solicitações deverão ser feita com os dados
completos do paciente, devidamente assinadas
com identificação do Conselho, data da
prescrição e em letra legível.
Parágrafo Terceiro: A prescrição e
dispensação de medicamentos serão restritas aos
profissionais de enfermagem inseridos em
Programas de Saúde Pública do Município de
Santo Antônio do Descoberto – GO.
Parágrafo Quarto: A prescrição por parte do
Enfermeiro deverá seguir todas as normas da
Portaria que está para ser aprovada do Gabinete
do Secretario Municipal de Saúde de Santo
Antônio do Descoberto.
Parágrafo Quinto: Na prescrição de
11
medicamentos constantes no Programa de
DST’s, será obrigatória a identificação no
receituário do número da notificação de agravos.
Esta Portaria entrará em vigor a partir da
data de sua assinatura, ficando revogadas as
disposições em contrário.
Porém como falta a assinatura do
Secretario de Saúde do Município e a não
implementação dos protocolos nas Unidades
Básica de Saúde, os profissionais enfermeiro
prescrevem os medicamentos dos programas que
o Ministério da Saúde preconiza, pois há respaldo
por lei para assim proceder. (SMS SANTO
ANTONIO DO DESCOBERTO, PORTARIA
2/2014).
O Município de Santo Antônio do
Descoberto, por meio da portaria 02/2014, possui
uma minuta que estabelece os programas e
protocolos de medicamentos a serem receitados
pelo enfermeiro na rede de atenção básica, para
os seguintes casos: Programa de DST,
Hipertensão Arterial, Diabete Mellitus,
Suplementação do ferro, Saúde da Mulher,
Crescimento e desenvolvimento da Criança (CD),
Controle da dengue, Hanseníase e Tuberculose.
Porém, sem a homologação do Secretario de
Saúde do Município para implementar os
protocolos nas Unidades Básica de Saúde, a
prescrição dos medicamentos se dá de acordo
com os programas que o Ministério da Saúde
preconiza, e o respalda para o ato. (SMS SANTO
ANTONIO DO DESCOBERTO, PORTARIA
2/2014).
A PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS
ENFERMEIROS QUE ATUAM COM OS
PROTOCOLOS
Os Profissionais Enfermeiros que atuam
nas unidades básica de saúde ressaltam a
grande importância dos protocolos de
enfermagem no quesito transcrição/prescrição
medicamentosa. Enfatizam que estes
documentos dão uma grande autonomia, além da
maior valorização dos profissionais diante o
paciente. O que tornar a consulta de enfermagem
completa na atenção primaria. Também permitem
desafogar à tão demorada espera pelos serviços
médicos, e conseqüentemente, o Profissional
Médico fica com mais tempo para as consultas e
medicações mais complexas, que não são da
competência do Enfermeiro.
Significa ter habilidade técnica para
reconhecer sinais e os sintomas para então fazer
a avaliação e uma conclusão de qual intervenção
deverá ser feita. Reitera-se que é uma etapa
secundária, que se dá dependendo do
diagnóstico clínico.
Discussão
Cada Estado e Município possuem
protocolos próprios de prescrição medicamentosa
a serem realizados pelo enfermeiro, mesmo
sendo o profissional respaldado por Lei para
tanto. Porém, nem todos Estados ou Município
adotam todos esses programas liberados pelo
Ministério da Saúde. O presente artigo teve como
foco a interpretação dos protocolos adotados pela
rede de atenção básica do Distrito Federal em
comparação aos utilizados pelo Município de
Santo Antônio do Descoberto/ GO. (SES ET AL,
2014).
Além das disposições legais sobre a
prescrição de medicamentos realizada pelo
enfermeiro que discorre as resoluções e decretos,
há também os Protocolos de assistência de
enfermagem. Entende-se por protocolo de
assistência como um conjunto de dados que
permitem direcionar o trabalho e registrar
oficialmente os cuidados executados na
resolução ou prevenção de um problema;
(ALMEIDA, et al, 2011).
Perante as mudanças do modelo de
12
atenção propostas pelo Programa Saúde da
Família tornou-se necessária a elaboração desse
documento que visa apoiar e qualificar a
assistência para garantir a segurança e os
direitos dos usuários e profissionais de
enfermagem; (HONORIO; CAETANO, 2009).
Como receitar medicamentos é uma
atribuição que cabe ao profissional enfermeiro
realizar - amparado por documentos legais -
profissionais das unidades ESF Nº 07 DE Santo
Antônio do Descoberto/GO e da USF nº 02 da
região administrativa Riacho Fundo II mencionam
a utilização da prescrição medicamentosa em
alguns atendimentos pautados nos protocolos do
Ministério da Saúde. (COREN DF, 2014).
Tendo em vista que a prescrição de
medicamentos pelo enfermeiro vem sendo
polêmica e ao mesmo tempo complementar a
assistência prestada ao indivíduo / família /
comunidade, este profissional deve realizar
atendimento integral à comunidade no âmbito da
promoção e proteção da saúde, prevenção de
agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e
manutenção da saúde como forma de melhorar o
trabalho ofertado. (BRASIL, 2002).
Considerando o quanto a técnica de
receitar medicamentos, realizadas pelo
enfermeiro é praticada com ética e qualidade,
esta contribui na efetividade das respostas às
demandas advindas do serviço de saúde pública
e, conseqüentemente, para a melhoria na
qualidade dessa assistência. Mesmo havendo
dificuldades para a execução da prescrição
medicamentosa por enfermeiros, esta pratica é
uma realidade atual e o debate deve ser cada vez
mais incentivado a fim de buscar soluções que
possam beneficiar o usuário dos serviços de
saúde e o profissional. (XIMENES NETO ET AL.,
2007).
Conclusão: O referente estudo teve como objetivo
apontar quais são os protocolos de prescrição
medicamentosa da competência do profissional
enfermeiro na rede de atenção básica de saúde.
Realizar um comparativo entre Distrito Federal e
o Município de Santo Antônio do Descoberto/GO.
Identificar as leis e normativas que respaldam o
enfermeiro a realizar a prescrição de
medicamentos inclusos nos programas de
atenção básica. Levar ao Profissional Enfermeiro
o conhecimento de que cada Estado e Município
possui protocolos diferenciados em relação à
prescrição medicamentosa, e os que não
possuem protocolos próprios utilizam os
disponibilizados pelo Ministério da Saúde para
atender a demanda que procura os serviços do
SUS. Sempre ressaltando que esses protocolos
são válidos apenas nas Unidades Básica de
Saúde. Assim, é imperativa a mobilização da
classe da enfermagem para que se obtenha o
reconhecimento da sua atribuição prescritiva, a
qual tem sido ferramenta de alcance da
autonomia profissional, uma vez que garante ao
enfermeiro a execução de uma assistência
integral ao usuário.
Conclui-se que muitos Profissionais não
possuem conhecimento das leis e normativas
referente à prescrição medicamentosa
deliberadas nas Unidades Básica de Saúde. Por
outro lado os que já trabalham com esses
protocolos possuem autonomia e valorização da
categoria.
Agradecimentos: Em primeiro lugar agradeço a Deus por ter me
dado força nessa longa jornada percorrida com
garra e determinação. Agradeço a minha família
que sempre esteve ao meu lado em todos os
momentos. Sou grata também ao Enfermeiro
Sebastião Cândido que teve participação
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fundamental na confecção desse artigo. À
Professora e Coordenadora Judith Trevisan que
acompanhou, orientou e mostrou a direção certa
a seguir. Aos Professores da Faculdade
Icesp/Promove de Brasília, que nos ensinaram a
teoria, mostrando-nos sempre a realidade na
qual iremos conviver em nossa profissão. Hoje
com orgulho preparada para atuar como
Enfermeira e por em prática a visão holística que
o Mestre Luiz Carlos Schineider nos ensinou
com sua vasta e ampla experiência.
14
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