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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Módulo 29
Recursos. Da ordem dos processos nos Tribunais. Do
incidente de assunção de competência. Do incidente de
arguição de inconstitucionalidade. Do conflito de
competência. Homologação de decisão estrangeira e
da concessão do exequatur à carta rogatória.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
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1. Da ordem dos processos no tribunal
Os artigos 929 e 946 do Código de Processo
Civil regulamentam o processamento dos
processos nos tribunais. São regras que se
aplicam, de maneira geral, tanto aos processos de
competência originária quanto aos recursais.
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Os autos são registrados no protocolo do
tribunal e distribuído pela secretaria, devendo em
seguida serem conclusos ao relator. Como o
julgamento nos tribunais é, em regra colegiado, o
relator terá uma série de atribuições. Enviados os
autos, ele terá 30 dias para, depois de elaborar o
voto, restituí-los, com relatório, à secretaria.
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As atribuições do relator estão enumeradas no
artigo 932 do Código de Processo Civil. Dentre elas,
podemos destacar;
a) Dirigir e coordenar o andamento do processo no
tribunal, inclusive no que diz respeito à produção
de prova.
b) Homologar eventual autocomposição das partes.
c) Apreciar os pedidos de tutela provisória.
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d) Decidir pedido de desconsideração da
personalidade jurídica instaurado originariamente
no tribunal.
e) Determinar a intimação do Ministério Público, nos
casos previstos em lei.
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ATENÇÃO
Cabe ao relator fazer o juízo de
admissibilidade do recurso, não conhecendo, em
decisão monocrática, daqueles que forem
inadmissíveis, prejudicados ou que não tenham
impugnado especificamente os fundamentos da
decisão recorrida.
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O relator também pode examinar em decisão
monocrática o mérito do recurso, negando provimento
aos que forem contrários à súmula do STF, do STJ ou
do próprio tribunal que:
a) Contrariem acórdão proferido pelo STF ou STJ em
julgamento de recursos repetitivos.
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b) Forem contrários a entendimento firmado em
incidente de resolução de demandas repetitivas ou
assunção de competência.
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ATENÇÃO
O relator pode dar provimento ao recurso, em
decisão monocrática, quando for a decisão
recorrida que contrariar súmulas, acórdãos ou
entendimentos firmados.
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OBSERVAÇÃO
Das decisões monocráticas do relator caberá
sempre agravo interno, previsto no artigo 1.021 do
CPC.
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INCIDENTE DE ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA
Artigos 947 do CPC
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O que significa “assunção”?
Assunção é um substantivo que indica “assumir
alguma coisa”.
Assunção de competência significa assumir a
competência para julgar determinada demanda.
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A assunção de competência consiste no deslocamento
da competência funcional de órgão fracionário que seria
originariamente competente para apreciar o recurso,
processo de competência originário ou remessa necessária,
para um órgão colegiado de maior composição, devendo a
lide ser isolada e envolver situação de relevante questão de
direito com repercussão social.
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O acórdão proferido pelo órgão colegiado
consubstanciará em um precedente que vinculará todos
os órgãos daquele tribunal, que diante de outro caso
igual não poderão decidir de maneira diversa.
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Art. 947 do Código de Processo Civil
É admissível a assunção de competência quando o
julgamento de recurso, de remessa necessária ou de
processo de competência originária envolver relevante
questão de direito, com grande repercussão social, sem
repetição em múltiplos processos.
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ATENÇÃO
O incidente de assunção de competência é um
instrumento jurídico criado pelo atual CPC para permitir
que relevantes questões de direito, com grande
repercussão social, mas sem repetição de múltiplos
processos, sejam examinadas não pelo órgão
fracionário a quem competia o julgamento, mas por
órgão colegiado indicado pelo Regimento Interno, com
força vinculante sobre os juízes e órgãos fracionários.
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O incidente de assunção de competência pode
ser requerido:
a) De ofício, ou seja, pelo próprio relator.
b) Pela parte.
c) Pelo Ministério Público.
d) Pela Defensoria Pública.
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Por meio de petição, o requerente proporá o
julgamento pelo órgão colegiado, a quem competirá
reconhecer se há ou não o interesse público alegado.
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Em caso afirmativo, o órgão colegiado assumirá a
competência e julgará o pedido.
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Artigo 947, § 1º do CPC
Ocorrendo a hipótese de assunção de
competência, o relator proporá, de ofício ou a
requerimento da parte, do Ministério Público ou da
Defensoria Pública, que seja o recurso, a remessa
necessária ou o processo de competência originária
julgado pelo órgão colegiado que o regimento indicar.
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Artigo 947, § 2º, do CPC
O órgão colegiado julgará o recurso, a remessa
necessária ou o processo de competência originária se
reconhecer interesse público na assunção de
competência.
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Artigo 947, § 3º, do CPC
O acórdão proferido em assunção de
competência vinculará todos os juízes e órgãos
fracionários, exceto se houver revisão de tese.
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INCIDENTE DE ARGUIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE
Controle de constitucionalidade
a) direto: ações diretas de inconstitucionalidade e declaratórias
de constitucionalidade, propostas pelos legitimados no STF;
b) difuso: feito no caso concreto, por qualquer órgão
jurisdicional.
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A declaração de inconstitucionalidade, tratada
nos artigos 948 a 950 do Código de Processo Civil,
faz parte do controle difuso.
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No próprio processo, o juiz decide pela
inconstitucionalidade, incidentalmente. Ele não
declara a inconstitucionalidade, mas deixa de aplicar
o dispositivo legal, reputando-o inconstitucional.
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ATENÇÃO
A eficácia desse reconhecimento restringe-se
às partes, ao contrário do que ocorre no controle
direto, quando o STF comunica o fato ao Senado
Federal, que retira a vigência da norma. Nesses
casos, a declaração tem eficácia erga omnes. No
controle difuso, inter partes.
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Esse tipo de inconstitucionalidade não tem
procedimento próprio. O juiz, na própria sentença,
reconhece que a norma é inconstitucional e deixa de
aplicá-la.
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Conflito de competência
Trata-se de procedimento de competência
originária dos Tribunais e está regulada nos artigos
951 a 956 do Código de Processo Civil.
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O conflito poderá ser suscitado pelas partes,
pelo Ministério Público ou pelo juiz. Deve haver a
discordância entre os juízes.
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Em regra, quem decide é a instância superior
(TJ ou TRF)
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A homologação de decisão estrangeira e a
concessão de exequatur à carta rogatória
Já tratamos sobre isso, mas vamos relembrar
rapidamente esse procedimento.
Competência do Superior Tribunal de Justiça,
mas o cumprimento é de competência do juiz federal.
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