Resenha_discusividade_campoeducacional

Preview:

DESCRIPTION

Teoria do discurso

Citation preview

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCOCENTRO DE EDUCAOPROGRAMA DE PS-GRADUAO EM EDUCAODisciplina: Teoria do Discurso e EducaoProfessores: Gustavo Oliveira; Rui MesquitaPerodo: 2015.1

Aluna: Marlene Macario de Oliveira (Pos-Graduao em Geografia/UFPE)Discursividade e hegemonia no campo educacionalSOUTHWELL, M. Em torno da construo da hegemonia educativa. In: Mendona, D.; PEIXOTO, L. Ps-estruturalismo e teria do discurso. Porto Alegre: PUCRS, 2008, p.115-132Partindo de uma reviso de alguns pressupostos do estruturalismo teorizao ps-estruturalista Southwell (2008) mostra o potencial do marco terico desenvolvido pela anlise politica do discurso para analisar os processos educacionais na sociedade: currculo e sujeito. Inicia argumentando que a noo de discurso se refere ao que no pode prescindir, assim sugere um giro na filosofia ocidental orientando em direo as condies e possibilidades, significativas e abertas, em que as praticas discursivas se constroem, sobretudo, como condio das prticas hegemnicas. Afirma que os sistemas sociais so discursivos, dinmicos, contingentes, e (re)significados pelos distintos posicionamentos construdos pela logica equivalncia e diferena, poder, articulaes, disputas, deslocamentos nos contextos socioculturais particulares/hbridos ao longo da histria. Discorre sobre o carter ontolgico, poltico e hegemnico do social; fronteiras poltico-ideolgicas; (Des)sedimentao e desconstruo; Um terreno particular da luta hegemnica: o currculo e o sujeito? Dentre as noes abordadas: totalidade fechada; negatividade/antagonismo; relao entre significado e significante; sobredeterminao, universalidade impossvel, subverso e impossibilidade de fixar significados; desconstruo; significantes vazios, flutuantes/fixaes parciais; vacuidade de sentido; pontos nodais; representao, mito e imaginrio; identidade, sujeito interpelado e subjetividade.LOPES, A. Discursos nas polticas de currculo. Currculo sem fronteiras, v.6, n.2, 2006, p. 33-52Neste artigo so focalizadas as relaes entre Estado e polticas de currculo na pesquisa educacional. A autora questiona a concepo de que o Estado centralmente produz as polticas de currculo prescrevendo PCN, livro didtico, evidenciando, a constante homogeneidade-heterogeneidade em mltiplos contextos e, compartilha a poltica curricular como produo da cultura, uma relao saber-poder no mundo globalizado que envolveluta entre identidade e diferena, entre universal e particular (diferentes dinmicas e posies, resistncias e reinterpretaes, discursos hbridos), ou seja, outras dimenses, textuais e discursivas, simultaneamente simblicos e materiais. Assim, defende o papel das comunidades epistmicas na circulao de discursos que produzem as polticas de currculo, quais sejam: o discurso da cultura comum e o discurso da performatividade.

Lopes prope, para tanto, uma articulao entre a abordagem de ciclos de politica de Ball (1994) e a teoria do discurso (Laclau; Mouffe, 2001) para fundamentar a anlise de como diferentes grupos sociais e comunidades epistmicas para alm das agncias internacionais e dos atores internos ao prprio Estado so atravessados por e contribuem com o processo de afirmao e naturalizao do modelo de currculo nacional.

DE ALBA, A. Cultura e contornos sociais: transversalidade no currculo universitrio. In: LOPES, A. DE ALBA, A. Dilogos curriculares entre Brasil e Mxico. Rio de Janeiro: Eduerj, 2014, p. 209-227.Alicia apresenta elementos sobre a construo da categoria campo de conformao estrutural curricular (CCEC) em um horizonte ontolgico-semitico (HOS) ou cultural, a partir da sobredeterminao (curricular) de uma complexa sntese cultural e politico-educativa, como um dispositivo educativo - estratgias e tticas- de poder e saber vinculado ao mainstream da configurao poltico-cultural e educativa ou ao sistema no qual se inscreve tal dispositivo. Partindo de que o currculo se encontra na atual tenso globalizao-crise estrutural generalizada (CEG) apresenta como uma proposta cultural e politico-educativa interpela o social a responder a tais interpelaes, incorporando traos nodais da identidade do currculo e das instituies com as quais o social tenha laos de pertencimento, como o Estado, a Nao, a Igreja, a classe social, o bairro, a comunidade, a etnia, etc. Afirma que o currculo um elemento constitutivo como todo ato educativo da subjetividade, das subjetividades, dos sujeitos, dos sujeitos sociais. Estrutura o trabalho em trs partes. Na primeira expe alguns conceitos e categorias em nvel analtico social amplo ou macrossocial, na linha geral da relao currculo-sociedade, atravessada pela questo cultural, a partir de Foucault (dispositivo e vontade de saber-poder), Nietzsche (vontade de poder e de ser) e de trabalhos anteriores. Na segunda parte, mostra a articulao conceitual entre este nvel social e cultural amplo e o primeiro momento lgico- da engenharia ou construo do currculo. Na terceira parte, aborda a noo de CCEC vazio e sua funo na articulao destes dois planos, em sua relao com a construo de contornos sociais como tentativas de conformar, construir novos rumos para as sociedades atuais, e o papel dos chamados temas transversais no campo do currculo, sua potencialidade para incorporar o direcionamento contido neles.