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Segurança Rodoviária: Lições resultantes do trabalho do
International Transport Forum
José Viegas Secretário Geral International Transport Forum 19º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito, Brasília, 8-10 Out 2013
MISSÃO: “Promover uma compreensão profunda d papel do transporte com chave para o cresciment econômico e dos seus impactos sobre as dimensões medio-ambiental e social da sustentabilidade.”
Organização Intergovernamental
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54 países membros, dos quais 21 não-OCDE
Alojado na OECD Conselho de Ministros de Transportes, presidência anual rotativa
Instrumento Legal: Sistema Europeu de Contingente Multilateral de Transporte Rodoviário de Mercadorias
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Think Tank
Pesquisa e análise apoiada em fatos
Dados e Estatísticas
Identificação de melhores práticas nas políticas de transportes
Institucionalizado no Centro de
Pesquisa Comum ITF/OCDE (JTRC)
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Cimeira Anual
Reunião Ministerial e Declaração dos Ministros
Mesas Redondas com os Ministros
Discussões em Painel com Ministros,
Industriais, Pesquisadores e Sociedade Civil
Bilaterais e “Networking”
Exposição
1000 participantes (2012 e 2013)
Segurança rodoviária: um desafio global
• 1,24 milhão de pessoas morrem a cada ano nas estradas
• 20 a 50 milhões gravemente feridos • 50% desses são usuários vulneráveis • 80% das mortes ocorrem em países de renda média
• Custos humanos e económicos enormes
Fonte: WHO Global Status Report, 2013
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População, mortes nas estradas e veículos motorizados em países de renda alta, média e baixa
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DÉCADA DE AÇÃO DA ONU PARA A SEGURANÇA RODOVIÁRIA 2011-2020
•Plano de Ação Global baseado na abordagem de “sistema seguro”
•Cinco Pilares
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PLANO GLOBAL PARA A DÉCADA Cinco pilares para a abordagem de Sistema Seguro
Gerir a segurança rodoviária
Comportamentos mais seguros
Estradas e Mobilidade mais seguras
Veículos mais seguros
Resposta pós-colisão
www.who.int/roadsafety/decade_of_action/
Sistema Seguro
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• O relatório do ITF (2008) foi o primeiro a promover essa abordagem
• Grupo de Trabalho: 21 governos, Banco Mundial, OMS, Fundação FIA
Princípios de um sistema seguro
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• Com base em uma visão de longo prazo do “não gravemente ferido”
• Considera a segurança como um imperativo ético • Acomoda erro humano • Procura alinhar as decisões de segurança com os valores mais
amplos da comunidade - econômicos, saúde humana e medio-ambiental, metas de consumo
• Requer mudanças fundamentais em: – como incentivar as partes interessadas (“stakeholders”) a tomar
medidas para melhorar a segurança – como gerenciar o ambiente rodoviário
Sistema de segurança - Tolerâncias Humanas às forças físicas
• <30 km/h: pedestres, ciclistas (motociclistas)
• <50 km/h: ocupantes de veículos em colisões laterais
• <70-80 km/h: ocupantes de veículos em colisões frontais
• Evitar colisões com objectos na berma da estrada em rodovias de alta velocidade
Sistema seguro: visão de longo prazo e metas quantitativas intercalares robustas
• Visão Zero de mortes –Eleva o nível da ambição –Estimula novas medidas e pesquisa –É a única abordagem ética –É possível de atingir
• Na Suécia em 2008, mortes de crianças: zero ciclistas e 1 pedestre
• Metas Intercalares – baseadas em –Políticas adotadas –Resultados de modelagem sobre as medidas a ser tomadas –Essas metas são necessárias para conseguir atingir a
melhoria de 50% definida pela ONU
Sistema seguro: implementar intervenções de eficácia comprovada
• Excesso de velocidade • Dirigir alcoolizado • Uso de cinto de segurança • E também: infra-estrutura, veículos mais seguros, serviços de emergência
• Questões emergentes incluem: – condução distraída – segurança de motocicletas – drogas – segurança para pedestres e ciclistas (promoção de modos
suaves)
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Ainda com potencial de redução do número de mortes em 50%
Pesquisa do ITF: principais referências
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IRTAD-LAC
Grupo IRTAD Group sobre dados de segurança rodoviária 70 membros em 35 países
Produtos do IRTAD
• Relatório anual do desempenho nos países membros • Bases de dados de segurança rodoviária:
– IRTAD – IRTAD LAC – IRTAD para as cidades
• Relatórios de pesquisa: – Ferimentos graves – Velocidade e risco de acidente
• Reuniões anuais e redes permanentes • Projectos de geminação com os novos países
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Dados IRTAD mais recentes: Redução de mortes Variação 2011/2001
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Argentina: + 3% South Africa: + 64%
Mortes / 100 000 população em 2011
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Ingredientes para o sucesso Comunicados pelos países
• Segurança activa e passiva dos veículos – Protecção dos passageiros (EuroNCAP) – Controle Eletrônico de Estabilidade
• Gestão da velocidade – Radares automáticos – Controle de seção
• Infra-estrutura mais segura – Expansão da rede de auto-estradas – Barreiras medianas
• Jovens condutores – Permissões por níveis
• Legislação – Sistemas de ponto de demérito – Testes aleatórios – Nível de alcoolemia mais baixa para condutores jovens e profissionais
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O problema dos feridos graves
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2010 França Alemanha Mortes 3 992 3 648 Hospitalizados 30 393 62 620 Feridos 84 461 371 170
x 2
x 4
• Porquê um progresso mais lento?
• Podemos confiar nos
dados? 20
40
60
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1990 1995 2000 2005 2010
JAPAN
Fatalities Injury crashes
Precisamos de melhores sistemas de registro de feridos
• Para avaliar o número real de lesões graves Custos reais de acidentes de trânsito
• Para entender as conseqüências de diferentes tipos de colisão
• Para projetar as contramedidas adequadas para reduzir ferimentos graves Recomendações IRTAD: Escala abreviado de
Lesões com máximo 3 +, já aplicada em muitos países
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Relatórios de ferimentos: Recomendações IRTAD
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• Pessoal médico, não os policiais, fazem a melhor avaliação da gravidade dos ferimentos
• Fazer a ligação dos dados da polícia e dos hospitais
– Ambos os conjuntos de dados são incompletos – Existem métodos determinísticos e probabilísticos – Para ligar entre si e para estimar total geral
Geminações IRTAD • Objetivos: a partilha de experiências de membros IRTAD
para: – Melhorar a recolha de dados de segurança e sistemas de análise com base nas
melhores práticas internacionais
– Desenvolver e operar um sistema adequado de gestão de dados de segurança
– Expandir progressivamente a cobertura IRTAD, mantendo uma elevada qualidade de dados
• Conceito: Geminar uma equipe de especialistas do IRTAD com uma equipe de um país de renda média ou baixa:
– Especialistas de dados
– Consultores de políticas
– Polícia
– Pesquisadores
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Geminações IRTAD
• Argentina e Espanha (2008-2012), financiado pelo Banco Mundial
• Camboja e Holanda (em curso), financiado pela Fundação FIA
• Jamaica e no Reino Unido (em curso), financiado pelo BID
• África do Sul e Suécia (a ser iniciado), financiado pela Fundação FIA
• Países do Sudeste Asiático com estados da Austrália (em discussão)
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OISEVI: o Observatório Ibero-americano de Segurança Rodoviária
• A geminação IRTAD entre Espanha e Argentina apoiado pelo Banco Mundial (Global Road Safety Facility) deu início ao desejo de uma cooperação mais ampla a respeito da segurança rodoviária na Ibero-América.
• Em 2011, os Chefes de Segurança Rodoviária e agências de trânsito de 18 países concordaram em criar o Observatório Ibero-Americano de Segurança Rodoviária.
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O que é o Observatório Ibero-Americano de Segurança Rodoviária (OISEVI)?
Um espaço de trabalho comum, de conhecimento e cooperação em matéria de segurança rodoviária, entre os 18 países membros: Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru, Chile,
Espanha, Brasil, El Salvador, Nicarágua, Honduras, Costa Rica, Colômbia, República Dominicana, México, Guatemala, Cuba, Equador.
Suportado por uma base de dados regional de segurança
rodoviária, com base no modelo IRTAD: IRTAD LAC
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IRTAD LAC
• Uma base de dados de segurança rodoviária dedicada aos países da América Latina e do Caribe
• Hospedado pela ITF / OCDE, mantida pela OISEVI • Utilizando o mesmo questionário IRTAD:
– Definições e metodologias padronizadas
• Uma ferramenta de aprendizagem para melhorar progressivamente a qualidade dos dados
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IRTAD LAC Baseado nos
melhores dados disponíveis
Mesmo questionário
Melhoria da qualidade dos
dados
Base de Dados IRTAD
Conferência conjunta OISEVI / IRTAD • Buenos Aires 13-14 Novembro 2013
• Inscrições abertas em: http://www.oisevi-irtad.com.ar/
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Conclusões
• A segurança rodoviária é um grande desafio do século XXI, sobretudo nas economias emergentes
• Ações são necessárias agora – Adotando uma abordagem de sistema de segurança e do Plano de Acção
da ONU – Implementando intervenções comprovadas – Monitorando o progresso
• O ITF pode ajudar, através de seus grupos de pesquisa, do IRTAD e de consultas ad hoc
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Muito Obrigado pela atenção! José Viegas T +33 (0)1 45 24 97 10 E jose.viegas@oecd.org Endereço postal 2 rue Andre Pascal 75775 Paris Cedex 16
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