Doença de chagas

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DOENÇA DE CHAGAS

Tripanossomíase americana

Trypanosoma cruzi

Profª Monara Bittencourt de Amorim

Bioquímica-Citologista

bittencourt.monara7@gmail.com

84 9985 8153

Doença de Chagas ou Mal de Chagas

É também chamada Tripanossomíase americana,

É uma infecção causada pelo protozoário flagelado chamado de

Trypanosoma cruzi.

Sendo transmitida por insetos, conhecidos

no Brasil como barbeiros, ou ainda, chupança, fincão, bicudo,

chupão, procotó,e são pertencentes aos

gêneros: Triatoma, Rhodnius e Panstrongylus

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O Trypanosoma cruzi é um membro do mesmo gênero do

agente infeccioso africano da ”doença do sono” e da

mesma ordem que o agente infeccioso da leishmaniose,

mas as suas manifestações clínicas, distribuição

geográfica, ciclo de vida e de insetos vetores são bastante

diferentes.

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A doença de Chagas acomete entre 12 e 14 milhões

de pessoas em larga extensão na América Latina e

cerca de 8 milhões de pessoas no Brasil.

Principalmente população pobre que reside em

condições precárias.

É Considerada a 4º doença de maior impacto na

saúde pública do nosso país.

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Carlos Chaga descobriu em 1908, o parasita no

intestino triatomíneos.

Em 1909, descreveu o primeiro caso humano,

estabelecendo a etiologia, ciclo parasitário,

identificação dos vetores, reservatórios domésticos e

silvestres, descrevendo a doença e o diagnóstico.

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Os sintomas da doença de Chagas podem variar durante o curso

da infecção.

A fase aguda, que dura em torno de 4 a 16 semanas,geralmente é

assintomática.

Porém, quando surgem sintomas, estes podem variar de leves

(febre baixa, adinamia,anorexia),

Moderados (linfoadenopatia, esplenomegalia, hepatomegalia) até

graves ( meningite e miocardite).

Após a total reversão do quadro clínico agudo, inicia-se uma fase

totalmente assintomáticaProfª Monara Bittencourt de Amorim

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AGENTE ETIOLÓGICO

•A Tripanossomíase é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi,

•É caracterizado pela presença de um flagelo.

•No sangue dos vertebrados, o T.cruzi se apresenta sob a forma de tripomastigote,

que é extremamente móvel, e nos tecidos, como amastigotas.

•No tubo digestivo dos insetos vetores, ocorre um ciclo com a transformação do

parasita, dando origem as formas infectantes presentes nas fezes.

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Formas infectantes:•AMASTIGOTAS

•EPIMASTIGOTA

•TRIPOMASTIGOTAProfª Monara Bittencourt de Amorim

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AProfª Monara Bittencourt de Amorim

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Forma infectante encontrada

no sangue dos vertebrados

Forma infectante encontrada

nos tecidos dos vertebrados

Forma infectante encontrada

no intestino do barbeiro

AMASTIGOTAS•A forma amastigota é arredondada.

•Apresenta um flagelo bem reduzido.

•Núcleo relativamente grande, redondo e

excêntrico.

•Cinetoplasto em forma de bastão, situado entre

o núcleo e o flagelo.

•Forma infectante é encontrada no interior das

células de hospedeiros mamíferos infectados,

incluindo o homem, onde se multiplicam.

Cinetoplasto: é uma mitocôndria especializada, sendo muito rico em DNA Profª Monara Bittencourt de Amorim

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EPIMASTIGOTA

•A forma epimastigota é fusiforme.

•Possui o cinetoplasto em forma de bastão,

localizado próximo à bolsa flagelar, de onde

emerge o flagelo que adere ao longo da

extensão do corpo celular do parasito,

tornando-se livre na região anterior.

•Esta forma não infectante é mais

comumente encontrada no intestino do

barbeiro.

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TRIPOMASTIGOTA

•A forma tripomastigota é alongada e

levemente achatada.

•Apresenta cinetoplasto arredondado,

localizado na extremidade posterior do

corpo do parasito.

•As formas tripomastigotas são altamente

infectantes, podendo ser encontradas no

mamífero, no sangue e espaço intercelular)

e no inseto, na região posterior do tubo

digestório. Profª Monara Bittencourt de Amorim

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VETORProfª Monara Bittencourt de Amorim

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VETOR

• A maioria das espécies conhecidas vive no meio silvestre,

associadas a uma diversidade de fauna e flora.

• É importante ter em mente que essas associações a habitats é

dinâmica, ou seja, uma espécie hoje considerada exclusivamente

silvestre, pode torna-se domiciliada se as condições em que vive

forem alteradas.

• Das 140 espécies de triatomíneos conhecidos, 69 foram

identificadas no Brasil e são encontradas em vários estratos

florestais, de todos os biomas.

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RESERVATÓRIO

O reservatório é um sistema ecológico complexo formado por uma ou mais espécie,

responsável pela manutenção de um parasita na natureza.

Considera-se reservatório não mais uma espécie de animal, mas um sistema ecológico, no qual

o parasita precisa para sobreviver.

Esse sistema deve ser duradouro, abundante e incluir uma grande proporção de biomas de

mamíferos locais.

Alguns animais silvestres, como quatis, mucuras e tatus, aproximam-se das casa,

frequentando galinheiros, currais e depósitos da zona rural e periferias de cidades.

Desse modo, essas espécies podem estar servindo como fonte de infecção aos insetos vetores

que ocupam o mesmo habitat dos humanos.

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HABITAT

Os barbeiros têm hábitos noturnos.

•Vivem em nas frestas de casas de pau-a-pique

•Ninho de pássaros.

•Cascas de troncos de arvores.

•Tocas de animais.

•Embaixo de pedras.

•Em copas das palmeiras do açaí.

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CICLO EVOLUTIVO

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TRANSMISSÃO

•As formas habituais de transmissão da Doença de Chagas

para o homem são:

•A transmissão vetorial, a transmissão transfusional, a

transmissão transplacentária e, mais recentemente, a

transmissão via oral, pela ingesta de alimentos

contaminados pelo T. cruzi.

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Mecanismos menos comuns de transmissão, envolvem acidentes de

laboratório, manejo de animais infectados, transplantes de órgãos sólidos e

leite materno.

O parasita só é transmitido pelo sangue, órgãos e placenta.

A maioria dos indivíduos infectados, albergam o parasita no tecido e no

sangue, durante toda a vida, o que significa que devem ser excluídos das

doações de sangue.

TRANSMISSÃO

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TRANSMISSÃO VETORIAL

•Esse tipo de transmissão acontece pelo contato

do homem suscetível com as excretas

contaminadas dos triatimíneos, os barbeiros.

•Quando eles picam o vertebrado, em geral,

defecam após o raspato, eliminando formas

infectantes de tripomastigotas metacíclicos, que

penetram no orifício da picada ou por solução

deixada pelo ato de coçar.

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TRANSMISSÃO TRANSFUSIONAL

•A segunda via mais importante de

transmissão da Doença de Chagas nos centros

urbanos, sendo considerada a principal forma

de infecção nos países não endêmicos,

Canadá, EUA, Espanha e outros, e em países

latino-americanos que estejam em processo

de erradicação do vetor da doença.

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TRANSMISSÃO VERTICAL-

TRANSPLACENTÁRIA

•Pode ocorrer em qualquer fase da doença materna: aguda,

indeterminada e crônica.

•A transmissão pode ocorrer em qualquer fase da gestação, sendo

mais provável no último trimestre, ou ocorrer no canal do parto,

pelo contato das mucosas de feto com o sangue da mãe infectada.

•A transmissão congênita deve ser considerada em crianças

nascidas de mãe com sorologia positiva para T. cruzi.

•E para a confirmação do caso,é necessário identificar os parasitas

no sangue do RN ou sorologia positiva após os 06 meses de idade.

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TRANSMISSÃO VIA ORAL

•Esse tipo de transmissão é comum em mamíferos, no ciclo

primitivo da doença, por meio da ingesta de vetores, e de

reservatórios infectados.

•É esporádicas e circunstancial em seres humanos e ocorre

quando alimentos são contaminados como o parasita,

principalmente a partir de triatomíneos e suas dejeções.

•Sabe-se que essa contaminação pode ocorrer a partir de

formas de tripomastigotas, epimastigotas e,

provavelmente, amastigotas.

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TRANSMISSÃO POR LEITE MATERNO

•Em gestantes e lactantes, com

diagnóstico por infecção de T. cruzi,

recomenda-se não oferecer amamentação

no peito em virtude da possibilidade de

transmissão por meio do leite ou fissura

mamilar.

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TRANSMISSÃO POR ACIDENTES

LABORATORIAIS

•Acidentes de laboratórios também

podem ocorrer devido ao contato

com cultura de T. cruzi

•Exposição às fezes infectadas de

triatomíneos ou sangue contendo

formas Tripomastigotas

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TRANSMISSÃO POR TRANSPLANTE DE

ÓRGÃOS

•A Doença de Chagas aguda pode ocorrer

após esse mecanismo de transmissão.

•Uma vez que os receptores estão

imunocomprometidos e os pacientes

infectados apresentam manifestações

clinicas da doença aguda.

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SINTOMAS-FASE AGUDA:

• Maior parte é assintomática ouinaparente.

• Chagoma de inoculação

• Edema peri-orbital

• Sinal de Romaña

• Hiperemia

• Minigoencefalite

• Miocardite

• Cefaleia

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Sinal de Romaña:

É um edema inflamatório bipalpebral ou unilateral, associado a

conjuntivite, dacriadenite e aumento ganglionar pré-auricular, ocorre em 10

a 20% dos casos agudos de doença de Chagas

Dacriadenite : Inflamação da glândula lacrimal

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SINTOMAS-FASE CRÔNICA

• Infecções crônicas com baixas parasitemias.

• Aumento do coração, dilatação do ventrículo,

e/ou miosite do esôfago, cólon ou intestino

delgado.

• Destruição dos gânglios é compensada com o

aumento da massa muscular, levando a

megaesôfago e megacólon.

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DIAGNÓSTICO

EXAMES PARASITOLÓGICOS

• Pesquisa a fresco do tripanossoma

• Lâmina corada de gota espessa ou esfregaço

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DIAGNÓSTICO

EXAMES SOROLÓGICOS

• Anticorpos IgG

• Anticorpos IgM

• Hemoaglutinação

DIAGNÓSTICO MOLECULARES

• PCR- Reação em cadeia da polimerase.Profª Monara Bittencourt de Amorim

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• Hemograma

• Urinálise

• Provas de função hepática

• RX

• Eletrocardiograma

EXAMES COMPLEMENTARES

TRATAMENTO

• NIFURTIMOX

• BENZONIDAZOL

• ALOPURINOL

No tratamento sintomático, pode-se

usar cardiotônicos, diuréticos,

antiarrítmicos, assim como também a

implantação de marcapasso. A doença

de Chagas não tem cura. Profª Monara Bittencourt de Amorim

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PROFILAXIA

TRATAMENTOS DE DOENTES

COMBATE AO TRANSMISSOR

MELHORIA DAS HABITAÇÕES RURAIS

PROTEÇÃO DO HOMEM SADIO

ELIMINAÇÃO DE ANIMAIS INFECTADOS

CONTROLE DO DOADOR DE SANGUE

CONTROLE DA TRANSMISSÃO

HIGIENE NA MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS

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CONCLUSÃO

A Doença de Chagas é uma questão de saúde pública no Brasil, que

implica na adoção e implantação de medidas adequadas para o controle da

mesma.

Os fatores de risco se associam ao fatores socioeconômicos da

população, e em nosso país, esse fato é evidenciado com os elementos

comuns, condições habitacionais, tendo no âmbito da ocorrência a zona

rural, envolvendo a população pobre, com moradias de baixa qualidade.

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OBRIGADA!!!

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