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A (IN)TOLERÂNCIA
As flores toleram as abelhas,
mesmo se estas lhes tiram o
néctar, mesmo se, por vezes, por acidente, uma pétala se
machuca.
A natureza tolera os ventos que
arrastam folhas e quebram os
galhos, tolera as torrentes e
correntes que não perguntam o que carregam na sua passagem.
A própria lua tolera as mudanças e acolhe
serenamente cada fase com dignidade.
Só nós, humanos e racionais,
somos assim...intolerantes com
a vida, com o próximo...
...com o que nos acontece,
com o que deixa de nos acontecer,
com as diferenças e os diferentes
que mal suportamos.
...sem as máculas dos pecados que nos
deixariam iguais a todo mundo.
Damos de nós e queremos ficar
inteiros; recebemos e queremos continuar
os mesmos, abastados do nosso
“eu”...
Queremos amar o que nos é próximo, pois nos disseram:
“ama a teu próximo...”
...sendo que esse
outro deve ser uma
correspondência
daquilo que somos.O que é
diferente, nos decepciona e nos
faz sofrer.
Por isso cobramos tanto dos outros e
permitimos que essa negra nuvem encha
nossa alma de tristeza...
...ao depararmos com ações e
reações diferentes das que
esperamos.
mesmo nos possíveis deslizes, esse encha nossa vida de novos ares e novas flores?!
Mas não é amar tolerar que o outro
seja outro...
...e aceitar com resignação e alegria
até que,
A tolerância é uma incontestávelprova de amor e de humildade;
é o “eu” que se inclina para se reerguer mais
rico, mais pleno, mais aberto, mais solto e mais livre.
É simplesmente abrir-se como
abrem-se nossas janelas para que o sol entre e ilumine
nosso recinto.
Mais livre!!!!E por isso mais feliz!
Ser flexível na vida
não é se curvar.
É um ceder que nos enobrece, pois nos permite degustar da vida nos seus mínimos detalhes.
Texto: A (in)tolerância Letícia Thompson.Imagens: Web.Formatação: Celinha Neme
Ao repassar não retire os créditos. Paz e Luz!
Reformatação: http://luznoinfinito.blogspot.com
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