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RELATÓRIO 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS: Com a finalidade de subsidiar a Prestação de Contas do exercício de 2011 da Secretaria de Estado da Saúde, o AACP José Alberto Góes Siqueira, matrícula 370.468-8, realizou inspeção in loco no Hospital Regional de Sousa – PB (Hospital Regional Manoel Gonçalves Abrantes), destacando-se nos seus aspectos operacionais, no exercício de 2011 (janeiro a dezembro), os seguintes números da saúde pública: ATENDIMENTO AMBULATORIAL MESES jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11 TOTAL Atend. Méd até 24h 599 530 632 512 634 569 0 0 0 0 0 0 3476 Atend. Médicos de Urg. e Emergência 6259 6556 6537 6012 6031 6029 5998 5500 5399 4130 5896 5701 70048 Atend. Ortopédicos 708 525 931 899 1306 998 769 757 698 430 385 541 8947 Pequenas Cirurgias 406 396 423 411 540 359 259 262 203 241 220 223 3943 Ex. Laboratoriais 758 703 775 731 775 729 830 801 810 685 2101 2080 11778 Ex. Radiológicos 988 901 1085 1061 1085 1109 1126 1011 1199 539 1194 1211 12509 Eletrocardiograma 350 280 310 291 310 395 326 311 248 216 901 850 4788 Atend. Banco do Leite 0 0 0 0 0 0 10262 0 14527 0 0 0 24789 TOTAIS DE CADA MÊS 10068 9891 10693 9917 10681 10188 19570 8642 23084 6241 10697 10606 140278 INTERNAÇÕES MESES jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11 TOTAL Clínica Médica 188 202 196 194 187 173 170 178 173 146 139 155 2101 Clínica obstétrica 109 90 135 109 119 110 121 115 79 87 95 97 1266 Cirurgias 43 103 127 111 131 103 101 105 106 127 130 149 1336 Cirurgia pediátrica 71 50 77 61 54 52 58 34 6 3 3 5 474 Totais mensais 411 445 535 475 491 438 450 432 364 363 367 406 5177 DADOS: Relatório Operacional com Dados Estatísticos do Hospital R. de Sousa-PB (doc. fls. 11/18). DIRETORIA DE AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO – DIAFI DEPARTAMENTO DE AUDITORIA DA GESTÃO ESTADUAL – DEAGE DIVISÃO DE AUDITORIA DAS CONTAS DO GOVERNO DO ESTADO III – DICOG III PROCESSO 05007/12 ENTIDADE SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE ASSUNTO INSPEÇÃO ESPECIAL NO HOSPITAL REGIONAL DE SOUSA – HRS EXERCÍCIO 2011 GESTOR CLÁUDIA SARMENTO GADELHA – DIR. GERAL Relatório de auditoria produzido por José Alberto Góes Siqueira em 04/06/2012 15:21. Versão: Definitiva. Autenticação: e0d0f6f5c5e360864ae321c5666bb930 Impresso por: Usuário da Consulta Externa em 30/04/2013 22:06 Este relatório é peça inerente à instrução do processo. Seu conteúdo NÃO constitui o posicionamento final do TCE-PB a respeito da matéria.

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RELATÓRIO

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS:

Com a finalidade de subsidiar a Prestação de Contas do exercício de 2011 da Secretaria de Estado

da Saúde, o AACP José Alberto Góes Siqueira, matrícula 370.468-8, realizou inspeção in loco no Hospital

Regional de Sousa – PB (Hospital Regional Manoel Gonçalves Abrantes), destacando-se nos seus

aspectos operacionais, no exercício de 2011 (janeiro a dezembro), os seguintes números da saúde pública:

ATENDIMENTO AMBULATORIAL

MESES jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11 TOTAL

Atend. Méd até 24h 599 530 632 512 634 569 0 0 0 0 0 0 3476 Atend. Médicos de Urg. e Emergência 6259 6556 6537 6012 6031 6029 5998 5500 5399 4130 5896 5701 70048

Atend. Ortopédicos 708 525 931 899 1306 998 769 757 698 430 385 541 8947

Pequenas Cirurgias 406 396 423 411 540 359 259 262 203 241 220 223 3943

Ex. Laboratoriais 758 703 775 731 775 729 830 801 810 685 2101 2080 11778

Ex. Radiológicos 988 901 1085 1061 1085 1109 1126 1011 1199 539 1194 1211 12509

Eletrocardiograma 350 280 310 291 310 395 326 311 248 216 901 850 4788 Atend. Banco do Leite 0 0 0 0 0 0 10262 0 14527 0 0 0 24789 TOTAIS DE CADA MÊS 10068 9891 10693 9917 10681 10188 19570 8642 23084 6241 10697 10606 140278

INTERNAÇÕES

MESES jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11 TOTAL

Clínica Médica 188 202 196 194 187 173 170 178 173 146 139 155 2101

Clínica obstétrica 109 90 135 109 119 110 121 115 79 87 95 97 1266

Cirurgias 43 103 127 111 131 103 101 105 106 127 130 149 1336

Cirurgia pediátrica 71 50 77 61 54 52 58 34 6 3 3 5 474

Totais mensais 411 445 535 475 491 438 450 432 364 363 367 406 5177 DADOS: Relatório Operacional com Dados Estatísticos do Hospital R. de Sousa-PB (doc. fls. 11/18).

DIRETORIA DE AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO – DIAFI

DEPARTAMENTO DE AUDITORIA DA GESTÃO ESTADUAL – DEAG E

DIVISÃO DE AUDITORIA DAS CONTAS DO GOVERNO DO ESTAD O III – DICOG III

PROCESSO 05007/12

ENTIDADE SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

ASSUNTO INSPEÇÃO ESPECIAL NO HOSPITAL REGIONAL DE SOUSA – H RS

EXERCÍCIO 2011

GESTOR CLÁUDIA SARMENTO GADELHA – DIR. GERAL

Relatório de auditoria produzido por José Alberto Góes Siqueira em 04/06/2012 15:21.Versão: Definitiva. Autenticação: e0d0f6f5c5e360864ae321c5666bb930 Impresso por: Usuário da Consulta Externa em 30/04/2013 22:06

Este relatório é peça inerente à instrução do processo. Seu conteúdo NÃO constitui o posicionamento final do TCE-PB a respeito da matéria.

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O Hospital é público, estadual, atendendo urgências e emergências clínicas, obstétricas e

traumatológicas, assim como algumas cirurgias eletivas. Apresenta sala de recepção (com WC), setores

de observação, de urgência e de emergência, 03 (três) postinhos de enfermagem, clínica cirúrgica, clínica

médica, consultórios, sala de procedimentos, enfermarias, UTI, bloco cirúrgico, central de material

esterilizado, sala de repouso pós-anestésico, chefia de enfermagem, setor administrativo, lavandeira,

nutrição e almoxarifado. Houve mudanças estruturais no decorrer de 2011, principalmente na pintura,

climatização, sistema elétrico, sanitário e adequações no espaço físico do local para promover o

atendimento adequado

Foi recentemente instalado o setor de triagem para classificação dos tipos de atendimento, que

passam a ser separados por cores (acolhimento por classificação de risco), com o encaminhando dos

pacientes para os setores de observação, urgência e emergência.

Vista frontal do Hospital Regional de Sousa

(*) à data das diligências (setembro/2011), o Setor de Urgência e Emergência estava em reforma, tendo ocorrido a sua reinauguração posteriormente, no dia 01 de novembro, após reformas feitas. Segundo informes, conta com 3 leitos na área vermelha (emergência).

Relatório de auditoria produzido por José Alberto Góes Siqueira em 04/06/2012 15:21.Versão: Definitiva. Autenticação: e0d0f6f5c5e360864ae321c5666bb930 Impresso por: Usuário da Consulta Externa em 30/04/2013 22:06

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2. PRINCIPAIS NÃO CONFORMIDADES DETECTADAS, QUE COMPRO METEM A ASSEPSIA DO NOSOCÔMIO:

Em 2011, constam poucas impropriedades atentadoras à assepsia e bom funcionamento do

Nosocômio, a saber:

a) Ocorrência de infiltrações em tetos e paredes, salientando que são casos pontuais. Vide

fotos:

Corredor de acesso à Unidade de Terapia Intensiva – UTI (set/2011 e abr/2012)

Situação da parede interna do berçário (setembro/2011)

b) Na cozinha, a geladeira industrial para acondicionamento e conservação dos alimentos se

encontra em péssimo estado, o que vem a comprometer a qualidade dos alimentos

servidos aos pacientes e profissionais;

Relatório de auditoria produzido por José Alberto Góes Siqueira em 04/06/2012 15:21.Versão: Definitiva. Autenticação: e0d0f6f5c5e360864ae321c5666bb930 Impresso por: Usuário da Consulta Externa em 30/04/2013 22:06

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Geladeira – setor de nutrição (setembro/2011 e abril/2012)

c) Não acondicionamento dos resíduos em conformidade com as normas vigentes, estando

os resíduos comuns juntos com os contaminados expostos aos animais, ao acesso dos

funcionários e outras pessoas;

d) Situação precária em alguns banheiros das enfermarias, além dos recipientes para guarda

de lixo nos sanitários estarem desprovidos de lixeiras com as devidas tampas.

Relatório de auditoria produzido por José Alberto Góes Siqueira em 04/06/2012 15:21.

Versão: Definitiva. Autenticação: e0d0f6f5c5e360864ae321c5666bb930 Impresso por: Usuário da Consulta Externa em 30/04/2013 22:06Este relatório é peça inerente à instrução do processo. Seu conteúdo NÃO constitui o posicionamento final do TCE-PB a respeito da matéria.

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e) Verificação de portas e forras mal conservadas na área de nutrição (refeitório), o que se

revela um atentado à assepsia hospitalar.

Aspecto da porta do refeitório

f) Falta de equipamentos, logística e treinamento para a operacionalização, de fato, da

Comissão de Combate à Infecção Hospitalar (CCIH), quando deveriam ser implementadas

diversas ações nesse sentido, não tendo a unidade, sequer, fornecido a documentação

constitutiva da CCIH e as deliberações através de atas das reuniões;

g) Funcionamento no interior do Hospital Regional de Sousa, em instalações precárias e

inadequadas, em ambiente não climatizado, de uma unidade de distribuição de

medicamentos excepcionais (CEDMEX), acarretando desconforto para os usuários e

profissionais do Hospital e do CEDMEX.

Centro de Dispensação de Medicamentos Excepcionais da 10ª Ger. Reg. de Saúde – Sousa-PB

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3. CONSTATAÇÕES:

Foram constatadas as seguintes impropriedades com a documentação requisitada in loco:

3.1 AQUISIÇÃO E CONTROLE DE MEDICAMENTOS:

Este Órgão Técnico, em processo de amostragem auditatorial, analisou aquisições de

medicamentos e seu respectivo controle de estoque no almoxarifado do Hospital.

Os documentos comprobatórios das aquisições estão acostados às fls. 036/768 do presente

processo, bem como os documentos de controle de estoques (relatórios informatizados) anexados às fls.

769/1048 deste caderno processual.

Com efeito, pode-se observar nas fichas de prateleira repassadas e nominadas pelo chefe do

almoxarifado, constituindo-se em documento jurídico-material de controle dos bens estocados, diversas

situações de baixas de bens sem a correta valoração quantitativa dos seus respectivos saldos, apresentando

contagens físicas menores que a real (diferenças matemáticas), entradas de fármacos e materiais médico-

hospitalares não lançadas e sem qualquer comprovação de fato e de direito das discrepâncias postas,

causando, por conseguinte, prejuízos monetários ao erário estadual.

Nesse contexto, a Auditoria considera tais diferenças irregulares, ilegítimas e passíveis de

responsabilização ao gestor responsável, com conseqüente imputação de débito.

Eis a constatação física com repercussão financeira:

3.1.1 Não lançamento de aquisições (entradas) nos relatórios informatizados de controle de estoques:

a) Matergan (imunoglobulina humana anti-RH)

Valor unitário (frasco/ampola): R$ 250,00 (vr. Constante da NF)

Diferença constatada: 6 ampolas em set/11 (não consta a entrada do medicamento no

relatório, adquirido à DIMEDONT Distr. de Medic. Equip. Ltda – NF nº 0428)

Prejuízo ao Erário Estadual: 6 * R$ 250,00 = R$ 1.500,00.

b) Ceftriaxona 1g inj.

Valor unitário (ampola): R$ 2,10

Diferença constatada: 100 ampolas em set/11 (não consta a entrada do medicamento

na ficha, adquirida à DIMEDONT Distr. de Medic. Equip. Ltda – NF nº 0428)

Prejuízo ao Erário Estadual: 100 * R$ 2,10 = R$ 210,00.

c) Ciprofloxacino 200 mg injetável

Valor unitário (ampola): R$ 3,20

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Diferença constatada: 850 ampolas em set/11 (não consta a entrada do medicamento

na ficha, adquirido à DIMEDONT Distr. de Medic. Equip. Ltda – NF nº 0428)

Prejuízo ao Erário Estadual: 850 * R$ 3,20 = R$ 2.720,00.

d) Metoclopramida 10mg/ml inj.

Valor unitário (ampola): R$ 0,29

Diferença constatada: 3000 ampolas em set/11 (não consta a entrada do medicamento

na ficha, adquirido à DIMEDONT Distr. de Medic. Equip. Ltda – NF nº 0428)

Prejuízo ao Erário Estadual: 3000 * R$ 0,29 = R$ 870,00.

e) Omeprazol 40mg.

Valor unitário (frasco/ampola): R$ 4,10

Diferença constatada: 700 ampolas em set/11 (não consta a entrada do medicamento

na ficha, adquirido à DIMEDONT Distr. de Medic. Equip. Ltda – NF nº 0428)

Prejuízo ao Erário Estadual: 700 * R$ 4,10 = R$ 2.870,00.

f) Seringa com agulha 20ml

Valor unitário (unid): R$ 0,40

Diferença constatada: 2.530 unidades em out/11 (não consta a entrada do material

médico-hospitalar no relatório, adquirido a Santos e Lucena Ltda(*)– NF nº 0149)

Prejuízo ao Erário Estadual: 2.530 * R$ 0,40 = R$ 1.012,00.

g) Equipo macro gotas

Valor unitário: R$ 0,90

Diferença constatada: 4371 unidades em out/11 (não consta a entrada do material

médico-hospitalar no relatório, adquirido a Santos e Lucena Ltda(*)– NF nº 0149)

Prejuízo ao Erário Estadual: 4371* R$ 0,90 = R$ 3.933,90.

h) Luva de procedimento M (c/100)

Valor unitário (caixa): R$ 16,50

Diferença constatada: 348 cxs. em out/11 (não consta a entrada do material médico-

hospitalar no relatório, adquirido a Santos e Lucena Ltda(*)– NF nº 0149)

Prejuízo ao Erário Estadual: 348 * R$ 16,50 = R$ 5.742,00.

i) Soro fisiológico 500ml

Valor unitário (frasco/ampola): R$ 1,72 (vr. Constante da NF)

Diferença constatada: 1830 ampolas em out/11 (consta a entrada de parte do

medicamento no relatório, adquirido à MEDFARMACY Hospitalar Ltda – NF nº

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2510 – a Auditoria considerou os lançamentos efetuados no mês de set/2011, que

totalizaram 3000 ampolas)

Prejuízo ao Erário Estadual: 1830 * R$ 1,72 = R$ 3.147,60

j) Seringa com agulha 3 ml

Valor unitário (unid): R$ 0,10

Diferença constatada: 1000 ampolas em 13/12/11 (não consta a entrada do material

médico-hospitalar no relatório, adquirido a Santos e Lucena Ltda(*)– NF nº 0212)

Prejuízo ao Erário Estadual: 1000 * R$ 0,10 = seria de R$ 100,00, porém foi

faturado de forma majorada e indevida o valor de R$ 1.000,00.

k) Seringa com agulha 5 ml

Valor unitário (unid): R$ 0,11

Diferença constatada: 1100 ampolas em 13/12/11 (não consta a entrada do material

médico-hospitalar no relatório, adquirido a Santos e Lucena Ltda(*)– NF nº 0212)

Prejuízo ao Erário Estadual: 1100 * R$ 0,11 = seria de R$ 121,00, porém foi

faturado de forma majorada e indevida o valor de R$ 1.100,00.

l) Seringa com agulha 10 ml

Valor unitário (unid): R$ 0,13

Diferença constatada: 45000 unidades em 13/12/11 (não consta a entrada do material

médico-hospitalar no relatório, adquirido a Santos e Lucena Ltda(*)– NF nº 0212)

Prejuízo ao Erário Estadual: 45000 * R$ 0,13 = R$ 5.850,00.

m) Equipo macro gotas

Valor unitário: R$ 1,00

Diferença constatada: 200 unidades em 22/11/2011 (não consta a entrada do material

médico-hospitalar no relatório, adquirido a Tecnocenter Materiais Médicos e

Hospitalares Ltda. – NF nº 12426)

Prejuízo ao Erário Estadual: 200* R$ 1,00 = R$ 200,00.

n) Ciprofloxacino 200mg / 100ml – sol. Inj.

Valor unitário (frasco/ampola): R$ 3,15 (vr. Constante da NF)

Diferença constatada: 1220 ampolas em out/11 (consta a entrada de parte do

medicamento no relatório, adquirido DIMEDONT Distr. de Medic. e Equip. Ltda –

NF nº 00508 – a Auditoria considerou os lançamentos efetuados no mês de dez/2011,

que totalizaram 2280 ampolas)

Prejuízo ao Erário Estadual: 1220 * R$ 3,15 = R$ 3.843,00

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o) Furosemida inj

Valor unitário (caixa): R$ 13,45 (vr. Constante da NF)

Diferença constatada: 36 caixas em dez/11 (consta a entrada de parte do medicamento

no relatório, adquirido à MEDFARMACY Hospitalar Ltda – NF nº 2973– a Auditoria

considerou os lançamentos efetuados no mês de dez/2011, que totalizaram 40 caixas,

ou 2000 ampolas)

Prejuízo ao Erário Estadual: 36 * R$ 13,45 = R$ 484,20 (1800 ampolas)

p) Equipo macro gotas

Valor unitário: R$ 1,03

Diferença constatada: 1500 unidades em 12/12/2011 (não consta a entrada do material

médico-hospitalar no relatório, adquirido a Tecnocenter Materiais Médicos e

Hospitalares Ltda. – NF nº 12568)

Prejuízo ao Erário Estadual: 1500* R$ 1,03 = R$ 1.545,00.

(*) A empresa Santos e Lucena Ltda, de Sousa-PB, que tem seu nome de fantasia ODONTOMED (nome constante dos registros, no sistema de controle de estoques).

Total: R$ 36.027,70

3.1.2 Divergências no controle de estoques e discrepâncias de saldos (estoque físico encontrado no

almoxarifado em 15/09/2011 X saldo constante do Relatório de controle de Materiais (doc. fls.

19/32), subscrito em todas as suas páginas por este técnico e pelos servidores Stênio de Sá dos

Anjos (Farmacêutico), Geofábio Sucupira Casimiro (Farmacêutico e Coordenador da Farmácia) e

Francisco Resende dos Santos Júnior, lotados na Farmácia do Nosocômio ).

a) Atadura Gessada 15 cm X 3 cm

Valor unitário (pac/cxs): R$ 17,00

Relatório: 04 cxs / Inventário: 01 cx

Diferença constatada entre estoque físico e contábil: 03 caixas ( a menor)

Prejuízo ao Erário Estadual: 3 * R$ 17,00 = R$ 51,00.

b) Furosemida 20mg/2ml sol. injetável

Valor unitário (ampola): R$ 0,50

Relatório: 1744 cxs / Inventário: 1560 ampls.

Diferença constatada entre estoque físico e contábil: = 184 ampolas (a menor)

Prejuízo ao Erário Estadual: 184 * R$ 0,50 = R$ 92,00.

c) Soro glicosado 500ml

Valor unitário (ampola): R$ 2,62

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Relatório: 3530 amps / Inventário: 3500 amps.

Diferença constatada entre estoque físico e contábil: 30 ampolas (a menor)

Prejuízo ao Erário Estadual: 30 * R$ 2,62 = R$ 78,60.

d) Soro ringer com lactato 500ml

Valor unitário (ampola): R$ 2,95

Relatório: 340 / Inventário: 250 amps.

Diferença constatada entre estoque físico e contábil: 90 ampolas (a menor)

Prejuízo ao Erário Estadual: 90 * R$ 2,95 = R$ 265,50.

e) Ranitidina 25 mg/ml sol. Inj.

Valor unitário (ampola): R$ 0,60

Relatório: 4010 amps / Inventário: 3200 amps.

Diferença constatada entre estoque físico e contábil: 810 ampolas (a menor)

Prejuízo ao Erário Estadual: 810 * R$ 0,60 = R$ 486,00.

f) Soro fisiológico 500ml

Valor unitário (ampola): R$ 1,40

Relatório: 6470 amps / Inventário: 4000 amps.

Diferença constatada entre estoque físico e contábil: 2470 ampolas (a menor)

Prejuízo ao Erário Estadual: 2470 * R$ 1,40 = R$ 3.458,00.

g) Cefalotina sódica 1g

Valor unitário (ampola): R$ 1,92

Relatório: 4358 amps / Inventário: 3600 amps.

Diferença constatada entre estoque físico e contábil: 758 ampolas (a menor)

Prejuízo ao Erário Estadual: 758 * R$ 1,92 = R$ 1.455,36.

h) Ceftriaxona sódica 1g

Valor unitário (ampola): R$ 2,50

Relatório: 2373 amps / Inventário: 1100 amps.

Diferença constatada entre estoque físico e contábil: 1273 ampolas (a menor)

Prejuízo ao Erário Estadual: 1273 * R$ 2,50 = R$ 3.182,50.

i) Deslanosídeo 0,2mg/ml

Valor unitário (ampola): R$ 1,59

Relatório: 329 amps / Inventário: 150 amps.

Diferença constatada entre estoque físico e contábil: 179 ampolas (a menor)

Prejuízo ao Erário Estadual: 179 * R$ 1,59 = R$ 284,61.

Total: R$ 9.353,57

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3.1.3 Com efeito, pode se observar nos relatórios de controle de estoques diversas situações de

baixas de bens sem a especificação do destino a ser dado a eles, em outras palavras, sem a

evidenciação do setor requisitante. Tais situações estão indevidamente apresentadas nas

fichas de prateleira como “ajuste” ou simplesmente com lacunas em branco

(presumivelmente seria contagem de estoques), sem qualquer comprovação jurídica ou

material que comprove tais baixas ou diferenças de quantitativos, justificando o setor

destinatário, sendo os valores dos fármacos/materiais médico hospitalares passiveis de

quantificação e devolução ao erário estadual.

Nesse contexto, a Auditoria considera tais diferenças irregulares, ilegítimas e

passíveis de responsabilização aos gestores responsáveis, com conseqüente

imputação de débito.

Em síntese, considerando as irregularidades e os itens analisados e mensurados na amostra de

Auditoria, bem como a memória de cálculo acima descrita, este Órgão Técnico solicita devolução aos

cofres estaduais no valor total de R$ 45.381,27, valor este que pode ser ampliado (quantificação do

tópico 3.1.3) ou reduzido, via responsabilização à Gestora, Srª. Claudia Sarmento Gadelha, Diretora-

Geral do Hospital Regional de Sousa, a partir de 2011, que permanece no cargo até a presente data.

3.1.4 Nota Fiscal Eletrônica inidônea (NF nº 000212), às fls. 515/516, emitida pela empresa

Santos & Lucena Ltda, tendo em vista constarem 02 (dois) itens com valores totalmente

divergentes: seringa 3ml c/ agulha (1000 unidades X R$ 0,10, que resultaria R$ 100,00,

em vez de R$ 1.000,00) e seringa 5ml c/ agulha (1100 unidades X R$ 0,10, que resultaria

R$ 121,00, em vez de R$ 1.100,00). É pouco provável que os programas de informática

inerentes à confecção das NFE (DANFES) venha permitir essa impropriedade, o que remete a

não idoneidade do documento fiscal.

3.2 NÃO INSTALAÇÃO DE EQUIPAMENTO DE ALTO CUSTO ADQUIRIDO PARA A UNIDADE

HOSPITALAR.

Verificou-se a aquisição de equipamento por vultosa quantia, encaminhado pelo Almoxarifado

Geral (ALGER) no início de 2010 e recepcionado pelo Hospital Regional de Sousa que, por desídia dos

Gestores, não foi instalado se encontrando encaixotado à data da inspeção, o que traduz em má gestão dos

recursos e equipamentos públicos disponibilizados ao Administrador, conforme se verificou nas

diligências realizadas em 2011 e 2012. Vide abaixo:

Equipamento Data recebimento Valor (R$) Observações

AUTOCLAVE 2010 Não Inf. Equipamento encaixotado (SET/11 e MAR/12.

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Prejuízos à população em geral e outros setores

que necessitem de cuidados especiais.

3.3 DAS DESPESAS APRESENTADAS

a) Não apresentação da licitação na aquisição de bens e serviços, nos moldes do que determina a

legislação pertinente (Lei nº 8.666/93) e suas alterações posteriores, de modo que o procedimento

licitatório previsto na citada lei caracteriza ato administrativo formal, seja ele praticado em

qualquer esfera administrativa, visando garantir vantagens à Administração Pública, do ponto de

vista da economicidade, da eficiência, da impessoalidade e da moralidade administrativa. Eis as

despesas mais relevantes pagas e que não foram licitadas:

Produtos / serviços Valores Observação

Aquisição de material de limpeza para descontaminação

331.305,93

Empresas: All Clean Comércio e Representações Ltda - R$ 195.990,73 (CNPJ: 04477961/0001-42), GA Com. Serv. Ltda –R$ 11.430,00 (CNPJ: 10939490/0001-40), Mayer e Guimarães Ltda Mult –Limp – R$ 123.885,20 (CNPJ: 09268680/0001-01)

Aquisição de alimentos não

perecíveis

239.223,78

Empresas: Deusimar Mendes de Sousa- R$ 201.134,08 (CNPJ: 03705644/0001-73), Distribuidora Sorriso – R$ 18.099,39 (CNPJ: 0781731/0001-10), Supermercado Formiga – R$ 19.990,31 (CNPJ: 09234429/0001-18)

Aquis. de alimentos perecíveis

286.220,58

Empresas: Eugenio Pachelli S. Oliveira – R$ 14.875,00 (polpas de frutas) (CNPJ: 03051188/0001-95), Fábio Mafaldo de Oliveira-ME – R$ 89.321,52 (carnes) (CNPJ: 13484098/0001-41), Facundo Marques Ltda – R$ 33.363,61 (pães) (CNPJ: 03447150/0001-36), Francisco Florêncio Filho (carnes) - R$ 53.399,99 (CNPJ: 04401333/0001-83), Herlaine Cristina Estrela Batista – R$ 42.709,21 (carnes e frangos) (CNPJ: 03220287/0001-53), Lúcia Gomes de Almeida – R$ 52.551,25 (CNPJ: 13564759/0001-49)

Aquis. de água mineral 24.549,00 Empresa: João Francisco Pinheiro de Melo - R$ 24.549,00 (CNPJ: 10606835/0001-43)

Aquis. de peças, máquinas e equipamentos para refrigeração

13.784,75 Empresa: Calina Lígia de Barros Costa - R$ 13.784,75 (CNPJ: 07009208/0001-10)

Aquis. de material de construção

72.288,38

Empresa: Antônia Estrela P. da Silva - R$ 15.360,10(CNPJ: 01732671/0001-00), Filipe Henrique Casimiro de Assis – R$ 27.113,28 (CNPJ: 10537622/0001-07), Francileudo Dantas de Sousa - ME – R$ 11.402,40 (CNPJ: 04906621/0001-90), Francisca de Fátima de Sousa ME –R$ 18.412,60 (CNPJ: 04401333/0001-83)

Aquisição de materiais e insumos laboratoriais

129.384,49

Empresa: BIO SISTEMS TEMS - R$ 92.750,00 (CNPJ: 08282077/0001-03) Medical Center Com. Prod. Méd. – R$ 36.634,49 (CNPJ: 10485989/0001-24)

Aquisição de material de expediente

122.553,78

Empresas: Nadilania Marques de Figueiredo - R$ 106.231,42 (CNPJ: 03025786/0001-90) e Papirossauros Livraria e Papelaria Ltda – R$ 16.322,36 (CNPJ: 70108238/0001-10)

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Aquisição de tecidos para uso do hospital

36.418,20 Empresa: Casa Nova Decorações Ltda - R$ 36.418,20 (CNPJ: 04773345/0001-39)

Aquisição de oxigênio medicinal e ar comprimido

120.425,00 Empresa: RC Com. de Gases e Equip. Ltda - R$ 120.425,00 (CNPJ: 03259614/0001-80)

Aquisição de material cirúrgico

91.360,30 Empresa: TOP Implantes e Mat. Cirúrgicos Ltda - R$ 91.360,30 (CNPJ: 10319612/0001-03)

Aquisição de Medicamentos

180.911,11

Empresas: Cariri Medic. Ltda - R$ 40.949,20 (CNPJ: 73206914/0001-87), Farmácia Center Ltda – R$ 24.266,24 (CNPJ: 11901592/0001-39), Larmed Dist. de Prod. Méd. – R$ 48.522,76 (CNPJ: 10831701/0001-26), Manoel Messias de Araújo – R$ 49.498,41 (CNPJ: 12939278/0001-08), Maria do Socorro Adelino Moura – R$ 14.888,50 (CNPJ: 24502049/0001-00), Medix Brasil Prod. Hosp. Odont. Ltda - R$ 2.786,00 (CNPJ: 10268780/0001-09)

Aquisição de Medicamentos e Materiais Médico-Hospitalares

1.718.138,23

Empresas: Dep. Ger. Supr. Hosp. Ltda - R$ 305.728,36 (CNPJ: 06224321/0001-56), DIMEDONT Dist. Medic. e Equip. Ltda - R$ 358.745,74 (CNPJ: 04064641/0001-60), Medfarmacy Hosp. Ltda – R$ 258.996,39 (CNPJ: 10806118/0001-65), Panorama Com. Prod. Méd. Farm. Ltda – R$ 436.166,27 (CNPJ: 0172229600001-17), Realmed Com Prod. Méd. Hosp. Ltda – R$ 92.791,85 (CNPJ: 02896042/0001-88), Santos e Lucena Ltda – R$ 265.709,62 (CNPJ: 09478023/0001-80).

Aquisição de Materiais Médico-Hospitalares

45.849,00

Empresas: HBL Vendas e Serv. Equip. Hosp. - R$ 35.098,00 (CNPJ: 05000571/0001-40), Larmed Dist. de Prod. Méd. – R$ 1.000,00 (CNPJ: 10831701/0001-26), Medix Brasil Prod. Hosp. Odont. Ltda - R$ 9.751,00 (CNPJ: 10268780/0001-09)

TOTAL 3.412.412,53

Fonte: SAGRES

4. QUADRO DE PESSOAL

Consta neste TCE-PB documentação relativa à gestão do quadro de pessoal lotado na 11ª

Gerência Regional de Saúde (GRS-Princesa Isabel), a partir de diligências realizadas pela DIGEP

em 2010, cuja documentação encontra-se sub examine.

No entanto, com base em planilhas fornecidas in loco (doc. fls. 1000/1027), a situação

neste exercício permanece praticamente inalterada, com relação ao exercício de 2010, estando

assim o Quadro de pessoal:

SITUAÇÃO FUNCIONAL QTDE (dez/10) QTDE (dez/11) Efetivos 261 250 Efetivos / Comissionados 3 2 Prestadores de serviços/pro tempore 205 132 À disposição de outros órgãos 0 0 De outros órgãos à disposição do HRS 0 0

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Comissionados 12 7 Produtividade/codificados(*) 268 317 Total 749 708

Houve acréscimo no número de “codificados” - pessoas que trabalham na Administração Pública sem qualquer vínculo formal, o que é irregular. No entanto, o número de prestadores de serviços (por excepcional interesse público) decresceu.

O quadro de pessoal do Hospital Regional de Sousa é composto por pessoal estatutário

do Estado da Paraíba (250 profissionais), comissionados (02 profissionais), além dos contratados

(132 profissionais) e codificados (317 profissionais), constatando-se uma burla a concurso

público, com violações ao art. 37, II da Carta Magna, caracterizando em EXCESSIVO

NÚMERO DE PESSOAL CONTRATADO e CODIFICADO, nas categorias de Médico,

Enfermeiro, Técnico de Enfermagem, Fisioterapeuta, Bioquímico, Farmacêutico, Assistente

Social, Técnico em Radiologia, Técnico de Laboratório, Nutricionista e Psicólogo, sendo tais

investiduras irregulares, anuláveis de pleno direito, por tratar-se de atividades corriqueiras,

não excepcionais e, considerando ainda, que existiu um Concurso Público com vigência até

dezembro de 2011, realizado pela Secretaria de Estado da Saúde do Estado da Paraíba,

prevendo em seu Edital diversos cargos, hoje ocupados por contratados e codificados,

consubstanciando-se em flagrante ilegalidade.

5. OBSERVAÇÕES E/OU RECOMENDAÇÕES:

Vale a pena destacar os seguintes pontos:

a. O prédio do Hospital, de uma forma geral está em boa situação estrutural (tetos, paredes e

pisos limpos), considerando os serviços executados no ano de 2011, salvo alguns casos

pontuais;

b. Recepção bem cuidada, bebedouro (purificador de água), TV LCD, cadeiras de plástico e

bancos em granito para espera, além de sanitários com lavabo, sabão líquido e papel-

toalha;

c. Maioria das enfermarias e dos consultórios médicos possui lavabos com dispensadores

sabão líquido e papel-toalha, faltando apenas o recipiente com álcool-gel;

d. Implantado um programa informatizado para o controle de estoque do seu

almoxarifado geral, incluindo-se os materiais hospitalares e medicamentos de toda

natureza, com fins de se fornecer informações céleres e com mais confiabilidade;

e. Urge que sejam tomadas, de fato, todas as medidas de assepsia, tendentes à prevenção de

infecção hospitalar, notadamente à operacionalização da CCIH para a aquisição de kits

para constatações (exames e culturas bacteriológicas e exames antibiogramas), ativação

do laboratório de bacteriologia com o treinamento de bioquímicos para suporte no

controle de infecções hospitalares e treinamento de pessoal;

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f. Foram feitos testes de auditoria com relação à assiduidade dos servidores/prestadores de

serviços, atestando uma boa freqüência dos profissionais da saúde (chamada nominal

com assinaturas dos presentes em confronto com a escala de serviços);

g. Que sejam seguidas as recomendações deste TCE-PB no que diz respeito à gestão do

quadro de pessoal lotado no Hospital Regional de Sousa, no tocante à legalidade e

legitimidade das investiduras.

6. CONCLUSÃO:

Diante do exposto a Auditoria constatou de responsabilidade à atual Gestora do

HOSPITAL REGIONAL DE SOUSA, Srª. Cláudia Sarmento Gadelha, o seguinte:

Item do Relatório

Irregularidades no controle de estoque de medicamentos Valor

3.1.1 Irregularidade no controle de estoque de medicamentos: não lançamento de entradas, a partir dos documentos de aquisição (Nota Fiscal), pelo que a Auditoria pede a devolução aos cofres estaduais, via imputação de débito ao gestor responsável

36.027,70

3.1.2 Divergências entre o estoque físico e o estoque constante dos relatórios informatizados

9.353,67

3.1.3 Situações de baixas de bens sem a especificação do destino a ser dado a eles, podendo ocorrer imputação/responsabilização

-

3.1.4 Nota Fiscal Eletrônica inidônea (NF nº 000212), às fls. 515/516, emitida pela empresa Santos & Lucena Ltda.

-

3.2 Não instalação de equipamento de alto custo adquiridos para a unidade hospitalar (autoclave)

-

3.3 Pagamento de despesas sem o devido processo licitatório, nos moldes do que determina a Lei Nacional das Licitações (Lei nº 8.666/93) e suas alterações posteriores, no valor total de R$ 3.412.412,53

-

4 Excesso de agentes “codificados”, em vez de concursados -

É o relatório.

João Pessoa, 04 de junho de 2012.

José Alberto Góes Siqueira AACP Mat. 370.468-8

Revisado em ____/___/2011. Encaminhe-se ao DEAGE.

_____________________________________ Sérgio Ricardo de Andrade Galisa Albuquerque

Chefe da Divisão de Auditoria das Contas do Governo do Estado III - DICOG III

De acordo. Ao Relator

Em ____/___/2011.

_______________________________ Maria Zaira Chagas Guerra Pontes

Chefe do Departamento de Auditoria da Gestão Estadual – DEAGE

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