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INTRODUÇÃO ...........................................2 HISTÓRICO ............................................... 2 DEFINIÇÕES ............................................. 2 OBJETIVOS ............................................... 2 HOSPITAL .................................................3 SISTEMA DE SAÚDE ................................. 3 Nível primário ....................................... 3 Nível secundário ................................... 3 Nível terciário ....................................... 3 Nível quaternário.................................. 3 Funções..................................................... 3 CLASSIFICAÇÃO ....................................... 4 Regime jurídico ......................................... 4 Porte 4 Tipos de serviços....................................... 4 Corpo clínico ............................................. 4 Edificação.................................................. 4 Tempo de permanência ............................ 4 Entrada nos sistemas de saúde ................ 4 Pronto socorro ...................................... 4 Ambulatório ......................................... 4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ................6 Área física ............................................. 6 Central de abastecimento farmacêutico CAF .......................... 7 Área de dispensação interna .................... 7 Farmacotécnica .................................... 7 Preparações estéreis ................................ 8 Normas e procedimentos ......................... 8 Centro de informação sobre medicamentos (CIM) ................... 6 Funções .....................................................6 COMPRAS ................................................ 9 SELEÇÃO E PADRONIZAÇÃO .................... 9 O que comprar? .................................... 9 ESTOQUE ............................................... 10 GESTÃO DE ESTOQUE ............................ 10 Aspecto logístico................................. 10 Aspecto técnico .................................. 10 Definição dos parâmetros .................. 10 Tempo de processamento de compras ..................................... 10 Tempo estocado .....................................10 Consumo médio mensal ..................... 10 Logística hospitalar .................................10 Função e objetivos do estoque ...............10 Políticas de estoques ..............................10 SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUE ... 11 Sistema empírico ................................ 11 Sistema manual .................................. 11 Sistema eletrônico .............................. 11 Bases de dados .......................................11 COMPRAS ................................................. 11 Objetivos .................................................11 INSTRUMENTOS GERENCIAIS ................. 12 CURVA ABC ............................................ 12 Planejamento da curva ABC ............... 12 Construção da Curva ABC ................... 12 Aplicação na farmácia .............................13 Curva XYZ............................................ 13 DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS ....... 14 FARMACOVIGILANCIA HOSPITALAR ....... 15 SUPORTE NUTRICIONAL ......................... 16 NUTRIÇÃO ENTERAL E PARENTERAL...... 16 Nutrição enteral ................................. 16 Nutrição parenteral ............................ 16 Nutrição parenteral central ................... 16 Nutrição parenteral periférica ............... 16 SALAS LIMPAS ........................................ 17 QUALIDADE DO AR ................................ 17 Fluxo laminar ...................................... 17 Salas de fluxo convencional (turbulento) ................................ 17 Sala de fluxo unidirecional ..................... 18 Ar limpo .............................................. 18 Partículas ............................................ 18 Infraestrutura ..................................... 18 Pressão do ar ...................................... 18 Monitoramento do ambiente ............. 18 CABINES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA (CSB) ................................................. 19 CSB Classe 1 ........................................... 19 CSB Classe 2 ........................................... 19 CSB Classe 3 ........................................... 20 Filtros HEPA ........................................... 20

1. Farmácia Hospitalar

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RESUMO DE FARMÁCIA HOSPITALAR

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INTRODUÇÃO ...........................................2

HISTÓRICO ............................................... 2 DEFINIÇÕES ............................................. 2 OBJETIVOS ............................................... 2

HOSPITAL .................................................3

SISTEMA DE SAÚDE ................................. 3 Nível primário ....................................... 3 Nível secundário ................................... 3 Nível terciário ....................................... 3 Nível quaternário .................................. 3

Funções..................................................... 3 CLASSIFICAÇÃO ....................................... 4

Regime jurídico ......................................... 4 Porte 4 Tipos de serviços....................................... 4 Corpo clínico ............................................. 4 Edificação.................................................. 4 Tempo de permanência ............................ 4 Entrada nos sistemas de saúde ................ 4

Pronto socorro ...................................... 4 Ambulatório ......................................... 4

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ................6

Área física ............................................. 6 Central de abastecimento

farmacêutico CAF .......................... 7 Área de dispensação interna .................... 7

Farmacotécnica .................................... 7 Preparações estéreis ................................ 8 Normas e procedimentos ......................... 8

Centro de informação sobre

medicamentos (CIM) ................... 6

Funções ..................................................... 6

COMPRAS ................................................ 9

SELEÇÃO E PADRONIZAÇÃO .................... 9 O que comprar? .................................... 9

ESTOQUE ............................................... 10

GESTÃO DE ESTOQUE ............................ 10 Aspecto logístico................................. 10 Aspecto técnico .................................. 10 Definição dos parâmetros .................. 10 Tempo de processamento de

compras ..................................... 10 Tempo estocado ..................................... 10

Consumo médio mensal ..................... 10 Logística hospitalar ................................. 10 Função e objetivos do estoque ............... 10 Políticas de estoques .............................. 10

SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUE ... 11 Sistema empírico ................................ 11 Sistema manual .................................. 11 Sistema eletrônico .............................. 11

Bases de dados ....................................... 11 COMPRAS ................................................. 11

Objetivos ................................................. 11

INSTRUMENTOS GERENCIAIS ................. 12

CURVA ABC ............................................ 12 Planejamento da curva ABC ............... 12 Construção da Curva ABC ................... 12

Aplicação na farmácia ............................. 13 Curva XYZ............................................ 13

DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS ....... 14

FARMACOVIGILANCIA HOSPITALAR ....... 15

SUPORTE NUTRICIONAL ......................... 16

NUTRIÇÃO ENTERAL E PARENTERAL...... 16 Nutrição enteral ................................. 16 Nutrição parenteral ............................ 16

Nutrição parenteral central ................... 16 Nutrição parenteral periférica ............... 16

SALAS LIMPAS ........................................ 17

QUALIDADE DO AR ................................ 17 Fluxo laminar ...................................... 17

Salas de fluxo convencional

(turbulento) ................................ 17 Sala de fluxo unidirecional ..................... 18

Ar limpo .............................................. 18 Partículas ............................................ 18 Infraestrutura ..................................... 18 Pressão do ar ...................................... 18 Monitoramento do ambiente ............. 18

CABINES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA

(CSB) ................................................. 19

CSB Classe 1 ........................................... 19 CSB Classe 2 ........................................... 19 CSB Classe 3 ........................................... 20 Filtros HEPA ........................................... 20

INTRODUÇÃO A FH exerce atividades logísticas, assistenciais e técnicos-cientificas para garantir a qualidade de vida dos pacientes, diminuindo o tempo de internação, garantindo sua qualidade de vida, minimizando os custos da assistência e racionalizar os processos de uso terapêutico no ambiente hospitalar.

HISTÓRICO A primeira farmácia hospitalar registrada data de 1752 num hospital da Pensilvânia EUA, no qual foi apresentada a primeira proposta de padronização de medicamentos. No Brasil as farmácias hospitalares mais antigas foram instaladas na Santa Casa de Misericórdia, e Hospitais Militares, onde o farmacêutico manipulava os medicamentos dispensava-os aos pacientes internados, obtidos de um ervanário do próprio hospital. Em 1965 nos EUA surgiu à farmácia clínica, que tem como meta principal o uso racional dos medicamentos, passando a ter atividades clínicas voltadas para o paciente.

DEFINIÇÕES A FH é a unidade tecnicamente aparelhada para prover a clínica e os demais serviços dos medicamentos e produtos. Ela não se restringe aos aspectos técnicos científicos ligados aos medicamentos, mas se responsabiliza, também, pelo gerenciamento das atividades, buscando redução dos custos, racionalização do trabalho e garantia do uso adequado dos medicamentos. A FH é um órgão de abrangência assistencial técnico-cientifico e administrativa, no qual se desenvolvem atividades ligadas: à produção, redução de custo, racionalização do trabalho e garantia do uso adequado dos medicamentos e materiais médicos, as unidades de internação à orientação, visando sempre à eficácia terapêutica, a redução dos custos e voltando-se também para o ensino e à pesquisa. De acordo com a sociedade brasileira de farmácia-hospitalar (SBRAFH), à FH é a unidade clínica, administrativa econômica dirigida por farmacêutico ligado à direção do hospital e integrado às demais áreas do hospital. A FH não é responsável pela assistência prestada ao paciente, o seu foco deve ser voltado para as necessidades dos medicamento e instrumentos.

OBJETIVOS O objetivo principal é contribuir com o processo de cuidados à saúde, visando melhorar a qualidade da assistência prestada ao paciente, promovendo o uso seguro e racional de medicamento e produtos para saúde. A provisão de medicamentos e materiais médico-hospitalares devem serem compreendidos como atividade meio, e a assistência farmacêutica principal finalidade.

HOSPITAL É parte do sistema integrado da saúde, cuja função é dispensar à comunidade completa assistência à saúde preventiva e curativa, incluindo serviços extensivos à família em seu domicilio e ainda um centro de formação para os que trabalham na área da saúde e das pesquisas biossociais. Hospital segundo a OMS: É a parte do sistema integrado da saúde, com função de dispensar a comunidade completa assistência à saúde preventiva, a curativa, incluindo serviços extensivos à família em seu domicilio e ainda um centro de formação para os que trabalham no campo da saúde e de pesquisas biossociais.

SISTEMA DE SAÚDE O farmacêutico atuante no serviço de assistência da saúde precisa conhecer os vários ambientes de trabalho na área. Para fins didáticos dividimos a assistência farmacêutica nos seguintes sistemas de saúde:

Ambulatório;

Hospital;

Assistência domiciliar (homecare);

Farmácias comunitárias (farmácia pública). Independentemente da patologia, o paciente precisará usar um desses sistemas de saúde, ou mais de um, em algumas fases da doença. Para entendermos o uso dos sistemas, é importante abordar os vários níveis de atenção à saúde, o atendimento nos sistemas de saúde obedece a um ordenamento por níveis de complexidade.

Nível primário Controle da população sadia, preservação e promoção da saúde, tratamento de cortes, doenças crônicas e pequenas urgências:

Posto;

Centros da saúde;

Farmácias comunitárias.

Nível secundário Instituições de recursos básicos de diagnósticos e que também possuem leitos para internações em áreas básicas da medicina. O nível secundário permite a resolução de 80 a 90% dos problemas sanitários da população:

Pequenos hospitais públicos e privados;

Centros de especialidades médicas.

Nível terciário Atendimento mais complexo, recurso materiais e humanos mais sofisticados com alto grau de especialização:

Hospitais de ensino;

Hospitais públicos regionais;

Hospitais particulares de maior complexidade.

Nível quaternário Nível de atendimento mais elevado cientificamente com investimento em tecnologia de ponta para a realização de tratamentos especiais. Baseando-se nessa classificação podemos deduzir que a assistência farmacêutica se insere em todos eles de vários modos.

Funções Prevenir doenças:

Pré-natal e vigilância no parto normal;

Vigilância no crescimento no parto normal;

Luta contra doenças de longa duração;

Prevenção de doença de longa duração;

Prevenção da invalidez mental e física;

Educação sanitária;

Higiene do trabalho. Restauração da saúde:

Diagnóstico nos serviços ambulatoriais;

Tratamentos curativos das enfermidades;

Readaptação física, mental e social dos pacientes;

Assistência em caso de urgência, acidentes e enfermidade.

Funções educativas:

Oferece suporte aos:

Estudantes de medicina;

Residentes;

Enfermeiros;

Administradores de saúde;

Promover a pesquisa;

Aspectos físicos, psicológicos e sociais da saúde, e da enfermidade, métodos técnicos e administrativos do hospital.

Atualmente os requisitos mínimos para a configuração de um hospital, segundo a associação de hospitais americanos, são os seguintes:

Possuir, no mínimo 6 leitos para o paciente, cada qual ocupado por um período superior a 24h pelo mesmo indivíduo;

Ser construído, equipado e mantido de modo que esteja capacitado, a prestar serviços de prevenção, diagnóstico, e tratamento dos pacientes internados, dentro das áreas de especialidade, contando com recursos de hotelaria e tecnologia;

Contar com apoio de profissionais da saúde devidamente habilitado, em quantidade e qualidade compatíveis com as necessidades técnicas, além de pessoal administrativo.

CLASSIFICAÇÃO Os hospitais podem ser classificados de várias formas, as mais importantes são regime jurídico, porte, tipos de serviços, corpo clinico, edificação e tempo de permanência.

Regime jurídico Público: administração direta ou autarquias e fundações; Privado: com ou sem fins lucrativos.

Porte Pequeno: menos de 50 leitos; Médio: entre 51 e 150 leitos; Grande: entre 150 e 500 leitos; Especial: acima de 500 leitos.

Tipos de serviços Que oferece duas ou mais especialidades:

Hospital geral: oferece duas ou mais especialidades;

Hospital especializado: oferece apenas uma especialidade.

Corpo clínico

Aberto: os médicos não são necessariamente funcionários da instituição;

Fechados: apenas os médicos contratados podem atender aos leitos.

Edificação

Pavilhonar: serviços distribuídos por edificações isolados, de pequeno porte;

Monoblocos: serviços, concentrados num único bloco;

Multibloco: serviços distribuídos por edificações de médio ou grande porte, interligados ou não;

Horizontal: predominância da dimensão horizontal;

Vertical: predominância da dimensão vertical.

Tempo de permanência Longa duração; Curta duração até 30 dias.

Entrada nos sistemas de saúde A entrada no hospital pode ser feita pelo pronto-socorro, por cirurgias eletivas, pelo ambulatório ou por hospital-dia.

Pronto socorro (PS) Ele é procurado normalmente em situações emergenciais, em que são realizadas consultas de emergências em clínica médica, pediátrica e ortopédica, dependendo do perfil do serviço. O número de funcionários e a estrutura material variam conforme uma série de fatores, entre eles o perfil e o número de usuários. No PS, o médico, faz apenas prescrições para procedimentos e medicações de emergência. Podem ser solicitados exames complementares de emergência quando preciso. Depois da avaliação médica, o paciente poderá ficar em observação por algumas horas e, após, esse período, receber alta ou ser encaminhado, para informações hospitalar ou para a análise de um especialista. Em termo de estrutura e assistência farmacêutica, o PS de um hospital geral pode ter uma farmácia satélite, de preferência localizada perto da farmácia central. A falta do medicamento pode causar a morte do paciente, por isso a questão logística é essencial.

Ambulatório Realiza consultas médicas para os pequenos procedimentos. Os pacientes são normalmente triados pela clínica medica e encaminhados, quando preciso, ao especialista. Os serviços médicos são dividos em especialidades clinicas e especialidades cirúrgicas:

Cardiologia;

Cirurgia plástica;

Dermatologia;

Endocrinologia;

Gastro-enterologia;

Ginecologia. No ambulatório, podemos realizar pequenas cirurgias, e os pacientes podem estar em tratamentos crônicos ou agudos. Se for preciso o médico pedira procedimentos diagnósticos complementares. Nos casos em que o médico em julgar pertinente, será agendado uma cirurgia, também se faz o acompanhamento pós-cirúrgico dos pacientes após a alta hospitalar. Em condições normais, a demanda por medicamentos é alto após a consulta médica, o que justifica existir nessa estrutura uma farmácia para atendimento ambulatorial dos pacientes, com construção e desenvolvimento de uma assistência farmacêutica apropriada a cada especialidade médica. O ambulatório é um grande campo de atuação do farmacêutico, tanto na orientação do pacientes crônicos como na orientação apropriadas a cada especialidade médica. Ambulatório é um grande campo de atuação de farmacêutico, tanto na orientação do paciente crônicos como na orientação pré-cirúrgica. Esse ambiente permite ao profissional o aprimoramento das noções de uso correto de medicamento em geral e o acompanhamento de pacientes por meio de fichas farmacêuticas terapêuticas.

Um ambulatório conta com as seguintes estruturas:

Organizacional administrador geral;

Diretor-clínico;

Serviço de enfermagem;

Faturamento. A grande dificuldade de um ambulatório é estabelecer o número de médicos por especialidade, bem como o de farmacêuticos, enfermeiros e demais profissionais. Nos ambulatórios privadas a atividade médica está experimentando ampla tendência à terceirização de serviços, assim como de farmacêuticos.

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL Os medicamentos são uma parcela alta do orçamento dos hospitais, justificando, a criação de medidas que assegurem o seu uso racional. Para assegurar produtos farmacêuticos de boa qualidade, em quantidades adequadas, com segurança, eficácia e ausência dos efeitos indesejáveis, a farmácia precisa de uma estrutura organizacional bem elaborada e com funções bem definidas. A estrutura organizacional da FH depende do tipo de atendimento assistencial da instituição, do número de leitos, das atividades da FH e dos recursos financeiros, materiais e humanos essenciais. A FH é núcleo de apoio dos programas de saúde pública, produzindo, distribuindo medicamentos e orientando pacientes na administração deles, com objetivo de atender em programas sociais de grande alcance, através da assistência farmacêutica. Localização: A FH deve estar localizada em área de livre acesso e circulação, para atender à distribuição de medicamentos para os pacientes internados e ambulatoriais.

Área física A FH deve ter um espaço para o desenvolvimento das diferentes atividades, pois muitos são os fatores que acondicionam o espaço necessário para uma farmácia. Os principais são:

Tipo de hospital;

Número de leitos;

Localização geográfica;

Tipo de assistência prestada pelo hospital;

Tipo de compras efetuadas pela farmácia.

Tipo de atividade da farmácia. Independentemente desses fatores, precisamos de uma área mínima, que permita adequar todos os setores de trabalho de forma racional. Toda FH deve dispor de pelo menos algumas áreas consideradas essenciais.

Centro de informação sobre medicamentos (CIM)

O CIM pode ou não estar situado na própria área da farmácia, mas deve ser de fácil acesso à equipe de saúde do hospital. Pois, difundir informações é tão importante quanto distribuir os próprios medicamentos. Para organizar um CIM devemos considerar o tipo de hospital, a formação dos profissionais, tipos de pacientes, as doenças prevalentes e sua frequência. Em hospitais com mais de 500 leitos, é preciso instalação em local independente e de fácil acesso, com a designação de um farmacêutico e uma secretária em tempo integral, o acervo bibliográfico deve ser constituídos de fontes bibliográficas primárias, secundárias e terciárias.

Fontes primárias: são periódicos conceituados que veiculam informações atualizadas, sobre medicamentos e terapias;

Fontes secundárias: os índices que permitem acesso às fontes primárias podem ser apresentados em volumes impressos ou microfichas;

Fontes terciárias: são constituídos de livros e são as mais usadas. Nelas, encontramos informações vindas das fontes primárias e que foram analisadas previamente pelos autores.

Outras fontes de consulta são as informações já prestadas pelo CIM, que devem estar sistematizadas, possibilitando rápido acesso. Tornou-se impossível o domínio do conhecimento farmacológico, sendo essencial a seleção e a sistematização da informação, para o uso racional dos medicamentos. Os objetivos do CIM são:

Selecionar, avaliar interpretar, classificar, organizar e centralizar informações especializadas de fontes bibliográficas idôneas, sobre medicamentos;

Gerar informações atualizadas sobre medicamentos aos membros da equipe da saúde, aos pacientes e a comunidades para obter segurança, eficácia, e economia no uso de medicamentos;

Servir de local de ensino para farmacêuticos e demais membros da equipe de saúde, estimulando o uso efetivo de fontes de informações idôneas.

Funções

As atividades dos profissionais da informação de medicamentos devem levar em conta as seguintes funções básicas:

Informação: A informação pode processar-se de duas formas: passivas e ativas. Na modalidade passiva o farmacêutico espera a solicitação sobre consulta ou situação particular podendo ser escrita ou verbal para, tanto, o farmacêutico deve internar-se dos aspectos relativos a historia clínica, exame físico, diagnóstico, provar laboratórios e prognóstico do paciente.

Educação: Os aspectos educacionais referem-se à organização de seminários no âmbito da FH, visando à revisão ou atualização do corpo funcional, estagiários e bolsistas. Estas mesmas atividades podem estender-se a estudos multidisciplinares ou participação em treinamento a serviços da equipe de profissionais da saúde.

A participação em grupos de pacientes com diabetes, estomizados, hipertensos, insere-se no presente contexto. Além disso, existe a possibilidade de elaborar programas educativos, visando à aderência de pacientes ao tratamento indicado, a correta utilização de medicamento e a mudança de hábitos de vida que prejudicam a saúde.

Programas de farmacovigilância: a revisão da literatura sobre RAM pode servir como subsídios fundamentais ao estabelecimento de programas de farmacovigilancia. A identificação RAM possibilita monitorizar problemas relativos à terapêutica antimicrobiana ou à utilização de germicidas. O êxito da terapia antimicrobiana pode estar relacionado à detecção das RAM. O farmacêutico deve ter conhecimento nas áreas de farmacologia, fisiopatologia, manuseio de fontes de informações, técnicas de comunicação e da língua inglesa que permitem a tradução de textos técnicos.

Central de abastecimento farmacêutico CAF

Tem como objetivo garantir a correta conservação dos medicamentos, germicidas, correlatos e outros materiais adquiridos, dentro de padrões e normas técnicas específicas, que assegurem a manutenção das características e qualidades necessárias ao correto uso CAF deverá estar organizacionalmente dividida em: recepção, armazenagem e distribuição. Os produtos deverão ser recebidos conforme as especificações padronizadas, de modo a garantir que os produtos deverão ser dispostos técnica e racionalmente, garantindo sua inviolabilidade e conservação. A distribuição deve ser efetuada de modo a permitir o atendimento correto, segundo solicitado verificando a prioridade de entrega e a integridade dos produtos fornecidos.

Área de dispensação interna Deve permitir dispensar corretamente os medicamentos, segundo as exigências do sistema de distribuição adotada. De qualquer forma, precisa de espaço para análise das prescrições, para aguarda dos produtos dispostos de forma a facilitar a separação e preparação das doses.

FARMACOTÉCNICA Hoje são poucos os medicamentos que são produzidos nos hospitais. As preparações hoje produzidas são as que se destinam a:

Doentes individuais e específicos (formulas pediátrica);

Reembalagem de doses unitárias sólidas;

Preparação asséptica (soluções e diluições de desinfetantes);

Preparações estéreis ou citotóxicas individualizadas.

Para produzirmos medicamentos seguros e eficazes precisamos de uma estrutura adequada e um sistema de procedimentos que assegurem um sistema de qualidade na preparação de formulação farmacêutica. Assim, a área destinada a este processo de produção e controle terá de ter em conta o tipo e o nível de exigência das preparações farmacêuticas e o local onde essa preparação será feita. Área de manipulação farmacotécnica: deverá ter equipamentos específicos, convenientemente instalados, cujos graus de complexidade e de desenvolvimento estão em consonância com os medicamentos manipulados estas áreas podem ser divididas em diferentes sub-áreas, tais como: áreas de preparações de produtos não-estéreis, de envase, de fracionamento, de preparações estéreis e outras. É recomendado um laboratório auxiliar que permita realizar os controles de qualidade químico-física em todos os produtos manipulados. O controle microbiológico deve estar centralizado no laboratório do hospital.

Figura 1: estrutura da farmacotécnica. (1) preparações não-estéreis; (2) laboratório de análise e controle da qualidade; (3) produção; (4) preparações estéreis; (a) colírios; (b) nutrição parenteral; (c) citostáticos; (d) misturas intravenosas; (5)produção; (a) fracionamento, matéria-prima especialidades farmacêuticas; (b) germicidas (diluição e produção), (c) formas farmacêuticas sólidas e semi, papeis (pós) capsulas, supositórios, pomadas outros; (d) formas farmacêuticas líquidas, soluções suspensões, emulsões e outros.

Preparações estéreis A manipulação de preparações estéreis deve ser feito em áreas limpas em que a entrada de pessoal e dos materiais é feita por antecâmaras. As áreas limpas devem ser mantidas num estado de limpeza convencionado e alimentado com ar filtrado. As operações para a preparação dos componentes, preparações de produtos, enchimento e esterilização tem de ser feitas em áreas limpas e separadas. Estruturas:

As áreas limpas têm de ter superfícies expostas lisas, impermeáveis, sem juntas, para minimizar a libertação e acumulação de partículas ou microrganismos, permitindo a aplicação repetida de agentes de limpeza e de desinfecção.

Antecâmera para higienização e mudança de roupa;

Adufa entre a câmara e sala de preparação (sistema de duas portas);

Sala de preparação:

Deve ser evitados recantos de difícil limpeza, saliências, prateleiras, armários e equipamentos desnecessários;

Não usar portas deslizantes nem fechos manuais;

A antecâmara tem de ter um lavatório onde se lavam e desinfetam as mãos, com comando de cotovelos ou celular.

A sala de preparação deverá ter:

Um sistema com duas portas de ligação à antecâmara, uma do lado de fora da sala de preparação e outra interior, estando uma porta fechada enquanto a outra estiver aberta;

Janela de dupla porta com espaço para a transferência de produtos e portas de duplo entravamento;

O ar dentro da zona de preparação deverá ser acondicionado e filtrado e ter uma pressão positiva dentro da sala.

Normas e procedimentos

A preparação de medicamentos estéreis necessita de cuidados especiais, de modo a minimizar a contaminação microbiológica e a existência de pirógenos. Essa preparação efetua-se em áreas limpas, com antecâmaras de passagem obrigatórias para pessoas e materiais, onde o pessoal deixa a roupa que traz do exterior, equipando-se com vestuários adequados, luvas, tocas e mascara com que ira trabalhar na sala de preparação; As áreas limpas têm de ser mantidas num estado de limpeza confeccionado para estas áreas e alimentadas com ar adequadamente filtrado. Todo o pessoal envolvido na preparação, limpeza e manutenção deve receber formação contínua sobre os procedimentos e a disciplina a observar, incluindo elementos básicos de desinfecção e higiene.

As áreas limpas devem ser controladas microbiologicamente a intervalo regulares. Devem ser efetuados ensaios de esterilidade e validação da preparação estéril, estes ensaios compreendem a validação dos métodos de esterilização usados, testes ambientais, e ensaios de esterilidade do produto final, feitos por amostragem. Devem ser feitos ensaios de pesquisa de pirogênios em todos os produtos de administração parentérica e soluções para irrigação de cavidades corporais ou lavagem de feridas cirúrgicas.

COMPRAS A aquisição de medicamentos, para uso hospitalar, constitui-se num processo ligado as decisões relativas à qualidade, e aos fatores de custo, além de relacionar-se ao gerenciamento da produção, fracionamento e controle das mesmas. O adequado processo de aquisição está baseado num banco de informações que torne fácil responder às seguintes perguntas:

O que comprar?: Exige conhecimento das características intrínsecas e dos níveis das qualidades dos produtos a serem adquiridos;

Para que comprar?: Exige conhecimento da política de suprimentos das instituições, e dado referente ao consumo dos produtos passive de aquisição;

De quem?: Determina a amplitude da concorrência para aquisição, indica qual a qualidade que se pode esperar dos produtos, verificando-se a capacidade técnica para o fornecimento, além de proporcionar informações relativas às condições determinadas no item comprar;

Quanto pagar? Como pagar?: Dados fundamentais para o planejamento institucional.

O processo de aquisição tem caráter multidisciplinar e deve estar fundamentados nos itens acima. O critério de qualidade deve ser avaliado por uma comissão de parecer técnico ou por delegação de competência a especialistas. Em conjunto com as funções logísticas, o processo de aquisição deve evitar a ruptura dos níveis de estoque, o que determina a interrupção das atividades essenciais. Além dos aspectos legais, é preciso testar o correlato em uso, para isso devemos observar:

Qualidade: verificar se a qualidade do material correspondente àquela mencionada pelo fabricante, bem como o comportamento do correlato em uso;

Segurança: verificar-se a utilização do material permite realizar, com segurança, para o profissional e para o paciente, as operações que se destina;

Simplicidade: verificar-se não existem limitações quanto à utilização, desde aspectos de manipulação até sua funcionalidade;

Serviço: verificar-se existe assistência adequada, do fornecedor ou fabricante, para o uso do correlato;

Parecer: submeter o correlato a testes de utilização, com o maior número possível de usuários para verificar, no mínimo, os aspectos anteriores caso haja discordância, optando por materiais que cumpram suas finalidades com qualidade.

SELEÇÃO E PADRONIZAÇÃO O que comprar?

As técnicas de normalização são essenciais para um efetivo planejamento e controle dos medicamentos usados nos hospitais. Compreendem as etapas de seleção, especificação, classificação e codificação de produtos. A seleção de medicamentos é um processo dinâmico, contínuo, multidisciplinar e participativo. Selecionar medicamentos tem como objetivo, escolher dentre todos os item fornecidos pelo mercado, adotando critérios de eficácia, segurança, qualidade e custo, propiciando condições para o uso seguro e racional de medicamentos aqueles que são necessários para a utilização na instituição. Para programar a seleção de medicamentos faz-se necessário a instalação de uma comissão de farmácia terapêutica, que é uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, farmacêuticos, administradores e demais profissionais envolvidos. A seleção de antimicrobianos e germicidas deve ser realizada com a participação da comissão de controle de infecção hospitalar CCIH.

ESTOQUE A administração do estoque dentro do hospital deve reduzir ao mínimo o capital total investido no setor, pois é um montante alto e crescente. Paralelamente, deve elevar ao máximo a qualidade e a segurança da prestação de serviços, visando o bem-estar dos pacientes. O objetivo final do estoque é tirar o máximo de proveito do investimento, incrementando o uso eficiente dos meios internos da empresa, o minimizando as necessidades de investimentos de capital.

GESTÃO DE ESTOQUE

Aspecto logístico Gerenciar as compras, armazenamento e distribuição fornecendo mecanismos de controle sobre a demanda.

Aspecto técnico Controlar financeiramente o estoque de tal sorte que a sua valorização e sua apropriação nas contas dos pacientes ocorram automaticamente.

Definição dos parâmetros

Com relação ao tempo de processamento de compras;

Com relação ao tempo estocado (quantidade);

Consumo médio.

Tempo de processamento de compras Tempo de processamento interno: tempo gasto entre a decisão de executar uma compra e a emissão da requisição de compra ao fornecedor selecionado; Prazo de entrega: tempo transcorrido deste a entrega da requisição de compras, ao fornecedor até o seu recebimento do produto no local da entrega.

Tempo estocado Dias de estoque: é o número de dias de estoque que desejamos manter na instituição; Estoque mínimo: é a quantidade que desencadeia um processo de compra de tal forma que o produto chegue antes de atingir o estoque de segurança; Estoque de segurança (nível crítico): é a quantidade que desencadeia uma compra de urgência, para evitar a ruptura do estoque; Estoque zero: é quando ocorre a ruptura do estoque; Estoque máximo: é a máxima quantidade de estoque permitida. Pode ser definida administrativamente ou fisicamente.

Consumo médio mensal É o quociente da somatória do consumo dos meses pelo número de meses. Média ponderada; é o resultado da soma dos produtos dos pesos, pelos consumos mensais, dividido pela soma dos pesos atribuídos.

Mês Fevereiro Janeiro Dezembro

Peso 10 6 2

Produto A 500 200 100

Produto B 100 200 500

Média simples: A=B= 267 unidades Média ponderada: A=355 unidades e B=178 unidades.

Logística hospitalar

A administração de materiais engloba suprimento de materiais e medicamentos, movimentação e controle de produtos, aquisição a padronização de itens, montagem de vastos, estabelecimento do preço de venda, de materiais e medicamentos usados por pacientes, muitas vezes cobrados de convênios médicos pelos hospitais. A administração de materiais compõe-se de dois sistemas: 1. Administração de materiais

retribuição física.

Compras;

Recebimentos;

Planejamentos;

Controle de produção, expedição, tráfego e estoques.

2. Coordenação demanda/suprimento:

Transporte;

Armazenagem;

Movimentação física de materiais;

Embalagem;

Controle de estoque;

Seleção de locais para armazenagem;

Processamento de pedidos;

Atendimentos ao cliente.

Função e objetivos do estoque E como empresa, a meta de um hospital é o lucro máximo sobre o capital invertido nas instituições e nos equipamentos, em financiamentos de melhorias, em reserva de caixa e em estoque. A administração do estoque dentro do hospital deve reduzir ao mínimo o capital total investido no setor, pois é um montante alto e crescente. Juntamente, deve elevar ao máximo a qualidade e a segurança da prestação de serviços, visando ao bem-estar dos pacientes.

Políticas de estoques As políticas ou diretrizes de estoques são, as seguintes:

Metas das empresas quanto ao tempo de entrega dos produtos ao cliente;

Definição do número de depósito ou de almoxarifados e determinação da lista de materiais a serem estocados;

Estabelecimento do nível até onde deverão flutuar os estoques para anteder altas ou baixas de vendas ou alterações de consumo;

Definição de rotatividade dos estoques.

SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUE Sistema empírico

É aquele que não contem registros formais dos produtos e suas movimentações. Ex.: controle de estoque das despesas domésticas.

Sistema manual É aquele em que executamos o registro dos produtos e movimentações em fichas. São chamados fichas de prateleiras, quando ficam alocados juntos aos produtos, fichas Kardex quando alocados num arquivo do mesmo nome. Os principais problemas com as fichas são:

A sua dificuldade de manipulação de dados;

Erros individuais: baixas trocadas, erros de conta, etc.;

Erros globais (acúmulos de erros individuais): descontrole de estoque, alteração dos custos do hospital;

Dúvidas com relação aos resultados obtidos;

Impossibilidade de gerencia individualmente: entradas, saídas, pacientes, lotes, centros de custos;

Pouca agilidade para pesquisa: curva ABC, XYZ etc.;

Maior volume para armazenamento de dados;

Impossibilidade cruzamentos de dados on-line.

Sistema eletrônico É aquele sistema que se vale de um computador para armazenar dados. Requer a definição de uma série de itens para possibilitar o melhor gerenciamento.

Vantagens do sistema eletrônico:

Maior facilidade para gerenciar;

Maior agilidade para processar compras;

Maior confiabilidade nos resultados;

Possibilidade de interpolação de dados;

Diminuição do tempo gasto nos processos;

Aumento do tempo para gerenciamento;

Diminuição dos custos de aquisição e estocagem;

Possibilidade de monitoramento da utilização dos produtos;

Melhorias dos serviços prestados ao paciente;

Capacitação.

Bases de dados Tabela de cadastros de produtos

Grupos farmacológicos;

Sub-grupos farmacológicos;

Princípios ativos;

Produtos (ex.: especialidades farmacêuticas);

Frações.

Tabela apropriação de consumo Centro de custo: clínica médica, bloco cirúrgico, enfermaria; Sub-centros de custos: cardiologia, pneumologia. Tabela de codificação de produtos

Código sequencial: nesta forma de codificação segue-se uma sequencia ascendente conforme a ode de chegada do produto. Tabela de relacionamento Usado para vincular produtos a um principio ativo, este a um sub-grupo farmacológico e este último a um grupo farmacológico. Exemplos de interpolações possíveis

CCIH: diminuição ou estabilidade dos índices de infecção hospitalar versus aumento do consumo de antibióticos.

Administração: aumento de consumo sem aumento do número de paciente, aumento do número de trabalho sem aumento do consumo.

Compras

a função compras é um segmento essencial do departamento de materiais ou suprimentos. Tem a finalidade de suprir as necessidades de materiais ou serviços, planejá-los quantitativamente e satisfazê-los no momento certo com as quantidades corretas.

Objetivos Manter um fluxo contínuo de suprimentos, a fim de atender a demanda; Coordenar o fluxo de maneira que seja aplicado um mínimo de investimento, sem afetar a operacionalidade da empresa; Comprar materiais e insumos pelos menores preços, obedecendo a padrões de quantidade e qualidade definidos; Procurar sempre, dentro de uma negociação justa e honesta, as melhores condições para a empresa, sobretudo quanto a condições de pagamentos.

INSTRUMENTOS GERENCIAIS Curva ABC; Curva XYZ.

CURVA ABC a curva ABC é baseado no teorema do economista Wilfredo Pareto, criado após a segunda guerra mundial, no séc. 19, num estudo sobre a renda e riqueza, ele observou que uma pequena parcela da população (20%), que concentrava a maior parte da riqueza (80%). A curva ABC é um método de classificação de informações, para que se separem os itens, de maior importância ou impacto, as quais são normalmente em menor número, para se estabelecer formas de gestão apropriada à importância de cada medicamento em relação ao valor total dos estoques. A curva ABC é um importante instrumento para a administração, pois permite identificar os itens que justificam atenção e tratamento adequado quanto à administração. Essa curva é obtida pela ordenação dos itens conforme sua importância relativa. A curva ABC tem sido usada para a administração de estoques, a definição de políticas de vendas, o estabelecimentos de prioridades para a programação da produção e uma série de outros problemas comuns numa empresa. Após a ordenação dos itens por sua importância relativa, as classes da curva ABC podem ser assim definidas:

Classe A: Abriga o grupo de itens mais importantes que correspondem a um pequeno número de medicamentos, cerca de 20% dos itens, que representa cerca de 80% do valor total do estoque;

Classe B: Representa um grupo de itens em situação e valores intermediários entre a classe A e C, sendo 15% do total de itens em estoque e consomem 15% dos recursos;

Classe C: Agrupa cerca de 70% dos itens, cuja importância em valor é pequena, representando cerca de 20% do valor do estoque.

Naturalmente os critérios de gerenciamento aplicados para os itens A são diferentes dos demais. Para esses itens o gestor deve estabelecer como meta:

Redução dos prazos de abastecimento;

Redução dos estoques;

Redução dos estoques de reserva;

Pedidos de compra;

Estabelecimento de protocolos de utilização;

Busca por melhores fornecedores;

Obtenção dos melhores preços. Os itens alocados na classe C pode trabalhar com maiores prazos de abastecimentos, aumentar os estoques de reserva e o controle pode ser mais flexível.

Planejamento da curva ABC O processo de estabelecimento da curva ABC inclui as seguintes etapas:

Discussão preliminar sobre a necessidade da curva e definição de objetivos;

Verificação de técnica de análise, tratamento de dados, calcula manual, mecânico ou eletrônico;

Obtenção da classificação;

Análise e conclusões;

Providencias e decisões finais.

Construção da Curva ABC Para a construção da curva ABC de consumo podem seguir as etapas descritas abaixo:

Relacionar os itens (a), quantidade consumida no período (b) e o valor unitário (c);

Para a definição do custo total (d), multiplicar a quantidade consumida pelo valor unitário (b x c = d);

Ordenar os itens com os valores superiores na parte superior da coluna (e);

Determinar o percentual gasto com cada item (f);

Calcular o percentual acumulado(g);

Definem‑se os itens ABC (h);

A seguir exemplificamos as etapas para construção da curva ABC e o aspecto da curva para os itens.

Figura 2: Curva ABC de consumo.

Figura 3: Aspecto da curva ABC.

Aplicação na farmácia Além de facilitar o controle do estoque propícia um diagnóstico confiável do consumo de medicamentos dentro do hospital, permitindo ainda comparação com o de outros hospitais. Permitindo a elaboração de programas de uso racionais das drogas constantes nos medicamento da curva A, favorecendo a racionalização dos custos.

Curva XYZ Usada para controlar os estoques do ponto de vista de importância da utilização:

Produto X: produto com alto número de similares no hospital, de menor importância de controle, sua falta não interfere no atendimento;

Produto Y: produto com presença de semelhantes no hospital sua substituição interfere na qualidade da assistência prestada, mas não interrompem. Ex.: Antibióticos.

Produtos Z: produtos sem os quais não é possível a assistência: ex.: adrenalina,

DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS Alguns dos erros que podem ocorrer na administração de medicamentos, em pacientes hospitalizados estão ligados ao sistema de distribuição dos mesmos. Quanto mais eficiente o sistema de distribuição de medicamentos, maior contribuição serão prestados para garantir o sucesso das terapias. O antimicrobiano, adequado, na dose indicado, para o paciente certo, administrado na hora correta, a equipe de solução parenteral e a agulha hipodérmica e em condição adequadas do uso e o antisséptico corretamente preparado, são exemplos de medidas adotadas. a organização panamericana de saúde indica como objetivo de um sistema racional de distribuição de medicamentos, os seguintes: diminuir erros de medicação: estuda relacionadas, aos sistemas tradicionais uma elevada incidência de erros, que incluem desde a incorreta transcrição, de prescrição, até erros de vias de administração e planejamento terapêutico; Racionalizar a distribuição e administração de medicamento: o sistema de distribuição deve facilitar a administração dos medicamentos, através de uma dispensação ordenada, por horários e por pacientes, e em condições adequadas para a própria administração; Aumentar o controle sobre os medicamentos, acesso do farmacêutico as informações sobre o paciente tais como: idade, peso, diagnóstico e medicamentos prescritos, permite efetuar avaliação da prescrição médica, monitorizar a duração da terapêutica, informar sobre possíveis monitorizar a duração da terapêutica, informar sobre possíveis, reações adversas, interações, não cumprimento do plano terapêutica, melhor forma de administração e outras. Diminuir os custos com medicamentos: com a dispensação por paciente, e no máximo por 24h, diminuem-se os custos de estoques e evitam-se gastos desnecessários de doses excedentes. Aumentar a segurança para o paciente: é obtido pela consecução dos objetivos anteriores, pois existe a adequação da terapêutica, redução de erros racionalização de distribuição e aumento do controle dos medicamentos; No sistema de distribuição coletiva ou de estoque descentralizado por unidade assistencial, a FH é mero repassador de medicamentos essas em sua embalagem originais segundo um estoque solicitado pelo pessoal de cada unidade solicitante. Ocorre alto custo de estocagem, grande perda por caducidade ou má armazenagem, aumento da incidência de erros de medicação, incremento da possibilidade de contaminação facilidade para desvio, e outros.

Vantagens Rápida disponibilidade de medicamento na unidade assistencial; Mínimas atividades de devolução à farmácia; Redução das necessidades de recursos humanos e infra-estrutura da FH; Mínima espera na execução das prescrições; Ausência de investimento inicial. Desvantagens Aumento potencial de erros de medicação; Perdas econômicas devido a falta de controle; Aumento de estoque de medicamento na FH e nas unidades assistenciais; Incremento das atividades do pessoal de enfermagem; Facilidade de acesso ao medicamento por qualquer pessoa; Difícil integração do farmacêutico à equipe de saúde.

FARMACOVIGILANCIA HOSPITALAR A farmacovigilancia é o conjunto de procedimentos destinados a detectar registrar e avaliar, de forma sistemática, as reações adversas a medicamentos. Todos os sistemas de farmacovigilancia podem ser aplicados nos hospitais, deste que estejam adaptadas às suas características assistenciais e integram o elenco de atribuições de cada instituição. Os sistemas de farmacovigilancia usados nos hospitais podem ser divididos em:

1. Sistemas de âmbito total: envolve todos os pacientes assistidos e todos os medicamentos usados. Neste sistema, a coleta de dados pode ser feita através de notificação voluntária, de revisão histórica clinica e detecção indireta pela dispensação:

Notificação voluntária: a reação adversa dever ser espontânea e prontamente notificada pelo médico que assiste o paciente, ou por algum outro membro da equipe multidisciplinar, responsável pela organização e coordenação das notificações, o formulário dever ser simples e estar incorporado ao prontuário de cada paciente;

Revisão de histórias clinica: permite a detecção de reações adversas que não foram notificadas quando de sua ocorrência. Os dados são coletados através de revisão nos prontuários de pacientes.

Detecção indireta pela dispensação: o sistema de distribuição de medicamento por dose unitária permite observar eventuais modificações ocorridas no esquema terapêutico do paciente como a suspensão prematura de um medicamento, a inclusão de medicamentos para tratamento sintomático, ajuste posológicos, dentre outro.

2. Sistema de âmbito limitado: é um sistema de vigilância intensiva, aplicados a grupos selecionados de pacientes ou de determinados medicamentos. Pode ser desenvolvido através de:

Acompanhamento terapêutico de determinado medicamento: a administração dos medicamentos é feita sob estrita observação, sendo imediatamente registrado todo e qualquer efeito adverso verificado;

Controle na administração de determinados medicamentos: os pacientes que estão usando certos medicamentos, isolados ou em associação, são submetidos a exaustiva vigilância, a fim de que qualquer reação adversa que venha ocorrer possa ser registrada e avaliada.

Estudo de casos: os casos concretos de reações adversas como a ototoxidade aos aminoglicosídeos, devem ser estudada e devidamente publicadas em revistas cientificas.

A OMS, através do documento técnico nº 425, define reações adversa a medicamentos (RAM) como sendo ``qualquer resposta a medicamentos que seja nociva e indesejável, e que ocorra com as doses habituais usados no home, pra a profilaxia, diagnóstico ou tratamento ´´. De acordo com seus mecanismos, as reações adversas a medicamentos são classificadas em dose-dependente e independentes de dose. as reações adversas dose-dependentes incluem: o efeito colateral, efeito citotóxico, superdose, forma farmacêutica e interação medicamentosa, enquanto que os independentes da dose manifestam-se através da reação de hipersensibilidade, idiossincrasia e intolerância.

SUPORTE NUTRICIONAL Especialmente o enteral e o parenteral. Tem como objetivo fornecer nutrientes necessários aos pacientes, para garantir ou melhorar o seu estado, com o mínimo de efeitos secundários e complicações metabólicas. Este procedimento deve abortar as calorias necessárias, provenientes de diferentes fontes, como carboidratos, lipídios e proteínas em quantidade e proporções adequadas, considerando as possíveis alterações do uso de nutrientes para que, as expensas de um balanço nitrogenado positivo, possa realizar a síntese proteica. A via oral é a mais fisiológica e, seu uso é o objetivo principal nos programas de suporte nutricional.

NUTRIÇÃO ENTERAL E PARENTERAL Nutrição enteral

É o fornecimento de nutrientes no estado líquido ou semi-sólido com formulas definidas, pela via oral, gástricas ou entérica, usando ou não sondas especiais. Este tipo de suporte nutricional é sempre indicado quando os pacientes apresentam tubos digestivos total ou parcialmente íntegro e capaz de ser usado como via de administração de nutrientes. As fórmulas enterais podem ser classificadas segundo os seguintes critérios:

Fornecimento dos macros e micronutrientes: ele diferencia as dietas completas das incompletas, dependendo do aporte total calórico-proteico e dos nutrientes veiculados por outra dieta;

Complexidade de nutrientes: Define a forma química de apresentação de nutrientes na formulação. Poderá ser avaliada a partir do conhecimento das fontes de nutrientes, como: os carboidratos, proteínas e lipídeos.

Grau de especialização: Direciona a fórmula para utilização em situações especificas de distúrbios fisiológicos e metabólicos;

Presença ou não de elemento específicos: Permite a diferenciação de dietas isentas de lactose e formulas lácteas, bem como dietas enterais com ou sem adição de fibras.

Nutrição parenteral

É o suporte nutricional usado em pacientes com função gastrointestinal comprometida não permitindo uma alimentação por via oral, gástrica ou entérica. Consiste na oferta de calorias e nutrientes tais como aminoácidos, carboidratos, lipídios, eletrólitos, vitaminas, oligoelementos e água, através do acesso venoso central ou periférico.

Nutrição parenteral central Consiste na administração das soluções nutritivas parenterais por meio de uma veia de grande diâmetro, onde o fluxo sanguíneo seja suficiente para diluir as soluções hipermolares. Essa via requer a implantação de catéter numa veia central.

Em pacientes adultos recomenda-se usar a via central pela veia subclávia, sempre que possível sua cateterização, pois as misturas nutritivas nestes casos, podem chegar a uma osmolaridade de até 3000 mOsm/litro.

Nutrição parenteral periférica

Consiste na administração das soluções nutritivas parenterais por meio de uma veia menos calibrosa, geralmente na mão ou no antebraço. Esta via só poderá ser usada quando a osmolaridade da solução for inferior a 800 mOsm/litro. Em pacientes adultos, seu uso não é recomendável por mais de 7 dias, uma vez que impede o aporte adequado de calorias e proteínas em razão da limitação da osmolaridade da mistura nutritiva.

SALAS LIMPAS São as que o suprimento e a distribuição de ar, filtragem, infraestrutura e procedimentos de operação, visam controlar as concentrações de partículas em suspensão no ar atendendo aos níveis apropriados de limpeza. Local onde a concentração de partículas suspensas no ar é controlada de modo a atender a uma classe especifica de limpeza. São classificadas de acordo com o número máximo permitidos de partícula maior que 0,5mm para obtermos produtos com níveis microbianos adequados devemos ter atenção no preparo e manutenção de áreas limpas. As operações envolvidas no preparo dos materiais a serem usados no produto, no enchimento e na esterilização devem ser realizadas em área separadas dentro da área limpa.

Figura 4: (a) área de lavagem; (b) envase; (c) manipulação; (d) pesagem.

As áreas limpas são usadas na fabricação de produtos estéreis, são classificadas de acordo com as características do ar, em graus A, B, C, D. Grau Em repouso Em

operação

NPP m3

NPP m3

>0,5mm >0,5mm >0,5mm >5,mm

A 3520 20 3520 20

B 3520 29 352000 2900

C 352000 2900 3520000 29000

D 3520000 29000 Não definido Não definido

Tabela 1: sistema de classificação do ar para produção de produtos estéreis.

Para obtermos o ar com as características exigidas, devemos usar método específico e observa as seguintes situações:

Os sistemas de fluxo laminar devem ter velocidade homogênea de cerca de 0,30m/s (fluxo vertical) e de 0,45m/s (fluxo horizontal);

Para que os graus B,C e D sejam alcançados, o número de trocas totais de ar da área, deve ser superior a 20 trocas/h, numa sala com padrão apropriado de fluxo de ar com filtra HEPA.

Classe de área limpa (partículas de 0,5mm/ft

3)

ISO classe >0,5mm (partículas/m

3)

100 5 3520

1000 6 35200

10000 7 352000

100000 8 3520000

Tabela 2: classificação da área limpa conforme FDA e ISSO 14644.

QUALIDADE DO AR A qualidade do ar usada para permitir os padrões descritos, precisa atender a exigências como baixas concentrações de partículas de 0,5mcg e ausência de partículas de 5mcg. Os filtros geralmente classificados como HEPA são usadas na área farmacêutica por possuírem grande capacidade de retenção de partículas de tamanho muito reduzido.

Fluxo laminar é definido como o movimento do ar em regiões confinadas, sob velocidade uniforme e ao longo de linhas de fluxo paralelas. para remoção de partículas de forma eficiente das proximidades da manipulação asséptica, a velocidade do ar no local de trabalho deve ser aproximadamente 0,45 ms. próximo dessa velocidade, partículas menores que 15 mcg são transportados em suspensão pelo fluxo de ar. se for direcionado de forma correta, pode auxiliar na remoção dos contaminantes do ambiente. se o fluxo for baixo, a corrente de ar originadas pelos movimento do operador induzirão um contra-fluxo levando à contaminação do produto.

Figura 5: fluxo laminar.

Salas de fluxo convencional (turbulento)

Consistem em ambientes convencionais, nos quais apenas alguma operação critica são realizadas em cabines de fluxo laminar; Essas cabines possuem pré-filtração e um sistema de filtros HEPA para que o trabalho seja realizado sob condições adequadas. a escolha de um fluxo de ar horizontal ou vertical deve ser feita de forma a garantir com que o fluxo laminar esteja dirigido ao ponto critico.

Sala de fluxo unidirecional Esse tipo de sala representa uma solução ideal no controle da contaminação. Nos fluxos turbulentos, a contaminação é eliminada por diluição, enquanto no fluxo unidirecional a contaminação é eliminada pelo deslocamento uniforme e contínuo das partículas. Para obter esse efeito, usa-se uma parede ou teto completamente providos de filtros HEPA. Dessa forma, tem-se todo o ambiente da sala equivalente a um fluxo laminar. A escolha do fluxo vertical ou horizontal deve levar em consideração as condições reais, os verticais requerem maior velocidade de fluxo.

Figura 6: fluxo unidirecional.

Ar limpo

Esse conceito está, relacionado com seu grau de limpeza, ou seja, o ar considerado limpo para alguma aplicação pode não ser para outra.

Partículas Em relação às partículas, lembramos que existe uma infinidade delas, sendo que para cada uma que podemos ver existem milhares que não vemos. As partículas são carreadas pelo ar, por isso, o controle desse parâmetro é extremamente importante na área farmacêutica.

Infraestrutura Os materiais usados na construção de uma sala limpa não devem ter propriedades retentoras nem distribuidoras de partículas. Devem ser feitos de materiais que não favoreçam a proliferação microbiana, devem ser resistentes a impactos e aos agentes de limpeza e de desinfecção, os pisos devem ser resistentes a ruptura. As paredes devem ser lisas e duradouras, não sujeitas a sofres descamação. As paredes pintadas devem suportar constantes processos de limpeza.

Pressão do ar Nas salas limpas usa-se ar com maior pressão de maneira a força a saída de ar limpara para o exterior, não permitindo a entrada de ar contaminado para o interior.

Monitoramento do ambiente A adequação do ambiente de produção deve ser verificada de forma a atender à classe planejada, conforme o número de partículas, geralmente a laser, oferecendo como grande vantagem a leitura imediata dos resultados. Mesmo em área limpas deve-se fazer monitoração de viáveis, a USO sugere valores menores que 3, 20 e 100 UFC/m3 de ar ou menores que 0,1, 0,5 e 2,5 UFC por pé cúbico de ar, respectivamente, para salas limpas de classe 100, 10.000 e 100.000; a amostragem de ar nessa área deve ser feita em posições definidas durante o período de atividade normal da área, podendo ser usado um processo gravitacional, como exposição de placas com meio de cultura por 60 minutos, porque a sedimentação das partículas está sujeita às turbulências do ar,

CABINES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA (CSB) As CSBs estão entre os mais comuns e eficazes dispositivos de contenção primárias usados em laboratórios que trabalhem com agentes infecciosos. A W.K Mulford Pharmaceutical co. Uma industria farmacêutica Americana, criou o primeiro modelo de cabine para proteger a saúde dos profissionais Durante a preparação de tuberculina. Seu principal objetivo é a proteção do operador, do ambiente e do experimento através de fluxo laminar de ar, filtrado por filtro absoluto ou filtro HEPA. Elas são divididas em: classe 1, classe 2 e classe 3.

CSB Classe 1 Seu tipo de ventilação protege o trabalhador e o ambiente, com velocidade do ar unidirecional e sem circulação. Pode ser construída com o painel frontal aberto ou fechado, com luvas de borracha adaptadas. Nessa cabine não há proteção para o experimento, somente para o operador e o meio ambiente. É recomendado para trabalhos com agentes de risco de classe 1, 2 e 3. É uma cabine ventilada de pressão negativa operada por uma abertura frontal e uma mínima velocidade de face para abertura de trabalho. Todo o ar da cabine é liberado através de um filtro HEPA para dentro ou para fora do laboratório, a cabine de classe 1 é projetada para a pesquisa geral de agentes microbiológicos de risco moderado e baixo e é útil para a contenção de processadores e outros equipamentos. Ela também pode ser usada com painel frontal fechado e sem luvas de borracha.

Figura 7: cabine de segurança biológica classe 1. (a) ar de saída; (b) ar contaminado; (c) ar limpo pelo filtro HEPA.

CSB Classe 2 É conhecido como CSB de fluxo laminar de ar. Seu princípio fundamental é a proteção do operador, do ambiente e do experimento ou produto. Alguns possuem alarmes quando painel frontal, não está na altura de segurança para a execução do trabalho. É projetado com um fluxo de ar interior com uma velocidade para proteger os funcionários com um fluxo de ar laminar vertical filtrado pelo sistema HEPA para a proteção do produto e com ar de saída, exaustão, filtrado pelo sistema HEPA para a proteção do meio ambiente. As cabines de classe 2 são classificadas em dois tipos A e B, baseadas na construção, velocidade e padrões do fluxo de ar e nos sistemas de exaustão. As cabines do tipo A são adequadas para as pesquisas microbiológicas e radionuclídeos, uma vez que o ar é recirculado dentro da cabine. As cabines do tipo B são subdivididas em tipos B1, B2 e B3. As cabines do tipo B possuem ductos rígidos conectados ao sistema de exaustão do prédio e contém um sistema de ar de pressão negativa. Eles possuem equipamentos como: ventilador, motor, filtros HEPA de suprimentos e exaustão de ar, luz, gás, luz UV, dentre outros. Podem ser utilizados em laboratórios NB-1, NB-2, NB-3 e 4.

Figura 8: CSB-2 tipo A. (a) abertura frontal; (b) vidraça corrediça; (c) filtro HEPA para a exaustão; (d) espaço posterior; (e) filtro HEPA para o suprimento de ar; (f) ventilador;. (B) CSB-2 tipo B1. (a) abertura frontal; (b) vidraça corrediça; (c) filtro HEPA para exaustão; (d) filtro HEPA para o suprimento de ar; (e) espaço de exaustão com pressão negativa; (f) ventilador; (g) filtro GEPA adicional para o suprimento de ar. (C) CSB-2 tipo B2. (a) abertura frontal; (b) vidraça corrediça; (c) filtro HEPA para exaustão; (d) filtro HEPA para o suprimento de ar; (E) espaço de exaustão com pressão negativa; (f) ventilador; (g) filtro adicional para o suprimento de ar. (C) CSB-2 tipo B2. (a) abertura frontal; (b) vidraça corrediça; (c) filtro HEPA para exaustão; (d) filtro HEPA para suprimento de ar; (E) espaço de exaustão com pressão negativa; (f) tela filtro. (1) ar ambiente; (2) ar potencialmente contaminado; (3) ar filtrado por filtro HEPA

CSB Classe 3 É construído em aço inoxidável com vidro blindado, são herméticos com ventilação própria. O trabalho é conduzido através de luvas de borracha preso a cabine. Sua temperatura e controlada. É operada com pressão negativa em relação ao laboratório, proporcionando absoluta contenção ao agente de risco biológico. É uma cabine fechada e ventilada, aprova de escape de ar e oferece o mais alto grau de proteção ao pessoal e ao meio ambiente contra aerossóis infecciosos, assim como a proteção de materiais de pesquisa de contaminantes microbiológicas. São adequados para de um NB-3 ou 4. Todas as operações na área e trabalho da cabine deverão ser realizadas através de braços com luvas de borracha ou por meio de macacão. Essa cabine é operada com pressão negativa. O suprimento de ar é filtrado através do sistema HEPA e o ar liberado da cabine é filtrado através de dois filtros HEPA em série, ou a filtração HEPA é seguida de uma incineração, antes de ser descartado para fora do local. Todos os equipamentos precisos para uma atividade num laboratório, como as incubadoras, geladeiras e centrifugas deverão ser uma parte integrada do sistema de cabine. A cabine de classe 3 deverá ser conectado a uma autoclave de duas portas ou um tanque de imersão química usado para esterilizar ou desinfetar estoque que entram na cabine.

Figura 9: CSB-3 tipo B. (a) abertura frontal; (b) vidraça corrediça; (c) filtro HEPA para exaustão; (d) filtro HEPA para o suprimento de ar; (e) espaço de exaustão com pressão negativa; (f) ventilador; (g) filtro HEPA adicional para o suprimento de ar; (1) ar ambiente; (2) ar potencialmente contaminado; (3) filtrado por filtro HEPA.

Figura 10: CSB-3 (a) compartimento para fixação das luvas longas de borracha à cabine; (b) vidraça corrediça; (c) filtro HEPA para exaustão; (d) filtro HEPA para o suprimento de ar; (e) autoclave dupla saída na extremidade ou caixa de passagem da cabine. (1) ar ambiente; (2) ar potencialmente contaminado; (3) ar filtrado por filtro HEPA.

Filtros HEPA Filtro de alta eficiência, capaz de remover 99,97% das partículas maiores que 0,5mm. Capela com fluxo laminar, local com insuflação de ar filtrado por filtro HEPA, na velocidade de 90 pés por minuto, em movimentação paralela, criando ambiente com especificações de classe 100.

Figura 11: filtros super-flow. (a) quadro do filtro; (b) elementos corrugados filtrantes; (c) adesivo; (d) quadro do filtro; (e) canal com selo fluido; (f) filtros com separadores; (g) junta da vedação; (h) adesivo; (i) folha contínua de meio filtrante; (j) separador.

central de misturas parenterais objetivo manipulação de produtos estéreis, fracionamento ou reacondicionamento, preparo de soluções de nutrição parenteral, misturas intravenosas (soluções de grand volume e citostáticos). classificação dos produtos estéreis segundo niveis de risco: risco para o paciente. idealizada para ajudar o farmaceutico a selecionar procedimento. o jugamento profissional é funtamental. fatores que aumentos os risco na central de misturas parenterais: falecencia de múltiplos sistemas; complexidade das combinações; local de administração; pacientes com sistema imune compromeido; potencial de crescimento microbiano; condições de armazenagem. importante : análise custo x beneficio. no caso em que o nivel de risco pode não ser claro- nível de risco mais elevado deve ser seguido. a determinação do nível de risco é funamental para o planejamento das instações. nivel de risco 1: aplica-se para os produtos estéreis que são preparados com equipamentos, componentes e soluções estéreis. estão incluídos neste nível: produtos preparados por sistema fechado de transferencia asséptica. produtos armazenados a temperatura ambiente e que serão administrados até 28h após o preparo ou armazenamento sob refrigeração por 7 dias ou menos antes da completa administração ao paciente e esta não deverá exceder 34h; ou congelados até 30 dias antes da administração sendo que esta não poderá exceder 24h. nivel de risco 2: aplica-se aos produtos com as mesmas condições do nível 1. estão incluidos neste nivel: produtos armazenados sob refrigeração por 7 fisd ou congelados por 30 dias ou administrado em 28h ou mais após o preparo e armazenados a temperatura ambiente. produtos preparados sem conservantes e que serão usados por mais de um paciente. produtos compostos pela combinação de múltiplos componentes estéreis, obtidos por sistemas fechados de transferencia asséptica antes da utilização para varios pacientes. nivel de risco 3: aplica-se para os produtos com as mesmas condições dos niveis 1 ou 2: produtos produzidos a partir de ingredientes ou equipamentos não estéreis. produtos preparados a partir de componentes estéreis ou não estéreis atraves do uso de sistema aberto de transferencia ou recipiente aberto antes da esterilização final ou subdivisão para ser dispensado.

soluções parenterais de grande volume (SPGV) em geral são administradas por infusão EV para: repor os líquidos corporais; eletrólitos; permitir a nutrição; são administradas em volumes de 100mlo a 1000ml ou mais por dia; a infusão pode ser: por gotejamento EV lento; sem sistema de controle de velocidade de infusão; com sistema de controle de velocidade de infusão. devido aos grande svolumes administrados essas soluções não devem conter: agentes bacteriostáticos; adjuvantes. material de acondicionamento: dose única principos ativos são aditivados à solução parenterais para co administração. exemplos eletrolitos; vitaminas; antineoplásicos; SPGV são usados em: terapias de manutenção; em pacientes nos períodos pré ou pós-cirúrgicos; pacientes inconscientes e impossibilitados de captar líquidos, eletrólitos e nutrição por via oral. terapia de reposição: paciente que sofreram grandes; perdas de líquidos e eletrólitos. terapia de manutenção quando o paciente está sendo mantido com fluidos parenterais há alguns dias. neste caso: soluções simples fornecem aporte adequado de : água glicose eletrólitos quando o paciente está impossibilitado de recer nutrição ou líquidos por períodos maiores. Neste caso: podem ser introduzidas soluções de conteúdo calórico mais elevado. Nos casos em que a alimentação oral deve ser adiada por um período de tempo maior: - A implementação da nutrição parenteral se faz necessária !! - Esta fornece: nutrientes essenciais. minimiza a deterioração tecidual. mantém a ‘normalidade’ funcional.

Misturas de Nutrientes Totais (MNT) deve conter todos os substratos necessários p/ a nutrição como: carboidratos proteínas ácidos graxos oligoelementos (microelementos)

Essas misturas são muito úteis para: pacientes submetidos a quimioterapia; pacientes c/ problemas gastrintestinais; lactentes prematuros; pacientes anoréxicos; dentre outros.

Portanto – a nutrição parenteral é o suporte nutricional empregado em pacientes cuja função gastrintestinal se encontra comprometida, não permitindo uma alimentação por via oral, gástrica ou enteral. Via de acesso – venoso: central periférico Para garantir a administração segura destas soluções, a farmácia do hospital deve ser capaz de preparar assepticamente as complexas soluções intravenosas ! Todas as manipulações devem ser feitas por farmacêutico treinado !

Ao manipular uma fórmula de nutrição parenteral, o farmacêutico deve: considerar a ordem de mistura dos substratos; diferenciar entre as diversas marcas; propriedades físico-químicas; tipo de sistema mais apropriado p/ acondicionamento; determinar como o produto deve ser armazenado; avaliar as possíveis complicações que pode surgir com o uso desse método de administração de nutrientes.

Classificação NPCT – Nutrição Parenteral Central Total NPCP – Nutrição Parenteral Central Parcial NPPT – Nutrição Parenteral Periférica Total NPPP – Nutrição Parenteral periférica Parcial Ou também: Nutrição parenteral Total (NPT) – geralmente refere-se a formulações de aminoácidos-glicose, são as formulações 2 em 1.

Mistura Total de Nutrientes (MTN) – refere-se a formulações de aminoácidos-glicose-lipídeos, são as formulações 3 em 1.

Nutrição parenteral Periférica Consiste na adm. das soluções nutritivas por meio de uma veia de menor calibre – geralmente na mão ou ante-braço.

a osmolaridade deve ser 800 mOsm/L.

Via de acesso preferencial em pediatria. Em adultos, seu uso não é recomendável por mais de 7 dias. Nutrição Parenteral Central consiste na adm. das soluções nutritivas por meio de uma veia de grosso calibre – nestas o fluxo sangüíneo é suficiente para diluir as soluções hipermolares. em adultos recomenda-se usar a subclávica. necessário o uso de catéter.

osmolaridade 3000 mOsm/L.

Em pediatria – via de acesso venoso central será utilizada somente quando as possibilidades de uso de via central estiverem esgotadas !!

osmolaridade deve ser 1200 mOsm/L.

Técnicas de Assepsia no preparo Vários microorganismos são capazes de se reproduzir neste tipo de solução, dependendo de: fonte de nitrogênio. concentração de glicose. presença ou não de lipídeos, vitaminas, albumina etc. pH e osmolaridade.

As técnicas assépticas no preparo das soluções devem seguir algumas normas p/ garantir a esterilidade da solução. Cada etapa do procedimento deve ser cuidadosamente estudada – procedimentos, equipamentos e instalações. Indispensável: instalações para lavagem das mãos (aplicando técnica apropriada) e materiais. área livre de trânsito destinada à preparação – preferencialmente sala limpa classe 10.000 (ISO 7) capela de fluxo laminar classe 100 (ISO 5); pessoal com conhecimentos específicos sobre assepsia.

Vantagens do uso de NPT substituição parcial da glicose como fonte calórica – não deve exceder 50 a 60%. importante para pacientes hipercatabólicos cujo estado exige restrição de fluidos. redução dos riscos de contaminação é conseqüência direta da diminuição na manipulação dos sistemas de infusão. o uso de um único sistema de infusão permite a redução do custo da terapia e dos cuidados dispensados pela equipe de enfermagem.

desvantagens do uso de NPT as conseqüências da infusão de partículas

relativamente grandes (maiores que 0,4 m)

durante longos períodos ainda não estão bem estudadas. a impossibilidade de filtração destas soluções através de membranas pode facilitar o crescimento bacteriano. dificuldade em prever as influências de diversos aditivos sobre a estabilidade da solução. a perda das funções gastrintestinais após longos períodos pode ser um problema. migração de bactérias intestinas p/ a corrente sistêmica pode ocorrer.

MANIPULAÇÃO DE MEDICAMENTOS Uma FH deve estar preparada para manipular determinadas preparações farmacêuticas necessárias ao hospital, na forma de dosificação eficaz e segura, com apresentações adequadas. A conveniência de preparações pode basear-tanto em critérios de disponibilidade (preparações não existentes no mercado), como nas economias (escassez de recursos, custo de produção vantajosa e outras). Atualmente o crescente rigor nas exigências da área da farmacotécnica no hospital seja, a preparação de formas não existente no mercado e a manipulação de germicidas, produtos estéreis e medicamentos em condições que garantam a correta utilização das especialidades farmacêutica produzida pela indústria farmacêutica. Objetivo A finalidade da farmacotécnica é de contribuir com as demais áreas da FH para que esta cumpra a sua missão de serviço clinico e colabore na assistência ao paciente hospitalizado ou ambulatorial. os objetivos específicos da farmacotécnica no hospital são: Proporcionar, a qualquer momento, independentemente da disponibilidade comercial, medicamentos como qualidade aceitável, adaptadas às necessidades especificas da população que atende; Desenvolver fórmulas de medicamentos e produtos de interesse estratégicos ou econômicos para a farmácia hospitalar e para o hospital; Fracionar ou reenvasar os medicamentos elaborados pela indústria farmacêutica a fim de racionalizar sua distribuição e administração; preparar diluir ou reenvasar germicidas necessários para as ações de antissepsia, limpeza, desinfecção, esterilização; garantir a qualidades dos produtos elaborados, manipulados, fracionados ou envazados; manipular produtos estéreis, incluindo soluções de nutrição parenteral, citostáticos e misturas intravenosas, nas condições preconizadas pelas BNF; contribuir na formação e reciclagem de pessoal auxiliar e outros farmacêuticos, nesta área de conhecimento e tecnologia.