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Iniciação à Meditação Temas 1 – Hatha Yoga Iniciação à Meditação

1 Hatha Yoga

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asnas de yoga para praticantes

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Iniciação à Meditação Temas

1 – Hatha Yoga

Tradição do Tantra

Iniciação à Meditação

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1Hatha Yoga

SumárioHatha Yoga.................................................................................................................................. 01: Corpo Físico............................................................................................................................. 2

1. Exercícios Corporais....................................................................................22. Práticas Corporais do YOGA........................................................................2

2: Corpo Energético..................................................................................................................... 81. Bandhas & Mudras......................................................................................82. Kriyas & Pranayama..................................................................................113. Chakras & Bija Mantras............................................................................21Uma Experiência do Despertar de Kundalini – Sahaja Yoga..........................23

Dedicação................................................................................................................................. 27

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21: Corpo Físico

Inicie toda atividade com o reconhecimento de sua MOTIVAÇÃO. Inicie com a PRÁTICA da PRESENÇA. Invoque o Mestre Interior. Pratique o Refúgio. ALONGUE-SE: faça alguns exercícios de alongamento por 5 minutos. Termine sua sessão de prática com a DEDICAÇÃO e uma Oração de encerramento e Gratidão.

1. Exercícios Corporais

1.1 Exercícios Físicos Caminhada; ginástica; alongamento; pilates. ; Atividades expressivas: dança; canto...;

Ginástica Regenerativa Humana; Cinco Ritos Tibetanos.

1.2 Ginástica Regenerativa Humana Texto disponível para download em www.gehsh-medita.net

1.3 Cinco Ritos Tibetanos

A Fonte da Juventude. Peter Kelder. Vol. 1. Vol. 2.

Você pode fazer download em http://www.docelimao.com.br/A_fonte_da_Juventude-Peter-Kelder.pdf

2. Práticas Corporais do YOGAAbhyasa Vairagyabhyam Tan Nirodha (Yoga sutras 1.12).

Seu recolhimento [ou seja, o nirodha desses cinco meios de expressão] advém da disciplina e do desapego.

Abhiâsa = prática; aplicação; uso; hábito; familiaridade com; recitação repetida; prática. Vairagya = desapego. (dispassion).

Os dois aspectos básicos da Vida Espiritual são a PRÀTICA ininterrupta (Abhyasa) e o DESAPEGO (Vairagya).

A Prática se refera às várias técnicas, especialmente as de meditação. Podemos incluir a Prática da Presença, a Leitura Divina, a Oração e o Serviço. (Lectio; Oratio; Meditatio; Servitio).

O Desapego é definido no yoga sutras (1.15) como “a consciência da maestria daquele que e sem anseio pelos objetos vistos (ie. Materiais) ou revelados (ie. Espirituais). Patanjali ainda fala

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3de uma forma mais elevada de desapego que consiste pelo não anseio (desejo) dos constituintes primários da natureza (guna) que resulta da “visão do self” (purusha-khyati).

A menos que a PRÁTICA seja acompanhada por uma ATITUDE de DESAPEGO, corre-se o risco de inflar o ego em vez de transcendê-lo. O Desapego sem a prática, por outro lado, é como uma faca cega: as energias psicosomáticas liberadas através do desapego não são canalizadas adequadamente e pod levar à confusão e possivelmente à ilusão ao invés da liberação. Por esta razão o Bhagavad Giita (6.35) recomenda o cultivo de ambas. (Georg Feurstein. The shambala enciclopédia of Yoga).

2.1 Kaya Sthairyam – Firmeza do Corpo & Posturas para Meditação

As práticas de concentração e meditação devem ser precedidas com alguns minutos de Kaya Sthairyam. Quando o corpo estiver estável e imóvil deve-se iniciar a meditação.

Posturas para meditação!

1. SUKHASANA OU SVASTIKASANA – Postura fácil: sentado confortavelmente, com as pernas cruzadas.

Pé esquerdo para baixo da perna direita. Tronco ereto, sem rigidez. Face descontraída. Atitude mental de repouso, tranquilidade e concentração.

2. SIDDHASANA – Postura perfeita: planta do pé esquerdo contra a região perineal. O outro calcanhar tocando o osso pubiano. A ponta do pé encaixada entre a perna e a coxa. Os genitais ficam entre os dois calcanhares. Ambos os joelhos no solo. O queixo pressionado contra o peito. O olhar fixo no espaço entre as sobrancelhas. [=vajrasana; muktasana; guptasana].

3. PADMASANA – Postura de Lotus: pé direito sobre a coxa esquerda e pé esquerdo sobre a coxa direita. Planta dos pés voltadas para o alto. Palmas das mãos, a direita sobre a esquerda, voltadas para o alto. [=kamalasana].

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2.2 Saudação ao Sol (Suryanamaskar)Surya Namaskara (IAST: Sūrya namaskāra) or Sun Salutation (lit. "salute to the sun"), is a common sequence of Hatha yoga asanas. Its origins lie in a worship of Surya, the Hindu solar deity. This sequence of movements and poses can be practised on varying levels of awareness, ranging from that of physical exercise in various styles, to a complete sadhana which incorporates asana, pranayama, mantra and chakra meditation.The physical base of the practice links together twelve asanas in a dynamically performed series. These asanas are ordered so that they alternately stretch the spine backwards and forwards. When performed in the usual way, each asana is moved into with alternate inhalation and exhalation (except for the sixth asana where the breath is held in external suspension). A full round of Surya namaskara is considered to be two sets of the twelve poses with a change in the second set to moving the opposite leg first through the series.Proponents of the use of Surya namaskara as part of the modern yoga tradition prefer to perform it at sunrise, which the orthodox consider to be the most 'spiritually favorable' time of the day.

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2.3 Asanas do YOGA

A prática do YOGA proporciona um Desenvolvimento Pessoal harmonioso, integral e libertador.

O praticante se alicerça em sólidas bases de uma conduta ética, descritas nos textos como Yama e Nyama.

Em seguida temos as práticas físicas (Asanas), as práticas respiratórias (Kriyas e Pranayama), as práticas mentais (Concentração e Meditação) e os resultados (Gnosis, Liberação, Regeneração) – representando os objetivos do caminho espiritual: Transformação – Transcendência e Regeneração. (Programa TTR).

Práticas externas: Asana – Pranayma – PratyaharaASANA: a palavra ASANA deriva da raiz sânscrita “as” e significa “sentar” (asyate anena). Este significado derivativo tem sido utilizado para explicar o termo tanto física quanto metafisicamente. Fisicamente ele denota POSTURA – uma postura sentada ou um assento. Metafisicamente tem sido interpretado, por muitos textos, como “o estabelecimento do estado original” (Svasvarupe samasannata). Do ponto de vista físico, o Asana tem dois significados distintos. Primeiramente denota o assento em que o praticante acomoda-se para a prática. Além disso, significa as diferentes posturas do corpo durante o Yoga Sadhana. ... Asana é um contínuo processo do Yoga, começando com o aspecto físico e terminando na completa estabilidade do corpo e mente. O princípio fundamental que governa o conceito e as técnicas de Asana é a ESTABILIDADE em graus variados. O segundo aspecto é o de CONFORTO. Estes dois aspectos de estabilidade e conforto praticamente respondem a todas as perguntas relacionadas aos Asanas. ... cada Asana tem seu padrão particular. A atividade mental durante a prática de Asanas é muito importante. A respiração próxima do normal ao longo do Asana indica facilidade, conforto e modo relaxado de execução do Asana. Analisando as várias definições de Asana, teremos três níveis nos quais Asanas podem ser considerados. Estes três níveis, do mais grosseiro ao mais sutil são: Asana de condicionamento. Asana meditativo. Svarupa Asana. Dr. M. L. Gharote. Técnicas de Yoga. Cap. 3. Asanas: uma perspectiva. Phorte editora, 2000.

Práticas Externas: Asanas Selecione e pratique uma série de asanas. (Autoperfeição com Hatha Yoga. Hermógenes).

Uma Série Básica de AsanasAsanas. Veja a pagina Yoga em www.academiamisticos.weebly.com

Pashimottanasana (Postura de extensão máxima da parte posterior do corpo):

1. Sentado com pernas esticadas à frente, uma junto da outra. Coluna ereta. Olhos fechados.

Em meditação silenciosa. Inspirando eleve os braços esticados acima da cabeça. 2. Expirando, desça o tronco sobre as pernas. Pegue as pernas ou os dedões dos pés conforme

a sua possibilidade. Permaneça dentro da postura respirando normalmente por 20 a 30 segundos ( aproximadamente dez respirações completas – inspira/expira. Para tempos maiores, apenas se o seu instrutor de yoga permitir).

3. Inspirando, eleve os braços novamente. 4. Expirando, desça somente os braços esticados pelos lados.

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65. Deite e relaxe.

Upavistha Konasana (Postura do ângulo aberto)

1. Sentado com coluna ereta, pernas esticadas e afastadas.2. Inspirando eleve os braços bem esticados.3. Expirando desça sobre a perna direita. Segure a perna e relaxe a cabeça.4. Permaneça respirando normalmente por 20 a 30 segundos.5. Inpirando eleve os braços bem esticados .6. Expirando desça sobra a perna esquerda. Permaneça 20 a 30 segundos.7. Inspirando eleve braços esticados acima da cabeça.8. Expirando desça tronco à frente e pegue cada perna com cada mão. Relaxe cabeça.9. Permaneça 20 a 30 segundos. Nota: Procure ficar o mesmo tempo em cada posição.Por

exemplo: se ficar 20 segundos na perna direita, fique 20 na esquerda e 20 no centro.10. Inspirando eleve os braços bem esticados acima da cabeça.11. Expirando desça apenas os braços. Deite e relaxe.

Bujangasana (Postura da serpente)

1. Deitado em decúbito ventral (de barriga para baixo). Pernas juntas. Queixo descansando no

chão. Mãos ao lado de cada peito.2. Inspirando eleve o tronco esticando os braços.3. Na próxima inspiração, leve a cabeça para trás.4. Permaneça 20 a 30 segundos.5. Expirando, desça o tronco e relaxe.

Uttita Trikonasana (Postura do triângulo esticado)

1. De pé. Pernas afastadas e esticadas. Braços esticados ao lado paralelos ao solo.2. Expirando desça para direita. Pernas continuam esticadas. Tronco desce lateralmente. Apóie

a mão direita na perna direita onde sua flexibilidade lhe permitir. Vire o rosto e mire a palma da mão esquerda. O braço esquerdo está esticado na direção do teto.

3. Permaneça por 15 a 20 segundos.

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74. Inspire retornando à posição 5.15. Expirando, desça para a perna esquerda. O braço direito está esticado na direção do teto.

Olhe para a palma da mão direita.6. Permaneça por 15 a 20 segundos.7. Inspirando, eleve o tronco (sempre com braços esticados na lateral).8. Desça braços. Deite e relaxe.

Vrksasana (Postura da árvore)

1. De pé, pernas juntas. Olhar firme à frente.2. Dobre a perna direita e coloque a planta do pé direito na parte interna da coxa esquerda.3. Coloque as mãos em prece à frente do peito.4. Inspirando, eleve os braços sempre com as mãos em prece.5. Permaneça por 15 a 20 segundos.6. Expirando desça a perna e traga as mãos em prece à frente do peito novamente. Descanse em

pé.7. Coloque a planta do pé esquerdo na parte interna da coxa direita.8. Inspirando eleve as mãos em prece. Braços bem esticados.9. Permaneça por 15 a 20 segundos.

Expirando desça mãos em prece à frente do peito. Relaxe deitado no solo.Indicações de Livros

1 Noa Belling. Manual completo de Yoga.

2 Hermógenes. Autoperfeição com Hatha Yoga.

3 Iyengar. Luz do Yoga.

4 Alicia Souto. A Essência do Hatha Yoga. Ed. Phorte.

5 Hatha Yoga Pradipika. (Texto clássico original).

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82: Corpo Energético

Bandhas – Mudras – Kriyas - Pranayama

Bandhas – Mudras – PranayamaAsanas apropriadas ao PranayamaDois Drstis e três Bandhas são partes da técnica de posturas meditativas.

O ato de olhar fixo para a ponta do próprio nariz chama-se Nasagra drsti.

Fixar os olhos em um ponto entre as sobrancelhas chama-se Brhumadhya Drsti em sânscrito.

As três bandhas descritas no texto 2: Uddyana. Jalandhara. Mula.

Posturas sentadas com as pernas cruzadas.

1. Bandhas & Mudras

Sidhasana com Jalandhara e Uddyana Bandha Jalandhara Bandha

1. BandhasTradicionalmente BANDHAS eram classificadas como parte de MUDRAS. Estão incorporadas nos Mudras e nas técnicas de Pranayama. São técnicas especiais para o despertar de Kundaliní. As três Bandhas agem diretamente nos três Granthis (que impedem a subida de Kundalini). A prática de Pranayama é indissociável de Bandhas e Mudras.

A palavra Bandha significa deter ou comprimir. Elas influenciam o corpo físico e os chakras. Além do mais, a retenção da respiração que geralmente acompanha as bandhas faz com que o prana se acumule nas áreas de concentração mental.

As bandhas podem ser praticadas isoladamente até que sejam dominadas; depois, devem ser executadas em conjunção com o pranayma e o mudra. Isso impede que o prana absorvido através do pranayama se disperse.

Quando essas três práticas são combinadas, a habilidade psíquica do indivíduo começa a se desenvolver, iniciando-se então o yoga avançado.

1. JJALANDHARAALANDHARA B BANDHAANDHA: contrair o pescoço e pressionar o queixo firmemente sobre o tórax.2. UUDDIYANADDIYANA B BANDHAANDHA:: a porção do ventre, acima do umbigo é pressionada contra a espinha.

As porções acima e abaixo do umbigo são repuxadas para trás em direção à espinha. Sugar o abdome para trás e para cima.

3. MMULAULA B BANDHAANDHA:: pressionar o períneo com o calcanhar, contrair o ânus. BANDHA TRAYA: execução simultânea das três bandhas anteriores, com os pulmões vazios.

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9Bandhas

Bandha significa limitação, restrição, juntar-se etc... São chaves que se utiliza em determinadas posturas para que certas partes do corpo sejam contraídas e controladas. As Bandhas ajudam a distribuir a energia e a evitar o desgaste pela hiperventilação do corpo. São praticadas para acordar a kundalini que está adormecida e direcionar a energia através da Susumna Nadi durante os Prãnãyãmas. Sem as Bandhas, a prática do prãnãnãyãma perturba o fluxo do prana e danifica o Sistema Nervoso. O uso das Bandhas é essencial para a experiência do Samadhi.

Inspirar: objetivo de por mais prana no sistema Reter fazendo Jalandhara Bandha: direciona o prana para baixo. Esta bandha

desobstrui as passagens nasais e regula o fluxo de sangue e de energia sutil (prana) para o coração, cabeça e glandulas endócrinas no pescoço (tireóide e paratireóide).

Se o pranayama é executado sem esta bandha, imediatamente se sente uma pressão no coração, cérebro, globos oculares e dentro do ouvido, motivada pela pressão do ar nas trompas de eustáquio. Jalandhara Bandha tem como missão proteger o coração e o sistema vascular contra os efeitos nocivos das retenções prolongadas da respiração. Jalandhara bandha estimula o Anahata chakra e impede que seu prana suba, encaminhando-o para o Susumna Nadi; além disso, não permite que o néctar que exuda do Ajna chakra seja queimado pelo fogo do Manipura estimulando assim a kundalini a bebê-lo.

Mula Bandha: faz a energia a subir pelo sushumna Nadi. Quando o Apana do Muladhara Chakra é forçado para cima e alcança o fogo do Manipura Chakra, a chama deste se alonga e é avivada pelo ar do Anahata Chakra, provocando uma onda de calor que aquece todo o corpo. Através deste agni (fogo), que é muito violento, a kundalini adormecida desperta e penetra na Brahmanadi.

Udhiyana Bandha (voar para cima) - Pressiona o prana para a Sarasvati Nadi (Nadi do conhecimento) que conduz o prana desde o vishudda diretamente para o Manipura e deste diretamente para o muladhara cakra, Sarasvati Nadi traz a energia para o Manipura de baixo para cima e de cima para baixo. Acende fogo do Manipura.

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2. Mudras

Os mudras não são meras posturas físicas, são práticas que geram um poderoso efeito psíquico sobre o ser interior do discípulo, contribuindo para o crescimento espiritual. Seus principais objetivos são auxiliar o despertar de kundalini, produzir uma percepção e controle do prana na dimensão astral e produzir habilidades paranormais. Quando esses objetivos são alcançados, o praticante torna-se apto a transferir o prana que flui pelos nadis e chakras com a finalidade de curar uma região doente de seu próprio corpo, ou o corpo de outra pessoa. Num sentido mais amplo, o termo mudra abrange todos os métodos para ativar os chakras, inclusive o pratyahara (introversão da mente). Gesto. Selo. Mud=alegria. Ra = dá.

1. YOGA MUDRA: Sente-se em Padmasana. Coloque os braços atrás das costas. Pode praticar levemente Moola Bandha. Traga a consciência para o Mooladhara Chakra. Inale lentamente e sinta o Prana subindo gradualmente até Ajna Chakra. Retenha a respiração por alguns segundos e concentre-se no Ajna Chakra. Exale lentamente e curve-se para frente, sincronizando o movimento com a respiração até que a fronte toque o chão à sua frente. A expiração deve se completar ao tocar a testa no chão. Sinta o Prana descendo do Ajna Chakra até Mooladhara. Concentre-se por alguns segundos em Mooladhara. Inale levantando o tronco e sincronizando a respiração concentrando na subida do Prana até Ajna Chakra. Repita a seqüência. Isto constitui uma rodada da prática. Pratique 3 a 10 ciclos.

2. JNANA E CHIN MUDRA: Acompanaham as posturas de meditação. Dobre o dedo indicador de cada mão para que a ponta do dedo toque na base interna do polegar. Conserve os outros três dedos de cada mão esticados, coloque as mãos sobre os joelhos com as palmas viradas para baixo e os dedos apontados para o chão, em frente aos pés. Isto é jnana mudra. Chin mudra é a mesma coisa, apenas com as palmas das mãos voltadas para cima.

3. MAHA MUDRA: pressionar o períneo com o pé esquerdo; esticar a perna direita e tocar o dedo do pé direito com as mãos. O queixo contra o peito em Jalandhara bandha. O ar deve ser inspirado no processo. Então expire lentamente. Ver foto na apostila.

4. ASWINI MUDRA: depois de inspirar, comece a expirar e concomitantemente contraia com suavidade a musculatura do ânus. Se a execução for bem feita, deve irradiar-se uma vibração pela área toda, acentuadamente no períneo. Novamente inspire, ao mesmo tempo que relaxe a contração. Em resumo: inspirando afrouxe, expirando, contraia. 3 segundos de contração e 3 segundos de descontração. Praticar até 10 vezes. Prepara para a prática de Mula Bandha. [contração do esfíncter anal e do músculo elevador do ânus].

5. SAMBHAVI MUDRA: olhos abertos, voltados para dentro e para cima. Concentração no espaço entre as sobrancelhas. Atitude mental concentrada, interiormente pensando em Deus, mas aparentemente olhando para fora.

6. NAVAMUKHI OU YONI MUDRA: Obs. os olhos permanecem fechados e a mente concentrada no espaço entre as sobrancelhas.

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2. Kriyas & PranayamaSodhana KriyasSodhana é um conceito muito importante em Yoga. Traduzido literalmente, Sodhana significa uma limpeza interna ou purificação. Mas em sentido mais amplo do termo, inclui também condicionamento ou purificação. Técnicas de Yoga.

M. L. Gharote.

1. Kriyas

As Kriyas tem por objetivo purificar os sistemas de nadis desde o corpo físico até o corpo sutil, envolvendo a purificação das três nadis mais importantes: Ida, Pingala e Sushumna.O Sistema de Yoga Dakshina Tantra Yoga tem como objetivo equilibrar a energia nos chakras e permitir que, pela purificação das nadis e energização dos chakras, a kundalini possa subir até a morada de Shiva no topo da cabeça, alcançando assim a liberação.Para isso um processo tem que ser seguido.

Primeiro a colocação do Kanda e após a purificação das Nadis: Ida, Pingala e Sushumna.

Ida e Pingala quando purificadas vão permitir que os Chakras sejam energizados ao nível das pétalas.

A Sushumna Nadi quando purificada em Cittrã e Vajrã Nadi vão permitir que os Chakras sejam energizados ao nível do botão.

E somente quando a Sushumna Nadi for purificada em Brahma Nadi é que será possível a energização dos Chakras a nível de raiz e conseqüentemente a subida da Kundalini.

Dessa forma podemos entender a importância das Kriyas para se obter uma correta energização dos Chakras.Principais Kriyas

Nauli KriyaNauli Kriya: manipulação dos músculos abdominais Somente após estar apto a fazer o Uddiyana Bandha com perfeição, é possível praticar este exercício. De pé, pratique primeiro a contração abdominal Uddiyana Bandha; nesta posição deixe o centro do abdome livre, contraindo os lados direito e esquerdo do abdome. Isso coloca os músculos abdominais numa linha vertical (Madhyama Nauli ou contação central ). Após dominar o Nauli central, o próximo passo é conseguir o controle sobre os músculos do lado esquerdo ou do lado direito (Vama ou Dakshina Nauli ). A técnica é a mesma do Nauli Central, exceto que é preciso aplicar mais pressão nas coxas com as mãos. Se o lado esquerdo for contraído, então a mão esquerda pressiona a coxa, o tronco pendendo levemente para a frente e para a esquerda; o oposto se aplica ao lado direito. Todos estes processos de Nauli central, esquerdo e direito são chamados de rotação dos músculos abdominais. O nauli é praticado para fortalecer os músculos abdominais e para remover a preguiça do estômago, do

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12intestino e do fígado. Os músculos das paredes abdominais (seis pares) protegem as visceras abdominais e ajudam a regular a pressão toráxica na respiração.

PadadhirasanaPadadirasana: Desbloqueia as fossas nasais, equilibrando as polaridades: Ativo (narina direita) torna o praticante mais dinâmico, agressivo, inquieto, com a mente agitada e talvez dispersiva.- rajásico. Passivo (narina esquerda) - torna o praticante mais tranqüilo, lento, sonolento – tamásico. Equilibrado (respiração pelas duas narinas) - torna o praticante equilibrado, sereno e lúcido - Satvico.

Agni sara

Agni-sara: Desimpede e limpa o centro do umbigo (Kanda), permitindo assim que a energia seja bem distribuída por todo o sistema energético. Agni quer dizer fogo. O fogo do corpo é conhecido como fogo digestivo e do seu bom funcionamento dependem o crescimento, a força e a resistência do corpo. Estimula o fígado, o baço, rins e pâncreas. Reduz a gordura abdominal e a prisão de ventre. Elimina desordens digestivas como gases, constipação e dispepsia. Tonifica os órgãos abdominais e estimula o apetite. Usamos as três bandhas.

Kapalabhati

Kapalabhati - Provoca a expulsão de todo ar residual dos pulmões, fazendo assim a limpeza total dos pulmões. A rejeição maciça de CO2 faz com que as celulas, numa tentativa de equilibrar a taxa de O2 e Co2 no sangue, eliminem o CO2 dos tecidos musculares provocando relaxamento e acréscimo de atividade celular que se manifesta como sensação de calor. A ação do diafragma e dos músculos abdominais massageia e tonifica todas as vísceras, principalmente o tubo digestivo e glândulas anexas, aumentando o peristaltismo intestinal e evitando a prisão de ventre. A forte oxigenação do sangue e a baixa de CO2, acalma o centro respiratório, o que repercute sobre o sistema Neurovegetativo. O movimento forte do diafragma ajuda a liberar as emoções retidas (raiva, choro, ansiedade, angustia)O benefício mais importante deste exercício respiratório é exatamente o que lhe dá o nome. Kapala significa cérebro e Bhati significa aclarar, dar brilho. Kapalabhati significa Cérebro brilhante - Esta kriya consiste então, na limpeza e purificação do crânio, ou mais precisamente da região frontal do cérebro (área relacionada a compreensão do que é certo e errado). A cada

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13expiração forte com o uso do diafragma o cérbro se enche de sangue e nas inspiração ele se esvasia. Esta kriya limpa as nadis e o Manipura.

Usamos as três bandhas como em Agni-sara.

Bhastrika

Bhastrika - Trata-se de um exercício de hiperventilação. O sangue satura-se de oxigênio ao mesmo tempo em que há uma eliminação maciça de gás carbônico. Isto acelera a respiração celular e produz a revitalização geral do organismo. É um maravilhoso método de purificação dos pulmões, ajudando a eliminar doenças como a tuberculose e pleuresia, além de asma e inflamações da garganta. No plano sutil o Bhastrika equilibra as vayus Prana e Apana que se unem. Essa união age sobre a Kundalini, que é estimulada a subir pela Susumna Nadi. A ascensão desta energia encontra-se habitualmente bloqueada em três pontos chamados Granthis ou nós: O nó de Brahma, no Muladhara Chakra: O nó de Vishnu no Anahata Chakra e o nó de Rudra (Siva) no Ajna Chakra. A prática de bhastrika rompe os três Granthis, possibilitando a subida da energia até o Sahasrara Cakra. Energiza a raiz dos Chakras.

Usamos as três bandhas como em Agni-sara.

2. Pranayama Pranayama é a cessação dos movimentos inspiratórios e expiratórios; então o véu de luz

que cobre a iluminação é retirado e a mente fica pronta para a concentração, tornando-se estável. Yoga Sutras, II, 49-53.

PRANAYAMA: depois de atingir o conforto e estabilidade pela prática de Asanas, a pessoa inicia a prática de Pranayama. A palavra é composta de PRANA e AYAMA, o que significa controle ou regulação de “Prana”. A palavra “Prana” deriva da raiz “AN” (respirar) co o prefixo “PRA” passagens. “Prana” signfica simplesmente “respiração”. Nos Upanishads, PRANA é a força vital ou o princípio de todos os seres, o símbolo de Brahma. Na literatura yogin, a palavra prana tem significado amplo, além da aplicação mera e reduzida do termo “respiração” até um princípio cósmico sutil. Swami Kuvalayananda descreveu cinco fases da evolução de Pranayama. O propósito de Pranayama foi resumido em poucas palavras, por Patanjali, como: “Prakasavaranaksaya” e “Dharanasu ca yogyatamanasa”. O que significa que Pranayama é praticado para a) libertar a mente da dominação dos pensamentos egoístas que impedem a percepção impessoal adequada da Realidade, e b) qualificar a mente e torná-la competente o bastante para que se ocupe da concentração. A Finalidade de Pranayama é estabilizar as flutuações de Ida e Pingala e ativar o Susumna Nadi. Assegura vitalidade suprema para o corpo e paz eterna para mente.

Dr. M. L. Gharote. Técnicas de Yoga. Cap. 5. Pranayama. Phorte editora, 2000.

Respiração Completa A respiração supre o organismo de energia prânica. É um fenômeno

polarizado. Energia positiva Ha e negativa Tha. Quando controlamos a respiração, pelos exercícios respiratórios, tornando-a mais lenta, induzimos à tranqüilidade mental e emocional.

A principal missão dos órgãos olfativos - assunto desconhecido no ocidente - é a absorção do Prana do ar. [Respire profundamente, pela boca e pelo nariz, na

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14praia ou no ar da montanha e sinta a diferença].

Elementos a observarAs modificações da respiração compreendem: a respiração externa, interna ou retida; estão reguladas pelo comprimento do alento, tempo e número de respirações; e o exercício pode ser de longa ou curta duração. Yoga Sutras, II, 50. Fases da respiração. Etapas da respiração. Extensão da respiração. Tempo de número de

respirações. Contração dos músculos. Atitude mental.

Nâdi Sodhana Pranayama (Respiração alternada)Purificação dos canais energéticos: respiração alternada: 1) sem retenção; 2) com retenção; 3) com mantras.

Nâdi Sodhana PranayamaRespiração alternada, sem retenção, igualando o tempo da inspiração e expiração. (Purifica os Nadis).A retenção deve ser mínima, uns 2 segundos.

Atitude mental: concentre-se na passagem de ar pelas narinas. (Visualizar o Prana (opcional)).

Técnica1. Coloque o polegar direito do lado direito do nariz, com os

dedos anular e mínimo do lado esquerdo do nariz.2. Aperte o dedo anular e mínimo para bloquear completamente

o lado esquerdo do nariz.3. Esvazie completamente os pulmões pela narina direita. Os

pranaymas sempre se iniciam com a expiração.4. INSPIRE lenta, constante e profundamente pela narina direita,

controlando a abertura com a ponta do polegar direito, perto da unha. Encha os pulmões ao máximo (puraka). Durante esta inspiração, a narina esquerda é completamente bloqueada pelos dedos anular e mínimo.

5. Solte a pressão dos dedos sobre a narina esquerda e EXPIRE lenta, constante e profundamente pela narina esquerda. Esvazie os pulmões completamente.

6. agora INSPIRE, pela narina esquerda, RETENHA o ar apenas por um breve período de tempo e EXPIRE pela narina direita.

Continue praticando até completar 10 ciclos. A inspiração, a retenção e a expiração de cada lado deve durar o mesmo tempo. No

começo, a duração será desigual. Persevere até atingir a igualdade. A retenção não dever perturbar o ritmo e a igualdade da inspiração e expiração. Se você

está tendo dificuldades, pratique primeiro a inspiração e expiração alternadas, sem o

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15período de retenção. Depois gradualmente, pratique a retenção entre a inspiração e expiração.

Efeitos: o sangue recebe um maior suprimento de oxigênio, de modo que você se sentirá revigorado e com os nervos calmos e purificados. A mente fica imóvel e lúcida.

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Anuloma viloma

Respiração alternada acrescentando um período de Retenção, entre as respirações. Após a inspiração completa, bloqueie completamente a narina direita com a pressão do polegar. RETENHA a respiração por um tempo confortável. (kumbhaka).

Opcional Sente-se em posição confortável e relaxada. Mantenha as costas eretas. Abaixe a cabeça

para o peito, apoiando o queixo no esterno (Jallandhara Bandha).

Samanu Acrescenta Mantras ao Pranayama

1. Visualize a quintessência do AR, simbolizado pelo mantra chave YUNGYUNG (ar), na região do coração, (Anahat, chakra cardíaco), em seguida INSPIRE pela narina esquerda, contando até 8 ; RETENHA o ar por 8 e finalmente EXPIRE pela narina direita, contando até 8;

2. Visualize o fogo que reside na região do plexo solar, (manipurak chakra) como a quintessência do fogo, unido à terra e repita o mantra RUNGRUNG (fogo)à medida que INSPIRE pela narina direita, então retenha o ar pelo tempo que lhe é próprio e então EXPIRE pela narina esquerda;

3. Visualize uma lua brilhante na ponta do nariz e repita o mantra chave THUNGTHUNG (espaço) à medida que INSPIRE pela narina esquerda;

4. Repita o mantra VUNGVUNG (água) enquanto o ar é RETIDO, difundindo-o como ambrosia e purificando todos os nadis;

5. EXPIRE repetindo LUNGLUNG. (terra)

GGHERANDAHERANDA S SAMHITAAMHITA. V. 38-45.

Ujjayi Pranayamapor Cathia Karin HeuserUjjayi significa, extensão vitoriosa, ou alongar a respiração. Esta respiração produz um som que inicialmente acontece de uma forma um pouco exagerada pois a contração aperta a área da glote na garganta, tornando a respiração muito barulhenta.,mas em seguida com a prática vai se descobrindo uma forma mais natural e suave de fazê-la,contraindo suavemente a garganta para cima e para trás, a sensação que dá é de que o ar entra pela garganta.Um som suave e consistente ajuda a adquirir um fluxo consistente na respiração e também traz calor ao corpo por causa da fricção que acontece.Pode acontecer também no inicio um som residual na entrada das narinas, mas isso diminui com o tempo. O som também pode surgir da área superior do palato onde também ocorre uma fricção.Eventualmente o som torna-se profundo na base da garganta, ressonando na cavidade do tórax.Para os iniciantes é normal enfatizar-se a exalação e o som do ujjayi na exalação, para prolongar e demorar mais na exalação. Para os mais adiantados, também é enfatizada a exalação quando se está aprendendo um asana novo.Existe uma tendência natural de inalar de forma mais curta no urdhva mukha svanasana e em outros movimentos em que arqueamos as costas e torções. O praticante deve tentar manter o

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17inicio da inalação suave, continuo e com o som do ujjayi observar a duração da inspiração para que ela seja prolongada e não irregular e abrupta.O som da respiração deve ser consistente durante toda a prática, um caminho para isso é contar o tempo de inalar e de exalar como por exemplo, inspirar e exalar contando 5s.

Sitali Pranayama

HSit in a comfortable meditative posture with the spine straight. Curl the tongue and protrude it slightly past the lips. Inhale deeply and smoothly through the tongue and mouth. Exhale through the nose. Continue for 5 minutes. Then inhale — hold. Pull in the tongue. Exhale and relax. Repeat this for two more 5-minute periods.What It Will Do for YouSitali pranayam is a well known practice. It soothes and cools the spine in the area of the fourth, fifth and sixth vertebrae. This, in turn, regulates the sexual and digestive energy. This breath is often used for lowering fever. Great powers of rejuvenation and detoxification are attributed to this breath when practiced regularly. Doing 52 breaths daily can extend your lifespan. Often the tongue may taste bitter at first. This is a sign of toxification. As you continue the practice the taste of the tongue will ultimately become sweet.

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18

Recarga Prânica Técnicas para recarregar as baterias.Prana Mudra Atenção aos movimentos, gestos, concentração e visualização da distribuição do prana.

1. Expirar profundamente; contrair o abdome; mula bandha; concentrar-se no chakra muladhara.

2. Liberar mula bandha; inspirar lentamente; erguer as mãos até o umbigo com as palmas voltadas para o corpo, dedos abertos sem se tocarem. Visualize o prana sendo transferido do chakra muladhara para o manipura 30.

3. Continuar expirando expandindo o tórax e prosseguir com a elevação das mãos. Visualiza o prana sendo transferido do chakra manipura para o anahata, do coração 40.

4. Inspirar um pouco mais, erguendo os ombros. Visualize o prana sendo atraído pelo chakra laríngeo e então levado como uma onda para o chakra ajna 60 e finalmente para o sétimo chakra, sahasrara. As mãos se elevam até a garganta.

5. Prender a respiração enquanto abre os braços no sentido lateral. Concentrar sobre o chakra sahasrara. Sinta que todo o seu ser irradia vibrações de paz para todas as criaturas. Manter a posição o tempo que puder, sem forçar os pulmões. Então retornar à posição inicial enquanto expirar

e repetir o processo na ORDEM INVERSA. Durante a expiração visualizar o prana descendo do chakra sahasrara para o muladhara, passando por todos os outros. Relaxar o corpo respirando lenta e profundamente. Quando este mudra é praticado com perfeição, o praticante pode ver a respiraçãoe extra-sensorialmente, como uma corrente de luz branca subindo e descendo pelo nadi sushumna. Combinação de pranayama com o gesto simbólico de uma mudra. É uma excelente prática

para o despertar da energia vital. Distribui a energia para todo o corpo, aumentando o vigor físico, o magnetismo pessoal e a saúde.

Atitude mental: concentrar-se na distribuição do prana durante a inspiração. Guardar silêncio durante a retenção ou pronunciar interiormente Shanti, Shan-ti; Shan-ti. Durante a expiração escuta o OM interior. Executar, pelo menos cinco vezes, este exercício antes da meditação.

Bibliografia recomendada

1. Swami Kuvalayananda. Pranayama. Phorte editora, 2008.2. B. K. Iyengar. Light on Pranayama. 3. Swami Satyananda Saraswati. Asana Pranayma Mudra Bandha. Yoga Publications

Trust.

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194. André Rose. Yoga Pranayama. Muito além da respiração. 5. André Van Lysebete. Pranayama, la dynamique du soufle. Ed. Flammarion, 1992.

Page 21: 1 Hatha Yoga

20Conscientização da Energia Prânica

Prana é a Energia Cósmica Universal. A fonte mais importante do Prana vital é a atmosfera. Os íons negativos. As terminações nervosas das fossas nasais; os alvéolos pulmonares; a língua e a pele são os órgãos de absorção do Prana. A absorção, acúmulo e distribuição do Prana estão sob o controle do pensamento. [ver artigo Boundless healing. Tulku Thondup.]

Prática da conscientização da respiração Inspire ativamente (apreensão ativa do ar). A percepção da passagem do ar fresco pelas

narinas favorece a indispensável concentração mental sobre o processo de absorção do ar e do Prana. Dirija conscientemente o ar para as zonas olfativas do nariz. Perceba os aromas.

Quanto mais se está absorto e concentrado, mais curta é a distância da respiração. Para atingir um grau de concentração, o Yoga recomenda tomar consciência da respiração e reduzir sua distância. Conscientizar-se da respiração. Repetir OM. Deixe a respiração, o OM e o Mental se

confundirem, se unirem. Com os pulmões vazios, parar calmamente a respiração e dirigir a atenção concentrada

para a base da coluna vertebral e imaginem que dirijam uma corrente de prana para esta região, que pode ser concretizada visualizando sob a forma de luz ou calor.

Durante a inspiração, visualize que este calor se desloca de baixo para cima ao longo da espinha. Assim o Prana, que obedece à vontade consciente, é guiado ao longo da coluna.

O retorno ao estado consciente pode ser feito, alongando a respiração ou cantando OM de forma audível.

Uma prática regular de 5 minutos por dia pela manhã e ao crepúsculo, acalmará a mente e vitaliza os centros vitais.

Para os céticosPara quem quer que não acredite no milagroso efeito da consciência sobre o corpo recomendo o seguinte singelo experimento: cerre o punho direito e, mantendo esticado o dedo indicador, dirija a ela a consciência, isto é, pense nele com toda a capacidade da concentração, com a Sensação de estar-se dirigindo para a ponta do próprio dedo. Depois de curto espaço de tempo, sentirá um formigamento e um calor forte. O resultado, porém, não se limitará à produção de calor, mas ativará também a circulação do sangue, de tal sorte que o dedo ficará vermelho.Da mesma forma, podemos enviar prana a qualquer parte do corpo com a firme intenção de fortificá-la ou curá-la. Acumula-se o prana onde quer que se concentre a consciência. [Yesudian].

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21Distribuindo o Prana

Todo o corpo é permeado pela consciência, os níveis mentais e corporais se integram harmoniosamente. Este exercício espiritualiza o corpo, que é o objetivo e a base de Hatha Yoga. Atitude mental: o mental influencia a absorção, fixação e circulação do prana. O

pranayama não é concebível sem a participação ativa da mente. Esta participação é dada pela concentração e o meio mais eficaz é pela representação mental, como um mantra. O OM é excelente para isto.

TécnicaInspiração (absorção): concentrar a atenção sobre a entrada de ar nas narinas. Imaginar

que carrega o prana sob forma de energia pura. Para facilitar a visualização pode imaginar o prana sob a forma de uma luz azul ou amarela. O mental pode influenciar a fixação do prana e aumentar sua absorção, fixação e distribuição no organismo.

Retenção (acúmulo): ao final da inspiração lenta, consciente, acompanhada da fixação do prana ao nível dos cornetos nasais, bloquear a inspiração, suavemente e executar Jalandhara Bandha. Durante a retenção, fixar a concentração no estômago. O mental fica fixado nesta região e imaginar que envia a luz e a energia para esta região. Executar mula Bandha. Quando a retenção tornar-se desconfortável, passar a fase da expiração.

Expiração (distribuição): Dirigir, à vontade um fluxo de prana para o corpo inteiro ou para uma região específica. Imaginar que uma corrente de prana se difunde a partir da região entre o umbigo e o externo para o corpo inteiro. Ou para um determinada área.

Isto constitui um pranayama. Recomeçar várias vezes. Pode interromper por um tempo, respirar normalmente e recomeçar. Pode ser praticada na posição deitada ou sentada.

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Sat Kriya – “Kundalini Yoga”

(Hrim Mantra)

Yogi Bhajan comments: Sat Kriya is a key kriya of Kundalini Yoga and should be practiced daily for at least 3 minutes. Relax for 6 minutes afterwards. Sat Kriya strengthens the sexual system and stimulates energy flow. It eases sexual phobias, and channels sexual energy into other creative areas. The internal organs benefit from its rhythmic massage. Sat Kriya directly stimulates the Kundalini energy, so it must be practiced with “Sat Nam”. Respect the power of the technique. It is a kriya that works on all levels of your being, known and unknown.

Come into the kneeling pose and stretch the arms straight up. The fingers are intertwined with

only the index fingers pointing straight up. Make sure that the upper arms are next to the

ears. Chant the mantra SAT NAM loudly, powerfully, and in an even rhythm (about eight times

in ten seconds). On the syllable SAT, pull the navel point in strongly toward the spine. On the

syllable NAM, relax the entire belly. Continue for at least three minutes.

Finally, inhale and mentally pull the energy freed by the pumping motion up the entire back

from the bottom end of the spinal column. Let it flow up through your crown chakra. You do

not need to consciously engage mula bandha, because it happens automatically. Your pose

remains unchanged through the entire exercise; only the arms and shoulders move

automatically due to the movement of the navel point.

Relaxation following this exercise should last twice as long as the kriya.

Sat kriya is elementary in KUNDALINI YOGA. It should be performed daily and should generally

be combined with the mantra SAT NAM.

Sat kriya can be performed for up to thirty-one minutes. However, the length should be

increased only gradually, because the kriya affects all levels of the being, both unconsciously

and consciously. The body should be prepared slowly for the rising energies, because

otherwise the developing experience of consciousness cannot be fully incorporated into the

psyche. To increase the duration of the exercise, it is recommended that you practice the kriya

for three minutes and rest for two minutes. This cycle should be repeated until you reach

fifteen minutes of sat kriya and ten minutes of rest. A twenty-minute rest should follow at the

end.

Sat kriya can also be practiced with the palms flat together. In this case, more energy will be

released than in the variation described above. Therefore it is important that the body is

completely free of drugs (for example, narcotics, caffeine, nicotine) and in the case of earlier

consumption, also cleansed of their effects.

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3. Chakras & Bija Mantras

1. Mantras Sementes dos Chakras (Bija Mantras)

Eis aqui os principais chacras e seus respectivos bija-mantras de ativação. Um pequeno resumo, só para dar uma idéia básica: (2)

1. OM! CORONÁRIO (do sânscrito: "Sahashara": "O lótus da mil pétalas"): (3) Topo da cabeça; ligado à glândula pineal (epífise); Bija-mantra: "Brahmarandra" (4) ou o "OM".

2. OM! FRONTAL (do sânscrito: "Ajnã": "Centro de comando"): Testa; ligado a glândula hipófise (pituitária); Bija-mantra: "OM".3. HAM! LARÍNGEO (do sânscrito: "Vishudda": "O purificador"): Garganta; ligado à glândula tireóide (e paratireóides); Bija-

mantra: "HAM".4. YAM! CARDÍACO (do sânscrito: "Anahata": "Invicto"; "Inviolado"): Coração; ligado à glândula timo; Bija-mantra: "YAM".5. RAM! UMBILICAL (do sânscrito: "Manipura": "Cidade das jóias"): Cerca de dois centímetros acima do umbigo (controla toda a

região do plexo solar); ligado `a glândula pâncreas; Bija-mantra: "RAM". (5)6. VAM! SACRO (do sânscrito: "Swadhistana": "Morada do Prazer"): Região do baixo ventre (pela sua própria localização no

corpo, esse chacra seria melhor denominado como "gênito-urinário"); ligado às gônadas (homem: testículos; mulher: ovários); Bija-mantra: "VAM".

7. LAM! BÁSICO (do sânscrito: "Muladhara": "Base e fundamento"; "Suporte"): Base da coluna; ligado às glândulas supra-renais; Bija-mantra: "LAM".

Eis aqui algumas considerações sobre a confusão que as pessoas fazem em relação ao chacra esplênico (baço) e o chacra do baixo ventre:

O chacra gênito-urinário é conhecido por vários nomes, dependendo da doutrina ou movimento espiritualista que o mencione: Sânscrito: "Swadhistana" ("Morada do Prazer"); China (Taoísmo): "Tan Tien inferior" ("esfera do elixir interior"); Japão: "Hara" ("Parte inferior da barriga"); Ocidente: "Sacro" ou "Chacra do baixo ventre" ou "Chacra sexual".

Na verdade, a função desse chacra ultrapassa em muito a função genital. Ele também controla as vias urinárias e as gônadas (glândulas endócrinas: testículos no homem; ovários na mulher) e é responsável pela vitalização do feto em formação (função essa que divide com o chacra básico). Aliás, a ligação desse dois chacras é estreita demais. Isso se deve ao fato de que parte da energia kundalini (6) é veiculada do básico para dentro do chacra sacro. É por esse fator que alguns tibetanos consideram esses dois chacras como um único centro.

Devido à sua intensa atuação energética na área genital, o chacra sacro normalmente é suprimido por várias doutrinas espiritualistas ocidentais, muito presas à condicionamentos antigos sobre sexualidade. Muitas delas colocam o chacra esplênico em seu lugar. O motivo disso é simplesmente o tabu em relação à questão sexual. É um absurdo, mas alguns autores de livros chegam a trocar o nome dos dois chacras, chamando o esplênico de sacro ou o sacro de chacra do baço. Alguns chegam mesmo a tirar o bija-mantra do sacro e colocá-lo no baço, que nem mesmo tem bija-mantra em sânscrito.

Os orientais não sofreram a repressão sexual imposta aqui no Ocidente pelo Cristianismo. Daí, não hesitaram em classificar o chacra sexual como um dos principais centros de força do campo energético. Porém, consideraram o chacra do baço apenas como um centro de força secundário. É por isso que eles falam em sete chacras principais. Aqui no Ocidente, também fala-se de sete chacras principais, mas costumam exonerar o chacra sexual da classificação e colocar em seu lugar o chacra do baço.

O chacra do baço é importante na questão da absorção de vitalidade para o corpo, mas não é um dos centros principais. É apenas um repositor energético que ajuda o chacra cardíaco a distribuir a energia pela circulação do sangue. Por isso, ele nem mesmo é mencionado na tradição iogue como um centro importante.

No corpo físico o baço é uma víscera situada ao lado esquerdo do estômago, logo abaixo das costelas esquerdas. Retém células mortas da corrente sangüínea e as destrói. Também produz glóbulos vermelhos e brancos e transporta nutrientes para as células, via corrente sangüínea. Na medicina chinesa, ele é considerado junto com o estômago como um orgão só, associado ao elemento terra.

Aqui no Ocidente, quem divulgou mais a questão do chacra do baço foi Charles Webster Leadbeater, discípulo de Blavatsky, colega de Annie Wood Besant e seu colaborador direto na condução da Sociedade Teosófica nas primeiras três décadas desse nosso século. Ele era um clarividente respeitável e muito competente. Por conta do que via nos planos extrafísicos, escreveu dezenas de livros ("A Clarividência"; "O Que Há Além da Morte"; "O Lado Oculto das Coisas"; "Os Chacras"; etc).

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24Mas, ele tinha vários problemas em relação à sexualidade, talvez pelo fato de ter sido reverendo. Por esse motivo, ele suprimiu o estudo em cima do chacra sexual (ele dizia que era um centro perigoso para o desenvolvimento espiritual da pessoa) e colocou em seu lugar o chacra esplênico. A partir dele, outros autores ocidentais tomaram a mesma postura, esquecendo-se de que o chacra do baixo ventre não é meramente um chacra de ativação da energia sexual, mas também um centro gerador e plasmador de vida, pois é por sua ação (conjugada como chacra básico) que o feto é energizado e desenvolve-se. E é o controlador das vias urinárias (não é a toa que na tradição iogue ele está relacionado ao elemento água).

Resumindo: O chacra sacro é no baixo ventre. O chacra esplênico (derivado do inglês: "spleen": "baço") é no baço. São chacras diferentes mesmo.

Há muito mais chacras do que os sete principais. Há chacras secundários nas palmas das mãos, plantas dos pés, pulmões, fígado, estômago, orelhas, mandíbulas, ombros, joelhos, entre as escápulas (omoplatas) e espalhados por todo corpo. E, em escala menor, pode-se dizer que para cada poro do corpo há um pequeno chacra em correlação direta no campo vibratório correspondente.

Sugiro aos interessados no tema uma pequena bibliografia específica: (7)

1. "Os Chacras"; C. W. Leadbeater; Editora Pensamento.2. "Teoria dos Chacras"; Hiroshi Motoyama; Editora Pensamento.3. "Elucidações do Além"; Hercílio Maes/Ramatís; Editora do Conhecimento.4. "Cura Espiritual e Imortalidade"; Patrick Drouot; Editora Record, Col. Nova Era.5. "Mãos de Luz"; Bárbara Ann Breenan; Editora Pensamento.6. "Luz Emergente"; Bárbara Ann Breenan; Editora Pensamento.7. "A Antiga Ciência e Arte da Cura Prânica"; Choa Kok Sui; Editora Ground.8. "Medicina Vibracional"; Richard Gerber; Editora Cultrix.9. "Os Chacras"; Harish Johari; Editora Bertrand.10. "O Duplo Etérico"; Major Arthur Powell; Editora Pensamento.11. "Os Chacras e os Campos Energéticos Humanos"; Shafica Karagula e Dora Van Gelder Kunz; Editora Pensamento.12. "Chacras - Mandalas de Vitalidade e Poder"; Shalila Sharamon; Editora Pensamento.13. "O Livro Básico dos Chacras"; Naomi Ozaniec; Editora Pensamento.14. "Chacras"; Klausbernd Vollmar; Editora Kuarup.15. "O Fantástico Mundo dos Chacras"; Dominique Lecroc; Editora Pergaminho (Lisboa, Portugal).

A todos vocês, "Namastê!" (do sânscrito: "A divindade que mora em mim saúda a divindade que mora em vocês!").

Paz e luz!

- Wagner Borges -

(São Paulo, 05 de março de 1999 às 12:18 h)

Notas: (1) Bija-mantra (do sânscrito): "Núcleo vibratório de um mantra"; "Mantra-semente"; "Senha vibratória para evocação de uma determinada freqüência espiritual".

(2) Isso é só uma síntese. Há muito mais a considerar, tanto na parte teórica, como na parte prática de exercícios ativadores dos chacras. As variações das cores dos chacras, o número de pétalas (raios), suas funções vitais, os parachacras (chacras do corpo espiritual), o ectoplasma, enfim, há muito a estudar nessa área...

(3) O chacra coronário tem 972 pétalas (raios), sendo 960 na parte periférica e mais 12 raios em seu núcleo central (960 + 12 = 972). Por motivos esotéricos, os iogues arredondaram logo para 1000 pétalas.

(4) Brahmarandra (do sânscrito): "Portão de Brahman"; "Portão de Deus". É uma definição esotérica do orifício central (com suas 12 pétalas em estreita relação com o chacra cardíaco) do chacra coronário. É por isso que vários iogues narram projeções de consciência através do topo da cabeça. Eles fazem a kundalini ascender pelo nádi sushumna (conduto sutil principal que sobe pelo centro energético da coluna) e "esguichar" energeticamente pelo alto da cabeça. É a saída consciente pelo Brahmarandra. Em alguns casos, há também a ativação da glândula pineal no processo.

(5) RAM (do sânscrito: "Bija-mantra do chacra manipura"): Além de ser o bija-mantra do chacra umbilical, RAM é a abreviatura do nome do sétimo avatar de Vishnu: "Rama" (Ramachandra). É um mantra de considerável poder.

Também significa "Virtude".

(6) Kundalini (do sânscrito): "Enroscada"; "Fogo Serpentino"; "Shakti". É a energia que entra no campo energético por intermédio do chacra básico. É também chamada genericamente aqui no Ocidente de energia telúrica (energia da terra) ou geoenergia. Contudo, essa definição ocidental é muito pobre. Os orientais, notadamente os hindus, tibetanos e chineses antigos (taoístas), aprofundaram-se bastante no estudo dessa energia. Há muito mistério em cima desse tema, principalmente por parte de gnósticos e iogues. Há também muita leviandade e ignorância das pessoas quando falam nisso. Alguns acham que é só "acender um foguete no traseiro" e decolar espiritualmente. Outros querem o despertar da kundalini sem sequer conhecerem o mecanismo dos chacras e dos nádis. Mas, os piores são aqueles que querem tratar disso sem nenhum amor ou crescimento espiritual compatível com tal empreitada consciencial. Aqui por e-mail fica difícil explicar um tema desse quilate, mas oportunamente postarei alguma coisa a respeito.

(7) Muitos autores retrógrados costumam dizer que estudar e ativar os chacras é perigoso (é a mesma história em relação à projeção). Na verdade, perigoso é segurar informação e prendê-la dentro de um grupo fechado, pois assim o resto da humanidade fica na ignorância, o verdadeiro perigo disso tudo. O perigo é querer envolver-se nesses assuntos de maneira egoísta ou leviana. Porém, quem quer crescer e sente em seu íntimo o chamado da espiritualidade em direção à maturidade consciencial, deve ir fundo, sem temor ou repressão de doutrinas, pessoas, institutos ou esquemas bolorentos de bloqueio de informação. O potencial está dentro de nós mesmos, adormecido, esperando nossa resolução consciencial. Chega de inércia! Isso é que é maya! (do sânscrito: "ilusão"). Que as Potências Espirituais Superiores possam inspirar-nos no despertar de nossa própria divindade!

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25Uma Experiência do Despertar de Kundalini – Sahaja Yoga

http://www.sahajayoga.org.br/

KundaliniA Kundalini é o poder do puro desejo dentro de nós, uma energia espiritual suave e maternal que está adormecida no osso sacro, na base da coluna vertebral. O despertar da Kundalini tem sido, por séculos, a principal meta de todas as religiões e tradições espirituais de todo o mundo.

Nas palavras de Shri Mataji: "Nós possuimos a Mãe dentro de nós, em nossos corações, e se Ela for despertada, Ela cuidará de nós. Ela nos dará toda a proteção necessária. E não há qualquer razão para se temer qualquer coisa."

"A Kundalini o cura, Ela o melhora e derrama todas as bençãos sobre você. Ela o alivia de todas as preocupações do nível mais denso", diz Shri Mataji.

A manifestação da energia Kundalini é chamada de vibrações, que é uma tradução aproximada do termo sânscrito Chaitanya. Após a Auto Realização (despertar da Kundalini), essas vibrações sutis podem ser percebidas como uma suave brisa fresca saindo da área do osso da fontanela (topo da cabeça) e também das palmas das mãos. Algumas vezes, quando a Kundalini flui sem obstáculos através de nosso sistema, essa refrescante sensação de frescor pode ser também sentida no interior do corpo (especialmente ao longo da coluna, que corresponde ao canal central do corpo sutil).

Existem muitas energias dentro e em torno de nosso corpo, realizando diferentes funções. Entre elas, a Kundalini é a mais sutil, e uma vez despertada, Ela começa espontaneamente a cuidar de todas as demais bio-energias. Como diz Shri Mataji, "Chaitanya (vibrações) é a força integrada de seu Si psicológico, mental, emocional, espiritual e religioso."

Por ser a Kundalini tão sutil, Ela não pode normalmente ser vista a olho nu. Há, porém, fotografias que capturaram essas vibrações, as quais aparecem como luzes de diferentes colorações saindo da área do osso da fontanela dos Sahaja Yogis (pessoas que praticam a Sahaja Yoga).

Você é um Buscador da Verdade?Seja através da política, terapia ou religião, há aquelas pessoas que estão procurando um maior significado para suas vidas. Para essas pessoas, a vida de prazeres materiais não é suficiente.

Se você, também, está em busca da Verdade Absoluta, você é um buscador. Dentro de todos os buscadores, há uma força que os mantêm observando, que os mantêm procurando. Seu Espírito tem sede de união com seu Eu Superior. Do comunismo à Meditação Transcendental, das drogas aos fenômenos psicodélicos, uma viagem de um buscador pode ser longa.

Somente a Mãe pode fazer de uma Criança um Mestre, e somente a Maternidade em qualquer guru pode fazer de um discípulo um guru.

O Guia do BuscadorTudo que é transcendental não é necessariamente Divino. Nem todos os poderes contribuem para o caminho correto. Visões, vozes, projeções astrais, auras, levitação, previsões, comunicação com os mortos e outros feitos semelhantes são perigosos. São possíveis, mas não levam a Deus. Apenas nos dão um poder temporariamente. Fazem nosso ego acreditar que somos especiais. Mas todos esses poderes logo se desgastam, provocam doenças, dor e depressão. São claros convites para uma possessão espiritual. São desvios que confundem, se não destruírem nossa busca verdadeira.

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26Quando escolher um guru ou um grupo de buscadores, faça as seguintes perguntas:

É pedido dinheiro a qualquer tempo? (a verdade não pode ser possuída, nem comprada ou vendida).

Os seus mestres o pressionam como vendedores? ( você deveria conhecer o valor de seu caminho por sua própria convicção, não pela quantidade de livros que você lê, aulas que assiste ou promessas que faz. A verdade não depende de vendedores).

Você pode, você mesmo, sentir o efeito da técnica? (não se convença com a explicação de que você pertencerá a um "círculo interno" algum tempo no futuro).

Eles lhe vestem roupas estranhas, sentam-no em posturas esquisitas ou o submetem a cantos selvagens? ( a verdade não é algo que se obtenha através de esforço extenuante. É a força de seu desejo que conta, não a dureza dos testes).

É o novo caminho que você escolheu dhármico? (isto é, é este um caminho do meio, similar aos seguidos pelos sábios, yogis, e grandes homens ou mulheres do passado, ou levá-lo-á a experiências amedrontadoras de natureza subconsciente ou supraconsciente?

São os membros da organização, especialmente o líder, fundador ou guru, pessoas em quem você pode confiar? (você se sente bem com elas? Elas demonstram amor e regozijo? É o seu afeto genuíno? É o valor do que elas ensinam evidente em seu olhar? ).

Você tem a liberdade de escolha de sair ou continuar? (siga seu coração, não o seu ego. Se você tiver medo ou apreensão, dê-lhes atenção. Se você estiver em dúvidas ou sob coação, saia. Não se deixe intimidar).

Você pode receber sua Auto-Realização (conexão com o seu Si), sentado em frente a seu computador. A única condição é seu sincero desejo de obtê-la...

O que é Sahaja Yoga?Sahaja Yoga é o passo seguinte na evolução da consciência humana. Foi criada por Shri Mataji Nirmala Devi em 1970 e, desde então, espalhou-se por mais de 70 países em redor do mundo.

O conhecimento da Sahaja Yoga é ancestral, mas por muito tempo, era disponível para apenas algumas almas, sendo mantido secreto e transmitido de guru (mestre) a discípulo. Nos tempos atuais, Shri Mataji tornou esse conhecimento possível a todos e a Auto-Realização em massa tornou-se uma realidade experimentada por centenas de milhares.

O advento da Sahaja Yoga foi profetizado há muitos anos atrás em muitas das religiões e tradições espirituais do mundo (veja Profecias e Realizações).

Nós vivemos em um mundo relativo, tendo diferentes idéias e concepções, porque o único instrumento disponível para nosso conhecimento é a mente (ego e superego). Como não existem normas para distinguirmos os mestres autênticos dos falsos, muitos buscadores da verdade tem sido iludidos, seguindo falsos e auto-proclamados "gurus", que são orientados apenas pelo poder ou pelo dinheiro, e não para a evolução do Espírito. (veja nosso Guia do Buscador).

Sahaja (= Espontâneo) Yoga (= União com o Eu Verdadeiro) leva nossa consciência além da relatividade da mente, para o Reino da Realidade que pode ser sentida de forma tangível - em nosso sistema nervoso central (veja abaixo).

Como resultado desse acontecimento, chamado por muitos nomes - Auto Realização, segundo nascimento, iluminação, Satori, etc., - a ascensão espiritual ocorre sem esforço, como o desabrochar de uma semente em uma grande árvore. O equilíbrio físico, mental e emocional é obtido como um subproduto do crescimento espiritual.

Nós, então, nos damos conta de que não somos este corpo, mente, ego, condicionamentos, emoções ou intelecto, porém, que somos algo de uma natureza eterna, que reside permanentemente em nosso coração em um estado puro e não perturbado - o Si ou o Espírito. A Auto - Realização é a atualização dessa conexão com nosso Espírito.

Como diz Shri Mataji Nirmala Devi, "É importante para todos que tenhamos o conhecimento das raízes dentro de nós mesmos, dentro de nossa sociedade e dentro dos seres humanos como um todo.[...].A Sahaja Yoga permite que o indivíduo se torne seu próprio Guia Espiritual."

Em que a Sahaja Yoga é diferente de outros tipos de Yoga?Nas palavras de Shri Mataji – "Sahaja Yoga é diferente de outros tipos de Yoga porque ela começa com a Auto Realização ao invés de ser esta o sonho inatingível de uma meta distante."

Tradicionalmente, um guru costumava ter apenas uns poucos discípulos e cuidava de seu crescimento espiritual por toda a sua vida, orientando sua purificação espiritual diariamente. Poucas almas eram

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27capazes de obter a Auto Realização após muitos anos de passar por diversos estágios (yama, niyama, técnicas respiratórias, posturas, etc.). Para aquelas poucas almas, era como tentar limpar um quarto completamente escuro sem luz alguma.

Nos tempos atuais – que Shri Mataji chama de Época do Desabrochar, por causa do estado alcançado pela consciência humana coletivamente – Ela desenvolveu um método pelo qual este evento (A Auto Realização) ocorre espontaneamente (Sahaja), sem nenhum esforço. Uma pequena luz é, então, acesa dentro de nós (uma nova dimensão se torna disponível à nossa consciência) e pela meditação Sahaja Yoga nós podemos crescer muito mais rapidamente, sem termos de passar por penitências, vivendo vidas normais junto às nossas famílias e à sociedade.

Isto é porque, à luz dessa nova consciência, nós nos tornamos nossos próprios mestres, nossos próprios guias. Após a Auto Realização, nós podemos sentir uma suave brisa fresca fluindo acima de nossas cabeças e também do centro das palmas de nossas mãos. Podemos sentir nas pontas de nossos dedos quaisquer bloqueios em nossos centros energéticos e também podemos limpá-los usando a energia que foi em nós despertada (Kundalini). E mais, nós nos tornamos coletivamente conscientes, i.e., podemos sentir os centros de outras pessoas e desbloqueá-los também. O fato de que somos parte e parcela do Todo se torna uma realidade tangível em nossa vida cotidiana.

Tornar-se um com o Espírito Puro é, para nós, a meta final da vida humana, descrita de diversas formas em todas as religiões e tradições espirituais do mundo. A Auto Realização é o primeiro passo: uma vez que esta conexão é estabelecida inicialmente, ela necessita ser nutrida com nossa atenção e meditação regular, possibilitando-nos perceber porque estamos aqui e, finalmente, preencher o destino de nossa vida.

Nas palavras de Shri Mataji:"Todos os dias nós vemos sementes germinando, flores florescendo, frutas amadurecendo, mas não queremos pensar em como isto acontece. Há um poder que faz esse trabalho: o poder onipresente do Amor Divino. Agora chegou a época de sentirmos esse poder pelo instrumento que existe dentro de nós. Esse instrumento não tem qualquer utilidade a não ser que esteja conectado à fonte principal. Nós não conhecemos nosso potencial, nossa beleza, mas uma vez que essa conexão com a fonte é estabelecida, nós nos surpreenderemos com os resultados dinâmicos.

Desde o princípio, nós devemos compreender que essa conexão não é mental. Através da religião essa conexão não pode ser feita, porque a religião é também mental. Entretanto, a consciência humana pode ser desenvolvida a uma dimensão mais elevada através da Sahaja Yoga que não é uma projeção mental. É um "tornar-se". É o último passo em nossa evolução. Tudo que obtivermos através de nossa evolução deve se manifestar através de nosso sistema nervoso central.

Quando o feto tem entre 2 e 3 meses de idade no útero materno, colunas de raios de consciência emitidos pelo poder onipresente do Amor Divino, passam através do cérebro para iluminá-lo. Tendo o cérebro uma forma de prisma, a coluna de raios passando por ele é refratada em quatro diferentes canais, correspondendo aos quatro aspectos do sistema nervoso. Eles são (veja os chakras e o corpo sutil):

sistema nervoso simpático do lado direito sistema nervoso simpático do lado esquerdo sistema nervoso parassimpático sistema nervoso central.A energia sutil entra através dos centros no cérebro e se precipita a caminho de seis outros centros chamados chakras. A energia residual, então, se localiza no osso triangular localizado ao final da coluna dorsal (osso sacro), em três voltas e meia, e é conhecida como Kundalini. O fundamental desta força viva é a auto-organização, auto-regeneração e a ascensão. Através da auto-organização ela sustenta e protege. A auto-regeneração é sua habilidade inata de renovar, curar, equilibrar e reciclar. A ascensão é sua capacidade de transcender a mente e o mito e alcançar a consciência coletiva."Receber a auto-realização

Sente-se com suas costas eretas, porém confortavelmente (tirar seus sapatos pode também ajudar, pois a Mãe Terra elimina todas as negatividades através de nossos pés).

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28Coloque ambas as suas mãos - com as palmas voltadas para cima - sobre seu colo, e olhe para a foto de Shri Mataji.Diga em seu coração, com todo o seu puro desejo:

"Mãe, por favor, dê-me a Auto-realização do Si." Diga isto três vezes.Após algum tempo, você começará a sentir uma suave brisa fresca em suas mãos e emanando do topo de sua cabeça. Você se sentirá muito relaxado e seus pensamentos cessarão.Esta sensação pode ser quente no início, mas ela em pouco tempo será mais fresca. Você poderá verificar isto colocando a palma de sua mão esquerda a 15 ou 30 centímetros acima de sua cabeça, e repetindo o mesmo procedimento com a mão direita.Caso você não consiga sentir nada no início, experimente massagear o topo de sua cabeça (na área do osso da fontanela, antiga moleira) em um movimento circular no sentido horário, pressionando-a com força com o centro de sua palma direita. Então, novamente, olhe a foto de Shri Mataji sem pensar, por alguns instantes, de maneira relaxada.Este é o início de uma viagem fantástica rumo a sua existência espiritual. É uma porta aberta para uma nova dimensão de sua Consciência, a qual você poderá abrir e explorar.Self Realization & Affirmations

The process of awakening the Kundalini is called Self-Realization. We can connect with our spirit and achieve meditation when the mothering, spiritual energy known as Kundalini becomes awake and active. When this energy is flowing within us, it provides an expression for the Spirit. The dormant Kundalini energy rises from the sacrum through the spinal column. As a result, the energy centers or chakras become energized or nourished. When this energy passes through the brain we spontaneously achieve meditation.AffirmationsSit comfortably in front of Shri Mataji’s picture, with your left hand palm upwards on your lap.Use the right hand as indicated on the left side of your body to support the movement of the Kundalini upwards. You can use the affirmations silently, repeating them ‘inside’ without speaking them ‘outside’.Please use these affirmations with all your confidence and your pure desire to become the Spirit.Shri Mataji explains: “It is everyone's right to achieve this state of ones evolution and everything ecessary is already inbuilt. But as I respect your freedom, you have to have the desire to achieve this state, it cannot be forced upon you!”Seqüência das afirmações

1. “Mãe eu sou o Espírito? (Mother, am I the Spirit)?”(3 vezes)2. “Mãe eu sou o meu próprio Mestre? (Mother, am I my own master?”(3 vezes)3. “Mãe, por favor me conceda o Conhecimento Puro. (Mother, please give me the Pure Knowledge.” (6

vezes) 4. “Mãe, eu sou o meu próprio Mestre. (Mother, I am my own master.” (10 vezes)5. “Mãe, Eu sou o Espírito. Mother, I am the Spirit.” (12 vezes)6. “Mãe, Eu não sou culpado. Mother, I am not guilty.” (16 vezes)7. “Mãe eu perdôo todas as pessoas. Mother, I forgive everyone.” (7 vezes)

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298. “Mãe, por favor me perdoa de tudo que tenha feito de errado. Mother, please forgive me whatever I

have done wrong.” (7 vezes)9. “Mãe, por favor conceda a mim a minha auto-realização. Mother, please give me my Self-

Realization.” (girando sua cabebeça com sua mão. 7 vezes. Yurning your scalp clockwise with your hand 7 times.)

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30Take time to see if you feel...A cool breeze in the palm of your hands? Sensations or vibrations in your body, hands or feet? Heat or tingling? A cool breeze from the top of your head? Are you simply relaxed and peaceful? Are you aware (alert) but thoughtless?

These are some of the experiences people have when they receive their Self-Realization.

Experiment with the following...

Try to look at Shri Mataji's photograph without thinking. You can do it.

Next check to see if there is a cool or hot breeze coming from the top of your head. Try for a few moments with your right hand. Then with your left hand and then back again with your right. (Sometimes it takes a little time to feel because our Kundalini is working out things on our subtle systems)

If you feel heat: just say again in your heart "I forgive everyone in general" and don't think of those people you need to forgive. Just forget about them.

If you feel quiet inside: close your eyes and put your attention on the top of your head (slightly towards the front) and enjoy yourself.

Congratulations! We hope it was a blissful and peaceful experience. We suggest that you rest now and embark tomorrow on a profound inner journey. Come and visit our free meditation classes to learn more about Sahaja Yoga and share with us your experience. Meditating collectively is often a profound experience and is one of the major keys to growing in Sahaja Yoga.

Copyright 2003 SahajaYoga International – Sahaja Yoga Meditation Tutorial Guide: Shri Mataji's Invitation. http://sahajayoga.ca/Meditation/self_realization_affirmations.htm

Dedicação

Shanti Shanti Shantih

Dedicação

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Que todos os seres sejam felizes.