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1. Teoria Geral dos Recursos · monocrática proferida pelo relator do recurso no âmbito dos Tribunais (art. 1.021, CPC); c) Vale para decisão proferida em recurso, ação originária

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1. Teoria geral dos recursos;

2. Apelação;

3. Agravo de instrumento;

4. Agravo interno;

5. Embargos declaratórios;

6. Embargos de divergência;

7. Recursos especial e extraordinário (recursos extraordinários em sentido amplo);

8. Ação rescisória.

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1. Teoria Geral dos Recursos:

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Reflexão inicial (art. 994 a 1.044,

CPC):

Os inúmeros recursos existentes

em nosso ordenamento jurídico

brasileiro são os responsáveis pela

lentidão do Judiciário?

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Efetividade e segurança jurídica

(devido processo legal, ampla

defesa e contraditório são

indispensáveis) X Diminuição do

número de recursos e dificultar sua

utilização;

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Conclusão: Os recursos dentro de

um Estado Democrático de Direito

são essenciais.

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1.1. Juízo de admissibilidade:

No âmbito recursal dever-se-á fazer uma análise de aspectos formais do recurso para só então, superada essa fase, analisar o mérito recursal.

Esta análise é dividida por parte da doutrina em pressupostos objetivos (adequação, tempestividade, preparo e motivação) ou subjetivos (legitimidade e interesse recursal).

A doutrina também poderá dividir entre pressupostos intrínsecos (cabimento, legitimidade, interesse e inexistência de fato impeditivo ou extintivo) e extrínsecos (tempestividade, preparo e regularidade formal).

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1.1.2. Pressupostos intrínsecos;

1.1.2.1. Cabimento = determinado pronunciamento judicial deve ser impugnado pelo recurso indicado por lei;

1.1.2.2. Legitimidade = art. 966, CPC, o recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público;

1.1.2.3. Interesse = a mesma ideia de utilidade da prestação jurisdicional presente no interesse de agir verifica-se no interesse recursal;

1.1.2.4. Inexistência de ato impeditivo ou extintivo = artigos 998 (desistência = a qualquer tempo), 999 (renúncia = antes da interposição) e 1.000 (aquiescência = antes da interposição = aceitação tácita ou expressa da decisão = preclusão lógica = a parte que poderia recorrer pratica uma ato sem nenhuma reserva incompatível com a vontade de recorrer), do CPC;

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1.1.3. Pressupostos extrínsecos;

1.1.3.1.Tempestividade = art. 1.003, § 5°, CPC;

1.1.3.2. Preparo = custo financeiro do recurso;

1.1.3.3. Regularidade formal = requisitos formais de cada recurso em espécie = ex. peças obrigatórias no agravo de instrumento.

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1.2. Juízo de mérito:

1.2.1. Causa de pedir (error in procedendo e error in judicando);

1.2.2. Pedido;

1.2.3. Esclarecimento e integração.

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1.3. Efeitos = consequências decorrentes da interposição e do julgamento do recurso:

1.3.1. Devolutivo = devolução da matéria impugnada ao órgão julgador do recurso;

1.3.2. Suspensivo = a eficácia da decisão fica suspensa e não poderá ser executada;

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1.3.3. Translativo = permite que o julgamento avance para questões que transcendem o alcance das razões ou contrarrazões recursais = questões de ordem pública;

1.3.4. Obstativo = obsta a preclusão ou a coisa julgada = ex. interposta a apelação incabível ação rescisória;

1.3.5. Regressivo = juízo de retratação = artigos, 331, § 3°, 332 e § 7°, 485, CPC.

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2. Apelação - Arts. 1.009 a 1.014, CPC:

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É o recurso cabível contra a decisão que põe fim à fase cognitiva do processo comum. O apelante solicita ao segundo grau de jurisdição a reforma ou anulação de uma determinada decisão judicial desfavorável e proferida e primeiro grau de jurisdição.

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CPC 1973

1. Cabimento restrito: Recorribilidade em

separado das decisões interlocutórias =

apelação x sentença e agravo x Dec. Int..;

2. Incidência de preclusão em todas as

decisões interlocutórias;

3. Na prática: dec. Int. era atacada por

agravo de instrumento ou agravo retido;

4. Duplo juízo de admissibilidade =

bipartido;

5. Duplo efeito automático (devolutivo e

suspensivo);

6. Poderes limitados do relator;

7. Causa madura = impossibilidade de

julgamento pela segunda instância.

CPC 2015

1. Cabimento ampliado: Decisões

interlocutórias não serão, em regra,

recorríveis pela via do agravo (somente nas

hipóteses previstas no art. 1.015, CPC –

novidade: RESP 1.696.396 e 1.704.520), ou

seja, apelação x sentença e dec. Int.;

2. Não incidência de preclusão em decisões

interlocutórias;

3. Na prática: arguir em tópico específico em

sede de preliminar de apelação ou nas

contrarrazões;

4. Juízo de admissibilidade em segunda

instância;

5. Duplo efeito automático exceto

determinação legal e o rol previsto no art.

1.012, § 1°, CPC;

6. Ampliação de poderes do relator.

7. Causa madura = possibilidade de

julgamento pela segunda instância.

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3. Agravo de instrumento - Arts. 1.015 a 1.020, CPC:

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É o recurso cabível contra as decisões interlocutórias proferidas em primeiro grau de jurisdição elencadas em um rol pretensamente taxativo previsto no art. 1.015, CPC. Recentemente foi decidido pela mitigação desse rol taxativo – Resp 1.696.396 e 1.704.520.

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(...) O rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade

mitigada, por isso admite a interposição de

agravo de instrumento quando verificada a

urgência decorrente da inutilidade do julgamento

da questão no recurso de apelação.

(...) A tese jurídica somente se aplicará às

decisões interlocutórias proferidas após a

publicação do presente acórdão.

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Visão prática do recurso de agravo de instrumento:

a) Art. 1.015, II, CPC;

b) Porte de remessa e retorno;

c) Art. 1.016, CPC;

d) Art. 1.017, CPC;

e) Efeitos;

f) Interposição e processamento;

g) Comunicação ao juízo a quo.

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4. Agravo interno - Art. 1.021, CPC:

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Cabimento:

a) Nos Tribunais as regra é o julgamento pelo colegiado. Excepcionalmente, por medida de economia processual, admite-se a decisão monocrática (art. 932, CPC);

b) O agravo interno é cabível contra qualquer decisão monocrática proferida pelo relator do recurso no âmbito dos Tribunais (art. 1.021, CPC);

c) Vale para decisão proferida em recurso, ação originária de Tribunal ou reexame necessário; decisões interlocutórias ou mesmo decisões de mérito.

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Direcionamento e competência para julgamento:

Dirigido ao próprio relator que proferiu a decisão, sendo julgado no respectivo órgão colegiado responsável pelo julgamento do recurso principal.

Prazo de interposição:

15 dias (art. 1.003, § 5°, CPC. A Fazenda Pública tem prazo em dobro (art. 183, CPC).

Preparo:

Não é necessário. É interposto nos próprios autos.

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Interposição e processamento:

Após a interposição, a parte contrária é intimada para, em 15 dias, apresentar resposta. Decorrido esse prazo, não havendo reconsideração da decisão, o recurso será incluído em pauta e julgado pelo respectivo colegiado. Não há em regra sustentação oral salvo disposição no regimento interno do Tribunal. Vedado julgamento com mera reprodução das alegações da decisão agravada (art. 1.021, § 3°, CPC).

Multa:

Julgado por unanimidade como inadmissível ou improcedente, sujeita o agravante a multa de 1% a 5% sobre o valor atualizado da causa. A interposição de outro recurso é condicionado ao pagamento da multa. A Fazenda e beneficiários da Justiça Gratuita recolhem somente ao final.

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5. Embargos de declaração - Arts. 1.022 a 1.026, CPC:

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a) Qualquer decisão judicial – art. 1.022, CPC (jurisprudência que virou disposição legal);

b) Não possui efeito suspensivo – art. 1.026, CPC (era controvérsia);

c) Interrompem o prazo recursal - art. 1.026, CPC;

d) Hipóteses de cabimento – 04 vícios - omissão, obscuridade, contradição, erro material – art. 1.022, I, II e III, CPC;

e) Contraditório quando puderem produzir efeitos infringentes;

f) Aceitação para fins de pré-questionamento art. 1.025, CPC;

g) Direito de complementar ou alterar razões de recurso já interposto (art. 1.024, § 4°, CPC);

h) Desnecessidade de ratificação (art. 1.024, § 5°, CPC – Súmula 418 STJ afastada e substituída pela 579 do mesmo Tribunal).

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6. Embargos de Divergência - Arts. 1.043 a 1.044, CPC:

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7. Recursos especial e extraordinário – arts. 1.029 a 1.041, CPC:

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8. Ação rescisória – Arts. 966 a 975, CPC: