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5 1.0 - APRESENTAÇÃO O projeto trás imagens gráficas através da fotografia utilizando o estilo de arte urbana e buscando referência na Cultura Krenak. Assim as imagens gráficas se apresentarão em mídias externas; como outdoors, empenas, banners e outros veículos de comunicação que ficarão espalhados em pontos de maior fluxo urbano da cidade de Governador Valadares. A tribo localiza-se em Resplendor em Minas Gerais, o Posto Indígena Krenak ocupa, atualmente, uma área de 3.983 hectares que lhes foram doadas em 1920 pelo Governador do Estado de Minas Gerais. O interesse em concentrar o estudo nos krenak surgiu pelo fato deles obterem um contato e de se localizarem mais perto da cidade de Governador Valadares. O interesse em desenvolver imagens gráficas indígenas utilizando o estilo de arte urbana surgiu pelo fato do estilo urbano ser uma tendência forte atualmente, e atrair mais o público jovem, além de outro fator que é relevante segundo Graça Proença (2004) na época do descobrimento, havia em nosso país cerca de 5 milhões de índios. Hoje, esse número caiu para aproximadamente 200 000. Essa brutal redução numérica não é o único fator a causar espanto nos pesquisadores de povos indígenas brasileiros. Assusta-os também a verificação da constante e agora já acelerada destruição das culturas que criaram, através dos séculos; objetos, dança, culinária, língua, religião, cultos, mitos e artes. Uma beleza dinâmica e alegre com a qual as imagens criadas apresentam-se em sua desenvoltura. A prática de manipulação das imagens fotografadas torna-se cada vez mais um fator importante, onde as imagens possuem um processo dinâmico e simbólico, devido à variedade de estilos das manifestações visuais dos novos tempos. Dessa maneira permite que a imagem fotografada possa ser manipulada, mudada, concebida e teorizada cada vez mais como uma ficção, uma construção imaginária, pluralística e de mutação, principalmente através da arte urbana que atualmente é uma

1.0 - APRESENTAÇÃO...5 1.0 - APRESENTAÇÃO O projeto trás imagens gráficas através da fotografia utilizando o estilo de arte urbana e buscando referência na Cultura Krenak

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1.0 - APRESENTAÇÃO

O projeto trás imagens gráficas através da fotografia utilizando o estilo de arte urbana e

buscando referência na Cultura Krenak. Assim as imagens gráficas se apresentarão em

mídias externas; como outdoors, empenas, banners e outros veículos de comunicação

que ficarão espalhados em pontos de maior fluxo urbano da cidade de Governador

Valadares.

A tribo localiza-se em Resplendor em Minas Gerais, o Posto Indígena Krenak ocupa,

atualmente, uma área de 3.983 hectares que lhes foram doadas em 1920 pelo

Governador do Estado de Minas Gerais. O interesse em concentrar o estudo nos krenak

surgiu pelo fato deles obterem um contato e de se localizarem mais perto da cidade de

Governador Valadares.

O interesse em desenvolver imagens gráficas indígenas utilizando o estilo de arte urbana

surgiu pelo fato do estilo urbano ser uma tendência forte atualmente, e atrair mais o

público jovem, além de outro fator que é relevante segundo Graça Proença (2004) na

época do descobrimento, havia em nosso país cerca de 5 milhões de índios. Hoje, esse

número caiu para aproximadamente 200 000.

Essa brutal redução numérica não é o único fator a causar espanto nos pesquisadores de

povos indígenas brasileiros. Assusta-os também a verificação da constante e agora já

acelerada destruição das culturas que criaram, através dos séculos; objetos, dança,

culinária, língua, religião, cultos, mitos e artes. Uma beleza dinâmica e alegre com a

qual as imagens criadas apresentam-se em sua desenvoltura.

A prática de manipulação das imagens fotografadas torna-se cada vez mais um fator

importante, onde as imagens possuem um processo dinâmico e simbólico, devido à

variedade de estilos das manifestações visuais dos novos tempos.

Dessa maneira permite que a imagem fotografada possa ser manipulada, mudada,

concebida e teorizada cada vez mais como uma ficção, uma construção imaginária,

pluralística e de mutação, principalmente através da arte urbana que atualmente é uma

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tendência forte em nosso meio. Assim, as imagens gráficas mostram uma conversão de

imagens que vai além do modismo.

Dessa forma a capacidade de ver ao longe, formar opiniões e desempenhar um papel

social através da manipulação e transformação de imagens, linguagens e estilos, faz do

designer gráfico um profissional indispensável para a sociedade atual.

No entanto, segundo Kátia Faggiani (2006), fica clara a atividade do designer em criar

imagens com valores estéticos que nos permitem uma interpretação da cultura, onde o

mundo das imagens é prático, rápido, mediatista, profuso e simultâneo. Isso faz com

que a arte urbana ultrapasse o limite da imagem fotográfica genuína, fazendo um

paralelo entre dois mundos e assim os aproximando.

Considerando todos os aspectos mencionados, foram trabalhados nas imagens gráficas

conceitos para que o projeto não se restrinja somente em imagens belas, mais também

com a intenção de despertar variados pontos de vistas. Desse modo fica claro o

propósito de induzir as pessoas a perceberem que é possível relacionar dois mundos

diferentes, além de incentivá-las a valorizar, respeitar e incluir comportamentos e

práticas dos índios Krenak em nosso meio, possibilitando novas formas de

conhecimento e contribuindo para o resgate de nossas raízes.

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2.0 - REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 - A arte urbana

A arte urbana apresentou-se inicialmente através das influências de vários estilos como

a figuração livre, o grafismo em paredes das cidades grandes, a arte nouveau, a

tipografia e a ilustração, onde se manifestou como uma forma questionadora e crítica,

fazendo transparecer nessas imagens uma interpretação de sua visão sobre assuntos

polêmicos que existem em nosso meio e também como uma forma de entretenimento.

Assim, a arte urbana é a junção do grafite, da ilustração, da fotografia. Possui

influências da arte nouveau, da tipografia e de desenhos vetorizados, logo que o estilo

permeia o cotidiano de um determinado povo, relata a designer gráfica Clarissa Tossin

(2006) e pesquisadora da arte urbana, e afirma também que além de novas ferramentas

criativas, a era do entretenimento digital ampliou o campo de aplicação de peças

visuais, estáticas ou em movimento.

No entanto, os estilos e as técnicas que influenciam a arte urbana são: a plástica que

através de texturas, de materiais alternativos que poderiam ser lixos se transformam em

obras artísticas, a arte nouveau que é caracterizada pela sua ruptura com as tradições

que até então persistiam excessivamente na arte e na arquitetura, criando um estilo novo

voltado para a originalidade da forma, a tipografia que vem através de séculos de

cultura escrita, inúmeras formas de representação do alfabeto foram e continuam a ser

desenvolvidas e ainda a figuração livre, que caracteriza por traços soltos, criados

livremente e que foi um dos estilos percussores para o desenvolvimento da arte urbana,

estando ligada à contracultura que saiu às ruas nas décadas de setenta e oitenta logo

depois do movimento PUNK.

O movimento incluía a ironia e a crítica feroz utilizando a Stencil Art, Pintura, o grafite,

as Histórias em Quadrinhos (HQ), os fanzines e as intervenções urbanas radicais nos

outdoors, cartazes, paredes e muros do espaço privado ao público: ocupações e

intervenções coletivas planejadas de salas, casas e prédios vazios com a

intencionalidade de construir um mundo paralelo dentro do mundo oficial; surgindo

assim os crackers, squaters e outras Tribos.

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Contudo, de acordo com Kátia Faggiani (2006), cada vez mais designers foram

descobrindo e adaptando os estilo existentes para desempenhar e cumprir seu papel de

criadores, entre elas a funcionabilidade, racionalidade, rendimento, identidade,

qualidade, duração e aparência, com uma visão social e funcional, onde parte da

produção visual permeia o cotidiano.

2.2 - Fotografia, e ilustração.

A fotografia surge com a revolução industrial, que passa por processos de

transformações econômica, social e cultural. Nestes surgiram várias invenções, e a

fotografia foi uma delas. No entanto, a fotografia nesse período de revolução, teve um

papel fundamental de inovação de informação e conhecimento, instrumento de apoio de

pesquisa para diversas áreas e forma de expressão artística. Assim, a nova invenção

progrediu-se gradativamente no decorrer do tempo, aperfeiçoando suas técnicas,

podendo assim, manipular as imagens de um modo variado de estilo e técnicas.

Os primeiros equipamentos e técnicas fotográficas foram se desenvolvendo

rapidamente, nos grandes centros europeus e nos Estados Unidos, onde se retratavam

muitos costumes dos seus povos, os monumentos, as religiões, os fatos sociais e outros

que colaboraram para a história de cada país.

Segundo Boris Kossoy (2001), o mundo, a partir da alvorada do século XX, se viu, aos

poucos, substituído por sua imagem fotográfica. O mundo tornou-se assim portátil e

ilustrado.

Contudo o homem ganhava um novo meio de registrar o que estava a sua volta e uma

verdadeira transformação radical dos conceitos artísticos ou científicos estava a

caminho.

A imagem passa a ser produzida a partir de 1840 dos aspectos captados de diferentes

contextos sociológicos conservados na memória visual do mundo fragmentado, dos

cenários, eventos, transformações e personagens representados pela população urbana.

Estas imagens são registros para a história e servem como objetos de estudo para muitos

pesquisadores. Este é um fator que incide para que possamos expressar as imagens

fotográficas manipuladas da arte indígena para a arte urbana, onde o projeto servirá

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como um documento fotográfico de preservação e integração da cultura indígena à

sociedade.

Observamos que a concepção de ilustrações permeia trabalhos de variadas naturezas, de

editoriais e publicitários até a arte digital. Ilustração é estilo, exercício de linguagem,

define a designer Clarissa Tossin. Assim a ilustração é, segundo Kátia Faggiani (2006),

uma imagem pictórica, geralmente figurativa representando algo material, embora

algumas raras vezes também abstrata, utilizada para acompanhar, explicar, acrescentar

informação.

A ilustração se torna útil e aplicavél no projeto, pois será uma das formas interventivas

das quais estará inserida nas imagens fotografadas e por fazer parte do estilo de arte

urbana, pois a ilustração tornou-se uma das maneiras mais eficientes de comunicação,

normalmente utilizadas para acompanhar e complementar uma informação.

2.3 - As mídias externas e o design

Uma mídia externa opera como um convite a descobrir outras possibilidades de

organização, e normalmente é disposto com a intenção de surpreender pela diferença de

tamanho e funcionalidade. Segundo Luiz Fernando (2003), vários são os nomes

utilizados como “sinônimos” de mídia externa: gráfica urbana, comunicação ao ar livre,

comunicação extensiva, comunicação exterior, comunicação visual, comunicação

alternativa, propaganda ou publicidade ao ar livre, publicidade exterior, mídia exterior,

mídia alternativa, outdoor ou painel, mídia complementar, mídia extensiva, outdoor,

indoor e arte de rua.

As mídias externas, como o próprio nome já diz, são as mídias fora das residências

como todas as possibilidades e canais de comunicação ao ar livre e ambiente externo, ou

seja, basta que a pessoa saia de casa para que se depare com uma mídia externa.

A mídia externa é realmente diferente de outros veículos como a televisão, o jornal, a

internet que têm editoriais, afirma Valente (2002).

Não importa como é chamada - seja de mídia exterior, outdoor, publicidade exterior,

out-of-home ou de propaganda ao ar livre, as mídias externas se impõem ao lado de

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edifícios, árvores, ruas, calçadas, lojas, veículos, pessoas. O entendimento do sentido de

out-of-home nos indica para onde vai à exterioridade das mídias externas. Ou seja, o

exterior representa os locais fora da residência do público.

É interessante argumentar também a questão de que muitos vêem que mídias externas

poluem visualmente o ambiente, mas ela não desfigura a paisagem e é aceita como um

fator normal do dia a dia das pessoas, afirma Vanessa.

Sabemos que as cidades vêm sendo largamente utilizadas pela publicidade e

existem regulamentações do uso do espaço urbano, porém, um problema

freqüente é o seu uso abusivo e o não cumprimento a estas leis, que gera a

poluição visual. Isto prejudica a estética pública e faz com que haja um

acúmulo excessivo de informações. Assim, as pessoas não percebem o que

está a sua volta e ignoram determinadas informações. (PEREIRA, 2006,

pág.5)

Desse modo, ela deixa bem claro em seu relato que as mídias externas devem ser

trabalhadas em benefícios da sociedade, utilizando espaços públicos apropriados para

mídias urbanas, sem prejudicar e causar dano algum ao meio ambiente, assim, é

possível transformar as ruas em algo passível de estimular a imaginação.

A verdadeira mídia exterior é aquela que trabalha para atingir seus objetivos

sem prejudicar a imagem do ambiente, além de estar sempre atenta às leis e

ao bem-estar da população. Muitas buscam novas alternativas para que

atuem com fins estéticos e estabeleçam interação com o público.

(PEREIRA, 2006, pág.5)

Levando em consideração estes aspectos, as mídias externas se tornam um importante

suporte de aplicação para o designer gráfico, pois exercem um papel complementar aos

outros elementos na paisagem urbana. Está presente como legítima porta-voz da

informação, de valores e objetos culturais, sociais, econômicos, tecnológicos e

consumistas da nossa sociedade. Interage com os outros elementos e pode até virar

ponto de referência.

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2.4 - O Designer Social e o seu papel

O designer tem um importante papel no planejamento de um futuro responsável e

comprometido com o meio ambiente e com a sociedade. Assim, considerar não só

aspectos econômicos e estéticos, mas também ambientais e sociais de cada produto, é o

que podemos caracterizar as diferenças do design social.

Luiz (2003) afirma que os designers enxergam um problema como uma situação a ser

resolvida por meio de um processo seqüencial, obtendo resultados às vezes originais, às

vezes previsíveis. Sua intenção é a de transformar o problema em uma solução benéfica

e adequada para cada situação. O que existe é uma solução adequada para cada

contexto, e cabe ao profissional a responsabilidade de fazer o melhor para encontrá-la.

Na sociedade atual, onde sobressaem tantas desigualdades sociais e doutrinas, políticas

ecológicas, sustentabilidade do planeta e economia de recursos naturais, é interessante

criar imagens manipuladas ao modo da arte urbana evidenciando a arte indígena para

mostrar à sociedade a importância e influência de um povo em nosso meio. Além de

mostrar o trabalho de um designer gráfico que busca soluções funcionais de

comunicação visa também à questão social que é de grande relevância, materializando

uma idéia que propõe um processo de formação de opiniões variadas na sociedade.

Desse modo, fica claro a preocupação em divulgar para os valadarenses a cultura

indígena Krenak integrada a arte urbana, para que as pessoas continuem a viver em um

sistema sustentável, de respeito e valorização das raízes.

Uma característica do design social de acordo com Cássio Luiz (2003) é a incorporação

dos aspectos sociais e a colaboração para a inclusão de benefícios econômicos

duradouros e mais justos socialmente, sem destruir a cultura local. Segundo Luiz

(2003), o trabalho de designer é identificar, valorizar e respeitar sua biodiversidade e

seu ritmo. Está aqui o exercício profissional, provavelmente o desafio maior: conhecer,

entender e criar soluções reais que beneficiem a vida comunitária, afim de que esse

conjunto de ações leve ao desenvolvimento de projetos dinâmicos e flexíveis, em que a

intuição e o respeito devem ser uma constante de peso, pois são características ainda

muito vivas e necessárias para as próprias comunidades.

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O projeto pode e deve contribuir para o exercício da responsabilidade social, que atua

na gestão de processos de mudanças comportamentais e em seu processo de criação, a

fim de incluir os Krenak na sociedade, sem que eles sejam ridicularizados e

desrespeitados pela população urbana.

2.5 - Cultura Krenak

A cultura é um fator de grande importância para realização deste estudo, pois símbolos,

formas, rituais, comportamentos e práticas, arte e eventos da cultura indígena são

herdados de antepassados e servem de exemplo para a população urbana, no que diz

respeito à educação dos filhos e preservação do meio ambiente.

Segundo Douglas krenak, jornalista, os "Borun", que quer dizer nós, essência do ser, era

como se autodenominavam os antigos Botocudos, hoje os atuais Krenak. O nome

Botocudo utilizado pelos colonos, advém de um termo pejorativo para caracterizar os

antepassados dos Krenak. Era uma referência aos adornos labiais e auriculares que

utilizavam.

Localizado no município de Resplendor em Minas Gerais, o Posto Indígena Krenak

ocupa, atualmente, uma área de 3.983 hectares que lhes foram doada em 1920 pelo

Governador do Estado de Minas Gerais. É composta de 45 famílias, com cerca de 200

pessoas entre idosos e crianças, uma escola, um posto de saúde e uma sede da FUNAI.

As principais atividades econômicas dos Krenak são a pecuária, a agricultura, a pesca e

a confecção do artesanato. Com relação à área de saúde, o posto indígena encontra-se

num processo de instalação de saneamento básico e água potável nas casas. Atualmente

a área educacional dos índios Krenak está baseada na "Educação Escolar indígena", um

projeto criado pelo Governo do Estado junto aos povos indígenas de Minas Gerais.

Eduardo Coutinho (2000), estudioso sobre cultura e identidade, relata claramente que os

sucessivos cruzamentos raciais, realizado no continente, provocaram na linguagem e no

comportamento social, na literatura e na arte, nos regimes políticos e nas práticas

religiosas, no modo de vestir e de habitar, nas técnicas e na imaginação, uma capacidade

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de combinação e de estilização deformadoras dos modelos originários que poderiam ser

tidas como constituidoras do “modo de ser” latino-americano.

Contudo, é essencial trazer a população urbana, a inclusão artística indígena através da

fotografia integrada à arte urbana e aplicada à mídias externas, pois não devemos nos

obter de preconceito e falta de respeito com os índios, assim como a arte urbana que

também sofreu com a relação à marginalidade que deram sua origem.

2.6 – Linguagem cinematográfica

A invenção dos irmãos Lumière, que consistiu no aperfeiçoamento de um dispositivo

capaz da condução em uma cadência regular de uma película onde estão imagens

imóveis, separadas por faixas pretas e assim criando a ilusão de movimento.

Dessa maneira, com o decorrer dos tempos, o cinema passou por diversas

transformações técnicas, estéticas, ideológicas, formais, estilísticas e de conteúdo,

criando assim variados estilos cinematográficos como; ficção, suspense, drama,

comédia, terror, ação, documentário entre outros.

De fato, um dos estilo cinematográficos definido para o desenvolvimento do conteúdo

do projeto, foi o documentário, que também é uma forma de se fazer cinema.

Contudo, apesar do documentário ser algo imprevisível mais suposto, foram utilizadas

técnicas de linguagem cinematográfica o conjunto de planos, ângulos, movimentos de

câmera e recursos de montagem que compõem o universo do desenvolvimento do

documentário.

2.7 - O documentário

O documentário é um importante veículo de comunicação, pois agrega valores e

técnicas cinematográficas. Além do mais possui a função de revelar a realidade, onde

baseia-se em uma existência social, que no caso do documentário do projeto, abrange

desde a cultura indígena ao sistema de linguagem.

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O sistema de linguagem apresenta-se no documentário de modo que expressa uma

tradição de pensamentos que vai além linguagem verbal e escrita, onde busca e inclui

todos aqueles sistemas dos quais se podem selecionar e combinar elementos para

comunicar algo.

”A linguagem é o principal mecanismo pelo qual a cultura produz e

reproduz o significados sociais. A definição de linguagem desenvolvida na

tradição desse pensamento vai além da definição normal de linguagem

verbal ou escrita. (...) O sistema de linguagem de uma cultura traz consigo o

sistema de prioridade dessa cultura, seu conjunto especifico de valores e sua

composição especifica de mundos físicos e social. O que a linguagem faz é

construir, e não rotular, a realidade.”

(TURNER: 1997, pág. 51 e 52)

Contudo adquirimos nosso senso de identidade pessoal por meio da linguagem, e é

graças a ela que internalizamos os sistemas de valores que estruturam nossa vida.

No entanto, documentário possui um objetivo informativo e didático, onde o conteúdo

presente é a cultura indígena, que no qual apresenta-se assim a identidade cultural

indígena, métodos e técnicas da arte indígena, educação indígena, arquitetura indígena,

rituais e valorização da cultura indígena, além de mostrar um caráter de um povo que

valoriza e conserva sua cultura.

Dessa maneira, o caráter é uma característica muito importante desse povo, pois é uma

qualidade inerente a esse povo como os traços psicológicos, as qualidades, modo de ser,

sentir e agir de um individuo, um grupo, um povo.

“Caráter é uma qualidade, traço ou soma de traços, atributos ou características que servem para indicar a

natureza essencial de uma pessoa ou coisa.”

(ADAMIS: 1959, pág.39)

Contudo, o caráter é uma característica importante visado no documentário, pois o

documentário mostrará a essência desse caractere valorizando-a em todos os aspectos.

O documentário acentua ainda mais a relação de evidência e prova, para mostrar a

importância de preservação e tradição de uma cultura, pois ao assistir o documentário,

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estará claramente as virtudes de revelar o real e ás noções de credibilidade e

objetividade da imagem documentada.

Assim o documentário é uma representação plástica ou fotográfica de pessoa ou objeto,

onde a imaginação passa a ser faculdade de criar mediante a combinação de idéias.

Segundo Vlgler (2002, pág.680) “Cada palavra foi permeada, como imagem foi

transformada, pela intensidade da imagem imaginação de um ato criativo instigante.”

Com todos os aspectos apresentados, o documentário indígena possui o intuito de

apresentar a sociedade, a adolescentes, jovens e adultos a importância e a valorização de

uma cultura do povo indígena.

2.8 - Defesa do documentário

Hoje em dia cresce o interesse em documentar, valorizar e preservar a cultura indígena

no Brasil, devida à degradação de algumas origens indígenas, pois os índios fazem parte

da nossa história e de nossa cultura, onde influenciaram e influenciam essa a sociedade

contemporânea.

Dessa maneira, o documentário desempenha seu conteúdo numa função cultural, por

meio de narrativas, que vai além do prazer da história.

“Cultura é um processo dinâmico que produz comportamentos, as práticas as

instituições e os significados que constituem nossa existência social. A

cultura compreende processos que dão sentido ao nosso modo de vida.”

(TURNER: 1997, pág.51)

Contudo, a cultura possui meios pelos quais os significados sociais ao modo de vida.

Desse modo, o documentário retrata e abrange a cultura indígena, tradição e costumes,

onde interage com o telespectador no sentido de mostrar a arte indígena e de como

ensinar e valorizar uma cultura mantendo uma identidade.

Desse modo, muitas pessoas herdam alguns costumes indígenas como alguma

influência da língua, comida e ervas medicinais. De acordo com Ribeiro (1988, pág.66)

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“A identidade nacional seria ainda o resultado da combinação desses modelos abstratos

que operam sobre o homem concreto.”

Com todas as justificativas mencionadas, o documentário possue o interesse de

expressar, valorizar, ensinar, cultivar e preservar uma cultura indígena, fazendo com

que adolescentes, jovens e adultos da cidade absorvam e obtenham uma visão positiva

de nossa origem, apresentando-se assim cenas de dança, pintura corporal e artesanato da

cultura Krenak.

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3.0 - DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

3.1 – Levantamento de dados

O levantamento de dados começou a ser feito através de pesquisas de referências visuais

e bibliográficas sobre cultura indígena e arte urbana. O mais interessante é que sobre

cultura indígena existem muitas fontes de pesquisas, mas sobre arte urbana é muito

difícil encontrar materiais, fontes de referências, à pesquisa necessita de ser intensa.

Sendo assim, de ambos os lados existem estudiosos que pesquisam e trabalham com a

cultura indígena e arte urbana.

As referências visuais tanto da arte indígena como arte urbana foram adquiridas através

de sites, livros, revistas, jornais e também de impressos como, pop cards, panfletos,

tag’s entre outros, onde a partir dessas fontes adquiridas e arquivadas através de pastas,

cd’s e banco de imagens.

A partir desses levantamentos, foi possível perceber as cores, formas, texturas e

características de cada estilo, indígena e urbano, ajudando assim na criação de cada

etapa do projeto.

Além dessas pesquisas visuais, foi realizada uma reunião na FUNAI com o coordenador

Waldemar Krenak, para ter o primeiro contato com quem já conhecia a aldeia, onde

consiste todo o projeto, além dele ser um de seus representantes. Desse modo durante a

reunião foi explicado o intuito do projeto.

No primeiro encontro foi sábado dia 17 de Agosto de 2007, reunimos todos na escola da

aldeia, para explicar o projeto para todos que lá se encontravam, além de também

apresentar a eles a proposta de estar desenvolvendo um documento da qual é um

contrato de licença de uso de imagem, onde caso a obtenção de lucros seria repassado a

eles uma porcentagem.

Nesse primeiro encontro, não foi feito nenhum registro fotográfico e nem de filmagem,

somente conversamos, sobre o projeto e sobre um pouco da vida dos Krenak, o que foi

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de grande valia, pois me ajudou muito a desenvolver os raffs, textos e conceitos para a

criação do projeto. Marcamos para o domingo seguinte de voltar com o documento, e

equipamentos para fotografar e filmar a tribo.

No dia 26 de agosto de 2007, no domingo, voltamos à aldeia. Foi formada uma equipe

com todos os equipamentos de filmagem e fotografia, além de um roteiro com

referências visuais de planos cinematográficos e fotográficos para auxiliar e direcionar o

cinegrafista.

Anteriormente, no decorrer da semana, foi feita uma reunião com dois advogados para

elaborarmos um documento de autorização de uso de imagens, além dos dois advogados

terem conversado com o cacique Leomir da aldeia Krenak e o substituto do Senhor

Waldemar da FUNAI, para um recolhimento de dados pessoais.

No domingo, conseguimos fazer muitas fotos e filmagem, pois os Krenak foram ótimos

anfitriões. Foram muito receptivos, além de terem preparado uma apresentação cultural;

com pintura, dança e almoço para todos. E essa receptividade foi de grande valia para o

projeto, pois tudo dependia das fotos e desse levantamento de dados, e com essa

calorosa recepção que eles prepararam, pude obter fotos, filmagens e entrevistas tanto

na língua portuguesa quanto na língua krenak, assim pude obter um material de primeira

qualidade. Além de falarem na língua krenak e ensinarem para gente a tradução do que

eles falavam e também uma exposição de artesanato.

Contudo, a partir do momento do levantamento de todos estes dados de referências,

pesquisas, fotos, filmagens, desde as reuniões e os primeiros contatos com

representantes e com a tribo, pude perceber como é prazeroso e a grande seriedade que

envolve um projeto. Além de aprender mais ainda a respeitar, valorizar, e de tentar

ajudar e divulgar uma cultura diferente e conhecer as dificuldades nela enfrentada.

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3.2 – Conceituação e diferencial

O projeto consiste na idéia da criação de imagens gráficas através da fotografia

utilizando o estilo de arte urbana e buscando referência na Cultura Krenak, apresentadas

em suportes de aplicações como mídias externas que ficarão espalhados em pontos de

maior fluxo urbano da cidade.

Dessa forma, a conceituação permeia-se na importância da transformação de imagens de

linguagens indígenas para uma linguagem urbana, pois essa conversão de imagens vai

além do modismo e tem como propósito induzir as pessoas a perceberem que é possível

relacionar dois mundos diferentes, além de incentivá-las a valorizar, respeitar e incluir

comportamentos e práticas dos índios Krenak em nosso meio, possibilitando novas

formas de conhecimento e contribuindo para o resgate de nossas raízes.

Assim, as imagens desenvolvidas possuem a intenção de divulgar a cultura indígena,

com o foco sempre em valorizar e respeitar a cultura krenak.

Dessa forma, as imagens possuem implicitamente conceitos e significados dos dias da

semana, isso foi definido por causa da quantidade de imagens a serem desenvolvidas

que se restringem em sete imagens, além dos dias da semana possuir significados que

relacionam com a cultura indígena, como por exemplo, os da natureza e deuses.

Os antigos romanos, baseando-se na galáxia (conjunto de estrelas), identificavam os

dias da semana: Sol, Lua, Marte, Mercúrio, júpiter, Vênus e Terra, porém eles

encaravam-na de uma forma mitológica, havendo algumas divergências devido eles

acreditarem nos seus deuses, tradições e costumes. Assim essas crenças também estão

presentes na cultura indígena. Desse modo, os percussores que deram origem aos dias

da semana foram os romanos, onde os significados são consideráveis, desde o período

que foram definido e são úteis para cultura indígena quanto para urbana até os dias

atuais.

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Os portugueses e os antigos lusitanos tinham o costume de fazer comércio na praça, nas

ruas. Os lusitanos eram ambulantes e estipulavam a região onde iam fazer "feira" na

ordem de segunda região, terceira região e assim por diante.

A palavra "feira" vem do latim que significa "dia da festa", o dia em que eles vendiam

mercadorias em lugar público.

Sendo assim, as imagens possuem conceitos de significados dos dias da semana, assim a

segunda-feira que possui o conceito implícito na imagem de relação, significa dia da

Lua um dia neutro de afazeres do cotidiano, desse modo o conceito do dia da semana

segunda-feira foi empregado à imagem de relação por expressar através de imagens

fotografadas de alguns pontos turísticos de Governador Valadares que fazem parte do

dia a dia e algumas imagens dos índios Krenak.

A segunda-feira foi dedicada ao Deus do sol.

O conceito terça-feira era o dia da deusa da guerra, dessa forma a imagem força e raça

remete a um índio krenak com uma flecha remetendo a força e a raça indígena, além das

cores presentes remeterem ao fogo.

A quarta-feira remete o conceito de dia da água, assim a imagem manifestação cultural

remete esse conceito através do efeito gráfico que se encontram na diagonal em tom

claro de azul, remetendo a chuva, e pelo fato do índio krenak respeitar água como se ela

fosse um Deus, uma dádiva e até mesmo algumas aldeias contemplam a chuva com

dança dando boas vindas com se fosse um deus.

A quinta-feira, era dedicada às flores (flos), às árvores. Em castelhano, quinta-feira é

"jueves", o júpiter, o maior planeta do sistema solar e na mitologia grega é o pai dos

deuses que é a natureza. Assim, a imagem preocupação com futuro remete algumas

flores atrás da menina Krenak na cadeira, onde remete a essa preocupação em querer

preservar algo tão belo e precioso que existe atualmente para as gerações futuras.

A sexta-feira era denominada de o dia de ouro porque os soldados recebiam seu

pagamento em ouro, tanto que em castelhano, sexta-feira se diz "viernes" que significa

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Vênus, o mais "brilhante" dos planetas que fica entre o Mercúrio e a Terra. Dessa

maneira, a imagem respeito interage com o conceito de ouro através das cores amarelas

e seus tons presente na imagem, além do ouro ser um produto respeitado e remeter a

riqueza jóias produtos que interessam muito as mulheres, dessa forma a imagem a

apresenta-se com a imagem de uma mulher e possui mais tons amarelados assim fixa a

idéia do conceito do dia interagindo com a imagem.

O sábado é o dia da Terra, mas para os romanos era o dia da ceia "Sabbata". Os

soldados romanos retornavam às suas terras, as suas cidades e faziam o grande jantar

com seus familiares. Assim esse conceito interage com a imagem Família pelo fato da

imagem trazer o pai com seus 2 filhos representando assim a família.

O domingo para os romanos se refere ao "Dominus", quando os romanos descansavam

para venerarem seus deuses: ao Deus do Domínio, Deus do Sol, Deus do Brilho. Dessa

maneira a imagem interage com o conceito através das imagens gráficas, o homem em

pé olhando para as placas e recebendo luz, remetida através de alguns raios além da

imagem apresentar-se alguns raios mais retangulares atrás do índio significando o Deus

do sol, além de mostrar a grandeza do índio e sua cultura.

Portanto, cada imagem está relacionada aos conceitos dos dias da semana, além dos

conceitos que compõem o título de cada uma delas, são eles; relação que remete o

conceito de união entre dois mundos diferentes, a cidade de Governador Valadares e a

aldeia krenak. Força e Raça que remetem o conceito dos mesmos onde valoriza as suas

origens. Manifestação cultural que remete a divulgação da pintura, dança e artesanato.

Preocupação com Futuro que remete uma preocupação com a preservação das origens

indígenas e com a natureza. Respeito que remete a importância do respeito à

valorização, o cuidado e o carinho com a cultura indígena, Família que remete o

conceito da união entre pais e filhos indígenas. Grandiosidade que remete o conceito, o

destaque da cultura indígena e a grandeza de sua cultura.

Dessa maneira, os suportes de aplicação das imagens são as mídias externas, definidas

por se apresentarem em pontos diversos da cidade e pelo fato dos valadarenses obterem

assim um contato visual mais direto com as imagens, pois elas estarão expostas ao

público.

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De fato, o público alvo é o jovem, divulgando a cultura krenak de um modo inusitado e

inovador integrada a arte urbana que é uma tendência atual que chama a atenção desse

público jovem, assim as imagens se apresentam nesse estilo de arte urbana estigando o

interesse dos jovens valadarenses.

Desse modo o design se destaca de modo inusitado e inovador, onde é um trabalho que

ainda ninguém fez, que é utilizar referências da cultura krenak associada a conceitos e

integrada à arte urbana aplicada em mídias externas.

Enfim o design se destaca como valor no produto, pelo fato de ir além do desenvolver

simples imagens gráficas, mais trabalhar conceitos e de forma social divulgar a cultura

indígena buscando sempre em beneficiar os dois mundos, estigando a população de um

modo positivo a divulgar, valorizar e respeitar a cultura indígena.

3.3 – Análise e seleção de dados pesquisados

A questão inicial desse projeto partiu do ponto de estudos feitos através de analises de

dados pesquisados de referências visuais que configuram imagens pertinentes a um

universo de arte urbana e indígena e, portanto, diversos universos que remetem

características dos estilos artísticos.

Dentro desse espaço, a pesquisa foi fundamentada por uma ferramenta mais objetiva de

análise de cores, formas, textura e composição.

Desse modo, as imagens da arte urbana assim como as indígenas apresentam-se com

cores quentes e às vezes se misturam com cores mais frias, como vermelho, preto,

laranja, amarelo, verde, azul, branco, magenta e marrom.

Sendo assim, Clarissa Tossin é uma designer que utiliza ferramentas criativas, que na

era do entretenimento digital, ampliou o campo de aplicação de peças visuais, estáticas

ou em movimento. A concepção de ilustrações permeia trabalhos de variadas naturezas,

de editoriais e publicitários até a arte digital, o que coloca a atividade no centro das

discussões.

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O campo de atuação da designer é bastante amplo, e em sua trajetória Clarissa já

participou de inúmeras mostras. Entre elas, a Bienal de Design da Califórnia (imagens 1,2

e 3), em 2005, onde apresentou o trabalho de design gráfico em movimento, também

denominado motion picture, criado por ela no Brand New School. A seqüência mostra o

crescente contraste e a interação de cores, formas e padrões gráficos distintos.

1 - Clarissa Tossin

2- Clarissa Tossin 3 - Clarissa Tossin

O designer Filipe Faísca e o Ilustrador Alexandre Farto participou na decoração das

montras da loja Hermès no Chiado. As Ilustrações(imagem 1) evocam a atmosfera

cultural de Paris e as principais características da cidade, sublinhando os pontos de

ligação da Hermès Lisboa à “Casa Mãe” em Paris.

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1 - Filipe Faísca

O designer gráfico Hugo Pinto e responsável pela Direção de Arte do Caderno Y do

Jornal Público, tem criado(imagem 1) a imagem das Capas da Revista Y, conjugando a

ilustração com a fotografia e o design. Alguns dos seus trabalhos mereceram prêmios na

segunda edição do Congresso "O Melhor do Design Jornalístico Portugal & Espanha

2005", bem como na edição dos "Prêmios de Design Briefing Heska 2005".

1- Hugo Pinto

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Nuno Vieira designer e ilustrador(imagem 1) desenvolveu projetos como Caderno JN

Negócios do Jornal de Notícias, onde o tema da capa “Portugueses esgotam férias mais

caras”.

1-Nuno Vieira

Alexandre Farto iniciou-se em 1999 como Artista Urbano sendo as suas

intervenções/obras (imagem 1) o fruto da interação entre o seu ideário e o mundo que o

envolve. A partir das suas raízes do graffiti/street art têm vindo a explorar novos

caminhos dentro da ilustração, animação e design gráfico, misturando o estilo vetorial

com o desenho á mão livre, aliado a formas contrastadas e sujas, que nos remetem para

momentos épicos.

1- Alexandre Farto

Contudo as referências visuais de arte urbana serão de extrema importância e de

contribuíram muito para o desenvolvimento do projeto.

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No entanto, foi desenvolvida também uma pesquisa de referências visuais indígena, que

com a qual somou muito para o projeto, contribuindo para o roteiro fotográfico, criações

das imagens e filmagem.

Por fim, desenvolver um banco de imagens com várias referências dos dois estilos, arte

urbana e arte indígena, onde tal busca contribui muito para o amadurecimento visual e

para a criação das imagens.

3.4 – Execução do projeto

3.4.1 - Os Rafes

Os rafes foram de extrema necessidade para elaboração de desenvolvimento do projeto,

pois foram feitos muitos rafes, e eles ajudaram no decorrer projeto com o

desenvolvimento das imagens e assim fui obtendo uma visão mais madura de cada

imagen que ia ser finalizada, onde serviu até mesmo de um modo organizacional e

direcional.

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3.4.2 - Imagens gráficas

As imagens gráficas foram desenvolvidas através da fotografia utilizando o estilo de

arte urbana e buscando referência na Cultura Krenak, onde se apresentam em suportes

de aplicação, mídias externas que ficarão espalhados em pontos de maior fluxo urbano

da cidade.

Dessa forma, a imagem fotográfica, como forma de registro e de expressão também

passou por progressos, sendo manipulada em seu caráter informativo para obtenção de

um contexto histórico, narrativo e de entretenimento. É a mais acessível de todas as

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formas de arte para registro de faces ou fatos, ou simplesmente para contar uma história,

podendo chocar, divertir, instruir, provocar emoções e registrar detalhes de algum

objeto, pessoas e outras coisas existentes em nosso meio.

Assim, a tribo fotografada é a tribo Krenak, localizada no município de Resplendor

estado de Minas Gerais. Eles sofreram muito com o problema de aculturação, por

influências da sociedade, mas nem por isso deixaram de ser índios e de sempre está

promovendo eventos sobre a cultura indígena. Com isso, as imagens dos índios Krenak

apresentam-se em alguns momentos modificadas a fim de causar impacto visual e gerar

novos conceitos e opiniões em quem as aprecia.

Além disso, mais do que apenas solucionar problemas, a função do designer

gráfico hoje é principalmente criá-los, no sentido de questionar uma ordem

vigente. Acredito no design gráfico como formador de opinião, com um

discurso ativo na produção de novas formas de conhecimento e contribuição

significativas à nossa sociedade. (ASTIZ, 2002, pág.22)

A capacidade de ver ao longe, formar opiniões e desempenhar um papel social através

da manipulação e transformação de imagens, linguagens e estilos, faz do designer

gráfico um profissional indispensável para a sociedade atual.

Embora as imagens desenvolvidas, mesmo apresentando-se com efeitos, retoques,

tratamentos digitais, como por exemplo, o desenvolvimento de ilustrações digitais, a

criação de efeitos nas fotos digitais ou retoques e tratamento das mesmas, assim como

montagem e composição apresentam-se a influencia da arte urbana que vai além do

modismo e tem como propósito induzir as pessoas a perceberem que é possível

relacionar dois mundos diferentes, além de incentivá-las a valorizar, respeitar e incluir

comportamentos e práticas dos índios Krenak em nosso meio, possibilitando novas

formas de conhecimento e contribuindo para o resgate de nossas raízes.

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3.4.3 - Imagem e seus conceitos

Segunda-feira – A relação dos dois mundos

Foi trabalhado na imagem o conceito do dia da semana segunda-feira da qual representa

o dia da lua, onde para os indígenas a lua é considerada um Deus que eles apreciam e

respeitam.

Desse modo a imagem também remete o conceito de relação, onde as fotos representam

Governador Valadares e a Aldeia Krenak, mostrando um pouco de cada um juntando

assim as diferenças dos dois mundos.

As imagens trabalhadas de Governador Valadares são de fotos de alguns pontos

turísticos da cidade como a Praça Serra Lima, Pico do Ibituruna e Açucareira. A cultura

indígena encontra-se fotos de dança, pintura e crianças brincando. As imagens foram

definidas porque cada uma delas faz parte da característica do modo de vida de cada

cultura.

Contudo a imagem apresenta-se aplicada em uma empena, da qual possui uma

visibilidade mais ampla de cada imagem que juntas formam um todo.

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Terça-feira – A raça e a força indígena

A imagem apresenta-se com um indígena Krenak, prédios que existem na cidade de

Governador Valadares, além de símbolos que fazem parte da pintura corporal de sua

cultura.

Assim a imagem remete o conceito de força, raça, que apesar das influências da cultura

de massa, os Krenak não perderam suas raízes, valorizando e respeitando sempre suas

crenças, artesanato, danças e pintura, mostrando essa cultura para a população urbana.

Além dos prédios atrás do índio remeterem ao conceito de que existem algumas pessoas

na cidade interessadas em divulgar e apoiar povos que fazem parte de nossas raízes.

Contudo a imagem é expressa através de cores quentes, que remetem a força, ao fogo e

a guerra pela luta de direitos iguais na sociedade, independente de raça, cor e religião,

evidenciando o respeito e a valorização pela própria raça humana, além desses conceitos

estarem relacionados ao dia da semana Terça-feira.

Quarta-feira - Manifestação cultural

A imagem manifestação cultural remete ao artesanato, dança e pintura, onde se

relaciona com o dia da semana quarta-feira, que significa a água trazida pela chuva. De

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fato os Krenak, crêem que água é um Deus, e a respeitam muito, pois eles dizem que

sem água tudo é seco e sem vida.

Quinta-feira – Preocupação com futuro

A imagem remete o conceito de preocupação devida à acelerada perda de culturas e

raças indígenas, segundo Graça Proença (2004) “essa brutal redução numérica não é o

único fator a causar espanto nos pesquisadores de povos indígenas brasileiros.

Assusta-os também a verificação da constante e agora já acelerada destruição das

culturas que criaram, através dos séculos, objetos de uma beleza dinâmica e alegre.”

Além da perda da natureza de fauna e flora, que com o decorrer dos tempos se não

forem preservadas, as gerações futuras não terão conhecimento de tamanha

preciosidade, e devida a falta de consciência, está sendo destruída com desmatamentos,

poluições em rios e mares além do ar mais poluído e animais cada vez mais extintos.

Sendo assim, na imagem apresenta-se uma índia Krenak em uma cadeira desgastada

expressando o conceito de preocupação com a perda tanto da cultura, quanto da

natureza, e as flores atrás representa o oposto, o contraste, mostrando como isso pode

ser grandioso e bonito no futuro se ambas forem preservadas.

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Os triângulos que se encontram na lateral superior a direita remetem ao futuro, assim a

imagem no todo, lembra o psicodelismo, emitindo a idéia de tempo futuro.

Sexta-feira – O respeito pelas origens

A imagem gráfica remete o respeito pelas origens, onde existem pessoas que se

preocupam em valorizar e cuidar com respeito e carinho. Uma maneira em que todo e

qualquer ser humano merece ser tratado, independente de raça, cor, classe social e livre

de preconceito.

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Sábado - Valor da família na cultura indígena

A imagem gráfica apresenta-se com o conceito da família, da união entre pais e filhos,

de modo em que os pais preocupam em ensinar aos seus filhos a língua, a dança, a

pintura corporal e o artesanato, além da união e o carinho existentes entre eles.

Contudo, os prédios em suas laterais representam a cidade e eles mostrando essa união

como bom exemplo para a população urbana.

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Domingo - A grandeza do índio

A imagem gráfica remete o conceito de grandeza cultural mostrando a população

urbana em que o índio destaca sua riqueza cultural que foi herdada, e que continua

sendo passada a gerações, divulgando assim, essa cultura tão rica à população.

Contudo a imagem expressa a grandeza do índio e de sua cultura perante a cidade,

evidenciando assim as qualidades e virtudes de sua cultura.

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3.4.4 - As aplicações das imagens

Segunda-feira – Relação

A imagem encontra-se simulada em uma linha de ônibus presente na cidade, escolhida

por decorrer uma grande parte da cidade, onde o ônibus sai do ponto final do bairro São

Cristóvão e vai até o bairro Conjunto Sir, ou seja, a uma possibilidade maior de mais

pessoa verem a imagem.

Terça-feira - Força e raça

A imagem Força e Raça encontra-se simulada em um outdoor no bairro São Pedro, onde

foi definido pelo fato de ser uma localidade de muito movimento, principalmente

jovem, devido o prédio BNH, que possui varias repúblicas estudantis e também pelo

fato do bairro ser caminho de uma das saídas da cidade.

Quarta-feira – Manifestação cultural

A imagem encontra-se simulada em uma linha de ônibus presente na cidade, escolhida

também por percorrer uma grande parte da cidade, onde o ônibus sai do ponto final do

bairro São Cristóvão e vai até o bairro Conjunto Sir, ou seja, a uma possibilidade maior

de mais pessoa verem a imagem. Além das pessoas, com o decorrer do tempo, a linha

do ônibus é a única que terá as imagens. Assim ficará mais fácil até mesmo para as

pessoas fixarem a idéia de que somente essa linha terá o projeto aplicado.

Quinta-feira – Preocupação com futuro

A imagem encontra-se simulada em uma empena em um prédio na Avenida Brasil no

Centro, onde possui um grande fluxo de jovens devido algumas escolas se localizarem

perto da empena.

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Sexta-feira – Respeito

A imagem encontra-se localizada em um outdoor no bairro Esplanada, onde linhas de

ônibus transportam pessoas pelo local e por também ser uma subida que dá acesso ao

centro da cidade, fazendo assim com que os moradores de bairros da redondeza

percorram o caminho, podendo assim em seu percurso, ver a imagem.

Sábado – Família

A imagem encontra-se simulada em um outdoor, à Rua Bahia, próximo ao Horto,

ambiente de lazer com quadras, pista e rampa de skate, um local onde muitos jovens

freqüentam, além de veículos de transporte e varias linhas de ônibus que passam por

este percurso para chegarem ao centro da cidade. Muitas famílias e jovens que fazerem

este percurso terão este contato com a imagem.

Domingo – Grandiosidade

A imagem encontra-se simulada em uma empena, localizada no centro da cidade na

Avenida Minas Gerais, uma rua de estremo movimento da cidade, onde se localiza

varias lojas e por ser também uma das ruas que possui uns fortes pontos comerciais,

fazendo com que muitos cidadãos valadarenses vejam a imagem.

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3.4.5 - A campanha

Com a expansão do uso dos meios de comunicação, com o decorrer dos tempos foram

surgindo vários meios comunicacionais e técnicas que ajudam a desempenhar melhores

resultados para a divulgação de um projeto que fazem parte tanto da área do designer

quanto publicitário.

Desse modo, segundo o dicionário Aurélio, a campanha é um campo extenso, planície.

Série de operações militares que viram um objetivo definido, numa mesma área

geográfica. Conjunto de esforços para se atingir um fim.

O interesse de criar a campanha é de possuir um campo maior de comunicação, onde

abranja mais ares para se passar uma informação e não se restrinja a um único veículo

de transmissão. Alguns desses veículos são; mídias externas (outdoors, empenas...),

editoriais institucionais (marca, camisa, tipografia, sacola, encarte, DVD), documentário

e outros.

De fato, a campanha faz parte de um conteúdo publicitário, mas com todo foco voltado

ao designer, pois a campanha foi um meio definido para organizar e criar, desde o

nome, até o produto final.

Uma campanha de conscientização, com ênfase em mostrar através da fotografia,

utilizando o estilo de arte urbana e buscando referência na Cultura Krenak e

desenvolvida para o público jovem, onde designa-se um objetivo social, instruindo o

jovem valadarense a ver uma cultura diferente, de uma modo positivo.

É necessário para que se crie uma campanha desde o briefing, onde coletei as

informações necessárias na FUNAI, além de pessoas que já tinham contato com a

aldeia, a concepção da campanha é informar e divulgar a cultura indigena de um modo

inusitado e inovador, a escolha dos canais de comunicação, desde os locais onde cada

veículo comunicacional está localizado na cidade, definidos assim como uma estratégia

de marketing e por fim as elaborações dos conceitos e títulos com elementos verbais e

não verbais, como imagens e texto que cada imagem gráfica possui.

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O público alvo, não somente da campanha, mas de todo o projeto, é o jovem, dos quais,

nos tempos atuais necessitam de uma conscientização, não somente sobre cultura

indígena mas de vários outros conceitos, dos quais as imagens desenvolvidas passam,

como; o da união, da família, da força, da natureza, da água entre outros.

Segundo o site enciclopédia wikipédia, a campanha pode ser constituída de peças em

diversos meios de comunicação, seja de massa audivisual ou editorial, que são

explorados de acordo com um planejamento prévio de ações obtidas por dados colhidos

em pesquisas, no decorrer de um período.

A principal característica de uma campanha é que, seja qual for o meio ou ação

explorada, as peças que a constituem devem preservar uma identidade entre si, uma

uniformidade tanto editorial quanto audiovisual, para causar uma unidade visual entre

eles com objetivo de aumentar o impacto da campanha.

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3.4.6 - O nome da campanha: Tribo

A definição do nome surgiu através de um brainstorm de palavras caracterizando as

duas artes indígena e urbana, onde através de pesquisas a palavra Tribo obteve uma

relevância maior, desempenhando assim uma relação significativa para os dois mundos,

e pelo fato da palavra ser útil para ambos os lados, tanto para a cultura indígena quanto

para arte urbana.

Visto historicamente ou em evolução, uma tribo consiste de uma formação social antes

do desenvolvimento de, ou fora de, estados. Muitas pessoas usam o termo para referir-

se a sociedades indígenas não ocidentais. Alguns cientistas usam o termo para referir a

sociedades organizadas, largamente baseadas em corporações de grupos de

descendentes.

Tribos são também nações tribais federalmente reconhecidas como nações de

americanos nativos dentro dos Estados Unidos da América.

Na imaginação popular, as tribos refletem uma forma de vida que é anterior, e mais

natural, que os estados modernos.

Por fim as tribos privilegiam laços sociais primordiais, estão claramente ligados, são

homogêneos, paroquiais, e estáveis. Assim, muitos acreditam que as tribos organizam

ligações entre famílias incluindo clãs e linhagens, e providenciam-lhes uma base social

e ideológica, mas isso está de alguma forma limitado a um "grupo étnico" ou uma

nação.

Povos indígenas(tribos)

No seu estudo de 1972, The Notion of the Tribe (português A noção de tribo), Morton

Fried da vários exemplos de membros de tribos que falavam línguas diferentes ou

praticavam rituais diferentes, ou que partilhavam línguas e rituais com membros de

outras tribos. Ele mostrou também casos de tribos em que as pessoas seguiam diferentes

líderes políticos, ou seguiam os mesmos líderes membros de outras tribos.

Concluiu que uma tribo é geralmente caracterizada por fronteiras fluídas e heterogêneas,

não paroquiais, mas dinâmicas.

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Tribo Urbanas

Tribo urbana é o nome dado a um grupo de pessoas com hábitos, valores culturais,

estilos musicais ou ideologias políticas semelhantes. Algumas tribos são alternativas à

ordem social baseada na organização familiar, outras são apenas nomes genéricos dados

a determinados grupos de pessoas.Tribos urbanas são mais comuns em grandes

metrópoles, por isso são denominadas "urbanas".

Algumas das tribos urbanas são; Punks, Góticos Subcultura. Mas alguns definem como

Tribo Urbana, Headbangers, Hippies, Emo, Nerds e Skinheads.

Contudo, vimos que a palavra Tribo se adequa tanto para a cultura indígena quanto para

a arte urbana, pois ambas possuem tribos que compõe hábitos, valores culturais, estilos

musicais ou ideologias políticas semelhantes.

3.4.7 - As formas indígenas presente nas criações da tipografia, marca e imagens

Através das fotografias tiradas na aldeia Krenak foram feitos estudos, percepções e

observações de formas utilizadas na arte indígena Krenak. Assim foram observadas,

varias formas da qual foi desenvolvido um catálogo de formas, onde a partir desse

catálogo de formas houve um amadurecimento e uma visão mais ampla para continuar o

desenvolvimento do projeto.

Dessa maneira, todas as formas obtidas e apresentadas nas criações desde a marca, da

criação da tipografia, dos layouts, das imagens gráficas, todas as formas foram retiradas

dos estudos feitos através das fotos tiradas na aldeia. Assim houve uma percepção, onde

os Krenak utilizam muitas formas geométricas, obtendo em vários desenhos uma

simetria, onde algumas formas juntas geram outras formas, ou seja, formas e contra

formas.

As formas geométricas possuem origem pré-histórica e são utilizadas nas artes por

varias culturas, obtendo assim vários significados. Através de pesquisas fundamentadas

no Livro Gestalt do Objeto, durante o século XIX e até o início do século XX, a

Psicologia havia se consolidado como um ramo da Filosofia, e limitava-se a estudar

tanto o comportamento como as emoções e a percepção.

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Nessa época, os estudos sobre a percepção humana da forma tinham em comum a

análise atomista, ou seja, que procurava o conjunto a partir de seus elementos. Sob esse

ponto de vista, o homem tenderia a somente perceber uma imagem através de suas

partes componentes, compreendendo-as por associações de experiências passadas.

A Teoria da Gestalt afirma que não se pode ter conhecimento do todo através das partes,

e sim das partes através do todo; que os conjuntos possuem leis próprias e estas regem

seus elementos (e não o contrário, como se pensava antes); e que só através da

percepção da totalidade é que o cérebro pode de fato perceber, decodificar e assimilar

uma imagem ou um conceito. (GOMES FILHO, 2003)

Sendo assim, no projeto foram utilizadas várias formas geométricas, retiradas das

formas da arte indígena Krenak, como círculos, triângulos, quadrados, retângulos,

losango entre outros. No entanto, é observado que na arte indígena muita formas se

repetem, às vezes formando uma contra forma, isso ocorre através de algumas leis da

comunicação que são fundamentadas através da Gestalt, como semelhança,

proximidade, continuidade, pregnância e clausura.

A semelhança ou “similaridade”, possivelmente a lei mais óbvia, que define que os

objetos similares tendem a se agrupar. A similaridade pode acontecer na cor dos

objetos, na textura e na sensação de massa dos elementos. Estas características podem

ser exploradas quando desejamos criar relações ou agrupar elementos na composição de

uma figura. Por outro lado, o mau uso da similaridade pode dificultar a percepção visual

como, por exemplo, o uso de texturas semelhantes em elementos do “fundo” e em

elementos do primeiro plano.

A proximidade dos elementos são agrupados de acordo com a distância em que se

encontram uns dos outros. Logicamente, elementos que estão mais perto de outros numa

região tendem a ser percebidos como um grupo mais do que se estiverem distante de

seus similares.

A continuidade está relacionada à coincidência de direções, ou alinhamento, das formas

dispostas. Se vários elementos de um quadro apontam para o mesmo canto, por

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exemplo, o resultado final “fluirá” mais naturalmente. Isso logicamente facilita a

compreensão. Os elementos harmônicos produzem um conjunto harmônico. O conceito

de boa continuidade está ligado ao alinhamento, pois dois elementos alinhados passam a

impressão de estarem relacionados.

A pregnância é a mais importante de todas, possivelmente, ou pelo menos a mais

sintética. Diz que todas as formas tendem a ser percebidas em seu caráter mais simples:

uma espada e um escudo podem tornar-se uma reta e um círculo, e um homem pode ser

um aglomerado de formas geométricas. É o princípio da simplificação natural da

percepção. Quanto mais simples, mais facilmente é assimilada: desta forma, a parte

mais facilmente compreendida em um desenho é a mais regular, que requer menos

simplificação.

A clausura ou “fechamento”, o princípio de que a boa forma se completa, se fecha sobre

si mesma, formando uma figura delimitada. O conceito de clausura relaciona-se ao

fechamento visual, como se completássemos visualmente um objeto incompleto.

Ocorre, geralmente quando o desenho do elemento sugere alguma extensão lógica,

como um arco de quase 360º sugere um círculo.

Contudo essa teoria, entre outras regras, que o cérebro humano tende automaticamente a

desmembrar a imagem em diferentes partes, organizá-las de acordo com semelhanças de

forma, tamanho, cor, textura etc., que por sua vez serão reagrupadas de novo num

conjunto gráfico que possibilita a compreensão do significado exposto. A Gestalt

estabelece sete relações através das quais as partes da imagem são agrupadas na

percepção visual: proximidade, semelhança, direção, pregnância e continuidade.

Levando em consideração os argumentos mencionados, essas teorias se encontram

presentes nas imagens desenvolvidas, onde criar o catálogo de imagens foi fundamental

e de grande eficácia para o desenvolvimento da tipografia, marca, imagens editoriais e

audiovisuais existentes no projeto.

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3.4.8 - A tipografia

A tipografia é expressa através de símbolos, onde a humanidade passou a ter um maior

crescimento quando começou a utilizar a linguagem escrita, além da oral. Assim o

homem acumulou conhecimentos no decorrer do tempo repassando as seguintes

experiências de conhecimentos tipográficos as gerações futuras.

Deste modo, a tipografia possui uma extrema importância na história, possuindo valores

estéticos, focando sempre no objetivo da comunicação.

Sendo assim, foram desenvolvidas duas tipografias a Borúm Bold K e a Borúm Bold

K urbana, o nome borúm significa índio, a palavra bold, pelo fato de ambas as

tipografias possuírem um corpo mais denso, grosso, a letra K significa Krenak e a

palavra urbana da segunda fonte significa que a tipografia possui influências da arte

urbana devido os descascados que nela se encontram, além de lembra também o bambu

descascado.

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A forma de triângulo utilizada nas tipografias nas laterais das letras, segundo Chevalier

e Gheerbrant (2006), o triângulo é um símbolo divino de varias culturas, representando

o poder divino supremo, por além de ser muito utilizado na cultura indígena e pela arte

urbana.

Desta maneira, as tipografias foram criadas através de pesquisas de referencias visuais

tanto da arte indígena quanto urbana, amparadas em valores estéticos das mesmas,

respeitando algumas regras de criação tipográfica desde as definições das formas como;

Tipo, alfabeto, fonte, família, corpo, peso, forma, além da anatomia; altura de X,

ascendentes, barriga ou anel, cabeça, caractere caixa alta e caixa baixa, descendentes,

linha de base e olho.

Contudo, a tipografia foi desenvolvida no intuito de somar no projeto, além de divulgar

e valorizar símbolos da cultura indígena e enriquecer o projeto, além de ter sido criada

exclusivamente para ele, sendo utilizadas nos materiais editoriais e audiovisuais.

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3.4.9 - Referências Tipográficas

Para desenvolver as tipografias Borúm Bold K e a Borúm Bold K urbana, foi

necessário a utilização de outras tipografias como referência, que remetem

características da arte urbana e indígena, que também por obterem traços característicos

de ambos os estilos, apresentam-se em algumas partes do projeto.

3.4.10 - A marca

A marca foi desenvolvida para reforçar e adicionar uma identidade ao projeto, pois uma

marca valoriza e gera uma Identidade a campanha. A idéia de criar a marca, surgiu em

função de procurar atender a necessidade de obter uma identidade visual que singulariza

visualmente um dado a mais a campanha e a seus objetos, o que diferencia dos demais

objetos, além dos conceitos aplicados na mesma, que no caso presente da marca possui

elementos da cultura indígena, com características da arte urbana.

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A manifestação desta identidade no projeto apresenta-se fortemente, pois foi aplicada

nos materiais editoriais e audiovisuais como camisa, catálogo, bolsa e no dvd, assim

possui uma identidade visual, um reconhecimento de identidade.

Desse modo, a marca TRIBO apresenta-se com símbolos gráficos criados com

características da arte urbana. Esses símbolos foram retirados e reproduzidos

graficamente através da fotografias feitas na aldeia. Os elementos são; chocalho que

obtém sua forma retirada da foto artesanato, onde o chocalho se encontra sobre uma

mesa, uma trança reproduzida através da fotografia de uma criança do sexo feminina,

onde a forma da trança encontra-se na blusa feita de palha, a forma da flauta de bambu

retirada de uma foto a qual se encontrava sobre a mesa, o sol foi desenvolvido através

de símbolos gráficos no estilo da arte krenak para não perder a característica, além deles

falarem muito que os Deuses pra eles são o sol , água, a terra, tudo que a natureza nos

oferece são Deuses para eles, o instrumento de bambu amarrado a dois pedaços finos de

bambu é uma arma de sopro, as formas da pena retiradas de brincos, forma grossa

retangular com dois x retirada de um bambu amarrado e por fim a forma de uma seta

onde encontra-se a palavra tribo retirada da alça de uma bolsa Krenak.

Fruto de uma cultura grandiosa, a marca foi toda estruturada através de elementos

presentes no artesanato Krenak, e tudo estão fartamente registrados com imagens de

objetos concretos, ou seja, existentes na realidade Krenak.

Assim destacamos, cuidadosamente, os conceitos de valorização e respeito, uso em

diversos momentos da produção artístico-cultural do projeto.

Procuramos ainda, por meio de fundamentos de pesquisas, esclarecerem o porquê da cor

preta e branca, definida através de estudo de cores e conceito referente ao todo do

projeto.

Enfatizamos que a cor preta e branca aplicada à marca, torna-se imprescindíveis à

compreensão das formas dos elementos além das cores conceituarem o projeto de forma

positiva e negativa.

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O conceito positivo da cor preta é o valor de certa sofisticação e luxo. Significa também

dignidade, além de ser muito utilizada pelos Krenak na pintura corporal, a aplicação

dela na marca lembra a xilogravura, pois a xilogravura é um tipo de impressão artesanal,

onde os krenak fazem tudo artesanalmente fazendo assim os significados interligarem.

O preto em seu ponto negativo não é cor, é justamente a ausência de luz / cor, portanto

não causa nada.

Tem como significado psicológico solidão, seriedade, sobriedade e morte. Seu oposto é

o branco e também pode ser usado de um modo bem variado. Além de os dois juntos

remetem a relação dos dois mundos, Governador Valadares e Aldeia Krenak.

O branco tem como significado psicológico a calma, paz, tranqüilidade. Relacionando

ao projeto enfatiza a concepção de vago, a ausência de mostrar e divulgar mais a arte

indígena, por algumas pessoas não atentarem pela a cultura indígena e por faltar alguns

recursos que possam beneficiá-los em sua melhoria de vida e até mesmo em estar

divulgando sua cultura.

Concluindo, os aspectos mencionados ao desenvolvimento da marca do projeto, parte da

definição de aperfeiçoar as alternativas geradas que a compõe com características de

arte urbana, permeia-se por despertar o interesse e a curiosidade da população uma

cultura diferente de seu meio.

3.4.11 - Fonte da origem de cada símbolo da marca:

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3.4.12 - O significado das cores das imagens

É um fato que as cores têm uma grande influência psicológica sobre o ser humano.

Existem cores que se apresentam como estimulantes, alegres, otimistas, outras serenas e

tranqüilas, entre outros. ( JEAN CHEVALIER, 2006)

Assim, quando o Homem tomou consciência desta realidade, aprendeu a usar as cores

como estímulos para encontrar determinadas respostas e, a cor que durante muito tempo

só teve finalidades estéticas, passou a ter também finalidades e funcionalidades práticas.

É possível compreender a simbologia das cores e através delas dar e receber

informações.

Desse modo, optei em fazer uma análise das cores com o conceito da qual quis passar e

explicar de um modo abrangente as cores juntamente com associações positivas, que

possuem nas imagens desenvolvidas.

Cores que possuem significados que abrangem a cultura indígena krenak e também a

cultura urbana.

Assim a cor laranja associa-se a energia, atividade, generosidade e convívio. A cor

amarela significa sol, verão, luz celeste, inteligência/ciência, ação, realeza e expansão.

A cor verde significa, vegetal, natureza, vida, esperança, fertilidade, segurança e

satisfação.

A cor azul remte a espiritualidade, fé, sobrenatural, justiça, racionalidade, seriedade e

tranquilidade.

A cor lilás significa nobreza, realeza, poder e misticismo. A cor preta representa luxo,

distinção, rigor e dimensão artística.

A cor branca representa a inocência/pureza, perfeição/verdade e sabedoria.

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A cor cinza muito utilizada no grafite e aplicada no projeto remete a ciência, tecnologia

e ao concreto.

E por fim a cor vermelha muito utilizada no projeto devido ao uso na aldeia Krenak, nas

roupas e artesanato. O vermelho remete a fogo, paixão, dinamismo, revolução e ao sexo.

Portanto, as cores se encontram presentes em objetos, artesanato, nas pinturas corporais,

nas construções de Valadares, na natureza, além de ser muito utilizada na arte urbana e

na arte indígena e definidas através de estudo e observações de referências visuais e na

aldeia krenak.

3.4.13 - As texturas

As texturas utilizadas nas criaçõe das imagens foram texturas de parede, bambu árvores,

madeira, prédios e pingos de tintas. Texturas utilizadas para a criação de fundos das

imagens, são muito utilizadas pelos krenak na construção de tenda de bambu e artesanto

em geral.

A textura de parede foi utilizada por causa da arte urbana, pois muitas referências

visuais pesquisadas obtinha texturas de vários tipos de muros, chapas de ferros,

utilizadas também muito para pichações.

Os pingos utilizados representam a pintura corporal krenak, a tinta preta feita de

genipapo utilizada na pintura corporal, além dos pingos remeterem a algo mais solto,

despojado, um estilo urbano de grafiteiros.

As texturas foram observadas na aldeia e na arte urbana, obtendo significados dea

natura e artesanal, utilizado por ambos os estilos.

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3.4.14 - Os produtos desenvolvidos

Foi desenvolvido um kit para uma apresentação mais organizada para futuros

patrocinadores, apoio e parcerias, além de ser mais atrativo para o público jovem devido

os produtos terem sido desenvolvidos baseados numa tendência observada na moda

atual dos jovens, onde os jovens teriam contato com esse produto através das escolas,

estaduais, municipais e particulares, onde juntamente numa parceria com a prefeitura e

FUNAI da cidade a campanha seria realizada e divulgada aos mesmos.

O Kit contém uma camisa, um catálogo e um DVD, um produto que pode ser

comercializado com o objetivo até mesmo de fonte de estudo para alunos das escolas,

para FUNAI e para a aldeia, além de ser um documento que evidencia as riquezas da

cultura Krenak, apesar de toda a dificuldade enfrentada por eles em seu cotidiano.

3.4.15 - O catálogo

O catálogo foi desenvolvido para uma maior flexibilidade do público com um contato

direto com as imagens, além de ser mais fácil para transportar e para mostrar as imagens

desenvolvidas. Possui um texto de apresentação explicando um pouco sobre o projeto e

texto explicando os conceitos das imagens, tipografia, forma e a marca.

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3.4.16 - As imagens se encontram nos versos das imagens e dos textos do miolo do

catálogo:

O fundo desenvolvido para o miolo do catálogo é uma foto de uma parede mais o efeito

do pichi experimentado antes no papel, e trabalhado no programa de computação

gráfica photoshop. Esse fundo foi desenvolvido para uma separação de cada parte de

criada no catálogo.

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3.4.17 - A camisa

A camisa é de cor branca, com a marca Tribo silkada em alto relevo, significando a

Xilogravura, para passar um aspecto de artesanal, manual.

3.4.18 - A sacola

A sacola foi desenvolvida para armazenar o catálogo, o DVD e a camisa. Um modo

esteticamente bonito e organizado para carregar todo o material desenvolvido. Foi

criada na cor branca com o silk da marca em alto relevo representando a xilogravura, ou

seja, o artesanato.

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3.4.19 - DVD

O DVD foi desenvolvido com a finalidade de divulgar a cultura indígena Krenak

através de um documentário contendo as imagens gráficas simuladas nos locais que os

outdoors, empenas ficam na cidade de Governador Valadares.

Este documentário com as melhores imagens das filmagens e montagens com as fotos

tiradas na aldeia e os extras com algumas mostra de raffs, referências visuais criação do

catálogo, apresentação do documento de uso e autorização de imagem.

Para o layout impresso do DVD foi desenvolvido um encarte externo, uma capa com

ficha técnica, marca e um prévia do que contém o DVD. A etiqueta adesiva do CD e um

pôster com um texto de apresentação que é o mesmo texto que contém no catálogo

explicando um pouco sobre as imagens e o documentário desenvolvido.

Encarte externo Etiqueta adesiva

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Pôster interno

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3.4.20 - O Kit; Sacola, camisa, catálogo, DVD

Uma forma de apresentação, Marketing e futuramente patrocínio

Para a apresentação final do produto foi desenvolvido um kit com a finalidade de ser um

projeto mais apresentável e organizado, além de obter influências de marketing,

agregando valor ao produto final, deixando de ser simplesmente formal, passando a

atuar a objetos e ao sistema de informação, fornecendo dados quanto à sua função e ao

seu desempenho.

O marketing segundo Carla Niemeyer (2002) “é um fator fundamental para criar o

desejo de compra” fazendo com que o empreendedor obtenha lucros futuros. Carla

relata que “o marketing pode ser definido como qualquer atividade cujo o objeto é criar

ou satisfazer a demanda para um produto ou serviço.”

Isto posto, que a estruturação, desde a criação até a apresentação final do projeto, o

marketing é um dos fatores que consolidou valores ao projeto.

Os objetos desenvolvidos possuem cores preta e branca, onde seu layout apresenta-se de

forma limpa sem muitas imagens somente a marca, e algumas vezes traços de símbolo,

formas indígenas, conceituando-se assim num contraste impactante do conteúdo interno

do produto que são imagens coloridas, além de não se tornar um material cansativo com

muitas imagens externas e internas do produto.

O conceito vai além do impacto, mas também de estigar o segredo e a imaginação de

quem vê o produto.

Contudo o Kit acarreta valores a todo o momento, pois além de ser uma forma de

apresentação, vai além dos valores estéticos, revigorando em cada objeto o valor e a

importância do conceito.

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4.0 – DEFESA

No decorrer do memorial, apresentei algumas defesas sobre as criações desenvolvidas,

onde evidencia seus significados e conceitos.

Mas cabe explicar, alguns objetos presentes nas imagens, como por exemplo, placa de

trânsito, que significam indicações apresentando nelas símbolos da cultura indígena

krenak, fazendo com que o público conheça um pouco de seus símbolos.

Desse modo, a relação dos significados dos dias da semana com as imagens é por não

ter justamente diferença entre os significados dos dias no universo indígena e urbano,

para ambas as culturas possuem o mesmo significado, onde reforça ainda mais o

conceito de união.

Prédios que se encontram nas imagens, são prédios fotografados da cidade, que

remetem a questão de muitas pessoas, movimento, por isso sua composição apresenta-se

às vezes na diagonal, atrás do outro e nas laterais.

Há também muita presença de símbolos, formas indígenas, das quais foram retirados de

artesanato dos krenak e pintura corporal. Assim através desses símbolos foi

desenvolvido um catálogo de forma que ajudou muito nas criações, desde a marca a até

as imagens gráficas finalizada.

As texturas utilizadas foram de muros, algumas são os muros da minha casa onde foram

pichados, sendo utilizado para experimentações, mas antes do muro ser pichado, foram

feitas experimentações em folhas A4 sufite, o resultado não foi surpreendente, por isso

pichei o muro peguei o que pichei nas folhas e juntei com as fotos que tirei dos muros,

obtendo assim o resultado que queria.

As cores utilizadas em todo projeto foram cores observadas no estilo de arte indígena e

de arte urbana, e foi interessante fazer este estudo de cores, pois ambas utilizam muitas

cores quentes, além de utilizar muito preto e vermelho, apesar de um estilo ser simétrico

e outro totalmente assimétrico, nas cores eles possuem uma relação mais com

significados diferentes.

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Assim, o Kit desenvolvido apresenta-se em duas cores preto e branco, para passar um

suspense, estigar a pessoa a imaginar, se as imagens de dentro dos conteúdos, como

catálogo e DVD serão preta e branco ou colorida, além do o preto e branco serem cores

completamente diferente mais que juntas fazem uma combinação muito interessante,

evidenciando assim Valadares e a aldeia krenak, onde o preto remete também as

dificuldades enfrentada no dia a dia do indígenas, além do preconceito que infelizmente

ainda existe. E o branco representa a parte clara, onde existe ainda uma comunicação

entre os dois mundos, entre as pessoas que se interessam em ajudar e estudar sobre

culturas diferentes. Assim o preto e o branco juntos fazem uma combinação bela,

representando a união dos dois mundo.

De fato, o alto relevo, ou seja o silk emborrachado, presente na camisa e na bolsa,

remete a xilogravura, uma técnica manual de impressão de uma cor apenas,

representando assim o artesanal, manual da arte indígena e da arte urbana.

Foram pesquisadas e utilizadas técnicas da arte urbana, para as experimentações como a

do grafite, piche e a de mascaras para pichi com formas e símbolos da cultura indígena.

Foram utilizados equipamentos para fotografar e filmar na aldeia, uma máquina digital e

uma câmera filmadora com tripé de qualidade boa.

Os formatos das imagens foram desenvolvidos proporcional ao outdoor e empena,

retangular na vertical e horizontal, duas imagens que são mais estreitas, que são a de

relação e manifestação cultural, pois seu formato de aplicação é mais quadrado e será

aplicada em ônibus. Assim, o formato do catálogo foi definido na vertical e retangular

com encadernação airô, onde seu tamanho é de no tamanho de para 24x12cm para

facilitar o manuseio e até mesmo a aplicação das imagens puras.

A impressão do catálogo foi no couchê 220g com laminação fosca e a capa e contracapa

no adesivo vinil, e encapado ao papel cartão branco pra ficar mais resistente.

Todo o encarte do DVD foi impresso em uma gráfica offset, no papel couchê 115g uma

única cor.

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O material da bolsa foi definido por ser um material mais fácil de limpar, material

chamado naylon, e a camisa malha branca, pois é mais fresca e remete também por ser

branca os conceitos relacionados ao projeto.

O material impresso as pranchas de apresentação e o catálogo foram impressos em Belo

Horizonte em uma gráfica digital chamada Áster Graf, devida uma possibilidade melhor

de acabamento gráfico. E os impressos do encarte do DVD foram feitos em governador

Valadares na Maxgráfica.

A sacola foi feita através de um fornecedor de Salvador na Bahia, pois foi feita em uma

empresa de brindes chamada Shopping Brindes, a qual possui uma diversa variedade de

brinde. O contato com a empresa foi por telefone, o interessante foi a confiança que tive

que ter para receber o produto, e fiquei surpresa pela qualidade e competência com a

qual a empresa me atendeu.

É interessante citar, toda a busca de fornecedores e pesquisas de preços, pois além de

uma pesquisa de preço, foi necessário que o fornecedor atendesse nos critérios de

rapidez e de qualidade, assim a pesquisa foi desenvolvida através de internet e catálogos

e os contatos iniciais por telefone. Sendo assim foi de grande valia e até mesmo uma

experiência que obtive. Além de ter ficado surpresa com a competência com a qual eles

me atenderam em termos de tempo e qualidade foram excelentes e serão procurados até

em projetos futuros.

A capa de plástico do DVD foi definida a branca, por ser uma capa esteticamente mais

bonita e por fazer parte da unidade visual de todo o kit.

No DVD foram desenvolvidas animações iniciais de abertura, também a apresentação

das imagens gráficas criadas além dos extras. Tudo embasado e criado no que foi

fotografado e filmado na aldeia krenak e na cidade de Valadares.

Contudo a trilha do DVD é de Mú Carvalho, Triballoo Feel e DJ Tiesto. Foram feito

umas misturas com as músicas eletrônica e música indígena remicxando as mesmas,

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fazendo assim uma interação entre os áudios, representando os dois mundos e os unido

musicalmente.

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5.0 – CONCLUSÃO

Levando em consideração todos os aspectos mencionados no memorial, os problemas

enfrentados pela população indígena atualmente é de preconceito, falta de respeito,

perda de sua cultura e até mesmo a extinção do índio e de sua cultura. Por isso, a

preocupação em desenvolver um projeto focado no público jovem, pois eles serão

nossas futuras gerações e se despertarem o interesse em valorizar, preservar, e divulgar

a cultura indígena desde agora, no futuro não teremos tantos problemas, pois essa

concepção prevalece, não somente para a cultura indígena, há muito outros fatores e

conceitos trabalhados nas imagens, que se não preservarmos e respeitarmos desde já, os

reflexos das conseqüências no futuro será trágico.

No entanto, a experiência que adquiri não somente como profissional, mas como ser

humano em fazer o projeto, superou todas as minhas expectativas e me fez amadurecer

muito, onde descobri o meu limite como ser humano, em saber a hora de parar sem que

me prejudicasse tanto no profissional como físico.

Como profissional, pude observar que quanto mais nós estudamos e corremos atrás

menos sabemos, pois a todo instante estamos aprendendo. Aprendendo a fazer pesquisa

de preços, conhecendo novos fornecedores, gráficas diferentes, além de ter viajado para

conhecer outra cultura e ter feito muitas amizades.

Além das lições de moral, como organização, de pesquisar preço, pesquisar em livros e

revistas, de que quantidade não é qualidade, de que nós seres humanos precisamos e

muito uns dos outros, de ser perseverante, de respeitar opiniões e diferenças das outras

pessoas, de deixar da preguiça.

O mais interessante é que quando entrei no curso, eu não sabia nada, uma noção básica

de informática, e uma prévia de que era Design Gráfico e de como era o mercado de

trabalho, por eu saber desenhar um pouco me identifiquei um pouco com o curso.

Mas aprendi tudo no curso, toda a essência e filosofia desde a prática a teoria e devo

isso a todos os professores, dos quais serei eternamente grata, o curso me ajudou em

tudo a perceber que um simples papel rasgado e uns pingos de tintas que parecem

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insignificantes podem romper paradigmas de preconceito e se tornarem artes visuais

incríveis.

E para criar as imagens, tive que perceber os papéis que passaram pelos meus olhares

como; texturas velhas, de palhas, roupas, paredes, chão, tintas e outras coisas que

parecem ser insignificante que algumas pessoas às vezes não percebem mas que na

realidade são tão importantes e às vezes fazem mais a diferença que um objeto normal.

Assim com o decorrer do curso aprendi a perceber mais, tudo a minha volta, onde o

curso me fez entender que em um projeto não existe a interdisciplinaridade, mais sim a

multi-mega-interdisciplinaridade que nos ensina a superar as barreiras e os desafios

encontrados no decorrer do projeto e como ser humano também.

Enfim, o projeto todo, desde o início, que para mim não iniciou no 7º período, mas no

terceiro, onde a partir do momento que comecei a pesquisar sobre o que eu queria e que

com o decorrer do curso vim amadurecendo até as últimas gotas, ou seja, até no 7º

período na banca, da qual cada dia surgia idéias novas e pessoas com experiências

propondo me ajudar foi de suma importância para o meu projeto.

E que, contudo, desde o 1º período até o meu último dia como acadêmica em design

gráfico, tenho certeza que deixarei, mas assim como levarei não somente pra minha vida

profissional, mas a vida pessoal, a amizade de colegas e professores, a experiência e um

curso que não foi simplesmente um curso, mas quatro anos que fizeram parte de minha

vida e que jamais esquecerei.

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64

6.0 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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