1098-C36

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  • 54 Reunio Anual da SBPC Goinia, GO Julho/2002

    BIOQUMICA CARACTERIZAO E PURIFICAO PARCIAL DE GALACTANAS SULFATADAS DA ALGA MARINHA GRACILARIA CERVICORNIS Fernando Roberto Ferreira Silva1* [email protected], Celina Maria Pinto Guerra1, Ivan Rui Lopes de Albuquerque1, Luciana Guimares Alves2, Valquria Pereira de Medeiros1, Karla Cristiana Souza de Queiroz1, Hugo Alexandre de Oliveira Rocha1, Edda Lisboa Leite1 1 UFRN, Natal/RN, 2 UNIFESP, So Paulo/SP (INTRODUO) As algas marinhas so consideradas os representantes mais simples do reino vegetal, entretanto elas apresentam uma grande importncia nos dias atuais, principalmente para alguns segmentos da indstria como a cosmtica, a alimentcia e a farmacutica. Essa importncia se deve, quase que exclusivamente, a presena de polissacardeos caractersticos desses organismos e a presena de grupamentos sulfato nesses polissacardeos, o que possivelmente atribui uma srie de atividades biolgicas a esses polissacardeos. Nosso trabalho se detm ao estudo dos polissacardeos encontrados em algas marinhas vermelhas, onde destacam-se as galactanas, que so constitudas por galactose. Desta forma, os objetivos do nosso trabalho so extrair polissacardeos sulfatados da alga marinha vermelha Gracilaria cervicornis, promover a purificao e a caracterizao qumica parcial dos mesmos e avaliar as possveis atividades biolgicas desses polissacardeos. (METODOLOGIA) A alga foi doada pela professora Eliane Marinho Sobrinho do Depto. de Oceanografia e Limnologia, em seguida foi seca na estufa 45C. A alga seca foi triturada e o p resultante foi submetido a despigmentao e delipidao com dois volumes de acetona, durante 12 horas. O p cetnico foi submetido a uma protelise com a enzima maxatase (15mg/g de p cetnico) 60C overnight, em pH 8.0. O material resultante desta etapa (cru de polissacardeos) filtrado e, em seguida, adicionado a ele dois volumes de metanol para precipitar. O precipitado seco e chamado de Frao Inicial (FI). 100ml de uma soluo de FI (20mg/ml) foi submetida a um tratamento com CTV originando a Frao Parcial (FP). Em seguida, a frao FP foi fracionada em cromatografia de troca inica com a resina lewatite e a eluio foi feita com concentraes crescentes de sal (0,15 3M), originado as fraes de 1 a 8. Todas as fraes foram submetidas a eletroforese em gel de agarose tampo PDA 0.05M pH 9.0, a fim de se observar a metacromasia destes compostos, a dosagens qumicas para se quantificar os teores de polissacardeos, cidos urnicos, protenas e sulfato desses polissacardeos, e a cromatografia descendente em papel em tampo isobutrico-amnia. O teste para avaliar a atividade antiinflamatria foi realizado em ratos da linhagem Wistar, induzindo a inflamao na orelha do rato e depois injetando uma soluo da frao 1 para verificar se ela possui atividade antiinflamatria. (RESULTADOS) O rendimento dessas fraes variou de 1.2 a 31.5%. Os acares constituintes das fraes foram caracterizados atravs de cromatografia descendente em papel. O perfil eletrofortico das fraes mostrou-se metacromtico, indicando a possvel presena de sulfato. Os mtodos colorimtricos mostraram um teor de protenas de 0.11 a 0.86%, um teor de acares totais de 0.85 a 80.75%, um teor de sulfato de 0.013 a 30.52% e um teor de cidos urnicos de 0.19 a 4.18 mg/ml. A frao 1 (NaCl 0.15M) apresentou uma boa resposta no teste de atividade anti-inflamatria em ratos Wistar, reduzindo a espessura da inflamao. (CONCLUSES) A metodologia para extrao e fracionamento dos polissacardeos se mostrou bastante eficiente, uma vez que as fraes apresentaram metacromasia nas eletroforeses, o que demonstra uma possvel presena de grupamentos sulfato. As fraes apresentaram um baixo teor de protenas e um elevado teor de polissacardeos totais e de sulfato. A cromatografia descendente demonstrou que a galactose o acar constituinte de todas as fraes. E a frao 1 possivelmente pode atuar como agente antiinflamatrio sendo, entretanto, necessrios novos testes. Agncia Financiadora: PPPg/UFRN, CNPq/PIBIC, CAPES TRABALHO DE INICIAO CIENTFICA.