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ANO I NÚMERO 03 DATA 11/05/2012

11 Maio 2012

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ANOI

NÚMERO03

DATA11/05/2012

O TEMPO - P. 24 - 11.05.2012

cOnT... O TEMPO - P. 24 - 11.05.2012

MINAS GERAIS SEX 3EXECUTIVO

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Hospitais integrantes da Rede de Urgência e Emergência da macrorregião

Cidade Hospital

Abaeté

Belo Horizonte

Brumadinho

Caeté

Conceição do Mato Dentro

Contagem

Corinto

Curvelo

Esmeraldas

Guanhães

Ibirité

Itabira

João MonlevadeLagoa SantaNova LimaOuro Preto

Pedro Leopoldo

PompéuRibeirão das NevesSanta LuziaSete Lagoas

Três Marias

Vespasiano

Governo implanta Rede de Urgência e Emergência da região Central

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INVESTIMENTOS

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Minas gErais - P. 3 - 11.05.2012Governo implanta Rede de Urgência e Emergência da região Central

cOnT... Minas gErais - P. 3 - 11.05.2012

MINAS GERAIS SEX 3EXECUTIVO

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Hospitais integrantes da Rede de Urgência e Emergência da macrorregião

Cidade Hospital

Abaeté

Belo Horizonte

Brumadinho

Caeté

Conceição do Mato Dentro

Contagem

Corinto

Curvelo

Esmeraldas

Guanhães

Ibirité

Itabira

João MonlevadeLagoa SantaNova LimaOuro Preto

Pedro Leopoldo

PompéuRibeirão das NevesSanta LuziaSete Lagoas

Três Marias

Vespasiano

Governo implanta Rede de Urgência e Emergência da região Central

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INVESTIMENTOS

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VANESSA LIMA

O Ministério Público de Roraima (MP-RR), por intermédio da Promotora de Justiça de Defesa da Saú-de, ingressou com uma ação civil pública com pedido de liminar contra o estado para que sejam providen-ciadas adequações imediatas dos leitos da UTI e apre-sentada proposta para a efetiva ampliação dos leitos hospitalares no prazo de 18 meses.

A Promotoria de Justiça abriu Procedimentos In-vestigatórios Preliminares (PIPs) para verificar as con-dições de assistência hospitalar em regime de terapia intensiva (UTI) e a cobertura assistencial de leitos no Hospital-Geral de Roraima (HGR).

Foram constatadas precariedade sanitária, a falta de materiais essenciais ao funcionamento dos leitos hospitalares, além da insuficiência de cobertura hospi-talar tanto em leitos gerais quanto em leitos de terapia intensiva.

De acordo com portaria do Sistema Único de Saú-de (SUS), a necessidade de leitos hospitalares totais é mensurada proporcionalmente à quantidade populacio-nal, devendo ser ofertados de 2,5 a 3 leitos para cada mil habitantes.

No caso de Roraima, hoje com mais de 450.479 habitantes, consta na ação civil pública que deveria ha-ver no mínimo 1.126 leitos totais e 112 leitos de UTI. Contudo, o número de leitos totais nas unidades da ca-pital e do interior não alcança 699, existindo um déficit de 427 leitos totais. Nos leitos de UTI, o déficit é de 102, o que caracteriza uma deficiência de 90% da ne-cessidade do estado.

Diante da situação, o MP buscou verificar as pro-vidências da administração pública estadual para ade-quação de seus serviços de saúde e deparou-se com ajustes sanitários pouco significativos, em especial com relação ao HGR, onde foi constatada precariedade das condições assistenciais no que diz respeito a recur-sos humanos, materiais e infraestrutura predial.

Apesar da realização de obras na unidade hospita-lar, a existência de um estudo para ampliação da UTI, o anúncio de um investimento milionário para a cons-trução do Hospital das Clínicas (que deveria ofertar mais 160 leitos), consta na ação movida pelo MP que o quantitativo final de leitos não irá suprir a atual neces-sidade da população roraimense.

É destacado ainda que, além de não atingir a quan-tidade de leitos previstos na portaria do SUS para a cobertura de assistência hospitalar da população do es-tado, a proposta do Hospital das Clínicas e do Hospital de Rorainópolis “tratam-se de obras inacabadas sem qualquer previsão de término e efetivo funcionamen-to”.

A unidade do sul do estado, por exemplo, que teve a obra iniciada em 2001, já teria passado por três inau-gurações e está atualmente “se degradando” há vários anos, sem entrarem em funcionamento. O Hospital das Clínicas, conforme a ação, está em sua segunda etapa de investimento para a construção de um terceiro bloco e sequer se apresenta funcional das demais partes.

Segundo informações da ação civil pública, em espelhos de consultas realizadas ao Fundo Nacional de Saúde, consta que o estado possui convênios ativos para a construção da unidade no Pintolândia, um de-les desde 2007, e sem qualquer movimentação desde março de 2010 (com término da vigência previsto para janeiro de 2013) e outro para a construção do terceiro bloco (com o término no final do ano). Ambos totali-zam aproximadamente R$ 28 milhões. Existem pen-dências relativas a prestação de contas.

“É importante destacarmos que o problema que se deflagra, pelo que se apurou, não se deve à insuficiên-cia de recursos financeiros, mas sim de ineficiência da gestão”, destaca a ação que ainda está para ser aprecia-da pela Justiça. O estado foi intimado a se manifestar esta semana.

O MP requer na ação civil pública que seja deter-minado que o estado providencie a necessária adequa-ção imediata dos leitos de UTI atendendo aos padrões mínimos exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Além disso, que seja apresentada proposta com cronograma exequível para a efetiva ampliação dos leitos hospitalares visando à implantação, no prazo de 18 meses, de 427 leitos totais e de 102 leitos de UTI, de modo a atender os padrões exigidos na legislação, com aplicação de multa diária por descumprimento.

SESAU – A assessoria de comunicação da Secre-taria Estadual de Saúde (Sesau) informou apenas que ainda não foi notificada sobre a ação e não comentou sobre a deficiência no número de leitos e de UTI.

FOlha dE BOa VisTa - rr - cOnaMP - 11.05.2012

MP cobra na Justiça mais leitos e UTI

Humberto SiqueiraUma das ferramentas mais po-

tentes contra o câncer é a radiote-rapia. A técnica é necessária para tratar 60% de todos os casos de tumores malignos diagnosticados, inclusive aqueles mais prevalentes no país, como os de próstata, pul-mão, mama e colo uterino. Esse tra-tamento permitiu, por exemplo, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitasse uma cirurgia, o que poderia comprometer sua capacida-de de falar. “A percepção de que a radioterapia é apenas um tratamento paliativo não corresponde à realida-de. Casos de câncer de laringe, colo uterino, próstata e pulmão, em es-tágio inicial, podem ser totalmente curados utilizando apenas a radio-terapia,” afirma Robson Ferrigno, radio-oncologista do Hospital Isra-elita Albert Einstein e presidente da Sociedade Brasileira de Radiotera-pia (SBRT).

No entanto, 85 mil pacientes não vão conseguir se submeter à radioterapia este ano no Brasil. E aqueles que o fizerem, terão de es-perar em média mais de 110 dias para iniciar as sessões. No Reino Unido, por exemplo, 99% dos pa-cientes iniciam o tratamento em até 28 dias. Isso porque, mesmo que a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomende uma máquina de megavoltagem – o acelerador linear – para cada 600 mil habitantes, para uma adequada cobertura de preven-ção, no Brasil, com uma população estimada em 200 milhões de pesso-as, são necessárias 335 máquinas, mas temos apenas 230. Um déficit de 135 unidades. Minas Gerais tem 30, mas precisaria de 42. Amapá e Roraima, no Norte do país, não têm

nenhuma máquina para atender a população. Outro problema é a con-centração desses aparelhos nas ca-pitais.

Diante do quadro, mesmo quem tem acesso a planos de saúde e exa-mes mais complexos precisa espe-rar muito para iniciar o tratamento. Imagine a parcela da população que simplesmente não chega ao trata-mento indicado? E a situação pode se agravar. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Onco-logia Clínica, Anderson Silvestrini, “houve um aumento de 69% nas projeções de casos novos de câncer no Brasil nos últimos 10 anos. Até 2020, os tumores malignos serão a principal causa de morte no Brasil. Além de alguns maus hábitos como tabagismo e sedentarismo, além dos altos índices de obesidade, a popu-lação brasileira está envelhecendo. “Nossa pirâmide etária está mudan-do. Estamos deixando de ser um país de jovens e a importância disso é que o câncer afeta, principalmen-te, maiores de 60 anos”, completa o oncologista Rafael Kaliks, diretor científico do Instituto Oncoguia.

Atualmente, as técnicas mais modernas de tratamento são a radio-terapia guiada por imagem (IGRT) e a radioterapia de intensidade mo-dulada (IMRT). São distintas, mas complementares. O IGRT utiliza diversas técnicas de imagem digital e tridimensionais para identificar a localização exata de um tumor. A precisão proporcionada pela IGRT é muito importante, porque os tu-mores não são estacionários. Eles podem se deslocar um pouco entre e durante os tratamentos, devido a processos fisiológicos normais, tais como a respiração. Essa tecnolo-

gia permite que o feixe de radiação acompanhe os movimentos da respi-ração, sem perder o foco no tumor.

Por melhorar a precisão do tra-tamento por radioterapia, a IGRT permite que os médicos usem me-lhor a IMRT, aumentando a dose de radiação nas células cancerígenas e ao mesmo tempo mantendo a dose nos tecidos próximos a mais baixa possível. No caso de tumores da cabeça e do pescoço, a radioterapia de intensidade modulada minimiza a exposição da medula espinhal, do nervo óptico, glândulas salivares ou de outras estruturas importantes. E no tratamento do câncer de próstata, a bexiga e o reto ficam protegidos.

A radioterapia também pode ser usada depois da intervenção cirúr-gica de retirada do tumor para evi-tar sua reincidência. Em parte dos casos, ela é administrada em com-binação com a quimioterapia. As células tumorais, mais sensíveis à radiação do que as células sadias, podem ser destruídas com a radiote-rapia ou ser impedidas de se repro-duzir, interrompendo a progressão do câncer. O tratamento é realizado pelos aceleradores lineares, equi-pamentos que produzem radiações terapêuticas invisíveis e indolores para atingir uma camada específica do corpo.

Eficácia de equipamento vale o alto investimento

O custo de aquisição dos ace-leradores é alto: média de US$ 2 milhões por um modelo básico. E não há similares nacionais. Além disso, o valor do metro quadrado da construção das salas de tratamento é muito maior, devido à necessidade de blindagem. Ainda assim, Robson Ferrigno garante que o custo final é

EsTadO dE Minas - P. 28 - 11.05.2012 saÚdE

Radioterapia enfrenta déficit no Brasil Técnica que trata 60% dos casos de câncer diagnosticados no país sofre com falta de aparelhos modernos e

mão de obra capacitada. Apesar de governo anunciar recursos, especialistas não estão confiantes

melhor. “Pacientes com câncer de próstata, tratados com uma radioterapia antiga e inadequada, têm chances maiores de recaída e complicações. Esses pacientes voltam com mais frequência para o sistema público de saúde, para tratar a remissão da doença com hormonioterapia e/ou para tratar complicações da radioterapia. Na região abdominal, por exemplo, a radioterapia convencional, única técnica autorizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é inca-paz de prever a dose de radiação liberada nos rins, podendo levar o paciente à insuficiência renal crônica e esse necessitar de diáli-se para o resto da vida. Isso torna o custo final de tratamento muito maior e com prejuízos inestimá-veis à qualidade de vida do doen-te”, pondera Ferrigno.

Quando usado o acelerador linear, o número de aplicações varia de uma a 40, dependendo da situação clínica, com tempo de 10 a 20 minutos durante cada sessão. Aqui são usadas pequenas doses de radiação diariamente em vez de doses maiores, ajudando a proteger os tecidos sadios do cor-po na área de tratamento. Pausas para descanso nos fins de sema-na permitem que as células nor-mais se regenerem. A dosagem total de radiação e o número de tratamentos que um paciente ne-cessita dependerão do tamanho e da localização do câncer, do seu tipo, da saúde geral do paciente entre outros fatores.

Para preservar as células sa-dias, há ainda outra estratégia. “A radioterapia atua localmente. Mas a radiação pode passar por órgãos saudáveis. Como quere-mos bombardear apenas o ini-migo, usamos várias portas de entrada para a radiação, direções

diferentes, que vão sempre para o tumor e se concentram lá”, ex-plica Carlos Manoel Mendonça de Assis, diretor de Radioterapia do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

saiba maisterapia com radiação

A radioterapia faz uso de ra-diações ionizantes – ondas ele-tromagnéticas com energia sufi-ciente para alterar a estrutura da matéria viva por meio da retirada de elétrons de seus átomos. Esse processo pode levar a célula à morte devido às alterações em seu interior. Essas radiações são invisíveis, indolores e, depen-dendo da sua energia, atingem determinada profundidade do corpo. A radiação emitida pela radioterapia atravessa o corpo do paciente: ele não fica com radia-ção no organismo e pode manter contato normal com as pessoas. O tratamento é realizado por equipe multidisciplinar liderada pelo radio- oncologista, médico especialista que prescreve o tipo e a dose exata do tratamento que melhor se adapte às necessidades do paciente. O físico participa do planejamento, garantindo que as máquinas apliquem a dose correta de radiação, além de programar o tratamento junto com o médico. O enfermeiro ajuda os pacientes a aprender sobre o tratamento e como lidar com qualquer efeito adverso. Já o tecnólogo manu-seia o equipamento que aplica a radiação.

Enquanto isso...

Pé atrás diante e novas promessas

O avanço do câncer na popu-lação brasileira faz com que es-

pecialistas não vejam com tanto otimismo o anúncio do Ministério da Saúde, no último dia 18, sobre o aumento da oferta de radiote-rapia no país. A promessa é de investir R$ 550 milhões na área, sendo R$ 325 milhões em infra-estrutura e o restante na compra de 80 novos aceleradores lineares e outros equipamentos. A ideia é atender mais 28 mil doentes por ano até 2014. “Esse aumento é bem-vindo, mas se ocorrer, ainda será insuficiente, pois já temos 85 mil pessoas sem atendimento. E a tendência é que o número au-mente”, alerta Robson Ferrigno, presidente da Sociedade Brasilei-ra de Radioterapia.“Estamos com o pé atrás, até porque, em 2008, foi feito um PAC da Saúde que já previa alto investimento na ra-dioterapia e absolutamente nada foi feito. Além disso, não adianta investir todo esse montante em equipamentos e infraestrutura sem capacitar mão de obra, que precisa ser altamente qualifica-da. Estamos fechando um turno de radioterapia no Inca por falta de técnicos”, acresccenta Carlos Manoel Mendonça, diretor do serviço no Instituto Nacional de Câncer (Inca).

sobrevida cada vez maior

Na década de 1960, apenas 39% das pessoas com câncer sobreviviam cinco ou mais anos depois do diagnóstico da doença. Esse percentual vem crescendo ao longo dos anos. Atualmente, chegou a 64%. E mais de 60% dos pacientes alcançam a cura definitiva. Mas esse êxito de-pende, em grande parte, de uma descoberta a tempo do problema, e, claro, de um tratamento ade-quado.

cOnT... EsTadO dE Minas - P. 28 - 11.05.2012