147777874 Trabalho Vias de Comunicacao

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  • UNIVERSIDADE DE AVEIRO

    Departamento de Engenharia Civil

    Vias de Comunicao

    Memria Descritiva

    Autores: Docente:

    59597 Catarina Brown de Matos Cruz Agostinho Benta

    60148 Gonalo Correia Lopes

    Ano letivo 2012/2013

  • Vias de Comunicao Memria Descritiva

    2

    ndice

    1. INTRODUO ............................................................................................................... 3

    2. CONSIDERAES INICIAIS: ........................................................................................ 4

    2.1. TOPOGRAFIA ............................................................................................................. 4

    2.2. DEFINIO DO TRAADO ............................................................................................ 4

    3. CURVAS CIRCULARES E DE TRANSIO: ................................................................ 5

    3.1. DEFINIO DE LINHA MDIA ........................................................................................ 5

    3.2. MEDIO DOS NGULOS E DEFINIO DOS RAIOS ........................................................ 5

    3.3. DEFINIO DOS RAIOS ............................................................................................... 6

    3.4. DEFINIO DA CLOTIDE E CURVAS DE TRANSIO ...................................................... 6

    3.5. CURVAS DE TRANSIO ............................................................................................. 8

    4. PERFIL LONGITUDINAL: ............................................................................................ 11

    4.1. DEFINIO DAS INCLINAES ................................................................................... 11

    4.2. DIAGRAMAS DE CURVAS ........................................................................................... 17

    4.3. SOBRE-ELEVAO ................................................................................................... 18

    5. ......................................................................................................................................... 19

    6. PERFIS TRANSVERSAIS: .......................................................................................... 19

    7. CONCLUSO: ............................................................................................................. 19

    8. BIBLIOGRAFIA: .......................................................................................................... 20

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    1. INTRODUO

    No presente trabalho pretende-se elaborar um projeto geomtrico escala

    1:2000 com o objetivo de ligar duas vias j existentes com uma estrada de

    ligao.

    Para garantir que a estrada a construir cumpra as normas de segurana e

    assegure comodidade aos condutores, adotaram-se as seguintes

    caractersticas:

    Faixa de rodagem de 7m de largura com bermas de 1,5m

    Valeta de plataforma com 0,5 m de profundidade e 2m de largura de (1,5m

    do lado da berma e 0,5m do lado do talude)

    Pavimento com espessura de 0,5m

    Inclinao transversal em reta da faixa de rodagem de -2,5%

    Nota: H ainda a salientar que nas interseces das vias existentes e a

    estrada de ligao entre as mesmas, por razes de segurana, devem ser

    efetuadas com um ngulo fechado situado entre os 80 e 100 grados.

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    2. CONSIDERAES INICIAIS:

    2.1. Topografia

    A anlise da topografia do terreno um factor importante para se arranjar a

    melhor soluo do ponto de vista do sucesso, isto , atingir as expectativas

    do dono da obra e do condutor).

    Para isso h dois conceitos principais que devem ter tidos em conta:

    - Uma boa integrao paisagstica;

    - Um custo relativamente baixo da obra;

    Dado isto, a via de comunicao a construir est integrada numa zona rural

    com algumas construes, onde existem algumas zonas com alguma

    inclinao. Para alm disso h a interseco com uma estrada EM 584-3,

    pela qual deve ser feito uma passagem desnivelada. Na parte final do traado

    a topografia mais plana, o que se caracteriza por um maior afastamento

    das curvas de nvel.

    2.2. Definio do traado

    Para se encontrar o melhor traado fez-se um esboo no mapa topogrfico.

    Devido s restries anteriormente referidas (construes) s se conseguiu

    definir duas alternativas, que na opinio do grupo se consideram exequveis.

    Procurou-se a melhor soluo benefcio/custo, procurando-se interferir o

    menos possvel com as construes e os terrenos agrcolas potencialmente

    mais valiosos, cruzamento de linhas de gua, afastamento de zonas

    potencialmente protegidas (como por exemplo reservas naturais).Para alm

    disso tentou-se evitar as grandes escavaes, que podem ter impactes

    visuais e ambientais gravosos, isto para no falar dos enormes custos

    associados.

    Para uma melhor escolha definiram-se dois traados possveis, que na

    opinio dos elementos do grupo traduziam as duas melhores hipteses, visto

    que as construes na transio montanha plancie , sensivelmente a

    meio do percurso, limitavam de certa forma as opes.

    Para a escolha do traado optou-se pela escolha mais homognea em

    termos de topografia, isto , aquela que interferia menos com o ambiente

    (movimentaes de terras), com outras estradas e com construes.

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    Dos trs traados, temos o traado 1:

    Menor distncia

    Na zona intermdia (montanhosa) permite curvas circulares de raios

    maiores

    Menor movimentao de terras

    Menores inclinaes

    Traado com curvas mais suaves

    Traado 2 e 3 ( aproveitado parte do traado 1):

    Tm maior impacto social (intersecta construes e outros caminhos)

    Maiores inclinaes e movimentaes de terras

    No permitem curvas de raios elevados

    Traados menos diretos ao destino

    3. CURVAS CIRCULARES E DE TRANSIO:

    3.1. Definio de linha mdia

    Definido o esboo do traado no mapa topogrfico e as regras iniciais

    relativas disposio da via de ligao (a construir) e as vias j existentes,

    procedeu-se transposio deste esboo para uma folha de papel de

    engenharia (definio da linha mdia), no qual se teria de traar os

    alinhamentos retos (poligonais) tangentes ao esboo do traado, nos quais

    iro aparecer as curvas a traar no projeto final (quando estes se

    intersectam).

    3.2. Medio dos ngulos e definio dos raios

    Aps a marcao das poligonais e a definio dos vrtices (que

    posteriormente vo servir para a definio das curvas circulares e de

    transio) encontraram-se:

    3 Alinhamentos retos;

    3 Vrtices (V1,V2,V3);

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    Notas:

    Ver no anexo soluo com curvas circular

    Os ngulos dos vrtices foram medidos com o recurso ao aristo diretamente

    na folha de desenho (em anexo)

    Para alm disso, todos os clculos realizados em EXCEL pelo que aqui se

    apresenta so apenas aproximaes

    3.3. Definio dos raios

    Como dito no enunciado deste trabalho a velocidade base de 50km/h,

    como tal o raio mnimo permitido segundo as normas de 180m, para as

    curvas circulares. Aps a sobreposio dos diagramas de curvas circulares e

    os vrtices existentes o desenho, viu-se aqueles que melhor encaixavam

    nas poligonais, para que esse troo de estrada pudesse ser percorrido a

    maiores velocidades.

    Outro parmetro aqui considerado, foram os alinhamentos retos entre curvas

    consecutivas, que deveria ser (> 70m), mas por indicao do docente

    fizemos para que fosse (100m), o que se conseguiu mesmo nos

    alinhamentos retos mais curtos.

    3.4. Definio da clotide e curvas de transio

    Fig.1 Esquema e grandezas a calcular das curvas circulares

    Fig.2 Esquema e grandezas para o

    clculo do (comprimento da curva circular)

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    = = =R

    = =t=R*cotg (

    )

    =b=R* [cosec (

    )-1]

    =d= 2 R (

    ), com em grados

    A partir destas expresses pretende-se descobrir o centro do raio da curva

    circular no desenho escala 1:2000 e as distncias, e , e traar com

    o compasso a curva circular, isto para os vrtices 1,2 e 3.

    Vrtice 1

    Vrtice 2

    Vrtice 3

    Raio (m) 180

    Raio (m) 220

    Raio (m) 260

    ( ) 93

    ( ) 127

    ( ) 158

    (grados) 103,33

    (grados) 141,11

    (grados) 175,56

    VT=VT(m) 170,823

    VT=VT(m) 109,690

    VT=VT(m) 50,529

    VB=VB(m) 68,154

    VB=VB(m) 25,829

    VB=VB(m) 4,865

    d T-T(m) 273,328

    d T-T(m) 203,509

    d T-T(m) 99,815

    Tabela 1 Clculos das grandezas relacionadas com as curvas circulares

    Tabela 2 Dados relativos aos raios mnimos normais e mnimos absolutos

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    Aps a leitura da tabela conclui-se que para uma velocidade-base de 50Km/h

    (enunciado do trabalho), o raio mnimo normal (RN) 180m e o raio mnimo

    absoluto (RA) 55m, que permite uma distncia de paragem em segurana

    3.5. Curvas de transio

    O objetivo das curvas de transio garantir uma passagem entre os

    alinhamentos retos e as curvas circulares, de modo a que a transio seja

    feita o mais suave e cmoda possvel, pois existe a componente da fora

    centrfuga, que no deve ser superior a 0,5 m/ (valor especificado na

    norma).

    Caracteriza-se ainda, por facilitar a manuteno do veculo dentro da via e

    por permitir o disfarce gradual e criterioso da sobre-elevao e da

    sobrelargura quando existe.

    Fig.3 Esquema das grandezas de clculo respetivas curva de transio

    A seguir apresentam-se as etapas para calcular, com rigor os parmetros

    das curvas de transio e circulares

    Com os ngulos das trs curvas medidos e com os raios adotados iniciou-se

    o clculo do parmetro d, atravs da seguinte expresso:

    De seguida calculou-se o parmetro Lc, optando-se pelo valor mdio:

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    ( ) (

    )

    Depois calcula-se o parmetro A pela seguinte expresso:

    Adotou-se um novo parmetro A, aproximando-se por excesso o valor

    calculado anteriormente ao mltiplo de 5 mais prximo. Com este novo

    parmetro, a partir da equao da clotide calculou-se um novo parmetro

    Lc:

    De seguida calculou-se o parmetro , que representa o ngulo entre a

    tangente curva de transio quando R infinito e a tangente ao ponto inicial

    da curva de transio. Este parmetro expresso em radianos.

    A seguir calculou-se a ripagem (), que representa a distncia entre a curva

    circular inicial e a curva circular final, utilizando a expresso abaixo:

    Calculada a ripagem avanou-se para o clculo dos parmetros xc e yc. De

    salientar que no clculo destes dois parmetros o parmetro A utilizado o

    adotado e no o calculado.

    (

    )

    (

    )

    Por fim calculou-se a distncia entre o ponto V e o ponto F ( ):

    ( ) (

    )

    Executando-se estas etapas obtm-se os seguintes resultados calculados em

    EXCEL, relativos s curvas 1, 2 e 3:

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    curva R Em graus Em grados D 1/3L 1/2L L

    1 180 103 114,44 241,90 80,63 120,95 100,79

    2 220 137 152,22 165,11 55,04 82,55 68,80

    3 260 159 176,67 95,29 31,76 47,65 39,71

    Curva A A' Lc Xc Yc V/F /2

    1 134,69 135 101,25 2,373 0,281 100,45 9,44 195,29 1,19

    2 123,02 125 71,02 0,955 0,161 70,84 3,81 122,45 0,48

    3 101,61 100 38,46 0,237 0,074 38,44 0,95 67,45 0,12

    Tabela 3 Dados relativos s curvas de Transio

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    Posteriormente a esta etapa, faz-se a marcao de pontos de 25 em 25m no

    desenho das curvas circulares, curvas de transio e alinhamentos retos.

    Para alm disso necessrio saber as cotas desses pontos marcados

    anteriormente. Estas cotas podem-se retirar por mtodos diretos (atravs da

    leitura das curvas de nvel no mapa topogrfico) e por interpolaes quando

    os pontos no coincidem diretamente com estas). Esta parte do trabalho foi

    feita com o mximo rigor possvel dada a sua importncia na implantao da

    via.

    4. PERFIL LONGITUDINAL: Assim, as cotas retiradas a partir desses pontos, foram colocados na folha de

    perfil longitudinal cotas do terreno e depois a marcados de modo a

    conseguir-se ter uma perspectiva mais abrangente da topografia onde vai ser

    implantada a estrada. Por isso foram marcados a uma escala 1:200.

    Posteriormente estes pontos foram unidos para melhor visualizao.

    4.1. Definio das inclinaes

    Com as cotas do terreno traadas e ligadas, -se as inclinaes no traado.

    Sabia-se que nas interseces estas no poderiam ser superiores a 4%, de

    modo a facilitar-se a conduo devido s variaes de velocidade. Segundo

    as normas, no restante traado o de 0,5% (para facilitar o

    escoamento da gua) e um que de 8% (pois a partir deste declive

    torna-se difcil tanto para transpor como subida ou como descida exige uma

    grande solicitao dos sistemas de travagem, principalmente nos veculos

    pesados).

    Nesta fase necessrio trabalhar com os raios mnimos absolutos cncavos

    e raios mnimos de ultrapassagem convexos, de acordo como perfil

    longitudinal.

    Como se pode ver em anexo (em Clculos relativos s concordncias),

    apenas as curvas 3 e 4 esto perto dos limites dos raios mnimos. No caso

    da curva 3 o raio das concordncias cncavas o mnimo (pois a inclinao

    dos trainis a mxima permitida) .Enquanto que na curva 4 o raio utilizado

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    o mnimos absoluto das concordncias convexas (pois encontra-se junto a

    uma interseco em que a inclinao mxima de 4%)

    No caso da concordncia da curva 1,considerou-se o declive mnimo (0,5%)

    (trainis) para drenagem das guas pois uma zona relativamente baixo e

    por isso vai necessitar de algum aterro. O trainel que faz parte da curva 2

    (declive de 4%), foi adaptado de acordo com os trainis j anteriormente

    desenhados (entre o trainel de inclinao +0,5% e o trainel de -8%) , com

    uma inclinao que se considerou intermdia (+4%), de modo a que este no

    ficasse demasiadamente inclinado, nem demasiado plano (susceptvel a

    grandes escavaes), o que no o pretendido

    Fig.4 - Esquema das grandezas de clculo respetivas geometria de

    concordncias

    ( )

    Equao da curva vertical no sistema de eixos representados:

    Para melhor se visualizar as cotas do terreno, fez-se em EXCEL a

    transposio das cotas do terreno, tal como se fez no perfil longitudinal

    inicialmente (em anexo).

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    Fig.5- Cotagem do terreno

    Da ligao entre estes pontos surge a superfcie do terreno, a partir do qual

    so feitos os clculos.

    Figura 6 - Superfcie do terreno

    Aps a verificao do cumprimento da norma respectivamente s inclinaes

    mximas e mnimas e a posterior medio do parmetro (t) vai-se verificar se

    os raios cumprem o regulamento de acordo com o tipo de raio (Tabela 4) da

    curva, tendo em conta as inclinaes j medidas.

    110

    115

    120

    125

    130

    135

    140

    145

    0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48

    Cotagem do Terreno

    110

    115

    120

    125

    130

    135

    140

    145

    0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48

    Superficie do Terreno

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    Considerando os trainis numerados de 1 at 5, a comear no ponto inicial

    C0+000, as respectivas inclinaes encontra-se na tabela seguinte:

    i i%

    1 -0,01511 -1,51079

    2 0,041429 4,142857

    3 0,006849 0,684932

    4 -0,03696 -3,69565

    5 0,031169 3,116883

    Tabela 4- Declives dos trainis

    Aps definidos os trainis, foram calculadas as cotas da rasante, tendo em

    conta que a primeira cota da rasante coincidente com a primeira cota do

    terreno.

    Os clculos foram executados de duas formas distintas, onde para

    alinhamentos retos tem-se uma expresso e quando entramos na curva

    temos outra.

    A expresso utilizada para o clculo da cota da rasante para qualquer ponto

    :

    ( ) ,

    Em que i corresponde inclinao do trainel e d a 25 m, distancia entre cada

    ponto.

    Para o clculo da cota da rasante para as curvas, utilizou-se as expresses

    seguintes:

    e

    Todos os clculos foram executados em Excel de forma a minimizar os erros.

    Na tabela seguinte (Tabela 5) encontram-se todas as cotas da rasante, bem

    como os valores de y.

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    15

    PONTOS COTA RASANTE

    0+000 128,60

    0+025 128,20

    0+050 127,80

    0+075 127,50

    1+000 127,10

    1+025 126,70

    1+050 126,30

    1+075 125,90

    2+000 125,60

    Curva 1

    t1 125,50 -0,1302

    2+025 125,40 -0,2736

    2+050 125,30 -0,1566

    2+075 125,40 0,2205

    3+000 125,80 0,8587

    3+025 126,50 1,7510

    3+050 127,40 1,0230

    T1 128,10 0,8900

    3+075 128,40

    4+000 129,40

    4+025 130,40

    4+050 131,50

    4+075 132,50

    Curva 2

    5+000 T2 133,60 0,9655

    5+025 134,50 1,7922

    5+050 135,40 2,4800

    5+075 136,10 3,0289

    6+000 136,60 3,4300

    6+025 136,90 3,7100

    6+050 137,30 3,8420

    T2 137,30 3,8350

    6+075 137,40

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    7+000 137,60

    7+025 137,80

    7+050 137,90

    Curva 3

    7+075 T3 138,10 0,1017

    8+000 138,20 0,0646

    8+025 138,20 -0,1113

    8+050 138,00 -0,4262

    8+075 137,70 -0,8799

    9+000 137,30 -1,4726

    9+025 136,70 -2,2042

    9+050 135,90 -3,0750

    T3 135,00 -1,0450

    9+075 135,10

    10+000 134,10

    10+025 133,60

    Curva 4

    T4 -0,4606

    10+050 132,10 -0,8117

    10+075 131,80 -0,6419

    11+000 131,90 0,0486

    T4 132,40 0,0356

    11+025 132,70

    11+050 133,50

    11+075 134,20

    12+000 135,10

    12+025 135,80

    Tabela 5 - Cotas da rasante relativamente s concordncias circulares

  • e alinhamentos retos

    Nota: No caso dos alinhamentos retos procedeu-se ao clculo das suas

    cotas, no entanto os pontos so coincidentes, o que de esperar.

    Aps se representar no perfil longitudinal (em anexo) as cotas da rasante nas

    respectivas curvas (visto que nos alinhamentos retos so coincidentes),

    sobreps-se ao perfil das cotas do terreno as cotas da rasante, como se

    pode ver na figura 8. Consegue-se assim, ter uma ideia do tipo de trabalho

    que se deve fazer de acordo com cada trainel e concordncia

    Figura 7- Cotas da rasante

    4.2. Diagramas de curvas

    O diagrama de curvas, tem como objectivo, visualizar os parmetros

    relativos ao comprimento (L) dos alinhamentos retos, (critrio de

    desenvolvimento mais conveniente) relativamente curva de transio e

    outro parmetro (L) nas curvas circulares que indica o comprimento

    percorrido nesse espao.

    S as curvas circulares tm raio (R), enquanto que os alinhamentos retos tm

    raio infinito, o que se compreende face sua geometria. Por outro lado face

    s curvas de transio tem-se o parmetro (A) cujo o objectivo face a

    110

    115

    120

    125

    130

    135

    140

    145

    1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49

    Grfico das cotas da Rassante

    Cotas da rasante Cotas do terreno

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    arredondamentos descobrir o parmetro ( R ), de modo a que este seja o

    mais vantajoso possvel para o traado.

    Este diagrama est desenhado escala 1:2000 nos quais foram medidos os

    respectivos comprimentos anteriormente explicados, na horizontal (ver em

    anexo perfil longitudinal)

    4.3. Sobre-elevao

    A sobre-elevao tem como objetivo suavizar a passagem entre curvas de

    transio, circulares e alinhamentos retos para se conseguir uma melhor

    visibilidade da via. Na tabela seguinte pode-se ver algumas sobrelevaes de

    acordo com o raio:

    Tabela 6- Raios referentes a uma estrada com 2 vias e respectiva

    sobrelevao Como indicado no enunciado o valor da inclinao transversal dos

    alinhamentos retos de -2,5%, no entanto, nas curvas circulares esta

    inclinao passa para 7%.H que ter em conta que na conjugao de

    alinhamentos retos, curvas de transio e curvas circulares, as inclinaes

    no podem variar abruptamente sob pena de gerar perigosidade para o

    condutor e tornar o traado um pouco incmodo. Por isso deve-se

    dimensionar uma zona de disfarce, isto , fazer esta transio entre as

    inclinaes dos alinhamentos retos, curvas de transio e curvas circulares

    de modo a suavizar as mudanas de inclinao.

  • Vias de Comunicao Memria Descritiva

    19

    Coordenao planta/perfil longitudinal

    um aspeto importante a ter em conta, que a no concordncia destes

    dois aspetos pode colocar em risco a segurana do condutor. O aspeto que

    se considera mais grave a possibilidade de haver falta de visibilidade da

    via, isto , quando se compara o diagrama de curvas em planta com os

    trainis e consequentemente curvas circulares deve-se ter em conta que as

    curvas verticais no devem coincidir com o incio de curvas de transio ou

    curvas circulares pois propicia falta de visibilidade por parte do condutor, o

    que influencia a distncia de paragem. Contudo a melhor soluo

    geralmente, prende-se por fazer coincidir as curvas circulares com as

    respetivas concordncias verticais, o que implica uma escolha desde logo a

    adopo dos maiores raios possveis das curvas circulares com vista a

    propiciar visibilidade, segurana e conforto na conduo.

    Em anexo possvel verificar que estes parmetros so cumpridos e que os

    raios adoptados (diagrama de curvas) conferem via as condies

    anteriormente referidas

    5. PERFIS TRANSVERSAIS:

    Para uma melhor percepo dos trabalhos que ocorrem durante a construo

    de uma via de comunicao, pedido que se faam seis tipos de perfil

    Alinhamento recto; Escavao; Curva de transio; Aterro; Curva de circular; Misto (aterro+escavao).

    Nota: Em anexo apresentam-se os perfis desenhados

    6. CONCLUSO: Ao longo do trabalho o grupo foi tomando decises que iam tendo algum

    impacto nas caractersticas da via que se pretendia obter. Durante os

    clculos foram feitas aproximaes, resultantes das medies efetuadas na

    carta. No entanto, face aos resultados obtidos durante as diferentes fases do

    projeto, conclui-se que os mesmos so aceitveis sendo os erros reduzidos

    de acordo com a projeo das grandezas calculadas durante essas mesmas

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    fases. A fase que propiciou a ocorrncia de maiores erros foi a marcao dos

    troos de 25 em 25m, na folha das curvas de transio, onde a medio

    com compasso contribuiu para aquele erro.

    Quanto aos resultados finais pensa-se que foram positivos embora seja certo

    que na definio da inclinao dos trainis poder-se-iam utilizar outras

    opes eventualmente mais viveis economicamente.

    No entanto, no entender dos elementos do grupo, acha-se que os resultados

    obtidos so, no geral, satisfatrios, de modo a garantir uma via cmoda para

    a conduo e sem grande impacto ambiental.

    7. BIBLIOGRAFIA:

    Apontamentos de Vias de Comunicao 2010/2011; Agostinho Benta, Lus

    Silva.

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    8. Anexos Perfil transversal misto em curva circular

    Perfil transversal em aterro em curva circular

    Perfil transversal em escavao em curva de transio

    Perfil transversal em aterro em alinhamento recto