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E-BOOK

EMPREENDERPARA VENCER!

1ª edição

PREFÁCIOEmpreendedor,inovador e ousadoEmpreendedor,inovador e ousado

Agradeço a Deus por ter dado a luz a um ser tão especial e iluminado, e hoje estou aqui para contar a sua trajetória. Tudo começou exatamente às 9 horas da manhã de 15 de dezembro de 1980, onde senti fortes contrações, mas não foi possível realizar o parto normal, então o obstetra fez uma cesariana. Já neste momento começamos a ter os primeiros sustos com ele – desses que, como todo filho, ele viria a me dar para o resto da vida. Durante o processo, o médico acertou o bisturi em sua cabeça, causando profundo corte, mas não houve grave consequência.

Recordo-me que ele era um neném muito chorão, mas muito fofo. Com apenas oito meses de vida, resolvemos ir à praia. Por ele ainda ser bebê e não poder tomar sol, ficamos debaixo de uma sombra, mas quando fui retirar sua camisetinha, a peça estava grudada sobre sua pele: as costas estavam tomadas

por bolhas causadas pelo mormaço. Nós o levamos ao médico, onde ele teve que cortar a roupa com a pele. Fizemos o tratamento conforme recomendado, passamos pomada e o deixamos apenas de barriga para baixo - até curar a queimadura. Demorou alguns dias para melhorar, mas deu tudo certo.

Desde bebê, ele já demonstrava ser inteligente e engraçado. Com apenas um ano o pequeno já andava, mas como a vida sempre foi de desafios, novamente ele foi surpreendido. Com um ano e três meses, Marcelo pegou uma pneumonia, tendo que ficar internado por uma semana. Meu coração ficou partido, porque naquela época não podia ter acompanhantes. Todo dia, quando ia visitá-lo, ele me esperava em pé no berço todo sorridente, mas com a graça de Deus ele se recuperou.

Quando pequeno, ele adorava desenhos animados.

Empreendedor,inovador e ousadoEmpreendedor,inovador e ousado

Sempre que eu me descuidava, o Marcelo fazia alguma arte. Um belo dia, eu estava arrumando a casa quando ouvi um estrondo vindo da garagem. Ao olhar, ele havia saltado com velotrol da escada, achando que era super-herói - ainda bem que nada de grave aconteceu.

Aos sete anos, ele foi para o primeiro ano e, demonstrando seu lado criativo, recebia muitos elogios da professora. A partir daí, Marcelo começou a apresentar seu lado empreendedor. Ele buscava por jornais na rua para vender aos açougues para enrolar os ovos e carnes. Com esta idade, o pequeno já tinha o sonho de trabalhar e de ser tornar lixeiro.

Eu fiz questão de contar esses sustos da fase inicial porque a maior parte das crianças e das famílias passa por situações como esta. Mas como é interessante: nós, adultos, nos apavoramos, ficamos morrendo de

medo. Mas as crianças não. Elas passam por isso muitas vezes sem tirar a alegria do rosto e assim, tão pequenas, acabam nos fortalecendo.

Essa coragem... é o que eu acho que meu filho tem, que deu ousadia o suficiente para ele se virar na vida, querer sua independência, tentar, errar, aprender e tentar de novo. Ele olha para as situações difíceis que enfrentou rindo, e leva como lição para não errar mais.

Eu sei que, como mãe, não devo ter acertado sempre, mas agradeço a Deus e a todas as pessoas que passaram pela vida dele por terem feito parte junto comigo da formação deste homem tão especial. Empresário sim, mas antes de tudo, um filho, marido e pai de se orgulhar!

PREFÁCIO

Rosana Maria

Primeiramente agradeço a DEUS por ter me concedido a vida, a minha querida esposa Andreia, obrigado por sempre acreditar em mim. Às minhas filhas Nathaly e Alana, razões pelas quais tenho um desejo imenso de querer melhorar o mundo. Agradeço também à minha guerreira mãe, Rosana, que me instruiu a jamais desistir, à minha amiga, parceira e irmã Andreza e ao meu pai Benedito, que me ensinou a ser trabalhador, à minha avó paterna por ter me acolhido em sua casa.

A todos os meus verdadeiros amigos, que torceram e torcem por mim, e também àqueles que me fizeram algum tipo de mal no passado: obrigado, essa atitude me fez forte e persistente.

Um agradecimento especial também a duas pessoas especiais que jamais esquecerei em toda minha vida. Meu amigo Nilvo Rodrigues que acreditou em mim e me recolocou no mercado de trabalho, com quem aprendi a acreditar nas pessoas. E ao senhor José, que me doou com um par de sapatos.

AGRADECIMENTOS

Empreendedor,inovador e ousado

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Na próxima pagina dedico este e-bookpara uma pessoa muito especial!

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cristiane

As vezes é necessário tropeçarmos varias vezes atéentender o verdadeiro motivo da nossa existência.

Marcelo Ostia

Destaco essa fase como “Busca de Informação”, ofereço no bônus no fim deste e-book com mais detalhes sobre essa característica empreendedora.

Comecei a empreender muito cedo, como você pode ter percebido no prefácio escrito por minha mãe. Lembro-me quando tinha sete anos de idade, quando fui presenteado com uma camiseta com a estampa do Batman. Esta peça de roupa tinha o meu nome escrito em toda parte e isso me despertou o interesse em buscar informação de como o Batman havia colocado o meu nome na camiseta. Infelizmente não obtive sucesso nas pesquisas. Mal sabia eu que meu destino estaria ligado a este assunto.

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Empreendedor,inovador e ousado Capítulo 1

EMPREENDIMENTOO INÍCIO DO


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Como todo garoto fui tentar ser um astro do futebol. Até que eu jogava bem - pelo menos achava que sim. Um dia levei meus pais para assistir um jogo de campeonato e lembro-me até hoje do GOLAÇOOOO. Foi nesse dia que vi que meu dom não era o futebol, pois o “golaço” foi contra o meu time e automaticamente o técnico me botou no banco de reservas.

Depois da tentativa frustrada de ser um grande atleta, comecei a empreender. Eu vendia jornais de porta em porta e passava na casa dos compradores pedindo jornal velho, e os comercializava para um açougue embalar as carnes e ovos.�Também nesta mesma época, vendia pipas e fazia muito rolo com os brinquedos que ganhava dos meus pais.

Capítulo 1 O INÍCIO DO EMPREENDIMENTO


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Aos 11 anos de idade resolvi ser independente financeiramente dos meus pais e comecei a procurar um emprego. Infelizmente não conseguia nada, até que fiquei sabendo de uma oportunidade para ser guarda-mirim, mas a minha entrada não foi muito simples. Meus pais e eu tentamos por

várias e várias vezes e nossa esperança veio durante uma conversa com um membro de nossa família, proprietário de um açougue, que conhecia o responsável pelo órgão. A minha entrada foi a troco de um pacote de linguiça, que foi dado a este “conhecido” da guarda.

EU JÁ QUERIA SER ALGUÉM

Capítulo 2


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Dentro da guarda-mirim, comecei a trabalhar em um supermercado da cidade como empacotador de mercadorias. Nessa época, ganhava mais de gorjetas do que meu meio salário mínimo - que fazia questão de dar todo para minha mãe para ajudar nas despesas domésticas. Com esta função, aprendi a atender bem os clientes, pois, a cada atendimento bem sucedido, a gorjeta era maior. Fui demitido devido às traquinagens naturais de um garoto de 11 anos… Entre uma compra e outra, eu usava o carrinho de supermercado para tirar racha com outro empacotador e um belo dia acertei a porta de um carro que estava no estacionamento! kkkkkk

Entre os 12 e 15 anos – idade limite da guarda-mirim – fui mensageiro interno, copiador e office boy de uma multinacional, trabalhei em uma imobiliária e fui operador de máquinas de uma empresa de equipamentos agrícolas, sempre com sede de experimentar novas profissões e experiências.

Capítulo 2 EU JÁ QUERIA SER ALGUÉM


Aos 16 anos, fui convidado para retornar à multinacional como office boy e rapidamente fui crescendo dentro da empresa passando por auxiliar de departamento pessoal, auxiliar de planejamento, auxiliar de compras e analista fiscal. Eu sonhava alto: almejava um cargo de diretoria! Mas quando estava prestes a completar 19 anos a empresa se desligou da cidade de Itu e foi transferida para o Rio de Janeiro. Recordo-me que na época fiquei bastante frustrado.

Foi aos 19 anos que dei início à minha carreira empreendedora.

Com o dinheiro da recisão contratual da multinacional e mais uma quantia emprestada por um familiar, comprei um computador, um scanner e uma impressora. Comecei do quarto de casa tirando cópias para os vizinhos, meu diferencial era que não existia nenhum concorrente no bairro, tirava as cópias de R$ 0,10 com um diferencial: ficava aberto 24 horas por dia – sim é isso mesmo, afinal, eu queria me destacar. Na época, alguns vizinhos iam de madrugada para tirar cópia só para me desafiar.


Não satisfeito com o resultado, resolvi inovar e coloquei um cartaz no portão de casa: tire uma cópia e ganhe um brinde! A tática funcionou. Em pouco tempo, clientes formavam fila em frente à minha casa. Só que quanto mais cópias eu tirava, mais eu seguia rumo à falência. Tudo porque o “mimo” que dava aos fregueses era um bombom que custava R$ 0,25. Eu não entendia, mas a cada venda era um prejuízo!

Foi então que resolvi aumentar o mix e comecei a oferecer também serviços como digitação, trabalhos escolares, envio de fax, etc. Eis que surge um cliente que mudou minha vida: o Daniel. Ele

personalizava camisetas na cidade, porém não sabia fazer a arte para confeccionar a tela e eu também não, mas resolvi aprender para atendê-lo. Foi aí que aprendi sobre um programa chamado Corel Draw.

Infelizmente a empresa de Daniel veio a falir, já que ele trabalhava exclusivamente para um único fornecedor, que fechou a empresa. Então, o rapaz me ofereceu os equipamentos para que eu desse início à minha própria estamparia. Comprei alguns aparelhamentos e o Daniel me ensinou a estampar minhas primeiras peças, foi aí que entendi como o “Batman” tinha produzido aquela camisetinha.


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As coisas estavam começando a dar certo e então encontrei o Paulo - o meu primeiro sócio! Começamos a estampar camisetas na garagem da casa dos meus pais. Além de camisetas e cópias, também começamos a fazer cartões de visita e adesivos. O local ficou pequeno e decidimos alugar um ambiente maior, foi ai que nasceu a Flash Express Comunicação Visual. No primeiro ano da empresa, conseguimos pegar todas as escolas da cidade e fazer as camisetas dos formandos. Um sucesso!

Infelizmente, a partir do segundo ano, apareceram mais e mais concorrentes. Nosso erro foi querer acompanhar os preços e condições oferecidas pelas

outras empresas. O resultado não poderia ser diferente: a concorrência e a nossa empresa faliram. Para agravar ainda mais a decepção, um de nossos fornecedores resolveu nos “dar o cano” e sumiu com uma quantia R$ 9 mil de um pedido pré-pago. Perder esse dinheiro para uma pequena empresa foi fatal!

Fomos até São Paulo para tentar cobrar nosso ex-fornecedor e tentar levantar algum capital, mas infelizmente a empresa já não existia mais. Foi então que observamos que estávamos em uma rua que podemos chamar de “oasis das camisetas”. Todas as lojas vendiam as peças, mas nenhuma personalizava... EUREKA!

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Empreendedor,inovador e ousado Capítulo 2 EU JÁ QUERIA SER ALGUÉM

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Empreendedor,inovador e ousado Capítulo 3

CRISE OU OPORTUNIDADE?Momentos que mudaram para sempre minha história de vida

CRISE OU OPORTUNIDADE?

Fomos de porta em porta oferecendo o trabalho de personalização e depois de receber alguns “nãos”, conseguimos o nosso tão esperado “SIM”.

O proprietário da loja que nos acolheu também foi o mesmo que nos surpreendeu. Ao nos aceitar como sub-empresa dentro do seu estabelecimento, ele retornou conosco para Itu/SP para retirar os equipamentos que ainda nos restavam, já que tivemos que pagar boa parte de nossas dívidas com máquinas.

Porém, ao chegar em São Paulo com apenas R$ 50 no bolso para duas pessoas, perguntamos ao nosso até então chefe como seria nossa estadia, como faríamos para nos alimentar e a resposta dele foi: “Não sei quem vocês são, não os conheço e nem sei se o nome de vocês é esse mesmo. Então da porta para dentro vocês trabalham e da porta para fora, se virem!”.

Capítulo 3 CRISE OU OPORTUNIDADE?

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Na época foi chocante. Não tínhamos nenhuma estrutura, nem a menor ideia de como nos virar. Essa foi a mensagem que mudou a minha vida. Deixei de ser menino e passei a ser homem, um homem que chorou muito naquele dia, naquela noite e naquela semana.

Nosso primeiro dia foi muito difícil. Como relatei, tínhamos apenas R$ 50 no bolso e precisávamos arrumar um local para ficar hospedados. Então fomos de hotel em hotel, procuramos casa, pousada, pensão. Infelizmente, sem sucesso. Tínhamos que pagar adiantado em todos os lugares, porém nosso dinheiro não era suficiente.

Cansados de procurar um lugar seguro, fomos almoçar. Ao chegar ao Bar/Restaurante, o atendente nos informou que o prato feito era algo em torno de R$ 4,50 e complementou “Também servimos parmegiana”. Com aquela fome, não deu outra. Pedimos duas parmegianas e dois belos copos de suco de laranja. Para nossa surpresa, ao passar pelo caixa, tivemos que desembolsar R$ 27 pelos dois almoços – a parmegiana era outro preço! - nos restava apenas R$ 23 e ainda não tínhamos uma moradia.

Foi na volta que notamos que em frente àquela loja existia um

estacionamento coberto. Fizemos o contato com o responsável por aquele turno e explicamos nossa situação, então ele ligou para seu superior que nos liberou para ficar “hospedados” em uma das vagas de veículos. Nossa primeira semana foi bastante difícil, pois tivemos que dormir no chão de cimento, sem cobertor, sem colchão e o nosso travesseiro era feito de camisetas, uma dentro da outra. Choramos muito na primeira noite, mas não desistimos!


Uma das condições para ficar por alguns dias (que duraram aproximadamente três meses), era que tínhamos que sair todos os dias bem cedinho e chegar no fim da noite, pois quem guardava seu carro por lá não sentiria segurança em deixar seu veículo sabendo de que estranhos “moravam” nas dependências do estacionamento.

Foram dias difíceis. Mal nos alimentávamos, quase não tínhamos higiene pessoal e tomávamos banho “tcheco” - no tanque ou mangueira e sem tirar as peças íntimas.

Em uma noite bastante fria, enquanto caminhava pelas vagas ruas do Brás, fui surpreendido com um presente inusitado que me fez acordar para a realidade. Confundido com um morador de rua, recebi uma camiseta da campanha do agasalho. A roupa, que hoje é o meu troféu, me serviu como cobertor, travesseiro e principalmente como lenço, pois enxugou muitas lágrimas. Tenho a peça até hoje, emoldurada na parede de meu escritório.

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Graças ao bom Deus, Samantha - uma das garotas que também trabalhava na loja - comentou com sua mãe, a dona Nazaré, sobre nós e nos convidou para morar com elas em seu apartamento. Fiquei morando com elas por mais seis meses, até que me desliguei da loja, por incompatibilidade de pensamentos com o dono do comércio. O Paulo ainda continuou lá por mais alguns meses.

Capítulo 4

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Ao retornar para Itu, fui surpreendido por minha namorada, Andreia. Ela estava grávida e eu estava com uma mão na frente e outra atrás. Mesmo tendo ganhado dinheiro em São Paulo, não tive competência para administrá-lo. Quando cheguei fui morar de favor na casa de minha avó paterna, pois meus pais já estavam separados. Passei três meses em depressão, deitado no chão, só ia da sala para o banheiro e mal me alimentava. A sensação era de fracasso.

Em uma manhã, acordei decidido que tinha que fazer algo e fiz: fui confeccionar um currículo e comecei as entregas imediatamente. Lembro-me que fui eu, Andreia - com barrigão - e minha cunhada a pé (não tínhamos dinheiro nem para ônibus) até a cidade de Salto para distribuir o currículo nas empresas. Fui chamado para sete entrevistas, mas em nenhuma fui aprovado.

RECOMEÇAR Para um novo começo,uma nova motivação.

RECOMEÇAR

Foi então que em uma noite iluminada, decidi acompanhar a minha namorada na compra de algumas frutas em um hipermercado (na época a Andreia era a única que trabalhava como promotora de vendas de aparelhos celulares). Notei que uma pessoa já havia passado duas vezes por trás de mim e estava vindo para sua terceira tentativa de ler uma tatuagem que tenho na nuca, com os dizeres “Obrigado Senhor”. Ao me virar, vi que era o Nilvo, um ex-companheiro daquela multinacional na qual trabalhei na adolescência. Após alguns minutos de conversa e para minha alegria e surpresa, Nilvo agora era um empresário, um dos sócios da RS Caldeiraria. Ele me convidou para uma entrevista e finalmente a luz voltou a

brilhar. Fui aprovado na entrevista como auxiliar administrativo, entre outras tarefas.

Imprevistos acontecem, não é mesmo? Caminhando para o novo emprego, no meu primeiro dia, tropecei em uma pedra cravada na terra e ela arrancou totalmente a sola de um dos pés do único par de sapatos que eu tinha. Retornei imediatamente para a casa da minha sogra e graças a um vizinho, o Sr. José, pude retornar ao trabalho com calçado “novo”. Ele me presenteou com um par que não iria utilizar.

Capítulo 4

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Mesmo sem equipamentos para personalização e sem computador, resolvi recomeçar. Desta vez iniciei com algo diferente: vendas pela internet. Comecei de dentro da RS a comercializar as primeiras camisetas estampadas pelo Mercado Livre. Então eu cadastrava os produtos antes do expediente e durante o horário do meu almoço, usando os equipamentos da empresa. Após o expediente, eu caminhava até uma lan house, onde ficava por mais uma ou duas horas criando e cadastrando roupas no mundo online.

Logo as vendas começaram a acontecer e então eu voltava a São Paulo todos os sábados para produzir as encomendas da semana. Na segunda-feira eu ficava sem almoçar para postar essas mercadorias nos correios. Foi assim que tudo recomeçou e eu me lembro que brincava com a atendente que um dia minha empresa seria tão grande que o Correio iria até mim para retirar os produtos.

Capítulo 5

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O INÍCIO INUSITADOPra que fazer o que todo mundo está fazendo?

Depois de passar um ano vendendo apenas pelo Mercado Livre e vendo todo o conteúdo do site do SEBRAE para buscar conhecimento de como ser um empreendedor de sucesso, acumulei R$ 300 em moedas. Foi esse valor que, após uma tentativa frustrada de montar uma loja física (na qual precisava ter fiador e pagamento de aluguel antecipado de R$ 450,00), resolvi utilizar o dinheiro para fundar a loja virtual Camisetas Da Hora.

Foi no dia chuvoso de 31 de dezembro de 2005 que comecei a cadastrar os produtos na loja e varei até o primeiro dia de janeiro de 2006. Para a minha felicidade, na manhã seguinte, notei que estava indo para o

caminho certo: vendi a primeira peça através da loja virtual. Eu tinha como principal estratégia levar os clientes do Mercado Livre até a Camisetas da Hora, na qual havia muito mais modelos.

Como 2006 foi um ano de Copa do Mundo, comecei com o pé direito e muitos pedidos. Na época pedi para ser demitido, para que pudesse me dedicar 100% ao negócio. Com o dinheiro da rescisão e o seguro desemprego, consegui comprar meu computador, impressora, mini plotter e uma prensa térmica. Iniciei meu negócio na cozinha da casa da minha sogra, onde montei meu escritório entre o fogão e a geladeira.

Capítulo 5

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Empreendedor,inovador e ousado O INÍCIO INUSITADO

As vendas estavam aumentando dia após dia e então a Andreia começou a me ajudar com as tarefas. Tinha dias que íamos dormir às onze da noite e levantava às duas da manhã para começar as atividades novamente. Foi uma rotina bastante puxada e assim fomos até 2007.

Em 2008, com as vendas cada vez mais em alta, resolvi descobrir porque as coisas estavam indo tão bem. Então comecei a pesquisar, perguntando aos novos clientes, como estavam chegando até a nossa loja virtual e foi assim que percebi que por trás das letrinhas simpáticas do Google existe toda uma engenharia. Assim deparei-me com o marketing digital, pelo qual me

encantei e cada vez mais fui buscar conhecimento sobre o assunto.

Participei de um curso por mais de 20 vezes! Não pela falta do entendimento, mas sim para aprender com as dúvidas dos outros alunos. Aliás, este comportamento é um dos principais fatores que fazem com que empreendedores alcancem o sucesso: ouvir.

Ainda em 2008, dentro da plataforma do Orkut, era possível ter uma mini loja virtual. Não pensei duas vezes ao recrutar pessoas para revender nossas camisetas dentro da rede social - chegamos a ter 400 revendedores.

Capítulo 5

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No ano seguinte, já atuando em um local um pouco maior e com a ajuda de dois ou três colaboradores, tive a felicidade de desenvolver uma camiseta que foi destaque na mídia! Como resultado, vendi mais de dois mil exemplares da noite para o dia. Essas vendas trouxeram um grande fluxo de caixa e conseguimos ir para um local de dez a quinze vezes maior do que o salão comercial em que estávamos localizados.

Neste mesmo momento de muita felicidade, fomos presenteados com a chegada de mais um anjo em nossas vidas, a nossa segunda filha, Alana.

Em 2010, o Orkut já não estava indo tão bem, então desenvolvi uma loja chamada Catálogo de Camisetas, em que eu cadastrava todos os interessados em revender nossos produtos.

Até que um de nossos colaboradores pediu a liberação para ter seu próprio e-commerce e a partir desta iniciativa chegamos a ter oito revendedores com loja própria.

Porém isso estava nos causando problemas internos em relação à organização e logística. No final de 2010, decidimos padronizar o modelo de negócio que hoje chamamos de “Micro Franquia On Line” e desde então fomos aperfeiçoando nosso projeto.

Era uma ideia muito promissora, estávamos muito motivados, mas este plano teve que esperar, pois 2010 também foi um ano traiçoeiro. Quase perdi minha esposa para a tuberculose. Essa turbulência que vivemos quase nos fez perder tudo, mas graças a Deus a Andreia se recuperou e depois, juntos e com muita garra, reconstruímos nossa empresa.

Capítulo 5

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Capítulo 6

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UM NEGÓCIO QUE GERA NEGÓCIOSComo ajudar os outros a realizarseus sonhos me fez crescer.

Em 2011, tive a bondade divina de ser escolhido para participar como entrevistado do programa Pequenas Empresas & Grandes Negócios, da Rede Globo. Essa entrevista causou um boom em meus negócios e desde então não parei mais de ser entrevistado por vários veículos de comunicação. A partir deste momento, não paramos mais de crescer e nos estruturar e reestruturar com muita frequência.

Capítulo 6

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Empreendedor,inovador e ousado UM NEGÓCIO QUE GERA NEGÓCIOS

Ainda no mesmo ano, resolvemos investir em um modelo de negócio físico: desenvolvi um quiosque. Instalei em um município próximo a Itu, já que tinha que ganhar experiência antes de transformá-lo em franquia. Como a unidade estava localizada em um shopping recém-inaugurado, não obtive o resultado esperado. Por isso, trouxe o espaço físico para a cidade dos exageros, assim eu poderia acompanhar diariamente mais de perto e conseguir conquistar os meus objetivos.

Mas como neste período existia um

sócio, o valor que sobrava não era osuficiente. Eu estava decidido a encerrar a operação física e foi então que nossa colaboradora me procurou junto dos seus pais e fez uma proposta de compra. Fizemos a venda e finalmente estava franqueando, mas infelizmente problemas familiares acabaram prejudicando o desenvolvimento da jovem garota. Tive que reassumir a unidade, desta vez contratei-a novamente, assim como sua mãe que gerenciava a loja. O quiosque ia bem, mas não o suficiente para me recompensar financeiramente.

Capítulo 6

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Após várias tentativas frustradas em vender as franquias do quiosque, novamente eu estava decidido a encerrar as atividades no meio físico. Eis que, em abril de 2013, recebi em meu escritório um casal por quem serei eternamente grato. Eles estavam interessados em adquirir uma unidade e então, depois de muita conversa, resolvi retomar a ideia das franquias físicas.

O ano de 2013 novamente não foi um

ano fácil para nós, pois fizemos uma reestruturação mal planejada financeiramente e quase botamos tudo a perder. Foi momento muito complicado, pois já tínhamos uma estrutura grande para sustentar, havíamos nos preparado para o crescimento e feito inúmeros planos, dos quais tivemos que abrir mão no momento. Felizmente após muita reflexão, estratégias e decisões difíceis, conseguimos - com muita resiliência - nos recompor e salvamos nossa empresa de uma turbulência.

UM NEGÓCIO QUE GERA NEGÓCIOS

Capítulo 6

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No final do ano passado, retomamos as vendas das franquias físicas e online. Acredito que todos os testes e percalços foram fundamentais porque nos ajudaram a amadurecer nossos projetos, assim pudemos oferecer algo muito melhor do que o planejado inicialmente. Sou grato a toda a minha história, porque os bons e maus acontecimentos foram um grande

aprendizado e hoje fazem todo o sentido para que chegássemos até aqui.

No fundo, eu sempre acreditei. Nós sempre acreditamos muito em nossos negócios e estamos focados em ajudar as pessoas a realizarem os seus sonhos de empreender e aprender. Essa é nossa motivação, a nossa causa, e é para essas pessoas que criamos projetos a cada dia.

UM NEGÓCIO QUE GERA NEGÓCIOS

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Caro leitor(a), amigo(a), espero que tenha gostado e que minha história tenha lhe inspirado a NUNCA

DESISTIR dos SEUS SONHOS!

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Muitas pessoas candidatas a empreender desistem de suas ideias porque as pessoas ao seu redor não

manifestam interesse ou apoio. Lembre-se de que o sonho é seu e não

dos outros. Então ACREDITE E TRABALHE para chegar lá!

Pesquisar nichos pode ser uma grande oportunidade de sucesso no mundo dos negócios. Ha inúmeras

empresas ganhando muito dinheiro com produtos e serviços

direcionados para um público específico. Qual é o seu público?

Com a popularização da internet, novas oportunidades estão surgindo.

Se você é um empreendedor, não pode ficar fora deste meio de

comunicação que está transformando pequenas ideias em

grandes negócios de sucesso.

BÔNUS

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