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2011 06 junho

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GO - MS - DF - MTESTADOS PARTICIPANTES 2

011

O futuro do seu negócioestá na Bienal

Informações e inscrições: 62 3941-8307

www.bienaldaagricultura.com.br

11 e 12 de agosto - Goiânia - GOCentro de Cultura e Eventos da UFG

Campus Samambaia - UFG

A Bienal dos Negócios da Agricultura evoluiue ganhou força. Agora o evento

discutirá os assuntos da Região Centro-Oeste.Conhecer antes os novos rumos garantirá

o sucesso da sua atividade. Participe!

REALIZAÇÃO

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A revista Campo é uma publicação da Federação da

Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) e do Serviço Nacional

de Aprendizagem Rural (SENAR Goiás), produzida pela Gerên-

cia de Comunicação Integrada do Sistema FAEG/SENAR, com

distribuição gratuita aos seus associados.Os artigos assinados

são de responsabilidade de seus autores.

CAMPO

COnselhO editOriAl

Bartolomeu Braz Pereira;

Claudinei Rigonatto; Eurípedes Bassamurfo

editores: Francila Calica (01996/GO) e

Rhudy Crysthian (02080/GO)

reportagem: Alessandra Goiaz (GO 01772 JP) e

Karine Rodrigues (01585/GO)

Fotografia: Jana Tomazelli Techio

revisão: Cleiber Di Ribeiro (2227/GO)

diagramação: Rowan Marketing

impressão: Gráfica Talento tiragem: 12.500

Comercial: Sandro Cardeal e Meire Almeida

(62) 3096-2200 | (62) 3096-2226 | (62) 3096-2220

[email protected]

diretOriA FAeG

Presidente: José Mário Schreiner

Vice-presidentes: Mozart Carvalho de Assis; José Manoel

Caixeta Haun. diretores-secretários: Bartolomeu Braz

Pereira, Estrogildo Ferreira dos Anjos. diretores-tesoureiros:

Eurípedes Bassamurfo da Costa, Nelcy Palhares. Suplentes:

Wanderley Rodrigues de Siqueira, Flávio Faedo, Daniel

Klüppel Carrara, Justino Felício Perius, Antônio Anselmo de

Freitas, Arthur Barros Filhos, Osvaldo Moreira Guimarães.

Conselho Fiscal: Rômulo Pereira da Costa, Vilmar Rodrigues

da Rocha, Antônio Roque da Silva Prates Filho, César Savini

Neto, Leonardo Ribeiro. suplentes: Arno Bruno Weis, Pedro

da Conceição Gontijo Santos, Margareth Alves Irineu Luciano,

Wagner Marchesi, Jânio Erasmo Vicente. Delegados repre-

sentantes: Alécio Maróstica, Dirceu Cortez. Suplentes: Lauro

Sampaio Xavier de Oliveira, Walter Vieira de Rezende.

COnselhO AdMinistrAtiVO senAr

Presidente: José Mário Schreiner

Titulares: Daniel Klüppel Carrara, Elias D’Ângelo Borges,

Osvaldo Moreira Guimarães, Tiago Freitas de Mendonça.

suplentes: Bartolomeu Braz Pereira, Silvano José da Silva,

Alair Luiz dos Santos, Elias Mourão Junior, Joaquim Saêta

Filho. Conselho Fiscal: Maria das Graças Borges Silva, Edmar

Duarte Vilela, Sandra Pereira Faria do Carmo. suplentes:

Henrique Marques de Almeida, Wanessa Parreira Carvalho

Serafim, Antônio Borges Moreira. Conselho Consultivo: Bairon

Pereira Araújo, Maria José Del Peloso, Welton José Luiz de

Oliveira, Luiz Becker Karst, Sônia Maria Domingos Fernandes.

Suplentes: Theldo Emrich, Carlos Magri Ferreira, Valdivino

Vieira da Silva, Carlos Eduardo da Silva Lima, Glauce Mônica

Vilela Souza.

superintendente: Marcelo Martins

FAeG - senAr

Rua 87 nº 662, Setor Sul CEP: 74.093-300

Goiânia - Goiás

Fone: (62) 3096-2200 Fax: (62) 3096-2222

site: www.faeg.com.br

e-mail: [email protected]

Fone: (62) 3545-2600- Fax: (62) 3545-2601

site: www.senargo.org.br

e-mail: [email protected]

Para receber a Campo envie o endereço de entrega para o

e-mail: [email protected].

Para falar com a redação ligue:

(62) 3096-2208 - (62) 3096-2248

(62) 3096-2115.

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José Mário schreiner

Presidente do Sistema

FAEG/SENAR

Palavra do Presidente

Alex

andr

e Ce

rque

ira

As colhedeiras estão trabalhando a todo vapor nas áreas pro-

dutoras de algodão. Um sinal de que a cultura retomou um

espaço que há tempos havia perdido devido ao mercado

desfavorável, câmbio em baixa, custos de produção elevados e vários

outros fatores que inviabilizaram a produção da pluma no País.

Porém, os números da safra 2010/2011 é o resultado de uma revira-

volta surpreendente. Somente Goiás aumentou sua área plantada em

87%. Os preços mundiais foram os mais altos dos últimos 140 anos.

Mas o mercado começa a reagir e após o início das colheitas,

os valores ficaram pressionados e a queda foi inevitável, porém,

ainda se mantêm superior às safras passadas. A estimativa ago-

ra é de precaução com o custo de produção - pois os insumos es-

tão dando sinal de alta - e atenção às demandas do mercado. Outra preocupação do cotonicultor é com a mão de obra quali-

ficada e por esta razão, o Senar, em Goiás, desenvolve um projeto

voltado para a área, com o intuito de qualificar e capacitar o tra-

balhador rural para atuar nas lavouras de algodão. Com técnica e

qualidade, Goiás se manterá na posição de destaque na produção da

fibra natural.

lavoura de plumas

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painel central

Prosa RuralIdealizador da Frente Parlamentar do Agrone-gócio, na Assembleia Legislativa, o dep.Valcenôr

Braz (PTB) é o entrevistado deste mês da Campo

Mercado de ProdutoÉ tempo de planejar a próxima safra. Decisões devem passar pelo levantamento de informa-

ções aos investimentos empregados

Cartão do ProdutorDescontos em eletroeletrônicos para titular

do Cartão

Bienal do AgronegócioMaior evento do agronegócio do Centro-Oeste terá Goiás como palco para os principais no-

mes da agricultura brasileira

Sistema em açãoCidadania e nova linha de crédito marcam

Dia Mundial do Leite

Colheita do algodãoÁrea plantada da fibra aumenta em 87% e cultura se torna a grande aposta na safra

2010/2011

Vacinação AftosaAté meados de julho, produtor goiano já havia vacinado mais de 98% do rebanho

Delícias do CampoPeixe marinado no vinho tinto

Caso de SucessoAcerto na produção de galinha caipira

Cursos e TreinamentosSenar oferece cursos voltados para o público feminino

Campo abertoDesafio da cana-de-açúcar sustentável

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Plano SafraFaeg alerta para mudanças no Plano Safra. Produtor que

trabalha com mais de uma cultura poderá retirar apenas

um financiamento.

QueimadasÁrea plantada com cana em Goiatuba foi totalmente des-

truída por chamas na última safra

RodoviaPrograma de reconstrução de malha viária recuperará

42 trechos de 28 rodovias estaduais

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Como Participar:Aos interessados em par-ticipar dos eventos, reco-mendamos confirmar as informações com os orga-nizadores.

agenda rural

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01 Audiência Pública sobre a refor-

ma da lei do Código Florestal do es-

tado de Goiás – em Porangatu.

01 a 10 39ª expo Aja – em Jataí.

01 a 10 13ª expoacre – em Acreúna.

01 a 10 28ª expo Agro – em Uruaçu.

01 a 10 40ª expo norte, 24ª da raça

Zebuína, 8º ranking do nelore e 7º

ranking do tabapuã – em Porangatu.

01 a 10 35ª exposição Agropecuária

– em Pontalina.

02 a 10 exposição Agropecuária – em

Caiapônia.

02 Campo saúde – às 8 horas, em Luziânia.

04 lançamento do Plano safra em

Goiás – às 10 horas na sede do Sistema

Faeg/Senar, em Goiânia

04 a 10 16ª exposição Agropecuária

– em Pires do Rio.

05 Audiência Pública sobre a refor-

ma da lei do Código Florestal do es-

tado de Goiás – em Itaberaí.

18 Campo saúde – às 8 horas, em Sil-

vânia.

20 e 21 Curso Mercado leite – Módu-

lo ii – às 10h30, no auditório do Sistema

Faeg/Senar.

22 a 03/07 39ª exposição Agrope-

cuária e 9º ranking do nelore – em

Goianésia.

24 a 03/07 23ª exposição Agropecu-

ária e 7ª ranqueada do nelore – em

São Miguel do Araguaia.

25 a 03/07 32ª exposição Agropecu-

ária e industrial e torneio leiteiro –

em Mineiros.

29 a 01/07 Programa Per “empre-

endedor sindical” 2011 – 3ª etapa:

Curso Sindicato em Ação – às 8 horas,

em Goiânia.

29 lançamento da Bienal do Agro-

negócio – às 9 horas, no auditório do

Sistema Faeg/Senar, em Goiânia.

30 lançamento do Vazio sanitário

em Goiás – às 14 horas, auditório do

Sistema Faeg/Senar, em Goiânia

Junho Julho

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Fique sabendoAd

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6 | CAMPO junho/2011 www.sistemafaeg.com.br

O deputado estadual Valcenôr Braz (PTB) anunciou, durante sessão ordinária da As-sembleia Legislativa do dia 31 de maio, a criação da Frente Parlamentar do Agro-negócio. A Frente é suprapartidária e é formada por 30 parlamentares. Segundo Valcenôr Braz, um dos objetivos da nova Frente é mostrar para a sociedade a im-portância do agronegócio para o desen-volvimento de Goiás. Antes da sessão, o

presidente da Assembleia Legislativa, Jar-del Sebba (foto), recebeu o presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário Schreiner, o secretário da Agricultura, Antônio Flávio Camilo de Lima, produtores e lideranças do setor rural em seu gabinete. Na oca-sião, Schreiner mencionou a importância da criação da Frente Parlamentar do Agro-negócio. “Goiás, mais uma vez dá exemplo ao País”, disse.

armazém

Com característica rústica, com coloração alaranjada intensa, o que indica uma alta concentração de beta-caroteno, a cenoura BRS Planalto tem conquistado cada vez mais os produtores brasileiros, especial-mente os orgânicos. Desenvolvida pela Embrapa Hortaliças e comercializada pela Embrapa Transferência de Tecnologia, o seu cultivo é indicado para o verão, mas sua tolerância ao florescimento precoce permite um maior período de plantio.

Além disso, a cultivar apresenta resistência à queima das folhas e nematóides. O pre-ço das sementes também é uma vantagem, bem mais baixo que o de materiais híbri-dos. A BRS Planalto é recomendada para as principais regiões produtoras de cenou-ra do Brasil e pode florescer prematura-mente se plantada na primavera nas regi-ões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. Os tratos culturais são similares aos ado-tados para as cultivares do grupo Brasília.

Proposta para realização deAudiências Públicas para a dis-cussão do Código Florestal do es-tado de Goiás

Com o objetivo de discutir jun-to à sociedade goiana a reforma da Lei 12.596/95 que trata do Código Florestal de Goiás, a Se-cretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) e a Assembleia Legislativa do Esta-do de Goiás lançaram a cartilha “Proposta para realização de au-diências públicas para discussão do Código Florestal do Estado de Goiás”. Ela será distribuída nas dez audiências públicas que serão realizadas nas regiões do Entorno do Distrito Federal, Central, Sudoeste, Sul, Oeste, Norte, Noroeste, Sudeste, Nor-deste e Metropolitana. Estes eventos levarão à sociedade in-formações sobre a lei e as pro-postas de reforma elaboradas pelo grupo de trabalho formado pelos representantes da Semarh, da Comissão de Meio Ambien-te e Agricultura e Pecuária da Assembleia, da Faeg e demais entidades voltadas à questão ambiental. A cartilha apresen-ta as datas das audiências, os temas para discussão e pode ser encontrada na Assembleia Legislativa e na sede do Sistema Faeg/Senar.

Pesquisa

registro

CriAdA Frente PArlAMentAr dO AGrOneGóCiO

CenOurA COM AltA COnCentrAçãO de BetA-CArOtenO

Raph

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prosa rural

www.senargo.org.br junho/2011 CAMPO | 7

Ciente que o agronegócio é a principal atividade econômica do Estado, o depu-tado Valcenor Braz (PTB) liderou uma ação na Assembleia Legislativa e criou a Frente Parlamentar do Agronegócio, com o apoio de 30 dos 41 deputados

da Casa. O deputado acredita que o produtor goiano precisa ampliar sua representa-ção, pois algumas cidades dependem, praticamente, da atividade exercida no campo. De caráter suprapartidário, a Frente tem ainda o apoio de diversas entidades que re-presentam o setor no Estado, inclusive a Faeg. Valcenor iniciou sua vida pública, em 1982, como vereador de Luziânia, região do Entorno do Distrito Federal. Desde então, ocupou diversos cargos políticos. Antes de se tornar deputado, exerceu também ati-vidades profissionais de administrador no governo de Goiás e no Senado.

Agronegócio na pauta da Assembleia rhudy Crysthian | [email protected]

valcenor braz coordenador da Frente Parlamentar do Agronegócio na Assembleia

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Campo: Ultimamente têm surgido ações do governo estadual volta-das para o homem do campo. Me-didas de apoio que há alguns anos não ocorriam. O governo, por meio de seus representantes, começa e enxergar a força devida que o agronegócio tem em fazer girar a economia goiana?Valcenor: Acredito que sim. É nosso papel divulgar essas ações. Além da produção de alimentos, o agronegócio é também o maior em-pregador do Estado. Para cada em-prego gerado no campo outras seis vagas são abertas na cidade. É pre-ciso que se continue criando condi-ções para aumentar nossa produção e criar avanços na pesquisa de no-vas tecnologias para que a produ-ção agrícola no Estado continue em expansão.

Campo: Os produtores têm recla-mações sobre algumas alterações do novo Plano de Safra. Um dos pon-tos que deixa o setor insatisfeito é o fato de o plano excluir muitos produtores das novas linhas de fi-nanciamento. A Frente Parlamentar pode atuar na melhoria desses pon-tos para os próximos Planos Safra?Valcenor: É uma das nossas lutas. Entendemos que não é possível que isso aconteça de um dia para o outro. É importante continuarmos a discutir com o governo federal. É interessante para o País investir no agronegócio. Alguns países da Europa subsidiam fortemente sua produção agrícola. É preciso que o Brasil também se cons-cientize sobre a necessidade de criar alternativas para fixar o homem no campo para dar condições para ele produzir, porque só assim teremos dias melhores na cidade.

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prosa rural

Campo: Quais são os benefícios que a Frente Parlamentar pode trazer para o produtor rural de Goiás?Valcenor: Nosso intuito foi criar esse fórum de discussão permanen-te em prol do agronegócio de Goiás, já que ele representa mais de 60% do PIB do Estado. Em alguns muni-cípios, como Cristalina e Rio Verde, 90% do PIB provêm do agronegócio. Queremos ter um ponto de referência para o agronegócio na Assembleia. Outros segmentos da sociedade têm sua representatividade na Casa. É importante que o setor rural também tenha esse respaldo político.

Campo: Já foi definido o cronogra-ma da Frente Parlamentar? Quais serão os primeiros passos?Valcenor: Estamos de olho na apro-vação do texto do novo Código Flo-restal Brasileiro. É importante dizer que o Brasil é um dos poucos países preocupados com a preservação do meio ambiente e tudo legislado por medidas avançadas de proteção à fau-na e à flora. A maioria dos países da Europa não tem se quer um Código sé-rio. Mas temos que trazer essas medi-das para a realidade do produtor. Não podemos permitir que organismos e instituições estrangeiras venham ditar as regras que vamos seguir.

Campo: O senhor acredita que a criação da Frente Parlamentar pode estreitar os interesses políticos e ambientais de Goiás com o governo federal, na liberação de novos recur-sos para o setor e criação de novas leis, por exemplo?

Valcenor: Com certeza. Nosso in-tuito é manter esse relacionamento e buscar parcerias entre o governo estadual e federal. As demandas são muito grandes. O Banco do Bra-sil oferece a maioria das linhas de crédito para financiamento do agro-negócio brasileiro, mas precisamos cobrar mais agilidade e acessibilida-de por parte dos produtores ao ban-co. Temos uma grande quantidade de produtores que não consegue es-coar sua produção a tempo por cau-sa da falta de condições de tráfego nas estradas goianas. É preciso que o governo estadual invista pesado na recuperação das estradas, que servem de escoamento da produção agrícola goiana. Fato que já vem se realizando, mas precisamos entrar nessa área e acompanhar os investi-mentos de perto.

Campo: Até agora, 30 dos 41 par-lamentares da Assembleia Legis-lativa manifestaram seu apoio e empenho na criação dessa nova Frente. Esse caráter suprapartidá-rio dá força à iniciativa?Valcenor: A Frente tem repre-sentantes de todos os partidos da Casa. Nosso objetivo foi buscar a espontaneidade dos deputados. Todos vieram de livre e espontânea vontade. Fizemos o convite e quem assinou é que tem interesse em defender o agronegócio. A Frente Parlamentar é uma comissão supra-partidária mesmo! Todas as legen-das estão representadas. Isso é uma manifestação de apoio a este setor que gera as riquezas de Goiás.

Outros segmentos da sociedade têm sua representatividade na Casa. É importante que o setor rural também tenha esse res-paldo político.”

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Com o fim da safra 2010/2011, uma nova safra começa a ser planejada. Neste momento, o processo de tomada decisão passa pelo le-

vantamento de informações importantes para anali-sar os possíveis cursos de ação no que se referem à cultura que será semeada e, principalmente, qual o investimento será empregado.

No que diz respeito às relações de oferta e demanda para a safra 2011/2012, são observadas complicações por parte da oferta e aquecimento da demanda. Nos EUA, o atraso no plantio, devido ao alto volume de chuva, principalmente na porção leste do cinturão pro-dutor de milho e soja (corn belt), tem causado redução na área plantada e queda no potencial produtivo das lavouras de milho e soja. No Oeste do Texas, região produtora de algodão, o problema climático é outro. A seca deve aumentar a porcentagem de abandono de área, o que reduzirá a produção americana da pluma.

A seca também atinge a China e parte da Europa, principalmente nas regiões produtoras. O Departamen-to de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima que o estoque mundial final de trigo na safra 2011/2012 será de 184 milhões de toneladas, 2% menor do que na safra passada, 7% menos do que a safra 2009/2010.

Todas estas preocupações na oferta geram gran-des incertezas com a demanda, já que esta cresce constantemente. Ainda de acordo com o USDA, os estoques mundiais de milho se encontram nos níveis mais baixos da história. Tais estoques, que já che-garam a ser de 147 milhões de toneladas no fim da safra 2008/2009, devem chegar ao fim de 2011/2012 em torno de 111 milhões de toneladas, redução de aproximadamente 25%.

O aumento no uso do milho para o etanol nos EUA e a mudança do perfil da China, que deixou de ser ex-portador e passou a ser importador, são as principais forças motrizes do aumento da demanda pelo cereal. No caso da soja, as compras chinesas é o destaque. O USDA aponta que na safra 2011/2012 as compras do país asiático deverá ser de 61 milhões de toneladas, ganho de 11% em relação à safra passada.

Apesar de um ambiente de oferta e demanda al-tamente favorável, não podemos deixar de considerar fatores políticos e econômicos na formação do preço agrícola. A forte atuação de fundos de investimento no mercado de commodities proporcionou forte in-fluência do mercado financeiro, processo conhecido como financeirização dos produtos agrícolas.

junho/2011 CAMPO | 9www.senargo.org.br

mercado e Produto

Safra 2011/2012Momento de planejar

Leonardo Machado é assessor técnico para a área de cereais, fibras e oleaginosas da Faeg

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10 | CAMPO junho/2011

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junho/2011 CAMPO | 11www.senargo.org.br

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-cimento (Mapa) inovou neste ano ao anuncir o Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012 em partes. No final de maio, foram divulgadas somente as

regras que regulamentam o acesso ao crédito aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A orientação do mi-nistro Wagner Rossi é que após o início da operacionalização do Plano, em julho, o governo começará a implementação de ajustes estruturais no modelo de gestão da política agrícola.

Segundo o secretário de Política Agrícola do Mapa, José Carlos Vaz, o plano será adequado para conjuntura de preços. Uma das medidas é ‘energizar’ o seguro rural direcionando um percentual dos recursos de crédito e de comercialização. O governo liberou R$ 107 bilhões para financiar a agropecu-ária brasileira, valor 7,2% maior que no Plano passado.

Segundo Vaz, o Plano será divulgado em três etapas, a primeira foi em maio, com a maior parte das instruções nor-mativas aprovadas pelo CMN, para que os bancos pudessem ajustar todos os processos operacionais até julho. A segunda etapa será o evento de anúncio dos recursos e da estratégia

utilizada para atender tanto a agricultura empresarial quanto a familiar, ocorreu no dia 17 de junho, em Ribeirão Preto (SP).

O terceiro momento será a apresentação de uma série de ações de simplificação do processo de crédito rural que estão nos últimos arremates pelo Banco Central, Mapa, Mi-nistério da Fazenda e Ministério do Desenvolvimento Agrá-rio. “No conjunto o Plano está tempestivo e vai ser adequado para conjuntura que existe de preços”, arrematou Vaz.

O secretário de Política Agrícola disse que a principal re-comendação do ministro Wagner Rossi lhe fez, após colocar o Plano Safra em curso é desenvolver uma política agrícola de médio e longo prazo. “Não será um exercício individual de criatividade. O que vamos estabelecer é uma metodologia de discussão com a sociedade sobre os principais pontos que essa política deve ter, quais são seus atributos, requisitos, parâmetros e fazer um trabalho de concentração até que con-cluímos a formulação de como será essa política”, explica ele. Depois de pronta, a nova política agrícola passará por al-terações necessárias e afim de que as medidas se tornem lei.

plano safra

Governo anuncia o plano anual de financiamento da safra de verão brasileira e garante mudanças importantes para o setor

Karine rodrigues | [email protected]

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RecuRSoS paRa plantaRRecuRSoS paRa plantaR

Governo federal acredita que Plano Safra 2011/2012 é adequado para a atual conjuntura de preço

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12 | CAMPO junho/2011

missÃo CHina

Medidas Dentre as principais medidas para o Plano Safra

2011/2012, está a criação de duas linhas de crédito, com taxa de juros fixa em 6,75% ao ano. Uma linha de até R$ 1 milhão para lavouras de cana e outra de até R$ 750 mil, para a pe-cuária, destinada à aquisição de reprodutores e matrizes bo-vinas ou bubalinas. Também foi criada uma Linha Especial de Crédito (LEC) para estocagem de suco laranja; até R$ 30 milhões por agroindústria. Outra medida é direcionamento de um percentual maior de recursos para os programas de investimento.

De acordo com o secretário de Política Agrícola do Mapa, José Carlos Vaz, a atenção para estes três setores ocorreu porque, até por carência de recursos, o Plano Safra tem se concentrado em cereais. Após avaliação das últimas três safras e considerando as expectativas da próxima, o governo percebeu que o conjunto dos cereais e do algodão

apresenta perspectivas de boas rendas ao produtor. O se-cretário explica que a medida de apoio à cana, laranja e ma-trizes foi uma maneira de direcionar recursos de capital de giro ou para investimento em algumas cadeias que foram menos assistidas no passado.

O programa ABC passará a incorporar as linhas de cré-dito do Propflora e do Produsa, com redução da taxa de juros para 5,5% ao ano. Também foram fixados os preços mínimos para as culturas de verão, da sociobiodiversidade da safra 2011/2012 e para as culturas das regiões Norte e Nordeste da safra 2012.

SimplesUma das propostas apresentadas para o plano agrícola

2011/2012 trará a simplificação das normas do crédito ru-ral e a melhoria das condições de taxas e limites para os produtores. Foi fixado um limite único de R$ 650 mil, em

plano safra

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Para incentivar e estimular o limite de financiamento de investimentos com recursos obrigatórios, o crédito rural foi elevado de R$ 200 mil para R$ 300 mil. Os programas agrícolas financia-dos com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), sofreram ajustes para facilitar a operacionalização das instituições fi-nanceiras e o acesso dos agricultores às linhas de crédito. Entre outras medidas, as federações e confederações de coope-

rativas agrícolas passarão a ter acesso às linhas do Procap-Agro desde que atuem nos moldes de cooperativas centrais.

O Procap-Agro recebeu o reforço de R$ 350 milhões, remanejados do Prode-coop, a serem aplicados ainda na safra atual. O Moderagro, que financia a aqui-sição de corretivos agrícolas, teve os li-mites elevados de R$ 300 mil para R$ 600 mil, nos contratos individuais; e de R$ 900 mil para R$ 1.200 mil nos co-letivos. Para reforçar o apoio ao médio

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A cultura da cana-de-açúcar será uma das beneficiadas no Plano Safra 2011/2012

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apenas uma faixa, para o financiamento de custeio de todas as culturas e atividades por produtor, em substituição aos limites anteriores.

De acordo com Vaz, cada produtor vai saber o valor máximo que poderá tirar como empréstimo. Com isso, o governo vai estimular uma maior diversificação da atividade agrícola. “Vamos ter mais crédito, com taxas mais baratas, para quem produz para o mercado interno”, completou Vaz.

maio/2011 CAMPO | 13www.senargo.org.br

José Carlos Vaz, secretário de Política Agrícola do Mapa, explica porque Plano foi apresentado em três etapas

2008/2009 – r$ 78 bilhões

2009/2010 – r$ 100 bilhões

2010/2011 – r$ 116 bilhões

* 2011/2012 – r$ 107 bilhões

De acordo com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, o limite de crédito por pessoa não atende os produtores que realizam mais de uma safra por ano. Ele ressalta que a novidade limi-ta, inclusive pecuaristas.

“Essa unificação prejudica o homem do campo. O pro-dutor de algodão e milho, por exemplo, podia pegar finan-ciamento nas duas culturas. Agora, ele fica limitado a flexi-bilizar o limite nas culturas cultivadas”, alerta o presidente. Outro ponto negativo ressaltado por Schreiner é que o finan-ciamento da safrinha também ficou prejudicado já que agora o produtor poderá obter crédito apenas uma vez por safra.

Ele reclama também da falta de acesso do produtor ru-ral às lindas de financiamento. No Plano 2010/11 dos R$ 100 bilhões disponíveis apenas R$ 76,5 bilhões foram utilizados pelo produtor. Em Goiás, no ano de 2010, foi utilizado pelos produtores R$ 2,79 bilhões, 3,43% do total utilizado no país. Deste total, R$ 294,49 milhões foram utilizados para comer-cialização, R$ 2 bilhões para custeio R$ 328,02 milhões para investimento.

Ressaltando a dificuldade de acesso do produtor rural goiano à linhas de crédito disponibilizadas pelo governo fe-deral, o presidente da Faeg explica que o custo total da última safra para as culturas de soja, milho safra e safrinha e algo-dão foi de R$ 6.935 bilhões. Destes, foram financiados apenas R$ 1.464 bilhão, ou seja, 21,12%. “Todo o restante da safra foi custeada com recursos do próprio produtor”.

O governo também criou um programa de investimento para ampliar a produção de cana-de-açúcar, baseado princi-palmente na renovação dos canaviais. O limite de contratação será de R$ 1 milhão por produtor, com prazo de cinco anos para pagar. “Este ponto se refere a financiamentos de produ-tores que fornecem a cana para as usinas. O governo preten-de aumentar os índices de fornecedores de cana no Brasil”, diz. Em Goiás, apenas 8,7% dos produtores são fornecedores de cana. A média brasileira é de 23%”, reclama.

produtor rural, a renda bruta anual para enquadramento no Programa Nacional de Fortalecimento do Mé-dio Produtor Rural (Pronamp) pas-sou de R$ 500 mil para R$ 700 mil.

Questionado sobre o endivi-damento dos produtores, o secre-tário do Mapa, José Carlos Vaz, respondeu que o grande desa-fio do setor é a construção de um modelo de garantia de renda para o produtor ao longo da safra. “Se

tiver esse modelo de garantia de renda, o produtor não irá ficar com endividamento fora da capacidade de pagamento porque já terá uma previsão de orçamento para quitar a dívida. Então é uma mudança estru-tural que fará com que não tenha-mos mais problema no futuro”, diz.

Ele explicou ainda que esse modelo também permitirá fazer avaliação dos produtores que es-tão endividados e para aqueles

que, com a conjugação de meca-nismos, mostrem capacidade de pagamento com alongamento de dívida. “Temos que ter uma vi-são macro do processo. Porque no caso individual dos produto-res teremos mecanismo junto aos bancos para fazer a análise caso a caso. Acredito que devemos apro-veitar o bom momento do agrone-gócio, mas temos que mexer um pouco na estrutura”, pontua.

VOluMe de reCursOs liBerAdOs PArA O PlAnO AGríCOlA

*Somente para agricultura empresarial Fonte: Mapa

Faeg alerta para gargalos do Plano de safra

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bienal

O maior evento do agronegócio do Centro-Oeste terá principais nomes da agricultura brasileira para discutir os rumos do setorKarine rodrigues | [email protected]

agronegócio em destaque

Pela primeira vez, Goiânia vai sediar a Bienal dos Ne-gócios da Agricultura - Brasil Central, evento tradi-cionalmente realizado em Mato Grosso. Desta vez a

capital goiana será o centro das atenções e referência nas discussões sobre a produção agropecuária brasileira, cená-rios e perspectivas. A Bienal vai ocorrer nos dias 11 e 12 de agosto, no Centro de Cultura e Eventos da Universidade Fe-deral de Goiás (UFG). Renomados especialistas vão traçar um mapa dos caminhos que o agronegócio nacional poderá atravessar nos próximos anos.

O evento é organizado pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Federação da Agricultura, Pecuá-ria do Distrito Federal (Fape-DF), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) e Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Mato Grosso do Sul (Famasul). Juntas, as quatro respondem por 18% das exportações agrícolas do País e 35% da produção nacional de grãos. O que totaliza 52 milhões de toneladas.

Diferente dos seminários comuns, a Bienal terá uma pro-gramação que visa favorecer o intercâmbio de ideias, pautar discussões estratégicas de ação política e dar mais visibili-dade às demandas dos produtores. O principal assunto será o futuro do agronegócio no Centro-Oeste, região conside-rada a mais promissora do País.

A programação está estruturada em quatro painéis: Ce-nário Macroeconômico e a Demanda Mundial por Alimen-tos e Biocombustíveis; Campos do futuro: O Que Está Por Vir; Modelo de Negócio: Como Aproveitar as Aportunida-des e Ambiente de Negócio: Desenvolvendo uma Região. Dentre as discussões estão temas como integração lavoura--pecuária, possibilidades de realizar três safras ao ano, no-vas práticas de manejo e biotecnologia.

Fará parte das discussões o ambiente em que o agrone-gócio está inserido e assuntos como empreendedorismo, proteção social, acesso ao crédito, reforma tributária, mo-delo viável de crédito e ambiente jurídico. Também será de-batido o modelo de produção adequado para o Brasil Cen-tral; até que ponto é necessário fortalecer a diversificação da produção nas médias e pequenas propriedades? O Brasil será País de grandes conglomerados agrícolas?

São esperadas mais de mil pessoas em dois dias de even-to. Especialistas vão apresentar quais os prováveis cenários econômicos que devem ser considerados na tomada de de-cisão dos produtores.

bienal

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O presidente da FAPE-DF, Renato Simplício, disse que o Centro--Oeste é um dos destaques da produção nacional e contribui signi-ficativamente para exportações, consolidando a região como exímio produtor de alimentos e de energia proveniente da biomassa. Ele acre-dita que a participação dos governadores no evento e nas discussões é fundamental, pois é necessário que eles reconheçam o valor do setor agrícola e os resultados que gera. “O evento também terá como obje-tivo estimular e motivar produtores, políticos e empresários a verem o agronegócio com um novo olhar”, ressaltou.

Para o presidente da Faeg, José Mário Schreiner, o Centro-Oeste é a região com a maior vocação para o agronegócio e a bienal é uma oportunidade para atualizar discussões do que ocorre no setor, no Brasil e no mundo. Ele ressalta que uma das expectativas é que o agronegócio seja inserido nas políticas públicas e iniciativa privada. “A inserção do agronegócio nos níveis públicos e privados é essencial para o desenvolvimento sustentável e crescimento uniforme do setor no Centro-Oeste”, acrescenta.

O presidente da Famato, Rui Prado, explica que a Bienal será o maior evento do setor no Brasil e servirá para atrair atenções de go-vernos e parceiros importantes para o desenvolvimento da agricultura na região. “O Centro-Oeste é a região que mais tem se destacado nos últimos anos na produção de grãos. Esse encontro possibilitará a dis-cussão de onde estamos e onde queremos chegar. Buscar essa visão de futuro é muito importante”, afirma.

Segundo o presidente da Famasul, Eduardo Riedel, é notório a importância da agricultura não só para a região Centro-Oeste, mas para toda a economia nacional. “A realização da Bienal dos Negócios da Agricultura Brasil-Central vem fortalecer os elos da cadeia do agro-negócio, tanto por proporcionar a interação dos diversos atores que a compõem pela oportunidade de negócios e por ser vitrine do setor para a sociedade”, ressaltou.

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José Mário Schreinerdefende que a Bienal será uma oportunidade para atualizar as discussões relacionadas à agropecuária

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A Bienal vai fortalecer todos os elos do agrone-gócio e funcionará como

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Renato Simplíciodiz que a participação dos

governos estaduais na Bienal é fundamental

Rui Pradoafirma que a Bienal

possibilitará a discussão de onde estamos e onde

queremos chegar

Produtor de alimentos

informações e inscrições:

www.senargo.org.br

www.bienaldaagricultura.com.br ou no Sindicato Rural do

seu município.

Telefone: (62) 3941-8307

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açÃo sindiCal

O primeiro aniversário do Sindicato Rural de Cocalzinho foi comemo-rado no dia 28 de maio, com apresentações culturais, duplas de mú-sicas regionais e com uma palestra sobre associativismo, funções do sistema sindical e os programas especiais desenvolvidos pelo Sistema Faeg/Senar, ministrada pelo gerente Sindical da Faeg, Antelmo Teixeira. Participaram cerca de 250 pessoas entre produtores e familiares. A co-memoração foi encerrada com um almoço.

O Sindicato Rural de Bela Vista de Goiás foi assaltado no início de ju-nho logo após o encerramento da exposição agropecuária do municí-pio. O presidente do Sindicato Ru-ral, Wanderley de Siqueira, contou que os assaltantes chegaram em um carro tipo pick up, renderam os funcionários e um policial que vi-sitava o local e levaram o cofre da entidade, que continha R$ 20 mil oriundos dos recursos arrecadados com a feira. A polícia foi chamada após a ocorrência e encontrou o co-fre vazio próximo ao município de Trindade. O presidente da entidade alerta os dirigentes dos Sindicatos Rurais sobre o ocorrido e pede a todos que fizeram ou farão expo-sições que não deixem os recursos captados na festa na sede das enti-dades, pois o perigo é real.

Cerca de 45 pessoas participaram da visita técnica à unidade de-monstrativa do programa Balde Cheio, na Fazenda Córrego da Ponte, em de Santa Helena de Goiás. O objetivo da visita era co-nhecer o projeto para instalar o programa nos municípios de Ceza-rina e Gouvelândia. Os presidentes dos Sindicatos Rurais de Ce-zarina, Sebastião Franco de Almeida e o de Gouvelândia, Luiz Gonzaga Vieira participaram do encontro, que contou com a presença do especialista técnico do Programa Balde Cheio, Carlos Eduardo de Freitas, e do coordenador do programa, Marcos Bragança.

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De 8 a 10 de julho, o Sindicato Rural de Santa Rita do Araguaia promove a 9ª Feira Agropecuária (Feiragro). Recheada de atrações, como a tradi-cional cavalgada que inicia oficialmente o evento, a exposição vai ocorrer no Parque de Exposições Agropecuária Manoel Rocha.

santa Rita do aRaguaia

Festa da produção

Balde cheio

alerta aosSindicatos Rurais

aniversário Sindicato Rural

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O Sindicato Rural de Formosa promove de 21 de julho à 1º de agosto, a 61ª Expoagro, 40ª Regional e 21º Rodeio profissional de Formosa. A festa, segundo os organizadores, é considerada a maior da região Nordeste de Goiás e tem previsão de público de 250 mil pessoas. A programação da Expoagro é extensa, com leilões, parque de diversões, provas funcionais, estandes de automóveis e de equipamentos agrícolas, exposição de peças de artesanatos, palestras técnicas e ainda contará com a com a participação de criadores de diversas raças bovinas. (Colaborou: Cida Spolti)

O preço do leite foi pauta de duas reuniões sendo uma em Caiapônia (18 de maio) e a outra em Bom Jar-dim de Goiás (16 de junho). Em am-bas foram discutidos os valores que os pecuaristas de leite irão cobrar pelo produto. No primeiro encon-tro, que contou com a participação dos representantes dos Sindica-tos Rurais de Caiapônia, Piranhas, Bom Jardim de Goiás, Doverlândia e Arenópolis e de representantes dos laticínios Vida, Centro-Oeste e Ma-roca, ficou definido que os pro-dutores venderiam o produto a R$ 0,64 por litro resfriado e R$ 0,57 o litro no latão. No segundo en-contro, o valor foi renegociado e o produto passou a valer R$ 0,62 por litro resfriado e R$ 0,55 o litro no latão. (Colaborou: Rosângela Domingos)

FoRMosa

Caiapônia

Rio veRde

O produtor Eder Jofre Rodrigues, proprietário da Fazenda Olhos D’Água, situada no município de Cachoeira Alta, se surpreendeu com uma vaca da raça girolando que pariu trigêmeos, um bezer-ro e duas bezerras. Os animais nasceram no dia 11 de maio na propriedade. Uma das bezerras morreu, mas os outros animais estão bem.

Caçu

O setor agropecuário perdeu um grande parceiro. No dia 3 de junho, o ex-prefeito de Rio Verde, Paulo Roberto Cunha, faleceu aos 68 anos, vítima de parada cardiorrespiratória. Ele estava internado no Instituto de Neurologia de Goiânia desde o dia 28 de maio. Em sua carreira, Paulo Roberto foi também deputado federal e fundador da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo). O polí-tico deixou a mulher, Maria das Graças, três filhas e seis netos.

Bezerros trigêmeos

negociação do leite

nota de Falecimento

exposição agropecuária

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rodovia

Há 25 anos produzindo soja e milho na região de Montividiu (GO), a 288 quilômetros de Goi-ânia (GO), o agricultor Mário Maria Mateus Van

Den Broek faz parte de uma extensa lista de produto-res que tiveram perdas e prejuízos por causa das condi-ções das estradas que cortam o Estado de Goiás. Mário viu parte da produção se perder nas estradas e o preço dos fretes crescer devido às dificuldades de transporte de carga nas rodovias, além do perigo de acidentes por circular em locais que a atenção deve ser mais do que redobrada.

Na Fazenda Tropical – propriedade de Mário que tem 1,5 mil hectares -, os investimentos foram feitos na bus-ca por aumentar a produtividade. Porém, como ele diz, o governo pouco tem feito a parte dele. “Nunca houve um descaso tão grande com as estradas como nos últimos anos. Buracos por todo lado, perda de grãos nas rodovias, quebra de caminhões, sem falar dos acidentes que ocorrem

periodicamente. Quem sofre muito com isso são os pais de alunos da zona rural, como funcionários da minha fa-zenda, que dependem do transporte escolar para que seus filhos possam estudar. Eles ficam apreensivos com receio de que algo possa acontecer no caminho até a escola”, ressalta Mário.

Outro produtor que sabe bem o que é ter prejuízo com as condições das estradas é João Van Ass, proprietário da Fazenda Dois J-1, localizada também na região de Monti-vidiu. João depende das estradas para transportar as sacas de soja e milho para um centro de estocagem, seja em Montividiu ou outro município. Ele calcula que o prejuízo com a perda de grãos nas rodovias, por causa dos pro-blemas de estrutura, chega a 10% do total produzido na fazenda, que é de 150 mil sacas por ano. “A falta de estra-das em boas condições afeta a qualidade do produto, que demora para ser escoado, e traz ônus para toda uma cadeia produtiva”, garante João.

Governo estadual lança programas de reconstrução e conservação da malha viária goiana. Obras vão se estender até o próximo anofernando dantas (especial para a campo) | [email protected]

Solução para os buracos

Máquinas trabalhando: A cena que os produtores rurais aguardavam há anos

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Para atender às necessidades dos produtores goianos e não ver toda a produtividade e a riqueza ficarem perdidas em buracos, já que o Estado é destaque no setor agrícola, o go-verno de Goiás resolveu mapear as condições das estradas e traçar planos e programas de melhoria da malha viária. Levantamento minucioso da Agência Goiana de Transporte e Obras Públicas (Agetop) revelou, por exemplo, que 26% das rodovias estão em péssimas condições e 58% são ruins para tráfego.

Após esse diagnóstico das condições das estradas, o passo seguinte foi a criação do Fundo de Transportes que irá garan-tir recursos anuais de R$ 300 milhões a serem aplicados na manutenção, conservação e melhoria das rodovias estadu-ais. Aprovado em abril deste ano na Assembleia Legislativa, o projeto destina verbas que serão aplicadas na recuperação de 42 trechos de 28 rodovias pavimentadas consideradas em piores condições, com extensão de pouco mais de 2 mil quilômetros.

Marconi Perillo durante lançamento do programa Rodovida. Em destaque, mapa dos trechos goianos que serão reformados

A aplicabilidade dos recursos na execução das obras de melhoria será possível por meio de dois programas destina-dos a reconstrução e a conservação das estradas, lançados em maio, em solenidade realizada em Goiânia, que reuniu autoridades, representantes dos setores agrícola e indus-trial, além de produtores de todo o Estado. O primeiro re-cebe, exatamente, o nome de Programa de Reconstrução de Rodovias Estaduais. Com início previsto para esse ano, as obras consistem na retirada do pavimento antigo e na construção de uma nova capa asfáltica, com a sinalização horizontal (faixas) e vertical (placas). Depois da conclusão

da primeira etapa, a Agetop prevê o início da segunda fase, que ocorrerá em 2012. Para esse caso estão selecionados 55 trechos em 41 rodovias estaduais, em um total de 2 mil qui-lômetros.

Somados os dois grupos iniciais do Programa de Recons-trução de Rodovias Estaduais, a Agetop reconstruirá, em dois anos, quase 42% da malha viária pavimentada. Essa renovação, enfatiza o presidente da Agetop, Jaime Rincón, facilitará e vai melhorar o escoamento da produção agrope-cuária e movimentação de cargas responsáveis pelo abaste-cimento de produtos diversos.

reconstrução e conservação

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de Onde VirÁ O dinheirO PArA O FundO de trAnsPOrtes

20% da receita própria do detran – corresponde a 33% do total arrecadado

100% do que é destinado ao estado de Goiás pelo Cide;

100% dos recursos obtidos com a exploração da faixa de domínio das rodovias;

Parte do iCMs de combustível – incremento da receita.

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rodovia

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O programa de conservação rodoviária, que foi intitula-do Rodovida, visa a manutenção das estradas, por meio de atividades conservação rotineira e periódica, de obras emer-genciais, reparos e execução de pontes e bueiros, sinaliza-ção e adequação de rodovias não pavimentadas.

A manutenção integrada atuará na malha pavimentada e não pavimentada, com cerca de 10 mil quilômetros cada. Será direcionado ainda para outros tipos de serviços rodovi-ários como sinalização, na implantação, renovação e reparos de placas e sinalização horizontal, com a pintura de faixas no pavimento.

Nas rodovias pavimentadas, o Programa Rodovida atuará com serviços na faixa de domínio, com roçagem manual e mecânica, limpeza e pintura de elementos de drenagem de pontes e bueiros tubulares e celulares, na reconstrução de taludes de aterro e de corte e na execução de elementos de canalização de água e de combate a erosões.

Na pista de rolamento serão executados serviços de tapa--buracos, remendos profundos, selagem de trincas e recom-posição de elementos de drenagem superficial e a manuten-

ção preventiva com selagem asfáltica, entre outras ações. Serão executados ainda serviços de reconformação de pla-taforma, abertura e limpeza de valetas laterais e limpeza de bueiros, eliminação de pontos críticos, suavização de talu-des e aterros de pequena altura e de execução de valetas. Será feita ainda a conservação e reconstrução de pontes de concreto e de madeira.

Para o governador de Goiás, Marconi Perillo, os investi-mentos em infraestrutura na malha viária vão tornar o Esta-do mais competitivo e possibilitará a geração de empregos e riquezas. “Empresas que estavam receosas em se insta-lar em Goiás agora poderão investir sem risco. Ao mesmo tempo, o produtor terá melhores estradas para escoar sua produção”, reforça.

Já o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, destaca que as me-lhorias e ganhos em produtividade só serão possíveis com estrutura de qualidade. “Goiás, com os investimentos na re-cuperação das rodovias, via crescer e se tornar referência no País”, conclui.

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Fonte: Programa de Reconstrução de Rodovias Estaduais - 2011

etapa da manutenções

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Em solenidade em comemoração ao Dia Mundial do Leite, no dia 1º de junho, no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia, o setor produtivo leiteiro do Estado doou

as entidades filantrópicas e à Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), 68 mil litros de leite. A ação faz parte de uma campanha capitaneada por produtores rurais, indús-tria de processamento e entidades representantes do setor para a valorização e incentivo ao consumo.

Ao receber a doação entregue pelos presidentes da Fede-ração da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Esta-do de Goiás (Sindileite), Ananias Justino e da Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado de Goiás (OCB-GO), Haroldo Max, o governador de Goiás Marconi Perillo anun-ciou investimentos na base do setor produtivo leiteiro.

A Agência de Fomento de Goiás (Goiás Fomento) dispo-nibilizará uma linha de crédito específica e com condições diferenciadas aos produtores de leite que pretendem inves-tir em tanques de resfriamento, ordenha mecânica e demais instalações. O governador também sinalizou que poderá re-tomar a campanha de marketing “Beba Mais Leite” nos moldes do que foi realizado há cinco anos no Estado.

Ele ressaltou ainda as questões da tributação sobre o leite e a guerra fiscal que existe entre os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás quando se trata de ICMS. Mar-coni Perillo garantiu também que buscará alternativas de arrecadação fiscal que não prejudiquem os produtores e que aumentar o ICMS sobre o leite goiano é uma medida que somente será tomada em último caso.

Atenção às importaçõesO presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário Schrei-

ner alertou os presentes sobre a quantidade de leite em pó que tem sido importada da Argentina provocando um gran-de desequilíbrio na cadeia leiteira nacional. Somente no pri-meiro trimestre deste ano as importações vindo do país vizinho triplicaram. “Isso desequilibra a cadeia e desesti-mula a produção. O produtor brasileiro para de produzir e o impacto disso na cadeia nacional é danoso”, disse.

Ele explicou que 10% da população mundial têm sua principal renda proveniente da atividade leiteira. Somente em Goiás são 60 mil produtores envolvidos na cadeia. É uma atividade que emprega, no Estado, mais de 220 mil pessoas. Hoje, Goiás é o quarto produtor nacional de leite com uma produção anual de três milhões de litros.

DoaçõesO presidente do Sindileite, Ananias Justino explicou que

para que a doação fosse possível, cada elo da cadeia láctea goiana contribuiu de acordo com sua atividade. A Centrolei-te e seus produtores rurais cooperados doaram 24 mil litros de leite in natura e os outros 20 mil litros foram cedidos pelos laticínios Manacá, Marajoara, Compleite e LBR.

A empresa Tetrapak doou as embalagens e as indústrias Bela Vista, Italac, Marajoara, Manacá fizeram o envase do produto. Três toneladas de leite em pó foram doadas pela Nestlé, Itambé e Brasil Foods. Justino explicou que os 68 mil litros doados foram divididos entre a OVG e mais seis entidades filantrópicas de Goiânia.

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solidariedade marca dia Mundial do leiteComemoração teve doações de produtos lácteos e anúncio de nova linha de crédito para pecuaristas francila calica | [email protected]

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Representantes da cadeia produtiva leiteira em Goiás brindam ao Dia Mundial do Leite

Fonte: Programa de Reconstrução de Rodovias Estaduais - 2011

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COlheitA DE AlGOdãO

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Área plantada de algodão aumenta em 87% e consolida a cultura como a grande aposta da safra 2010/2011

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Área plantada com algodão em Goiatuba

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Área plantada de algodão aumenta em 87% e consolida a cultura como a grande aposta da safra 2010/2011

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afalta de algodão no mercado mundial em 2010 resultou em um aumento na produção brasileira da pluma como há muitos anos não se via. terceiro maior produtor do Brasil, goiás, segundo a Companhia nacional de abas-

tecimento (Conab), foi o que apresentou o maior acréscimo no cultivo na atual safra. a área plantada saltou de 56,7 mil hectares para 106,16 mil hectares, um crescimento de 87%. a produção esperada é de 423,52 mil toneladas de algo-dão em caroço, com uma produtividade média de 265,96 arrobas por hectare.

alessandra goiaz | [email protected]

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COlheitA DE AlGOdãO

No Brasil, a realidade é a mesma. Segundo a Conab, no levantamento realizado em junho, o país plantou 1,391 mi-lhão de hectares, superior em 66,4% à área cultivada na sa-fra 2009/2010. O maior incremento de área foi constatado na região Centro-Oeste, que participa com 64% no total da área plantada. A estimativa para a produtividade nacional também é positiva, segundo o órgão.

Espera-se que o índice de produtividade média do algo-dão em caroço deverá alcançar 3.774 quilos por hectare, con-tra 3.634 quilos por hectare obtida na safra passada, o que representa um incremento médio de 3,9%. Além do fator clima, contribui para o aumento de produtividade o pacote tecnológico aplicado pelos agricultores das diversas regiões do País.

Quanto à produção brasileira de pluma, o acréscimo de-verá ser na ordem de 71,8%. Na safra 2009/2010, a produção totalizou 1,194 milhão de toneladas. Para esta safra, a pro-dução nacional deverá alcançar 2,051 milhões de toneladas. Em valores absolutos, serão ofertados para o mercado mais 857,6 mil toneladas de pluma.

Preços em quedaApesar dos altos preços registrados nos últimos meses,

com o início da colheita da safra de algodão, a oferta está pressionando os preços para baixo, o que é potencializado com a redução na demanda por parte das indústrias têxteis. No mês de junho, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o indicador acumulou baixa

de 9,07% no Brasil. A colheita da nova safra no Centro-Oeste tem avançado

e, aos poucos, novos lotes da temporada 2010/2011 come-çam a entrar de forma efetiva no mercado.

Segundo o assessor técnico para a área de cereais, fi-bras e oleaginosas da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Leonardo Machado, diante deste quadro, o recuo nos valores no mercado interno foi maior que o recuo no mercado internacional.

“Sendo assim, o cenário é de queda, que deve permane-cer até o fim da colheita brasileira”, diz. Porém, conforme o assessor técnico, não é esperado que os patamares voltem a ser como antes do pico.

“Mesmo com a queda, os preços pagos ao produtor ainda estão superiores às médias dos anos anteriores”, acrescenta. Atualmente, os preços pagos pela pluma de Goiás giram em torno de R$ 60 a R$ 65 por arroba.

Para o presidente da Associação Goiana dos Produto-res de Algodão (Agopa), Marcelo Swart, apesar dos valo-res terem reduzidos nos últimos meses, os preços ainda praticados são o dobro do que era registrado nos últimos quatro anos.

“Esta é uma grande recompensa para aquele produtor que nunca desistiu da cultura e que, mesmo nos períodos di-fíceis, acreditava na potencialidade do algodão”, acrescenta.Swart diz também que o cenário positivo para o cotonicul-tor nacional estimula o produtor a não somente investir em novas tecnologias, como também a planejar melhor e com

Segudo Marcelo, os preços praticados são o dobro do que era registrado nas últimas quatro safras

www.sistemafaeg.com.br

Casa

do

Algo

dão

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Com o desenvolvimento crescente da cotonicultura no País, o produtor tem demandado cada vez tecnologias que reduzam o seu custo de produção. Por esta razão, os estu-dos voltados às novas variedades e manejo de produção tem sido um dos focos na área de pesquisa.

A Fundação de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário de Goiás – Fundação Goiás e a Embrapa Algo-dão, por meio de seus pesquisadores, desenvolve ao longo do ano pesquisas nas áreas de algodão safrinha em espaça-mento adensado, sistemas de produção, melhoramento ge-nético, entre outros. Produtividade, precocidade, resistência a doenças e pragas, tolerância a herbicidas e qualidade da fibra são algumas das características pesquisas nas varie-dades pesquisadas nas áreas experimentais da Fundação Goiás.

Segundo o pesquisador e coordenador do Programa de Melhoramento Genético do Algodoeiro da Embrapa, Cami-lo Morello, é importante oferecer aos produtores opções de variedades que possuam características de fibra compatí-veis aos interesses deles. “Buscamos dar ênfase às caracte-rísticas de grande relevância na produção atual, bem como buscar inovações que contribuam para uma maior competi-tividade no futuro”, disse.

Para o presidente da Fundação Goiás, Ronaldo Limberte, as pesquisas desenvolvidas durante o ano tem como obje-tivo atender as demandas do produtor. “As pesquisas têm dado respostas bastante positivas e contribuirá para que o algodão goiano se torne mais rentável, com maior índice de qualidade e mais competitivo no mercado”.

Uma dessas variedades pesquisadas e que conquistou o seu espaço no mercado foi a BRS 293, lançada no ano pas-sado. Ela tem sido bastante utilizada na produção de aden-sado, mesmo que não tenha sido desenvolvida para esta mo-dalidade. Agora, o que se espera é que nas próximas safras novas variedades também sejam lançadas no mercado.

mais tranqüilidade a próxima safra. “São investimentos que refletirão diretamente na qualidade do produto goiano”, res-salta. O produtor aumentou de 2,5 mil hectares para 4 mil hectares na atual safra.

Porém, apesar do clima favorável, o assessor técnico, Le-onardo Machado, lembra que os produtores devem se pre-caver com o custo de produção da próxima safra, uma vez que o mercado de insumos tem demonstrado aumento de

preços dos fertilizantes. Ele comenta também que a proteção contra risco de preço

na negociação do algodão é muito complicada, já que não há mercado futuro no País para a cultura. “Porém, a proteção pode ocorrer quando o produtor tem em mãos o seu custo de produção e avalia a melhor rentabilidade de seu negócio. Sendo assim, ele tem subsídio para tomar a melhor deci-são”, explica.

orgânicos

junho/2011 CAMPO | 25www.senargo.org.br

ressalta a importância das pesquisas para o desenvolvimento da cultura no Estado

Pesquisas desenvolvem o setor

Ronaldo Limberte

J Ren

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otofi

lmes

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Cursos de qualificação e capacitação no setor cotonicul-tor serão realizados pelo Serviço Nacional de Aprendiza-gem Rural (Senar), em Goiás. O projeto de capacitação de mão de obra para a produção de algodão, que será colocado em prática já para a próxima safra, tem como meta capaci-tar no prazo de dois anos 100% dos trabalhadores da área. Segundo o coordenador do projeto, Cláudio José de Sousa Pereira, antes que os cursos iniciem nas regiões produtoras, um diagnóstico sobre a cadeia produtiva do algodão será feito para levantar quais as principais necessidades do setor. “De posse desse diagnóstico, uma equipe composta por técnicos do Sistema Faeg/Senar formatará a estrutura dos

cursos e dos treinamentos”, explica.

Cláudio conta que a forma de atuação será nos mol-des da atual metodologia aplicada pelo Senar, em Goiás, com palestras, aulas práticas e outras for-mas que atendam a demanda da cotonicultura goiana. “Deverá ser implantado um sistema de controle e acompa-nhamento do trabalho realizado, com o objetivo de atingir os resultados esperados. A supervisão de todo o trabalho será realizado pelo corpo técnico do Sistema Faeg/Senar, com vistas a ter agilidade em caso da necessidade de ajustes de ordem técnica e operacional”, acrescenta.

Outros cursosAlém dos cursos e treinamentos específicos para o setor

cotonicultor, o Senar, em Goiás, também oferece curso que contemplam o trabalhador rural que atuam no setor cotoni-cultor. Entre eles estão os voltados à operação e manuten-ção de tratores agrícolas, aplicação de defensivos, operação de GPS e de máquinas e implementos em plantio direto, en-tre outros. Todos eles estão na grade de cursos do Senar e são oferecidos em todos os municípios goianos, por meio do Sindicato Rural.

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COlheitA DE AlGOdãO

Qualificação e Capacitação

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vacinaçÃo

Governo de Goiás e Agrodefesa colocam em ação todo arsenal para atingir a meta de 100% de vacinação do rebanho bovino e bubalino goiano contra febre aftosa

Karine rodrigues | [email protected]

todo esforço para atingir a meta

O governo do Estado de Goiás realizou uma verda-deira força tarefa para a campanha de vacinação anti-aftosa etapa de maio. O objetivo da mobili-

zação foi vacinar 100% do rebanho bovino e bubalino esta-dual, composto por 21 milhões de cabeças, contra a febre aftosa. Se atingir a meta, Goiás estará a um passo de alterar a estratégia e realizar apenas uma vacinação em animais adultos com mais de 24 meses de vida. A campanha de va-cinação ocorreu de 2 a 31 de maio, mas os dados da etapa ainda não foram fechados.

Os dados consolidados até meados de julho mostram que o índice alcançado foi de 98,84%, porém, algumas regio-nais onde há escritórios da Agrodefesa onde mais de 99% do rebanho já foi vacinado. Também há municípios que já alcançaram 100% de vacinação. Segundo o presidente da Agrodefesa, Antenor Nogueira, estes índices ainda serão melhorados, pois a equipe está na fase chamada de “arras-tão”, onde são feitas as ações pós-campanha para conseguir finalizar com índices o mais próximo de 100% para todo Estado. Estes dados foram finalizados no fim de junho, para a emissão do relatório final ou VA-1.

Nogueira diz que atingir a meta de 100% de animais vaci-nados é importante para Goiás, pois a economia do Estado tem como base o agronegócio. Por esse motivo, manter a qualidade do produto ofertado aos compradores é essencial e ter o rebanho sanitariamente correto é necessário. Outra justificativa apontada é a manutenção do status sanitário já conquistado para dar continuidade às exportações e con-quista de novos mercados.

Ele também ressalta a participação efetiva e o elevado nível de conscientização do produtor goiano em relação ao cumprimento da legislação de Defesa Agropecuária, pois além de vacinar o produtor também fica atento aos que não vacinam e fazem denúncias.

A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), há anos doa vacinas anti-aftosa para comunidades rurais caren-tes. Em 2011, foram doadas 17 mil doses enviadas à Agro-defesa que as remete para as comunidades. A entrega sim-bólica das vacinas foi feita pelo diretor tesoureiro da Faeg, Eurípedes Bassamurfo da Costa, ao governador Marconi Perillo durante a abertura oficial da campanha na etapa de maio. O evento ocorreu dia 29 de abril na Cidade de Goiás.

Mar

cial

Leo

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Produtor Gilberto Sant’Anna Filho vacina o rebanho para prevenir febre aftosa

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tério da Agricultura, da alteração na estratégia da vacinação contra febre aftosa dos animais adultos, em apenas uma eta-pa. “Mas nós acreditamos que a meta será atingida, pois os dados atuais obtidos, em relação à vacinação, são superiores aos da etapa de novembro de 2010”, argumenta.

Outro ponto citado pelo presidente da Agrodefesa é de o Estado não mede esforços para a melhoria do serviço de defesa sanitária. Ano passado houve concurso público que fez aumentar o número de fiscais estaduais agropecuários. “Hoje o Estado que conta com o maior efetivo de fiscais, no Brasil, só não é maior que o Ministério da Agricultura (Mapa)”, ressalta Antenor. Outro aspecto importante são os convênios firmados com o Mapa, onde recursos supe-riores a R$ 8 milhões foram disponibilizados no início deste ano e mais de R$ 15 milhões para o final de 2011.

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VACinAçãO

Segundo o superintendente Federal da Agricultura em Goiás, Helvécio Magalhães, atingir a meta é importante, mas as ações de fiscalização pós vacinação são tão impor-tantes quanto o alcance dos 100% de vacinação. De acordo com a Agrodefesa, há vários aspectos considerados pelo Ministério para que o Estado consiga a alteração para a re-dução de uma etapa da vacinação.

Para atingir as metas a Agrodefesa elaborou um Plano de Ação que está em andamento. Dentre as ações está o reforço da vigilância ativa, intensificar a vacinação assistida e fiscalizada, aperfeiçoar e fortalecer as ações de educação sanitária, fiscalização e controle mais efetivo na comerciali-zação de vacinas, o estímulo e a consolidação da participa-ção comunitária nas ações de defesa sanitária animal.

A gerente de sanidade animal substituta da Agrodefesa, Imara Natalli Chagas, afirma que Goiás, com esse nível de conscientização dos produtores, não enfrenta muitos pro-blemas, como por exemplo, a não vacinação contra febre af-tosa. Ela afirma que também não houve problemas de abas-tecimento de vacinas nesta campanha. A rede de comércio recebeu neste ano 26,5 milhões de doses de vacina contra febre aftosa para atender o rebanho goiano de 21 milhões de cabeças de gado. Goiás é a unidade da federação que comercializa a maior quantidade de vacinas do Brasil.

MetaAntenor não acredita na possibilidade de o Estado não

atingir a meta de vacinação. A maior implicação em não atingir a marca seria a não concessão, por parte do Minis-

Jana

Tom

azel

li

Parte do rebanho do produtor Gilberto a caminho da vacinação no curral

sanidade reforçada

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junho/2011 CAMPO | 29www.senargo.org.br

lavoura à prova de chamasParceria entre Sistema Faeg/Senar e Corpo de Bombeiros orienta produtores a utilizarem medidas que protejam a propriedade rural contra incêndiosrhudy Crysthian | [email protected]

queimadasFe

rnan

do L

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Plantação de cana, em Goiatuba, acometida pelos incêndios. Em 2010, houve registro de 4 mil focos no Estado

Page 30: 2011 06 junho

queimadas

Com a intensificação da temporada de seca aumen-tam também os riscos de incidência de incêndios no campo. As queimadas causam empobrecimento do

solo, perda de fertilidade, poluição, destruição de redes de eletricidade e cercas, acidentes rodoviário, prejuízos finan-ceiros e ecológicos. Só no ano passado, ocorreram mais de quatro mil focos de incêndio em todo o Estado. De acordo com dados do Corpo de Bombeiros Militar de Rio Verde, esses foram apenas os casos registrados. Se considerados os incidentes não registrados, esse número pode dobrar.

Os produtores devem ter cuidado com as portas de en-trada dos focos de incêndios. As áreas próximas a rodovias, estradas rurais e perto de cidades são consideradas regiões de alto risco. Em áreas com palhadas, pasto de capim inten-so e lavouras secas em geral o perigo é ainda maior devido à facilidade que esse material tem em espalhar as chamas, servindo assim de combustível para o fogo.

Segundo o comandante da Operação Cerrado Vivo 2011, major Douglas Castilho de Queiroz, do Corpo de Bombeiros e Militar de Goiânia, a expectativa é que o período de seca este ano seja menor que no ano passado, mas ainda assim maior que em 2009. A Operação Cerrado Vivo começou em

maio e se estende até o final de outubro. Ela tem como objetivo prevenir e combater focos de incêndios no campo e na cidade.

MedidasEm junho, o Sistema Faeg/Senar, em conjunto com o Cor-

po de Bombeiros, preparou uma cartilha que visa orientar produtores rurais e cidadãos a prevenirem incêndio nas áre-as com cobertura vegetal. O material orienta também produ-tores rurais a manter equipamentos de combate às chamas em bom estado, manter acesso livre às fontes de água nas propriedades rurais, cuidados com o aumento de doenças respiratórias devido às queimadas entre outras orientações. Serão distribuídas 20 mil cartilhas.

Foi lançado também o Programa de Gerenciamento de Incêndio (PGI). Trata-se de um sistema que será implanta-do nos sindicatos rurais para registro e identificação dos focos do incêndio. Foi apresentado ainda o programa de treinamento que o Corpo de Bombeiros vai ministrar para produtores rurais, patrocinado pelo Senar, em Goiás. O cur-so terá por objetivo preparar brigadas nas propriedades para combater os incêndios em áreas com cobertura vegetal.

Jana

Tom

azel

li

Major Douglas mostra um aceiro recomendado pelos Bombeiros

Prevenção é o melhor remédioAceiros são as principais formas de blindar a propriedade

rural contra incêndios criminosos ou acidentais. Os aceiros devem ser feitos no início do período seco, época recomen-dada para prevenir a entrada do fogo em pastagens e nas matas. Recomenda-se fazer os aceiros ao longo de cercas divisórias com outras fazendas, cercas divisórias de pastos e junto a estradas.

De acordo com o major Douglas, ao longo das cercas, é recomendável que se limpe uma faixa de quatro vezes a altura da vegetação existente naquela área. Por exemplo: se naquele território o capim for de um metro de altura essa

faixa deve conter quatro metros de largura. “Nessa fase, o produtor deve raspar totalmente o capim

e deixar a área em solo aberto”. O produtor pode usar as máquinas agrícolas como apoio nessas operações.

Ele recomenda ainda que ao lado dessa faixa, mais pró-ximo na área cultivada, o produtor deve roçar um trecho equivalente a cinco vezes a largura da área raspada. Ou seja, se a área raspada foi de quatro metros de largura, essa deve ser de 20 metros de largura. “Não existe uma receita para se fazer um aceiro, mas essas medidas ajudam o produtor a proteger sua lavoura ou pasto”.

30 | CAMPO junho/2011 www.sistemafaeg.com.br

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1- Manter os caminhões

tanques que transportam

água nas fazendas sem-

pre abastecidos nesse

período do ano

2- Treinar os funcioná-

rios da fazenda para

combater e controlar os

focos de incêndios

3- Manter uma rede de

contatos das fazendas vi-

zinhas

4- Manter os equipamen-

tos de combate a incên-

dios sempre em boas

condições e em quantida-

de adequada

6- Ter em mãos dados

meteorológicos como di-

reção do vento, tempe-

ratura, tanques de água,

etc.

7- Mapear pontos de

abastecimento de água

5- Deixar preparado um

acesso de veículos a tan-

ques de água para abas-

tecimento.

Aceiro ideal

É recomendável que o produtor raspe totalmente o ca-

pim em uma faixa de largura quatro vezes a altura da

vegetação existente ao longo da cerca. Ao lado dessa

faixa, mais próximo à lavoura, o produtor deve roçar

um trecho equivalente a cinco vezes a largura da área

raspada. O produtor pode e deve usar as máquinas

agrícolas como apoio nessas operações.

Outros métodos mais utilizadosNem só de aceiros se protege uma lavoura das quei-

madas. De acordo com o Corpo de Bombeiros de Goiás, é importante o produtor manter os caminhões tanques, que transportam água dentro das propriedades, sem-pre carregados nesse período do ano. Outra medida indispensável é fazer o treinamento dos funcionários da fazenda para que possam realizar este trabalho de con-trole e combate aos focos de incêndios.

Os bombeiros orientam o produtor ainda a manter uma rede de contatos com telefones e meios de locali-zação mais eficientes dos proprietários e gerentes das fazendas vizinhas. Isso ajuda o produtor a se manter atualizado quanto à proximidade e agressividade das chamas ou até a alertar os vizinhos sobre os riscos de que essas chamas se alastrem para outras localidades. “Vale lembrar que os equipamentos de combate a in-cêndios devem estar sempre em boas condições e em quantidade adequada para atender à demanda da pro-priedade”, alerta o major Douglas.

O produtor deve deixar preparado o acesso de veí-culos do Corpo de Bombeiros a tanques de água ou re-presas para abastecimento. “É preciso mapear quais são as áreas de risco, cuidar dos aceiros e corredores, ter em mãos dados meteorológicos como direção do ven-to, temperatura e mapear pontos de abastecimento de água”, completa o coronel do Corpo de Bombeiros de Rio Verde, Cleber Cândido.

Depois de tomar todas as medidas, caso o produtor não consiga evitar que as chamas de outras áreas rurais adentrem sua propriedade, ele deve chamar o Corpo de Bombeiros imediatamente. “Ao chegar ao local, terá que unir forças entre os funcionários da fazenda e utilizar os equipamentos que a propriedade dispõe, juntamente com os nossos materiais, para conter o fogo”, orienta o coronel.

junho/2011 CAMPO | 31www.senargo.org.br

sete mandamentos que podem proteger sua fazenda dos incêndios

Fonte: Corpo de Bombeiros de GoiásFonte: Corpo de Bombeiros de Goiás

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32 | CAMPO junho/2011 www.faeg.com.brwww.sistemafaeg.com.br

Questionado sobre o alto custo de manter equipamen-tos e realizar os aceiros adequados na propriedade, o major Douglas lembra que o que deve ser levado em consideração são as perdas e danos. “Se, por exemplo, o aceiro estiver ladeando uma grande lavoura, vale o investimento em pro-teção. Isso sem contar as implicações legais que o produtor pode enfrentar caso o incêndio atinja uma área de preserva-ção ambiental”, alerta.

Recentemente, os bombeiros elaboraram a fabricação própria de abafadores, gerando economia de até 900% em comparação aos abafadores comprados no mercado. Um abafador no mercado, vindo de São Paulo, custa em média R$ 98 enquanto um fabricado seguindo as orientações dos Bombeiros fica por menos de R$ 10. O equipamento é feito com borracha de máquinas de esteira inutilizada, bastão de alumínio e parafusos.

Custo irrelevanteC

ust

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Fonte: Corpo de Bombeiros de Goiás

.

.

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delícias do camPo

Peixe assado no vinho tinto suaveinGredientes:

1 peixe (peça inteira), tipo tambaqui,

caranha ou tucunaré

2 copos de vinho tinto suave

½ copo de vinagre balsâmico

4 cebolas grandes cortadas em rodelas

Coentro picado

Tempero a gosto (sal, alho, pimenta

bode amassados)

MOdO de FAZer:

Pegue o peixe, preferível sem escama, fazer tiras

de corte transversais no dorso. Passe o tempero

no peixe por dentro e por fora, principalmente nos

cortes. Coloque o peixe em uma forma, misture o

vinho com o vinagre balsâmico e molhe o peixe

por dentro e por fora. Deixe descansando na ge-

ladeira por em média 12 horas, sempre virando-

o e cobrir com um plástico para melhor pegar o

tempero. Após o descanso, coloque a cebola cor-

tada em rodelas e o coentro dentro do peixe. Faça

uma cama na forma com rodelas de cebola grossa

e coloque o peixe em cima para assar com papel

alumínio por cima. Leve ao forno pré-aquecido e

deixe em média por 60 minutos em 150º C. Em

seguida, retire o papel alumínio e deixe em mé-

dia mais 60 minutos na mesma temperatura e está

pronto para servir.

Adria

no M

acie

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REcEita ELaboRada PoR ADRiAno MACiel, inStRutoR dE cozinha RuRaL do SEnaR

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34 | CAMPO junho/2011

caso de sucesso

Informações repassadas em cursos e treinamentos do Senar ajudam produtores e criadores de galinha

caipira a se profissionalizarem rhudy crysthian | [email protected]

Galinhas dos ovos de ouro

Produtor de galinha caipira de Anápolis, Carlos Gomes, com gaiola de pintos que aprendeu a fazer durante curso do Senar

Jana

Tom

azel

li

www.sistemafaeg.com.br

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www.senargo.org.br

As mudanças nos hábitos alimentares das pessoas têm causado um aumento na bus-ca por produtos de origem mais natural.

Essa demanda por alimentos naturais, orgânicos ou de cultivo mais ecológico abre uma nova possi-bilidade para pequenos e médios produtores agrí-colas que não teriam como competir com o sistema industrial convencional. Essa exigência do mercado tem estimulado produtores a se voltarem para a atividade de produção de alimentos alternativos, como a galinha caipira.

Engana-se quem avalia a criação de frango e de galinha caipira como uma atividade condenada ao prejuízo. Pelo menos não é mais. Se bem planeja-da e administrada, e com a utilização do manejo correto, a produção de carne e ovos caipiras pode alcançar excelente lucratividade. Foi o que perce-beu o pequeno produtor de Anápolis, Carlos Go-mes Santos Neto. Depois de seis meses amargando uma baixa lucratividade, ele descobriu o curso de Criação e Manejo de Frango e Galinha Caipira pro-movido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), em Goiás.

Como para todo bom empreendimento é pre-ciso olhar adiante, Carlos foi buscar no curso do Senar medidas para aprimorar seus conhecimentos profissionais no manejo de galinhas caipiras. Ele conta que aprendeu técnicas de manejo, mistura de ração, como evitar doenças, construção de alo-jamentos como gaiolas, galpão de criação, gaiola de pintinhos e formas mais adequadas de criação.

Segundo o criador, depois que passou a usar as técnicas aprendidas durante o curso, ele con-seguiu aumentar sua comercialização de 150 para

200 aves por semana. Se cada ave pesa em média 1,8 quilo, esse aumento representa um crescimento de 90 quilos de carne vendida a mais por semana. “Um dos exemplos de técnicas que aprendi foi que a criação semi-extensiva é menos onerosa porque, com o cultivo no pasto, o animal consome menos ração”, conta.

Ele explica que conseguiu esse aumento nas vendas porque durante o curso aprendeu, além da seleção e classificação dos ovos, sobre comercia-lização do produto final. Bem como, os sistemas de criação e o manejo de poedeiras e de frangos de corte.

Sem amadorismo O instrutor do Senar, Gustavo Milanez, expli-

ca que nos três dias de curso o produtor aprende também as medidas mais adequadas de higiene no trato com os animais entre outras técnicas. “Esse curso acaba com o amadorismo do produtor. Ele aprende até a construir os próprios equipamentos e alojamentos das aves.”, comenta.

Durante o treinamento, o instrutor conta que em algumas propriedades eles conseguem admi-nistrar erros grosseiros que os produtores come-tiam antes de conhecer o curso. “Houve um caso em que um produtor não estava conseguindo fa-zer com que os ovos chocassem. Ele investiu em chocadeiras novas achando que o problema era no equipamento, mas em uma análise nos ovos pude-mos constatar que o problema estava na mistura de um ingrediente que ele acrescentava na ração e não estava possibilitando que as gemas ganhassem consistência adequada para fecundar”, relata.

Como participarOs interessados em treinamentos e cursos do Senar Goiás no município de Anápolis de-vem entrar em contato com o Sindicato Rural pelo telefone: (62) 3311- 5055

junho/2011 CAMPO | 35

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cursos e treinamentos

eM MAiO, O senAr PrOMOVeu

210 CURSOS E TREINAMENTOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL RURAL

25

Na área de

agricultura

Em ativida-

de de apoio

agrossilvipas-

toril

70

Na área de

silvicultura

9

Na área de

agroindústria

1

Na área de

aquicultura

5

Na área de

pecuária

70

Em atividades

relativas à

prestação de

serviços

30

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Educadoras do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Se-nar), em Goiás, participaram da capacitação do programa Com Licença, Vou à Luta, promovido pelo Sistema CNA/

Senar, em Brasília. Com esta qualificação, as profissionais estão preparadas para alavancar os trabalhos no Estado, atendendo prio-ritariamente as demandas originadas pelas Comissões de Mulhe-res Produtoras Rurais de Goiás. O Com Licença, Vou à Luta tem o objetivo de capacitar mulheres rurais para as atividades de gestão do próprio negócio ou contribuir no gerenciamento dos negócios da família. Com iniciativas como esta, o Sistema Faeg/Senar pretende qualificar continuamente a família do produtor rural, de maneira que cada vez mais a mulher assuma o devido papel de colaboradora junto a sua propriedade, agregando não apenas renda, mas, acima de tudo, eficiência às atividades desempenhadas no campo.

CapacitaçãoFemininaFátima Araújo | [email protected]

71 CURSOS E TREINAMENTOS NA ÁREA DE PROMOÇÃO SOCIAL

Fátima araújo é pedagoga, supervisora da Promoção Social e coordenadora Pedagógica do Senar, em Goiás

29

Alimentação

e nutrição

Organização

Comunitária

7

Saúde e

Alimentação

6

Prevenção

de acidentes

8

Artesanato

21

PRODUTORES E

TRABALHADORES

RURAIS

CAPACITADOS

2.223

Mar

cus V

inic

ius

Page 38: 2011 06 junho

38 | CAMPO junho/2011

camPo aberto

Diante do quadro de crise na oferta de etanol no País, volta à tona a ques-

tão da melhoria na produtivida-de da cana-de-açúcar, porém, os aspectos ambientais também têm sido relevantes. Assim como qualquer cultura, a da cana-de--açúcar também apresenta custos ao meio ambiente e estes preci-sam ser muito bem avaliados, já que vivemos em um mundo cada vez mais exigente em sustentabi-lidade. O uso de fertilizantes, o consumo de água, a participação da cultura da cana na dinâmica dos gases liberados na atmosfera e as adversidades climáticas cada vez mais frequentes são os prin-cipais desafios a serem enfrenta-dos no cultivo da matéria-prima do etanol.

Pelo fato da cultura fazer parte de uma matriz energética consi-derada limpa, pesa sobre ela uma responsabilidade ambiental ain-da maior, pois o etanol é conside-rado um combustível limpo e me-nos agressivo ao meio ambiente em detrimento aos danos causa-dos pelos combustíveis fósseis.

A cana-de-açúcar no Brasil está concentrada em áreas com boa distribuição de chuvas, terras de qualidade e condições climá-ticas que tornam o cultivo apto. Na maioria dessas áreas, não há a necessidade de irrigação. Apesar disso, condições climáticas ad-

versas como a seca têm afetado os canaviais em algumas regiões, como se verificou em 2010. Ao contrário do que muitos pensam, a cana-de-açúcar necessita de menos água em relação a outros vegetais, como soja e café. Isso é extremamente relevante uma vez que a água tem se tornado um re-curso escasso.

Mesmo nas regiões em que a irrigação é necessária, como no Centro-Oeste, a irrigação da cana não é feita em regime intensivo. Em Goiás, por exemplo, é feita apenas uma irrigação de salva-mento para provocar a germina-ção ou a brotação da planta.

Por outro lado, a irrigação constante pode aumentar a pro-dutividade. Experimentos reali-zados com algumas variedades específicas sob irrigação plena possibilitaram a produtividade de até 300 toneladas por hectare. Algumas variedades atuais con-seguem, em primeiro corte e sob condições normais, até 150 tone-ladas por hectare. Obviamente que esse aumento de produtivi-dade pode reduzir a área plan-tada e diminuir outros impac-tos ambientais, mas o desafio é produzir uma cana tão produtiva com menos água.

Pesquisas com melhoramento genético realizadas por várias entidades, incluindo a Embrapa, têm procurado desenvolver varie-

dades resistentes à seca, o que pode contribuir em muito com a diminuição do uso de água na produção e promover a abran-gência do plantio em áreas ora condenadas pelo zoneamento de risco climático.

De um modo geral, a indústria da cana-de-açúcar e os produ-tores independentes têm se pre-ocupado com a preservação das águas superficiais e lençóis freá-ticos, principalmente quando se usa subprodutos contaminantes, como a vinhaça que é reaprovei-tada como fertilizante. Além do mais, a política de uso de ferti-lizantes também tem mudado, através do uso de mais adubação orgânica nos canaviais, já que o excesso de fertilizantes aplicados no solo é uma preocupação tanto econômica quanto ambiental.

Como maiores produtores de cana-de-açúcar do mundo, temos avançado nas pesquisas para desenvolvimento de variedades cada vez mais produtivas, ao mesmo passo que procuramos alternativas para tornar a cultura mais sustentável. Porém, há mui-to ainda o que se investir. Acre-ditamos que poderemos mostrar ao mundo as potencialidades dessa cultura e que pode mudar os rumos da segurança energéti-ca mundial com a oferta cada vez maior de combustíveis mais lim-pos e sustentáveis.

o desafio da cana-de-açúcar

sustentável

Alexandro Alves é engenheiro

agrônomo e as-

sessor técnico da

Faeg para a área

de cana-de-açúcar

e bioenergia.

alexandro alves | [email protected]

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