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MAPA– O Jogo da Cartografia Serviço Educativo M/12 anos duração aproximada 60 min Espectáculo traduzido em Língua Gestual Portuguesa 2 ABR 2015 21:00 Sala Suggia ESPETÁCULOS AO ALCANCE DE TODOS

20150402 | Mapa - O Jogo da Cartografia | Concertos para Todos | Ao Alcance de Todos

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A cartografia da cidade desenha-se em palco de forma dramática e poética, com o nervo de gente que se procura no lugar, nos outros. Reunindo em palco grupos de teatro de diversas comunidades do Porto e cidadãos surdos, Mapa faz-se pela geografia irregular das emoções que habitam o espaço comum. Um espectáculo que pede reflexão. Ao Alcance de TodosHugo Cruz direcçãoSusana Madeira assistência de direcçãoRegina Guimarães a partir de criação colectiva textoBruno Estima direcção musicalHugo Ribeiro cenografiaWilma Moutinho desenho de luzLola Sousa figurinos PELE, Teatro Nacional São João e Serviço Educativo da Casa da Música co-produçãoADILO - Agência de Desenvolvimento Integrado de Lordelo do Ouro, ESMAE e Associação de Surdos do Porto apoioPorto Canal media partnerProjecto co-financiado pela SEC / DG ArtesPúblico Geral

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  • MAPA O Jogo da Cartografia Servio Educativo M/12 anosdurao aproximada 60 min

    Espectculo traduzido em Lngua Gestual Portuguesa

    2 ABR 201521:00Sala Suggia

    ESPETCULOS

    AO ALCANCE DE

    TODOS

  • A CASA DA MSICA MEMBRO DE

    COPRODUO E APOIOS

    Hugo Cruz direcoBruno Estima direco musicalSusana Madeira assistncia de direcoFactor E: scar Rodrigues, Pedro Augusto, Tiago Oliveira msicaRegina Guimares a partir de criao colectiva texto

    Grupo AGE, Grupo Auroras Lagarteiro, Grupo de Teatro Comunitrio EmComum Lordelo do Ouro, Grupo de Teatro Comunitrio da Vitria Centro Histrico, Grupo de Teatro de Surdos do Porto, Alexandra Silva, Alida Rocha, Ana Silva, Angelina Correia, Aurora Mendes, Conceio Mesquita, Cristina Queirs, Elisabete Moreira, Elisa Fonseca, Elisabete Sousa, Emanuel Gomes, Fernando Lagos, Glria Ribeiro, Henrique Ribeiro, Hermnia Silva, Hugo Bonito, Hugo Freitas, Hugo Silva, Irene Oliveira, Isaura Morais, J Costa, Joana Silveira, Jos Brochado, Lus Oliveira, Lusa Fonseca, Margarida Sousa, Maria Angelina Pinho, Maria Fonseca, Maria Gil, Mariana Gil, Maria Joo Mota, Maria Jos Costa, Maria Jos Paiva, Marlia Guimares, Nicolau Borges, Nuno Colao, Patrcia Queirs, Paula Baptista, Ricardo Cottin, Salvador Gil, Serafim Heitor, Srgio Anjos, Sofia Gomes, Vicente Gil, Vitria Silva interpretao

    Ana Lusa Castelo, Elisabete Moreira, Hugo Cruz, Irene Oliveira, Jos Brochado, Margarida Sousa, Maria Gil, Maria Joo Mota, Susana Madeira grupo de dramaturgia

    O TNSJ membrO da

  • 3Coro Clssico do Orfeo Universitrio do Porto Ana Sousa, Ana Silva, Ana Pereira, Ana Vasconcelos, Ana Ferreira, Andr Castro, Brbara Fonseca, Cristiano Fonseca, Diana Gomes, Diana Barreto, Diogo Coelho, Elsio Melo, Filipe Rosa, Francisco Costa, Gonalo Carneiro, Joana Barreto, Joana Costa, Jorge Pinho, Jos Ferreira, Jos Martins, Jos Canha, Lus Almeida, Mafalda Santos, Maria Vaz, Maria Gonalves, Mariana Machado, Mrio Parada, M. Gufron Mahfudhi, Miguel Barreira, Pedro Rosa, Ricardo Norton, Rui Santos, Rui Costa, Vanessa Silva, Zeferino Osrio;Coro Snior da Fundao Manuel Antnio da Mota Ado Magalhes, Adelaide Costa, Albina Carneiro, Cndida Loureiro, Carlos Lobo, Cu Cruz, Edgar Ferreira, Elvira Magalhes, Fernando Macedo, Graa Neiva, Jorge Tavares, Judite Adrio, Maria Arminda Ferreira, Maria Carmo Sousa, Maria do Carmo Torres, Maria de Lordes Toms, Maria Jos Oliveira, Maria Julieta Fonseca, Maria Lusa Rafael, Maria Manuela Magalhes, Orlando Velho, Rui Rodrigues, Teresa Gomes, Vitria Soares; Grupo de Percusso do Centro de Iniciativa Jovem e Orquestra Comunitria de Lordelo do Ouro ADILO Anbal Rodrigues, ngelo Santos, Daniel Rodrigues, Filipe Rodrigues, Jorge Leito, Joo Gomes, Nuno Gomes, Pedro Corte Real, Pedro Santos, Rodrigo Florim grupos convidados

    Wilma Moutinho direco tcnica e desenho de luzTiago Ralha, Pedro Augusto desenho de somHugo Ribeiro cenografiaCarlos Neves assistncia e construo de cenografiaLola Sousa, Nuno Encarnao figurino da Personagem PortoPatrcia Poo vdeo e fotografia

    Ana Guedes Rodrigues, Paula Viana, Jorge Matos, Miguel Soares parceria Porto CanalAna Lusa Castelo registo escrito do processoMaria Vasquez produo executivaAna Lusa Castelo assistncia de produoRaquel Veiga intrprete de lngua gestual

  • 4Contextualizao do projecto

    MAPA evoca a arte da cartografia como um desenho de um lugar.

    Este projecto emergiu com base no traba-lho desenvolvido e consolidado no Porto, pela PELE, nos ltimos sete anos e que se reflecte na criao e continuidade de grupos de tea-tro comunitrio (Grupo AGE, Grupo Auroras Lagarteiro, Grupo de Teatro Comunitrio EmComum Lordelo do Ouro, Grupo de Tea-tro Comunitrio da Vitria Centro Histrico e Grupo de Teatro de Surdos do Porto).

    Este MAPA construiu-se a partir da met-fora das trs fases do processo cientfico de mapeamento: 1. fase concepo (o momento da chegada a um lugar, do primeiro contacto e reconhecimento); 2. fase pro-duo (o momento da apropriao, de fazer de um lugar qualquer um lugar nosso); e 3. fase interpretao (momento final da construo de um mapa que se concretiza tambm neste espectculo).

    O desenho deste MAPA provocou o dissi-par de fronteiras artificiais e o reconhecer os outros em ns, procurou reflectir um encon-tro entre diferentes povoaes (zona orien-tal, ocidental e central), povos de uma mesma cidade, num desenho de um mapa mais humano. Durante este processo de cartogra-far, no seu caminho e na sua forma de fazer, houve ainda espao para questionar o Teatro e a Comunidade. Para alguns, com um lugar prprio e especfico na criao artstica; para outros, como uma arte menor, porque mais prxima do tradicional, amadora e voluntria. Porqu, como e com quem o fazemos? Este MAPA tambm uma busca de respostas a estas perguntas.

    Sinopse

    Hoje o grande dia. O dia do grande prmio o dia que nos faz mover em direco ao nada, repleto de promessas luminosas no meio de mais um inverno. Hoje o dia em que as tribos se dirigem em xtase ao centro de tudo, anes-tesiadas pela possibilidade de ganhar! Hoje o dia em que somos obrigados a olhar para ns e nos perguntarmos: o que fazemos com a nossa existncia nesta plis, nesta demo-cracia? O que leva tanta gente a este lugar?

    Envoltos numa sensao paralisante, pro-curamos caminhos que parecem ser sempre paralelos e que no se tocam, entre o indivi-dual e o colectivo, o local e o universal, o tradi-cional e o contemporneo. Experimentamos dilogos entre as tribos e a plis, o terreno e o sagrado, as narrativas pessoais e as narra-tivas poticas e teatrais. Estamos diante de uma necessidade de fuga a uma hierarquia muda, e a busca de uma democracia com voz um escavar contnuo rumo s origens das coisas, recuperando o encontro da pol-tica e do teatro no aqui e agora. Estas so as tenses dos nossos dias, estas so as nossas urgncias e so comuns, e so muitas e so as mesmas. agora nesta gora sem tempo e espao definidos que MAPA ensaia uma outra cidade.

    Um mapa maravilhosamente instvel para uma cidade encalhada

    O teatro a poesiaque sai do livropara descer rua.

    FEDERICO GARCA LORCA

  • 5A PELE separa o que est dentro daquilo que est fora. At h menos meses do que os dedos de uma mo, eu no sabia o que havia por detrs do nome. At desconfiava um bocado de uma superfcie de contacto to vasta, por razes que no vm ao caso

    Surgiu o Hugo Cruz com uma proposta da qual ainda levei um tempo a perceber os contornos exactos. Ou seja: qual podia ser o meu papel num projecto de espectculo que a PELE j estava a levantar. Agarrar o pssaro em voo, em suma. PAPEL E PELE.

    Foi-me desde logo bastante claro que o trabalho oficinal de escrita no podia, por limitaes temporais e minhas, configurar-se como lugar aberto inscrito numa longa dura-o. Como fazer ento para apanhar o com-boio de criao do texto em marcha, mobili-zar para essa matria todos os contributos de todos os participantes de todos os grupos, em tempo til e sem frustrar as expectativas de pessoas que eu nem conhecia?

    Felizmente nasci escriba feliz, e o teatro, territrio de infindveis aprendizagens, aju-dou-me a aprofundar e variar as maneiras da escuta do escrever com, do escrever para, do escrever a partir, do escrever sem

    Este palavreado serve sobretudo para esclarecer que a meno texto de Regina Guimares a partir de criao colectiva cor-responde, na verdade, soluo pela qual se enveredou. A saber: com base num esboo de guio, num projecto de cenografia, no imperativo de casar elementos do teatro grego com componentes actuais ou pere-nes, nas inmeras sugestes fornecidas pelos numerosos intrpretes-autores, na smula feita pela equipa de dramaturgia, nas maque-ttes destinadas aos trs hinos das trs tribos, nos abundantes desenhos e mapas, tentei fabricar uma sequncia de cenas, no dema-

    siado extensa, que abarcasse tudo isso e de tudo isso um pouco, contemplasse uma forte dimenso coral e se articulasse em torno da ideia de cartografia construda ao vivo e em tempo real.

    Entretanto, a vida mais generosa do que, por vezes, a pintamos: os poucos ensaios a que consegui assistir permitiram colocar caras e vozes e corpos nas deixas, afectos e argumentos nas situaes. Algumas cor-reces de trajectria, algumas reorganiza-es dos vrios momentos, alguma reflexo sobre a especializao e as polifonias e, por fim, o trabalho cometido entregue nas mos de quem o desejou e delineou. Mais vale 2, 20, 200 pssaros a voar do que uma ave cativa de uma mo.

    O norte magntico deste texto vosso/nosso um conceito de cartografia em movi-mento, de mapa maravilhosamente instvel para uma cidade encalhada. Pode isso pare-cer contraditrio com a prpria noo de representao grfica de um territrio. Acre-dito que a transposio para cena a que o pblico vai assistir provar visceralmente que assim no .

    Neste momento particular em que o Porto sai de uma era merceeira de fechamento doentio e de colapso promovido a orienta-o poltica para mergulhar de cabea numa fase fashion e tudo-para-turista-ver, a refle-xo sobre o devir da velha urbe e seus muitos coraes perifricos to til como respirar. Porque a disneylandizao em curso pode rapidamente transformar os habitantes em figurantes e a cidade em cenrio, como pres-sagiava o socilogo Jean-Pierre Garnier, com quem tive o prazer de privar.

    Quem melhor do que as populaes insta-ladas e/ou mantidas margem para questio-nar, com conhecimento de causa e efeito, os

  • 6processos de decadncia e de requalifica-o de uma cidade? Quem melhor do que os insatisfeitos para transformar cada farrapo em bandeira de esperana? Atrevo-me a recomendar que atentem no facto de que as queixas, as amarguras, as mgoas, os protes-tos, as contestaes, as rejeies, os gritos, etc. no Jogo da Cartografia nunca so como-distas, interesseiros, gananciosos ou auto-centrados, muito embora espelhem o mais fielmente possvel os desabafos e os sonhos de indivduos singulares. O Jogo da Carto-grafia inventou-se com base num exerccio de democracia participativa, embora nin-gum lhe tenha colado essa etiqueta. Possa ele sacudir a poeira de alguns preconceitos acerca das aspiraes dos cidados. E possa a PELE aproximar o que est dentro daquilo que est fora.

    REGINA GUIMARES

    Agradecimentos PELE

    Adelaide Santos, Delfim Ferreira Leo, Diana Gomes, Filipa Francisco, Ins Vicente, Isabel Amaral, Jessica Gonalves, Joo Pedro Correia, Jorge Garcia Pereira, Jos Carretas, Jorge Queijo, Junta de Freguesia do Bonfim, Maestro Antnio Srgio, Maximina Giro, Miguel Santos, Pedro Santos, Sara Santos, Teatro do Frio, Virglio Borges Pereira.

    Projecto financiado pelo Secretrio de Estado da Cultura/Direco-Geral das Artes.

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  • MECENAS PRINCIPAL CASA DA MSICA

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