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0 GOVERNO FEDERAL MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 32ª Reunião Ordinária da Comissão Coordenadora do ZEE do Território Nacional - CCZEE. Brasília/DF. 25 de Novembro de 2015. (Transcrição ipsis verbis)

32ª Reunião Ordinária da Comissão Coordenadora …‡ÃO-DA-32...1 Empresa ProiXL Estenotipia 1 O SR. MARCELO MEDEIROS (Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente 2 Urbano/MMA)

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GOVERNO FEDERAL

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

32ª Reunião Ordinária da Comissão Coordenadora do ZEE do Território Nacional -

CCZEE.

Brasília/DF. 25 de Novembro de 2015.

(Transcrição ipsis verbis)

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Empresa ProiXL Estenotipia

O SR. MARCELO MEDEIROS (Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente 1 Urbano/MMA) - Vamos recomeçar. Boa tarde a todos. Esperamos um tempo, 2

para que as pessoas chegassem, porque vamos começar as apresentações daqui 3 a pouco, e eu também precisava que um número maior de pessoas viessem, aliás, 4 deixa até me apresentar, meu nome é Marcelo Medeiros, eu sou o secretário de 5 recursos hídricos e ambiente hídricos do Ministério do Meio Ambiente. Eu tenho 6 um problema, embora, eu tenha que coordenar a reunião, não vou poder ficar, eu 7

tenho um compromisso com a ministra agora, nós vamos assinar um acordo 8 setorial da logística reversa de resíduos sólidos, que é um negócio que tem quatro 9 anos que estamos negociando, é um evento muito importante no ministério hoje, 10 outros ministros virão, vem o Joaquim Levi, virá a secretária da Secretaria Geral 11 da Presidência da República, então vai ser um evento grande daqui a pouco, eu 12

vou ter que estar com a ministra para acertarmos os últimos detalhes. É por isso 13 que eu precisava que um número maior de vocês viesse, porque eu vou ter que 14

pedir para que vocês selecionem um de vocês para poder coordenar a reunião 15 hoje, porque eu não poderei ficar. Mas, antes disso, vamos fazer apenas uma 16

rodada de apresentação para aqueles que não se conhecem, ainda mais que 17 temos visitante de outro estado hoje. 18 19

20 O SR. FILIPE (MMA) – Boa tarde a todos. Eu acho que a maioria me conhece, eu 21

trabalho com Bruno na gerência do Zoneamento Ecológico Econômico, junto com 22 o Adalberto do departamento, meu nome é Filipe, sou geógrafo e analista 23 ambiental aqui do Ministério. 24

25

26 O SR. RODOLFO OLIVEIRA (SPI) – Boa tarde. Meu nome é Rodolfo Oliveira, eu 27 sou da SPI lá do Ministério do Planejamento, e, eu dirijo hoje todas as ações que 28

tem a ver com a área do agro, meio ambiente, e, agora, como nós esperamos que 29 talvez a partir de amanhã, já saia a nova norma do formato do MP, assumi alguns 30 outros temas, indústria, C&T, defesa. Aquela história, os caras olharam para mim, 31

esse aí vai dar conta. Então, entregaram para o Cristo. Mas, nós tivemos no início 32 do ano, tivemos uma grande mexida na SPI, nós estamos fazendo, começando aí 33 um trabalho mais forte, com tanto acompanhamento, quanto análise de políticas 34 públicas, nós estamos começando a participar de alguns fóruns de maneira mais 35 forte, e esse é um deles. Boa tarde e prazer estar aqui. 36

37

38

O SR. MARCELO GIOVANI (SDR/MI) - Marcelo Giovani, Secretaria de 39 Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional. 40 41 42 O SR. ADALBERTO (MMA) – Boa tarde. Adalberto, Ministério do Meio Ambiente, 43 Departamento de Zoneamento Territorial, que coordena toda a política de 44

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zoneamento, gerenciamento costeiro, e agora a agenda ambiental urbana, 45

juntamente com o Marcelo, nosso secretário, e tentando obviamente fazer um 46 esforço para compatibilizar essas diferentes agendas dentro da lógica que 47 conversávamos a pouco, que os diferentes setores territoriais precisam começar a 48 se enxergar um pouco mais aproximadamente. 49 50

51 O SR. PAULO GARCIA (CAE/MD) - Boa tarde. Paulo Garcia da Chefia de 52 Assuntos Estratégicos do Ministério da Defesa, onde está concentrada toda a 53 agenda ambiental do zoneamento, CONAMA, patrimônio genético do Ministério da 54 Defesa. 55

56 57

A SRª. CIBELE DUTRA DE FRANÇA (Ministérios dos Transportes) – Boa 58

tarde. Sibele do Ministério de transporte. 59 60 61 O SR. ANDRÉ FÁBIO (MDIC) – Boa tarde. Meu nome é André Fábio, sou do 62

MDIC, trabalho na Secretaria de Inovação lá. 63 64

65 O SR. RODRIGO BRAGA (MCTI) – Boa tarde. Meu nome é Rodrigo Braga, sou 66 do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação na Secretaria de Políticas e 67

Programas de Pesquisa e Desenvolvimento. 68 69

70

O SR. WALTER MARQUES - Boa tarde. Walter Marques da CPRM e Consórcio 71

ZEE Brasil. 72 73

74 O SR. MARCOS AURÉLIO MARTINS (Seplan/MA) - Boa tarde. Eu sou o Marcos 75 Aurélio Martins, sou da Secretaria de Planejamento do Estado do Maranhão. 76

Heroicamente conduzindo, coordenando o ZEE do Estado, depois de duas 77 décadas temos assento nesse Colegiado para mostrar o nosso trabalho. É um ato 78 heroico e histórico que o Maranhão apresentará daqui a pouco para vocês. 79 80 81 O SR. MARCELO MEDEIROS (Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente 82

Urbano/MMA) – Esse problema do assumir novas funções deixa a todos, você só 83

saiu na frente, todos nós, tem que dar o exemplo, mas todos nós mudaremos nos 84 próximos meses. Antes de começar a mesma leitura da ata, eu gostaria de 85 perguntar se um de vocês poderia se propor a ser o coordenador da reunião, que 86 é bem simples, a pauta de hoje está muito simples, quase não temos deliberação, 87 vamos só tomar conhecimento dos andamentos, a única deliberação é aprovar a 88

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ata anterior. Então, eu gostaria de perguntar se algum dos presentes se proporia a 89

ser o coordenador. Já ia falar assim, ninguém, Adalberto. 90 91 92 O SR. ADALBERTO (MMA) – É o seguinte, a nossa lógica nas últimas reuniões 93 tem sido cada vez respeitar mais o Regimento Interno. O Regimento Interno prevê 94

que tem que ser escolhido entre os membros do Colegiado, e nós continuamos 95 como sempre fazemos no apoio a Secretaria do processo, mas decidimos já isso 96 há duas ou três reuniões atrás, que cada vez nós respeitamos mais as 97 formalidades, para que em algum momento alguém não coloque sobre suspeita o 98 que o Colegiado eventualmente vier a decidir. 99

100 101

O SR. MARCELO MEDEIROS (Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente 102

Urbano/MMA) – Meu colega do planejamento, por favor, sente-se aqui. Eu vou 103 deixar vocês, porque eu tenho um compromisso agora com a ministra, eu espero 104 que vocês tenham uma boa tarde e uma boa sorte, só de ver o Maranhão 105 apresentar um plano vai ser muito interessantes, planos estaduais são sempre 106

muito interessantes, mas depois de duas décadas mais interessante ainda. Boa 107 sorte. 108

109 110 O SR. ADALBERTO (MMA) – Com duas décadas vai ter que ter conteúdo 111

sobrando. 112 113

114

O SR. RODOLFO OLIVEIRA (SPI) – Olá a todos de novo, antes de qualquer 115

coisa, eu queria comentar que essa é a primeira reunião do CZEE, que eu 116 pessoalmente faço parte. Eu acho que todos foram, acho que todos receberam 117

anteriormente a ata. Eu não sei se precisamos fazer a leitura, talvez perguntar se 118 algum de vocês, depois de fazer a leitura da ata tenha alguma consideração, 119 alguma questão a ser colocada, vocês querem que leiamos a ata, precisa fazer a 120

leitura? Não. 121 122 123 O SR. ANDRÉ FÁBIO (MDIC) – Usar a plaquinha como fazemos nos conselhos 124 lá. A ata é na verdade a mesma que foi apresentada naquela reunião em que não 125 houve quórum, não é? Então, na verdade é a mesma, não houve nenhuma 126

alteração? 127

128 129 O SR. RODOLFO OLIVEIRA (SPI) – Na verdade nós estamos aprovando a ata da 130 última reunião. 131 132

133

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O SR. ANDRÉ FÁBIO (MDIC) – Da última reunião que houve efetivamente. Então 134

está ok. 135 136 137 O SR. RODOLFO OLIVEIRA (SPI) – Então, podemos dar a ata por aprovada? Ata 138 aprovada. Agora, a ideia é ter duas apresentações durante a reunião, uma sobre a 139

PNOT, Política Nacional de Ordenamento Territorial, a pessoa que vai fazer já 140 está aqui? Não, acho que podíamos inverter a pauta. O nosso colega herói do 141 Maranhão, por favor, tem a palavra. Marcos, eu ia te pedir para se possível tentar 142 se ater entre vinte minutos, meia hora no máximo. Está bom? 143 144

145 O SR. MARCOS AURÉLIO MARTINS (Seplan/MA) – Dez minutos para cada 146

década. 147

148 149 O SR. RODOLFO OLIVEIRA (SPI) – Se você não tivesse vindo de tão longe, não 150 tivesse dito que é um ato heroico, eu te daria dez minutos. 151

152 153

O SR. MARCOS AURÉLIO MARTINS (Seplan/MA) - Eu só gostaria de iniciar 154 apresentando a nossa colega Eliene, também outra heroína, também baluarte 155 dessa luta, e até mais antiga do que eu. Ela é do núcleo de geoprocessamento da 156

Universidade Federal, faz parte do Colegiado conosco, da nossa comissão 157 estadual. Então, nós vamos com esse tempo, vamos agilizar para mostrar um 158

pouco do que nós fizemos durante esse tempo. Em contato com o Bruno, o Bruno 159

deve ter passado aos senhores já uma Nota Técnica, diz que é esse o 160

procedimento para dar conta, e me informou que existem algumas lacunas no 161 processo, mas já foi recomendado, nós explicaríamos aqui um pouco dessas 162

lacunas, talvez tenha sido um pouco dessa dificuldade da comunicação, mas nós, 163 como eu disse, um ato histórico e heroico, conseguimos depois de 24 anos de 164 idas em vinda, nós concluirmos o macro ZEE. Então, aí é a Eliene, que é do 165

laboratório de geoprocessamento, que vai também me auxiliar se houver 166 necessidade, que é a chefe lá do laboratório de geoprocessamento, e eu sou da 167 Secretaria de Planejamento do Estado, sou coordenador estadual do ZEE. Aí, nós 168 trouxemos um pouco da história para vocês verem de onde nós viemos, em 91 169 começamos primeiras atividades, em 2000 com a Embrapa monitoramento de 170 satélite, fizemos alguns estudos na escala de um para 250 mil, mas não seguiu a 171

metodologia específica que já estava sendo delineada nessa época, ficaram 172

alguns produtos importantes, mas ficaram sem a devida conclusão. Em 2002, eles 173 foram disponibilizados num site da Secretaria, teve bastante acesso, fizemos até 174 uma sala de situação, mas logo em seguida, os governos seguintes não deram 175 muita importância. Em 2008 para 2009, nós retornamos, inclusive com a iniciativa 176 de um convênio aqui com o Ministério, mas também houve, tivemos a colaboração 177

na época do professor Walter Marques com a capacitação de equipe na área de 178

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cenarização, mas também o processo foi estancado com sucessivas mudanças de 179

governos e de coordenação, às vezes, era a Secretaria do Meio Ambiente, depois 180 passava para o planejamento, e esses problemas sempre jogaram contra o 181 processo. E, aí, em 2010, reiniciamos as negociações com a Embrapa, para que 182 no curso do macro ZEE da Amazônia Legal, que o Ministério estava liderando, aí 183 houve essa negociação para que os estados também fizessem nos seus Estados, 184

e nós iniciamos um contato com a Embrapa, mas vejam a dificuldade, somente em 185 2003, fomos celebrar, e, aí, que Marcos Aurélio aparece, eu nasci no processo em 186 2013, heroico, mas não sou responsável pelas duas décadas, e, aí, assumimos de 187 fato à frente com um colegiado bastante participativo, e em um ano e dois meses 188 junto com a Embrapa, que também foi heroica, nós reputamos que a Embrapa 189

teve uma participação, foi um desafio muito grande que a Embrapa assumiu com o 190 Estado, e em março de 2014, nós concluímos a etapa de todos os estudos, mais 191

uma vez mudança de governo, teve o impasse, o projeto de lei não foi 192

encaminhado à assembleia, somente agora no início do ano demos a retomada, e 193 a lei foi aprovada em setembro de 2015, e que nós tomamos a iniciativa de dar 194 prosseguimento para encaminhar toda a documentação para o Ministério, para a 195 comissão coordenadora nacional. A articulação institucional, nós fizemos o 196

processo baseado na legislação federal. E, aí, já em 2003, foi editado o edital que 197 compôs a Comissão Estadual, e compusemos também, fizemos um comitê técnico 198

científico, que nos dava um respaldo para essa comissão estadual mais política, 199 mais orgânica ter um braço técnico que nos dava esse suporte, foi muito 200 interessante essa articulação institucional, pelo conjunto de secretarias que 201

participaram tanto da comissão estadual, como órgãos que participaram do comitê 202 técnico científico. Tivemos também um grande número de instituições parceiras 203

que não participavam dos colegiados, mas que indicaram pontos focais, em que 204

todas as reuniões que a Comissão fazia, nós convidávamos representantes 205

desses órgãos, dos bancos, das federações, a FIEMA, a Federação dos 206 Trabalhadores também participou muito presente, o próprio Ministério sempre que 207

podia, ou o Filipe ou o Bruno estavam conosco em todas as etapas. Então, foi um 208 processo bastante envolvente, bastante harmônico nesse ano e dois meses. E, aí, 209 nós colocamos a coordenação esteve a cargo desses colegiados, a Seplan 210

coordenando esse Colegiado, e várias instituições parceiras, a execução foi um 211 contrato direto com a Embrapa Monitoramento por Satélite, teve o apoio da 212 Embrapa Cocais, que nesse ínterim foi criada lá no Maranhão, a Amazônia 213 oriental também de Belém do Pará, o prazo inicial de doze meses teve um aditivo 214 apenas de 45 dias, com muito parte para a Embrapa para que nós não 215 estendêssemos muito o prazo, e foi cumprido religiosamente, os recursos foram 216

recursos oriundos de contratos de empréstimo com o BNDE, e é aquela monta de 217

menos de um milhão de reais para que fizéssemos todo o trabalho intensivo, 218 corrido, em um ano e pouco mais ou menos. Os resultados, que nós fizemos uma 219 síntese da síntese, que contávamos que todos os membros tivessem recebido, e, 220 eu não sei se todos que estão presentes receberam e tiveram a oportunidade de 221 ler, mas trouxeram só alguns aspectos para que pudesse preencher alguma 222

informação que não tivesse sido dada. E, aí, é o grande Maranhão, que tem 223

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tamanho de vários países, uma extensão territorial bastante significativa, segundo 224

maior litoral do Estado, uma população de mais de 6 milhões de habitantes, a 225 capital ultrapassou um milhão, somos uma ilha, com quatro municípios, mas, já 226 com uma pressão demográfica bastante grande, que se acentua a cada tempo, 227 uma cidade bastante calorosa, não só pelo sol, mas pelo calor humano, quem 228 estiver lá em São Luís, quem já teve a oportunidade sabe, o quanto o cidadão 229

ludovicense, que é o nascido em São Luís, é bastante hospitaleiro. Somos 230 também, além de todo esse conjunto, esses três biomas, é o Estado que devido, 231 que faz parte do Nordeste e do Norte, compondo a Amazônia legal, e também 232 Nordeste com uma área também bastante significativa. Participamos da SUDENE 233 e da SUDAM, com os fundos constitucionais, com bastantes empreendimentos já 234

instalados ao longo do tempo nessas duas áreas. E, aí, começam alguns mapas 235 que selecionamos, só para dar destaque. O uso e cobertura da terra, que também 236

é um tema que nós sempre que debatemos dentro do estado, estamos sempre 237

numa dinâmica muito grande, que trouxemos só para que houvesse essa 238 demonstração para vocês. O Estado também tem uma ação de mineração muito 239 intensa, vamos mostrar mais na frente um pouco, exploração de gás e petróleo 240 agora, depois dessa última quadra que intensificou a exploração do gás e 241

petróleo, e temos cenários bastante interessantes nessa área. O uso da terra 242 também, ela tem se intensificado, quem sabe o Sul do Maranhão, e agora com a 243

estratégia federal do Matopiba que ocupa uma boa parte do cerrado maranhense, 244 já com produção de soja, criação de gado, o Maranhão, o ano retrasado está livre 245 de febre aftosa com vacinação, certificação internacional, colaborou há dois dias 246

atrás, os bois que naufragaram lá na Bahia, no Pará saíram para a Venezuela 247 antes de ontem já pelo Porto do Itaqui, rapidamente recompuseram o plantel de 5 248

mil animais, e foi exportado, já viajaram ontem para a Venezuela, então tem toda 249

uma infraestrutura de transporte, logística, de áreas de economia, de 250

bovinocultura, de grãos, de mineração, que dá uma configuração muito mais 251 moderna a economia do estado. Silvicultura também, temos instalado em 252

Imperatriz uma unidade da SUSAM agora, ampliando também para 253 beneficiamento, começou a exportar só matéria-prima, mas agora já vai fazer uma 254 unidade debaixo de verticalização da produção lá em Imperatriz, com geração de 255

emprego muito significativa. As unidades de conservação, terras indígenas e 256 desmatamento, isso associado toda essa pressão econômica não é de se 257 espantar aqui alguns conflitos, algumas coisas tem havido, foi noticiado há um 258 mês também, na reserva Arariboia, também incêndio criminoso nessa área já mais 259 da pré Amazônia, mas nós temos mantido com muita luta um equilíbrio, e nosso 260 comportamento durante todo esse trabalho de elaboração do macro ZEE sempre 261

foi esse de nos posicionar como poder público, de equilíbrio entre o meio ambiente 262

e entre a economia. Algumas pessoas falavam no meu ouvido direito, que eu era 263 muito pela economia, e outro vinha no ouvido esquerdo que eu era muito pelo 264 meio ambiente, e tínhamos consciência que tínhamos um equilíbrio com o 265 princípio da sustentabilidade, nós temos que encontrar uma pactuação para que 266 isso realmente haja um equilíbrio, porque é muito difícil trabalharmos com 267

correntes antagônicas, com interesses bastante visíveis. E, aí, também te dá uma 268

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pequena ideia do que eu já falei das potencialidades. Então, hoje o estado do 269

Maranhão é um dos estados também que recebe bastante investimentos, não tem 270 sido os últimos anos, não é só de agora, mas tem sido bastante aquinhoado, e 271 mais ainda com a descentralização desses investimentos, o que era muito 272 concentrado em São Luís, por causa da proximidade do porto, hoje já se 273 diversifica, se espalha pelo estado com investimentos bastante interessantes na 274

área de energia, na área de gás, na área de petróleo, mineração lá próximo do 275 Pará, mineração de ouro aqui próximo Barreirinha também, energia eólica, e estão 276 espalhando, e cada vez mais o Estado atraindo novos investimentos. Petróleo e 277 gás, isso aí é mais ou menos os blocos que são, tanto em terra como também no 278 rio Parnaíba e na fronteira lá com o Pará, tem sido colocado em licitação alguns 279

blocos, e que tem sido aprovado, e nós temos um cenário bastante interessante 280 nessa área de uma matriz energética, que é um projeto nacional, não é próprio do 281

Maranhão, faz parte dessa política nacional, e nós estamos, é parte viva também 282

desse processo. Aptidão agrícola, o estado também tem como vocês podem ver 283 aí, nós temos áreas apropriadas, temos também um Pantanal maranhense, que é 284 a nossa baixada, uma área também bastante interessante com aptidão para 285 criação, para carcinicultura, arroz irrigado, já também para silvicultura, temos 286

intensificado o trabalho do programa ABC, que é a agricultura de baixa emissão 287 de carbono, já com integração lavoura, pecuária e floresta, já bastante avançado 288

em algumas regiões do estado, portanto, o estado vem, fruticultura também, além 289 das tradicionais florestas dos babaçus do Maranhão, que já tantas vezes foram 290 acalentados como solução energética, como uma série de coisas, mas que 291

passou, e continuam com alguma exploração, como fonte de energia, 292 principalmente para as siderurgias, mas as vocações estão nascendo, a bacia 293

leiteira também bastante importante do Maranhão. Vulnerabilidade natural à perda 294

dos solos, eu sempre digo que nós, o macro ZEE trouxe um parâmetro bastante 295

interessante nas nossas conversas. Nós só, como o poder público, só falávamos 296 em potencialidade, nós não falávamos nas fragilidades, nas vulnerabilidades, 297

então, passou a ser uma linguagem em que em muitos órgãos tem se 298 preocupado, não só em externalizar as potencialidades, mas recomendar a 299 observação nas fragilidades, nós temos aquela área, que é a área de Barreirinhas 300

lá nos lençóis maranhense, que nós vemos o quanto ela é no MAPA altamente 301 vulnerável, e lá nós temos algumas bacias hidrográficas, ou braço de rios, em que 302 por conta do turismo, as pessoas se acham no direito de construir hotéis, 303 pousadas e residências à beira do rio, que é extremamente confortável, mas que 304 de fato está dentro de uma área de proteção, e a área altamente vulnerável, e isso 305 tem sido a partir dessas demonstrações mais claras, uma observação que nós 306

temos posto em vários locais, falando na Federação da Indústria, falando para o 307

próprio Governo, para os secretários, para técnicos, para que observem essas 308 informações que o macro ZEE nos trouxe. E, aí, nós conversamos com o 309 Ministério, em que durante a nossa negociação com a assembleia quando o 310 projeto de lei estava lá na Assembleia, os deputados em debate acharam por bem 311 suprimir as subzonas do estudo, o estudo continua com as subzonas, aí fizemos 312

com o Bruno, vamos mandar o trabalho como ele foi feito, faça a observação que 313

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foi dentro, não há prejuízo nenhum para o estudo, e, sobretudo, pela escala que 314

ele foi feito de um para um milhão, nós vamos manter as subzonas, agora durante 315 a etapa do detalhamento de um para duzentos e cinquenta e mil, mas nesse aí, 316 como a assembleia se posicionou contrário, aquilo estava incomodando alguns 317 parlamentares, nós chegamos a um acordo, não vai ter prejuízo, suprime as 318 subzonas, mantem as zonas, as macro zonas, o estudo continuou do jeito que 319

está, tivemos, mandamos para o Bruno desse jeito, fazendo a observação, o 320 Bruno colocou na Nota Técnica essa observação para que os senhores 321 compreendessem, o estudo tem as subzonas, mas por conta da independência 322 que a Assembleia tem com o parlamento, eles acharam por bem suprimir, 323 mantiveram o projeto do lei, fizeram um substitutivo, e suprimiram as subzonas. 324

Mas para terem ideia, cerca de quase 76% é da zona um, que é consolidação e 325 expansão do sistema sustentável de produção, e os outros compõem o restante 326

de vinte e poucos, mas mesmo assim a zona 2, mais 8% dá mais de setenta por 327

cento, com o uso sustentável de recurso naturais, com a primeira de consolidação 328 e expansão. Durante essas negociações também tivemos ainda que enfrentar 329 discussões com a federação das indústrias, alguns empresários com medo que o 330 macro ZEE vinha amarrar algumas coisas, e a luta entre o meio ambiente e o 331

desenvolvimento, a área econômica. E, aí, descreve cada zona com a sua 332 descrição, que também está no estudo, vocês estiveram a oportunidade de ler. 333

Vamos ver só mais, eu acho que já está quase na segunda década. Só para fazer 334 também a área de influência costeira também, o Maranhão, como vocês 335 conhecem, tem também uma coisa bastante privilegiada nessa área, lá no início 336

mostramos 640 quilômetros de costa, e ele se aprofunda também para o 337 continente, para a área da baixada maranhense, que tem um ecossistema 338

bastante interessante como economia de populações tradicionais, ribeirinhas, 339

quilombolas, que vivem de pescarias e caças de algumas aves típicas do 340

Pantanal. Aí, completa as zonas. E, aí, nós também procuramos só para detalhar, 341 mostrar o que foram os produtos obtidos aí? Foram os relatórios que a Embrapa 342

produzia, a cada relatório desse entregue, nós fazíamos uma oficina para a 343 discussão do produto, e o produto se não tivesse a contento a Comissão não 344 aprovava, recomendava algumas alterações, até que a Embrapa providenciasse 345

fazer esse ajuste para fazer a aprovação e o pagamento efetuado, que era 346 pagamento feito contra a entrega do produto. Fizemos primeiro um relatório de 347 planejamento que dava toda a ideia de qual era a metodologia, o processo que ia 348 ser feito, o relatório do banco de dados geoespacializado, isso aí também é 349 riquíssimo, nós conseguimos reunir informações nesse banco de dados, coisas 350 que nós jamais, lutávamos há muito tempo não só para concluir um estudo 351

desses, mas que fizesse um banco de dados mais robusto, e conseguimos 352

realmente fazer os relatórios dos diagnósticos socioeconômicos, físico, biótico e o 353 jurisdicional, comportou dois volumes, o produto 3 de quase 800 páginas, são dois 354 volumes bastante robusto, o relatório final com prognostico traçando a 355 cenarização, a definição das zonas e subzonas e as diretrizes, que foi o produto 4. 356 Isso aí, ele completou com o sumário executivo, que é um produto bem menor, 357

que nós reduzimos quase mil e poucas páginas em 31, uma coleção de mapas, os 358

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principais mapas, e o website que foi transferido da Embrapa lá para a Seplan. 359

Tivemos também um momento bastante interessante, bastante democrático, 360 percorremos quatro regiões, onde conseguimos reunir cerca de quinhentos 361 participantes, desses quinhentos participantes representavam praticamente 250 362 instituições nesse processo de quatro consultas públicas, nós levamos a versão 363 preliminar, já com cenários e os indicativos de zonas e subzonas, mas 364

submetemos a essa consulta, sujeita a modificação para nós fazermos a versão 365 final. Então, foi um momento muito interessante, participação do Ministério 366 Público, das universidades, bancos, empresários, trabalhadores. Então, bastante 367 enriquecedora esse momento de Consulta Pública. E, aí, a institucionalização, a 368 mensagem não foi possível em 2014, demos entrada agora em 04 de abril desse 369

ano, o projeto de lei nº 053 foi aprovado em 26 de agosto, como diz aí com a 370 supressão das subzonas, e transformado em lei, na lei 10.316, de 17 de setembro, 371

agora que instituiu o macro ZEE, tanto é que essa reunião sendo realizada foi logo 372

depois de setembro, que providenciamos o mandato da documentação para cá, 373 para que fosse incluído na pauta da reunião de hoje. E uma das lacunas que o 374 Bruno destacou dentro da Nota Técnica, seria a necessidade de estar com o plano 375 de ação mais visível, mais apresentável da forma, como nós chegamos a fazer 376

logo depois do estudo de cenários, algumas estratégias de setores importantes do 377 estado, e colocando essas estratégias com ações específicas dentro do curto, 378

médio e longo prazo. Então, para nosso entendimento, ali nós estávamos 379 construindo um plano de ação, isso foi depois de traçado o cenário desejável, e 380 mesmo os outros dois cenários, nós estabelecemos várias estratégias com as 381

ações e com prazos, médio e longo prazo, com um horizonte temporal, que nós 382 imaginávamos que agora depois de aprovada em lei, nós iríamos reunir a 383

Comissão estadual, para que esse plano fosse mais detalhado. E, isso, que nós 384

queremos dizer aqui, e iria comunicar ao Bruno, de que seria essa nossa 385

providência que tomaríamos a partir de agora. Foi tão em cima a 386 institucionalização, e agora submeter aqui ao ministério, que ainda não 387

convocamos a comissão estadual para que possamos detalhar mais esse plano 388 de ação. Nós trouxemos até aí, para vislumbrar o Maranhão desenvolvido 389 sustentável, que é o cenário desejável, foram formuladas as estratégias que é 390

orientar o delineamento de zonas e a formulação das suas diretrizes. Então, há 391 um conjunto de estratégias com ações de curto, médio e longo prazo, nós até 392 selecionamos algumas aí. Seria a melhoria da capacidade de planejamento de 393 gestão, considerando alto nível de influência governamental nas atividades 394 produtivas, a execução do ZEE na escala de um para 250 mil, o fortalecimento da 395 comissão permanente de implementação e monitoramento do ZEE, incentivo à 396

formação dos comitês de bacias, fortalecimento do sistema de conservação da 397

biodiversidade, utilização de pagamento por serviços ambientais com mecanismos 398 de conservação de áreas frágeis, estímulo a autoria sustentável, aquele que nós, 399 inclusive uma das coisas que vocês devem ter observado lá naqueles atores que 400 participaram como parceiros, nós tivemos o IPHAN o tempo todo chamado para 401 que nós estabelecêssemos uma relação muito interessante com eles sobre os 402

parques, os sítios arqueológicos do Maranhão, para nós casarmos com o macro 403

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ZEE, que parece que alguns estados não associam muito com a identificação 404

desse sítio arqueológico com as zonas estabelecidas. Então, foi uma experiência 405 interessante, nós caminharmos junto com o IPHAN nesse trabalho. E por último a 406 fiscalização do cumprimento da legislação ambiental, observando o código 407 florestal, áreas especiais protegidas com desenvolvimento de serviços de apoio ao 408 produtor rural, como assistência técnica. Então, algumas, são mais de trinta 409

estratégias com as ações, que nós iríamos discutir internamente na Comissão, 410 para transformar essas ações estratégicas em ações operacionais para que cada 411 secretaria, mesmo a iniciativa privada, nós temos uma relação interessante com a 412 FIEMA, com a FAEMA, com a própria FETAEMA, e bancos, para que 413 estreitássemos essa coisa, e começar a cumprir esse plano de ação. E, aí, outras 414

ações que colocamos, nós transformamos esse estudo numa coletânea de 415 exemplares colocando numa caixa que ficou bastante atrativa, distribuímos para 416

os secretários, e os secretários que saíram da Secretaria, levaram inclusive o 417

exemplificar, não deixaram nem na Secretaria, acharam tão bonitos que levaram 418 para casa, e não deixaram a oportunidade para os que entraram nem de ler o 419 estudo, mas estamos providenciando novos exemplares para que a equipe nova 420 que assumiu possa ter acesso. Já fizemos duas capacitações do banco de dados, 421

é uma coisa interessante para que os técnicos das áreas de planejamento das 422 secretarias possam acessar as informações que constam no banco de dados, 423

temos uma proposta discutida com a UEMA Net, que é um setor lá da OEMA de 424 fazer um curso a distância para alcançar diversos polos da universidade, com 425 pessoas para trabalharem com a macro ZEE, e somos chamados para apresentar 426

o estudo em vários conselhos, o Conselho das Cidades, CONSEMA, CONEA, no 427 Agro Balsa, na FIEMA, o Conselho Empresarial, que é presidido pelo atual 428

governador, já tivemos a oportunidade de mostrar lá para a equipe de secretários, 429

fizemos capacitação técnica agora para as assessorias de planejamento, para 430

utilizarem o macro ZEE no PPA 2016/2019, apresentamos aos secretários, 431 dirigentes, e a técnicos de todas as secretarias e órgãos do Governo. Discutiu-se 432

internamento, e foi incluído o macro ZEE como uma das diretrizes nas orientações 433 estratégicas do Governo, dentro da metodologia, os senhores sabem, o 434 Governador, como Presidente da República, ele traça as orientações estratégicas 435

do seu Governo, para aquele quadriênio, e ali formula suas diretrizes, então o 436 macro ZEE está como uma das diretrizes no novo PPA, ele é referência à 437 proposta de nova regionalização do estado, estamos discutindo com a Secretária 438 de Planejamento a instalação de um setor, uma área específica de 439 geoprocessamento em cada assessoraria de planejamento das secretarias e 440 órgãos do estado, ele também serviu como referencial para a atualização do 441

zoneamento agropecuário, que está feito agora, e também para o diagnóstico 442

geoambiental, que a Dra. Eliene, com o nosso colega Jucivan estão atualizando 443 esse estudo importante para a região sul maranhense. E, aí, nós estamos 444 querendo de 1400 páginas, transformar todo esse estudo numa publicação síntese 445 de cerca de 250 página para poder distribuir com mais facilidade para que as 446 pessoas, estamos preparando o folder do macro ZEE, a impressão de mais 447 exemplares do relatório, os banners com os mapas sínteses das zonas e 448

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subzonas em todo o lugar que nós vamos, nós levamos esses banners para 449

entrevista de rádio e televisão, às vezes é um assunto muito difícil da sociedade 450 assimilar, mas os programas de rádio que eu vou, são muitas perguntas, é 451 admirável como imaginamos que é um tema, mas quando fala de meio ambiente, 452 fala de ecologia, fala de economia, o rádio não para mais de perguntar. Então, 453 temos feito alguns programas de rádio para disseminar essa ideia, o resultado do 454

estudo, e tem sido muito aceito. E também artigo científico, nós assinamos alguns 455 trabalhos com os pesquisadores da Embrapa, e já foram apresentados em alguns 456 eventos técnicos científicos pelo Brasil, e até internacional, o estudo do Maranhão. 457 Ele foi também tema da comemoração dos 25 anos da Embrapa lá em Campinas, 458 escolheram como histórico, o macro ZEE do Maranhão para apresentar nos 25 459

anos da fundação do centro da Embrapa. E, aí, eu mostro a implementação, 460 dentro do projeto de Lei do PPA, no anexo onde está a orientação estratégica, 461

com essa diretriz, a 8ª diretriz diz que visa garantir a preservação, conservação e 462

utilização da forma sustentável das riquezas naturais a serem observadas quando 463 a formulação das políticas públicas estaduais. Então, isso, nós negociamos para 464 que o instrumento do macro ZEE fosse valorizado a esse ponto de ser uma das 465 diretrizes do atual PPA, e dentro de um programa da Seplan, que é o programa de 466

planejamento gestão governamental, conseguimos colocar uma ação também, 467 melhoria da gestão territorial, que tem esse pequeno recurso, mas é um recurso 468

que vamos trabalhar em 2016, com 10 milhões de reais para iniciar o estudo do 469 bioma Amazônia, para um para 250 mil, e fazer um trabalho de implementação do 470 macro ZEE. Esse, aí, eu mostro esse quadro só para vermos o acervo que 471

conseguimos reunir, isso nós compartilhamos com toda a nossa Comissão, com o 472 nosso comitê, com os órgãos parceiros, nós temos digitalizado alguns desses 473

estudos, alguns nós estamos atualizando, e disseminando para que as diversas 474

secretarias, os diversos órgãos, possam ter consigo esse acervo de estudo da 475

maior importância que são estudos que acabam dormindo nas prateleiras, se eles 476 não forem despertados, e nós estamos tentando acordar essas pessoas para que 477

recuperem, vejam que já existem bastantes estudos, o zoneamento agropecuário 478 também que estamos atualizando, ele é de 94. Então, um estado importante, com 479 sua agricultura, agropecuária, você ter um zoneamento que está novamente há 480

vinte anos parado. Então, nós estamos dando essa sacudida, tem esse 481 diagnóstico do sul maranhense, o zoneamento geoambiental de 97, subsídio ao 482 ZEE da bacia do rio Itapecuru, a professora Eliene também está trabalhando, 483 fazendo um trabalho interessante na bacia de Itapecuru, o zoneamento 484 pedoclimático do cajueiro, 2000, o zoneamento um para 250 mil, aquele que eu 485 disse que a Embrapa começou e deixou no estudo, o zoneamento costeiro 486

também feito em 2003, o macro ZEE da Amazônia legal de 2010, que foi do 487

Ministério, geodiversidade do estado do Maranhão, um presente que o professor 488 Walter Marques nos deu, o dessa última estada dele lá conosco levou alguns 489 exemplares, e eu tenho, me mande mais dois, mais três, porque nós vamos 490 distribuindo para o estado dada a importância que tem o estudo desse também. 491 Aí, o macro zoneamento agora, e zoneamento de risco climático, que são esses 492

zoneamentos que periodicamente o Ministério adota as suas portarias 493

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recomendando as orientações para o Estado, como damos o exemplo ali da 494

Portaria 171 de 2015, que orienta, é o zoneamento de risco climático da soja. Aí, o 495 nosso governador Flávio Dino, a nossa secretária é a Cintia, o Bruno já teve a 496 oportunidade de estar com ela, não sei se o Filipe esteve, e, aí, são os meus 497 contatos, a próxima é da Eliene, meu celular, meu e-mail, da Eliene também, e 498 qualquer dúvida, nós fizemos uma escolha de mostrar essas informações, e, 499

talvez não estejam com tanto detalhe na Nota Técnica, que nós sabemos que o 500 Bruno deve ter feito com exímio como sempre, que ele é cuidadoso, mas nós 501 optamos de dar essas informações, e nos colocar aqui à disposição de todos, para 502 qualquer esclarecimento. Obrigado. 503 504

505 O SR. RODOLFO OLIVEIRA (SPI) – Marcos Aurélio, obrigado a você, realmente 506

nós vemos que é um trabalho de bastante fôlego, bastante tempo, e você colocou 507

no final, acho que uma questão interessante entre as ações que você apresenta, 508 vocês já começaram a impedir que esse material durma, como você falou, quer 509 dizer, o fato de estar fazendo um processo, um esforço de internalizar esse 510 documento, essa análise que você mesmo colocou que te dá uma base 511

extremamente importante, não só para dizer quais os potenciais do estado, mas 512 aonde o uso do solo está mais frágil, com o nível de vulnerabilidade da utilização 513

de algumas regiões, e a importância de internalizar isso nos instrumentos de 514 planejamento que o estado conta. E, aí, você já colocou, talvez um dos mais 515 importantes, o plano plurianual de vocês, já reconhecer essas regiões, então é 516

bem interessante o trabalho, e mais ainda essas ações que vocês estão 517 começando, já estão conseguindo evoluir bastante nisso, como você mesmo 518

disse, impedir que esse instrumento durma. Eu vou passar a palavra para o Filipe, 519

para ele apresentar a nota, e depois abrimos para questões; para dúvidas, ok? 520

521 522

O SR. FILIPE (MMA) – Antes de começar, enquanto o nosso colega coloca a 523 apresentação, eu vou tecer algumas palavras importantes sobre esse processo do 524 macro ZEE do estado do Maranhão, nós sempre acompanhamos de perto, eu o 525

Bruno e a equipe do ZEE, desde o começo, desde as tratativas do TDR, nós 526 sempre fomos lá, na época, quando esse processo tramitou também no legislativo, 527 estávamos lá presente tentando dar soluções, e eu gostaria de deixar registrado, 528 que esse processo de planejamento, esse instrumento de planejamento, ele tem a 529 sua importância, porque ele foi muito centralizado, como vocês podem ter visto na 530 apresentação, ele envolveu diversos setores do governo, como também 531

federações da indústria, da agricultura, entre outros. Então, isso obviamente 532

agrega uma temporalidade no planejamento, mas você ganha também com a 533 tentativa de permear esses achados. Outra coisa também importante, que a 534 equipe que elaborou a parte técnica foi a Embrapa, então nós não tivemos aqui 535 aquela questão da sempre estar contratando uma consultoria externa; foram as 536 instituições da casa, Seplan e a Embrapa, que esteve presente, que elaborou, e 537

acredito que isso traga aprendizados, agregue aprendizados, e é por isso que eu 538

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acredito que tem essa, como o Marcos apresentou bem, nós já começamos as ver 539

os instrumentos já sendo implementados, digamos assim, sendo utilizados no 540 PPA, já tendo seus reflexos. A minha apresentação, vou tentar ser bem sucinto, 541 vocês devem ter recebido a Nota Técnica, é de praxe o Ministério fazer subsídios 542 técnicos para o Colegiado, quando você tem esses processos de reconhecimento 543 de um instrumento estadual, é a primeira vez que um estado apresenta um macro 544

para reconhecimento, os que já foram reconhecidos sempre tinham uma temática 545 específica de redução de reserva legal, esse não é o caso aqui, que ainda 546 estamos naquela primeira aproximação, de um zoneamento de cunho mais 547 estratégico, e basicamente o que nós analisamos, quando analisamos o 548 zoneamento, nós analisamos o zoneamento à luz das legislações, tanto dos 549

critérios do zoneamento, que estão dispostos no Decreto 4397, quando nas 550 diretrizes metodológica, o documento de 2006, e também observando obviamente 551

as atribuições do consórcio da ZEE, a questão dos geo dados, a parte da índia 552

agora, desde 2008, alguns acordos do TCU, e obviamente a legislação estadual, 553 que são os requisitos para o início desse processo. Só rapidamente, a Secretaria 554 encaminhou para o Ministério, via ofício, toda essa documentação, esses 555 relatórios dos produtos, junto com a ata da reunião de aprovação do instrumento, 556

pelo modelo de gestão do estado, que é a CZEE, e CTC, que é o comitê técnico 557 cientifico, eles têm uma similaridade com o nosso modelo de gestão florestal, seria 558

a CZEE e o Consórcio ZEE Brasil, e também encaminharam à lei que o marco já 559 mencionou, de que institui o instrumento no âmbito legal. Ali uma observação, ele 560 também já colocou bastante, não vou me ater muito, da questão da subzonas que 561

foram suprimidas, nós tivemos o entendimento o seguinte: durante o processo, 562 isso foge à governança do Executivo de tentar garantir as zonas, as subzonas, 563

todo o seu instrumento dentro da tramitação no projeto de lei, o Decreto, ele 564

coloca no seu art. 11, que o território, ele tem que ser divido em zonas zona, em 565

momento nenhum do Decreto existe a especificação de zonas e subzonas. Então, 566 nós vimos margem de fazer, ok, continuamos o processo, e não vamos perder o 567

momento de fazer uma aprovação em lei, visto que é difícil fazer uma lei estadual, 568 nós sabemos muito bem, que o exemplo do Mato Grosso mesmo, então, nós não 569 quisemos perder momento, isso foi uma orientação que demos para o estado do 570

Maranhão na época, continuem, porque nós estamos amparados nesse artigo 571 11A. Então, entendemos que conseguimos fazer o reconhecimento nesse quesito, 572 e outro ponto ali, é a questão que o Marcos já colocou, o reflexo desse 573 instrumento, eu acho muito importante ele já refletir no planejamento central do 574 estado, no plano plurianual, e já direcionando alguns objetivos, metas e ações. O 575 que analisamos na nossa nota foi basicamente aqueles relatórios, já apresentado 576

o sumário executivo, o relatório de planejamento, o relatório do banco de dados, e 577

o banco de dados também, o diagnóstico, ele foi dividido em dois volumes, o 578 relatório final onde você tem a parte de prognóstico, tem o mapa de gestão, com 579 as zonas e as diretrizes específica e gerais, e a parte da coletânea de mapas, aí, é 580 só para lembrar que a execução disso foi elaborada pela Embrapa, e a Embrapa 581 faz parte do consórcio, e sempre esteve em contato conosco durante esse 582

processo para fazer a sinergia metodológica, eles sempre ligavam, como é que 583

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fazemos as integrações, e sempre fazíamos esse bate-bola. Entrando na análise 584

dos quesitos, primeiro quesito que sempre analisamos é o que está disposto no 585 artigo VI A em relação as escalas, o macro ZEE do Maranhão atende, ele está na 586 escala um para um milhão, nesse caráter mais estratégico, então, ele de certa 587 forma, eu coloquei um certinho, está em relação ao inciso II, que você coloca, que 588 ele dá essa possibilidade do estado de desenhar esse instrumento entre um para 589

um milhão, para 250 mil, nesse caso, e no Nordeste e também no Centro-Oeste. 590 Em relação também ao inciso VI B, que são os requisitos necessários para 591 começar esse processo. O Decreto traz três incisos, o terceiro não é o caso aqui, 592 porque é aplicado só quando é parte de um estado que é zonificado. Então, um 593 exemplo do Amazonas, que fez o (...) O inciso I, ele é atendido, porque como 594

vimos na ata da reunião, ele foi aprovado pelo modelo de gestão do estado, os 595 dois colegiados, o político e o técnico, e o II também, nós vemos que foi atendido, 596

porque ele foi encaminhado à lei, instituindo o instrumento, dentro obviamente, 597

onde eu coloquei de novo aquela questão das zonas, do art. 11, que eu já havia 598 colocado, discutido nos slides anteriores. Daí, passamos o Decreto, ele coloca três 599 eixos pressupostos para a análise, o técnico, o institucional e o financeiro o 600 financeiro, o financeiro o Decreto não especifica muito bem, fala que fica a cargo 601

de legislação específica. Então, não entramos no quesito. Em relação ao técnico, 602 o que o ZEE deverá apresentar de acordo com o Decreto, termos de referência 603

detalhado, a equipe de coordenação composta por pessoal técnico habilitado, a 604 compatibilização com a metodologia, esse inciso III é detalhado melhor nos outros 605 artigos, vai estar mais definido nos próximos slides. A parte do art. 4º até o art. 7º 606

é basicamente relacionado ao uso da geo informação, a geração, sistematização e 607 a publicação disso, e o último, o art. 8º, em relação ao envolvimento, essa questão 608

da descentralidade do instrumento, o envolvimento dos grupos sociais, dos 609

demais setores, essa gestão. Aí, eu dividi para nós, dividi por temáticas, digamos 610

assim. Em relação ao termo de referência detalhado, nós entendemos que está 611 aderente, porque dentro do relatório de planejamento, se você pegar o relatório de 612

planejamento, você vê que de certa forma é um termo de referência, eles tem as 613 suas atividades, os cronogramas, os produtos esperados à época que foi 614 elaborado, as articulações institucionais realizadas, mobilização de recursos, entre 615

outros, a equipe de coordenação composta por pessoal técnico habilitado, isso 616 também entendemos que foi aderente, principalmente pelos técnicos da Seplan, e 617 os técnicos que foram envolvidos pela Embrapa Monitoramento por Satélite. Em 618 relação ao quesito da geo informação, eu consolidei para fazer alguns 619 comentários, comentários da nota. A questão da geo informação, também 620 acreditamos que foi bem desenvolvido, não é uma coisa muito comum, isso nos 621

zoneamentos, dos que eu já li, essa organização do banco de dados, a Embrapa 622

teve bastante preocupação nisso, ele organizou a informação de acordo com os 623 eixos da metodologia, meio físico biótico, socioeconômico e jurídico institucional. 624 Durante o processo também, a Embrapa utilizando uma plataforma geonorte, que 625 na época nem eu conhecia, foi até um aprendizado para mim, disponibilizou a 626 informação e os metadados durante o processo, e atualmente, nós, já adiantando 627

um pouco até os informes, nós temos um processo paralelo junto com a Embrapa 628

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Informática de Campinas, que é a elaboração de um sistema interativo de análise 629

geo espacial da Amazônia legal, que é o SIAGEO, ele foi lançado em setembro, é 630 uma ferramenta com base no 3geo, que esperamos organizar e disponibilizar 631 todos os dados dos ZEEs estaduais, nós estamos num momento de verificação 632 com os estados, nós fizemos uma primeira versão, arrumamos o máximo possível 633 com base nos documentos publicados, e estamos fazendo essa rodada com todos 634

os estados da Amazônia legal, para eles validarem as informações que estão ali 635 apresentadas, o Maranhão já está lá presente nesse sistema, já está disponível na 636 internet, inclusive caso vocês queiram olhar, em relação aos relatórios, eles 637 seguem a ABNT, e em relação aos mapas apresentados naquela coletânea de 638 mapas, ele também segue os requisitos da CONCAR, apresenta a questão de 639 escala, legenda, doente de dados, isso em um layout dos mapas, sistema de 640

coordenadas, e o referencial, também conhecido como Datum, como sistema de 641

referência. Em relação à mobilização social e envolvimento dos grupos sociais, o 642

Marcos apresentou bem na apresentação dele, todo o processo envolveu quatro 643 consultas públicas, nos municípios de Imperatriz, Balsa, Chapadinha e São Luís, e 644 tiveram um total, que nós vimos lá no relatório, de 474 pessoas, representando 645 256 entidades, foi aquela fala que eu fiz no início, você vê que ele envolveu 646

bastante representatividade no processo, então acreditamos que ele foi bem 647 descentralizado, que é bem a lógica do Zoneamento Ecológico Econômico, além 648

disso, também acho que vale a pena mencionar aqui nesse momento, a questão 649 dos cenários que eles vão aparecer lá no prognóstico, que também conta seus 650 métodos nesse planejamento descentralizado com os setores, também é uma 651

parte que também de certa forma atende esse inciso VIII do artigo art. 8º. Os 652 pressupostos institucionais, nós temos esses quatro incisos, o primeiro é a 653

questão dos arranjos institucionais destinados assegurar a inserção dos ZEE nos 654

programas de gestão de território, isso foi bem apresentado pelo Marcos, é a 655

relação, a manutenção inclusive desses dois colegiados, eles não deixaram de 656 existir depois que finalizou-se o processo, eles existem, e eles existem porque, 657

porque a agenda não terminou, agora, espera-se um detalhamento do ZEE um 658 para 250 mil no bioma amazônico. E em relação a divulgação dos dados, e tudo 659 mais, também foi bem apresentado pelo Marcos, mas foi uma sugestão que 660

colocamos na nota, nós sabemos que ela já vem acontecendo, da realização de 661 curso da capacitação dos gestores, inclusive para utilizar esse instrumento, isso 662 ficou, a apresentação que você fez, já de certa forma respondeu isso, a meu ver, 663 porque você já mostrou que muitos já estão utilizando, já estão planejando fazer 664 essas capacitações, para eles usarem suas pastas e tudo mais, nós estamos 665 vendo que ele não está morrendo na praia, ele já está começando a dar 666

resultados. Em relação ao compromisso, essa exclamação é só para dar uma 667

atenção, eu acho importante sempre, não só para o estado do Maranhão, mas 668 sempre colocamos isso para todos os estados, a importância de sempre manter 669 um contato próximo conosco, principalmente para tentarmos viabilizar soluções 670 tanto técnicas, que na maioria dos casos nós conseguimos, e quando temos 671 dinheiro, financeiros também. Como nós somos o órgão central, eu costumo dizer 672

que nós temos essa capacidade de olhar as diferentes experiências dos estados, 673

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e trazer experiências boas, de fazer esse intercâmbio de soluções, inclusive 674

envolvendo o próprio consórcio ZEE Brasil. Um exemplo aqui também já 675 adiantando um pouco o informe, nós estamos tentando articular apoio de 676 membros do consórcio, por exemplo, do ZEE de Roraima, que eles pediram, do 677 Amazonas, sempre eles pedem apoio a dar subsídios, como que eu faço o 678 diagnóstico socioeconômico, o que eu tenho que fazer para fazer aquelas 679

integrações que são colocados no Decreto, e sempre tentarmos fazer esse 680 intercâmbio, essa ponte com o consórcio, então é muito importante sempre estar 681 mantendo, o Maranhão sempre está, o Marcos sempre estamos em contato muito 682 próximo, ele sempre manda o que está acontecendo, nos chama lá para as 683 reuniões, isso de certa forma, nós vemos tendo esse relacionamento. Em relação 684

ao artigo do 12º, o próximo artigo que sempre olhamos no zoneamento é a 685 definição das zonas, que o artigo 12º sempre coloca o mínimo que deve ter 686

observado para definição das zonas, são quatro incisos, obviamente tem que 687

observar o diagnóstico dos recursos naturais, socioeconômica e marco jurídico 688 institucional, isso eu vou detalhar melhor, porque no artigo 13º, ele descreve o que 689 precisa ter nesse diagnóstico. A questão das informações estruturadas num 690 sistema de informação geográfica, isso já trabalhei nos slides passados, o inciso 691

IV, que fala também da questão das diretrizes gerais específicas que devem 692 observar o artigo 4º, que também vai ser o slide final dessa apresentação. Então, 693

eu vou me ater nesse slide basicamente aos cenários tendenciais alternativos, 694 foram realizados na etapa de prognóstico, que eles foram desenvolvidos após, o 695 Marcos já comentou, a capacitação do pessoal da CPRM, o professor Walter 696

Marques, a própria Embrapa desenvolveu esse cenário, articulados para 2030, 697 tentando entender cenários tanto mais, cenários lógicos, possibilidades lógicas no 698

nível crítico, e no nível esperado, que foi aquele desenvolvimento sustentável, que 699

o Marcos colocou no final dos seus slides. A diretriz hoje do zoneamento, ela tem 700

uma parte de cenários, mas é um ponto, uma sessão metodológica que buscamos 701 atualmente avançar bastante, porque existem milhares de metodologias de 702

cenarização, tanto cenarização utilizando modelos econométricos, e tudo mais, 703 como sinalizações mais participativas, e nós acreditamos, entendemos que ele 704 atendeu por fim a solicitação do Decreto, grama. Então, até nós colocamos aí um 705

V. Em relação ao artigo 13º, ele coloca aí vários incisos das temáticas e das 706 integrações, as derivações que são necessárias estarem presentes ali, 707 contempladas nos três diagnósticos. Então, aí, no caso ele coloca tudo junto, nos 708 primeiros incisos, ele fala mais do diagnóstico meio físico biótico, ali no meio do 709 quinto até o sétimo, mais ou menos, ele fala do socioeconômico, e o final do mais 710 jurídico institucional. E, aí, na nossa nota, como vocês podem ter percebido, nós 711

aglomeramos essa análise por eixo de diagnóstico. No diagnóstico do meio físico 712

biótico, nós entendemos que contemplou, porque o diagnóstico do macro ZEE do 713 estado do Maranhão trabalhou com dados climáticos, geológicos, 714 geomorfológicos, pedológicos, recursos hídricos, trabalhou a questão da 715 vegetação e fauna. Eles também tentaram fazer integrações para tentar chegar as 716 conceituais unidades de sistemas ambientais, utilizando isso basicamente do 717

projeto de zoneamento geoambiental do estado. Então, esse projeto passado, já 718

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tinha elaborado 28 sistemas naturais, e dentro desses sistemas naturais, eles 719

tentaram fazer esse intercâmbio, e tentaram entender o relacionamento dessas 720 temáticas, então de acordo com o que preconiza as diretrizes, é bem essa a ideia 721 mesmo do inciso I. A questão da potencialidade natural e da fragilidade natural 722 potencial, o Marcos apresentou vários mapas de aptidão agrícola, de unidades de 723 conservação, exploração, o próprio mapa de vulnerabilidade natural, aquele de 724

solo, que é muito comum no zoneamento, é basicamente essa etapa 725 metodológica, nós também acreditamos que eles atenderem, e eles trabalharam 726 basicamente com as temáticas inscritas no Decreto. A única coisa, o ponto que 727 colocamos, talvez não para ser desenvolvido nesse momento, porque é um macro 728 zoneamento mais em nível estratégico, mas como uma sugestão para os próximos 729

detalhamentos, o Decreto traz a questão da indicação dos corredores ecológicos, 730 os métodos hoje, os mais trabalhados para chegar-se a isso, são a utilização da 731

análise de paisagens, fragmentos florestais, fazer essas métricas, na escala de 732

um para milhão, nós já testamos em alguns exercícios passados aqui no 733 Ministério, e não fica muito legal. Então, a sugestão era exatamente isso ficar em 734 mente para o próximo zoneamento, um detalhadamente um para 250 mil. O artigo 735 13º, esse aí é parte do diagnóstico, os incisos referentes ao diagnóstico 736

socioeconômico, ele é bem rico e abrangente, ele tem bastante informação da 737 condição de vida da população, das infraestruturas, as tendências de ocupação, o 738

uso da terra, o uso da terra inclusive foi atualizado pela Embrapa, a Embrapa fez 739 um mapeamento específico nesse processo, com verdade de campo e tudo mais, 740 já que é um mote deles de monitoramento por satélite, e acreditamos que foi 741

atendido. O inciso 7º, que é relacionado as incompatibilidades legais, o Decreto 742 coloca esse produto, esse produto é muito importante estar nos instrumentos de 743

planejamento do zoneamento ecológico econômico, porque ele tenta entender, 744

identificar a ocupação que as áreas especialmente protegidas vem tendo. Então, é 745

um mapa de integração entre o uso do solo mais recente e as unidades de 746 conservação em terras indígenas, é a mesma lógica que entendemos aqui 747

internamente dos corredores ecológicos, visto também a incompatibilidade na 748 escala de um para um milhão, nós não íamos conseguir ver isso de maneira mais 749 clara, isso poder ser também um importante produto que pode ser desenvolvido 750

no próximo ZEE, no detalhamento do ZEE, um para 250 mil, que aí talvez consiga 751 ver melhor a partir do mapa de uso e ocupação, o vem acontecendo dentro de 752 cada uma dessas unidades, o Marcos apresentou isso também, o mapa onde se 753 encontra as terras indígenas, unidade de conservação, então, atende no caso ao 754 inciso VIII. As diretrizes gerais específicas, você tem sete incisos, esse art. 14º 755 coloca temáticas que precisam de certa forma, serem trabalhadas nessas 756

diretrizes gerais especificas, nós fizemos uma análise nesse momento, nós 757

podemos ver que é multitemático, vai desde a questão da fragilidade ecológica, a 758 questão de piscicultura, a urbanização, a questão dos programas de convivência e 759 tudo mais. Nós fizemos uma análise nesse sentido um pouco mais ampla, e 760 percebemos, nós entendemos que as diretrizes colocadas na zona, elas 761 perpassam basicamente toda aquela natureza apontada, tanto socioeconômica e 762

cultural, a questão das tecnologias, da infraestrutura, a questão ambiental e a 763

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questão institucional. A única coisa que sentimos um pouco de falta, mas acho 764

que também pode ser desenvolvido no ZEE mais detalhado, visto que vamos 765 trabalhar com dados com melhor acurácia, digamos assim, é a questão da 766 indicação de áreas para possíveis unidades de conservação, o Decreto coloca 767 isso como uma das funções do ZEE, eu não sei se posso chamar disso, mas ele 768 coloca que é importante trabalhar um pouco também, ele dá essa pista do que 769

também precisa ser discutido. E eu acho que isso pode ser aprofundado e 770 desenvolvido no detalhamento do ZEE, um para 250 mil. E, por fim, o Marcos já 771 adiantou bem, respondeu um pouco, que ainda não tínhamos tido a conversa 772 antes, a questão do plano, nós chamamos de plano de ação de caráter operativo, 773 depois das diretrizes, depois das diretrizes, e aí, qual é o plano operativo? Quem 774

vai fazer? Qual política do estado ou programa, ou do próprio Governo Federal 775 que pode dar resposta aquele anseio, aquela colocação da do Zoneamento 776

Ecológico Econômico. Existe fonte de recursos? É tentar dar mais 777

operacionalidade. Pela apresentação do Marcos, eu entendi que eles estão já 778 planejando fazer isso, como os dois colegiados não foram destituídos, eles vão 779 continuar existentes, pelo que eu estou entendendo, seriam os próximos pontos 780 de pauta a serem colocado, e como colocar o ZEE no chão, e tentar dar 781

permeabilidade as suas indicações em outras políticas públicas, esse é o sonho 782 de, pelo menos eu que trabalho com Zoneamento Ecológico Econômico, é o que 783

eu espero ver, muitos zoneamentos que eu já olhei, eles acabam aqui, definiu as 784 zonas, diretrizes estratégicas e acaba. Então, nós estamos tentando também 785 sempre puxar esse ponto em todo os zoneamentos estaduais, lembra-se do mapa 786

de ação, lembra-se de pensar em como executar isso. Aqui é rapidinho, é só um 787 último slide, eu só sistematizei para quem quiser ter acesso a apresentação, todos 788

esses pontos que eu apontei durante os outros slides, então, a sugestão da 789

realização da capacitação, a questão do compromisso de encaminhamento 790

periódico dos resultados, isso é importante para sempre mantermos, o Maranhão 791 já tem um pouco isso, mas principalmente para os outros estados, nós sempre 792

tentamos nos aproximar, tem estado que somos muitos distantes, por exemplo, o 793 Rio Grande do Sul, nós estamos começando a ter um novo envolvimento recente, 794 eles estavam muito sumidos, não tínhamos muita clareza do que eles estavam 795

fazendo com o ZEE por lá, e é sempre importante estar próximos para tentar fazer 796 essas pontes necessárias, a indicação dos corredores, já coloquei; melhor 797 detalhados nos próximos ZEEs, a mesma coisa com a questão de 798 incompatibilidades legais, a questão da indicação de áreas para unidades de 799 conservação também pode ser um tema que pode vir a ser trabalhado nesse novo 800 detalhamento, isso tudo visto a questão dos dados, esse novo detalhamento vai 801

trabalhar com os dados mais apurados, como eu coloquei, eu acho que ele 802

consegue desenvolver um poucos mais essas temáticas. E, por fim, o plano de 803 ação, eu acho importante, eu acho que pode ser colocado também como uma 804 pauta, no modelo de gestão hoje do estado. Era bem rapidinho, dentro dos meus 805 dez minutos. Eu passei, 15 minutos. E, eu acho que é oportuno também, não sei 806 se esse é o momento, eu conversei bem com o Adalberto antes, não sei se vamos 807

ter tempo hoje para fazer isso com os outros pontos de pauta, mas vai ter que 808

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chegar um momento que a ZEE, nós vamos ter que discutir o fluxo de 809

reconhecimento dos ZEEs estaduais, porque como isso acontece hoje, e vem 810 acontecendo? Nós recebemos os documentos do Estado, faz um parecer e 811 apresenta para vocês, talvez, esse não seja o melhor desenho, não sei, é uma 812 discussão, a ser adotado, porque nós de certa forma, nós pulamos um pouco o 813 consórcio nesse sentido. Então, eu acho que talvez nós possamos chamar uma 814

segunda reunião, não sei se vamos ter tempo hoje, mas eu acho importante, nós 815 discutirmos um modus operandi na questão do reconhecimento dos ZEEs, ou não 816

sei, fazendo uma abstração, nós recebemos e repassa para o consórcio, damos 817 um tempo, o consórcio passa para mós, nós apresentamos, nessa questão. Nós 818 não quisemos, não é, Adalberto? 819

820 821

O SR. ADALBERTO (MMA) – Rapidamente, só para ajudar ao Filipe nessa 822

questão, cachimbo entorta a boca do dono, durante algum tempo, o Ministério 823 puxou para si, meio que a revelia até da própria CZEE e do Consórcio, algumas 824 posições meio que de tomar a frente e ir fazendo, e já desde o ano passado, nós 825 vemos nas nossas discussões internas tanto da CZEE, quanto do consórcio, ou 826

nas conjuntas, nós vemos decidindo que nós precisamos organizar o cenário de 827 trabalho entre nós. O Ministério tem uma tarefa clara, que é coordenar o consórcio 828

e coordenar as reuniões da CZEE, e fazer a Secretaria-Executiva desses dois 829 cenários. Aí, resgatamos o Regimento Interno que vinha sendo meio que 830 atropelado ao longo do tempo, e fomos dando uma olhada nas diferentes 831

deficiências que foram se estabelecendo durante esses períodos, ou esses dois, 832 três anos, em que esses processos perderam o rumo, digamos assim, por 833

questões orçamentárias, por um conjunto de questões, mas decidimos que 834

precisávamos resgatar com clareza a institucionalidade e os papéis de cada um 835

de nós nesses dois colegiados. E essa é uma questão que o Filipe levanta agora, 836 que não está prevista ainda em lugar nenhum, nós não discutimos isso entre nós, 837

e, tampouco isso está no Regimento Interno, o código florestal novo trouxe um 838 conjunto de mudanças que o velho meio que já dizia como isso tinha que andar na 839 relação nossa com o CONAMA com o presidente da república, o novo apagou boa 840

parte dessas coisas, e hoje quando se fala em poder público federal, ficam todos 841 sem saber como é que reagimos a essa questão. Temos uma nota técnica 842 recente, que nós apresentamos esse problema para a CONJUR, e o no devido 843 momento nós vamos trazer para as nossas discussões aqui, mas especificamente 844 nessa questão, o fluxo dos procedimentos, o Ministério sendo coordenador ou 845 sendo Secretaria-Executiva dos dois colegiados, ele termina recepcionando as 846

demandas dos Estados, e, de certa forma, com base nos hábitos tradicionais, nós 847

terminamos por não acionar devidamente o consórcio, que é um compromisso 848 assumido entre todos nós, de que nós a partir daquela reunião de novembro de 849 2013 fortaleceríamos as diferentes instâncias, principalmente o consórcio como 850 braço técnico para que a CZEE possa tomar decisões sobre as posições do 851 consórcio, e não só sobre as posições do Ministério do Meio Ambiente. Agora, a 852

coisa ainda aconteceu assim, fizemos a Nota Técnica, foi um trabalho que o Bruno 853

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desenvolveu, todos nós participamos, mas ainda sem clareza de como vamos 854

conduzir isso, e essa é uma decisão que nós vamos ter que trabalhar entre nós, e 855 eu sugiro, então, que nós na próxima reunião convoquemos uma extraordinária, 856 que quando olhamos a proposta das reuniões para o ano que vem, a primeira vai 857 ser só em março, isso é o próximo ponto de pauta depois para discutirmos depois 858 o cronograma de 2016, que de repente façamos uma extraordinária conjunta como 859

as que temos feito com consórcio e CZEE, e demos uma iluminada nesse 860 Regimento Interno, e, aí, levante todas essas questões que eventualmente ainda 861 não estejam claramente definidas. Porque é chegado o momento, hoje vivemos 862 momentos de dificuldades financeiras de todos, os anos mágicos de muito 863 dinheiro para a ZEE na Amazônia já se foram, trabalhamos a questão do PPA de 864

uma forma já melhor esse ano, na medida em que boa de nós já conseguiu inserir 865 isso mais claramente dentro dos seus PPAs, e eu acho que é chegado o momento 866

para não esticar o assunto hoje, eu gostaria de propor, coordenador, uma reunião 867

extraordinária nesse período aí entre agora e março, para nos debruçarmos um 868 pouco sobre uma questão que é muito interna nossa, que é o Regimento Interno, 869 e que não acontece via de regra, que nós nos debruçamos sobre agenda que vem 870 de fora, e não nos debruçamos sobre a nossa própria organização interna, e sobre 871

o resgate necessário da nossa institucionalidade. 872 873

874 O SR. RODOLFO OLIVEIRA (SPI) – Eu queria fazer um comentário sobre isso, 875 mas bem pequeno para fechar, porque eu acho que não é uma discussão que 876

temos que fazer agora. Eu acho que é interessante, eu acho que o tema (1:22:00) 877 uma reunião só para isso, até porque você começa, se você não tem muito bem 878

definido esse rito, a própria relação entre o ente federal e os estados, ela não fica 879

clara, então, por exemplo, já entrando, aí, eu já queria abrir para as dúvidas de 880

vocês sobre o que foi colocado, a falta desse rito por exemplo, na nossa leitura do 881 que foi apresentado na Nota Técnica, à rigor o reconhecimento do macro ZEE do 882

Maranhão, à rigor não poderia ser feito pelo que está na norma legal, esses quatro 883 pontos que vocês levantam na nota, a falta da indicação dos corredores, você até 884 colocou, desculpe se eu entendi errado, mas a questão talvez na escala de um 885

para um milhão, não seja tão válido indicar os corredores ecológicos, não têm uma 886 importância tão relevante numa escala desse nível, mas precisaria de uma escala 887 maior, e, isso, eu que sou relativamente leigo no tema, apesar de ser agrônomo, 888 apesar de ter estudado um pouco do tema, eu não conseguiria entender pela Nota 889 Técnica que foi posta aqui, essa análise complementar das incompatibilidades 890 legais que me parecem que uma parte delas foi feita, mas algumas regiões está 891

faltando essa análise do que está sendo usado no solo hoje, com o que está 892

sendo proposto. Ponto importante que você levantou como último, como é que vai 893 ser implementado do macro ZEE, como é que ele vai descer do nível de estudo 894 desse produto que está pronto, como é que o estado vai adotar, quais são as 895 ações efetivas para isso, isso a norma legal pede também. Só que eu acho que 896 nós perdemos na hora de avaliar, dos membros do Comitê, na hora de avaliar, 897

isso perde uma série de informações, que são necessárias na hora de avaliar isso, 898

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até nessa avaliação final, se cabe esse reconhecimento ou não, e nós temos um 899

consórcio com várias instituições técnicas que podem, ou a função delas é essa, é 900 prover essas avaliações um pouco mais técnicas, para que os membros tenham 901 subsídios mais, insumos mais interessantes para poder dar essa palavra final. 902 Então, Adalberto, eu acho que vale sim, eu proponho que se faça sim, talvez não 903 esperar março para isso, eu não sei qual é a demanda dos estados por esse 904

processo de reconhecimento, talvez depois você possa até colocar um pouquinho 905 como que está essa demanda hoje, mas acho que valeria a pena sim. Vou abrir a 906 palavra, então, para quem tiver comentários sobre o que foi apresentado. 907 908 909

O SR. PAULO GARCIA (CAE/MD) – Dr. Marcos, se levou vinte anos para fazer, 910 eu estou há 13 anos aqui na Comissão, e é com muita satisfação que eu quero 911

dizer, há muito tempo eu não vejo um trabalho tão bom, quer dizer, tão efetivo 912

quanto esse que foi apresentado. Eu queria dar os cumprimentos ao 913 departamento aqui no Ministério do Meio Ambiente pelos entendimentos que 914 antecederam ao produto final do estado, que eu entendo que é assim que deva 915 ser feito, uma interação muito grande. Eu tenho que dizer, eu sempre acreditei 916

muito na descentralização que foi algumas vezes voto discordante aqui na 917 Comissão, porque eu estou aqui há muitos anos nessa área de governo, e 918

discordo muito de alguns companheiros, quando dizem que, em síntese, vamos 919 dizer, quem sabe fazer as coisas é a União, depois os estados mais ou menos, e 920 os municípios muito menos, eu acho isso um absurdo. Na própria Lei 921

Complementar 140, quando estava em elaboração havia uma reação imensa de 922 querer passar licenciamento ambiental para os municípios, porque eles não 923

estavam capacitados, só não estão capacitados, porque se não se dá 924

competência para eles, como é que eu no município vou capacitar alguém do meu 925

município, se eu não tenho competência para fazer o licenciamento? Então, essa 926 apresentação, esse produto do estado do Maranhão é, para mim, um exemplo a 927

ser seguido, uma lição muito bem aprendida de coordenação no Ministério do 928 Meio Ambiente com os estados, o departamento. Eu permito discordar um pouco 929 do companheiro do Planejamento, eu não vejo impedimentos nenhum em 930

reconhecer hoje o trabalho, como colocado na Nota Técnica, os problemas de 931 melhoramento apontados pela Nota Técnica podem ser implementados com mais 932 precisão quando forem feitas as reduções das escalas de passar para um para 933 250 mil. Eu só tenho um senão, a apresentar, que não sei ainda se é, porque eu 934 não vi a Lei, na Lei que foi aprovada na Assembleia. E das outras vezes que eu 935 participei dessa fase final, quando o macro zoneamento foi apresentado para a 936

Comissão antes da aprovação na Assembleia Legislativa, como foi no Pará, na 937

Zona Leste e na Zona Oeste do Pará. 938 939 940 O SR. NÃO IDENTIFICADO - Mato Grosso veio para a antes. 941 942

943

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O SR. PAULO GARCIA (CAE/MD) - Mas no Pará, nós estivemos antes, eu fui até 944

lá numa reunião que teve em Belém, e eu pedi que se colocasse um parágrafo na 945 lei que seria proposta, que resguardasse a União e ao papel que ela tem, 946 resguardasse esse papel no texto da lei estadual, ou seja, a União tem um papel 947 ímpar de ver o conjunto do País. E, daqui a um ano, dois anos, a União pode ter 948 um interesse qualquer dentro do Estado. Então, esse interesse, quer dizer, a lei do 949

estado reconheceria que a União a qualquer momento, é claro que isso existe, 950 mas se tivesse na lei, a lei estadual reconheceria que a qualquer momento poderia 951 assinar através da Comissão de Zoneamento o comitê estadual, para colocar um 952 assunto novo que não está contemplado no zoneamento, e que é interesse da 953 União contemplar. Eu não sei se isso está inserido na lei estadual, e seria 954

interessante que tivesse. É um reconhecimento do estado e da equipe do 955 zoneamento do estado de que a qualquer momento a União pode através do canal 956

escolhido, pode apresentar um novo pleito de interesse da União, e que requereria 957

uma alteração no ZEE do Estado. Eu fiz me compreender? É o único senão que 958 eu tenho, porque eu não sei, não vi a lei, não sei se está contemplado lá, mas na 959 lei, por exemplo, do Estado do Pará está, que foi por nós solicitado que fosse 960 incluído, e foi incluído no projeto de lei, e foi aprovado na assembleia legislativa, 961

eu acho muito interessante aquele dispositivo, porque é um reconhecimento 962 explícito sobre a importância do papel da União no território nacional como um 963

todo. Mas, os cumprimentos do representante aqui da Defesa, um trabalho 964 apresentado e que reconheço como um modelo a ser seguido pelos demais 965 estados. 966

967 968

O SR. RODOLFO OLIVEIRA (SPI) – Obrigado, colega. Ministério da Integração. 969

970

971 O SR. MARCELO GIOVANI (SDR/MI) - Em primeiro lugar, eu gostaria de 972

parabenizar o estado do Maranhão pelo macro ZEE elaborado, e comentar que o 973 Ministério da Integração está fechando com o Estado, a elaboração de um plano 974 de desenvolvimento para uma região planejamento do estado, o Baixo Parnaíba, e 975

eu acho que seria uma oportunidade interessante para a divulgação do macro 976 ZEE, e convidar alguém da equipe que atuou na elaboração do macro ZEE para 977 trabalhar conosco na elaboração desse plano de desenvolvimento, um plano 978 baseado num planejamento participativo, várias secretarias do estado vão estar 979 nessa equipe de elaboração, assim como a sociedade civil. Então, fica o convite, 980 já seria uma forma de utilizarmos um instrumento para o planejamento de uma 981

região do estado. 982

983 984 O SR. ANDRÉ FÁBIO (MDIC) – É sempre bom receber esses projetos, esses 985 trabalho dos estados, lembro-me quando veio para cá o do litoral de São Paulo, 986 depois o de Minas Gerais, são muitos bons. Então, também gostaria de 987

parabenizar o pessoal dó Maranhão. Veja o esforço de vinte anos consolidado 988

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nesses documentos todos. Mas, eu quero fazer uma certa ressalva, porque nós 989

recebemos o material a menos de 15 dias, quer dizer vocês trabalharam esse 990 material durante vinte anos, e é muito material, veio em um CD para nós. Então, 991 um trabalho intenso no último ano, eu li grande parte do material, não foi possível 992 ler todo ele, nós participamos de outros conselhos e tudo mais. Então, menos de 993 15 dias é impossível analisar aquela quantidade de documentos, eu sei, por 994

exemplo, que lá está a lei, está digitalizada lá em um dos anexos que foi enviado. 995 Então, eu até peço desculpas se não tem a profundidade de análise do pouco, 996 porque eu também entendo, e corroboro com o Adalberto que a Nota Técnica do 997 MMA, ele deve ser um ponto de partida, ele não pode ser um ponto de chegada, 998 assim como acontece com outros Conselhos, o DPG fazia para o CGEN, recursos 999

hídricos também, então deve ser um ponto de partida, mas não deve eximir os 1000 componentes da Comissão, do Comitê ou do Conselho, de ver o material como 1001

um todo, é que nem a análise de processos, todos recebem o processo, então tem 1002

um relator, mas isso não significa que os outros membros estão eximidos de ler o 1003 processo como um todo. Então, nesse sentido eu me sinto um pouco fragilizado 1004 em avaliar o projeto como um todo, via nota, e a experiência da análise dos 1005 demais me trazem algumas apreensões, mas a primeira coisa, a questão do 1006

esforço muito louvável, uma preocupação que não me pareceu muito clara na 1007 Nota Técnica, mas talvez o Filipe possa ajudar, é a questão da compatibilidade do 1008

macro ZEE do Maranhão com o que foi publicado no macro ZEE da Amazônia 1009 legal, porque ele faz referência, até no sumário executivo, ele cita o Decreto 7378, 1010 mas se foi feito algum tipo, porque uma coisa que o nosso presidente da mesa 1011

hoje comentou, não tem informação técnica para verificar se esse macro ZEE está 1012 compatível com o macro ZEE da Amazônia legal, porque sabemos que algumas 1013

coisas do Amazônia legal também não ficaram de acordo com aquilo que o próprio 1014

Decreto de zoneamento pedia. Então, essa pergunta, eu faria ao Filipe, ao pessoal 1015

da Seplan, se há compatibilidade entre a metodologia utilizada no zoneamento do 1016 Maranhão e o do Amazônia legal. A questão das subzonas, eu trabalho com 1017

muitas empresas, com setores, eu entendo a preocupação da federação das 1018 indústrias lá, se você ler o material com as subzonas, em alguns pontos, ele 1019 assusta o empresário, é claro que ali não tem nada de diferente do que deveria 1020

ser, mas a forma como que você coloca. De repente, você coloca assim: essa é a 1021 zona que pertence ao Ministério da Defesa, sim, mas se você pega e coloca: nas 1022 áreas institucionais, dá a impressão que o Ministério da Defesa vai ter mais, vai ter 1023 alguma coisa, não aquilo já está ali. Então, eu corroboro a ideia do pessoal da 1024 Câmara Legislativa no sentido de para efeitos da Lei, a questão das zonas. E, isso 1025 já atende também ao Decreto sobre o zoneamento, é muito importante os estudos 1026

que levaram a subzonas, isso eu acho muito rico, mas o detalhamento das macros 1027

zonas, em alguns pontos que têm lá, eu digo que assusta o setor empresarial, e 1028 seria prudente que não aparecesse daquela forma. A questão também, nós 1029 entendemos que o macro ZEE é um instrumento da Política Nacional de Meio 1030 Ambiente, ele não é um instrumento de política industrial, nem política de 1031 desenvolvimento produtivo, nada disso. Mas, o estado pode utilizar o documento 1032

como uma forma também de trazer indicativos para o setor produtivo, do que o 1033

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estado está esperando dele naquelas diversas regiões, isso na verdade é uma 1034

questão de texto, não é uma questão até de metodologia, não tem uma obrigação 1035 no texto legal sobre os critérios de zoneamento se colocar dessa forma, mas já 1036 que estamos tentando fazer essa aproximação do uso desse instrumento por 1037 outros entes. Então, como é que o setor empresarial olha isso daqui, ele também 1038 vai ter, vai olhar o documento, ali tem alguma coisa que diga: eu gostaria disso 1039

aqui lá em Imperatriz, eu gostaria disso aqui mais próximo de São Luís, ou isso 1040 aqui está mais próximo da outra área. Então, alguma coisa em termos de texto, 1041 quando vocês forem fazer a síntese, ou coisa assim, para também aproveitar para 1042 se falar: empresários também utilizem, federação está aqui, vejam o que vocês 1043 podem aproveitar desse instrumento aqui. A dúvida principal minha é sobre a 1044

questão da compatibilidade. Dada essa compatibilidade, eu também não vejo 1045 problema de reconhecemos, mas, eu não tenho conhecimento técnico suficiente e 1046

nem leitura de todo material, porque ele é riquíssimo, aquele CD, eu acho uma 1047

maravilha ver aquele CD, porque é muita coisa, muito trabalho, você vê o grande 1048 esforço que a instituição teve. 1049 1050 1051

A SRª. CIBELE DUTRA DE FRANÇA (Ministérios dos Transportes) – Eu queria 1052 primeiramente parabenizar o trabalho, está muito bem feito, eu acho que a Nota 1053

Técnica que foi apresentada, ela colocou não impedimentos para a própria 1054 aprovação, mas só indicou melhorarias no trabalho, então, quando eu vejo um 1055 trabalho desses feito com a Embrapa, eu tenho orgulho da Embrapa, das 1056

pesquisas que ela faz. E, aí, eu queria saber, você colocou aqui que na Nota 1057 Técnica faltou implementar mais um plano de ação para operacionalizar parte de 1058

corredores ecológicos, tudo o que foi proposto. E você colocou para nós que não 1059

foi apresentada à Comissão Estadual, você pretende, Marcos, já está pronto, você 1060

pretende ainda mandar para a Comissão Estadual apresentar alguma coisa nesse 1061 sentido? Outra coisa é que chegou muito em cima o material, e não tive 1062

condições, como até colocou o colega do Comércio Exterior, de cruzar essa parte 1063 dos shapes com a parte de rodoviárias, o trabalho contempla isso? Você cruza 1064

com as BRs federais, alguma coisa assim, essa é a minha dúvida. 1065

1066 1067 O SR. RODOLFO OLIVEIRA (SPI) – Eu vou passar a palavra para o Marcos e 1068 depois para o Filipe. Queria saber se alguém tem...? 1069 1070 1071

O SR. NÃO IDENTIDICADO (Ministério de Minas e Energia) – Boa tarde a 1072

todos. Na verdade a nossa representante não pôde estar, estou apenas 1073 participando como ouvinte, mas eu queria trazer um pouco a experiência nossa, 1074 analisando também o macro ZEE do Maranhão, que é muito interessante o 1075 trabalho, eu tenho colegas aqui no Ministério, Secretaria-Executiva do Ministério 1076 de Minas e Energia, Secretaria de Mineração, e trabalhamos na Secretaria de 1077

Petróleo, Combustíveis Renováveis e Gás Natural. Nós tentamos internalizar o 1078

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trabalho, e realmente como o André colocou, quando fomos validar com os 1079

grupos, alguns departamentos nos solicitaram alguma análise, realmente 1080 compatibilização dos shapes, por exemplo, na área de petróleo e gás, é uma bacia 1081

muito cara, é uma bacia muito importante, é a bacia Parnaíba, e onde licitamos, 1082 todos os blocos licitados foram ofertados, foram adquiridos, e não tivemos a 1083 condição, nós estávamos em sobreposição de algumas áreas prioritárias, estava 1084

integralmente batendo em alguns blocos, que passou por um Conselho Nacional 1085 de Política Energética. Então, no Ministério de Minas e Energia, nós não 1086 conseguimos fazer essa análise de mérito realmente no âmbito do Comitê. É um 1087 pouco o que Filipe, o Adalberto colocaram, eu não sei qual deveria ter sido o 1088 momento de termos participado do processo, mas recebemos, como o André 1089

falou, em torno de dez dias, mas nem chegamos também a fazer uma conversa 1090 com a Secretaria-Executiva, com a Secretaria de Mineração também, só para 1091

pegar um retorno institucional do nosso órgão, nós não conseguimos ter esse 1092

passo, era só isso. 1093 1094 1095 O SR. RODOLFO OLIVEIRA (SPI) – Mais alguma consideração antes de eu 1096

passar a palavra para os dois? 1097 1098

1099 O SR. MARCOS AURÉLIO MARTINS (Seplan/MA) - Mais uma vez, eu agradeço, 1100 eu acho que esse reconhecimento, nós também não sabíamos como é o rito do 1101

reconhecimento, nós não sabemos o que é reconhecer o macro ZEE, se tem um 1102 ato da reconhecimento, como é que se dá, muito embora nós tenhamos essa 1103

interlocução muito própria com o Bruno e com o Filipe, mas ansiávamos muito que 1104

o estado passasse por esse trâmite, já que é uma exigência legal, e, nós não 1105

sabemos de fato como que se dá o reconhecimento, que instrumento se o 1106 Ministério manda através desse colegiado para o Estado dizendo que reconheceu 1107

o macro ZEE do maranhão nas condições que foram apresentadas. É muito bom 1108 termos o reconhecimento de diversos representantes aqui, pessoas com 1109 experiência, com vivência de reconhecer a profundidade e o esforço que foi feito 1110

pelo estado, de fato foi um grande desafio, eu acho que a Embrapa foi 1111 extremamente corajosa, eles diversas vezes tentaram dar para traz, tentaram não 1112 aceitar o prazo dado o acúmulo de trabalhos, mas nós colocamos tantas coisas à 1113 disposição deles, não foi só a Embrapa quem fez o trabalho, eles sempre citam a 1114 colega está representando o núcleo de geoprocessamento, e tem o Instituto de 1115 Estudo Socioeconômicos e Cartográfico, IMESC do Maranhão, que são dois 1116

braços que nos sustentam também nesse Comitê Técnico Científico, de equipe 1117

extremamente dedicada e capaz junto a esse trabalho, sem o qual a Embrapa não 1118 daria conta de assumir esse desafio em um ano. Nós temos a clareza de que 1119 fizemos todo esse esforço, seguimos pari passu a metodologia, a Embrapa tinha 1120

junto com a interlocução permanente com o Ministério, e com outros ministérios, o 1121 Centro Nacional da Embrapa, não só com o MMA, mas quando uma política do 1122

MDIC, ou de Minas e Energia, sempre a Embrapa estava interlocutando com 1123

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alguém para ter sintonia, nós tivemos o cuidado de fazer isso, e de estar passo a 1124

passo com o Ministério dos Transportes, o que era o plano nacional de transporte 1125 e logística, então sempre para que aquilo tivesse reflexo em nosso estudo. Então, 1126 foi um trabalho, que como o colega da Defesa está colocando, ele pode ser 1127 exemplar, porque a Embrapa cuidou junto com o Ministério do Meio Ambiente, 1128 permanentemente de estar interlocutando com todas as áreas, e internamente no 1129

Estado, todas as secretarias se envolveram. Envolveram, e assim, a FIEMA, por 1130 mais que depois no final reconhecesse quando viu o trabalho, e isso nos complica, 1131 porque a FIEMA reagiu realmente quando viu as subzonas, tinha conflitos, às 1132 vezes uma palavrinha deixava alguma coisa sem estar com muita clareza, a 1133 FIEMA dizia assim: não, vamos brigar. Foram na Assembleia reclamar dos 1134

deputados, que não aceitaria a aprovação da lei daquela forma, e, aí, suscitou 1135 toda aquela dúvida, aquela discussão, mas nós adotamos, você perguntou sobre a 1136 questão do macro ZEE do Amazônia, foi permanentemente pari passu, todo o 1137

tempo acompanhando a metodologia, o que foi feito lá, o que foi feito no 1138 Maranhão. Então, tivemos a oportunidade de fazer um grande estudo, nós temos 1139 colocado para as secretarias que seus planos, agora o trabalho que vai ser feito lá 1140 no baixo Parnaíba, isso tem sido feito em todas as instâncias com todas as 1141

secretarias, nós somos chamados para apresentar o macro ZEE, ou tê-lo como 1142 referência para qualquer estudo. Então, o próprio Governador tem dito no 1143

conselho empresarial, que é um conselho que reúne a iniciativa privada e todas as 1144 secretarias, que o macro ZEE é o instrumento de referência; ele pode ter a mínima 1145 conectividade, mas tem que ter, porque ali têm estudos socioeconômicos, estudo 1146

ambiental. Então, não é possível que uma secretaria, que é do próprio estado, ao 1147 fazer um determinado trabalho desconheça um instrumento que está ali para 1148

ajudá-lo, não vai fazer nada mais do que ajudá-lo a dar uma orientação, a fazer 1149

um trabalho melhor. A Secretaria de Meio Ambiente, junto com o IBAM, eles estão 1150

fazendo a área de educação ambiental já do bioma Amazônia, uma capacitação 1151 para gestores municipais. Então, estão envolvidos praticamente as câmaras 1152

municipais de 123 municípios do bioma Amazônia, numa capacitação de 1153 educação ambiental. É uma grande oportunidade quando reúnem legisladores 1154 municipais, que sabemos que os estados do Nordeste também tem uma grande 1155

carência em gestão municipal, e nós estamos em parceria com a Secretaria de 1156 Meio Ambiente, tanto é que depois de amanhã, vou fazer uma palestra 1157 semelhante para 123, mais de 123 vereadores, porque vem dois vereadores de 1158 cada câmara municipal para esse encontro lá em São Luís. Então, é uma grande 1159 oportunidade para mostrarmos o que já tem feito no macro ZEE, e no ZEE que 1160 vamos iniciar no próximo ano, exatamente nesse bioma onde eles estão, são 123 1161

municípios da Amazônia legal, e que estão fazendo esse projeto de educação 1162

ambiental. Então, todas as oportunidades que tem, nós estamos presentes lá, tem 1163 um mestrado de desenvolvimento territorial da universidade estadual, fizeram um 1164 seminário semana passada, lá eu estava para falar para os alunos das 1165 universidades, para os pós-graduandos do macro ZEE. Então, temos feito 1166 permanentemente essa divulgação para que nós possamos utilizar o macro ZEE 1167

como instrumento estratégico, algumas observações que foram feitas, dada a 1168

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escala de um para um milhão, nós nem sequer ser enxergamos o município 1169

direito, então como detalhar corredor ecológico, como detalhar outros, agora 1170 quando for para o instrumento um para 250 mil, nós vamos delimitar, fazer as 1171 coisas ao seu tempo, e uma das coisas que temos sempre dito, é isso, atualizar 1172 permanente imito, é instrumento dinâmico, você não pode, deu um recorte aqui, 1173 nós tivemos um problema com a Secretaria de Meio Ambiente, com relação ao 1174

Mirador, lá tem uma reserva indígena do Porquinho, e que o Ministério da Justiça 1175 aqui, por uma portaria, quintuplicou essa reserva, e foi exatamente no momento 1176 que estávamos fazendo o macro ZEE. Então, o Mapa saiu no estudo com uma 1177 área da reserva de Porquinho em cinco vezes maior, e todos caíram nos matando, 1178 que tínhamos aumentado a área, que ninguém ia mais poder produzir ali, mas 1179

imediatamente o Supremo derrubou essa Portaria, e voltou ao tamanho normal, 1180 mas naquela época que nós fechamos o macro ZEE, a portaria estava vigente, eu 1181

tinha que reconhecer um instrumento legal, agora pela dinamicidade de um 1182

instrumento como esses, seis meses depois aquela Portaria caiu, mas, eu não 1183 podia prever, e assim tantas outras coisas que permitimos, eu acredito que a 1184 nossa Lei não tenha copiado a do Pará nesse dispositivo, não lembro de ter sido 1185 colocada a nossa lei, mas como fazemos parte da política nacional, é óbvio que 1186

seja possível de qualquer atualização, qualquer necessidade de implementar uma 1187 coisa nova, a legislação possa já estar autorizada a absorver, isso é um 1188

dispositivo que a própria Assembleia coloca autorizando o Poder Executivo a 1189 incorporar, não mudar o texto de uma forma, mas para melhorar uma tecnologia, 1190 algo que possa melhorar, mas, eu acredito que não esteja. Não estou com toda 1191

legislação aqui na cabeça, mas pelas discussões que nós fizemos, eu não 1192 acredito. Com relação ao plano de ação, o que eu disse é o seguinte, nós 1193

entendíamos que lá no momento que discutimos as estratégias, que 1194

estabelecemos ações estratégicas e colocamos prazo, curto, médio e longo prazo, 1195

nós entendíamos isso como plano de ação, mas que não estava operacional, e 1196 que íamos convocar agora, antes talvez do final do ano, o Comitê e a Comissão 1197

para estabelecermos essa visão estratégica, como detalharmos isso de uma forma 1198 mais operacional. Então, isso é oportuno que façamos ainda talvez agora no mês 1199 de dezembro, para começar. Muitas das ações, nós já temos feito, embora não 1200

esteja o plano elaborado, mas nós estamos fazendo ações de implementação, 1201 mas é a Seplan articulando com vários órfãos, mas precisa estar estabelecido e 1202 aprovado pela Comissão, de que cada órgão vai se comprometer em assumir e 1203 cumprir aquela ação que está, e cada um com seus recursos, que a Seplan tem 1204 um recurso para tocar seu trabalho, mas não vai fazer o que o Meio Ambiente tem 1205 que fazer, o que indústria e comércio tem que fazer. Então, cada um vai assumir, 1206

não sei se captei todas as inquietações, mas eu acho que foram um pouco disso. 1207

1208 1209 O SR. FILIPE (MMA) – Em relação aos prazos que foram estabelecidos, nós 1210 voltamos um pouco aquele ponto que o Adalberto levantou, e nós já discutimos 1211 um pouco. Hoje, não existe um lócus falando do prazo: vocês têm que encaminhar 1212

em vinte dias, isso apontou para nós, esses momentos quando fazemos o 1213

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reconhecimento, isso acaba mostrando a necessidade cada vez objetiva do fluxo 1214

de procedimentos. Então, eu acho que isso pode ser adotado na próxima reunião 1215 talvez extraordinária, pensar em quanto tempo, para quem encaminhamos. O 1216 Ministério, como o Adalberto colocou, nós sempre fomos muito proativos, nós 1217 vimos sendo sempre proativos, tanto nas agendas federais, aquela discussão toda 1218 que já tivemos nas últimas reuniões, e também com o trato com os estados, 1219

principalmente para apoiar os estados que demandam muito apoio no seu 1220 zoneamento, vista as legislações que colocam a necessidade dessa elaboração. 1221 Então, vimos dando esse apoio de uma maneira mais direta, mas acho que 1222 chegou o momento, aproveitando essa onda, essa sinergia dos dois colegiados, 1223 de discutirmos um fluxo operacional mais descentralizado talvez. Em relação ao 1224

macro ZEE do Amazônia legal, eu vou fazer um posicionamento mais técnico, do 1225 meu conhecimento que eu já lidei com os outros zoneamentos, normalmente na 1226

diretriz metodológica do zoneamento, dentro daquele diagnóstico jurídico 1227

institucional de levantar outros planejamentos, as políticas, leis que ensinam sobre 1228 aquele território. O macro zoneamento está lá, ele tem um mapa mostrando as 1229 zonas que tem a sobreposição com o estado do Maranhão, só que tecnicamente 1230 falando, eu particularmente, acho que é muito difícil fazer uma compatibilização, 1231

porque os macros zoneamentos da Amazônia legal, o nível dele é muito mais alto 1232 ainda, mesmo o macro do estado do maranhão, ele já é detalhado em relação ao 1233

macro ZEE, nós estamos falando de dois macros, mas o nível de detalhamento é 1234 como se fosse uma coisa mais detalhada no nível da Amazônia legal. Então, não 1235 tem uma articulação de absolvição completa, mais uma questão interpretativa 1236

essa ponte. Então, eu acho que responde um pouco; eles lidam com isso, nós 1237 sempre colocamos, é um papel muito nosso também como participante dos dois 1238

colegiados sempre levar as iniciativas federais, falar que elas existem, que 1239

precisam ser observadas, mas não conseguimos levar o como observar isso, isso 1240

fica adaptativo em cada processo. E lembrando uma coisa que também sempre 1241 discutimos, os estados quando eles vem a União para pedir o reconhecimento, 1242

eles passam, a meu ver, por um crivo muito mais, por uma banca muito mais 1243 rígida do que quando vemos fazendo os nossos zoneamentos federais, porque 1244 nós basicamente analisamos à luz da legislação, então, por exemplo, a nossa saio 1245

análise, pegamos com 297, e esmiuçamos em cima do macro. Agora, se você 1246 pelar o macro ZEE da Amazônia legal, naquele momento foi proposto uma 1247 metodologia, que fazia sentido naquele momento, uma inovação metodológica 1248 para níveis mais estratégicos, não vou entrar aqui no mérito se é a melhor maneira 1249 ou não, mas foi uma inovação metodológica, e teve obviamente seus ganhos, mas 1250 se você fizer a compatibilização, vai ver que ele não segue estritamente os limites 1251

do Decreto 4297, o próprio macro ZEE da Amazônia legal. Então, isso poderia 1252

gera um desconforto metodológico, eu acho que sempre temos que ter em mente, 1253 principalmente a CZEE e o Consórcio ZEE Brasil, dos limites que nós temos de 1254 critérios, e caso esses critérios não sejam os mais adequados para o momento, 1255 porque esse Decreto é de 2002, é buscar a questão da dita revisão, quais são as 1256 novas temáticas que precisam ser absorvidas, novas abordagens, e, aí sim, nós 1257

aproveitarmos o aprendizado do macro ZEE da Amazônia legal, que foi um 1258

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planejamento, que ele não esmiuçou muito o meio físico biológico, eu também 1259

acredito, particularmente, que em nível muito macro do Governo Federal, nós 1260 talvez não estamos em uma escala de um para cinco milhões, um para 10 1261 milhões, para trabalhar com vulnerabilidade a perda de solos, falando 1262 tecnicamente, nós precisamos de dados com maus acurácia, mas, talvez, seja o 1263 macro ZEE em nível federal, seja um lócus de tentarmos fazer a sinergia de 1264

política pública, um pouco o que a CIRM faz com o PAF, o plano de ação federal, 1265 isso já seria um ganho enorme, eu acho, para o Governo Federal, se 1266 conseguíssemos chegar nesse nível de relacionamento. Eu acho que é isso. 1267 1268 1269

O SR. NÃO IDENTIFICADO – Adalberto, depois do seu comentário, eu queria 1270 fazer já algumas propostas de encaminhamento. 1271

1272

1273 O SR. ADALBERTO (MMA) – Eu vou ser muito rápido só para ajudar, inclusive na 1274 decisão de vocês. A primeira questão o Marcos já colocou e diz respeito Rodolfo, 1275 a sua preocupação com a questão dos corredores. O Decreto é burro em alguns 1276

aspectos, ele disse o seguinte: União fazem tal escala, o Estado em tal escala e 1277 pronto, mas ele não diz o que tem que aparecer nessas escalas. Então, quando 1278

dizemos teria que aparecer corredor, sim, teria que aparecer corredor e vai 1279 aparecer corredor quando fizeram para duzentos e cinquenta mil, um milhão não 1280 tem como você conectar duas unidades de conservação que, às vezes, tem meia 1281

dúzia de hectares cada uma. Então, esse é o primeiro ponto, só para que você 1282 não fique sentindo assim que você está aprovando ou reconhecendo alguma coisa 1283

que deveria estar e não estar, não pode estar nessa escala, eu concordo 1284

totalmente com o Marcos. Garcia, a mesma questão eu te diria com respeito ao 1285

Decreto do Pará, que quando a lei foi feita, ela foi feita sobre um para duzentos e 1286 cinquenta mil. Então, lembra que o Calha Norte e Zona Leste foi com duzentos e 1287

cinquenta mil; e da Zona Oeste também foi com duzentos e cinquenta mil já um 1288 refinamento na medida em que lá no macro do Pará não aparecia esse dispositivo 1289 legal. Então assim, eu acho que nós temos que estar atentos para isso, como 1290

CZEE, para que lá no um para duzentos e cinquenta mil deles apareça isso, para 1291 reproduzir, digamos, uma lógica para a região da Amazônia. A outra questão 1292 André, como você viu o material foi enviado para todos, todo mundo recebeu o 1293 CD, e obviamente nós sabíamos que é muita informação para ser digerido, e por 1294 isso eu acho importante nós definirmos esse encaminhamento entre consórcio e 1295 CZEE, porque CZEE tem que vir aqui tomar uma decisão política e se nós temos 1296

uma instância que é técnica, que é o consórcio, eles têm que vir e nos abastecer 1297

com essas decisões, digamos assim, para que nós tomemos a decisão política 1298 sem querer ser técnico, ou querer entender tecnicamente o produto. Hoje a CZEE 1299 está se amparando basicamente na manifestação técnica do Ministério do Meio 1300 Ambiente, coisa que eu particularmente não concordo e por isso a proposta de 1301 trabalharmos isso no Regimento Interno. Finalmente gente, eu quero deixar uma 1302

coisa assim até para o Marcos que levantou um aspecto do dispositivo da 1303

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obrigação legal de que um zoneamento tem que ser referendado, ou reconhecido 1304

aqui pela CZEE. Acontece o seguinte, é interessante para o Estado, seja da 1305 Amazônia ou não, que o zoneamento elaborado seja reconhecido pela CZEE 1306 politicamente, só, porque o Macro ZEE não precisa ser reconhecido pela CZEE 1307 para ter efeito de validade para o seu próprio Estado, o que tem que ser 1308 reconhecido pela CZEE é o zoneamento na escala, que tem por objetivo, entre 1309

outros, de perdoar o passivo de recuperação da Amazônia legal de oitenta para 1310 cinquenta por cento. Então, isso que nós hoje estamos fazendo aqui não dá 1311 absolutamente nenhuma vantagem objetiva, no sentido de gestão do território 1312 para o Maranhão, simplesmente é uma bandeira política de que nós fizemos um 1313 Macro ZEE que foi reconhecido pela Comissão Nacional Zoneamento Ecológico 1314

Econômico. Então, basicamente essa é a lógica que nós precisamos sempre 1315 lembrar que o reconhecimento para fins de uso da recuperação ou da diminuição 1316

da reserva legal, esse sim tem por obrigação ser reconhecido aqui, aí os trâmites 1317

do código vira Decreto da Presidência da República. A dificuldade que estamos 1318 enfrentando nesse momento é entre essa deliberação aqui, quando ela ocorre, e o 1319 Decreto da Presidência da República, porque antes no Código Florestal anterior 1320 era muito claro; a CZEE analisa, vai para o Conama, juridicamente é analisado no 1321

Conama, nós mesmos e as cópias. O que você fez hoje aqui e o que o Filipe está 1322 fazendo, nós fazemos no Conama, ou fazíamos no Conama, aí aprovado no 1323

Conama ia para a Presidência da República e saía o Decreto, esse desenho no 1324 momento não está claro juridicamente falando. Então, estamos trabalhando com a 1325 Conjuris, as diferentes Conjuris para ver se conseguirmos ter clareza disso 1326

quando vier, por exemplo, o de vocês da Amazônia lá em cima na escala de um 1327 para duzentos e cinquenta mil. 1328

1329

1330

O SR. RODOLFO OLIVEIRA (SPI) – Adalberto, foi bom você fazer essa ressalva, 1331 que no fundo quando eu fiz o comentário de que há rigor não daria para 1332

reconhecer, primeiro eu quis colocar essa questão, só o Decreto é pouco pela 1333 história que você colocou, tem que está identificado as áreas com UC, como 1334 Unidade de Conservação, etc., quando em que escala e em que momento, quanto 1335

tempo o Estado tem que fazer isso? Então, essas informações aliando ao fato de 1336 que o ente estadual é autônomo para desenvolver esses instrumentos, e aí o 1337 colega da defesa, quando você colocou essa proposta aí, colocou que no Estado 1338 do Pará foi feito assim, me causou estranheza um pouco ter uma previsão legal 1339 numa legislação de um Estado que permite a intervenção, permite a qualquer 1340 momento que o Poder Executivo Federal tenha alguma interferência por interesse 1341

dele. Depois até, se você quiser, nós podemos colocar essa questão, mas por 1342

esse motivo Adalberto, por uma questão, por exemplo, eu acho que não é só o rito 1343 de reconhecimento do trabalho dos Estados, mas do trabalho nosso. Aquele 1344 trabalho de ZEE que cabe a nós também, eu acho que precisaria ter os passos 1345 bem claros. Então, eu já queria fazer para vocês a proposta de nós 1346 reconhecermos o trabalho Macro ZEE do Estado do Maranhão, eu ia colocar 1347

com..., inicialmente eu pensei em colocar com ressalvas, mas acho que ressalvas 1348

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não é a palavra correta, com algumas recomendações, que são recomendações 1349

que bem entendida não vão ser cumpridas já, mas para serem cumpridas ao longo 1350 do trabalho, quer dizer, ainda vai ser feito um trabalho para uma escala maior, e aí 1351 sim alguns aspectos foram levantados caberiam e precisariam estar numa escala 1352 maior. Com relação à questão dos dados, o próprio Adalberto levantou, esse 1353 Comitê não é uma análise técnica, eu ia propor já aqui nessa avaliação do rito as 1354

informações que viessem para os membros do Comitê avaliarem, elas pudessem 1355 passar uma espécie de um resumo técnico, que o próprio consórcio poderia 1356 montar, nós definimos entre nós com eles quais sãos as informações básicas que 1357 os membros do Comitê precisam ter na hora de tomar essa decisão se 1358 reconhecem ou não. Virtualmente, materialmente é impossível avaliar isso aqui 1359

tudo pela maioria das equipes que estão aqui hoje, não que não tenham pessoas 1360 técnicas dentro dos Ministérios, não é isso, por favor, não entendam assim, é que 1361

a quantidade de trabalho, quantidade de demanda diária que nós temos para tirar 1362

a equipe para fazer uma avaliação técnica dessa, quando nós temos um consórcio 1363 que tem a Embrapa, CRPM, IPEA, Ibama etc., que a função deles é exatamente 1364 esse apoio a nós, perde um pouco o sentido. Então, eu queria, talvez irmos por 1365 etapa, ver se o Comitê aceita que nós reconheçamos o trabalho, reconheçamos o 1366

Macro ZEE do Estado do Maranhão, com recomendações, essas recomendações, 1367 eu pediria que vocês fizessem, talvez uma Nota Técnica, mas eu não sei se sai 1368

daqui uma nota do próprio Comitê ou fica em ata a recomendação. 1369 1370 1371

O SR. NÃO IDENTIFICADO – Só fortalecendo a sua posição, isso inclusive faz 1372 com que o Ministério redesenhe a sua participação nesse procedimento, quer 1373

dizer, quando nós formos, chega a nós como coordenadores, como é que nós 1374

transformamos esse produto que chega em demanda para o consórcio? Então, 1375

essa lógica nós vamos ter que construir nessa reunião para de novo não ficarmos 1376 suprindo. 1377

1378 1379 O SR. MARCOS AURÉLIO MARTINS (Seplan/MA) – Eu queria fazer só um 1380

adendo aí à colocação do nosso presidente aqui e coordenador dos trabalhos, e 1381 todo o respeito que nós temos pelo valor que esse Ministério tem nessa Política de 1382 Meio Ambiente, e nos apoiou durante todo esse tempo, mas nós questionarmos 1383 da seguinte forma: ora se eu chego à conclusão que recomendar um corredor 1384 ecológico para o detalhamento e reconheço que ele não é necessário agora, 1385 então, eu fiz correto, nós não poderíamos detalhar corredor ecológico numa 1386

escala, que não ia aparecer nada, e diz assim: aprovo, reconheço com a 1387

recomendação que no duzentos para cinquenta mil tem que aparecer,, mas logo 1388 um para duzentos e cinquenta mil vai mostrar os corredores. Então, como é que 1389 eu vou reconhecer aprovando e recomendando que tem que ter? Então, deixar a 1390 recomendação para aquilo que é pertinente a esse instrumento e não ao que virá, 1391 o que virá nós faremos, não sei se me fiz entender, mas é um argumento que eu 1392

estou levantando, por exemplo, de compatibilidade de Unidade de Conservação 1393

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em área indígena, nós colocamos as duas principais reservas que nós temos, 1394

Gurupi e a outra de Mirador, onde têm áreas indígenas ali. Então, se destacou na 1395 escala de um para um milhão, você vai descer mais, você vai mostrar mais outras 1396 unidades de compatibilidade, mas o que for possível e que era necessário fazer 1397 nessa escala nós fizemos. Talvez aí a meia culpa que eu faço é talvez o plano de 1398 ação que não está claro do jeito até como eu queria que fosse, reconheço que nós 1399

cochilamos, deixei lá os documentos dormindo e acabei dormindo nessa 1400 passagem, nós reconhecemos. Então, essa é uma recomendação pertinente e 1401 que já vamos providenciar. Então, é um argumento que eu uso e coloco para os 1402 senhores se aprovar o reconhecimento com recomendação de algo que não é 1403 pertinente a essa escala, não vejo necessidade. 1404

1405 1406

O SR. NÃO IDENTIFICADO – Eu acho que ele tem razão. 1407

1408 1409 O SR. RODOLFO OLIVEIRA (SPI) – Eu entendo o que ele está colocando, eu 1410 entendo o que você está colocando Marco, mas se eu tivesse te reconhecendo e 1411

determinando, primeiro que eu não posso te determinar nada, eu sou Governo 1412 Federal, você é Governo Estadual, eu estou te recomendando quando for o caso 1413

aplicar dependendo, por quê? Porque, apesar desse Decreto, o Decreto, sou ruim 1414 de número, o Decreto 4297, ele não detalhar em que escala essas coisas têm que 1415 aparecer, ele está dizendo do conteúdo e quais as diretrizes mínimas para o 1416

reconhecimento. Então, se os corredores vão entrar agora, ou vão entrar depois, 1417 eu estou plenamente de acordo contigo, mostrar um corredor numa escala de um 1418

para um milhão, o ponto vai ser tão ali que você não vai conseguir ver, por isso 1419

que eu estou colocando, nós não estamos fazendo nenhuma determinação e 1420

nenhuma ingerência, mas sim, eu acho que o mais importante é que todo mundo 1421 citou, reconhecer o trabalho que foi feito pelo Estado do Maranhão, o nível de 1422

qualidade técnica que esse trabalho tem, e aí citar a Embrapa, eu acho que não é 1423 toda a verdade, a Embrapa fez o trabalho técnico, mas o interesse do Governo do 1424 Estado por tirar esse documento, por fazer, ter esse trabalho que nós temos aqui 1425

hoje, o mais importante para o que toca nós aqui é isso hoje. Então, esse 1426 reconhecimento eu acho que é o que está na Mesa aqui, eu acredita que se 1427 alguém tiver posição em contrário, mas pelo que eu vi, eu acho que não e 1428 recomendar mais uma vez não é determinar. 1429 1430 1431

O SR. NÃO IDENTIFICADO – Rodolfo, posso só fazer mais uma observação sem 1432

querer esticar. Marco, o que acontece é o seguinte, como eu falei antes o Decreto 1433 é burro, e o Decreto diz que tem que ter corredor, não diz que é escala. Então, 1434 para evitar que vocês mesmos sejam penalizados por não terem cumprido um 1435 Decreto que é burro nesse aspecto, é que colocamos claramente o seguinte, 1436 solicitar a SIPLAN Maranhão, o detalhamento das indicações com vistas as 1437

instituições de corredores em conformidade com o inciso do Decreto, nos 1438

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posteriores processos de detalhamento da agenda. Então, por um lado, nós 1439

defendemos a posição de vocês, mas também criamos, porque têm muitos ZEE 1440 que andou por aí, que não montou o corredor em nenhuma instância, nem um 1441 para duzentos e cinquenta mil. Então, eu acho que isso aqui dá para vocês a 1442 garantia de que nós entendemos que na lógica colocada dessa escala não podia 1443 aparecer, mas sim deve aparecer lá na frente. Está bem, tranquilo? 1444

1445 1446 O SR. NÃO IDENTIFICADO – Não há da nossa parte nenhum descontentamento, 1447 eu acho que cumprimos um trabalho de parceria, o trabalho não é só do Estado, 1448 nós também reconhecemos, se eu tivesse que dá o reconhecimento, reconheceria 1449

ao Governo Federal toda a colaboração que tivemos, e não nos sentimos como 1450 Estado de forma nenhuma pressionado. Eu acho que o argumento que eu usei é 1451

só uma lógica, se não é necessário, porque eu vou recomendar, mas 1452

recomendando também não tem nenhum problema. Eu acho que nós estamos 1453 construindo um processo, e é todo tempo aprendizado, tanto que nós chegamos 1454 aqui, e vemos que há sempre necessidade de melhoria, de atualização, de mais 1455 esclarecimento, eu acho que vocês estão corretos ao chegar em um colegiado 1456

desse e dizer: tem que saber qual é o rito, com quanto tempo recebo, qual é o 1457 tempo que eu tenho? Eu posso como membro da Comissão recorrer ao consórcio 1458

para me esclarecer determinado fato, quanto tempo tem que dá um parecer para 1459 que me esclareça para dá sustentação. Lá na nossa Comissão, nós temos 1460 técnicos da Secretaria que não conhecem ZEE, quem conhece é o Comitê 1461

Técnico-Científico, até eu como coordenador tem temas que eu preciso: quero um 1462 parecer disso aqui; solicito um parecer, um estudo para poder eu me respaldar e 1463

discutir com alguém. Então, é esse processo que tem que estar no regimento, e 1464

claro com prazos, e como é que tem que ser que eu acho que será benéfico a 1465

todos, aos detalhamentos, as atualizações e aos novos zoneamentos que ainda 1466 estão faltando. 1467

1468 1469 O SR. RODOLFO OLIVEIRA (SPI) – Antes de eu passar a palavra para o colega 1470

do Ministério da Defesa, nós podemos dar como aprovado esse 1471 encaminhamento? Reconhecimento do Macro ZEE do Estado do Maranhão com 1472 as recomendações que já estão estabelecidas na Nota Técnica. 1473 1474 1475 O SR. NÃO IDENTIFICADO – Se pudesse alterar essa palavra recomendação, 1476

como que é a primeira que fala do corredor? Com as seguintes solicitações, 1477

aprovar com as seguintes solicitações, ou com as seguintes anotações, para não 1478 ser recomendação. 1479 1480 1481 O SR. RODOLFO OLIVEIRA (SPI) – Por que recomendação parece expositiva? 1482

1483

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1484

O SR. NÃO IDENTIFICADO – Eu acho que sempre causa uma certa 1485 suscetividade. 1486 1487 1488 O SR. RODOLFO OLIVEIRA (SPI) – Ás vezes, conversamos com alguns 1489

Ministérios, por exemplo, as recomendações que vem da AGU e do TCU, 1490 recomendação do TCU, por exemplo, é uma recomendação, se o Poder Executivo 1491 entender que ele deve fazer, ele faz, se ele não entender, ele diz por que não vai 1492 fazer. Determinação não, quem tem o poder legal de determinar você compre. 1493 Ponto. Então, eu não sei, eu não tenho esse entendimento que há alguma 1494

imposição na utilização desse termo, eu estou recomendando que o Governo 1495 Estadual faça isso de acordo com o estágio que o trabalho vá ganhar. 1496

1497

1498 O SR. NÃO IDENTIFICADO – Podemos prever aí, digamos assim, recomendação 1499 para os detalhamentos futuros. Eu acho que dá para acertar legal isso aí, uma 1500 frase que não dá a impressão... 1501

1502 1503

O SR. RODOLFO OLIVEIRA (SPI) – Nós estamos deixando bem claro que houve 1504 o reconhecimento do Macro ZEE do Estado do Maranhão, ponto. E o trabalho 1505 técnico, até pelo que o Marco colocou, desde o primeiro momento houve uma 1506

parceria entre o Ministério do Meio Ambiente e a equipe de vocês. Então, esse 1507 trabalho, aquela história, nós estamos por quê? Porque apesar do Decreto, como 1508

disse o Adalberto, ser burro, ele está dizendo que têm algumas questões que 1509

precisam estar presentes, elas talvez estejam em alguns níveis, algumas não 1510

estejam agora, porque você mesmo falou, porque não dá, eu não vou enxergar 1511 nada aí. 1512

1513 1514 O SR. NÃO IDENTIFICADO – Mas o Decreto não diz que escala tem que ter, nós 1515

que tecnicamente sabemos. 1516 1517 1518 O SR. RODOLFO OLIVEIRA (SPI) – Ele não diz o prazo, ele não diz quanto 1519 tempo e nada disso. 1520 1521

1522

O SR. PAULO GARCIA (CAE/MD) – As conversas, principalmente do Filipe e do 1523 Adalberto, no início, mas que continuou mostram uma coisa que falamos aqui a 1524 anos e anos, se existe alguma coisa que precisa ser atualizada é o Decreto 4297. 1525 Isso nós falamos aqui anos e anos. 1526 1527

1528

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O SR. NÃO IDENTIFICADO – Mas Garcia foi criado um GT para isso. 1529

1530 1531 O SR. NÃO IDENTIFICADO – Bom, eu queria só um instantinho esclarecer o 1532 porquê eu falei aquilo, não é intervenção no Estado, mas é porque o Decreto, uma 1533 das notas deles lá diz que olha o zoneamento terá não pode ser mexido em 10 1534

anos, e muitos Estados levaram isso, colocaram isso na lei. Então, qual foi a 1535 minha reivindicação, sei lá? Foi que na Lei do Estado, o Estado colocasse que ele 1536 mesmo determina a sua Comissão do Zoneamento Estadual, que acolha o pleito 1537 da União, e que se isso seja estudado pelo Estado, e que insira ou não no seu 1538 zoneamento independente do tempo em que o Ministério dos Transportes precisa 1539

construir uma estrada daqui a dois anos e não pode mexer no zoneamento, 1540 porque só daqui a 10 anos? Não, o Estado reconhece que a sua Comissão do 1541

Zoneamento Estadual acolha e estude o pleito da União, justamente para não ter 1542

problema de intervenção, de querer determinar que seja construída a estrada ali 1543 de qualquer jeito passando por cima de zoneamento estadual, ou seja lá o que for. 1544 Era só esse intuito. Agora que o Decreto precisa ser atualizado, precisa. 1545 1546

1547 O SR. NÃO IDENTIFICADO – Estamos trabalhando nisso, mas é mais uma pauta. 1548

1549 1550 O SR. RODOLFO OLIVEIRA (SPI) – Podemos passar para o próximo ponto? 1551

Apresentação da Política Nacional de Ordenamento Territorial, só para vermos por 1552 efeito de tempo nosso, quanto tempo vocês precisam para apresentação? Dá para 1553

ser trinta? 1554

1555

1556 (Salva de palmas para o Maranhão). 1557

1558 1559 O SR. NÃO IDENTIFICADO – Só uma questão, eu vou precisar sair as 17h00 1560

horas, eu tenho que voltar lá para o Ministério. Como, na verdade, tem um item 1561 que ainda vai precisar de votação, que é a questão do calendário, eu gostaria de 1562 saber se não é possível, porque o calendário tem que ser votado, eu gostaria de 1563 saber se não é possível, porque os outros são informativos não precisam ser 1564 votados, que pudéssemos votar no calendário só para garantir o quórum. 1565 1566

1567

O SR. RODOLFO OLIVEIRA (SPI) – Bom ponto de lembrança. Podemos já 1568 pensar numa reunião para colocar essa discussão do rito em pauta? 1569 1570 1571 O SR. NÃO IDENTIFICADO – Eu aprovo a definição do calendário do jeito que 1572

está aqui. 1573

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1574

O SR. RODOLFO OLIVEIRA (SPI) – Vocês já consideraram a realização da 1575 reunião de outras? 1576 1577 1578 O SR. FILIPE (MMA) – Só para explicar um pouco a nossa proposta de 1579

calendário, nós sempre fazemos isso nas últimas reuniões ordinárias de todos os 1580 anos, nós ligamos para as Secretarias Executivas do Conama, nesse caso nós 1581 também ligamos para a Secretaria aí de recursos hídricos, Conselho Nacional, 1582 Conabio e o CGEN e conseguimos mapear essas reuniões. O Conama já tem as 1583 reuniões pré-estabelecidas; a CNRH não fazem um previsão de calendário, 1584

normalmente as reuniões acontecem março e outubro, a Secretaria Executiva não 1585 tem uma data específica. A Conabio também já tem alguns dias, inclusive eu 1586

apontei para eles que está tendo sobreposição no Conama, que eles também não 1587

tinham observado. E o CGEN também parece que por mudança de legislação, eu 1588 acho que eles não existem mais, estão esperando um novo CGEN, tem alguma 1589 coisa nesse sentido. E aí João, desce um pouco só para o pessoal ver o 1590 calendário. Eu coloquei em vermelho ali e está ali em cima também as propostas 1591

aleatórias, que fugiram um pouco dessas datas, para as reuniões ordinárias 1592 tentando sempre manter um padrão de fazer as reuniões as quintas-feiras, que 1593

nos mantemos no colegiado, essa específica está na quarta, porque acho que 1594 amanhã deve ter algum colegiado. Isso lembrando da nossa última pactuação do 1595 último ano. Então, é basicamente isso, uma no dia 24 de março, uma dia 30 de 1596

junho, uma no dia 15 de setembro e uma de 1º de dezembro, estamos falando de 1597 três em três meses. Isso obviamente não prejudica extraordinárias em chamar, 1598

principalmente para esses pontos de pauta que levantamos anteriormente. Só 1599

isso. 1600

1601 1602

O SR. RODOLFO OLIVEIRA (SPI) – Bom, alguém tem alguma ressalva quanto às 1603 datas que foram apresentadas aí? Então, podemos dar como aprovado o 1604 calendário. Só que eu estava comentando Adalberto, se vocês pudessem já 1605

preparar uma primeira minuta do que seria esse rito, talvez conversando com 1606 consórcio e apresentar para nós, inclusive proposta de data para essa reunião 1607 específica; não vamos nos ater a discutir isso. Então, está aprovado. Passamos, 1608 então, para o João. 1609 1610 1611

O SR. JOÃO – Bom, boa tarde. Nós queríamos agradecer em nome lá da Equipe 1612

do Ministério da Integração, do nosso Secretário Alexandre, do próprio Ministro 1613 Occhi. E o que nós viemos mostrar aqui, na realidade, apesar da pauta falar sobre 1614 apresentação, sobre a Política Nacional, nós vamos discutir algumas situações e 1615 perspectivas. Certamente algumas pessoas que aqui estão já devem ter, tiveram 1616 já contato com a proposta e com aquilo que foi feito em anos passados, e talvez 1617

outras pessoas sejam novas, digamos, na temática. Então, a ideia aqui é mostrar 1618

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um pouco do que nos quieta hoje, e qual é a situação de fato que hoje nós temos 1619

da Política de Ordenamento do Território. Podemos ir? Aqui do ponto de vista do 1620 contexto nacional que, digamos, nos empurra para pensar uma política de 1621 ordenamento do território, nós termos um território constituído a partir de 1622 economias regionais voltadas para o mercado externo; atividades produtivas que 1623 vão determinar o padrão de ocupação populacional do país, há uma ocupação 1624

desequilibrada entre o litoral e o interior, pouquíssima conexão do Brasil com seus 1625 irmãos da América do Sul. A rede urbana fortemente hierarquizada e muito 1626 localizada, sobretudo no Centro-Sul do Brasil, e quando é Nordeste e Norte é 1627 muito espaçada. Traços do progresso, muito relacionados ao urbano e ao setor de 1628 transformação. Uma federação, que nós denominamos por concessão, é a União 1629

sempre quem faz as coisas, os Estados e Municípios não têm força nessa 1630 estrutura federativa que nós temos, precisamos pensar nisso. A ausência de um 1631

projeto nacional de desenvolvimento, isso impacta na questão de uma política de 1632

ordenamento do território, distribuição das estruturas produtivas e de 1633 conectividade global extremamente concentrada, sobretudo no eixo Rio-São 1634 Paulo, e uma integração produtiva nacional bastante incompleta, o que vai 1635 acentuar um novo padrão de dependência, quando nós olhamos inclusive para as 1636

economias que o Brasil tem hoje, e como ele trata essas economias, e isso tem 1637 muito a ver com o ordenamento do território. Então, nós temos políticas que 1638

dizemos que influência o ordenamento do território, têm aquelas políticas que 1639 exprimem a dimensão espacial em distintas escalas ou para áreas geográficas 1640 específicas; elas são muito claras ao dizerem, então bacias hidrográficas, cidades. 1641

Então, estão explicitando, e algumas não explicitam, mas dinamizam e, portanto 1642 vai alterar a organização territorial, nós sempre gostamos de dar o exemplo da 1643

política de expansão das universidades e dos institutos federais, que levaram uma 1644

nova dinâmica das cidades muito pequenas, algumas muito pequenas e, portanto 1645

vão alterar a organização territorial numa escala urbana e, às vezes, transbordam 1646 para uma questão regional, e tem algumas políticas que dizemos que tendem 1647

impor as suas lógicas dependendo da natureza e dos atores envolvidos e 1648 interessados. Então, isso, sobretudo quando estamos falando de grandes projetos 1649 estruturantes, eles impõem as suas lógicas sim. Então, o território passa a atender 1650

a lógica daquele grande projeto estruturante, e, portanto passa a ser uma 1651 expressão daquele projeto. Aqui é só para que vejamos, aquelas que de repente 1652 não trabalham especificamente com recortes espaciais, mas o Plano Nacional de 1653 Logística e Transporte, ele se configurou, se constituiu muito em cima da 1654 espacialização da produção da demanda e dos fluxos internos da exportação. 1655 Então, quer dizer, na realidade ele trabalha com produtos, cadeias que, na 1656

realidade, vão induzir investimentos no território, sobretudo buscando o 1657

escoamento, e isso vai ter sim repercussões no território, seja na questão das 1658 ligações, seja em questões, em pontos específicos do território para, digamos, 1659 despejar essa produção para mercados exteriores, com os portos, os terminais, os 1660 tupis, o que quer que seja. Aqui nós temos a questão do PIB, porque isso tem uma 1661 relação muito estreita com o ordenamento do território. Então, há uma forte 1662

concentração das atividades econômicas, e da riqueza no litoral e nas áreas 1663

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metropolitanas, sobretudo no Sudeste e no Sul, em geral essas riquezas estão 1664

muito relacionadas aos parques industriais, e serviços diversificados, localizados 1665 nessas Cidades. O interior do Brasil, quando olhamos a composição do PIB, ele 1666 ainda é muito frágil, aparece ali Brasília com maior expressão, mas esse é um PIB 1667 basicamente do setor público, e não do setor produtivo, e quando olhamos mais 1668 para dentro é Manaus ali isoladas sozinha com a sua Zona Franca, ou seja, o 1669

setor de transformação é quem dita, digamos, aquela expressão espacial da 1670 cidade da capital do Amazonas. Podemos passar. Aqui nós temos a questão do 1671 adensamento da rede de transporte e logística, e nós temos como se fosse um 1672 corpo humano em que, digamos, o Centro-Sul e, sobretudo, aquela área de Belo 1673 Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo, é como se fossem o grande cérebro do 1674

país, são as vias irrigantes com muito mais capilaridade, é um país 1675 completamente orientado pela relação Norte-Sul, ele tem pouquíssima relação 1676

Leste-Oeste. Então, é uma dependência muito grande, inclusive dos polos e das 1677

grandes cidades que estão no Norte e no Nordeste do Brasil. Em relação a 1678 Metrópole Global, que é São Paulo, que é o Rio de Janeiro. Então, ele se integra 1679 muito pouco do ponto de vista Leste-Oeste. Aqui nós tiramos um mapinha para 1680 mostrar um pouco das redes de transmissão de energia, como é que as coisas 1681

estavam ali, é claro que certamente os colegas do Ministério de Minas e Energia, 1682 nós tivemos lá alguns dias atrás, foi uma reunião muito proveitosa, eles têm 1683

mapas muito melhores do que esses que estão aí, mas nós colocamos só isso 1684 para entender um pouco de como é que está constituído essa rede, como ela é 1685 fortemente adensada no Centro-Sul do Brasil, exatamente porque é onde está o 1686

core da economia brasileira. Então, é onde você tem que ter uma demanda firme 1687 de energia ali. Áreas de forte especialização a produção de commodities, sejam 1688

elas agrícolas ou minerais, isso nos chama muito a atenção. E do lado de cá, o 1689

lado direito esse mapa em tons de cinza, ele na realidade é o percentual do PIB 1690

agropecuário, do lado de lá, aquele que tem aqueles gráficos em forma de bolotas, 1691 ali nós temos a questão de posses e grilos. Então, isso do ponto de vista do 1692

ordenamento do território é algo que nos quieta muito, porque nós em alguns 1693 lugares, para não ficar falando, são, portanto é nessas áreas onde nós temos 1694 muita posse e muitas grilagem, são áreas onde nós temos uma presença de um 1695

PIB fortemente, a participação é muito forte. Aqui embaixo apenas coloquei, essa 1696 é uma novidade, não tão nova para algumas pessoas, mas para outras sim, o tal 1697 do Matopiba que foi recentemente delimitado em função de um Decreto da 1698 Presidente e da Senadora Kátia Abreu, da Ministra da Agricultura e Pecuária, que 1699 recorta essa região como a última grande fronteira agrícola do país. Então, é uma 1700 área que para nós é delicada, tendo em vista a questão ambiental, ela está em 1701

cima do Aquífero Guarani quase toda, aqui nós temos um urbano muito frágil, aqui 1702

nós temos uma população extremamente frágil também do ponto de vista social. 1703 Então, quando falamos de ordenamento do território, muitas vezes nós estamos 1704 pensando nessa escala aqui, mas em alguns momentos nós vamos ter que descer 1705 em escalas menores para dar um tratamento mais especializado. Aqui é só para 1706 que nós vejamos a questão da distribuição dos empregos na indústria, claro que 1707

isso aqui teve alteração, mas conversando um dia desses com o pessoal do IBGE, 1708

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que estamos fazendo um trabalho junto, eles disseram que a questão da REGIC, 1709

que é um grande estudo que eles têm, a coisa não alterou muito ao longo desses 1710 últimos não. Aqui empresas com filial que mostra claramente ainda onde que está 1711 a cabeça do país, e empresa sem filial, mas mesmo assim também ainda muito, 1712 então, quer dizer, a atividade econômica está muito concentrada aqui, o forte da 1713 atividade econômica. Esse aqui é só um mapa, que ele é esquemático, na 1714

realidade, essas linhas não guardam a delimitação precisa, mas para que vejamos 1715 quais são as grandes tendências do território brasileiro. Isso para nós é algo muito 1716 importante quando nós formos pensar na política de ordenamento do território, é 1717 claro que quando fazemos o esquadrinhamento em escalas, se debruçam; quando 1718 descemos mais no território esse esquadrinhamento ganha muito mais riqueza do 1719

que o que está aqui, mas isso nos mostra, pelo menos em linhas gerais, aquilo 1720 que constitui esse Brasil do século XXI, ou início do século XXI. Há uma forte 1721

mobilidade populacional e uma complexa demografia. Então, aqueles livros de 1722

geográfica do passado em que víamos o semiárido perdendo população, hoje se 1723 nós nos debruçarmos, nós vamos ver que, na realidade, quem perde população 1724 muito mais do que o semiárido é o Sul do Brasil, a região Sul na sua parte, na sua 1725 poção interior vem perdendo população de forma muito acelerada, isso tem 1726

gerado um declínio na economia de grandes porções do território, e por outro lado 1727 nós temos áreas, sobretudo onde temos os grandes projetos estruturantes e essas 1728

novas dinâmicas de forte crescimento, que também nos preocupa muito do ponto 1729 de vista de ordenamento do território, seja ele no aspecto do provimento de 1730 serviços mais essenciais para a população, seja inclusive nas questões de ordem 1731

ambiental, que tem nos preocupado muito. Há hoje uma relação muito estreita 1732 com o Ministério do Meio Ambiente, muito proveitosa que vemos fazendo em 1733

relação a essa discussão, das políticas que hoje estão sobre atribuição do MMA, 1734

como também a essa equipe do MMA, que aqui eu registro, sobretudo Filipe e 1735

Adalberto, que tem feito uma aproximação muito boa com nós lá do Ministério da 1736 Integração. E aí nós já estamos aqui do meio para o fim, porque nós trabalhamos 1737

aqueles primeiros mapas em uma perspectiva muito do grande e do macro 1738 território, no entanto eu não posso discutir a questão do ordenamento sem pensar 1739 a questão urbana. Então, nós temos uma interiorização do fenômeno urbano, e 1740

vocês podem dizer assim, mas João nós víamos naquele outro mapa que o PIB 1741 está muito no litoral, pois muito bem, na realidade o PIB está no litoral, mas o que 1742 nós hoje estamos querendo discutir é a qualidade desse fenômeno urbano que 1743 está adentrando para as áreas do anterior do país, é um urbano muito frágil, com 1744 raríssimas exceções, é um urbano, portanto que precisa de um cuidado. Nós 1745 temos uma acelerada urbanização das áreas de fronteira econômica, isso está 1746

muito claro para nós, o Centro-Oeste é assim, Sul da Amazônia é assim, aquela 1747

região do Matopiba, nós temos muito medo que ela se transforme em alguma 1748 coisa desse tipo, há um crescimento populacional das cidades médias e isso foi 1749 confirmado recentemente em uma conversa que nós tivemos com o pessoal do 1750 IBGE quando eles apresentaram a última projeção populacional para a questão do 1751 FPM, e nós conversamos com os meninos e disseram: João, as metrópoles estão 1752

refecendo com poucas exceções, e as cidades pequenas continuam perdendo 1753

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muita população. Então, onde se deduz que as metrópoles já não recebem tanto 1754

nós, as cidades pequenas continuam perdendo, para onde essas pessoas estão 1755 indo? Para as cidades médias que vem crescendo explosivamente, há uma 1756 periferização desses centros urbanos, formação e consolidação de aglomerações 1757 urbanas, metropolitanas e não metropolitanas, há uma mudança no formato das 1758 redes urbanas regionais, até porque aquilo que nós também conhecíamos como 1759

aquela hierarquia dos livros de Geografia do passado da Metrópole Nacional, ela 1760 deixa de existir, nós hoje temos a Metrópole Global, que é São Paulo, e as demais 1761 que eram as ditas Metrópole regionais, hoje são chamadas de metrópoles 1762 nacionais, Fortaleza, Recife, Salvador, Porto Alegre; elas hoje tem uma outra 1763 nomenclatura, e nós temos uma constituição por baixo de capitais, centros 1764

regionais. Então, é muito mais complexa essa rede. Um peso populacional 1765 crescente das aglomerações urbanas, metropolitanas e desses centros médios, a 1766

formação e consolidação, aqui eu repeti, desculpa, podemos ir? Aqui é só para 1767

que vocês vejam, aqui a REGIC/2007, que o IBGE está fazendo uma atualização, 1768 e que nós temos acompanhado muito de perto, eles ainda estão em curso, 1769 mostrando isso, quer dizer, isso evidencia muito claramente um país em que o 1770 urbano está muito concentrado em poucas cidades. Claro que aqui é muito mais, 1771

muito mais adensado. Aqui são as nossas regiões metropolitanas hoje instituídas 1772 oficialmente, aquelas federais da década de 70, e as que vieram já na esteira da 1773

Constituição de 88, que delegou aos Estados a Constituição das suas RMS. 1774 Então, o caso de Santa Catarina é emblemático que transformou quase todo o 1775 Estado em regiões metropolitanas. Aqui é só para que tenhamos uma noção de 1776

que como é que está a distribuição da infraestrutura, por exemplo, de 1777 conectividade no Brasil, aqui é deslocamento para aeroportos e não entre 1778

aeroportos. Então, o que nós temos hoje, como são poucos os aeroportos, 1779

digamos, que operam com voos de grande alcance, nós temos boa parte dos 1780

municípios as pessoas se deslocam, até o caso do Ceará, que é bem emblemático 1781 essa coisa de cima, as pessoas viajam para Fortaleza para pegar os aviões, e 1782

aqui essa cunha de baixo do Ceará, pegando um pouco da Paraíba, do 1783 Pernambuco e do Piauí, vai para Juazeiro do Norte. E aqui são as ligações 1784 aéreas. Então, mostra claramente como é que está aquela relação que nós 1785

víamos com as rodovias, como isso se replica, é muito voltado para cá. Hoje só 1786 para fazer um pequeno comentário, eu estou de férias e vir, eu estava esses 4 1787 dias em Natal, e cheguei agora de manhã de Natal, é interessante nós vermos 1788 como está o caso de Brasília, é um robe mesmo, é um aeroporto já bastante 1789 congestionado, apesar de toda a expansão que ele passou, isso mostra 1790 claramente o quanto nós temos essa coisa muito concentrada. E nós falamos do 1791

grande, do nacional, falamos da rede urbana e agora por último vamos falar das 1792

grandes obras estruturantes que para nós, digamos, é outra escala que nos 1793 preocupa muito na Política de Ordenamento do Território. Então, o que vai 1794 sinalizar as grandes obras? São lógicas setoriais, que muitas vezes recaem sobre 1795 o território, elas muitas vezes causam grandes perturbações e vemos isso aí com 1796 várias das grandes obras que tivemos, inclusive alguns do próprio Ministério da 1797

Integração, não vou falar pelos outros Ministérios, mas eu falo, por exemplo, no 1798

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caso do projeto da transposição do Rio São Francisco, nós temos claras 1799

perturbações no território, isso gera de certa forma um uso meio anárquico do 1800 território, porque isso ficou muito claro e foi muito bom escutar antes os 1801 representantes dos diversos Ministérios reconhecendo que os Municípios têm uma 1802 baixíssima capacidade hoje de dialogar, sobretudo com essas políticas territoriais 1803 que são muito complexas. Então, muitas vezes esse uso anárquico se dar em 1804

função exatamente dessa fragilidade que tem lá na ponta. Complexidade nesses 1805 efeitos para frente e para trás, e são muitos, e difíceis, às vezes, até de serem 1806 mensurados e identificados. Há uma baixa capacidade muitas vezes de controle 1807 do Estado sobre alguns fenômenos e digo, sobretudo a questão da migração, por 1808 exemplo, isso foge completamente ao controle do poder público. A inclusão parcial 1809

e momentânea das populações locais, por que nós falamos que é parcial e 1810 momentânea? Porque algumas dessas obras, boa parte são projetos, elas têm 1811

início, meio e fim ao final toda aquela população que migrou, ela vai estar 1812

desempregada muitas vezes, e a região não se preparou para absorver. Então, 1813 fica meio que um périplo essas populações, esses contingentes de homens que 1814 estão mobilizados para a construção civil, rodando pelo país em busca dessas 1815 grandes obras. Há uma simetria nas relações do poder, sobretudo quando nós 1816

temos atores que atuam em escala global, e vão lidar no local, e uma perspectiva 1817 de uso concorrencial no, do e entre os territórios também, isso acaba 1818

acontecendo. Algumas das grandes obras, eu não vou me deter aqui, só para que 1819 vejamos as questões de energia, nós colocamos as de petróleo, a nossa aqui da 1820 área hídrica, na área de siderurgia, de transportes, claro que eu tinha que puxar 1821

para minha cidade Natal. Intervenções urbanas, como estávamos tratando 1822 também da dimensão Metropolitana. Então, eu estou trabalhando desde de obras 1823

de grande envergadura a obras que estão na dimensão metropolitana, mas que 1824

são igualmente muito importantes. Aqui só para vermos alguns daqueles mapas, 1825

podemos ir também, aqui é da parte aeroportuária, a questão da energia. Alguns 1826 programas federais, que têm reflexos; o PAC, territórios da Cidadania, roteiros do 1827

Brasil, que é do turismo, ZEE, o faixa de fronteira, que é nosso, os territórios da 1828 pesca e aquicultura, o PNLT, o Programa de APLS. Aqui são os recortes 1829 prioritários, só para que tenhamos uma noção de como isso é complexo, quer 1830

dizer, aqui eu tenho a instituição, e aqui eu tenho os recortes prioritários e isso 1831 quando falamos numa Política de Ordenamento do Território. Na realidade, eu 1832 tenho que me debruçar sobre toda essa complexidade que está aqui e que está 1833 aqui. E qual é o cenário encontrado? Isso aí para nós já irmos para a finalização. 1834 Nós temos frações utilizadas como espaços da economia internacional, que 1835 réplica um pouco daquilo que já havíamos falado na primeira lâmina. Há uma 1836

exacerbação das especializações produtivas dentro do território nacional, veja aí o 1837

Centro-Oeste com a sua aposta toda nos grãos, na soja, no milho e no algodão, e 1838 aí a China agora começa a descer ladeira a baixo, e lá vamos nós junto com a 1839 China sendo arrastado. Aceleração das formas de circulação, e aí mostra um 1840 pouco do por que está distribuído de forma tão desequilibrada a conectividade no 1841 Brasil em transportes, seja aeroviário, seja rodoviário. Um sistema de forças muito 1842

complexos, do ponto de vista horizonte e vertical, isso cria uma dificuldade de se 1843

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pensar uma PNOT como algo que vai exercer um controle muito rígido. Nós temos 1844

uma série de eventos interdependentes que vão gerar muitas incertezas, mais 1845 uma razão para que não tenhamos uma PNOT prescritiva, acontecimentos que 1846 são marcados pela velocidade e não linearidade das redes. Vão carregar consigo 1847 contradições, confrontos e muitos pares dialéticos, isso vai repercutir numa 1848 desregulação do território e que algumas políticas públicas muitas vezes vão 1849

contribuir para essa desregulação, e vão concentrar o processo de 1850 desenvolvimento acentuando o jogo de competições espacial. Isso, portanto vai 1851 impedir um planejamento determinístico para o território. E agora é o momento da 1852 PNOT que vai nos dizer. Então, nós temos um país em ocupação, ainda com 1853 porções muito grandes a serem ocupadas, potencialidades a serem 1854

desenvolvidas. É importante reordenar significativas porções do território que já 1855 estão muito ocupadas, e que apresentam graves problemas hoje. A PNOT tem 1856

que ser uma política de Estado a ser exercida por ações políticas e de 1857

planejamento, que não vemos possibilidade delas acontecerem, se elas não forem 1858 consertadas entre os entes federados, porque, na realidade, estou falando de uma 1859 política que em tese sai do Governo Federal, mas que na essência a sua 1860 implementação, a sua operacionalização é no Município, é com os Estados 1861

servindo de intervenientes aí. Qual é esse Norte que hoje nós temos? Nós 1862 desejamos que a PNOT seja uma possibilidade de aproximar uma estrutura 1863

territorial que hoje é muito intencionada, inclusive entre políticas do próprio 1864 Governo Federal. Que ela tenha um propósito de controlar uma coabitação, 1865 estabelecer que essa coabitação pode decorrer tanto de consensos, como muitas 1866

vezes de coerções, e aí nós já temos, por que eu estou falando isso? Na 1867 realidade, desde o início quando nós começamos a pensar a PNOT lá no 1868

Ministério da Integração, nós nunca tivemos a intenção de fazer algo que venha 1869

prescrever e causar um grande tumulto em relação a todo esse conjunto de 1870

políticas territoriais que hoje nós já temos, nós temos o Estatuto das Cidades, o 1871 Estatuto da Metrópole, tem o código de mineração que está aí para aí saí, temos 1872

área de agricultura, temos Reforma Agrária, temos políticas de recursos hídricos, 1873 temos uma miríade de políticas. Então, nós não temos essa pretensão. São 1874 políticas consolidadas inclusive, as áreas de defesa nacional. Então, o que nós 1875

pensamos é que a política seja muito estratégica, e que ela possibilite a 1876 coabitação de alguns desses usos que muitas vezes poderiam se conflitar. E aí, 1877 portanto ela seria muito mais uma contratualização de um arranjo espacial, que se 1878 dá de forma assimétrica que nós já reconhecemos e se refaz de acordo com a 1879 dinâmica econômica e com o jogo de forças e poderes que existem naqueles 1880 territórios, seja no plano macro, micro. E quais são as estratégias que nós 1881

pensamos? A estruturação de uma rede integrada de cidades de porte 1882

diversificado, o estímulo e a desconcentração das atividades produtivas, a 1883 destinação ordenada do estoque de terras públicas, isso hoje é um negócio 1884 complicadíssimo; a interiorização e ocupação do território, a ordenação dos 1885 espaços físicos em ambientes aquáticos, fortalecimento da dimensão da defesa 1886 nacional dos instrumentos estratégicos de planejamento territorial, e a 1887

identificação de áreas indispensáveis às seguranças do território nacional. E por 1888

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que isso aqui aparece com muita força esses dois últimos pontos? Porque do 1889

ponto de vista da legislação, a PNOT não está somente no colo do Ministério da 1890 Integração, nós dividimos essa bola com o Ministério da Defesa com muito 1891 orgulho, inclusive que nos primeiros trabalhos, foi um grande parceiro, e nós 1892 esperamos que agora na retomada dela, isso volte a acontecer. E aí a trajetória 1893 institucional, só para que vocês vejam. Então, o tema foi constitucionalizado no 1894

art. 21, inciso IX da Carta Magna. Na lei aquela que dar as atribuições a todas as 1895 instituições da administração pública, isso está dentro do MI, conjuntamente com o 1896 Ministério da Defesa, um Decreto de 2007 institui um GTI para elaboração da 1897 PNOT que foi alterado em 11 de julho do mesmo ano. Essas daqui eram as 1898 instituições que integravam esse GTI, e que a ideia hoje é ampliar um pouco mais. 1899

Em novembro de 2008 o GTI conclui o trabalho, o Projeto de Lei foi enviada à 1900 Casa Civil, ele recebeu em março de 2009 um parecer da Conjur e o 1901

entendimento de que a proposta possui regularidade jurídica e, portanto 1902

autorizava o Ministério da Integração encaminhamento ao chefe do Poder 1903 Executivo para que isso fosse para o Congresso Nacional. Do outro lado, o nosso 1904 grande parceiro que era a Defesa também aprovou toda a documentação, 1905 entendeu que a proposta atendia e fortalecia os preceitos e naquele momento o 1906

Ministro Nelson Jobim deu também o ok. E aí o que aconteceu? Antes de entrar, 1907 porque isso aí já é o final, nós tínhamos duas grandes políticas no nosso colo, que 1908

uma era a Política de Desenvolvimento Regional, e outra era a PNOT, nós 1909 percebemos que nós não tínhamos fôlego para conduzir as duas ao mesmo 1910 tempo. Então, nós colocamos todo esse acúmulo da PNOT um pouquinho de lado, 1911

e conduziu a PNDR, que já está no Congresso Nacional, e agora uma vez que sai 1912 da governança do Poder Executivo, e agora a nossa tarefa é só acompanhar a 1913

PNDR, nós nos voltamos para a atenção da PNOT. Então, o que tivemos no 1914

passado? Tivemos a realização de debates com especialistas, tivemos a 1915

contratação de uma equipe multidisciplinar do CDS/UNB, que desenvolveu seis 1916 estudos temáticos que, inclusive estão disponíveis no site do Ministério da 1917

Integração lá dentro da Secretaria de Desenvolvimento Regional. Contratamos o 1918 Cedeplar, da UFMG, para realização de estudos sobre as experiências 1919 internacionais de ordenamento do território, e aqui nós tivemos dez estudos China, 1920

Argentina, México, Estados Unidos, Itália, Inglaterra, Alemanha, Espanha. Bom, 1921 depois eu poderia também detalhar, mas foram grandes países que víamos como 1922 é que a coisa estava funcionando na questão de ordenamento do território; 1923 tivemos a publicação de um livro com reflexões sobre a necessidade e sobre os 1924 desafios que uma PNOT traria; tivemos a realização de um grande seminário na 1925 Câmara para discutir a PNOT e a elaboração daquele Projeto de Lei que eu havia 1926

falado. Os dispositivos daquele Projeto de Lei estão aqui. Então, tínhamos 1927

objetivos, princípios, diretrizes, estratégias e os mecanismos de gestão. Nós 1928 pensávamos as diversas dimensões e por isso que na minha apresentação eu 1929 trabalhei com a questão tanto nacional, como também urbana, e outras 1930 perspectivas. E o fundamento da PNOT nos termos do Projeto de Lei seria a 1931 promoção e articulação de instrumentos de ordenamento do uso e ocupação, 1932

aquilo que nós falamos. Então, não desejamos ser prescritivos e nem mandar na 1933

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política dos outros, o que nós queremos é isso aqui: promover a articulação 1934

daquilo que já existe e está dado, inclusive isso faz parte da tradição institucional 1935 dos vários organismos que estão aqui e outros que não estão. Esse é o último, 1936 que são as estratégias para retomada. Então, o que hoje desejamos? Ampliar 1937 aquela Comissão, aquele GTI, nós achamos que aqueles parceiros são muito 1938 importantes, no entanto, pensamos que poderíamos ampliar um pouquinho, 1939

solicitar as indicações de novo para que nós tenhamos, digamos, a retomada. 1940 Promover a reunião da Comissão de retomada, definir um plano estratégico desse 1941 momento, fazer reuniões com consultores, nós estamos vendo possibilidades de 1942 fazer a contratação, estamos escarafunchando recursos no momento de muita 1943 dificuldade, mas estamos escarafunchando isso lá no Ministério da Integração. 1944

Para que seria isso? Para atualizar os estudos, uma vez que nós tivemos um 1945 acúmulo muito bom, mas que de 2007 até 2015, nós temos um conjunto de leis 1946

novas e de novas dinâmicas que se coloca no território nacional e que 1947

precisamos, portanto se debruçar sobre elas para poder retomar a discussão. 1948 Então, nós temos que retomar isso no âmbito do Governo Federal e recolocar o 1949 tema na agenda da Sociedade Civil. Então, é um pouco disso, era uma 1950 apresentação bem objetiva sobre como que está o desafio, e aquilo que 1951

desejamos depois fazendo um convite possivelmente boa parte dos órgãos que 1952 aqui estão. Muito obrigado. 1953

1954 1955 O SR. RODOLFO OLIVEIRA (SPI) – João, muito obrigado pela apresentação. 1956

Não sei se alguém quer fazer comentários adicionais. O Ministério da Defesa. 1957 1958

1959

O SR. PAULO GARCIA (CAE/MD) – Eu fico muito contente com a retomada do 1960

assunto, aquele parecer ali é meu, foi eu que fiz, trabalhei durante três anos nessa 1961 PNOT, fizemos audiências públicas aí pelo Brasil todo; teve seminário que foi 1962

sensacional no auditório Nereu Ramos, estava lá? Então, fico contente com a 1963 retomada que acho muito importante essa política. A par disso, um pequeno 1964 comentário sobre os seus comentários. Notei uma certa preocupação, sempre 1965

quando você falava em Matopiba, você exalava assim uma certa preocupação, eu 1966 não tenho essa preocupação, só debatendo. Eu acho que as cidades lá do 1967 Matopiba serão as futuras, Sinop, Lucas do Rio Verde, Sorriso, eu acho que ali 1968 vão ser os futuros, eu queria a preocupação que eu acho que tem que ter é a 1969 preocupação ambiental, mas a preocupação social, eu acho que vão todos para 1970 IDH dos mais altos no Brasil, que está ali naquela região, Lucas do Rio Verde. 1971

Então, eu acho que não me preocuparia tanto, eu senti que você estava 1972

preocupado com a parte social da área, eu estou mais preocupado com a parte 1973 ambiental da área. Mas, porque eu acho que a social acho que vai se dá bem. 1974 1975 1976 A SRª. NÃO IDENTIFICADA – Parabéns pela apresentação. Eu tenho algumas 1977

dúvidas assim sobre o PNOT até o pessoal lá do Ministério dos Transportes falou 1978

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assim: você vai para a reunião, dá uma olhada no PNOT, me traz a apresentação, 1979

o pessoal lá da parte da Secretaria Nacional de Políticas de Transportes. E aí eu 1980 queria saber, você falou do PNDR, ele substitui; ele complementa o PNOT, ele 1981 tem, qual o prazo temporal assim do PNOT? Porque o PNLT tem 31 anos, e 1982 PNOT, eu não entendi bem, está parado o processo, e aí vocês pretendem 1983 retomar. É isso? 1984

1985 1986 O SR. JOÃO – Bom, vou começar com o colega da Defesa. É o seguinte, na 1987 realidade, nós temos uma preocupação, porque quando nós olhamos para a 1988 Constituição, e aí aqui eu falo enquanto geografo, nós temos que olhar a trajetória 1989

que se cumpre, a trajetória histórica que se cumpre em cada área. Então, assim 1990 eu conheço bem essas cidades, essas cidades do agronegócio Sinop, Guarantã, 1991

todas aquelas, até porque elaboramos um plano da BR 163 também lá do 1992

Ministério da Integração, então conheci. São cidades, na realidade, que saíram de 1993 pequenos vilarejos e se tornaram cidades muito potentes do ponto de vista do 1994 agronegócio. Mas que são cidades que foram colonizadas, ou tivemos uma 1995 neocolonização dos sulistas, do paranaenses, os catarinenses, os gaúchos, são 1996

economias urbanas que conseguiram se constituir a partir, digamos, do 1997 provimento de serviços voltados para o agronegócio, mas que do ponto de vista 1998

do agronegócio mesmo, elas são muito portentosas no percentual dos seus PIBs, 1999 isso é muito representativo, mas não tanto daquilo pelo menos que pensamos de 2000 emprego direto, porque são as ditas, como diz um geografo que nós temos aí, 2001

Roberto Lobato Corrêa, o campo do Centro-Oeste é um campo destituído de 2002 homens e máquinas. Então, o nosso grande medo é que aquela região é uma 2003

região que não estava tão vazia, como é o Norte do Mato Grosso, que hoje já não 2004

está mais, mas ali nós temos cidades de consideráveis expressão e aqui nós 2005

temos o nosso Marcos lá do ZEE, que veio apresentar o ZEE do Maranhão. Então, 2006 ali no Sul, eu tenho balsas, Imperatriz, tenho o estreito, que é um pouco mais para 2007

cima, tenho Floriano. Então, e eu tenho um conjunto de municípios e cidades 2008 muito frágeis e com uma população, que tem assim um déficit do ponto de vista de 2009 educação formal e que, portanto de capacidade imediata para se integrar a essa 2010

economia do agronegócio, que é muito moderna, muito automatizada, muito 2011 mecanizada de imediato. Então, isso para nós gera uma preocupação, claro que 2012 quando nós destacamos essa discussão do Matopiba, inclusive eu sou o 2013 representante do Ministério da Integração no Comitê que a Ministra Kátia 2014 constituiu. Então, nós fizemos já, inclusive um acerto com o mapa, nós estamos 2015 participando com eles para fazer um Plano de Desenvolvimento Agropecuário, e já 2016

conversamos com ele e a Ministra Kátia deu ok, que fizéssemos um Plano de 2017

Desenvolvimento Regional, que nós estamos contratando o Ipea para nos ajudar 2018 para ter essa lupa e esse olhar do ponto de vista social, a possibilidade da 2019 inclusão produtiva das pessoas, como que elas vão se incluir, quais são as 2020 necessidades que as cidades ali terão para se estruturar, porque nós estamos 2021 falando de uma produção grande, inclusive com problemas do ponto de vista de 2022

infraestrutura de transporte, que ali tem. Então, quer dizer, eu tenho o Porto do 2023

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Itaqui, que é bem na prumada de cima, mas, por exemplo, no Piauí não tenho 2024

porto nenhum, tem o Luís Corrêa, que é uma coisa muito pequena e tem o 2025 Fortaleza hoje com o pé cem. Então, isso tem que ser pensado, inclusive nessa 2026 infraestrutura. E nós ao conversarmos no mapa, nós falamos e a Ministra deu um 2027 ok, que nós colocamos essa preocupação de trazer o Ministério das Cidades para 2028 junto de nós, e fazer uma discussão mais nesse sentido. Então, é mais isso, mas 2029

com isso não queremos colocar abaixo de jeito nenhum esse projeto. Quanto à 2030 questão da PNDR e da PNOT, porque tanto a PNDR, essa que hoje está vigendo, 2031 está tramitando dentro do Congresso Nacional, que é o PLS-375, ele entrou pelo 2032 Senado, foi o Senador Fernando Bezerra quem acabou apresentando ele. Ele não 2033 tem horizonte temporal, a política prever, o instrumento legal prever a elaboração 2034

de planos, que esses planos sim terão horizontes temporais. Então, a ideia é que 2035 a política seja um grande guarda-chuva e que ela seja uma política de longo 2036

prazo, e que os planos sim, que estão previstos como um dispositivo lá, esses nós 2037

vamos ter periodicidade, inclusive hoje nós já estamos trabalhando, inclusive 2038 apoiando os Estados, os governos estaduais, mesmo sem ter a PNDR hoje 2039 oficializada, essa nº 2, porque nós já temos a primeira que é do Decreto 6047. 2040 Hoje nós estamos apoiando os governos estaduais e pedindo que eles se 2041

planejem para muito além dos mandatos dos seus governadores, e eles têm 2042 entendido isso muito bem, nós vamos lançar o primeiro agora, que é Rondônia 2043

daqui a 15 dias, e que ele vai até 2030 eu acho. Então, assim foi interessante esse 2044 exercício que o próprio Governo de Rondônia fez pensando que o Confúcio 2045 Moura, ele vai ter que sair em algum momento, ele pode até fazer sucessão dele, 2046

mas aquele plano é um plano para longo prazo para o Estado de Rondônia. Então, 2047 isso dentro da PNDR. No caso da PNOT, da mesma forma, nós não temos a 2048

previsão de estabelecer recortes de tempos, até porque a PNOT, como eu disse, 2049

ela tem a ideia de ser apenas uma política de coexistência, ou de coabitação de 2050

outras políticas territoriais, que já estão dadas por decretos, por leis e que nós não 2051 temos a pretensão de forma nenhuma de criar um caso institucional, nem legal no 2052

país. Então, o que pensamos muito é talvez a grande sacada da Política Nacional 2053 de Ordenamento do Território seja a instituição sim de canais e instrumentos, 2054 estratégias de diálogo entre órgãos do Governo Federal e também com os 2055

Governos subnacionais para evitar atrito e problemas como hoje nós temos, às 2056 vezes, entre órgãos do próprio Governo Federal com suas políticas que se 2057 confrontam. Então, é meio que criar quase que uma Câmara de Arbitragem. Essa 2058 seria talvez a grande oferta que faríamos, ao invés de você deixar que a coisa 2059 chegue em um nível de tensionamento em que vai para a imprensa que Ministério 2060 A está brigando com o Ministério B por causa de uma política X e Y, nós nos 2061

antecipamos e chamemos quem são os interessados, tanto no Governo Federal, 2062

como nos governos subnacionais, vamos conversar e vamos ver como é que nós 2063 conseguimos fazer um consenso aqui, para que quando implementado nós não 2064 tenhamos problemas. 2065 2066 2067

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O SR. RODOLFO OLIVEIRA (SPI) – Só colocar alguns comentários, eu 2068

compartilho com a tua visão das preocupações ambientais nessa região do 2069 Matopiba, mas acho que o João colocou bem e acho que talvez para resumir um 2070 pouco o que nos preocupa também são essas regiões, e aí essa região entre o 2071 Maranhão e Tocantins é apenas um exemplo, nós temos o Pará; alguns exemplos 2072 na Região Sudeste do Pará, que jus com esse déficit, como você colocou da 2073

questão social, econômica, o acesso a presença do próprio Estado nessas 2074 regiões, via de regra, a articulação dentro do Governo, a coordenação da ação do 2075 Governo, tanto o Governo Federal, e no relacionamento com os governos 2076 subnacionais, ela costuma vir depois das mudanças econômicas, sociais e 2077 ambientais, que o desenvolvimento de alguns setores econômicos causam. Eu 2078

não concordo contigo que o desenvolvimento econômico levado pelo setor 2079 agropecuário, ele não pressupõe de forma nenhuma o desenvolvimento equânime 2080

do ponto de vista social. Então, isso é uma questão, e o João, eu acho que você 2081

fez um resumo bem interessante disso. A questão da coordenação entre os entes 2082 do Governo Federal, em primeira instância, isso é um assunto que está em pauta, 2083 nós precisamos de instrumentos para isso, e só compartilhando com a sua 2084 preocupação, não sei se em gênero, número e grau, mas pelo menos de uma 2085

maneira macro sim. Podemos passar para o próximo tema? Alguém quer fazer 2086 mais algum comentário? 2087

2088 2089 O SR. NÃO IDENTIFICADO – Nessa temática do ordenamento territorial, falando 2090

um pouco da nossa experiência tem uma assinergia muito forte com a natureza do 2091 Zoneamento Ecológico Econômico, visto que aquele Decreto que o João 2092

apresentou das atribuições e dos Ministérios, isso foi no histórico, no contexto foi 2093

dividido, atribuição do ZEE veio para esse colegiado um pouco para o Ministério 2094

do Meio Ambiente, e o ordenamento territorial ficou lá para o Ministério da 2095 Integração. Nós tentamos recentemente no exercício do PPA/2016-2019 tentar 2096

fazer o lócus, tentar fazer uma integração um pouco melhor disso, e daí dessa 2097 nossa relação saiu um pouco o desenho atual de como o ZEE aparece no PPA, 2098 antes nesse PPA atualmente vigente, é um objetivo está vinculado ao 20, 29, 2099

agora não é mais um objetivo, é uma meta com iniciativas; as iniciativas 2100 obviamente são vinculadas às nossas atribuições de reconhecimento dos Estados, 2101 questão da diretriz metodológica, nossas atividades cotidianas, digamos assim, e 2102 as metas, que nós aparecemos com uma meta dentro de um objetivo do Ministério 2103 da Integração. Esse arranjo de gestão permite, obriga de certa forma, dizemos 2104 assim, nós sempre estamos nos conectando, nunca deixar de andar sozinho como 2105

no PPA atual é, nós temos o nosso objetivo, cada um tem o seu e de vez em 2106

quando nós conversamos, assim dentro da lógica do PPA. Então, nós já tentamos 2107 corrigir um pouco essa dicotomia, que eu acredito que ela não exista, o 2108 Zoneamento Ecológico Econômico, apesar de ele ser um instrumento que regula o 2109 Zoneamento Ambiental numa política ambiental, ele se propõe, se você ler no 2110 objeto dele, no Decreto o objetivo, ele é um instrumento de subsídio ao 2111

ordenamento do território, o conceito de território da geografia como aquele lócus 2112

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das relações de poder com várias sociedades ali acontecendo, vocês colocavam 2113

muito o parâmetro do tempo, então, você tem vários territórios também 2114 sobrepostos. Então, foi além, digamos assim, de um zoneamento ambiental. Nós 2115 vemos discutindo muito dentro do DZT, e por isso eu acho que é importante 2116 sempre nós estarmos disponíveis também no resgate da PNOT, essa PNOT é 2117 muito importante e prioritária para nós, porque nós imaginamos ela como um 2118

grande guarda-chuva do instrumento ZEE. Outra coisa que nós sempre fazemos 2119 uma discussão interna no DZT, que nas outras políticas, se você pegar o pessoal 2120 lá do recurso do mar, eles têm uma Comissão da CIRM, Recurso do Mar, aqui nós 2121 temos uma Comissão de um instrumento, eu acho que o ideal seria uma 2122 Comissão de um tema, de ordenamento territorial, e você ter um instrumento, ou 2123

vários instrumentos, o Plano de Desenvolvimento Regional, entre outros 2124 instrumentos para atender as particularidades com vistas a subsidiar o 2125

ordenamento. Nós sempre lembramos também no finalizando a Constituição 2126

Federal, nós sempre temos esse objetivo, esse desejo de ver um instrumento, um 2127 mapa, alguma coisa ordenando de fato o território, falando aqui o que pode, o que 2128 não pode, isso eu acho que vai ser muito difícil diretamente simplesmente num 2129 instrumento conseguir atender, por quê? Porque existe o princípio da livre 2130

iniciativa, o princípio da propriedade, que as pessoas são livres explorar 2131 economicamente desde que não esbarram em aspectos legais. Só que os 2132

instrumentos, a meu ver, eles acessam esses direcionamentos de forma indireta, 2133 porque uma vez instituído o ZEE no Governo Federal, no Estadual, você influência 2134 as outras políticas de crédito, determinados tipos de crédito não podem ser 2135

concedidos em áreas vulneráveis e assim vai, e indiretamente a cadeia produtiva 2136 vai respondendo isso. Então, acho que são raciocínios talvez que vamos ter que 2137

tocar lá durante o resgate da PNOT. 2138

2139

2140 O SR. RODOLFO OLIVEIRA (SPI) – Só para fechar, eu concordo com você que é 2141

complicado, tem a questão de que cada um é livre para investir, mas você tem 2142 limites, você tem algumas restrições que o Estado pode impor e tem ferramenta 2143 para impor, talvez o que falte é exatamente o que você está colocando como 2144

articular políticas, como articular os vários instrumentos que essa política de 2145 ordenamento tem, e concordo contigo que o ZEE é um deles, mas vamos fechar, 2146 porque ficar filosofando muito nós não vamos acabar a reunião. Só tem agora uma 2147 apresentação de vocês, algum informe sobre o trabalho do Macro ZEE em 2148 algumas regiões. É isso Filipe? Então, passo a palavra para você. 2149 2150

2151

O SR. NÃO IDENTIFICADO – Muitas pessoas já disseram um bocado que 2152 queríamos dizer. Nessa apresentação especificamente quando eu conversei com 2153 o Filipe, eu disse que acho que não tenho muita coisa para mostrar, porque 2154 aquelas inquietações que nós manifestamos em abril ainda continuavam, o que a 2155 Comissão coordenadora quer? Depois eu acho que transformou no que a 2156

Comissão coordenadora é e o que ela pretende ser, ou o que ela está querendo 2157

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realizar no Brasil. E essa questão da relação entre o consórcio, e a Comissão 2158

coordenadora e o Ministério do Meio Ambiente. Nós temos que relembrar que na 2159 última reunião de abril, quando foi lançado esse projeto no macro zoneamento, 2160 nenhuma das instituições do consórcio quis pegá-lo, pegar o touro pela unha, 2161 exceto a CPRN, e com a timidez que entendemos quando fica naquela posição 2162 que tem que dizer alguma coisa, quando muitas outras pensaram antes ou em 2163

paralelo, enfim, não usurpar espaço, não usurpar designações, ou missões. Então, 2164 faço com essas ressalvas, essa apresentação dizendo que é como um jogo de 2165 carta, alguém tem que jogar a primeira carta. Então, como o consórcio sempre foi 2166 aquela coisa meio atrevida, o (...) chamava de besta fera, nós vamos lançar uma 2167 carta aqui na mesa para que fique uma análise de como o consórcio enxerga essa 2168

questão. Por que eu digo que o consórcio enxerga essa questão? Porque a nossa 2169 última reunião não tinha na mão esse documento aqui. Foi elaborado pelo 2170

Consórcio ZEE-Brasil, em 2010, em que nós, umas quarenta pessoas mais ou 2171

menos que estão aqui, apresentamos uma proposta de revisão da metodologia, 2172 que embute uma revisão do papel da CZEE, do próprio Consórcio ZEE-Brasil para 2173 entrar embutido lá dentro, para fazer o que está aí, eu acho que algumas pessoas 2174 podem se arrepiar aí, porque vai mexer com alguns instrumentos legais, com 2175

histórias, com essa coisa toda. Então, essa primeira questão, aquilo que CZEE 2176 vem fazendo oficialmente, ela não tem alguma coisa implícita e hoje nós vimos 2177

muito disso, a questão da interdisciplinaridade, da comunicação com outros 2178 Ministérios, da comunicação entre as políticas públicas, essas inquietações já 2179 tínhamos em 2010; e eu estou resgatando esse documento, porque está com a 2180

assinatura de umas quarenta pessoas e uns vinte Ministérios estão aqui 2181 representados. Então, como é que nós começamos esse raciocínio naquela 2182

época? Quem são os nossos clientes, quem é que recebe o que nós fazemos? 2183

Para termos uma ideia do que temos que produzir. Então, são todos os 2184

Ministérios, todos os atores econômicos e todos os agentes públicos, agentes 2185 públicos são os funcionários públicos, as pessoas que legislam também, as 2186

pessoas que, enfim, não estão na produção econômica. Qual é a área de negócio 2187 nosso? A nossa área de negócio não é o Zoneamento Ecológico Econômico, é a 2188 gestão do território, quer dizer, a malha que envolve o nosso produto não é 2189

produzir as “sonificação”, porque aí elas ao sabor dos tempos e ao sabor da 2190 territorialidades como foi mencionado aqui, e isso já estava embutida na nossa 2191 discussão, o zoneamento é multável, ele vai depender de uma sociedade, de um 2192 movimento econômico, se a China está bem ou mal, ou se têm linha. Então, o que 2193 é o zoneamento econômico, nós concluímos que a nossa missão maior, a mais 2194 nobre, a finalística era a gestão do território, que não cabe ao Ministério do Meio 2195

Ambiente, obviamente a coordenação. Mas cabe a nós produzir um documento, 2196

produzir produtos que sirvam para gestão do território, e a última palestra aqui foi 2197 ilustrativa e a sua contribuição aqui foi perfeita, nós estamos precisando de 2198 alguma coisa para PNOT, por exemplo, claro que serve para outros instrumentos 2199 legais, para outras questões, a questão da proteção para os ecossistemas, serve 2200 para outras coisas. Então, o que é o zoneamento? Então, essa é uma pergunta 2201

que se fez na época dentro do contexto da gestão territorial, e aí surgiu a ideia de 2202

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repensar a metodologia, e esse documento aqui, que é um patrimônio aqui do 2203

Ministério, o Filipe recuperou e me mandou, eu não estou achando no meu 2204 computador, foi o mote dessa reunião com muita gente aqui dentro. Então, eu 2205 vinha preparado para mostrar cinco ou seis slides apenas e um desses slides eu 2206 acho que é a síntese da ideia. Então, quando nós começamos a “sonificação” a 2207 uns vinte anos atrás, o que fazíamos? Um monte de mapas, vamos chamar de 2208

mapeamento temático, solo, vegetação etc., a partir disso aí, nós fazíamos o 2209 mapa das potenciais sociais, ou das vulnerabilidades como queiram, sociais e 2210 ambientais e estabelecemos uma “sonificação”, e a partir dessa “sonificação” 2211 vamos fazer diagnósticos e cenários das zonas, o que é a equipe que estava 2212 reunida aqui, esse pessoal que gastou aqui algumas semanas para fazer isso 2213

aqui, nós precisamos evoluir, até por instância do Ministério Público que nos disse: 2214 vocês têm que produzir modelos, porque senão eu não sei quais foram os 2215

critérios, os pesos que vocês adotaram nos parâmetros que foram medidos e aí 2216

vem aqueles documentos com mil páginas, duas mil páginas que não dá para ler, 2217 porque são muito complexos, mas falta um dado que poderia ser lido por todos os 2218 brasileiros, que era quais são os critérios, qual foi o peso que foi dado para esses 2219 critérios para definir as zonas? Isso não está explícito, se não está explícito não é 2220

reprodutivo, se não está explícito não é reprodutivo, como é que as pessoas vão 2221 interpretar isso aí, vão utilizar? É complicado. Nós chegamos à conclusão que os 2222

mapas de zoneamento apesar de ser um produto importante, eles não são o 2223 último produto da cadeia, é preciso alguma coisa a mais, nós temos que evoluir 2224 em cima disso aí, e aí o que a história tem nos mostrado? Se eu tenho 2225

parâmetros, se eu tenho variáveis essenciais, se eu parametrizo essas variáveis 2226 essenciais, isso me possibilita uma coisa chamada monitoramento. Então, eu 2227

posso, por exemplo, tirar um indicador de quanto eu gasto de energia para 2228

produzir um dólar de PIB numa certa zona, num certo território brasileiro, isso é 2229

um parâmetro, é um número, e eu posso estabelecer por metas, eu vou continuar 2230 com isso daqui a vinte anos? Ou vou querer baixar esse indicador, que vai implicar 2231

em metodologia, vai implicar em usos diferentes do território, vai implicar em 2232 eficiências de grãos e etc., e tal, e é preciso uma coisa chamada 2233 acompanhamento. Então, o que nos pareceu naquela época em 2010, 2234

pessoalmente me parece até hoje, é que o país precisa de modelos, está ótimo, 2235 nós estamos discutindo aí praticamente o cabelo do careca, a coisa mínima, 2236 estamos aí para discutir se tem ou não tem uma ligação com zonas ecológicas, 2237 nem falamos em APP, mas estamos nesse nível, mas cadê os nossos modelos? 2238 Como que vamos discutir isso com a sociedade? Cadê o nosso monitoramento, 2239 quem é que está monitorando o rebaixamento dos rios, por exemplo, em função 2240

do agronegócio? Ou quem é que está monitorando a mudança de temperatura 2241

atribuível a perda de florestas? Quem está monitorando o que se faz com os 2242 rejeitos da mineração quando já existe soluções tecnológicas, que é moer, por 2243 exemplo, e colocar dentro do solo para (...) o solo com esses rejeitos, que é uma 2244 proposta que estamos trabalhando na nossa PRN; e outras coisas que poderiam 2245 se fazer com isso aí, outros insumos, ou seja, o que está nos faltando penso na 2246

junho de um Consórcio, Consórcio esse que tem acesso aos planos dos 2247

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Ministérios, no caso as grandes, os grandes impactos, mineração, a energia, a 2248

agricultura, a pecuária, turismo, o Consórcio tem acesso a essas informações 2249 brutas, porque quando nós produzimos essas informações, nós estamos 2250 orientados ou instruídos para produzir as variáveis essenciais e os parâmetros? 2251 Nós estamos no campo coletando as coisas, porque o IBGE que já tem cento e 2252 tantos indicadores ambientais, não acrescenta mais alguns para facilitar a vida da 2253

CZEE que poderá monitorar? Se os senhores gostarem dessa figurinha, ela 2254 implica em dizer que o zoneamento sai da condição do projeto e vai para a 2255 condição de atividade. Ele é permanente, não tem que renovar a cada dez anos, a 2256 cada cinco anos, a cada vinte anos. O zoneamento vai ser o quê? Um conjunto de 2257 zonas, obviamente nós precisamos das Zonas Ecológicas Econômicas, que 2258

estando modeladas, estando canalizadas, elas vão sofrer constate monitoramento 2259 e acompanhamento, quem é que acompanha isso aí? Comitê como esse da CZEE 2260

e outros da PNOT, ou o que seja. E a partir desses indicadores que vão medir a 2261

relação uso do território versos impactos sociais também, quando é que produz? 2262 Alguém mencionou aqui no Matopiba, qual é o impacto do grande Agronegócio 2263 para o social? Nós sabemos que se não for feito nada, sabemos nem medimos, 2264 não precisa medir, gera muito pouco emprego; a pecuária é a mesma coisa, dois 2265

por cada hectares. Então, essa junção vai ficar muito mais óbvia, muito mais 2266 necessária, muito mais visível, se tivermos indicadores. Essa é a visão que está 2267

aqui nesse documento. Então, nessa época, eu procurei não modificar muito o que 2268 está aqui, qual eram os enfoques que se sugeririam? Enfoque ambiental, 2269 econômico e desenvolvimento social, eu acho que na reunião de hoje passamos 2270

por isso, variáveis com indicadores, ou indicadores com parâmetros, objetivo: 2271 modelamento. Bom, o documento é esse aqui, esse que eu tenho na mão é esse 2272

documento aí, está lá e o próximo acho que tem um detalhe, o próximo tem os 2273

Ministérios que estavam presentes aqui na folha da direita. E aí na folha da 2274

esquerda tem aí os técnicos que foram coordenados aqui pelo MMA para fazer 2275 esse documento. Então, como que ficaria o fluxograma? Uma vez feito o 2276

zoneamento apresentado, um zoneamento numa certa escala e, portanto para uso 2277 que se pretende, nós estabeleceríamos um plano de monitoramento, quem vai 2278 executar esse monitoramento? Não precisa outros dinheiros, outras instituições, 2279

mas tem a Embrapa, CPGM, IBGE, Incra, MI, algumas secretarias lá do Ministério, 2280 que já está produzindo informação e vai trazer para o conjunto alguns valores. 2281 Acompanhamento é a CZEE, pelo menos a CZEE, embora eu acho que não seja 2282 só, e isso aí vai construir o quê? O que a CZEE se torna? Um Sistema Gestor do 2283 Macro ZEE, ou do Meso ZEE, ou do Micro ZEE, em vez de ficar preocupada se o 2284 camarada deixou de colocar lá uma certa subzona, ou coisa que valia, que é uma 2285

instância técnica, ela vai se dedicar, trabalhar em cima dos indicadores, dos 2286

números do monitoramento e propor soluções, mudanças de políticas, essas 2287 coisas, quer dizer, sobe um patamar de atuação. Bom, é o fim isso. O documento 2288 é um pouco mais extenso. Então, nesse documento tem lá os objetivos finalísticos 2289 do zoneamento, os objetivos imediatos; 2.21, orientar a regularização do ZEE, 2290 com base em sua dinâmica territorial, produzir ferramentas tomada de decisão 2291

para a gestão do território. É isso, é consenso acho aqui do grupo. Já estava na 2292

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época propondo diretrizes de uso de ocupação para o bioma Cerrado, que depois 2293

deu aquele zoneamento, semiárido e a zona costeira. Eu deixei essas coisas 2294 extensas, porque vai para ata, então, facilita, não sou cópia-cola, mas quem pegar 2295 uma cópia sabe o que está reproduzido, eu sei que a técnica não é boa para fazer 2296 exposição, colocar uma letrinha desse tamanho, mas algumas coisas já estão 2297 muito bem colocadas, mudança climática, agregação de valor aos produtos, 2298

regionalização do país compatíveis com as dinâmicas territoriais existentes, olha o 2299 Matopiba, foi uma ação de recursos humanos, foi colocado aí também com 2300 relação aí ao Matopiba, por exemplo. Então, muitas das questões que víamos 2301 aqui, colocações aqui dentro da CZEE e lá no Consórcio, às vezes, estavam 2302 pensadas, o problema todo era nós chegarmos a um amadurecimento, é o que se 2303

chama de processo. Então, eu me senti mais à vontade de trazer essas questões 2304 aqui para junto à Comissão, no momento em que se pensa aí, o Adalberto está 2305

pensando em fazer uma reunião para discutirmos o papel do Consórcio. Essa foi 2306

uma proposta que nós aqui atiramos aqui na Mesa com alegria, mas com 2307 humildade também, entendendo que o nosso ângulo de risada permitia, 2308 possibilitava e nos habilitava a dizer para o Ministério do Meio Ambiente, porque o 2309 Brasil não vai ter uma coordenadora como queria na década de oitenta, isso não 2310

existe mais. Comando e controle, hoje em dia até se admite mais com muita 2311 competência, com muita capacidade de articulação, como se diz lá em Minas 2312

Gerais: combina antes de entrar na votação, senão você vai quebrar a cara. 2313 Então, não adianta querer ficar baixando regra, não vai funcionar, colocar mais 2314 polícia, mais multa, mais não sei o que, não está mais funcionando, tem muita 2315

gente pensando nesse país, nós discutimos isso e não estou inventando agora na 2316 hora da exposição. Então, foram essas as sugestões, nós conversamos, não é Dr. 2317

Adalberto, nós chegamos até alçar quinhentos mil reais para fazer a revisão da 2318

metodologia, nós imaginávamos naquele momento que faziam de 2002 para cá. 2319

Então, nós temos que fazer de 2010, final de 2010, 2011, 12, 13, 14 e 15, cinco 2320 anos, é daqui, pode até regredir algumas coisas, mas isso se soma ao que foi feito 2321

antes, não substitui. Então, os documentos aqui, 2006 está aqui em cima a dela, é 2322 o que já ganhamos em matéria de capacidade de “sonificação”, agregando-se 2323 uma não leve mudança, que nos pareceu viável ou possível, mas não é inocente. 2324

Nós estaríamos saindo de uma visão de projeto, não se contrataria mais projetos 2325 para a Embrapa, CPRM, IBGE, esse macro projetos, isso aí seria uma função, 2326 uma atividade permanente da CZEE, por exemplo, para o futuro do Brasil. Então, 2327 está integrada aí com a PNOT, no MI com outros Ministérios, articulando, 2328 deixando em um nível muito alto, que extrapola o Consórcio ZEE-Brasil com toda 2329 a certeza, mas que nós víamos na dura realidade das nossas instituições e dos 2330

trabalhos que fizemos aí com os Estados, que não tinha um Cristo, um ente tão 2331

iluminado que conseguisse fazer um documento consensual com todos os atores, 2332 por mais que fizesse reuniões e coisa e tal, não era possível, se já que não pode 2333 fazer aquela maneira que nós imaginamos vamos mudar o jeito que nós estamos 2334 trabalhando, vamos deixar de fazer projeto para fazer um atividade e aí para de 2335 brigar por coisas que são pequenas, quando nós estamos perdendo a guerra por 2336

falta de planejamento macro em que o próprio Governo se atrapalha nas pernas, a 2337

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nação está se atrapalhando nas próprias pernas. Lá no Maranhão quando nós 2338

trabalhamos em 2009, 2009, eu dizia para os colegas, nós demos lá um curso de 2339 duzentos horas de planejamento estratégicos, eu dizia vocês estão planejando 2340 para quem? Do jeito que vocês estão me mostrando aqui vai ser muito bom para 2341 os gaúchos, brasilienses, que vão chegar aqui e pegar os melhores empregos e 2342 vocês vão ficar com nada, porque a universidade não sabe que nós estamos 2343

conversando. Então, pegamos o perfil da universidade, não está formando 2344 engenheiros, não está formando a massa técnica para o Estado se beneficiar com 2345 isso. Então, na nossa cabeça é um ser de muitas mãos, ou muitos pés 2346 desarticulados, nós estamos só precisando de um pequeno sistema nervoso 2347 central, que é cultural, isso o pessoal que está lá a seis mil anos, dez mil anos na 2348

Europa faz, sem precisar ter um Zoneamento Ecológico Econômico talvez. Muito 2349 obrigado. 2350

2351

2352 O SR. RODOLFO OLIVEIRA (SPI) – Nós tínhamos ainda sobre o ZEE dos 2353 Estados da Amazônia, do Distrito Federal, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e 2354 Roraima, o Filipe me falou que ele tem um documento, não é Filipe? Que você 2355

poderia mandar para os membros da Comissão dado o adiantado da hora nossa. 2356 E eu iria abrir uma rodada, se alguém tiver algum comentário final, considerações 2357

para nós podermos encerrar. 2358 2359 2360

O SR. NÃO IDENTIFICADO – Eu quero fazer um comentário, primeiro agradecer 2361 o Valter, nós precisamos sempre ouvir essas contribuições, sejam novas ou sejam 2362

velhas, dentro da reflexão que vemos fazendo, dentro do trabalho aquele que o 2363

Itaiguara fez contigo, fez conosco, no sentido de estabelecer a linha, o DNA do 2364

zoneamento para tentar entender, a final em que pé estamos e o que precisamos 2365 fazer para que o zoneamento não seja só um documento planejamento, mas que 2366

seja de fato implementado para o país. Esse é o grande desespero que nós 2367 temos, que nós temos zoneamentos muito bonitos, vimos hoje aqui um exemplo 2368 de um Macro ZEE fantástico, já acreditamos que o desdobramento em um ZEE 2369

duzentos e cinquenta mil vai ser igualmente fantástico. Agora a grande dúvida é o 2370 compromisso com a implementação, quando essa implementação começa chocar 2371 com os interesses regionais essa coisa toda. Então, obviamente essas reflexões 2372 são bem-vindas, e isso é a construção dessa Comissão, eu sempre digo que cada 2373 reunião dessas aqui, nós temos que sair obrigatoriamente melhor do que quando 2374 entramos aqui, e hoje é uma reunião dessas, que está todo mundo saindo mais 2375

enriquecido. E para concluir, eu quero só colocar uma coisa que é uma 2376

coincidência interessante. Há muito tempo, já está claro nas nossas reflexões do 2377 grupo de ZEE, que a tarefa do Ministério do Meio Ambiente seria fazer 2378 zoneamento ambiental, é ter o seu jeito para colocar na discussão com os demais 2379 entes, digamos assim, governamentais aqui e que o papel, na verdade, da 2380 coordenação do zoneamento deveria obrigatoriamente ser pensado, como em 2381

alguns Estados isso acontece, nós tivemos hoje aqui o caso do Maranhão, onde o 2382

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zoneamento é coordenado pela área de planejamento do Estado e não pelo meio 2383

ambiente, e a coincidência estranha é que pela primeira vez em que se aplica o 2384 Regimento Interno e que se chama alguém para coordenar essa CZEE é o 2385 Ministério do Planejamento que coordena. Isso de alguma maneira é significativo, 2386 está bom gente, era isso. Obrigado. 2387 2388

2389 O SR. RODOLFO OLIVEIRA (SPI) – Então, deixe-me agradecer a outra unidade e 2390 me desculpa, como foi a primeira vez, me desculpa se eu fui muito duro em 2391 algumas questões, o horário eu não controlei, da próxima vez se precisar controlar 2392 é só avisar. Obrigado gente. 2393