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 Farmacobotânica e Extratos  Alexandre de M CONTROLE DE QUALIDADE DE DROGAS VEGETAIS DESCRIÇÃO AMOSTRAGEM CARACTERES ORGANOLÉPTICOS DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA ANÁLISE DO PÓ ENSAIOS DE PUREZA IDENTIFICAÇÃO TESTES ESPECÍFICOS DOSEAMENTO Coleta de amostras levando em consideração três aspectos: o número de embalagens, o grau de divisã o da droga e a quantidade de droga disponível.  Descreve a droga em relação à s partes utilizad as,  percentuais mínimos d e constituint es ativos ou marcadores, dentre outras observações. Fala do odor, descrevendo-o como aromático,  frutoso, rançoso; e do sabor, ad icicado, ama rgo,  pungente , acre, persis tente, dentre o utros  Relacion a-se à descr ição visual da droga íntegra, fala da cor, da textura e de caracteres morfo-anatômicos.  Referente à histologia v egetal, tecidos estruturas , inclusões celulares que caracterizam a droga vegetal. Quando a amostra já está pulverizada faz-se necessária essa análise que visa observar fragmentos de tecidos e estruturas normalmente típicos da droga vegetal.  Envolve a cromatog rafia em camada delga da, em alguns casos reações cromáticas e de  precipitação características. Compreendem os teores de matéria estranha, umidade e cinzas, dentre outros.  Norma lmente relac ionados à quantificaç ão de uma característica conferida por um grupo farmacognóstico específico como as mucilagens e as saponinas. Visa a quantificação de princípios ativos e/ou marcadores químicos, utilizando-se técnicas como: CG, CLAE e espectrofotometria. CONTROLE MICROBIOLÓGICO Objetiva determinar a carga fúngica e bacteriana presente na droga vegetal.

8. Controle de Qualidade de Drogas Vegetais

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CONTROLE DE QUALIDADE DE DROGAS VEGETAIS

DESCRIÇÃO

AMOSTRAGEM

CARACTERES ORGANOLÉPTICOS

DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA

DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA

ANÁLISE DO PÓ

ENSAIOS DE PUREZA

IDENTIFICAÇÃO

TESTES ESPECÍFICOS

DOSEAMENTO

Coleta de amostras levando em aspectos: o número de embalagen

o da droga e a quantidade de d

 Descreve a droga em relação às partes utilizadas, percentuais mínimos de constituintes ativos ou

marcadores, dentre outras observações.

Fala do odor, descre frutoso, rançoso; e do

 pungente, acre, p

 Relaciona-se à descrição visual da droga íntegra, falada cor, da textura e de caracteres morfo-anatômicos.

 Referente à histologinclusões celulares qu

Quando a amostra já está pulverizada faz-se necessáriaessa análise que visa observar fragmentos de tecidos e

estruturas normalmente típicos da droga vegetal.

 Envolve a cromatogrem alguns casos re

precipitação

Compreendem os teores de matéria estranha,umidade e cinzas, dentre outros.

 Normalmente relaccaracterística conferi

específico como aVisa a quantificação de princípios ativos e/oumarcadores químicos, utilizando-se técnicas como:

CG, CLAE e espectrofotometria.

CONTROLE MICROBIOLÓGICO

Objetibacter

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Farmacobotânica e Extratos Vegetais

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1. Amostragem

Condições para a amostragem:

integridade dos recipientes de embalagem.

natureza da droga neles contida.

homogeneidade.

Número de Embalagens

 Nº de embalagens

 Nº de embalagens a serem amostradas

1 a 10 1 a 310 a 25 3 a 525 a 50 4 a 650 a 75 6 a 875 a 100 8 a 10Mais de 100 5% do total de embalagens

(10 no mínimo)

Grau de Divisão e Quantidade de Droga

QuantidadePartícula

Menos de 10 kg Até 100 kg Mais de 100 kg

até 1 cm 125 g de amostra 250 g de amostra250 g de amostra(quarteamento)

maiores que 1 cm 125 g de amostra 500 g de amostra

500 g de amostra

(quarteamento)

Quarteamento

AMOSTRA

 

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2. Descrição da Droga

 Matricaria recutita L. (Asteraceæ)A droga é constituída pelas inflorescências secas, com teor de óleoessencial de, no mínimo, 0,4%.

 Rhamnus purshiana DC. (Rhamnaceæ)

A droga é constituída de cascas, secas de caule e ramos, contendo, nomínimo, 9% de heterosídeos hidroxiantracênicos, dos quais, nomínimo, 60% consistem de cascarosídeos, calculados comocascarosídeo A. Não deve ser utilizada antes de decorrido um ano desua coleta salvo se for submetida a processo de oxidação acelerada, emestufa a 100-105 ºC, durante 1 hora.

 Psidium guajava L. (Myrtaceæ)

A droga vegetal é constituída de folhas secas contendo, no mínimo,5,5% de taninos totais e, no mínimo, 0,2% de óleo essencial. O óleoessencial é constituído de, no mínimo, 15% de â-cariofileno.

 Baccharis trimera (Less.) DC. (Asteraceæ)A droga vegetal consiste de caules alados, dessecados e fragmentadoscontendo, mínimo, 0,5% de flavonóides totais expressos em quercetinae, no mínimo, 0,3% de óleo essencial. O óleo essencial é constituído de,no mínimo 9% de carquejol e 45% de acetato de carquejila.

 Paullinia cupana Kunth (Sapindaceæ)A droga vegetal é constituída pelas sementes contendo, no mínimo, 5%de metilxantinas, calculadas como cafeína e, no mínimo, 4% detaninos.

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3. Caracteres Organolépticos

 Matricaria recutita L. (Asteraceæ)As inflorescências apresentam odor aromático e agradável e saborlevemente amargo.

 Rhamnus purshiana DC. (Rhamnaceæ)Odor característico, levemente aromático e sabor amargo, nauseante epersistente.

 Psidium guajava L. (Myrtaceæ)As folhas têm odor característico e sabor levemente adstringente.

 Baccharis trimera (Less.) DC. (Asteraceæ)As partes aéreas apresentam sabor amargo.

 Paullinia cupana Kunth (Sapindaceæ)

A droga é inodora, de sabor amargo e fracamente adstringente.

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4. Descrição Macroscópica - Matricaria recutita L.

Capítulos, quando imaturos, de 10 a 17 mm de diâmetro,

constituídos de receptáculo coberto de flores tubulosas

amarelas rodeadas de flores liguladas brancas. Brácteas

involucrais com 2 mm de comprimento e 0,5 mm de largura,

em número de 12 a 17, ou 20, dispostas em duas ou três

séries, imbricadas, as externas mais grosseiras, aumentando

em número nas séries internas, oblongas, com a zona central

engrossada, mas interrompida longitudinalmente próximo à

nervura mediana; bordos escariosos e transparentes, ápice

obtuso, margem inteira, sem tricomas tectores, mas com

tricomas glandulares bisseriados na face abaxial. Receptáculo

de 6 a 8 mm (3 a 10) de diâmetro, cônico e ôco, ...

... aspecto penicilado devido à presença de tricomas

coletores. Flores centrais tubulosas, hermafroditas, amarelas,

numerosas, de até 2,5 mm de comprimento, corm tubo reto e

limbo pentalobado; lobos agudos, iguais, alargando se a partir

de forte constrição, onde se observa grande densidade de

tricomas glandulares. Papus, normalmente, ausente; quando

existente forma coroa hialina muito curta. Cinco estames,

sinânteros e epipétalos, sobressaindo um pouco na corola

aberta. Ovário ínfero, unilocular e monospérmico, verde

hialino na flor e marrom escuro na frutificação. Estilete igual

ao da flor feminina. Aquênio obovóide, dorsalmente convexo,

pentacostado.

Tipo de inflorescência.

Parte do eixo do pedúnculo da flor que sustenta os órgãos florais.

Estrutura foliar modificada,geralmente reduzida 

Típico de flor epígina, ovário abaixo do nível dos demais componentes florais.

Ovário com uma ca

Parcialmente sobrepostas.Forma alongada,

oval, elíptica.

Fruto seco, indeiscente dsó caroço de fomato o

Composto de cinco linhas em relevo.

Estames soldados pelas anteras.Dois estames que nascemunidos à corola.

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5. Descrição Microscópica - Baccharis trimera (Less.) DC.

O caule apresenta três alas ou expansões caulinares

divergentes, com as costelas pronunciadas entre cada ala. A

epiderme é uniestratificada, com células retangulares cobertas

por uma cutícula estriada. Em vista frontal, as células

epidérmicas mostram-se poligonais com paredes sinuosas.

Ocorrem poucos estômatos e alguns tricomas, esses …

… canais secretores, sempre acompanhados de colênquima,

situam-se externamente à endoderme, ocorrendo,

predominantemente, opostos às fibras do protofloema …

… medula é relativamente ampla, com células grandes,

esféricas ou elípticas, de paredes pouco espessadas, com

poucos espaços intercelulares, contendo cristais …

… secção transversal, as alas exibem estrutura dorsiventral

com parênquimas paliçádico e esponjoso. A epiderme é

uniestratificada, com características semelhantes àquelas

descritas para o caule. Ocorrem estômatos anomocíticos e

anisocíticos, distribuídos em ambas as faces da epiderme. Os

tricomas ocorrem predominantemente na região dos bordos

das alas e na junção destas com o eixo do caule …

… colênquima está restrito a apenas uma camada

subepidérmica junto à nervura do bordo da ala; abaixo deleocorre um grupo de fibras de paredes fortemente

engrossadas, que envolvem 3 canais secretores de diferentes

tamanhos.

Apresenta uma única camada de células.

Formações epidérmicas de formas e funções variáveis.

Aberturas na epiderme formadas por células riniformes chamadas células guarda.

Corresponde à camada mais interna do córtex.

Não apresentam células subsidiárias circundando o estômato.

Apresentam três células subsidiárias sendo uma delas muito menor que as demais 

Célula esclerenquimática alongada, fusiforme, de parede secundária mais ou menos espessas.

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6. Análise do Pó - Paullinia cupana Kunth

O pó atende a todas as exigências estabelecidas para a

espécie, menos os caracteres macroscópicos. São

característicos: cor castanho clara a castanho-avermelhada,

porções de células do parênquima cotiledonar, em geral

isodiamétricas, amareladas, com ou sem massas de grãos de

amido aglutinados, massas de grãos de amido aglutinados,

grãos de amido isolados, com hilo central. Fragmentos do

tegumento, quando presentes até o limite permitido,

formados por células em paliçada de paredes muito espessas

e pouco pontoadas, sinuosas em vista frontal; células pétreas

agrupadas ou isoladas.

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7. Identificação

É feita através da detecção da presença de constituintes químicos

característicos da droga vegetal.

Pode-se separar tal etapa em dois tipos de caracterização:

por reações químicas.

por cromatografia.

Caracterização por Reações Químicas Específicas e Inespecíficas.

reações de Mayer, Dragendorff, Murexida, Keller-Kiliani, Kedde,Liebermann-Bouchard, Shinoda, Bornträger, com cloreto férrico, com

gelatina, com acetato de chumbo, etc