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91%] 91%] Biblioteca ~J3 Arq. Hist. de M~ N.0 Cota~& 7n 0000r k NOSSA C 8 Dire~r: Alve klone, Alindo Lopes. Illertolonneu T~ Ca LQi David. Mendist M .6is Lopes Jånior. Narciso I ? ,, kliýk Týhýb<ý. Xa C, le mfla: K.1 Ne.,ý, Dnik, Guirnarå.,, Neita Ussen ýýrto Muia-9-1 do onso (colaborador), Maquelizai;åo: Eug6nio Ald seivýna Segal C. dent Nacionais: Nelson Kap6ri (Niassa). Corresponde sanf4'ýflacionaisvie,I C I Jhi ia (Aj.l.), Jane Sergerol (Namfbia o ýfrica do Wý,Hý,"ý,ry Boyte stý i, nid : Colaboraýýo Editorial conn «Tercer Mu ýY.): Ågå 5 ý3s :,2ý l Pfensa Latina; Registo: 001/INLD ndo» e Gu rý- (N PUB:171I; Propri de- , Tnýpo9,å ejo Postal: Av. Ahmed SekoU Touré. 11078ýA e Bý C.P. 2 26J91V puto, Rapåblica Popular de M~rnbique. r Depois de vårlas semanas em estado de coma morrcu. no passado dia. 27, o presidente Houari Bournødlenne. Urna perda para o povo argelino, utna perda para a huma.nidaåe progressista. Pdginas 8 e 9 Fortes ýentos e chuvas torreneials de uma depressio denorninada «Angele» tausaram enormes prejuizos na prøvin. cia de Hampula, e também nal provincia de Inharnbane. Pdginas 16 a 21 Imagens de M; uma retrospectiva fotogråfica de ålguns dos acontecimentes qqe inarcaram c anlo que agora termina. 19,78, å escala do mundoý conbefeu Inårneras reveltas popularés eý prindØtIs de lulas que se adivinham prolonpdas. Ulma retrespectiva a partir da Pdgina 40 PAGINA' POR * PAGINA Carlas do s Leitores ... ... ... ... . 2 Morreu presidenle B oumedienne. ... 8 Semana a semana nacional ... ... 10 Depressh «Ånqele» atinge provin. cia de Hampula ... ... .... 16 Planificaýåo: os.primelros passos 22 Inquiårile, .... ... ... .... ... ... 28

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k NOSSA C 8Dire~r: Alve sý klone, Alindo Lopes. Illertolonneu T~Ca LQi David. Mendist M .6is Lopes Jånior. NarcisoI ? , ,kliýk Týhýb<ý. Xa C, le mfla: K.1 Ne.,ý, Dnik, Guirnarå.,,Neita Ussen ýýrto Muia-9-1 do onso (colaborador), Maquelizai;åo:Eug6nio Ald seivýna Segal C. dent Nacionais: Nelson Kap6ri (Niassa).Corresponde sanf4'ýflacionaisvie,I C I Jhi ia (Aj.l.), Jane Sergerol (Namfbia oýfrica do Wý,Hý,"ý,ry Boyte stý i, nid : Colaboraýýo Editorial conn «TercerMu ýY.): Ågå 5 ý3s :,2ý l Pfensa Latina; Registo: 001/INLDndo» e Gu rý- (NPUB:171I; Propri de- , Tnýpo9,å ejo Postal: Av. Ahmed SekoU Touré.11078ýA e Bý C.P. 2 26J91V puto, Rapåblica Popular de M~rnbique.rDepois de vårlas semanas em estado de coma morrcu. no passado dia. 27, opresidente Houari Bournødlenne. Urna perda para o povo argelino, utna perdapara a huma.nidaåe progressista.Pdginas 8 e 9Fortes ýentos e chuvas torreneials de uma depressio denorninada «Angele»tausaram enormes prejuizos na prøvin. cia de Hampula, e também nal provinciade Inharnbane.Pdginas 16 a 21Imagens de M; uma retrospectiva fotogråfica de ålguns dos acontecimentes qqeinarcaram c anlo que agora termina.19,78, å escala do mundoý conbefeu Inårneras reveltas popularés eý prindØtIs delulas que se adivinham prolonpdas. Ulma retrespectiva a partir daPdgina 40PAGINA' POR * PAGINACarlas do s Leitores ... ... ... ... . 2Morreu presidenle B oumedienne. ... 8 Semana a semana nacional ... ... 10Depressh «Ånqele» atinge provin.cia de Hampula ... ... .... 16 Planificaýåo: os.primelros passos 22Inquiårile, .... ...... .... ... ... 28

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Imagens. de 78 ... .. ý, -., ...78: Ano vielente1.. 3240Zimbabwe: De-Malla ao ataque a Salisbå[ia .... ... ... ... ... ... 52Namibia: A. Democråtica Alianýa ... 54 Sahl ara:,Maurii&nla CaiwAgoraHarrocos .... .. .... .. I ... .. 1 55PODE COMPRAR «TEMPO» NAS SEGUINTES LOCALIDAPESýPROVINCIA DE MAPUTO: Namaaýche. Mý,m bi", , Moarnba, Incoluane,Xin6vane e Boane; PRO.VINCIlk Di GAZA: Xai-X.i,Clh.7,8"1111111111111111111IIIIIIKut.. Chýý.é. M-;ng;,, Mýniýcýzý.Caniýai4o: Måbaldne ir Nharnavila: PROVINCIA DE INI~I~NE: Inharnbåne,QuissicQ-Zavafa, Maxi)ýli. Homofne, Morrumbefle, Mamý.onl. Panda c Mabcte:PROVINCIA 'DE MANICA: Chimoio, Espungabera c Maniýýaý PROVINCIADE. SOFALA: Øeira, Dondo e Marromeu: PROVINdlA DE TEIE: Týte, 5.ng.,An96nia, Muterara, Z6bué, Moatiie eM6qoé;* PROWIIWICIA DE- ZAMIlltZilkQuelimane. Pebane, G;16, Ile, M4gania da Costa, Narnacurra. Ch;nde ' luabo.Alto Molocué, Lugete, GGru6, Mocube *e Macuse PROVINCIA DEt4AMPOLA: Narnpule. Nacaia, Angoebe. Lunn I bo,, Murrupula,, Me-. .conta cMossuril; PROVINCIA DE CABO DELGADO: Pernba. MocIrnboa da Praia eMontelp~,-fillIOWINICIA, DO NIASSA. tichinga e Mar~. EM ANGOLA:Låanda, Lubango. Huaffibc, Cabinda., Illenguele c Lobito.* EM PORTUGAL:11.11~CONDIC76ES DE ASSIMATURA:PFt0ViNCåA4 DE MAPUTO. GAZA IL IKHAM~ L l ANO (Sa N(ffiKR05)¥40~; Ø- Nmalý -<aa 4»~;, a Num (la moms ROS) 4»*06ýOUTRAB ý P»V[t4~ . 1e0R VIA A~ i I ANO (52 tj(NEEOO) 11.170~lø å«"(ga W(jN~ a. masnø 0a KOM~ as~ . 0 PKDEVE 8=AC<>MPAN&i~,PA INPOEtýANCIA Rgq~V^.

BUROCRACIA DA APIEÉ pela primeira vez que escrevemos à revista ~TEMPO» para expormos oproblema que Irequentemente acontece na Admi nistraçao acima indicada, na ciaade ae Maputo.O que acontece é que após o despacho do processo de pedido ae ocupaçao dacasa. os funcionarios informam ao interessado para trazer a relação de casasvagas. Correcto. Depois de percorrer por todos os flancos aa cidade, a pessoaarranja casas vag2s e vai ta entregar a relaçao. E com os compromissos quealguns funcionários têm chegam de mandar o interessado fazer as chaves e depoismetem na casa outra pessoa; esquecendo de que as pessoas que todos os dias seaglomeram nos serviços de arrendamento também trabalham, pedem dispensaspara tratarem problemas de casas e. assim, diminuem a produção e aprodutividade nos sectores pro,dutivos.O mais lamentavel é das pes soas que vêm transferidas dou tras Províncias que seencontram alojadas nos hotéis e pen.sões e que a despesa de alimentação edormidas é superior em relação aos seus vencimentos. Apesar da prioridade de

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que estas pessoas beneficiam, não é reconhecida por alguns funcionários da(APIE).Pedimos às estruturas compe tentes para que tomem as me didas convenientes emrelação a estes funcionários que querem substituir os colonialistas. fazendo dotrabalho um privilégio para satisfazer as suas necessi dades pessoais e apelamospara que se intensifique a vigilância no seio destes funcionários oportunistas, demodo aTEMPO N.° 430- pág. 2contribuírem eficazmente na neutralização :destes indivíduos, pois que naR.P.M. não devem existir elementos com compromissos no trabalho. Estes funcionários que assim procedem, criam "descontentamento no seio da população,através dos seus métodos de trabalho negativos.O Povo moçambicano, sob a liderança da FRELIMO quer escangalhar o aparelhode Estado colonial e instalar o aparelho do Estado do tipo novo que sirvaverdadeiramente os interesses das largas massas trabalhadoras e que correspondeà realidade moçambicana.António Issulo.Gabriel'Rosáriapascoal NancopueVítor Quiuacaro MaputoHÓQUEI EM PATINSQueria expressar a minha maior admiração pela maneira como a nossa embaixadadesportiva combateu, venceu e hasteou bem alto a Bandeira Nacional pelas terrasda América Latina, precisamente em São João na Argentina, aquando darealização do certame mundial do hóquei em patins.,Trata-se de uma lição que eu aprendi através de um progra ma da rádio que foi ouna noite de Domingo 26/11/78; programa este que envolvia elementos da R.M. ealguns elementos que fizeram parte da linha Nacional de hóquei em patins queparticiparam no campeonato do Mundo daquela modalidade. Nesse programaconstatei através das discussões feitas por Fernando Adrião, João de Sousa eoutros de cujos nomes não me recordo.Talvez muitos leitores desta carta não tenham acompanhado esse programa porrazões de vária ordem, por exemplo: Era domingo talvez alguns estivessem emrestaurantes a jantar e tomar cafézitos, ou mesmo em casa a conversar comamigos sobre a vitória do ex-Sporting no jogo com a Associa çao Desportiva dePemba ou alguns estivessem a falar sobre matérias de exames. Como fosse fasedessa conversa portanto eu iria su gerir uma coisa visto que não posso reproduzircorrectamente o programa de que me refiro.Caso isso não envolva dispên" dios na economia Nacional ou transtorno naprogramação das emissões da R.M., que se repetisse por várias vezes parapermitir que a nossa juventude desportista e responsáveis no sector de desporto seorientem dora vante partindo das experiências vividas por nossos companheirosque na Argentina foram mais combatentes pela causa Nacional do que simplesjogadores de hóquei em patins.Esta decisão tomada pelos nossos companheiros deve ser aplaudida e tomadacomo lição para todos os desportistas e responsáveis em geral que onde quer que

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eles estejam saibam que o desporto deve ser veículo e expressão de afirmaçãopatriótica e que 'todo o combate que eles desenvolverem (desportivo ou cultural)faz parte do combate político para a. soberania do povo e da políticamoçambicana.Teresa L. FariaEstudante - NampulaO CASO MAZIONEFoi numa quinta-feira no dia 9 de Novembro do ano em cur-.1 ______________________

so, pelas 22 horas, quando cansaco estive a descansar no quarto a ler romances,ouvi o iníczo de canções e batuques de mazione com canções revolucionárias;.fiquei muito chocado e incomodado pelos maziones até que che guei de não lerýmais romances, talvez com a falta de conhecimento meu, em como eles poderãoutilizar canções revolucionárias para rezarem.A minha preocupação e a seguinte:Eu conheço em como os maziones tem o seu tempo determinado para poderemfazer os seus interesses nos seus locais; se não estou em erro, têm o tempo ainiciar às 2D3 horas até às 22 horas mas eles não cumprem o seu horáriodeterminado.Coitadinhos dos trabalhadores que traOalnam em Maputo, voltam cansados e elesnão fazem aquela cultura falsa, a não ser por intenção de querer desprezar, mas eque fiquei muito confuso o que me fez não saber que fazer com os maziones doCírcu" lo Mapolicene e lá para o batelão nas horas de descanso para ostrabalhadores e para a população em geral que não reza à noite.Farajota Cardoso FPLMMarracuene/MaputoO barulho dos ritos religiosos dos ,«naziones» tem sido alvo das mais variadascríticas. O barulho que fazem parece ser tal que ainua não ouviram as críticas aquilançadas nesta secção pelosnossos leitores.Sobre este assunto recebemos várias cartas esta semana. Na apreciação feita peloleitor Francisco Xavier Rafael de Marracueneele abor-da também o problema oa recuperação das cançoes revolucionárias pelos«maziones». «Aproximei-me a fim de ouvir se de facto eram h i n o srevolucionários, e eram na verdade as notas, dos nossos hinos, mas traduziamexpressoes referentes a Deus. ( .. )é um acto muítco errado que não devemos tolerar, acho eu. Esta acção gerada p e 1 o s «muaziones» constitui uma das acçõesdo inimigo. Nestas circunstâncias devemos ser vigilantes para aniquilar todos osactos do inimigo».De um outro leitor moçambicano, estudante na I:DA. Alberto Pinto recebemos aseguinte contribuição: «quando eles tocam o batuque, as palmas, os gritos, etc., osvizinhos próxirnos não podem descansar durante a noite. O que aconteceentão no dia seguinte?»«Quando esses vizinhos,

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vão para o serviço não irão trabalhar em boas condições porque no dia anteriornão conseguiram dormir devido ao barulho dos «maziones».O rendimento da produção diminuí. Quem são os culpados?»MISSÃODE SANTA CRUZPretendo contar uma passagem que vi na Localidade de Molumbo. Fui no dia 25de Agosto do corrente ano àquela localidade, Distrito de Milange e à minhachegada quis apreciar as instalações da antiga Missão de Molumbo. É muito tristee tamentável, para quem conheceu Molumbo.Embora seja uma localidade menos habitada era muito po-voada. O pomar dos 'padres era muito agradável, mas agora tudo está cobeito decapim, laranjeiras, bananeiras, limoeiros, pereiras e ananaseiros, todas asecar,parece não haver funcionários.Porque tudo aquilo, quem an-' davam a sachar e podarem as árvores, eram alunosda missão.Fui ver a estrada - nem se consegue passar por estar cheia de valetas, de capim enem. parece estrada e por já posso considerar caminho que é intransitável aosautomóveis.,Agora eu p'ergunto; será que não há possibilidade de mandaí arranjar a estrada?Não há maneira de levantar de novo o pomar? Mas ao meu ver podiam-seorganizar alunos que prestam os estudos nesta missão, para que apoiassem adesgraçada estrada e pomar porque foram sempre eles que mantinham a limpeza.Em volta das escolas encontram-se cooertos de palhas; a quem esperam paraproceder à limpeza?Aproveito saber porque é que há falta de água na mesma localidade? Visto atrásda cantina do Adriano Raite tem um tanque com água, correm rumores que dizema mesma não presta, mas porquê?Peço um apelo aos elementos afectos às Estruturas desta loc:alidade no sentido demobilizarem os alunos e poputaçuo au forma que em conjunto tentem solucionarestes maus aspectos que se verificam naquela localidade.Penso que os companheiros já ouviram pela Imprensa quando do encerramento daEstruturação do-Partido cujo objectivo é fazer com que haja melhoramento detodo Povo moçambicano e para que isso aconteçaTEMPO N. 430 - pág. 3-. _________________________________1~

é necessário que tomemos ini ciativas colectivas e contemos com as nossaspróprias forças.Serafim António EliasAngoche/NampulatU;.:Não é a primeira vez querecebemos cartas dos leitores deàunciando o estado em que se encontramactualmente certas missões religiosas. Tal como este leitor aponta, isso deve-se aofacto de hoje esses missionários não poderem dispor da mão-de-oora que eraconstituída pelos alunos.,Na verdade durante muitas dezenas de anos os nossos

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jovens eram obrigados a troco de aprenderem a escrever e a ler algumas palavrastrabalhar duramente nos terrenos dos senhores padres. Isso acabou, e agoraassiste-se à sabotagem. Este exemplo que o leitor de Nampula apontaé flagrante.OS OPERÁRIOS E AS BICHAS.É uma sugestão. É o caso de operários que para adquirirem Certos produtos ououtra coisa idêntica nas lojas vêem-se à rasca, razão porque estão sujeitos aformarem longas bichas conjuntamente com os que não trabalham. Enquantoestes últi-ý mos dispõem de tempo e horas para tratarem das suas vidas, e os«pobres» operários possuem somente meia tarde de sábado para tantas bichas quesão necessárias: pois, no meio da semana ao despegarem o trabalho encontramlongas bichas que a maioria delas nem por 3 horas, de tempo são consumidas.Perante esta situação propunhaTEMPO N. 430 - pág. 4que se formasse duas bichas, uma de operarios e outra de não trabalhactores paraque os primeiros também adquiram «qualç ter coisa», se por acaso não houvermuitos operários o que aparecer deve comprar sem ior" mar a bicha de nãotrabalhadores desde que se identifique como tal.Digo isto porque presentemen" te é difícil a um operário adqui rir produtos ouqualquer coisa que está sujeito a bichar, visto que a maiorý parte de tempo estáafectado no seu posto de produção.Domingos ChongoXai-Xai/GazaNa verdade os trabalhadores, particularmente os operários que só saem dasfábricas às 18 horas têm dificuldades em se abastecerem com alimentos. Propóeduas bichas, uma de operários e outra daqueles que têm mais facilidade no querespeita a horários. Estamos certos porém que a aplicação de tal proposta criariaconfusão, e que ela está ultrapassada pela verdadeira forma de resolver oproblema - as cooperativas 'de consumo. Nas coi operativas de consumo cadasócio tem os seus produtos reservados e isso beneficia o sistema de distribuiçãode alimentos feito pelo Estado, bem como permite um maior controlo sobre asnecessidades e faltas. Acredite que a solução não está em formar duas bichas, massim em intensifícar, a ideia - lévand0-a à pratica - de organizarcooperativas de consumoSE A MODA PEGAComo trabalho na Metal-Box, empresa sediada na Machava, apanho todos os diasde manhã, o engole-bichas. Mas no dia 13/ /12/78 uma quarta-feira, ao entrar noreferido e famoso engole-bichas, MLP-58-12 das 7.45 horas, que fazia a carreiraMuseu-Liberdade e vice-versa, fiquei bastante espantado e admiradà ao ver ocobrador a trabalhar de chucha na boca, mas como o dito cobrador estava emdiscussão com um estudante por causa do passe, não tive a oportunidade de lheperguntar porque trabalhava com a chucha na boca e por esse motivo, não lhepude fazer uma crítica pessoalmente a ele dentro do autocarro, e fazer-lhe ver afigura ridícula que estava a representar nos transportes públicos.

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Além disso parece-me que seria difícil de falar com ele, porque saímos daparagem de 24 de Julho até a minha paragem onde, desço no Cavato Branco, semtirar a famosa chucha da boca, e sempre em discussão com o dito estudante.Estou a pensar que o cobrador, julgou que o autocarro ficava mais bonito se eletrabalhasse de chucha na boca, mas ele pode desde já ficar a saber, que os nossosautocarros, não precisam de cobradores palha ços para ficarem bonitos.Apelo aos Fiscais para;combaterem as ideias erradas deste cobrador, que anda adesprestigiar os trabalhadores exemplares dos referidos autocarros, porquetrabalhar com uma chucha na boca, é faltar ao respeito à classe trabalhadora e aoPovo que utiliza diariamente os autocar.ros ganhos com tantos sacrifícios.

o digo, se a moda pega, rios parar-..nibal Augusto Pais anOgra'o - MaputoSobe o comportamentodecocobradores de aut ocarro recebemos um a carta do leitor Lucas Manhique deXai-Xai.«Sindo da estação de Chilemijene para Xai-Xai levava uma bagagem de menos de25 quilos, mas o ajudante disse-me que eu não podia levar aquilo. Mas a bagagemdos outros que estavam atrás de mim ela levou e carregou e no fim disse que nãohavia espaço, enquanto só estaam ali uns quinze voiumes. Como eu ia para otrabalho tive de abandonar a minha. bagagem ali na estação. Queria apelar aosresponsáveis dos «Transportes Oliveiras» para que façam compreender aosajudantes a tareia de servir os passageiros.CARNE VENDIDA COM CARTASFoi na data de 18-11-78 jui comprar carne no talho de Nicoadala onde encontreimulheres com crianças ao colo misturadas com homens e lutando para a mesmaporta a fim de serem atendidos e isto em geral acontece porque nunca se faz bichae os vendedores não se preocupam com o barulho dos clientes.A venda da carne é sempre todos os sábados e cuja cabeça é abatida um dia antes,mas o que tem acontecido na venda dessa carne é coisa muito diferente dos outrostalhos. O que admiro é o seguinte: Os vendedores atendem os clientes de umamaneira ordinária, digo assim por-que eu acho que aqueles vendedores dividem os Clientes em classes seguintes:Há os de primeira, os de segunda e os ýde terceira.Os clientes de 1.« são aqueles que telefonam ou são telefonados ou adiantamcartas antes do dia da venda da carne. Os ae 2." são aqueles que quando chegam àporta do talho mesmo ocupada embora eles fiquem atrás quer seja a frente dobalcão chamam; ó senhor Raul ou seja senhor Francisco ou mesmo senhorMarques põe no meu cesto 3,5 quilos de carne e o dinheiro está aí no meu cesto. Eos da 3." são desgraçaaos como eu que não compreenaendo escrever e nem falarbem o português, somos os últimos a-sermos atendidos e no fim de tantos sofrimentos perdemos, a carne. E quandoestes perguntam se ainda resta a carne os vendedores largam às gargalhadas eperguntanao as clienes restantes. Aonde é que estavam à hora da venda da carne?Caros leitores esta consciência cabe na cabeça de um revolucionário?

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E quando estas mulheres restantes mais eu e alguns amigos estávamos a pedirpara comprar mos. alguns ossoý restaram ao laao do balcão e que eram proibidosa veider e eu perguntei: Porque é que não vendem os ossos para o resto do pessoalque aqui está? Foi o homem de nome Branquinho que se encontrava dentro dotalho que assim respondeu, aqueles ossos vão ser comprados por um comerciantede nome Chagane.E este não é o primeiro freguês a reservar a carne no talho enquanto a populaçãoestá en sardinhada na bicha. A nossa luta não foi através de cartas e recados e osnossos soldadosnão eram classificados como de .,, . e 3. ...Mas para o\meu ver e que aqueles vendedo es estão a aestruir a marcha\evolucionária rumo ao socialismo.Juvêncio António do Rosário Localidade de Nicuadala- ZambéziaSITUAÇÃO RESOLV/DACaso recordem ainda do pedidO por mim formulado, na rce vista «TEMPO» n.,>421 de 29 de Outubro/78. '0 pedido em causa foi derivado pela falta de transportenos Distritos de Alto Molocué/Gurié, em especial na localidade de Nauéla. Ascarreiras reiniciaram os seus percursos nós primeiros 5 alas de Novembro docorrente ano. O povo nos Distritos e localidades acima mencionadas, seencontram ime7isamente jubiloSOS.Recomendo muitos agradecimento's ao Sr. Director dos C.F. M. no distrito deMocubq de igual modo às Estruturas naquele Distrito.Vitorino Carlos MucojoleDistrito de GuruéFUTEBOLESTA DESORGANIZADONos dias 25 e 26 de Novembro de 1978,a equipa das FPLM de Sofala esteve naProvíncia ae Inhambane no Distrito de Maxixe onde realizou um torneioquadrangular de futebol.Durante este torneio verificou-se uma grande desorganização provocada pelaAssociação Pro vincial de Futebol, caracterizada pela falta de comunicação aosclubes participantes, falta de ár-TEMPO N.' 430-pág. 5

No -primeiro dia 25 a equipa do Independente de Maxixe de, Irontou a daROMOS, no segun, do jogo do mesmo dia a equipa do Desportivo de Inhambaneogou com as FPLM de Sofala. To--. dos estes jogos não tinham' árbi tros erapreciso recorrer às bancadas à procura de pessoas para dirigirem os jogos.No segundo dia 26 os vencidos não realizaram o Jogo devido a equipa doDesportivo de Inhambane ter faltado alegandb-se que os jogadores tinham ido aocasamento por isso não estavam em condições de prosseguir com o torneio, assima equipa da ROMOS declarou-se vencedora.No último jogo dos vencedores, não, chegou a terminar na hora certa devido àequipa do Independente querer meter um jogador que tinha sido substitui do há 15minutos depois, e o árbitro proibiu. Antes da sua proibição o árbitro tentou

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explicar-lhes os motivos dizendo que um jogador depois de ser substituído nãopode entrar de novo no rectângulo de jogo conforme o R.D. da F.M.F.Em virtude do Capitão da Equipa do Independente e os seus membros nãosaberem da-, quele regulamento discutiram muito com o árbitro e depais com amesa da Tribuna. onde não tiveram sucessos.Por esta razão o Capitão do Independente ordenou a equipa a abandonar orectângulo do jogo e deu-se o fim, do jogo.Numa conversa que tive depois dos jogos com alguns dirigentes daquele clubeinformaram-me que a Associação Provincial de Inhambane só funcioTEMPO N 430-pág. 6nava somente com 3 membros è'observei que os dýrigentes do clube têm a faltado conhecimento de muitas regras e artigos do R.D. da F.M.F. Uma outraobservação que verifiquei é de que a Associação encontra-s e muitodesorganizada e falta de mobilização aos clubes filiados naqueIa organização.É bastante admirável uma Associação Provincial com 18 clubles filiadosfuncionar com 3 elementos.Em suma na Província de Inhambane o desporto em especial na modalidade defutebol está muito desorganizado e necessita de uma grande reestruturação.Arnelo Francisco TivaneFPLM/Beira- Sobre desporto recebemos do estudante Carlos Cala de Maputo uma carta emque se refere à questão dos pre ços dos bilhetes para se as sistir aos espectáculosdesportivos.«Eu acho que se houvesse bilhetes para estudantes não hai toda aquela confusãojunt.oý o portões dos campos de fteol. Digo isto- porque a maior'parte dosconfusionistas são os estudantes, principalmente porqu8 nós não possuímos ostais 40 ou 50 escudos para entrarmos nos campos. É que muitos pais não podemsatisfazer esta vontade de os filhos irem assistir ac desporto. Na minha maneira dever acho que a Direcção Nacional do Desporto devia criar bilhetes para osestudantes: dez escudos para o campeonato provincial e 20 escudos pára ocampeonato nacional.»Muito agradecidos ficaríamos a V. Ex.', se fizesse o obséquio de ordenar apublicação, no semanário que V. Ex.a, tão competentemente dirige, desta simplescarta.Antes de entrarmos propriamente no assunto, gostaríamos de esclarecer que nãopretendemos, de modo algum, acusar este ou aquele de incompetência, sobre esteou aquele assunto.Tudo isto vem a propósito do que ocorreu no passado dia 11/ /11/78 no HotelPereira (Ressa" no Garcia), lá fomos com intenção de jantarmos, uma vezabancados, veio um senhor (desconhecido), com um pedaço de galinha numatravessa e deu-nos para que provássemos e déssemos o nosso parecer. Devemossalientar que a(s) galinha(s) não estava(m) em condições (po dres) de ser(em)consumidas,, pois que punha(m) em perigo a vida dos comensais do referidoHotelQuando lhe dissemos que a galinna estava estragada, ele pediu-nos para quefôssemos ter com o dono do Hotel para lhe dizermos que as galinhas que estavam

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a ser servidas não, estavam boas, e, que ele não o poderia fazer visto ser moradorda vila de Ressano Garcia, e como tal, temia enfrentar o responsável do Hotel.Chamado o dono do Hotel, ele afirmou que as galinhas estavam em boascondições porque acabava de as adquirir em Maputo (Matadouro),, há coisa deumas três horas, e, se estivessem estragadas, ele não tinha culpa nenhuma que oMatadouro lhe tivesse vendido galinhas impróprías para o consumo.

Contactámos um sujeito que disse que era frequentador assíduo do Hotel, e estavaconvicto de que o dono do Hotel tinha mentido descaradamente ao afirmar queacabava de comprar as galinhas em Maputo. Bem, por- nós tudo etava uokãy», emseguida pedimos que nos servissem uns bifes, enquanto esperávamos por eles,fomos obsequiados por um número de Rally. Baratas corriam de um lado para ooutro (só visto) que: era uma coisa doida. Paredes sujas que dão impressão de nãoserem lavadas (a limpeza rareia naquele estabelecimento), toalhas de mesa sujas esem guardanapos (porque foram roubados como disse o empregado), sugeríamosq u e adquirissem guardanapos de papel. O W.C., .sem toalha e porca, etc.Como é do conhecimento ge" ral, a falta de higiene num estabelecimento públicocomo o Hotel Pereira, é um perigo público. Parecemos urgente acção da parte dequem de direito para uma melhória das condições higiénicas a bem da saúdepública.Monteiro Dias* Benjamim Issaca MucaveleManuel Júlio NandjaBairro Hulene (Célula G» MaputoOS SAPATOS DO HQTEL NAMPULAPretendo fa2er uma pequena observação à carta publicada no n.° 423 destarevista. O autor da carta, sr. Manuel Seisse,,lamenta o facto de um empregado docafé do hotel Nampula ter transmitido uma ordem a eles confiado o seucumprimento e in-, terroga (não sei a quem) se as nifábricas estão capacitadas aproduzir sapatos para todo o povo.Todos estamos :jdepenaentes, mas nem todos estamos conscz entes dasresponsabilidades que nos tocam.A imprensa e a radio continuamente publicam medidas punitivas tomadas pelasautoridades sanitárias e críticas populares aos estabelecimentos hoteleiros porfalta de asseio e higiene. De salientar que o re/erido hotel Nampula esteveencerrado durante um bom período por mo tivo idêntico. *Por conseguinte,alguém mais consciente, após análise, terá que determinar uma ordem <leia-seregulamento), e alguém consciente terá que a transmitir repetidamente sempre quenecessário. Finalmente todos, até ao menos consciente, terão que a cumprir, sejaqual for o preço.O autor ficou sem saber se (também eu fiquei) o problema recai na proibição daentrada sem sapatos, se na fabricação dos mesmos ou na suaä distribuição para,todo o povo. As medidas para manutenção de bom ambiente onde ele é requeridoterão que avançar, não se vai esperar que todos tenham consciência e meios paracorresponder a todas as exigências.

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A liberdade de expressão no nosso país accionou a iniciativa criadora de aná eScom frutos positivos a uns, e criou simultaneamente uma epidemia de criticascegas a outros. A critica é necessária na nossa sociedade, mas o raciocínio éinerente a ela. Uma crítica sem raciocnio obriga-nos a procurar e só vermentalidaães coloniais em. toda a parte, "mentalidades burguesas em todo omomento e em toda a.gente e não nos deixa apreciar aý disciplina necessária.Francisco Sumburane Nampula-SOU- PROFESSORSou professor do centro ae Mocumbi Inharrime, e tenho vindo a encarar váriasdificuldades causada, por alguns professores, os quais se apresentam, co mo sendoelitistas e egocentristas.É triste a vida deste ceniro,. por essa razão aí vos envio notíciasNeste centro existem dois ensinos (primário e secúndário). Em ambos existem oshomens professores que dizem:Eu sou professor correcto.,,sou oom, trabalho muito, sou portanto perfeito, é ou nao, meus alunos»?Ha professores que «não são bons, eles dão ,mal as aulas nao sabem nada».Os mesmos professores que se julgam correctos e perfeitos não fazem nada, ouseja não cumprem os trabalhos colectivos e berram com os alunos e com algunsprofessores pequenos como eu.Quando os pequenos berram com eles dizem-nos que não gostam que niriguémberre com eles. Além 'do que vem atrás encontramos outras situações difíceis deexplicar que levam os peque nos professores a viverem isolados.Esta situação é lamentável e gostaria que dissessem se o pequeno, o menos cultoque o outro pode ou não viver livre, pode ou não dar o seu ponto de vista e porqueé que eles agitam os alunos no sentido de não se importarem das aulas ou matériasdadas por estes pequenos professores?A. Pabso, ProfessorInharrime/InhambaneTEMPO N.° 430 - pág. 7

MORREUPRESIDIHoziari BoumedieneHõuari Boumediene, Presiden- após uma prolongada e dolorosa te d, RepúblicaPopular e Demo- doença.A Assembleia Nacional deve crática da Argélia faleceu na ma ter-se reunido nomesmo dia, con drugada da quarta-feira passada forme está previsto naConstituiTEMPO N.° 430- pág. 8ção do país, com a presença do Conselho da Revolução que governa a Argéliadesde que Bou mediene caiu em estado de coma. A realização de eleiçõespresidenciais no espaço de 45 dias contando a partir da data da mor te do Chefe deEstado, está iguar mente prevista na Constituição. e até aía direcção do país ficacon fiada ao presidente da Assem bleia, Tabah Bitat.Houari Boumediene assumiu a direcção da Argélia três anos após a proclamaçãoda independência através de um golpe de Es tado sem derramamento de sangue

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em Junho de 1965 que derrubou Ben Bella. Actualmente, o ex-presidente BenBella vive soo residência fixa na Argélia.Estima-se que o Presidente Bou mediene contava mais de 50 anos de idade,contudo ninguém pode precisar a sua verdadeira idade devido ao facto de não tersido registado quando do seu nas cimento.Há semanas atrás, o dirigente argelino caiu em estado de coma por ter sidoatacado por uma doença do sangue conhecida por síndroma Waldenstreom. Umaequipa médica composta por especialistas de vários países foi enviada para oassistir.O ministro dos Negócios Estrangeiros Abdul Aziz Bouteflikà é indicado como oprovável sucessor de Boumediene.Boumediene é natural de Guel: ma na Argélia. Frequentou o Instituto Islâmico deConstantino em Argélia, Universidade Zaitouna na Tunísia, Universidade AíAzhar no Egipto. Escola Militar de Paris. Em 1960-62 chefiou as forças da FNL;em 28 de Setembro de 1962 é nomeado ministro de Defesa; en tre 1963-64desempenhou a função de Primeiro vice-Presidente do Conselho Ministerial. EmJunho de 1965 quando Ben Bella, então presidente da Argélia, encontrava-senuma cimeira dos países não.-alinhados, Boumediene toma o, poder em Argel.

TEDOUMEDIEINE-UMA PERDA IRREPARÁVELPARA A IJMAIIDADE PROGRESSISTAO Presidente da FRELIMO e Presidente da República Popular de Moçambique,Samora Moisés Machel, enviou a ;eguinte mensagem de condolências a RabahBital, Presidente da Assembleia Nacional argelina, e Chefe de Estado emexercício, por ocasião do falecimento do Presidente Houari Boumediene:«0 Povo moçambicano tomou conhecimento com pro. fundo pesar e consternaçãodo falecimento do respeitado Presidente da República Democrática e Popular_daArgélia, Nouari Boumediene.O desaparecimento fisico do Presidente Houari Boumediene representa uma perdairreparável para o Povo argelino, para os Povos oprimidos do mundo inteiro epara toda a Humanidade progressista.Durante a sua vida o Presidente Boumediene consagrou completamente as suascapacidades, a sua determina. ção, a sua inteligência ao serviço do, Povo argelinoe da justa luta dos Povos oprimidos do mundo. Sob a sua direcção, o Povoargelino liquidou a opressão e exploração que pesaram sobre ele durante séculos,lançou-se no raminho da construção de uma sociedade livre da exploração dohomem pelo homem, utilizando as riquezas naturais da sua Pátria para o seubem.estar e progresso.O Povo moçambicano dirigido pela FRELIMO ao longo da guerra popular de -libertação contra o colonialismo por tuguês, forjou laços profundos eindestrutíveis de amizade e de camaradagem de armas com o Povo argelino,dirigido pelo Presidente Houari Boumediene, em quem encontrou

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amigos firmes, combatentes da mesma trincheira anticoli nialista, anti-imperialista.Ao partilhar a dor imensa do Povo irmão da Argélia, o Povo moçambicano senteesta perda como sua e inclina-se com profundo respeito perante a memória doPresidente Houari Boumediene.Em nome da FRELIMO, do Povo'e Governo da República Popular deMoçambique e em meu nome pessoal, exprimo as nossas mais sentidascondolências ao Partido da Frente de Libertação Nacional, ao Governo e Povoargelino.Alta consideração»MENSAGEM DO MINISTRO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROSTambém o Ministro substituto dos Negócios Estrangeiros da República Popularde Moçambique, José óscar Monteiro, enviou uma mensagem de condolências aoseu thomólogo argelino, Abdelaziz Bouteflika, por otasião do falecimento doPresiâente Heuari Boumediene.Na sua mensagem, Óscar Monteiro salienta o engaja. mento do dirigente agoradesaparecido na luta pela libertação política e económica do Povo argelino e detodos os povos do nosso Continente.O documento expressa também a convicção de que o Povo argelino e os seusdirigentes saberão valorizar o exemplo do Presidente Heuari Boumediene, «fonteconstante de inspiração e coragem no combate pela paz e pelo progresso».i'restaente Houart tçoumeaene numa reuwao aa A aotema ivacionat Poplar daArgélia com o dirigente cubano, Pidel CastroSob a direcção de Boumediene a Argélia conheceu transformaçõesrevolucionárias que vieram a melhorar a vida do Povo. Ele" soube dirigir osdestinos do seu Povo e da sua Nação sempre animado pelo objectivo de alcançar obem-estar social.Foi sob a direcção de Boumediene que a Argélia se tranSformou numa retaguardasegura para a luta de libertação nacional de vários países africanos colonizados ehoje ainda manifesta a firme determinação de ajudar o Povo do Sahara Ocidentala conseguir a liberdade.TEMPO N. 430 - 09. 9

COMBATENTES VETERANAS DISTINGUIDAS COM CARTÕES DEHONRA DA O.M.M..pectos da cerimónia em que o Presidente Samdoí Mache! procedeu à entrega doCartão de Honra da Organizýaão da Mulher Moçambicana. respectivamente a (emcima) Marina Pachinuapa, (à ãireita) Teresa AmuliNhalingue e (ao lado) Mônica. ChitupilaEm cerimónia, realizada nopassado dia 22, na Sede Nacional do Partido, o Presidente SamQra Machel fez aentrega do Cartão de Honra a três membros da Organização da MulherMoçambicana afirmando na ocasião que ,«sentimo-nos orgulhosos porpossuirmos mulheres como vocês, monumentos vivos que servirão de 'educação,de inspiração às novas gerações.Nós estamos atrás de vocês.

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Continuem a 'nspirar-nos. Nós ,seremos sempre bons alunos çbons aprendizes.Muito obrigado OMM, por ter mem,bros com estas qualidades».O Presidente da FRELIMOfez uma retrospectiva do tratbalho realizado e do comportamento exemplarsempre demonstrado por Marina Pachinuapa, Teresa Amuli Nhalingue e MonicaChitupila, combatentes veteranas distinguidas por decisão do Comité Central daFRELIMO,TEMPO N.° 430 - pág. 10durante a realização da sua IV Sessão, tendo referido o grande impulso que cadeuma delas deu à Luta Armada de Libertação Nacional.Sobre as qualidades craque les membros da OMM, o Pre sidente Samora Mache[afirmou a dado passo que «é preciso assumir a dimensão da luta, a grandeza donosso Povo, a complexidade do nos so Povo. Isto exige luta. An. tes de tudo, ocombate inter no. Liquidação do subjectivismo, espírito de importância, espírito íedesprezo. Tra zer constantemente, no cora. ção de cada um, o Povo. E estascamaradas assumiram-no no ;processo da guerra. Fizeram viver a FREt MO, elas são hoje a imagem doque foi a Guerra de lÉbertação Nacional, São elas o argumento vivo de que amulher é um elemento dinâmi-co, é um elemento* revolucionário, revolucionário consequente».Salientando que para rea. lizar este combate foi necessário superar imensasdificuldades, o Presidente da FRELIMO disse que as militantes da OMM«traziam consigo, 'eu direi, as quatro montanhas eýdestruíram essas quatromontanhas. A situação da mulher do nosso País, na tradição, o que é a mulher? 'Constituí uma das monta-nhas, a montanha que passa sobre as mulheres, qualquer mulher no nosso País,Segun da: o colonialismo. Ao colonialismo todos fomos sujeitos. A terceira:duplamente explorada, a mulher. E quarta, é que ela é escrava do marido».O Presidente Samora, Machel traçou, depois, a panorãmica do combate travadopela Mulher Moçambicana, durante a Luta Armada, coný.tra os novosexploradores a

quem denunciava, revelan. sabílidade que era exigida pe do-se os melhorescomissá-I la luta, pelas condiçóês para rios da guerra na medida em tomar contadas base§ miliO Cartão com que as três combatentes foram distinguidas teminscrito o seguinte:«Nome. combatente veterana, militante exemplar que. assumindo profundamenteos interesses das largas mas-, sas exploradas desde os primeiros anos, se engajouno combate pela libertação do Povo moçambicano, militante que interiorizando anecessidade da lula pela emancipação da mulher, se colocou na vanguarda desseomte'A presente distinção representa uma homenagem profunda da Organização daMulher Moçambícana.A Luta Continua!A Organização da Mulher Moçambicana».

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que não só engajavam a mu. lher no combate como também engajavam o homem.«Na organização do Povo para o transporte do material. Na organização dasmulheres para tomar conta dos orfanatos. Na organização da mulher para tomar arespon.tares e dos hospitais- No transporte do material, na pro dução, no patrulhamento.Por isso, este orgulho não deve ser orgulho da mulher meçam bicana, mas é detodo o h0. mem moçambicano.»EMPRESAS ESTATAIS PARA MANUTENÇÃO DO PARQUE. IMOBILIRIOberão criadas a partir do próximo ano, nas maiores cidades do -País, empresasestatais de manutenção do Par que Imobiliário Nacional que oportunamente, serãosubordinadas aos respectivos Conselhos ExeCutivos. De acordo com umaorientação do Conselho Coordenador-Nacional do Ministério das Obras Públicase Habitação, este tipo de actuação dará prioridade às cidades de Maputo e Beira.seguindo.se-lhes as outras províncias do País.Este tipo de empresas terá como fumção principal ga-rantir a manutenção do Parque Imobiliário Nacional, quer o pertencente à APIEquer a particulares, e surge da necessidade de se prestar uma assistência eficienteà manutenção do Parque Imobiliário Nacional.No âmbito desta acção, está prevista a criação de comissões nos bairros, as quaiscolaborarão com aque. la empresa que irá aproveitar o actual Serviço deManutenção da A.P.I.E. e funcionará por meio de brigadas*Por sua vez, as brigadaá estarão subordinadas a um ga-binete centralizador, ao qual nutenção da cidade; a qualcompete coordenar toda a se autofinanciará a lartir dá§actividade a desempenhar suas receitas.pè/a empresa estatal de maEDIFICARAESTRUTURAS DE BASEPARA CONSOLIDAR01. -DZESPORTO NOVoTerminou no passado dia 420 o 11 Encontro Nacional de Educação Física e Desportos, que decorreu nacapital do País, com a aprovação, da orientação central de «Edifi-quemos as estruturas de ba. se para a consolidação do Desporto Novo»,Na alocução final. João ,Carlos da Conceiçã,, coordenador e responsável daDirecção Naci9maLde Educa. ção Física e Desportos, sublinhou que amassificação desportiva, em 1979, deveria incidir sobre as escolas e as aldeiascomunais.Nas escolas, a movimenta. ção mais importante, a nível nacional, serão os JogosEscolares, tornando-se neces sário o aperfeiçoamento das aualidades desportivas,académicas e políticas de ca. da jovem.,No que se refere às actividades desportivas nas ai. delas comunais, os trabalhosde 1979 serão iniciados junto da Comissão Nacional das :Aldeias Comunais, deforma a programar.se o desenvolvimento desportivo no seio dos seus habitantes,dinami*zando e implementando a sua prática.A nível de fábricas e em. presas, vão ser feitas expe. riênciaspiloto com oobjectivo -de se criarem as condi-

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çOes para um desporto correcto, sendo, no entanto, necessário que as fábricas eempresas façam os seus próprios recintos e movimentem os trabalhadores.O referido responsável salientou também que os Departamentos de Cultura dasOrganizacões Democráticas de Massas deverão dar o seu apoio, a todos-os níveisdo: Desporto na República Popular de Moçambique, focou a necessidade deelaborar o Regulamento Geral do Desporto Federado e informou que no próximo,ano se procederá a reciclagens per. manentes e constantes dos Professores deEducação Física e responsáveis de Direcções Desportivas, incluindo p própriaDirecção Nacional.TTEMPO No' 430 - pág. 11

1 PRESIDENTE SAMORA MACHEL RECEBEUMINEIROSe Manifestado* Oferecidos 2Em cerimónia realizada numa das salas do edifício do Governo Provincial, nopassado dia 25, o Presidente da FRELIMO e Presidente da República Popular deMoçambique, Samora Machel, recebeu um grupo de mineiros moçambicanos quetrebalham na África do Sul. Durante o encontro, a que estiveram presentesdirigentes do Partido e membros do Conselho de Ministros, o Pre sidente SamoraMachel dialogou demoradamente com aqueles trabalhadores que se encontram devisita à sua Pátria e que manifestaram o desejo de apoiarem o avanço daedificação da nova so. .ciedade em Moçambique, no meadamente através do pa:gamento do Imposto de Reconstrução Nacional, além de terem contribuído para oreforço da capacidade defensiva do nosso País com a .quantia de 9 733 rands(cerca de 370 contos). No início do encontro, um dos elementos do grupo, emnome dos moçambicanos que se encontram a trabalhar na África do Sul, começoupor agradecer a oportunidade que lhes foi dada de poderem manifestar o seusentimento patriótico a todo o Povo moçambicano, através do Presidente SamoraMachel.Disse ainda aquele trabãlhador que «há pessoas aqui que foram para a África doSul há muito tempo, mesmo antes de eu nacer ,a que perguntam sempre se emMoTEMPO N. 430 - Pág.-12BICANOS NA RSAtrução nacionalreforço da nossa capacidade defensivaO Presidente Samoro Machel quanrdo recebia os mineiros moçambicanos quetrabalham na África co Sulçambique já acabou, realmen ,te, a opressão. A resposta que lhes damos é: trate doseu passaporte e vá lá pessoalmente ver, pois é sempre melhor ver do que ouvirdizerm.O mesmo trabalhador, depois de historiar a opressão que os trabalhadores moçambicanos sofreram durante o colonialismo e de referir que foi só mercê da luta delibertação levada a cabo pela FRELIMO que o nosso, País pôde ascender àindependên cia, acentuou, que «todos os que saíram de Moçambique para a África

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do Sul não o fizeram ,por não amar a sua terra, mas sim por não poderem maissuportar ser opri midos na sua própria terra»Em resposta, o Presidente Smora Machi disse que«em nome da FRELIMO e do Governo da República Popular de Moçambiquevimos aqui para sabermos a vida que os filhos de Moçambique levam na Áfricado Sul. A histórí do Povo moçambicano é uma história cheia de glórias mastambém de sofrimentos.»Ao desenvolver esta ideia, o Presidente Samora Machel fez uma resenha históricados sacrifícios enfrentados pelos trabalhadores moçambicanos durante muitosanos, tanto dentro do País como no estrangeiro, lembrando a discriminação ehumilhação de que eram alvo. E acrescentou:«A República Popular de Moçambique, o Governo da República Popular deMoçam bique, assume a respon'sábi-lidade que tem sobre os seus cidadãos» adiantando que «nós compreendemospor que é que vocês estão na África do Sul. A FRELIMO não se esquece dos seusfilhos. Vocês foram para a África do Sul precisamente por causa do colonialismo.Vocês aqui recebiam 75 escudos, eram comprados quan do saiam dosmachimbom. bos do Manuel Antunes, doOliveira e do Sá, da mesma maneira quese compra uma galinha. Deixavam as vossas mulheres e filhos na Beira,Inhambane e Gaza para virem trabalhar em Lourenço Marques para receber 75escudos, enquanto que tinham que pagar 350 escudos de imposto braçal». Quandojá eram bons cozinheiros ou bons mainatos ai então é que recebiam 350escudos»Depois de falar da necessidade de, nos locais onde estiverem a trabalhar,os mineiros assumirem a sua condição de moçambicanos, o Presidente daFRELIMO -e Presidente da República Popular de Moçambique disse que «nósqueremos.que vocés escrevam para as vossas famílias. Queremos que visitem asvossas famílias. Queremos que enviem dinheiro para a educação dos vossosfilhos. (.,.) Queremos que vo cês enviem dinheiro para construirmos as vossascasas nas aldeias comunais, lánas vossas terras.»e

NOVO CAIS L£ PESCA MUTILADOS DE GUERRA NO PORTO DA BEIRATERMINAM CURSOEstá calculado em 21' mil contos o custo de um novo cais de pesca no porto daBeira, cujas obras se devem iniciar no próximo mês de 4a neiro, prevendo-se quefiquem concluídas em Dezembro seguinte.1O novo[cais terá uma extensão de 434 metros de zona acostável e permitirá oacesso a navios com 30 metros de comprimento por três metros de calado.o projecto prevê a constru ção de uma rampa para reparação de navios e ainsta,lação de um guindaste de cinco toneladas no cais de maior extens*0 para ominauseamento de cargas.O-novo cais de pesca dis. porá de um plano de água com uma área de 200 por 100metros para manobras de barcos e de uma área terraplenos - acessos ao cais- onde serão construídas

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instalações de apoio à pesca, nomeadamente frígoríficos, fábricas de gelo,-de conservas, de redes de pesca e de equipamento para a pesca além de instalaçõessociais e administrativas.Ainda em relação ao porto da Beira, existem projectos que incluem, de imediato,a construção de um cais acostável, com cerca de 300 metros de comprimento,cujd projecto' está co.ncluído e se encontra em fase de adjudicação, de umaterminal a montante do cais 10, em fase de adjudicação.Encontra-se ainda em fase de análise e estudo o pro jecto elaborado pelos consultores sobre os canais de aces so ao porto da Beira.Entretanto, técnicos coreanos procedem a um estudo da rede ferroviária domesmo porto.PROTOCOLO COMERCIAL ASSINADO COM A TANZANIANa sequência de conversações realizadas na passada semana, o nosso País e aTanzania assinaram um pro tocol comercial que permitiu a elaboração dè umalista de produtos a trocar durante o próximo ano, de acordo com a planificaçãodos dois países e com vista a incrementar as estreitas relações de amizadeexistentes e que remontam ao tempo da luta armada de libertação nacional,conduzida pela FRELIMO.O referido protocolo enquadra-se num projecto que visa ampliar e conferir maioraceleração ao comércio bilateral.Durante a sua estada em Maputo, a delegação tanza-ii ana, chefiada peloSecretário-Geral do Comércio, J-A.T. Mowowo,, teve oportunidade de visitar algumasunidades industriais, nomeadamepte" a Riopele e a Cometal-Mome-DE SAPATEIROSUm grupo de sete elemen fábricas por onde passámos tos do Centro de Reabilita-foram sempre boas e, termi. ção de Nangade, em Cabo nado o curso, voltamospronDelgado,, terminou recente- tos para ensinar os outros mente na caoital doPaís um companheiros». curso de sapateiros. Outro mutilado de guerra. ,Estes antigos combatentes Jonh Mateus Nantusse, afirapós o seu regressoàquele mou que no Centro ninguém Centro, vão formar outros pede esmola eque todos companheiros ao mesmo tem. trabalham e andam na escopo queproduzem, sendo es. la. «A nossa vida - contite o segundo grupo de mu- nuou - émuito diferente da tilados de guerra que parti- dos elementos que vimos na cipamnum curso de sapa- cidade. Nós ferímo-nos. já teiros, dado que em 1977 foiquando tínhamos adquirido formado igual número de consciência política epor quadros que presentemente isso, de imediato, nos ,se encontram a trabalharna integrámos na produção», sapataria do Centro. para o que é precisosacriNa ocasião da sua aber. ficios, o- que não acontece tura. a referida sapatariaape. em relação àqueles que vinas se dedicava a consertos ram a pedir esmolas.embora neste momento já Por sua vez, Francisco Chifabrique sapatos,existindo temo, salientou a propósito: perspectivas de, num futuro «Nós vivemose trabalhapróximo, a transformar em mos em conjunto e combate. fábrica.mos a esmola. Nas cidadesSobre o mesmo um dos encontrámos pessoas fisicaparticipantes, Atanásio Ma-mente boas, mas que vivem cários, afirmou: «Q u an d o da caridade. É uma

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situação chegámos, em Maio deste triste. Mas nós no Centro, ano, cada um denós foi dis- com a experiência da FREtribuído por uma fábrica do LIMO nuncaninguém se pôramo de calçado. Não sabia de atrever a pedir esmolas. mos fazersapatos: Hoje sen- A nossa consciência política timos que tivemos um bom nãoo permite.» aproveitamento. As relaçõescom os trabalhadores dasESTRADA CENTRO-NORDESTECONCLUIDAEM PRINCIPIOS DE 1980A estada Centro.Nordeste, iniciada em 1973, prevê-se que fique concluída empríicípios de 1980, segundo revelou o director Nacional de Estradas, FranciscoPerei-ra, acrescentando que para que este objectivo seja aícançado, particulares esforçosserão .desenvolvidos no decorrer de 1979, nesta obra cujo custo está calculado emTEMPO N.' 430 - pág. 13

cerca de quatro milhões de contos.Por outro lado, a ligação rodoviária com a Zâmbia estabelecer-se-á no próximoano, com a conclusão da estrada Bene.Cassacatiza, cujos trabalhos se encontramjá na sua fase final.A conclusão da estrada Centro-Nordeste, que abrange uma extensão de cerca demil quilómetros, compreendidos entre a Vila de Gorongosa, na Província de So.fala; e o rio Lúrio no limite entre as' Províncias de Nampula e Cabo Delgado,permitirá pela primeira vez, uma ligação rodoviária entre o Sul e o Norte do País,concretamente entre Maputo e Pemba. por estrada asfaltada.No oróximoano será criada no interior de algumas, províncias, nomeadamenteTete, Niassa, Cabo Delgado, Zambézia e Gaza, uma rede de estradas de ~terra,com vista a facilitar o escoamento de produtos entre os sectores industrial eagrícola.Ainda no decorrer do próximo ano deverá ser concre.tizado na Zambézia um projecto - piloto com a utilização de. material poucosofisticado, que visa a conservação de estradas.Será também dispensada: particular atenção à estrada da Angónia, na Província deTete, região com grandes po. tencialidaies agrícolas.Está também a ser elaborado o projecto de construção da estrada que ligaráMueda à localidade de Negomano (próximo do local on-de vai ser construída aPon. te da Unidade), cujas obras vão arrancar no próximo ano.A realização de todas estas obras que exigem do Estado um dispêndio na ordemdos milhões de contos, tem conhecido algumas dificuldadaes sobretudo detécnicas de vido ao estado de deterioração em que se encontra a maior parte doequipamento, tendo sido já importados diversos tipos de máqui.iaS,nomeadamente «bulldozers», pás carregadoras, «motoscrappers» e camiõesbasculantes, sendo esperadas máquinas niveladoras e camiões.aCAMPANHA DO CAJU CONTA COM ACTIVISTASCom o objectivo de apoiar

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a Campanha Nacional de Comercialização da Castanha de Caju, foram formados,a ,ivel das Províncias de Nampula, Zambézia, Sofala, Inham bane e Gaza, 30activistas operários provenientes das fábricas de castanha de caju das referidasprovíncias.Depois dos cursos, os ac.tiviStas partiram para os distritos, tendo como funções explicar junto doscamponeses todo o processo por que passa a- castanha de caju, desde que sai dasmãos dos TEMPO N. 430- pág. 14camponeses até à sua comercialização, como produto acabado, e também ensinara escolher os melhores tipos de castanha de caju, isto é, aquela que tem maiorvalor comercial.Para as Províncias de Nam pula, Zambézia e Sofala, o curso de activistas tevelugar no mês de Novembro último, no distrito de Angoche Para as Províncias deI.lham. bane e Gaza, os cursos de. correram de 2 a 4 do corrente mês, na cidade deInhambane. A realização destescursos constitui um traba:ho conjunto da Comissão Coordenadora deComercialização da Castanha de Cajue da Comissão de Reorganização do sector industrial do caju..CRIADO GABITE DO PROJWO DO CARVÃOFoi criado o Gabinete do Projecto do Carvão, na dependência da ComissãoNacional do Plano, no sector de grandes projectos. Tal decisão está inserida numdes. pacho conjunto dos Minis. térios do Plano, Indústría e Energia e Transportese Comunicações, publicado no «Boletim da República».O despacho indica que, de acordo com as Directivas do 3. Congresso daFRELIMO, constitui objectivo da política económica da República Popular deMoçambique a intensificação da exploração do carvão minéral, seu tratamento evalorização industrial.Ao Gabinete compete ser suporte técnico científico eCURSOeconómico do projecto do carvão no nosso Pais, pro. igramar, coordenar econtrolar as actividades relativas-à execução do projecto, além de outras tarefas.PARA RESPONSÁVEIS DISTRITAIS DE JUSTIÇATeve início no, passado. dia , gem .dos trabalhadoras da21, no «Centro 1. :de Maio», localizado na' Catembe, um curso para ResponsáveisDistritais de Justiça em que par. ticipam elementos de todas as províncias doPaís, e que terá a duracão de cerca de quatro meses.A sessão de abertura foi presidida pelo Ministro da Justiça, Teodato Hunguana,tendo o início deste curso coincidido com o encerramen to de um outro de recicla-Dírecção de Registos, Notariados e Identificação, que se realizou em Maputo.De referir que os participantes no curso de ReSpon. sáveis Distritais de Justiçaforam, antes, submetidos a provas de avaliação de conhecimentos pelo que foramafastados aqueles que se revelaram incapazes de corresponder às exigênciasprofis. sionais estabelecidas.oIANA A SEMi

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FABRICADE MATERIAL AGRICOLA CUSTARA TltRS MILHôES DE CONTOSEstá previsto para meados db próximo ano o inicio da construção de uma fábricade material agrícola na -cidade da Beira, cujo custo é estimado em três milhões decontos e que empregará três mil trabalhadores.A montagem desta empresa constituirá um primeiro passo para a criação de tmaindústria pesada no nosso-País e enquadra-se na imple. mentação das Directivas Económicas e Sociais doIII ,Congresso da FRELIMO. A realização deste empreendimento será feita emduas fases, sendo o investimento inicial de aproximadamente-895 mil contos.Esta empresa, que é considerada uma .das mais importantes de África, ocuparáuma área de 10 mil metros quadrados.Após a conclusão da priméira fase do projecto ficarão totalmente satisfeitas asnecessidades do nosso Paisem alfaias agrícolas, dado que estará garantida a produ ção anual de 22 milcharruas e 15 mil grades, para além dos seus sobressalentes. A nova fábrica teráuma capacidade de fundição anual decerca de 65 mil toneladas de ferro e aço, que serão empregues no fabrico de800000 enxadas. 7000 cultivadores e 4000 semeadores por ano.ESTUDADOS PROBLEMAS QUE DIFICULTAM ABASTECIMENTOSCom o objectivp de fazer o levantamento dos problemas que afectam os abastecimentos na Província de Maputo, teve lugar no passado dia 23 uma reunião nadelegação provincial de Comércio Interno, em que participaram responsáveis daem. presa «Lojas do Povo» e re.Presentantes de diversas u;ii dades de produção da capital.A necessidade de haver um esclarecimento sobre a razão de existência das bichase quais os esforços que o Partido e o Governo desenvolvem para a sua superação,foi apontada por um elemen.to da Sede Provincial do Partido, em Maputo.No decorrer dó encontro foram apresentados alguns factores que dificultam oprocesso de abastecimentos à população de Maputo particularmente nas zonasurbaPas, tendo-se constatado que existe uma falta de articulação entre asestruturas ligadas ao sector. Por outro lado, verificou-se que não está a ser dadaprioridade às Lojas do Povo na distribuição de alguns produtos de primeiranecessidade.Responsáveis de diversos sectores das «Lojas do Po. vo» expuseram asdificuldades que se lhes deparam na aquisição das mercadorias tendo sidoconcluído, apóslongo debate que há falta de planificação na disti. buição d a s mercador'iaspor parte das fábricas e outros organismos de comercializaçãó de produtos.Os representantes de al. gumas unilades de produ. ção referiram o facto de sernecessário um estudo apiofundado sobre a ligação que deve existir entre os secto,res produtivo e comercial, principalmente o comércio retalhista, a fim de permitirum controlo efectivo das mercadorias nos sectores de venda prioritários, tendo

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sido proposta a realização de mais encontros com vista a serem discutidos estesca. sos, dada a especificidade de cada um deles.QUATRO HOSPITAIS ESPECIALIZADOS PASSAM A FAZER CLINICAGERALNo âmbito da aplicação da nova estratégia de Saúde no nosso País, entrarãobreve.mente em funcionamento na Província de Maputo quatro hospitais declínica geral. Estes Hospitais Gerais resul*tam de um prdcesso de trans formaçãodos antigos hospi. tais Sanatório da Machava, São José, Ilrissão Suíça e HospitalDermatológico «Fir. mino. Santaní», que se vinham dedicando a actividadesclínicas de carácter especializado.Segundo informações da 1 Direcção de Saúde da Cida. de, para além deatenderem os doentes em regime am-bulatório, estes hospitais para alguma, doenças irão ter, enfermarias deinternamento. Por outro lado, até Janoaío do próximo ano deverá estar a,funcionar no círculo da Matola-Gare, um Posto de Saúde de local de residência.Os antigos Sanatório da Machava e Hospital «Firmino Santana»' eram reservadospara aqueles casos cuja te. rapêutica exigia o isolamnto dos doentes, tais como atuberculose e a .lepra. Contudo, a tuberculose e a lepra não constituemactualmente doenças tão perigosas somo no passado.eTEMPO N.° 430 -pág. 15

DEPRESSÃ .....AOPRO'CIAMigele passou em forma da cidon pelos distritos de Ilha de Moçambique,Mojincual, Mogovolas, Morna e Angoche. Moma e Angoche foram os maisafectados..±,gele deu à costa no dia 18 de Dezembro e foi embora em 21. Veio com chuvase foi com vento.Estivemos em Angoche dois TEMPO N. 430-pâg. 16dias depois da passagem de Angele.Quando chegámos a Nampula no dia 23 e dissemos que queriamos visitarAngoche, responderam-nos do gabinete do governador da província: «Temos asestradas de acesso 8 Angoche todas cortadas. Não temos agora ne-nhuma forma de comunicaço com Angoche. Está neste momento a levantar vooai no aeroporto uma avioneta da Comag, que só leva o piloto e que vai tentaraterrar em Angoche. Se conseguir ater rar volta logo para cá. Então havemos dever as possibilidades de se deslocarem para lá».

GEýE NAMPULAAinda nessa mesma tarae par tíamos para Angoche na avioneta da Comag.Iam na avioneta, para além do piloto e algumas caixas de medicamentos; ocomissário político, um médico de Nampula que ia apoiar o médico de Angoche,o administrador do distrito de An-

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Mdqufnas e castenha por descascar expostas à chuva na fábrica da CAJUCA.Operários sem trabalhogoche e o técnico da Electricidadede Moçambique.Bastou começar a sobrevoar odistrito de Apgoche para sentir o rastro de Angele, Cajueiros deitados abaixo,parecendo arbustos tufosos dispostos de forma desordenada, e palmeiras semcabeças, eram aspecto dominante da paisagem.NO POVO DE ANGOCHE HAUM CAMPONÊS DUROMal saimos do aeroporto única : !'. via de acesso a Angoche, mergulh«: noshámos nos destroços deixados pelo «cielone» (nome dado à de,.-pressão pelapopulação em Angoc9he). Casas de bloco-cimento sem ' o telhados de zinco,palhotas deit clas abaixo.,Várias mulheres, crianças e velhos mantinham-se ainda acoco' rados ou sentados em frente aos destroços, apartir dos quais algumas famílias tinham criado abrigos provisórios. Ao ladoviamos grupos de vários homens e algumas mulheres mais velhas qu e ajudavamo s primeiros a erguer a nova estrutura do que se o novas casas de pau a pi que.Isto já no segundo. dia depois da passagem de Angele. Já se podiam mesmo vêralgumas caTEMPO N., 430 *- pág. %8Mdrfo Tecca. Técnico responsável pela fábrica da caluca: Para que a fábrica voltea funcionar é preciso limpar todos os motores eléctricos de cadamáquinasas de pau a pique com a cober, A imagem de tragédia parou ai. tura posta, sófaltando cobrir de Começámos a deixar de ver as coibarro. Isso mudoucompletamen sas como se fosse uma tragédiw te a ideia que tínhamos do queirreparável..Afinal o camponês de íamos vendo. Angoche era umcamponês duro,Com a destruição dos armazéns de matéria-prima das quatro fábricas, cente.nas de milhares de contos em castanha correm o risco de ser perdidos

sabia defender-se da agressividade da natureza, mesmo quando ela se manifestavaem forma de calamidade. Ao fim de dois dias muitas famílias que tinham perdidoas suas casas, e mesmo grande parte dos seus haveres que tinham ficadoesmagados sob o peso da madeira e do barro tinham agora uma casa nova àespera. Em dois dias tinham reunido os materiais necessários e avançado naconstrução do que seriam as novas casas que iam substituir as destruidas pelapassagem da depressão.ANGOCHE - CIDADE CINCOMIL PESSOAS EM ARMAZENSDepois fomo-nos, aproximando da cidade de Angoche. Fios eléctricos apoiadosaos ramos das poucas árvores que restavam. Alguém nos disse: <Angoche nãotem corrente eléctrica. Foi cor tada, logo que começou o ciclone».A cidade não parecia ter sofrido à primeira vista muito com a

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passagem de «Angoche». Sofrido claro em termos de casas destruidas é ruasrebentadas, pois as ruas embora intactas estavam cheias de ramos secos, copas deárvores misturadas com matope e poeiras. Aqui e ali uma montra de uma casacomercial partida. No centro da cidade, em frentaos grandes armazéns e algumascasas comerciais, aglomeravam-se grupos de pessoas que não pareciam dirigir-separa lugar algum: Essas pessoas viemos logo a saber estavam a viver nessesmesmos armazéns, em algumas escolas, casas desocupadas e igrejas. Erampessoas que viviam nas zonas mais atingidas dos arredores da cidade e que setinham ali refugiado já quando a tempestade começara.REUNIÃO DISTRITAL DO PARTIDO DEPOIS DE «ANGELE»Depois o comissário político convocou uma reunião com a Sede Distrital doPartido para discutir e apreciar a situação.Ficámos a saber que as casas de pau a pique tinham começado a cair logo queapareceram as pri meiras chuvas, e que ao quarto dia vieram os fortes ventos quedeitaram abaixo árvores e edifícios de cimento armado.Cinco mil era o número de pessoas que tínhamos encontrado nos armazéns dacidade. Essas pessoas provinham dos bairros atingidos nos arredores da cidade:Cerema, Temalomo e Joar tinham sido completamente destruídos. Ingur tinhaperdido mil casas e «Horta» seiscentas. Essas* pessoas tinham começado a serrecolhidas a partir do dia 21.Ficámos também a saber que as Aldeias Comunais tinham sido altamenteatingidas pelos ventos devastadores, pois a sua maioria não dispunha de árvores àvolta das casas de habitação o. que normalmente as . protegeria. Disseram-nosque os camponeses se mantinham concentrados nas Aldeias destruídas, mas que asituaç o era grave uma vez que de viam ter perdido com a destrui-Aspecto do armazém de matér~.prma da fdbr ca Antenes, Uma drea de 250metros quadradosdestruídaTEMPO N., 430 - pág. 19

ção dos seus precários celeiros, todas as reservas de alimentos, enquanto por outrolado lhes era impossível com as estradas todas cortadas abastecerem-se na sededo distrito.Falou-se com insistência nestareunião na situação dos principais centros de produção industrial do distrito, as 3fábricas de descasque de caju e a fábricâ de corte e transformação de sisal, todaselas paralisadas pela acçãoda. passagem de «Angele».A fábrica de descasque da «Antenes» ficámos a saber, tinha per dido o seuenorme armazém e ficara agora com as máquinas ex postas à chuva como aliástodas as fábricas. A fábrica de corte e transformação de sisal ficou completamented2struída. As fábricas de descasque de castanha da Com panhia de Culturas deAngoche e da CAJUCA tinham perdido os telhados ios seus armazéns e centrosde produção.Discutiu-se também nessa reunião a necessidade de criar urgentemente uma -frente ao nível das Aldeias Comunais de luta contra a desmobilizaçRo dos

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camponeses das. aldeiás atingidas, o que se previa ser iminente, pois o facto de amaior parte da população ser religiosa (muçulmana na sua maioria) aliado àpassagem da depressão iria muito provavelmen te criar um clima de pavorideológico que poderia, cuiminar com o êxodo e' a dispersão dos camponeses.Por fim foi apresentada a equipa mista (composta por elementos do Governo, doPartido, das FPLM e da OMM) de apoio às populações atingidas pela depressãoAngele em Angoche. Ficámos a saber que essa equipa era formada pelas brigadasde: alojamento, alimentação, transportes, protocolo e angariação de fundos.Mais tarde tivemos uma conVersa mais calma e pessoai com o Secretário Distritaldo Partido que nos contou como é que tinha visto o início da passagemda depressão:«No dia anterior ao começo dasgrandes chuvas tínhamo-nos diri* gíao para a Aldeia Comunal piloto deMepapata onde íamos iniciar uma série de trabalhos com os camponeses daquelaaldeia.No dia em que chegámos começáTEMPO N.° 430 -páág 20mos por ornamentar a aldeia! e ao fim da tarde tivemos uma reunião com oscanponeses. Depois passámos a noite lá. Foi na manhã seguinte e logo enquantppreparávamos o leite para o matabicho que vimos que caiam fortes chuvas.Depois seguhdo o« queestava marcado no programa tentámos dirigir-nos p a r a amachamba colectiva onde estavam já plantados 50 hectares de arroz. Vimos quejá não conseguiríamos lá chegar. Foi então que começá mos a ver algumas árvoresa ser destroncadas pela própria chuva e as primeiraS casas a cair. Aí decidimosvoltar imediatamente para a sede, do distrito de modo apodermos acompanhar 'a evolução dos acontecimentos em todo o distrito.Recolhemos algumas bandeiras que tínhamos levado connosco para aornamentação da àldeia, uma imagem do camarada Presidente e voltámos a pé.Deixámos na ,aldeia as viaturas com que nos tínhamos deslocado bem comovárias pastas com documentos do Partido e que connosco tínhamos levado. »A seguir veio a noite onde o problema da falta de luz passou a ser tema dediscussão. Falá mos com o técnico da Electrieidàde de Moçambique que nos dis-Operário da Fbria Mocita constr"i casa nova dois dias aepois, da passa gez de"«Angele»

se que a reparação na central ge radora de energia eléctrica, fica. ria pronta no fimda manhã seguínte, mas que os trabalhos de levantamento de postes e recuperaçãode linhas ainda levaria alguns dias. Angoche viria a ter luz eléctrica portanto nosfinais da semana seguinte.Nessa mesma noite falámos ainda com um funcionário do Partido que se tinhadeslocado da localidade de Aube a pé à sede do distrito. Esse funcionário contou-nos que das duas principais Aldeias Comunais da ldcalidade, a Aldeia Comunalde Macucune tinha perdido 50 casas ficando agora apenas com cinco casas de péenquanto que a Aldeia Comunal de Mazica tinha perdido todas as suas 70 casas.Segundo este funcionário os camponeses destas Aldeias continuavam aíconcentrados a construir barracas para pernoitar. Por outro laao contou-nostambém este funcionário do Partido. que nas margens do rio Melúli todas as casas

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tinham sido destruidas, e que pro veni2ntes destis se encontravam cerca dequinhentas famílias abrigadas em várias instalações da sede da localidade deAúbe.QUATRO FABRICAS PARALISADAS MAIS DE CEM MIL CONTOS DECASTANHA POR DESCASCARNo dia seguinte de manhã tínhamos pedido para visitar, a Aldeia Cgmunal pilotode Mepapata, ao que nos responderam ser completamente impraticáveldeslocarmo-nos a qualquer das Aldeias Comunais mais importante do distrito decarro, pois as estradas estavam completamente cortadas. Só havia duas formas dechegar a Mepapata: de helicóptero (do que não dispúnhamos) ou a pé o quelevaria pelo menos doze horas de marcha acelerada.Observamos de perto a situação das fábricas mais afectadas. Visitámos primeiroafábrica de descasque de castanha de caju da Companhia de Culturas de Angoche,que tinha recentemente recebido uma nova cal deira a entrar em funcionamentono ano de 1979. Nesta fábrica onýle trabalham mil e du. entos operários, aprodução tinha sido in-«Quando o ciclone começou estávamos dentro da casa. De*pos começámos asentir a casa a cair e fugimos" para a missão. Agora estamos a construir casanova»terrompida (como acontece aliás em todias P.s fábricas do distrito) devido a doisfactos: a destruição da cobertura dos armazéns de matéria-prima onde se encontraa céu aberto cerca de 9 m il con tos de castanha por descascar e ca destruição dotecto da fábrica onde se encontrava abrigauas as máquinas. Segundo um dos delegados dos trabalhadores a fábrica teria que permanecer pe19 menos tres mesesparada até que pudesse voltar a produzir.A seguir visitámos a fábrica da CAJUCA onde trabalham cerca de mil eseiscentos trabalhadores. Nesta fábrica a passagem de Angele provocou adestruição de grande parte do tecto da fábrica expondo quase todas as máquinasda fábrica à chuva, ao mesmo tempo que deixava aescobertas cerca de 28 mil,contob em castanha de caju por descascar. Pým conversa com o técnicoencarregado desta fábrica, este disse-nos ser impossível voltar a pôr a fábrica emfuncionamento até que todos os motores eléctricos das mãquinas' sejam revistos.(De notar que cada máquina tem por Vezes mais de dez motores eléctricos).A seguir visitámos a fábrica Antenes onde trabalham cerca de dois miltrabalhadores e onde fo-ram recentemente por motivos por nós desconhecidos despedi dos duzentosoperários. Nesta fábrica uma area de 250 metros quaEdi-kados destinada aoarmazenamento de matéria-prima e onde se encontra -castanha de caju no valor decerca de cento e vinte mil contos ficou completamente destruída. enquanto poroutro lado as máquinas também se encontram expostas às águas das chuvas.Por fim dirigimo-nos a um dos bairros dos arredores de Angoche- cidade onde encontrámos várias famílias ocupadas na construção de novas casasde pau a pique. Dirigimo nos a um homem que nos disse ser operário da fábrica

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Mocita e a quem pedimos que nos contasse como é" que a sua família, tinhapresenciado a passagem da depressão.«Quando o ciclone começou, eu a minha mulher e o filho, estvPmos dentro dacasa porque este va a chover. Depois começámos a sentir a casa a cair e fugimospara a Missão que fica a dois quilómetros daqui. Aquilo que tínhamos dentro dacasa, perde, mos tudo. Agora estamos a tentar construir uma nova casa comovêem. Foi tudo.»Texto e fotos de José Baptis!aTEMPO N. 430~-pâg. 21

PLANIFICAÇÃ0: OS PRIMEIROS PASSOSCompanhia de Ctmentos de Moçambique: dar movimento após uma préviaplanificação...TEMPO N.° 430 -pág. 22

Dizia-nos um dia um operário de uma fábrica situada na cintura industrial daMatola que «este ano nós não conseguimos alcan çar as metas de produção que.traçámos».Perguntámos se tal facto se deu devido a dificiente elaboração de um plano deprodução, isto é se colqcaram números de. produção a atingir muito além das suaspossibilidades humanas e materiais. .-A resposta não coincidiu com as nossas suposições. Que sucedera então? Pareceu-nos que os dados para uma resposta poderiam ser obtidos numa qualquer empresaque fosse alvo da nossa visita de trabalho.Deslocámo-nos à Indústria Moçambicana de Aço (IMA), à Companhia deCimentos de Moçambique e à Cometal-Mometal. A quantidade de factos que nosf oram citados naquelas unidades de produção constituem uma expe-riência, os primeiros passos dados na planificação.O CUMPRIMENTO DA PALAVRADE ORDEM«Temos que nos organizar aos diferentes níveis, uma só acção que vá assegurar aonosso País a realização de um determinado número de tarefas, aquela& quepermitam o progresso do nosso País nos seus aspectos fundamentais... » - diriaMarcelino dosEstes também têm algo a dizer sobre a planificação .TEMPO N 430 - pãg. 23

PLANIFICAÇAO: OS PRIMEIROS PASSOSSantos Ministro do Plano, em Dezembro de 1977 na Província de Tete, aoanunciar o início de uma actividade de planificação a nível de todo o País.Semanas a seguir a este discurso proferido numa reunião do Governo Provincialde Tete, centenas de unidades de produção deram os seus primeiros passos paraesta tarefa que lhes era confiada.Ainda retemos na memória as imagens de uma reunião geral de trabalhadores quese realizou nos princípios do ano de 1978 numa" das empresas da capital do País,

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«A participação dos trabalhadores na elaboração dos vlanos anuais de produção éimprescindível» ...» - Na foto o interior da IMATEMPO N. 430 -pág. 24

a fim de se dar a conhecer o plano de produção para o ano de 1978.A direcção administrativa dessa empresa, face à palavra de ordem que foi lançada,elaborou apressadamente um programa com metas de produção a atingir nesseano. Esse programa foi apresentado na dita reunião e após isso os trabalhadoresrenderam uma entusiástica ovação ao facto. Estariam eles sensibilizados paraaquilo que lhes foi apresentado ao ponto de baterem palmas? O mesmo operáriodeu-nos una resposta:«Sabe, quando se falou da planilicaçao eu não sabia o que isso era. Fiquei com aideia de que planificar era só cumprirmos as metas traçadas pela direcção daempresa, mas parece que não e só isso... ».Hélder Rodrigues. Presidente do conselho directivo da fábrica da Companhia deCimentos de Moçambique, uma das empresas consideradas estratégicas 'peloGoverno moçambicano disse-nos que nos princípios do ano de 1978 «houve umareunião prévia das três estruturas, a direcção admi nistrativa, o GrupoDinamizadorHélder Rodrigues: «0 método de pla. nlfícação empregue este ano foi muitomelhor em relação ao do ano paàsado»e os Conselhos de Produção- Foi uma planificação que surgiu peta primeira vez e.por isso houve muitos erros. Resumiu-se a mais uma reunião entre as trêsestruturas.» Heiaer Rodrigues adiantou-nos que na reunião que se reaílizou para apresentaçao do plano «um e outrotraoainaor tevantou-be para colocar perguntas ae caracter geral».OS LABIRINTOS DA PLANIFICAÇAOSegundo Hélder Rodrígues, a Companhia de Cimentos de Moçambique tinhaprogramado pro duzir no ano de 1978 «235 mil toneladas de clínquer e 200 miltoneladas de cimento». No entanto. «pensamos chegar às 1,35 mil toneladas. declinquer» na medida em que factores de vária ordem influenciaram o ritmo deprodução.0 factor principal que obstaculizou aquilo que tinha sido pro gramado foram asreparações ge rais que se efectuaram na fábri ca. «4 fábrica esteve parada cincom6ses, mas era só para estar três meses» - confiou-nos o Pre sidente do ConselhoDirectivo. A fábrica quebrou portanto, nos dois meses de. paragem imprevista.A direcção administrativa da Cometal-Mometal: «0 programa elaborado pelaadministração capitalista era puramente demagógico .»TEMPO N.' 430 - pág. 25

A fábrica esteve parada cinco meses, mas era só para estar três meses» - confiou-nos o Presidente do Conselho Directivo. A imagem mostra-nos a Companhia deCimentos de MoçambiquePLANIFICAÇÃO: OS PRIMEIROS PASSOSParalelamente a factores de ordem interna, existem os externos que tambéminfluenciam grandemente o processo produtivo da unidade de produção. «Nós por

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dia deveríamos produzir 3 mil toneladas de clín quer, para isso precisámos de 3mil toneladas de calcärio. No entanto, os Caminhos de Ferro enviam-nos - por razões internas - um ou dois comboios diários com calcário enquanto sãonecessários três para trazer o calcárío preciso.»Por outro lado, nos meses de Janeiro, Fevereiro e Março a li TEMPO N.' 430 -pág. 26nha de Salamanga - que permite a circulação dos comboios. que transportamcalcário - é obstruída por fortes chuvadas que ali-caiem impossibilitando assim a passagem diária dos comboios econsequentemente a existência insuficiente do «stock» do mesmo nos armazénsda fábrica.Acompanhando os obstáculos acima citados vem ao de cima a «velha,» questãodos boletins de importação, que provoca dores de cabeça em niuitos sectores devida económica do Páís. «Temos tido problemas de falta de peçasFrancisco Galhardo, Director fabril da IMA: «A planificação depende dasencomendas feitas pelos clientes>sobressalentes devido ao problema das importações.»UMA LUZ NO FUNI5O DO TÚ"NEL...Com a apresentação resumida da situação da Companhia de Ci-

«aoe, quanao se .alou aa planíipcaçao eu não sabia o que isso era. Fiquei com aideia de que planificar era só cumprirmos as metas traçadas pela direcção daempresa, masoarece que não é só isso»mentos de Moçambique, sobre este assunto que anda na boca de todos poder-se-ádizer que a resposta foi encontrada? Por um lado diríamos que sim e pelo outroque não.Sim, porque aquilo que vem escrito atrás reflecte a situação eSpecífica de umaunidade de pro dução que provavelmente (a probabilidade pende pelo sim) ésemelhante à que multas atravessaram ou ainda atravessam.Não, na medida em que existem outras respostas que poderão ser dadas. Citemosa Cometal-Mometal, por exemplo. Dando «cumpriménto» à palavra de ordem adirecção capitalista da empresa elaborou um programa de acção altamentefalseado. Incluíam nesse programa números altíssimos de produção de vagões-cisternas e material metalo-mecânico que de modo algum seria produzido no anode 1978 e provavelmente em 1979.Só quando o Estado intervencionou a empresa e nomeou uma direcção da suaconfiança é quese uescouriu esse piano iaiseaQo e posteriormente elaborou-se ou trocorrespondente às realidades concretas do momento.Isto vem a demonstrar, afinal de contas, que a participação dos trabalhadores naelaboração dos planos anuais de produçao é imprescindível, porque podeaesmascarar situações como esta.Dando a sua opinião sobre esta questão Hélder Rodrigues apontaria um dosfactores que andam espalhados no meio aos trabalhadores dizendo que ainaa

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existe uma certa timidez ou in sensibilidade dos trabalhadores relativamente aquestões como estas, sustentado por uma desmobilização; segundo FranciscoGalhardo, director fabril da IMA.«0 método de planificaçao em pregue este ano foi muito melhor em relação ao doano passado»- diria Hélder Rodrigues ao apresentar-nos o plano de produção do ano de 1979.O mesmo responsável disse-nos que a elaboração do plano que durou cerca de 45dias envolveuperto de 35 trabalhadores, «a di" redção administrativa, a estrutura política, aestrutura dos trabalhadores, os chefes de secção e alguns trabalhadores».Este plano. que foi apresentado aos trabalhadores em duas reuniões plenárias,continha núme ros de produção a atingir, o cuto dos mesmos, os investimeno, > afazer e o custo da mão-de-obra e de produtividade.Saliente-se que esse mesmo pla no foi elaborado após os contac tos efectuadoscom os Caminhos de Ferro a fim de se taiar e apresentarem-se propostas dereso]ução face ao problema dos, coraboios e com a «Steia» com a firialidade deassentarem algo sobre as reparações anuais que se fazem.Um ano após os primeiros passos para uma planificação, con forme os resultadossectoriais obtidos poderemos dizer que lá no fundo do túnel acende-se umia luz.TTEMPO N.' 430 - pág. 27

/NQ UE.R/TOçolocómos três perguntas às maisvariadas pessoas:1 -Quais foram para si os acontecimentos mais importantes, quer nacionais querinternacionais, durante 1978?2 - Que deseja para 1979?3 - No que se refere ao seu local de trabalho o que é que se transformou?As respostas foram dadas. Umas de acordo com a surpresa em que as pessoasforam apanhadas, outras medidas palavra a palavra. Elas aqui ficam.Odorico Armando To méProfissão: Carpinteiro do Hospital Central do Maputo.1-Para mim, em 1978, houve a Estrutura ção do Patido que foi uma coisa valiosa.Também houve a implanta ção dos tribunais populares que Vão ser dirigidos pelopovo e vai ser ele a condenar, vai ser ele a decidir.Ao nível internacional, a invasão de Uganda à Tanzania que é condená-vel. Espero uma carta favorável escrita pela África do Sul -para a ONU pelaindependência .da Namíbia.2 -Gostaria que se normalizasse o problema de abastecimentos e que houvessemais produção para o nosso jovem país.3--Dentro do Hospital Central do Maputo que é o local onde eu trabalho astransformações foram profundas; as crianças quando estão doentes e baixam abhospital ficam com as suas mães a tratar delas, pois esta medida diminui amortalidade infanTEMPO N. 430 - pág. 28

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til. Outra coisa é os doentes que passaram a estar menos tempo no hospital devidoà intensificação da assistência médica.Cãrlos CarvalhoProfissão: Di re c t o r Administrativo da «Pescom»1 -Para mim, 1978 é o ano de Estruturação do Partido que é um factor decisivopara a con solidação da Revolução Moçambicana. 2--Para o ano de 1979, nocampo internacional gostaria que fosse o ano d a independência d o Zimbabwç.No campo.interno, a continuação com o mesmo ritmo e qualidade da Estruturaçãodo Partido.Ao nível do emprego gostaria que houvesse um a remodelação no sector daspescas.3 -No sector profissional foi o ano de grande expansão na empresa acompanhadade problemas normais de crescimento de uma estrutura com falta de quadros.Eugénio Paulino UamusseProfissão: Cozinheiro do Restaurante «Madjedje»1 -Em 1978, eu fiquei muito grato porque estou a ver que 'na parte do rumo aoSocialismo estamos a andar, pois na parte da produção na realidade está avançar.2- Queremos que haja mais produção. Gostaria que abrissem mais casas,restaurantes e fá bricas de vestuário para dar emprego aos desempregados e queaumentassem as coopera tivas para resolver as bichas.3-Dentro da minha profissão, nestes últimos seis meses avançámosmuito na produção. Embora, com falta de matéria-prima vamos coxeando eproduzindo.Eugénio Paulino Uamusse

«1978 é ano de Estruturação do Partido que é umn Iactor decisivo vara a,consolidação da RevoluçãoMocambicrna» diz a opinião públicaAbel ChirindzaProfissão: Serralheiro da CometaloMometal1-O ano de .1978 foi importante, porque 'foi definidocomo o ano da Estruturaçãodo Partido. Só com o Partido instalado a todos os níveis é que há a linha mestrapara orientação da vida do povo.Considero, t a m b é m muito importante, a intervenção do Governoem algumasempresas como forma de combater a sab o t a g e m económica. Aponto comoexemplo, a Cometal-Mometal que é * uma empresa principal no ramo metalo-mecânico. A\Carbomoc tambéme outras empresas chaves.Ao nível internacional considero um acontecimento que constitui umaAbel Chirindzapreocupação as manobras do imperialismo em relação à Africa Austral.Agressão de Uganda à Tanzania como uma forma do imperialismo actuar contraos países da Linha da Frente.As constantes agressões do Smith ao nosso país principalmente aos sectoreseconómicos.

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Também hei-de referir o golpe que o Smith levou quando a Frente Patrióticaatacou os tanques de gasolina. Consid cero este ataque como o maior de sempre.2 -Gostaria que nós crescêssemos cada vez mais, primeiro no hampo político queé fundamental. Segundo, no engajamento de todos nós na Produção tanto nocampo como nas cidades, - seria a condição principal para elevarmos a produçã9 ea vida das populações.3 -Dentro da profissão, considero importante a intervenção do governo naCometal-Mometal e o Aeu controlo pelo Conselho de Ministros.Laura UssisseProfissão: Doméstica 1-Para mim o ano de 1978 foi importante porque a*participação da mulher na alfabetização foi grandè. Também foi importante adistribuição de cartões de membro da Organização da Mulher Moçambicana.O lançamento da campanha de Alfabetização vai trazer benefícios para a mulherporque vai saber ler e escrever. Até porque as mulheres alfabetizadas já sabemdizer os quilos quando vão à cantina comprar arroz ou açúcar, em vez dechegarem lã e dizer que querem açúcar de cinco escudos porque eram roubadas.Ernesto LaquisseProfissão: Motorista dos Transportes Públicos Ufrbanos (Ex-S.MV.)1- 1978 foi o ano em que não tivemos muitasErnesto Laquissedificuldades com o público. Já não há muitasbichas e o público já não faz muitobarulho.A chegada dos machimbombos « Ikaru;, » acho que foi muito importante porqueajudou' a nós 3 ao público.TEMPO N., 430 .-. pág. 29--- -

INQUERITO2- Gostaria que auinentassem mais os autocarros e acabasse a guerra doZimbabwe.Gonçalves Paulo Cuna Profissão: F.P.L.M. em Pemba1-O factor principal foi a Estruturação do Partido. Foi um dos acontecimentos doPais, através da qual se criaram as bases do Partido.A fundação da Escola Militar em Nampula para nós aprofundarmos os nossosconhecimentos.Foi o ano de poucos ataques, mas de grande envergadura, mas há de terminaçãoem expulsar o inimigo da nossa parte.Ao nível internacional o XI Festival da Juventude e Estudantes realizado emCuba, em que o nosso país esteve presente através de uma delegação deestudantes e jovens que o representaram dignamente.2-,Gostaria que houvesse um governo de transição e depois a independência doZimba]?we.-Lamento a abertura das fronteiras por par te da Zâmbia sendo um país da Linhada Frente.Salomão António MacamoProfissão: Escriturário da Cometal-Mometal

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1-A coisa principal . que se realizou este ano,foi a extensão do PartiTEMPO N,° 430 -pág. 30do pelas empresas prio ritárias da economia do País, o que significa a presençafísica do Partido para irmos rumo ao Socialismo. Dentro da empresa, depois daimplantação da Célula do Partido, os 'trabalhadoressentiram o salto quavieram melhorar o trans porte do público.2 -Para 1979 desejaria. que houvesse maiErnesto BalateSalO.mão António Macarnolitativo que a empresa deu.2-Desejaria que, o cumprimento das orientações dadas pelo Partido, fosseminteriorizadas p o r certos elementos das estruturas, para permitir que haja umsalto qualitativo na produção.3-Em relação ao emprego a participação dos trabalhadores na execução do planode produção de 1978.Ernesto BalateProfissão: Maquinista dos Caminhos de Ferro do Maputo1 -O ano de 1978, pa ra mim, a sua importância deve-se à chegada dosmachimbombos «RO .MOS», «IKARUS» quetransportes para os Caminhos de Ferro.Que acabássemos com as agressões do Smith p a r a assegurarmos a n o s s aindependência, pois o Smith ataca-nos porque não quer que Zimbabwe fiquelibertado, assim como ataca também os outros países da Linha da Frente.João BaptistaJoão Baptista Profissão: Soldador da Cometal-Mometal1 -A coisa mais impõrtante que eu verifiquei foi a intervenção pelo Governo ànossa

empresa. O, processo de produção que ti nhamos planeado atingimos. Acampanha de vacinação que está a decorrer no país. Também foi importante acampanha de alfabetização.2-Para o ano de 1979 gostaria que atingíssemos as metas de produção emcondição. Que houvesse mais matérias-primas para executar melhor o trabalho.oEspero ver mais vitórias como estas, que já alcançámos como por exemplo, aintervenção do Estado à nossa empre sa que passou ao controlo do Conselho deMinistros. Espero, que s e j auma vitória a passagem da nossa empresa a Empresa Estatal.3-Foi muito importante a visita do Presidente Agostinho Neto à Cometal-Mometal.eTEMPO N 430 - pág. 31

A Estruturação do Partido marcou o processo político nacional - 3 'de Feve.reiro a 11 de NovembroTEMPO N., 430 - pág. 32

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TV II .

277=--,

AMB

Realizagúo do l., Festival Nacional de JOgos EscolaresEstado paOsa a controlar Cometal-MometalTEMPO N.* 430- pág. 33

Entre os dias 8 e 10 realiza-se a 1.' Conferência Nacional de PlanificaçãoNacionalzação das minas de carvão de Moa.tizeCheias do rio Zambeze trazem graves pre. Entre os dias 21 e 24 a direcção doPartido reúne com presos politicos juizos económicos e a desolação humanado colonial-fascismoABRILFestejado em todo o Pais Dia da Mulher Moçam- Criada i Organização Nacionalde Jorna.bicana - dia 7 listasTEMPO N.- 430 - pág. 34Passam a circular nas es tradas de Moçambique 100 novos machimbom. bos detrês empresas estatais, ROMOS, ROMOC, ROMON

Reinicad U a publicçição do órgão oicial do Comit «A Voz da1No dia 30 presidente Samora parte para uma visita à República PopularDemocrática da Coreia , República Popular da Mongólia, República Populai daChina e Revública Popular da HungriaDOesfilannto operáis n;o Dia Internacional dos Trabalhad,,resInaugurada em Maputo fábrica de refeições1 . dia 30Entre bs dias 17 e 28, na capital, realiza se o Seminário sobre AlternativasEducacionais )ora aAfrica Austral

da Revolução durante as uelebrações do Ao Chokwé chegam milhares depessoas tara ajudarem na;, - ~ - 7~ 9 apanha do arrozDecretado o Serviço MIULiar Obrigatóro - dia 6inicio em Maputo à fase final do I: Festival Nacional de Dançc Popular - dia 17JULHOLançada Campanha Nacional de Alfa. No dia 5 Lis Cabral. presidente daGuiné-Bvssau, começa visita oficial ao nosso

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betizaçáo - dia 3 País.TEMPO N., 430 - pág. 3

rvenctonamenro governamenrai na ;,ena ziugar zs£aWes-sdia 10ADO: Encerra 3,' Sessão da Assembleia P'opulardia 1.>________Dia 24, Dia das Nacionalizações. começam a circular eiAtaque rodesiano a Gondola dia 30TEMPO N.* 430- pág. 37

Reiniciada publicação da revista das PPLM «25 de Setembro»dia 25Agostinho Neto inicia visita ao nosso Pais - dia 16Lançada Campanha U acional de criaçãopécies - dia 25Começam a circular os autocarros da marca Ikarus - dia 7OUTUBROAo lado: equipa nacional de hóquei patins parte para a Argentina - dia 23Teodor Jivkov, presidente da Hungria visita Moçambique- dia 22TEMPO N.- 430 - pg. 38Visita de Nguyen Hun Tho, Vice.Presidente do Vietnameao nosso país - dia 301 SETEMBRO 1

1 NO EREquipa do Desportivo de Maputo sagra-se campeã nacional de futebol-dia 5Presidente Samora inaugura 1, Escola de Quadros Militares e»' Nampü1a - dia 6DEEMRA questão dos abaseciment o s constitui uma das principais preocu pações durarte78Começa a última fase dc, Campanha Nacional de çõesTEMPO N.' 430- pág. 39Material mifitar húngarc poro os FPLM

Internacional78: UM ANO VIOLENTO1978 foi um ano violento a nível internacional. violento no sentido positivo, nósentido da transformação. Não porque tenham, acontecido; a nível global, oumesmo regional, modificações concluídas da situação, mas porque nele sedesenvolveram cý21ý U-es para transformações realmente radicais, consequentes.Porque nele se desenvolveram saltos qualitativos determinantes nesse processo detransformação.

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Esses saltos qualitativos desenvolveram-se essencialmente em três pontos,fulcrais para a mudança da correlação de forças onde ela é ainda favorável aoimperialismo: na África Austral, na América Latina, e no Médio Oriente.Na África Austral caracterizam-nos: primeiro a definição pelos movimentos delibertação de estratégias de guerra popular prolongada. Em particular noZimbabwe, grhndes zonas de onde as tropas racistas foram expulsas são hojezonas libertadas ou semilibertadas. A luta armada popular cobre hoje 85 por centodo território nacional, cerca os últimos redutos inimigos, quem apromove, quem aapoia e sustenta são as popUlações, cada vez mais conscientes da definiçãocorrecta do inimigo, cada vez mais conscientes da função dos movimentos deliberta ção, da função do movimento de libertação nacional. Na Namíbia e naÁfrica do Sul, como resposta à intensificação das manobras políticas do regimedo apartheid e do imperialismo os movimentos de libertação privilegiam cada vezmais a luta armada, as acções violentas contra a violência fascista do regime. 'EmAngola e Moçambique consolidam-se par tidos marxistas-leninistas apesar detodas as agressões no sentido da dissuação que usam grande parte do seu poder noapoio incondicional à libertação da região. A Tanzania, a Zâmbia e o Botswana -restantes países da Linha da Frente - são confrontados com a necessidade declarificarem suas posiçoes. Sujeitos também a toda a espécie de provocações eagressões, a Tanzania e o Botswana resistem, a Zâmbia cede, embora não deixepor isso de ser fustigada. O Lesotho, a Suazilândia, o Malawi outros países daregião - são envolvidos no processo. Apesar, de suas posições geográficas, oLesotho e a Suazilândia procuram resistir, o l&Ialawi seTEMPO N.- 430 - pãg. 40gue, como o fez sempre, comprometendo-se com as forças reaccionárias.Na América Latina assiste-se em 1978 ao recrudescimento de lutas armadaspopulares em diversos pai ses subjugados por ditaduras militares lacaias do.imperialismo norte-americano. Após inúmeras tentativas anteriores o movimrentode libertação naciona! encontra ai a estratégia correcta: a constitui- çào de amplasfrentes oposicionistas, integrando * todas as forças interessadas em derrubar asditaduras, o desencadear de greves e todo o tipo de lutas políticas a integraçãonessa frente dos movimentos de guerrilha, o desencadear de acções de força queconduzem naturalmente esses movimentos de guerri lha a uma posição dehegemonia na frente e, naturalmente também, . imprimirem pouco a pouco osprincípios que os orientam à frente ampla. Desencadeado esse processo emdiversos pontos da America Central è do Cone Sul, ele assumiu aspectosSpartciculares na Nicargua, onde os Sandinistas levaram à beira do colapso oregime de Somoza, na Argentina, na Bolívia, em El Salvador e na Guatemala, efoi iniciado noutros países.- Não possuindo na maioria dos casos alternativas para as ditaduras militares oimperialismo vê-se na contingência de intervir mais directamente como últimasaída para preservar os seus interessz.s. Será progressivamente essa a sua atitudenos tempos próximos.No Médio Oriente dois processos foram partícularmnte importantes - Camp Davide Irão. O pri meiro serviu para denunciar completamente as intençõescapitulacionistas de Sadat, serviu para elarificar as posições' dos países árabes emrelação à questão palestina, o segundo meteu em cheque o regime reaccionário do

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Xá Reza Pahlevi, de importância estratégica no controlo imperialista da região edo petróleo, seu principal produto. Para além desses, outros processos deslocaramou movimentaram a correlação de forças internacional.Em Africa: a evolução de luta de libertação na cional do povo sahariano, queconduziu ao colapso total e à queda o regime mauritano; o aumento, descarado doenvolvimento militar imperialista (em

especial da França, Grã-Bretanha, EUA e RFA) em Africa; a tentativa deinstitucionalização dessa intervenção com a constituição de uma «força militarafricana», filial da OTAN; o conflito Etiópia Somália; a evolução da luta delibertação na Eritreia; o novo confronto PLNC/regime de Mobutu e a aliança deuma das facções -da Frolinat a Malloum, no Clhade.Na Ásia: a evolução do processo na China Popular, quer a nível interno, onde édado ênfasè inédito ao desenvolvimento da «técnica», quer a nível externo, onde édesenvolvido um processo de abertura ao Ocidente, que termina noestabelecimento de relações diplomáticas com os EUA onde é ampliado o apoio aregimes reaccionários como; o conflito entre o Vietnam -à Kampuchea; odesenvolvimento das lutas que opóem em armas o povo de Timor-Leste àIndónésia agressora, os povos das Filipinas e da Malásia aos seus regimesopressores.JANEIRO3- Camboja rompe relações com o Vietname.-Guerrilheiros, da Frente Patrióticadanificam um complexo turístiý'o nas montanhas Vumba. Sobrevivente, denunciaque corno represá lia o exército de Smith assassinou15 camponeses.5- Comité Afit-Apartheid da ONUcondena a discriminação racialno despõrto da RSA.8 - Conversações entre o Governo moçambicano e delegações da ONUe da Inglaterra sobre o Zimbabweem Maputo.9 - Ministro dos Negócios Estrangeiros francês afirma que o seu país continuará aapoiar militarmentea Mauritânia.11 - Frente Patriótica realiza importante acção dz sabotagem emGokwe.14- Emissora das Comores revelater falhado uma tentativa para assassinar o Presidente AliSolih15- SWAPO denuncia a existência d3soldados chilcnos na Namíbia.- Frente Patriótica reúne em Ma'puto.17-- É revelado qua entre Junho eOutubro de 1977, a Frente Patriótica abateu 1039 soldados, rodesianos e causouelevados prejuízos materiais.

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Na Europa: a derrota da esquerda francesa nas eleições, facto pouco esperado;«caso moro», que na Itália opõe (e recupera) a estratégia do desespero dosmovimentos de esquerda revolucionária à política de compromisso da esquerdatradicional; o reorganizar no poder das forças de direita em Espanha e emPortugal.1978 foi um ano violento a nível internacional. Se a violência revolucionária abriuespaço à transfor mação, será o desenvolvimento dessa violência que fará atransformação. Porque os povos sabem isso; aprenderam isso, 1919 será tambémum ano de violência - que; é a única linguagem a opor à violência da exploração-opressão imperialista.Contaminadas como estão já todas as áreas de domínio imperialista pelomovimento de libertação nacional, assistiremos inevitavelmente ao seudesenvolvimento em cadeia.78: A aliança entre Smith e os fantoches culmina com a assinatura e cio «acordointerno»Conselho de Segurança acordouincluir o. embargo de petróleo e de investimentos nas sançõescontra o«apartheid».19 -Frente Patriótica aceita conversações sobre a Rodésia . 21 - F. POLISARIOavisa Espanha para não violar as águas do Sahara após barco carregado de armases panholas para Marrocos ser interceptado.25 - Comité contra apartheid na ONUdenuncia escalada repressiva naRSA.- Kurt Waldheim afirma que a re.solução d, problemas da Africa Austral passa pela solução daquestão namibiana.Sete milhões de Indianos entramem greve em Bombaim na UniãoIndiana.27 Autoridades tunisianas reprimamgreve geral dos trabalhadores eprendem dirigentes sindicais.28 - É anunciado que 45 soldados rodesianos foram mortos durante a destruiçãoda base rodesiana deNjamorokc.30 - Convzrsações entre a Frente Patriótica e a Inglaterra ini -iaram-se em Malta.-Luta contra Somoza agudiza-se.Estado de Emergência é declarado.-Opositor de Mobutu declara teriniciado nova insurreição noSh-raba.-- É anunciado que Pretória vai receber dirigente sionista.31 - Reinicio de conversações militares Egipto.Israel.TEMPO N. 430- pág. 41

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4o «acodo interno» a Frente Patriótica opõe a Intensificação da luta armada,. que hoje cobre 82 por cento do território nacionalFEVEREIRO1 - Terminam sem resultado con.versações sobre o Zimbabwe emMalta.-Governo angolano d e n u n e i aagressões zairenses e sul-africanas ao país.- Trabalhadores do Nicarágua emgreve.Ultimatum de ETA ao Governo espànhol para se iniciarem ngociações.3 Novas propostas ocidentais paraa Namíbia prevêem a redução pa ra 1500 do efectivo militar sul-africano,4 Partícipantes da cimeira anti-Sadat afirmam que não se alcança a pazdesprezando os.di.reitos do Povo palestino.Mobutu deslocas2 ao Ocidente para sollcitar apoio económico.Potências' ocidentais contactanfantoches namíbios.5 - FSLN apela à ofensiva final contra o regime de SomozaPrision eiros de umcampo de Concentração rodesiano evadem -se para zonas semicontroladaspela Frente Patriótica.6 - Híssein Habré líder de uma facção guerrilheira chadiana assina acordo com oPresidente do Chade, Malloum.P ovo do Nicarágua recusa elei,oes de Somoza,G-')ade rompe relaçoes com--PO,ARIO anuncia importantes militares.=Auio ,Lde nicaraguenses reprimer manifestantes.evadido de uni cam. po de orntração rodesiano re4 o sofriineto quefustiga as.p -ssoas dei .aä.S ril deouí.a na ONU agres-s es zairenses e sul.africanas.12 - Pretória desiste das conversaçõesna ONU sobre Namibia.14 -- É divulgado que as partes componentes da Frente Patriótica acordaram em transformar a organização num Partido.16 - Assinado «acordo interno». 38 - Secretário-Geral da OSPAA assassinado emNicósia.- Congresso Popular Arabe anuncia que vai julgar por alta traição o PresidenteSadat.19- Ralações Chade-I4bia restabelecidas.- Presidente -Pinto da Costa de SãoTomé denuncia conspiração imperialista contra o seu país.20.- República Popular de Moçambique condena intervenção francesano Sahara.

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Sithole, Muzorewa e Chirau sãoinimigos declarados do Povo do Zimbabwe - afirma Robert Mugabe.:Comité de Libertação da OUA reafirma apoio aos, Povos do Zimbabwe e daNamíbia.- Indignação internacional pelo«acordo interno».23- Repübli2a Popular de Moçambique condena «acordo interno».Neto propõe Negociações Angola-Zaire.24 - Anglo.americanos manifestamambiguidade face ao «acordo interno».Novas derrotas dos invasoresmarroquinosmauritanos" no Sahara.Presidente da SWAPO denuncia apoio da CEE ao regime do «apartheid».26 - JoÉnal argelino. «El Moudjhid»descreve que o exército mauritano manifesta oposição à guerra. 27 - OUAreconhee, as Ilhas Canáriascomo parte integrante do Continente.28 - Conselho de Ministros da OUAaprova aumento de apoio àSWAPO.- É revelado que os seriços de e.pionagem do «a art ei> ,att am na Suazilãndi cntra nacionalistas do ANC.- Anunciado que o regime de Mobutu prendeu oficiais formríados na Bélgica porconspirarem contra a ditadura.- Regime Rodesiano. constrói maiscampos de concentração.MARÇO1 - Oposição promove greve geral na Nicarágua- Botswana encerra fronteira nortecom a Rodésia na sequência 'deagressões.2- Conselho da ONU para Namibia recomenda sessão especial de 24de Abril a 3 de Maio.3 - Botswana -protesta na ONU contra a agressão rodesiana.5 - É anunciada a intensificação de explosões em Salisbúriá após a assinatura do«acorClo interno».. 6 É anunciádo que a OTRAG vaiinstalar-se no Brasil.- SWAPO denuncia, que o regime do «apartheid» transforma Namíbia em arsenalde armas paira agredir Angola.7- Membro do Parlamento inglês acusa o regime do «apartheid» de fecharfronteiras com Lesotho para obrigar o país a reconhecer «independências» debantstõs* Países africanos exigem a condenação do «acordo interno» nasNações Unidas.8-- Cons2lho de Segurança reúne-se para analisar situação do Zimbabwe.Mobutu aumenta repressão contra

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o descontentamento10 - Somália decide retirar-se do 'território etíope face àcontra-ofensiva de AddisAbeba.Comissão dos direitos humanos da ONU denuncia a constante violação dosdireitos mais fundamentais do homem na Argentina. 12- Frente Patriótica rejeitapropps'ta de Washington para urma -,imeira rodesiana com a participação dos membros.do «acordo interno»13- Conversações sobre Namibia iliciam em Maputo entre delegaçãodo Conselho da ONU para o ter.ritório e Governo moçambicno.-Dirigentes da Frente Patriótica chegam a Londres para- conversações sobre novaconferência daRodésia com governo inglês.

15 - Conselho de Segurança da ONU adopta resolução contra o «acordo interno».Forças somãlis expulsas do território etíope.- Israel desencadeia uma grandeagressão no Líbano.16 - Robert Mugabe acusa o Ocidente de ser anfíbio por ter-se abstido de votarcontra o «acordo interno.- Exército sionista chacina pales.tinos no Líbano.- Aldo Moro chefe da DemocraciaCristã na Itália é raptado pelas«Brigadas Vermelhas»Conselho d, Segurança examinaagressão rodesiana à Zãmbia. 17 - Regime rodesiano decreta recolher obrigatóriode 18 horas emMaranke e Mukini.18- Ali Bhutto condenado à morte. 19 - Presidente Marcos das Filipinasacusado de ser um «Hitler» pormanifestantes populares.20- Delegação da Internacional Socialista intorrompe visita à RipúblicaDominicana.-Departamento de Informação de Timor-Leste revela que soldados indonésiostêm.se recusado a combater a FRETILIN.22 - Frente Patriótica revela que deOutubro de 1977 a Janeiro de 1978L provocou 380 baixas ao exército rodesiano,bem como destruiuO rapto de Aldo Moro fez estremecero «$9tatus» europeuenoxme quantidade de equipamento bélico inimigo.- Angola denuncia a concentraçãode 30 mil soldados do «aparthéid» em preparação de ataque contra o pais nafronteira com a Namibia.

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- Sessão extraordinária do Conse.'ió~a: só uma que ?iras?lho da ONU* para a Namibia decorre em LusakaComandos. militares da ZANU e ZAPU discutem possibilidades deoperações conjuntas.24 -Governo angolano anuncia que rechaçou agressão zairense.R.P.da China afirma os principios da coexistência pacífica na base univ--rsal dasua política externa.25 - Conversações ChadeFROLINATem Tripoli.26- Termina Cimeira da Linha daFrente que condena o «acordo interno», reafirma apoio à intensificação da lutaarmada no Zimbabwe e exige aos anglo-americanos clarificarem posições emrelação ao «acordo».Vinte e um congressistas norte-ameri2anos protestam contra a vnda ce aviõesnorte-america.nos ao regime do «apartheid». 28 Chade e FROLINAT declaramcessar-fogo.Personalidades internacionaisapoiam declaração final da Cimeira da Linha da Frente.Presidente Carter# inicia visita à América-Latina e Afrioa.30 - Frente Patriótica confronta-secom o exército de Salisbúria perto de Umtáli.,-R.P. da China assina acordo coma CEE,ABRILMPAIAC divulga operações de Fe.vereiro a Março que causaram baixas e prejuízos materiais aocolonialismo espanhol.4- 75 mil manifestantes em Mapora perto de Bulawayo apoiam a.Frente Patriótica e condenam o«acordo interno».5- Exército angolano faz importante operação de limpeza contrabandoleiros da «Unita».6- Formado novo governo francês.Agências noticiosas revelam quea França forneceu dezenas deaviões militares à Rodésia.7 - É anunciado que a Frente Patriótica vai reunir-se com enviados anglo-americanos sobre a questão rodesiana.- Presidente etíope termina visitaà URSS.9 - Falha tentativa dz golpe de Estado contra o Presidente Barreda Somália.s - Presidente Nyerere conferencilacom o Secretário-Geral da OUk

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sobre Rodésia.10 - «Conselho executivo» rejeita novas propostas anglo-americanas. 12 - Érevelado que o «conselho execultivo» tentou persuadir os enviados anglo-americanos a reconhecerem o «acordo interno». 14 Ministros dos NegóciosEstrangeiros dos países da Linha da Frente e os dirigentes da Frente Patrióticareúnem com Cyrus Vance e David. Owen5- Governo moçambicano condenaatentado ao Secretário-Geral do MPAIC e afirma a solidariedadecom o movimento.Dirigentes da Frente Patrióticeaceitam propostas para conferência sobre a Rodésia apresenuadapela Inglaterra e EUA.l'6 Terminam conversações sobreZimbabwe em Dar-es-Salaam onde a Frente Patriótica propõe alterações ao planoanglo-amer;cano.17 Chefes da diplomacia anglo-anmericana visitam Salisbúria piradiscutir o problema rodesiano.- Recrudesce conflito CambojaVietname.lý- R-gime do «apartheid» revela oenvolvimentq dos EUA na guerra de agressão imperialista a Angola.TEMPO N 430 - pág. 43

21 - Potências ocidentais anunciamque vão reunir-se para discutira situação na Africa Austral.-Ministério de Defesa, angolanoanuncia a neutralização :de reaccionários armados no sul do pais. 24- Iniciadasessão especial da ONUsobre a Namíbia.25 - Manifestações estudantis na Ro.désia .ýontra o «acordo interno». 36- Principais movimentos de Ubr.tação da Eritreia oferecem-se para negociar com o governo deAddis-Abeba.GoveIno chadiano reinieia contactos com a FROLINAT.- «Conselho executivo» rejeita asnovas propostas anglo-am2rica.nas.27- Golpe de Estado ,no Afeganistão.- França confessa estar a intervirao lado das tropas de Malloumcontra a FROLINAT.Dirigentes de países insulares dooceano fndico iniciam conferência na capital da República dasSeychelles

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- Frente Patrióti2a acusa o Governo inglês de hipocrisia face às suas posições emrelação ao acordo interno,- «Co-ministro da Justiça. Lei, Ordem e Serviqo Social .e do novo regimerodesiano Byron Hove é destituído por 3riticar o acordo'interno30 -Mesa-Redonda sobre a Africa Austral inicia em Luanda.- Descoberta .onspíração contra oGoverno das Seychelles.Governo inglês afirma que a capital do Chade está em perigo ser tomada pelaFROLINAT.,MAIOÉ onstituida a República Democrática do Afeganistão no terceiro dia após o golpede Estado.Robert Mugab2, co-lider da Frente Patríõtica denuncia que mais de 20zirmbabweanos foram assas sinados pelo «executivo» de Salisbúria.3 - Joshua Nkomo, co-líder da Frente Patriótia do Zimbabwe rejeita um apelo deIan Smith para o «cessar.fogo». Ao mesmo tempo é divulgado que numa sóoperação o exército rodesiano assassinou 100 civis em Ohifumira.-O Partido da Democracia Cristãda Itália manifesta a sua intransigência em não negociar com os raptores do seudirigente, AldoMoro.TEMPO N.° 430 - pg. 44Rodesia com t..a. as partes envolvidas.- Exército do regimie do «aparth.eid ataca .o campo de refugiados na.mibios em Cassinga.5 - «Brigadas Vermelhas» anunciamter chegado o momento d; «executar Aldo Moro, dirigente da democracia cristã.6- Governo angolano anuncia quea agressão sul-africana do dia 4 de Maio causou a morta de 600refugiados namíbios e deJ16 soldados das FAPLA em Cassinga.-Frente POLISARIO denuncia que a força aérea francesa intervem na agressão àRepública Ai-abeDemçrcrãtica do Saiara.7- .Frent Patriótica acusa o Ocidente de conspirar contra os Estados da «Liha daFrente»- Precisou que os preços de cobre foram estagnados para que a Zâmbiaabandone a sua posição de apoiar movimentos de libertação.- Frente POLISARIO anuncia ter infligido pesadas baixas às forças marroquiino-mauritanas-francesas que agridem a RepúblicaArabe Democrática do Sahara.- Conselho de Segurança da ONU condena o massa re de Cassinga e o regime do«apart'ieid» ameaça agredir novam2nte Angola se esta continuar a apoiar aSWAPO.8- A SWAPO interrompe negocia~ ýões com as potências ocidentaisNova ofensivada FLNC' con.tra o regime

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. de Mobutu provoca nova intervenção imperialista, di.rectamente, eatravés da proposta da criação de uma«força militarafricana». sucursal daNATOsobre a Namibia em protesto contra o massacre de Cassinga.Partido Comunista Italianá afirma que o objectivo das «BV» é «pôr o pais dejoelhos e quebrar a solidariedade entre os partidos democráticos»)-Comunicado Militar da República Popular de Angola revela a expulsãocompleta dos soldados invasores do regime do «àpartheid».- Frente Patriótica ataca pontos estratégicos da e.,onomia rodesiana e uma basemilitar inimiga.Quarenta e cinco jov.ns zimba-, bweanos denunciavam que SIthole prepara umexército para combater a Frente Patriótica exér cito esse de onde eles consegui.ram fugir. Frente Patriótica denuncia que o «governo interino» rodesiano temassassinado duran te a sua vigência, 15 a 20 pessoasdiariamente10 -'Michel Hodgman. liberal australiano d2clara perante o Parlamen to do seupaís que se avistam possibilidades- para negociações entre a Indonésia e aFRETILIN- John Vorster reconhece que o regime do «apartheid» criou um «fundo secr&to»para corromper.jornalistas que aceitam prestigiar o sistema racista.Frente POLISARIO apela à OUA para se opor à intervenção francesa no SaharaOcidental.12 --Frente Patriótica , afirma terabatido dois aviões rodesianos morto sete soldados inimigos e

libertado nos últimos três meses 2500 prisioneiros dos campos deconcantração do regime.- O relatório anual do Departamento Prisional do «apartheid» r2vela que, aumenta continuamente e já atingiu 100mil o número de prisioneiros políticos do regime. 13-- Grupo de mercenáriosinvade aRepública das Comores e derrl]a o Presidente Ali Solih.FNL Congo desencadeia novaofensiva contra o regime de Mobutu.O Secretário dz Estado norteamericano apela para a realização de uma cimeiraalargada sobre a Namíbia com todas as partes envolvidas.14- Frente POLISARIO anuncia ter

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infligido novamente retumbantes derrotas aos exércitos invasoresmarroquino.mauritanos. Cerca de 500 saharianos evadiram-se das áreascontroladas pelo inimigo e juntaram-se à POLISARIO nos últimos dias. Elsdenunciam que a cidade de Nouadiibou é base de seis «Jaguars» franceses eafirmam que a intervenção francesase iniciou em fins de 1977.-O Presidente Kaunda visita Londrýs para discutir questões rela.ionadas com acrise económica zambiana, situação da RodéSia eNamibia.15- Greves nas fábricas «Ford», «M ircedes Benz» e «Saab Scania» mar cam a entrada em força dos trabalhadoresbrasileiros na arenada crise política do país.A A FNLC poupa as cidades d- Matsatsa e Kolwezi..0 Presidente Kaunda reúne com o Primeiro-Ministro Callaghan na Inglaterra comquem debate «a necessidade de a Zâmbia obtmir auxilio financeiro para enfrentarcoisequências de feJho de fronteiras com a Rodésia e baixa dopreço do cobre.Autoridades iranianas reprimém manifýações de estudantes na universidade deTeerão causando 15 mortos.- FNLC adverte as potências imperialistas com interess-s no Zaire para asconsequência3 que poderão advir da sua- intervenção nopais. .13- William Colby, ex-director daCIA confirma que esta organização fez uma «guerra secreta» na RepúblicaPopular de Angola e confirma igualmente a versão do seu ex.subordinado JohnStoc-kwell que anteriormente decla- -O President- Kaunda eicontra-serou que a CIA tudo fez para li- com o chefe de Estado nortequidar o MPLA.-americano, Jimmy Carter com-É 1revelado que a Frente Patrióti- quem debate a cA'ise económicacaeliou 1 s a dos esia- zambíaria, a situação política, dano&To-r p i e no dia . Africa Austral o os direitos hu14~ ~ ~dcremasvoet omba- manos.q e1ssinato - Conselho de Segurança das Nade 0iv entresol- ções .Unidas sublinha que o redados , 'ê e babwea gime dcílanSmith cons'titui umanos. afirma que ameaça à..paz h segurança ina id guerra éa ternacionaL condena o «acordoúnic resrsões dos ínterno»e apela para que seja enreglmes - statem contrada uma solução em negoconvea s emDmsco comciações com a Frente Patriótia.d s ituação 20-A França confirma oficialmente n Zinib": no meio duma ondade protestis

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- Preid hama visi- internacionais, que int-rviu milita pir a situa-tarmente no Zaire; para combação' irna. ter a FNLC17-de re r õrgn- - Governo peruano decreta estadoócí pa ocidentais de émergênAia para enfrentarpara -, aflerv2nção mili- greyes de trabalhadores, ao mestar d TZaire a pretex, mo tempo que intensifica a agresto d oeantes brancos são assassinando e prendendo váem A ivisão aerotrans- rias pessoas, e sobe os preços deportada n 8etr em estado produtos d, primeira, necessidadêert n EAdeFNLC toinmas duas cidades na -Trabalhadores peruanos dirigidosproví ,Saara. pelos Sindicatos preparam se pa17-. - ai ex-capitão do ra iniciar uma luta para cons2d enuncia que a es guirobter concessões a favor dospi a timidação e a cor- seus intesresses.rua s ram a «lealdade» 21 -Abel Muzorewa acusa o exércitoo e o raniano. ao monar- do seu «governi» de ter executaca !...do105 _ivis. E tornado público18- Ébcoque o regýme que no dia 21,4 8 pessoas foram,r1 apopUlações das detidas após confrontações qusnwa, lMoromo e Chi- se geraram depois do discurso dee da;resjýrva tribal de Sithole perante 10 mil pessoas emDecolher obrigatório de Highfield. Muzorewa acusa Sitho2 - -AFrente .Patriótica 'e de ter obrigado a população aannia quei itre Janeiro e Abril assistir o s.u comício.ate#u smil 1odados rodesianos edestruiu e capturou numeroso 22 A 51. cimira fränrófonr iicia.m :terial bllç~~~~bmgo- se em França com a participatriaã délo iniesgocidção de 21 Estados africanos.Ansportaos r ías ocidentais pa - É revelado que a CIA e,"a BQS testãoempenhadas em reactiv-rra, intervirem no Siaba. a «Unita» ýrm gola, apostadosem destabilizar jovem Repblica Popular. John Stc ckwelll ex-agente da CI, em Angola denuncia o facto num livro qu foLilançado no mercado.- Termina em Parisa eim ýa r,a ifencóf0na na qual, o Chefe de Estado do Gabão elPresidente cm.exercício da OUA propõs a cr.»ção de uma força «interafr{capa»sob auslícios da França para intervir rapidamente nos paísesafricanos «am2açados» por «invasão caos ou motins de massas»,Massacre de Cassinga: represdlia pelo 24-Informações provenientes do inapoiodo MPLA à SWAPO ' terior da Rodésia participam oTEMPO N.° 430 - pág, 45

cresclmer..o da vaga de repressão desde a assinatura do «acordo interno».

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Soldados franceses morrem emcombates com a FNLC. Presiden.te Mobutu encontra-se com o Pri.melro.Ministro belga para melhorar as relações entre os dois governos. Fonte deKinshasa dá conta dos elevados prejuízos que acarreta para a economia zairense, aparalisação da produção de cobre no centro de Kolwezi.Embaixada cubana em Moçambique desmente em nome dlo Governo de Havana;as imputações falsas e irresponsáveis do regi.me zairense da sua participaçãono levantamento do Shaba.25 - Robert Mugabe visita a Coreia.- Presidente Opango do Congo eo chefe de Estado etíope Mangistu disutem a formação de uma frente Anti-Imperialista . Africana.Lúcio Lara um dos dirigentes do MPLA, denuncia a intervenção da NATO acoberto de evacuação de europeus, e desmente a implicação da RPA nosacontecimen- tos do Zaire.- Estudantes do Ensi)no Superiorda Nicarágua entram em greve.Comissão. de Descolonização das Nações Unidas manifesta solidariedade com aluta de libertaçãonacional em Africa<C r u z Vermelha Internacional ap:ia para o auxílio de 10 milhões de dólares aoContinente Africano para os próximos seismeses.-O jornal tanzaniano «DailyNews» critica o chefe de Estado do Gabão e Presidente em exero cicio da OUAOmar Bongo, por ter proposto à França que interve.nha no Continente para «proteger» Estados africanos.SWAPO denun2ia recrudescimento da repressão na Namibia.- É anunciado que Muzorewa e S.thole se encontraram com Ka muzu Banda. Presidente do Malawi,26 Aumenta a generalização de manifestações antigovernamentaisno Irão.2? É anunciado . que a delegação daZANU vai visitar a partir dè 7 deJIunho, a Espanha.- Kol zi é tomada pelas forçasintervenc4onistas. Começam a ser avaliados os elevados prejuí zos causadospela rebelião armada.TEMPO N. 430-pág. 46»",António Cubilo, dirigente do MPAIAC, moviniento de liberta9ão das Canárias.28- Jos,.ua Nkomo apela na Polóniaao reinício das conversações so.bre a Rodésia. 50 mil pessoas protestam contra o «acordo interno» em Salisbüria.- É anunciado que Mobutu se vai

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enoontrar com Hassan II de Mar rocos para planearem o regresso do exércitomarroquino aoShaba.Spiros Kyprianou, Presidente doChipre adverte que o levantamento do embargo de armas nor: teamericanas àTurquia criaráum «terrível precedente».29- O Presidente Ali Solih da República das Comores é executado pelosmercenário§ que invadiramo país e tomaram o poder.Joshua Nkomo denuncia em Var sóvia que as propostas anglo-americanasdestinam-se a destruir a Frente Patriótica.ANC denun2ia que termina nofim de 1979 a construção de uma base militar do regime do «apar.theid» a 50 Kmde fronteira com Moçambique e outra junto à fronteira com o Botswana estáem vias de construção.-FNLC denuncia massacres de civis zairenses por forças intervencionistasapoiadas por soldadoLde Mobutu- Peritos belgas declaram quea produção de cobre no Zaire vai baixar para 50 por cento devidoà rebelião armada.30- Movimento para Autodetermina.yço e independência das Canárias denuncia que a NATO transformou as ilhasnum trampolimpara agredir Estados afri2anos. 31 - Jornal inglês «Daily Telegraph»denunciý que Owen assegurou a Sithole, que se conseguir quebrara unidade da Frente Patriótica, recuperando Nkomo a Grã-Bretanha reconheceriao «acordo interno» e apelaria à ONU paraacabar com sançõesx- Após dois dias de agitação reaccionária Madagáscar regressa ànormalidade.JUNHO1 - Primeiro contingente marroquinodesembarca no Zaire. FNLC desmente ter em seu poder reféns civis, senão seismilitares franceses.2- Frente Patriótica revela que nosdias 26, 27 e 28 de Maio, operou a 45 quilómetros de Salisbúria onde provowoupesadas baixas huma nas e materiais ao exército de Smith, bem como à economiadoregime.- Ministério de Defesa da França anuncia a queda de um «Jaguar»no Chade.- Exército colombiano enfrenta uma vaga de manifestações doestudantes oontra o Governo.O Governo tanzaniano nacionaliza a multinacional britâníca «Lonrio» por violaras sanções económicas decretadas contra o regime do «apartheid» e de Ian

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Smith3- Presidente Neto de Angola reúne-sè com Kenneth Kaunda da Zâmbiapara discutir problemas inerentes à cooperação entre osdois Estados.O ministro dos Negócios Estrangeiros da R. P. China visita o Zaire onde declara oseu apoio ao regime de Mobutu que enfronta uma revolta popular.- Partido Comunista Mexicano acusa o Governo da Guatemala deter chacinado 100 oamponeses.- Secretário-Geral do Partido Socialistã apela à formação de uma tr2fnte amplapara liquidar a junta Militar de Pinochet.4- Presidentes da República Popular de Angola e da Zãmbia as sinam acordoscomerciais e derelações bilaterais.Potências ocidentais conferenciam sobre Afri:a.-O Presidente da Líbia, Khadaffy e o Presidente argelino Boumediene afirmamestar convencidos de que a intervenção france.sa no Sahara Ocidental e no Chade destinam-se a fazer um cercoaos seus países.5'- A conferência que reúne os EU-

a Inglaterra. França, Bélgica e RFA para assegurar a exploração do Continenteafricano é alvo de diversas condenações de todasas partes do mundo.-John Granham e Stephan Lowdiplomatas da Inglaterra e, dos EUA iniciam em Salisbúria conversações sobre oplano anglo-americano para a Rodésia,6 -Conferência de potências ocidentais termina em Paris e recomen.da o reforço do aparelho de repressão nos países africanos neocolonizados paragarantir a continuação da exploração das matérias-primas e da mão-de-obra.- A República Popular de Congo çonsidera como um acto de alta traição, aproposta do Presidente em exercício da QUA e Chefe de Estado gabonês, para acria.ção de uma força de intervençãoafricana.7- OTRAG lança o seu terceiro foguetão com -a presença do Presidente Mobutu.Movimento Pdronista Montonero expõe em, encontros com jornalistas quecobrem 'o torneio miundial de futebol, os objectiv3sda sua luta.- Egipto decide enviar artilharia pesada e conselheiros militares pa.ra o Zaire para «aumentar à força 'interafricana estacionada noShaba».8 - Aviões franceses «Berguet Atlantic» e «Jaguar» combatem ao lado do exércitoimarroquino e mauritano que invadiram o Sabiara, em reencontros com a POLIA.RIO que inflige aos invasorespesadas derrotas.- Lopo do Nascimento, Primeiro.

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-Ministro angolano afirma que com a criação de uma força interafricana peloimperialismo os países progressistas ver-se-ão obrigados a formar um blocodefensivo resultando dai a destruiçãoda OUA.-É anunciado qu a Frente Patriótica vai abrir escolas nas áreaslibertadas.-«Governo interino» rodesiano estuda uma proposta de Sithole para revogar a leidas terras a pretexto de acabar om a discriminação racial.-- Tanzania rejeita ,e considera um atentado à liberdade de Africa. a ideia doPresidente Omar Bongo do Gabão e em exercício da OUA de criar uma forçainterafricana.-A Líbia exorta os Estados progressistas africanos a defLnderem arvolução ameaçada pela criação da «força interafriana», decisões de cimeiraimperialista deParis e intervenção da NATO.-Membros do governo mercnário'das Ilhas Comores visitam Paris. 11- Comunicado da Cimeira da «Linha daFrente» reunida em Luanda exige a transferência dspoderes à SWAPO.-Jornal inglês Observer declaraque dois mil mercenários ocidultais- Vão ser recrutados pelo r;gime de Mobutu.- Autoridades rodesianas divulgamter assassinado 22 civis «surpreendidos a acompanhar guerrilherQs a 12quilómetros de Salisbú.ria».SWAPO aceita reiniciar negociçôcs com as cinco potências ocidentais.,,A intqrvenção militar, jrancesa em muitos pontos do Continente é alvo de in.dignação e protesto (Ia OU.A e de toda a Comunidqade internacionalPopulação de Soweto começa a observar uma semana de luto por ocasião dacomemoração do segundo aniversário do massacre de centenas de estudantes no«ghetto.- Israel cede posições no Líbanc'às milícias fascistas.-O Presidente Nyerere da Tanza.nia mantém conversações com os cinco países ocidentais sobre a Namibla.-11 Potências capitalistas, o FMIe a CEE estudam ajuda' finan-.ceira ao Zaire14- Comité de Fiscalização das Nações Unidas denuncia que a RSAestá prestes a adquirir capacidade de produzir armamento nuclear.-Africa do Sul prepara agressãocontra Zâmbia.15- É ravelado que a invasão mer.cénária à República das Comores foi planeada pela França.16 - Ministro dos Negócios Estrangeiros inglês, Owen declara que a Grã-Bretanhaestá apta a intervir na Rodésia numa operaçãosemelhante à do Zaire- Praesidente Giovani Leone da

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Itália deúnite-se por ser acusadode corrupção.17-Greve geral no Irão.4am Nujoma rejeita a anexação do Porto namibio de Walvis Bay.- Revelados documentos sobre a3ooperação entr2 a multinacional norte-americana «Gneral Motors»> e o regimedo «apartheid». 18- Kurt Waldheim manifesta preocupação face à determinaçãode Pretória em realizar eleições na Namibia sem a participação daSWAPOíi 0 embaixador do Egipto em Lisboa compara Sadat a Salazar,Caetano e Franco.- Comité de Libertação da O U Aexige a descolonização da ilhaReunião.20 - Potências capitalistas decidem«ajudar» o Zaire com 61,5 rrilhõzs de dólares.21 - MPAIC reivindica atentado bombista à sede das South African Airawaysem Las Palmas no,.dia 1922 -Governo angolano comunica novas a.krssões do regime do «upartheid».-Comité de Libertação da OUAcondena a intervenção da NATOno Continente.- FNLC rejeita reconciliação comMN. 0Phutu.,TEMPO N.o 430- pág. 47

23- Manifestações antigovernamentais na Nicarágua.24- OUA reitera apoio à Frente Patriótica.-Ministro dos Negócios Estrangeiros nigeriano apela à retirada das forçasocidentais do Conti,nente africano.-tealizase primeiro encontro entre o chefe de Estado português Eanes e oPresidente angolanoNeto.- Nove civis são assassinados naRodésia em retaliação à morte de um membro da Frente Rodesiana um soldado.Frente Patriótica acusa Smith de assassinar 12 missionários. mulheres e crianças -britânicas. Delegação do grupode Muzorewa visita o. Zaire.- Presidente do Iémein do Norteé assassinado.23- Anwar Sadat propõe a entregada margem ocidental do Jordão à Jordânia como pré-condição para o reinício deconversações comIsrael.26-Presidente do Iémen Democrático-demite-se na sequência de uma

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rebelião do exército.-É anunciado que as organizações nacionalistas i da Eritreia assistirão à Cimeirada OUA em Cartum.- Regime do «apartheid» inicia recenseamento de eleitores na Namíbia27- Volta a calma no Iémen Democrãtica depois de falhada a ten.tativa de golpe chefiada pelo Presidente Robaya Ali, executado. 2- Marrocos,Mauritânia, Egipto,Zaire e Senegal dividem o Comi-té de Libertação da OUA ao recusar-se apoiar o MPAIAC dasilhas Canárias.- Comandante da ZANU morre vitima de uma mina junto 'à fionteira zambianacom Rodésia.29- Presidente Kaunda mantém conversações com chanceler da RFASchmidt.JULHO2 - Autoridades da Nicarágua desencadeiam uma onda de repressão contraestudantes secundários emgreve geral.3- Frente Patriótica denuncia o massacre de 14 civis em Rusape enquantoSalisbúria comunica o assassinatõ de mais 20 pessoas.- Governo do Chade inicia em Tri.poli conversações com a FROLINAT.4- Regime do «apartheid» manifesta intransigência em não revero seu plano para a Namibia.5 -Presidente do, Gana demite-se. 6- Fracassam negociações entre o Governo doChade e a FROLINATsobre cessar-fogo.7 - Conferência de ministros dos Ne.gócios Estrangeiros da OUA ini.'cia.se em qartum.-É anunciado que o MPAIAC realizou um atentado a uma posição do exércitocolonial espanhol nasilhas Canárias.- O Presidente Somoza rejeita proposta de reformas eleitorais, naNicarágua.- Delegação do governo mercená.rio das Comores é expulsa daMovimentos de libertação da EriStreiaConferência ministerial da OUA. 10- Golpe de Estado na Mauritânia.- Conversações entre SWAPO ecinco potências ocidentais iniciam-se em Luanda.11 - POLISARIO apela aos chefes deEstado africanos para assumirem uma decisão justa em relação aoSahara Ocidental.12 - Conferênêia Ministerial da OUA

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reconhece a Frente Patriótica co- ' mo único interlocutor do Povozimbabweano.13 - Hassan II de Marro.os afirma quea política entre Marrocos e Mauritânia não se altera.- Cimeira Ministerial da OUA condena intervenção francesa no Continente e afirma que a forma.ção de uma «força pan-africana» sob seu controlo é uma violaçãoda Carta da OUA.Dissidentes do Governo do Xáexigem investigação sobre a repressão no Irão.-É revelado que Sithole se, encontrou com o Presidente Amin doUganda.--Assembleia boliviana dos Direitos Humanos e o antigo Presi.dente Suazo. denunciam fraudenas eleições presidenciais.15- Jimmy Carter aprova a venda de600 milhões de dólares em armamento ao Irão.-Etiópia rejeita proposta de negociacões com organizações nacionalistas daEritreia.-Novo Presidente mauritano declara que o seu país pretende retirar.se da guerra.17 - É anunciado que forças do «UANC» de Muzorewa assassinaram17 civis.18 -Iniciada a 15." Sessão Ordináriados Chefes de Estado da OUA.Presidente lNimeiry do Sudão declara haver prioridade na Cimei.ra da OUA para a Africa Austral.Acordo Angola.Zaire. 19- Presidente Samora Machel denUncia na OUA que a «força interafricana é uma manobra paradestruir a unidade africana.- Robert Mugabe e Joshua Nkonoreúnem.se em Cartum com Kurt Waldheim para discutir as iríiciativas anglo-americanas para a Rodésia.- Frente POLISARIO exorta aoaproveitamento das possibílida.des para a resolução do conflitono Sahara.21 - OUA é criticada pela passividadeperante o problema -do SaSara.TEMPO N.° 430- pág. 48

Golpe de Estado na Mauritânia: o resultado 49 estratégia correcta da F.POLISARIO24--Presidente do Gabão. Bongo, decide expulsar cidadãos beninen.ses.

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- É revelado que a. Rodésia agrediua Zâmbia onde matou 51 pessoas-PF. POLISARIO ataca El-Ayoun. 25- É anunciado que nos dias 21 e22 de Julho a F- Patriótica atacouSalisbúria.- Registam-se na Nicarágua renhidos combates entre a Guarda Nacional e aFSLN. \- Inicia-se cimeira ministerial dospaíses não.alinhados em Belgra.do.-Lesotho apela auxílio à ONU para enfrentar a chantagem economica da RSA.- Polícia massacra 250 manifestantes no Irão.- Regime do «apkrtheid» manifesta-se intraijsigente quanto à inclusão de WalvisBay na Namiíbia. 29- Angola e Zaire decidem estabelecer relações diplomáticas.- Comité militar ztíope analisa pro.blema eritreu, rejeitadas negociações.AGOSTO-,É noticiado que Robert Mugabefoi recebido por Fidel Castro emHavana.- Ministro francês de cooperaçãotermina visita ao Chade onde analisou a '«cool5eração» militar e eonómica com oregime deMalloum.6- «Alto Comando de Defesa» mauritano-marroquino reúne.se naMauritânia.- Martti Ahtisaari, representanteda ONU para a Namíbia chega a Windhek para iniciar o processo de transiçãopara independênciado território.8- Golpe de Estado nas Honduras.- É revelado que o governador do Banco da Rodésia, Noel Bruce, o ministro dasFinanças, DavidSmith e o presidente do regime rodesiano, John Rowthall se encontramenvolvidos num escândalo de contrabando de divisaspara o estrangeiro,10- É anunciado que os EUA assinaramum acordo com o Irão para instalaremcentrais de energia nuclear no país juntando-se RFA, à França e àãAustrália quemantêm cooperação militar como regime do Xá.11 - Comité de Des3olonização daONU debate a supressão do regime rodesiano.- Conselho Mindial das Igrejasapoia a Frente Patriótica.- Presidente das Seycfielles declaraque qualquer agressão do imperialismo ao seu país confrontará

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com o Povo.11- Guerrilheiros do ANC abatem 10soldados no interior da Africa doSul.- Muzorewa é acusado de ambicioso por membros do seu grupo.- 48 militares acusados de cumplicidade cíom a tentativa de golpe de Estadocomeçam a ser julgados na. Somália14 - Presidente Joachim Y h o m b iOpango denuncia uma tentativa de golpe de Estado no Congoque foi abortada.Inicia Conferência da ONU contra o «apartheid» em Genbra.- David Owen reúne-se com Sitiole. 15- Polícia rodesiana assassina quatromineiros e fere cinco em repressão a uma greve nas minas de cobre de umacompanhia sul,.africana16- 45 mil mineiros participam numa «matcha de sacrifício» no Peru 'exigindo areintegração de320 seus companheiros.-O Jornal «Star» sul-africano rèvela que o Pentágono vai inter.vir na Rodésia emdefesa da população branca».17 - Frente Patriótica apoia operírioszimbabweanos em greve nas minas de Mangula.18- No âmbito do Comité Coordena.dor da Frente Patriótica, Mugabe e Nkomo reúnem-se em Lusaka.-Tentativa de golpe de Estadofalha no Afeganístão.19 -..Presidente Agostinho Neto inicia-É anunciado que David Owen seprepara para se deslocar à Africa Austral a fim de preparar uma - onferênciaalargadá sobre oZtmbabwe.--UNIP anuncia que o -PresidenteKaunda será o candidato únicoas eleições presidenciais.20 - 377 pessoas morrem num cine.ma de Teerão por estranho incêndio. A opressão atribui o incêndio ao regime.- Mugabe encontra-se com o Présidente Obasanjo da Nigéria.-Presidente da Síria denuicia acimeira de Camp David a iniciarem Setembro-POLISARIO anuncia ter abatido330 soldados invasores em Julho.-À 28 quilómetros, de Salisbúria,Frente Patriótica ataca uma farrrxa.22- Presidente Jomo Kenyatta morreno I1énia.Recrudesce a revolta popular no

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Irão.23 - SWAPO ataca base militar sul.africana de Katima Molilo na faixa deCaprivi- Regime do «apartheid» ameaça agredir aZâmbia.TEMPO N'. 430 - pág. 49

- ZANU anancia ter abatido 90 soLdados rodesianos em Junho. capturado dois e destruido grande quantidade dematerial bélico inimigo.- FSLN toma edifício parlamentardo Nicarágua.- Presidente francês encontra-seem Bangui com chefes francófonos do Zaire, Chade. Centro-Africano é Gabão.-Explode restaurante no Irão.- Decretado estado de emergêncianas cinco províncias mineiras do Peru na sequência da greve dosoperários.Presiçlnte Mallouzm assina acordooom Hissein Habré de uma facção da FROLINAT no Chade.paniel Arap Moio nomeado pre.sidente interino do Quénia.-Presidente Neto recebe JohnNkomo.-Exército sul-africano agride aZâmbia.- Oposição boliviana exige eleiçõesgerais para 1979r24-Responsáveis da «Educação» do regime rodesiano revelam que aguerra fechou 947 escolas.- Cidade de Abadam no Irão soba lei marcial.- Reivindicapões dos guerrilheiros ,da FSLN são satisfeitas na Nicarégua.-W Frente Patriótica anuncia tereliminado 28 soldados rodesianos,no interior de Salisbúria.26=- Exército do regime ditatorial daGuatemala sofre baixas em confronto com o «Exército Guerrilheiro dos Pobres».- Mugabe inicia visita à 'Tanzaniaonde se encontrará com Nyerere.- Eclode revolta popular generalizada na Nicarágua. Oposição convoca grevegeral.M2- David Owen manifesta preocupação em convocar uma conferên.cia sobre a Rodésia para evitar a intensificação da luta armadade libertação nacional.28 - comité de Descolonização da ONUinicia debates sobre o Sahara

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Ocidental.Jornais ingleses «Sunday Times» e Observer» revelam que a «Shell», a BP eTotal. multinacionais ocidentais, fornecepi regu.larmente petróleo ao regime rodesiano,-Regime do «apártheid» manifestaintransigência em não aceitar o plano da ONU para a Namibia.-Proclamado estado de emergênela e suspensos os direitos consTEMPO N.o 430 - pg. 50titucionais em cinco provínciasdo Peru.-Hissein Habrý é nomeado Primeiro-Ministro do Chade.31-Ministério angolano de Defesarevela ter sido rechaçada uma agressão da «Unita» ao territórioda RPA.SETEMBRO1- Estado de sítio decretado nas minas de Chuquicamata no Chile.- Chefes de Estados de Marrocose da Mauritânia reúnem-se emRabat.3 - POLISARIO anuncia ter causado 360 baixas aos invasores durante o mês deAgosto e destruido numeroso material bélico inimigo.-Avião rodesiano é abatido com52 passageiros a bordo.- Empregados bancários em greve no Irão. Aumenta a repressão à revolta popular.4- Presidente Nyerere. denuncia atentativa de criação de novo «acordo interno» com a participação de JoshuaNkomo.- Greve geral alastra.se na Nicarágua. Repressão recrudesce.- Conselho de Segurança da ONUaprova plano de Waldheim para Namíbia, Africa do Sul rejeita.- Ex-colaborador de Sithole revelaas criminosas actividades doseu chefe.- Inicia-se Cimeira de Camp David que envolve os Presidentes Sadat e Carter e oPrimeiro-Ministro sionista Begin.-Governo angolano anuncia terem sido rechaçadás novas agressões sul-africanasem que foram utilizados elementos da «Unita».Escritórios de Sithole sofrematentado bombista.- Ministro dos Negócios Estrangeiros do regime do «apartheid»abandona a reunião do ConSelho de Segurança da ONU por discordar com oenvio de 7500 homens para superviáarem as eleições para independência daNamibia.Palestinos refugiados e em teritórios ocupados entram em greve geral de protestocontra a rea lização da cimeira de ýCamp De vid entre Sadat, Begin e Carter7 -Smith anuncia ter chegado a «altura de se falar menos e actuar mais face à

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intensificação da luta armada. Autoriqades rodeslanas reconhecem não serpossrvel realizar eleições porque vastas áreas estão controladas pela FrentePatriótica.- Centenas de milhares de manifestantes paralisaram Teerão durant3 a greve gerale condenaram oregime do Xá.- Tropas da Rodésia abrem fogo sobre autoridades do Botswana em Kazangula nafaixa de Capri.vi.- Frente Ampla de Oposição assinala que a greve geral enfraque.ce gradualmente o regime de Somoza, O governo encerra colégios- primários e secundários.Exército iraniano assassina 50 ma nifestantes-e proclama lei mar cial e recolherem Teerão elevan.do para 12 o número de cidades do país sob as mesmas medidasrepressivas.9 -Para superar o impasse geradopela atitude da RSA em não aceitar 7 500 capacetes azuis para Namibia,Waldheim enontrase com representantes das cinco potências.-Regime rodesiano agride novamente o Botswana.- Regime ditatorial chileno proclama estado de sitio no país e prorroga o estado deemergência- Ian Smith determina a proclama-Irão: um procest& que levard à queda do Xá

ção da lei marcial z recolher obri, gatório para as zonas de guerra Reiterada adeterminação rodesla na de agredir Estados soberano, vizirnhos. Mais 32 civisassassina dos. Principal linha férrea qUi liga a capital a Bulawayo danil,cada pela Frente Patriótica.- FSLN apela à insurreição geral chfinitiva contra o regime de. So moza. Suspensa liberdade do co mércio.Guerrilheiros controlam áreas nas periferias de Manágua e atacam em todo o paispontosestratégicos.Presidente Carter expressa apoio4o Xá. Frgnte Nacional apela à intensificação da luta. Recrudesce vaga derepressão.- Númera du membros -da ZANUpresos pelo regime rodesiano sobe a 200. Saído do Irão. Muzore.wa visita Inglaterra.- Botswana anuncia ter abatidoquatro rodesianos durante umaagressão ao território.13- OposiçãO apela à greve geral no Irão.- Cidade de Esteli tomada pelaFSLN. e combates d-correm em todos os pontos do país. Aviação

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de Sornoza agride Costa Rica.- Comité de Descolonização da ONUexige a transferênmia total de poderes ao Povo do Porto Rico.14- Regime de Somoza proclama estado de sitio e lei marcial. Leon bombardeadapela aviação somozina.- Mugabe e Nkomoý encontram.secom Fidal Castro em Addis-Abeba.-Frente Patriótica ataca área deChriston Bank a nove quilómetros de Salisbúria. Muzorewa visita LibériaFPLE anuncia ter destruido trêscomboios militares e ter assassi.nado ou ferido 250 soldados etiopes.-300 mercenários a caminhlo de Sa.lisbúria.- Governo tanzaniano nacionalizapropriedades da «Lonrho».- Somoza mobiliza rservistas e reconquista as cidades libertadas pela FSLN apósintensos bombardeamentos.16 - Sithole anuncia que o seu regimevai incorporar à força no exérci to negros entre os 18 e 50 anos.- ZANU acusa a Rodésia de ter as, sassinado 15 civis na vila de Nha.mahanda. 27, senadores norte-americanos convidam o «execu.tivo» rodesiano a visitar-os EUA Capitalista e antigo presidente daAssembleia Nacional Legislativa de S. Salvador abatido pelas «Forças Popularesde LibertaçãoFárabundo .Marti- Mugabe e Fidel Castro encontram-se em 'Addis-Abeba onde debate.ram sobre a questão zimbabweana.18- Presidente Sadat do Egipto e o Primeiro-Ministro sionista Begin assinam doisacordos quc prevêem o estabelecimento de um tratado separado de paz entre osdois Estados na sequência das negocia.ções de Camp David. Ministro dos Negócios Estrangeiros e Embaixador egípciona ONU demitem.-se em protesto. OLP rejeita osacordos.- 1500 «soldados cristãos» são recrutadas nos EUA para tentar manter o regimede minoria branca roddsiana.- População zimbabweana recusaalistar-se no exército rodesiano 19- 33.' Sessão da Assembleia Geralda ONU inicia trabalhos que se centram sobre a situação na Africa Austral e Médio.Oriente..-John Vorster demitzse do cargo

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de Primeiro-Ministro e passa -a Presidente da RSA sendo substituído comoPrimeiro-Ministro porPieter Bgtha.- Marrocos e Mauritânia acordamformar comité para resolver questao sahariana.20 - Primeiro-Ministro demissionáriodo regime do «apartheid» anuncia que a RSA vai romper nego.ciaçõaS com a ONU e prosseguirá com a sua política em relação àNamíbia,Carnp Dad:. a trai.ção de SadatÉ anunciado que a administração de Carter vai vender 250 milhões de dólares emarmamento ao regime do Xá do Irão.Mugabe avista.se com o Presiderte etíope Mangistu.Manifestantes em países árabese territórios ocupados por Israel condenam os acordos de Camp David». «Frentede Rejeição» reit4ra condenações à cimeira deCamp David.24- Frente Árabe de Rejeição aco.da formar «um comando superior da Frcente»para combater os acordos de CarMp David. Exige.se que sejam trarisferidas :assedes da Liga Árabe e de outros orga.nismos para fora do Cairo.25 - Inicia IV Congresso da POLISARIO que vai decidir sobre o cessar-fogo decretado com a Mauri.tânia.-É anunciado quc a Inglaterra to.mou novas iniciativas de convocar uma conferência sobre a Rodésia.- É anunciado' que a 400 metros dosescritórios de Simith explodiuuma bomba- Ex-Presidente da FRETILIN e daRepública Democrática de Timorý -Leste, Xavier do Amaral efitregase aosinvasores indonésios. 28- Recolher obrigatório atinge umquinto do território rodesiano. 30 - A despaito da rejeição de PretóriaConselho de -Segurança decide Implementar plano da ONU p2raa independência da, Namíbiã.(Continua)TE~P W. 430- _pâg. 51

ANODe MaltaEm Janeiro deste ano Robert Mugabe, presidente da ZANU e co-airigente daFrente Patriótica, afirmava num discurso dirigido aos zimbabweanos através dosmi crofones da Rádio Moçambique que a principal tarefa dos militantes era fazer

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de 1978 «o Ano do Povo o ano em que as largas massas estejam totalmentemobilizadas em cada aldeia, distrito, província, cidade e mina para apoiarem aguerra como a sua guerra».Para atingir estes objectivos havia que, obviamente, prosseguir o combate nasiduas frentes em que a luta pela independência do Zimbabwe se desenrola: amilitar e a diplomática.No primeiro / dos casos h;ivia que intensificar a guerra, levá-la a novas zonas demodo a que o inimigo não pudesse, no, campo diplomático, aparecer numaposição de força.DE MALTA...A 30 de Janeiro os dois dirigentes da Frente Patriótica, Mugabe e Nkomo,deslocam-se a Malta no Mediterrâneo para ali se avistarem com o ministro dosnegócios estrangeiros inglês. David Owen, e com o representante dos EstadosUnidos, Andrew Young, para com eles discutir as possibilidades de aplicação dosplanos anglo-americanos.Se nesse encontro se chegou a acordo quanto a alguns pontos, como por exemploa participação da ONU no processo para a independência, cedo se verificou queum longo caminho, havia ainda que percorrer já que a questão fundamental jaznos poderes a serem atribuídos num eventual processo de transição. TEMPO N.'430 - pâg. 52ZIMBABWEDOao ataque, a"Ambos as partes aceitam que Õ acordo sobre o processo de tran, sição é o pontoessencial e crucial de todo o assunto», afirmava um comunicado conjuntoemitido após a conferência, para um outro, da Frente Patriótica, exemplificar esteponto ao afirmar que «as discussões sobre os poderes a atribuir a um ComissárioResiden te não produziram resultados».Nessa altura a Inglaterra e os Estados Unidos insistiam ainda na formação de umexército totalmente novo para o Zimbabwe independente o que significaria nodizer de Mugabe «a destruição do nosso próprio, exército sob o disfarce de seformar um novo».Depois da Conferência de Malta a revista «Zimbabwe News», órgão oficial daZANU, afirmava: «Tornou-se bem claro depois da sessão de abertura que adelegação inglesa já não estava seriamente comprometida co s suas própriaspropostas devido à «conferência interna» que iria dar na acordo interno».Se nos recordarmos que neste mês o enviado britânico Cledwyn Hughes informoua Frente Patriótica que as propostas anglo-americanas já não existem o artigo' de«Zimbabwe News» foi de certo modo profético.,...A DAR-ES-SALAAM E AO ACORDO INTERNOQuando em Abril o secretário de estado americano, Cyrus Vance, e o ministroinglês David Owen se deslocam a Dar-es-Salaam para de novo se avistarem comos dirigentes da Frente Patriótica já o acordo interno tinha sido assinado -3 deMarço.POVOSalisbúi'

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Apesar de ser neste encontro que se chega a um número de pontos acordados -formação de um exército baseado nas forças de guerrilha, papel da ONU - RobertMugabe afirma que a Frente Patriótica «ficou desiludida por verificar que asdelegações americana e inglesa não estavam prontas a comprometer-se com ospontos acordados».A razão tomou-se óbvia mais tarde. A Inglaterra lançava na altura a sua grandemanobra de divisão ao serem feitos os primeiros contactos entre Jeremias Chiraue Joshua Nkomo que levariam ao encontro deste com Ian Smith

em Lusaka com o objectivo de tentar fortalecer o acordo interno que na alturadava os primeiros sinais de fraqueza e mostrava a sua verdadeira face.Foi, com efeito, a 28 de Abril que Byron Hove foi demitido de co-ministro daJustiça do governo resultante do acordo interno depois de ter exigido alteraçõesimediatas na composição das forças do regime.«Com este acto tirou-se a luva preta para se revelar o punho branco». Assim umnacionalista descreveu na altura .o acontecimento. O acordo interno dá assimDE LUSAKAA LEI MARCIAL...Quando Joshua Nkomo se encontra com IanSmíth em Lusaka, no máximosegredo, o objectivo é arrastar para um novo acordo interno um dirigenteprestigiado, dividir a> ,pmj ète Patriótica, a Linha da Frente, Africa e, acima detudo, os combatentes que na altura forçam o, regime a uma, guer" ra cada vezmais destenuante. Os detalhes e implicações do encontro já são sdbjamenteconhecidos mas o acontecimento em si veio a provar que a Inglaterra e os EstadosUnidos vinham a seguir uma táctica que consistia em ter sempre dois planos, uminter* no e outro internacional. com o objectivo de arranjar melhor so lução paraos seus interesses. Daí que, com o falhanço de todos estes planos, CledwynHughes tenha vindo a Maputo di7r aue as pro-postas anglo-americanas foram abandonacLas e que teria que se realizar umaconferência sem pré-condições; daí que o jornal americano «Washington Post» tenha revelado há diasque os Estados Unidos vão reconsiderar toda a sua política em relação aoZimbabwe; daí, ainda, o encontro James CarterJames Callaghan previsto para oprincípio de 79 para se discutir o Zimbabwe. Com o falhanço do «novo» acordointerno a guerra de libertação, o instrumento principal da luta, atinge novosmáximos e Smith começa unia entrega gradual do poder aos militares.A 23 de Setembro o regime pro clama a lei marcial afirmando que as suas forças«não precisarão de procurar na lei apoio para qualquer acção que decidam tomar..,a segurança do estado passa a ser a lei suprema»....AO ANO DO POVOAo proclamar a lei marcial o. regime rodesiano reconhece implicitamente queperdeu o controlo das zonas onde essa lei vigora: cerca de, 80 por cento doterritório. Confirma assim as declara-ções dos combatentes sobre as suas zonasoperacionais ao mesmo tempo que os ataques a Untáli, a Salisbúria. às linhas decomunicação com a Africa do Sul espelham o avanço da guerra.

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O jornalista Justin Nyoka que esteve três meses com os guerrilheiros doZimbabwe disse na sua conferência de imprensa que em diversas zonas existem jáhospitais, começou-se a produção colectiva, e é o povo a principal arma desegurança dos 'guerrilheiros.Só o apoio popular pode justificar o desencadeamento da guerra em zonaslongínquas no interior do Zimbabwe. «Em todos os aspectos o povo ,fez destaguerra a sua guerra», disse Nyoka ao descrever as suas experiências, confirmandoassim que a palavra ,X de ordem lançada no princípio deste ano foi cumprida.Santa-RiA°TEMPO N.W 430 que .-pg. 55

deme oátiýa aliançaNo que respeita à Namíbia o ano de 1978 clarificou em extremo a compreensãodo papel da: frente diplomática imperialista e seus autoproolarnados esforçospara «assegurar a paz é a estabilidade na África Austral».Fundamentalmente ela agiu como cortina de fumo de projectos neocoloniais alongo prazo que evitassem envolvimento militar Ocidental demasiado aberto,prejudicial para a recriação de uma imagem que o descaramento_ o Nixon-Kissinger desfizera em pedaços.Cobrindo alguns vetos incómodos com muitos sorrisos-e apelos à moderação,«deplorando», lamentando» e «criticando» a «in transigência» do regime do«apar theid», os «cinco grandes» empenharam-se a fundo na Namíbia econseguiram pelo menos ganhar tempo para o desenvolvimento de u -"mativas mais sóliliquem a concessãotilhas a Pretória.4 e 8 de Dezembro idida pela RSA foi se. , Namíbia. Para osprocâ re para já, mesmoIEMPO pág. S4tirando os «senões> de que nem sequer houve muita preocupação para esconderas mãos dos que movimentaram os bonecos nesse Teatro de Fantoches.«Apartheid» opressão, explora ção e ocupação passaram pois na Namibia, a ternova caligrafia e nova sigla: DTA. Aliança Democrática Turnhalle que, após umdemocrático conluio a seis RSA, EUA, RFA, França, Grã-Bretanha e Canadá -terá o democrático direito de ser ela própria a rejeitar as condições da ONU.Botha entretanto ganhará mais algum tempo a tentar «convencer» os fantochespois são eles agora os representantes «eleitos democraticamente» do Povo daNamibia à vista dos 53 000 homens que Pretória ai mantém para os «proteger» (éclaro!) das ameaças do comunismo internacional...Carter entretanto começou lá a chorar as dificuldades previstas que o seucompincha sul-africano encontrará para «convencer» os DTAS. E «enquanto» opau vai e vem, folgam as costas».«Costas» estratégicase «costas» económicas que sígnificam urânio, diamantes. cobre, zinco preciosos para os-milionários que os usam, bemlimpos do suor de 11 randes mensais dos que os arran cam da terra. Os vetos doOcidente contra a imposição de sanções à RSA terão novos pretextos póis «aesperança de uma solução pacífica ainda existe».

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Mas a palavra de ordem «o veto continua» é fraca demais para a outra temida de«a luta continua». E assim aquele apoiará por todos os meios a RSA na tentativade vetar a determinação de um Povo que vê na SWAPO o sinónimo da sualibertação. -E assim os racistas intensificam as agressões às bases de apoio que osnamibianos encontram na vizinha Angola, e reforçam a concentração massiva dehomens e armamento na região de Ovambo que faz fronteira com a RPA.No final de 1978 entretanto, ar riscamo-nos à profecia: o «acor do interno» daNamíbia terá o mesmo destino do do Zimbabwe: o caixote do lixo da História.Para já só «acordou» mais ainda a determinação da luta armada que desde 25 deAgosto de 1966 traz efectivamente bastante acordados ou com pesadelosimperialistas e lacaios de imperialistas. A corrupção dos governos do cristão Ocidente é de facto directamente pro porcional à sua cegueira. Ou talvez não. Talvezseja mesmo o desespero da múltipla verificação da lei natural de que o poder estána ponta da espingarda. De que o espírito c1': determinação de um povotransforma em tigres de papel os poderosos meios bélcos e financeiros dos seuscarrascos.A

SAHARAagoraarrocosTrês acontecimentos definiram os principais momentos da luta do povo saharianono ano que agora termina.Primeiro: a segunda intervenção francesa no Sahara, segundo: o golpe de estadona Mauritânia. terceiro: o 4.1' Congresso da F. POLISARIO, vanguardarevolucionária do povo sahariano.A segunda intervenção francesa no Sahara, iniciada em Maio de 1978. teve umsignificado, for-neceu uma indicação muito clara- significava que a Mauritãnia deixara de existir. Deixara de. existir ilitarmente,como havia deixado já de existir economicamente.Significava que não podendo suportar mais a guerra o regime da Mauritâniadeixava de estar em condições de defender os interesses- de seus patrõesimperialistas, estava portanto condenado a cair, para isso bastando que esses mes-mos patrões imperialistas( a França, neste caso) encontrassem uma alternativa.A pergunta que se colocava era se a França iria consentir a anexação daMauritânia por Marrocos (solução que parecia mais evidente, que se materializavadesde a ocupação militar da Mauritânia pelas tropas marroquinas) ou se a Françanão estaria interessada nessa anexação, preferindo co locar no poder outro regimequeTEMPO N. 430 - pág. 55

SAHARAdefendesse directamente os seus interesses.O desenrolar dos acontecimentos mostraria que a França optaria pela segundaalternativa.

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É assim que a 10 de Julho se dá o golpe de estado na Mauritânia, onde éderrubado o regime de Ould Dadah e é instaurado um regime que começa suaactuação por insinuar - embora muito ambiguamente - a sua vontade de põr fim àguerra em que a Mauritânia se encontra envolvida a guerra contra o povosahariano.Analisando correctamente ý a situação e percebendo claramenteque, porque em nenhuma circunstância consequente teria oportunidade de serealizar (ocupada como estava a Mauritânia por Marrocos) a F, POLISARIOconcluiu que o melhor modo de obrigar o novo regime a definir-se aos olhos domundo, e essencialmente, aos olhos do próprio povo mauritano, era decretar umcessar-fogo. E fê-lo. A 12 de Julho, dois dias após o golpe, a F. POLISARIOdecretou unilateralmente o cessar-fogo, de modo a «dar oportunidade ao novogoverno mauritano» de se preparar para uma solução negociada. TEMPO N.' 430- pág. 56No seu 4. Congresso - em principios de Agosto - a F. POLISARIO reafirmouessa posição de cessar-fogo e as condições que colocara para aceitar o fim daguerra com a Mauritánia: a retirada do território sahariano de to das as forçasmauritanas, o reconhecimento da República Árabe do Sahara Democrático pelonovo, regime, e a entrega da parte sul do território. sahariano às autoridadessahärianas.Desde então desenvolveu-se umF. POLISARIO e a Mauritâãnia. Esse processo continua. Como não podia deixarde ser os resul tados são nulos. As ra zoes porque a F. POLISARIO, embora sabendo que não iria cbter quaisquer resultados nas conversações aceitou participarnelas são claras. Ao proceder assim a F. POLI SARIO primeiro demonstrou inequivocamente a impotência do novo. regime mauritano, depois econSequentemente, criou as condições para que um novo desen-cadear da guerra por sua parte seja correctamente interpretado pelo povomauritano. Isto porque percebendo que a guerra - e suas duras consequências -recomeça não por culpa dos saharia: nos mas por culpa do seu governo, o povomauritano continuará a apoiar, como o fez sempre, a Fý POLISARIO.Entretanto, e numa atitude inteligente, enquanto desenvolve este processo denegociações com a Mauritânia, a F. POLISARIO vira todo o seu esforço militarpara o território marroquino, ai usando exactamente a mesma tác tica que usaraem relação à Mau ritânia, e que conduziu o regime de Dadah ao colapso.Ainda no âmbito retrospectivo é de assinalar como vitória do povo sahariano noano de 1978 o reconhecimento da RASD pelos governos do Iémen Democrático,do Panamá, do Congo, da Guiné Equatorial e da Tanzania. Também no campodiplomático, falar da questão Sahara é falar do não assumir de responsabilidadespor parte da OUA, onde, uma vez mais, as dacisões da Organização foramrecuperadas pela presidência em exercício. Em vez de realizar a cimeiraextraordinária decidida há dois anos, a presidência da OUA nomeia mais uma«comissão ad-hoc». Esta, por sua vez, em lugar de criticar a agressão de que opovo e território saharianos são alvo, a única coisa que fez foi criar uma outracomissão desta vez um «subcomité». (Como sempre também, uma véz mais nemsequer consultaram a F. POLISARIO para a criação-desse subcomité... )

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M. O.

AV. DAS F.P.L.M. N.° 1126 CAIXA POSTAL N.o 1871 TELEFONES 4 0400131 441MAPUTOMOÇAMBIQUEift!~a deFAPAMESPECIALIZADA NO FABRI RENDAS, ESPIGUILHAS ATi PATOS,TORCIDAS, FITAS DI TAS E TODA A GAMA DE AMANARIAS.GRANDE APOIO ÀS INDeSCONFECÇÃO E DE CALÇADO.Por ocasião do fim do ano, deseja aos seusestimados clientes e «o público em geralum 1979 muito prospero.

HISTORIA DA LUTA -ARMADAAs sombras rogavam penosamente sobre o capim orvalhado da madrugada. Umanuvem com peso de trovoada crescia lentamente pela perna direita. No fundo,assim tão longe, uma bola de lama rodava, rodava, roendo as paredes da cabeça.Enfraquecido por quatro dias de fome e sede Malidade rastejou até à margem daestrada para enterrar a arma e a cartucheira.As horas passaram na tarefa de continuar vivo. Cerca do meio-dia ouviu assobiose pensou que fosse o inimigo. A pouca força que restava deu para desenterrar omaterial e preparar-sé para morrer combatendoEsperou deitado. Então ouviu ,chamar o nome de alguém conhecido e nomomento seguinte o coração alegrou-se como um rio quando percebeu que era oseu grupo de companheiros que se aproximava.r IIMalidade Mitema nasceu na província de Cabo Delgado e lá passou parte da suainfância. Muito cedo ainda partiu para Mombassa, no Quénia, onde' profissionoucomo condutor. Em 1965 as noticias da guerra em Moçambique acariciaram-lheos ouvidos e juntou-se à FRELIMO.Quando chegou a Nachingwea para o treino políticomilitar uma companhia partiapara o norte de Móçambique e foi integrado nela rumo à Base Namoto no distritode Palma à beira do Rovuma. Até, 1969 teve a tarefa de fazer a entregade,.correspondência à Base Beira e, nesse período, participou ,na construção daBase Lupudi que viria a ser o primeiro centroTEMPO N. 430- pág. 58de diminuídos físicos treinados na Argélia.Numa das viagens de transpor te da correspondência, Malicade parou emNamunda, local onde a população habitualmente passava algum tempo nocaminho até à Loja de Sofala onde se fazia a troca dos produtos, Como estava aescurecer decidiu pernoitar na povoação e prosseguir viagem no dia segunte.

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A meio da madrugada a tropa portuguesa atacou de surpresa. Com muita outragente Malidade fugiu para o inato para se organizarem. Algum tempo depoisvoltaram à povoação e enterraram os cadáveres de duas pessoas mortas pelossoldados portugueses. Preocuparam-se então em evacuar os feridos para, oHospital de Nkunga e começaram a planeav a melhor forma de atravessar aestrada principal de Palma para que a população pudesse levar os seus produtosaté à Loja de Sofala. Durante três dias durou esta situação. Entretanto Malidadepartiu sozinho paraum reconhecimento da zona.Quando chegou à estrada foi-visto por soldados inimigos que ainda se encontravam na zona. Apesar do cercoque lhe fizeram conseguiu escapar e chegar junto da população. Fez o relatório eficou decidido que na manhã seguinte todos partiriam dali mas a partida teve deser adiada mais um dia porque o inimigo ainda se encontrava emboscado perto daestrada.Muito cedo, na manhã seguinte, Malidade foi fazer novo reconhecimento por umavia diferente e viu que por essa via podiam seguir. Voltou, informou e às 8 horaspartiram.Chegaram perto da estrada. Tudo estava calmo. Malidade Mitema recorda:«Depois do sinal para reiniciarmos a marcha eu coloquei-me num montão de areia leito pela mdquina que tinhaaberto a estrada. Nesse momento accionei uma mina anti-pessoal colocada peloinimigo. Cai. Então os mlicianos

já era tarde. Os camaradas tinham regressado à Base para informarem que eutinha sido morto numa emboscada.Toda a gente começou a procurar-me mas não se atreviam a chegar perto, porqueos portugueses tinham como sistema, quando matavam algum de nós, montarguarda ao cadáver para ar-o Presidente Samora visitou o Centro de Diminuídos F' Nangademar emboscada a quem o viesse bucar. Assim estive nesta situação durante quatrodias sem comer e sem beber.»III . .Quando Malidade foi descoberto os seus companheiros levaram-no para o.hospital de Nkunga onde ficou até 1970. Nesse ano atravessou o Rovuma comdestino ao hospital de Miambwé e dali para Mtwara onde foi operado três vezessem resultado. Só depois da terceira tentativa decidiram cortar-lhe a perna.«Assim foi e a partir daí senti-me melhor.»Em 1971, já depois de ter estado de novo em Nachingwea, Malidade . ýlgunscompanheiros que estavam em situação idêntica à dele partiram para a cidade deReggio Emilia, em Itália. Lá ficaram durante um ano e nesse período Malidadeaprendeu a fabricar pernas artificiais.«Regressámos em 1972 para Mtwara e começdmos a trabalhar arranjando pernasartificiais para outros camaradas que sofriam este tipo de acidente na frente decombate.»Em 1973 passou para o centro de diminuídos físicps de Tunduru e em 1975,depois da independência, foi para o centro social de Nangade. Hoje, em

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Nangade,-Malidade Mitema e outros companheiros que ajudaram a construir aindependência, e por ela semearam partes do seu corpo, continuam o combate: asua tarefa é fazer pernas artificiais para os soldados das FPLM que nas provínciasde Manica, Tete e Gaza elevam esse combate à escala do internacionalismo.TEMPO N.* 430- pág. 59

1Jtempos livres.CONCURSO DE PALAVRAS CRUZADiE já na próxima semana que tem inicio o concurs? Todas as respostascertas .....de PALAVRAS CRUZADAS promovido pela Revista «TEMPO» Porcada palavra errada ... ..entre os seus leitores residentes em Moçambique. Por cada problemanão enviadoLeia com atenção o regulamento, participe no concurso O concorrente quedeixe de enviaide PALAVRAS CRUZADAS e habilite-se a um dos 20 pr' blemas seráautomaticamente excluido cmios que a «TEMPO» lhe ofer-ce, com o a:poi do d nsti. 5." - Asrespostas devem dar eníitluto Nacional do Livro e d .io a # . ~ até-urra semana depois dapublica4.' - Para efeito de pontuação observa.se oA e

PALAVRAS CRUZADASHORIZONTAIS - 1 - Arte de cultivar a terra. 2 - Capital de um país africanoirmão; Pronome pessoal (plural). 3 Dois em romano; Bandejas. 4 - Ressumar;Absolvição 5 Boa ordem em qualquer administração, pública ouparticular;Símbolo químico do césio. 6 - Nautas. 7 - Bebida alcoólica preparadana índia e na América com a fermentação do arroz. 8 - Campeão; Motivo;Imperador que ordenou o incêndio de Roma (invertido). 9 - Avistas; Símboloquímico do cloro; Oferece. 10 - Base. 11 Mulher natural de Moçambique.VERTICAIS - 1 - Nutriam. 2 - Ébano; Sinete. 3 - Símbolo químico do rádio;Notícia; Textualmente. 4 - Crema; Símbolo químico do cálcio, 5 - Símboloquímico do :ádmio; Suplilças. sem. 6 - Artigo antigo; Malho; Símbolo químicodo rubídlio. 7 - Avinagrada; 201. 8 - Caco; Elemento grego de composição depalavras que exprime a ideia de «oco», «vazio» (invertido). 9 - Género de algasgelatinosas que nascm nas águas estagnadas; Grande quantidade. 10 - Ênfase;Paraíso terreal (mitologia cristâ). 11 - Mata.,(Colaboraçao de Daniel de Castro L opesNam pula)QUAIS OS NúMEROS?Descubra quais os números que faltam em cada quadrado em branco, de maneiraa obter os resultados indicados 'à direita e em baixo.

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(Colaboração de PedroMurima - Maputo)12345789 1o 111 2 3 4 5 6 7 '8 9 10 11Nota: Se resolveu completamente este problema, pro. cure uma frase relacionadacom a revolução moçambicana.CURIOSIDADES... DO 370 número 37 goza de um curioso privilégio. Multiplicado por 3 dá como resultado 111; multiplicado por 6 dá 222; multiplicado por 9 dá 333 e sempre que semultiplique' por múltiplos de 3' dá sucessivamente 444, 555- etc.Por outro lado, se ,xonsiderarmos o número .12 345 679, formado pelosalgarismos juntos a seguir, menos o 8, vemos que a soma deles dá o número 37,eque aquele multiplicado por 9, ou múltiplo de 9, dá sucessivamente os seguintesresultados: 111 111111; 222 222 222; 333 333 333; etc.(Colaboração de,ÁAnitaMansudal - I'ban7e)

temposlivresANEDOTASNUNCA ME CASEI-Porque é que nunca me casei? perguntava um velho solteiro - 'ois bem, uma vez,ainda eu era novo, du rante uma festa, pisei a cauda do ves tidp duma senhora. Elagritou logo: «Meu grande estúpido.» Mas voltando-se muito rapidamente paratrás, diss#, doce. mente:Oh, perdão, cavalheiro. julguei que era o meu marido!(Colaboração de Çonstàncio Vítor Adelino - Montepuez)primeiras palavras; calmante porque ou. tra metade dormiu; e satisfatório porquequando me sentei, o homem a meu lado acordou e disse-me: Muito bem.Obrigado».(Colaboração de Valério vicenteChaú que - Maputo)O SONHO- Senhor doutor, ontem tive um sonho muito curioso.- Como não sabia inglês, fiz de conta que não entendi!(Colaboração de Luís Rajael*Picane - Massinga)O GIRA-DISCOS

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O Jacinto mora num destes prédios da cidade onde se ouve o barulho de umascasas para as outras. Por volta das duas manhã, ainda funcionava o gira-discos.-O que sonhou?ORADOR NOVATOPela primeira vez na sua vida lhe pediram que fizesse um discurso. Du rante diase dias ele ensaiou diante da mulher o que devia dizer. Finalmente, chegou ogrande dia, e quando voltou a casa a mulher per guntou-lhe como decorrera odiscurso.-Foi comovente, calmante e satisf a--Sonhei qde estava acordado. Mas quando acordei vi que estava adormir.(Colaboração de Juma Abubacar Momade - Nampula)NÃO SABIA INGLES-Aquele inglês que ali vai é que éo tal que me deu tal bofetada queme partiu três dentes!tório. Comovente, porque metade dos convidados sairam depois das minhasEntão. ouve bater à porta *e quan" do vai abrir depara com o filho do vizinho, quelhe diz:-Minha mãe manda perguntar selhe pode emprestar o gira-discos?-Para quê? Querem ouvir músicaa esta hora?-Não. Queremos dormir!(Colaboração de JacintoMelembe - Maputo)- E você que fez?- pag.-

ADIVINHASO que é preciso para fechar uma porta?(Colaboração de FigueiredoRaul Maputo)Era quinta-feira e um leão estava parado ao sol. O que fazia ele?Não sou peixe nem pescado Mas do màr vem o meu ser O meu pai tem que se irembora Para me poderem verAs mães precisam de mim Sem mim não pode haver pão Na inverno ninguém mevê Sõ apareço no verão.(Colaboração de Joãode Almeida Mavie - Niassa)Minha mãe padeceu muito Para eu poder nascer Conforme for minha sorte Doisnetinhos pôde terSOLUÇÕES DO NOMERO ANTERIORPALAVRAS CRUZADAS1 2 3 4 5 é 7 8 9 10 11 12 L ) A C áO1t4IMM I PM 0 CAN 011QLTO 01. A

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LA c o é6 ~o5e e. 'p L>LJHIERÓGLIFOS COMPRIMIDOS - 1- Quadrado; 2 - Verde; 3 -Cortina;.4 - Encarnado.SABER NÃO OCUPA LUGAR -1 4 300; 2 - Bamako' 3- Suíça; 4- Zulos.JOGO DE PALAVRAS - Etiópia; Mau ritânia; Tunísia;, Botswana; Nigéria;Sudão; Tanzania;R. Centro Africana; Libéria; Malawi; Congo; Moçambique;Angola; Somrália; SenegalADIVINHAS -r 1 - O II - IV romanos e One = Ivone; III - O João galinhas e oJosé sete.Alfabeto; em inglês tem cinco40-pa. 63

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