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f ¦I '. ¦ l ¦í ../'-' *'.'. -.'Vt --' i.' j ir _%- ^ li S: 'I I J |'l '¦'¦ '¦** --..' P ' « ' s I ¦I ¦ I t' rr r-. ^_fe_ 4T.-S. , M1 ,'i i fc I 1 1 A CLASSE * OPERARIA JORNAL DE TRABALHADORES, FEITO POR TRABALHADORES, PARA TRABALHADORES ' •**-_! Anno i Numero 9 CS Rio de Janeiro, 27 de 4f*nho de 1925 K2 Publica-se aos sabbados ! A educação das mães proletárias Os companheiros da vanguarda podem o devem omprehender a edu- caciló proletária das companheiras. A mulher tem maior doso do sen- timento quo o homem. Seus defeitos tOm sido exagerados. Fm mie anda a questão das So do um iludo, eila -tam actual- ' _¦¦1 \Ürn\ ._ Wr, nm-úmo mento. menor capacidade do raclo- candidaturas operárias no próximo «^ . ^ _ hom(.m> é_ por6m; su- l>lcito para intendentes nuuiicipaes. | porlol. a catô om íinura, ipaeiencla, a^a- *,.r _!,1n icritada nor volta' •hablltaado . abnegação ¦— quallda- Ap63< ter_ «"O/^taüa^porjoiWi ^ lniipol.ta'ntos em um ,nlarxisia. E, BLIICO HU fWV^-S^/WV^*1!11- quando toma a peito uma tarefa, vai sempre longe. Pasta citar Rosa Lu- xemburgo, Clara Zetkln, Krirpsl.nya o tantas outras combatentes da transformação proletária mundial. Ser..., pois, um t'!mpo bem çm-preg..- do. aquolle ciüo dlspcndormos com na nossas companheiras o filhas. Nos- so esforço individual, de transforma- çao social pôde começar pelo lar. quer dizer, nossas primeiras conqiiis- tas podem aer nossas companheiras e nossos filhos e filhas. CONCEIÇÃO. MOCAN-UÊ E VIANNA |WlAAflAf!Á*liVW*W*MVVVV»*-Vr*VtW*S*¥*_««*Y*-«»r**y*1^*' i—X*.¦¦*'-**~---*--«*'---fc-»-»-»-_-»_l-_**-'~----_»-»-»-*-»-'*---__»-~|-*-**-^ Aquello que não conseguiu trans- **m accidonte,_ nilo *í*ten« do de unaio, e resolvida por um certo frrupo' em favor de um can- didato, ap que sc diz, officioso, qua- si que sc não voltou a falar mais no a.sumpto. Foi ainda lembrada a candidatura de tinv outro trabalha- dor este, "chattffcur" e pare- co que c tudo. Mas isto é pouco, c pouco menos que nada. No entanto, a questão é de interesse geral c deve, por sua mesma natureza, despertar maior necessário ruido nos meios pro- ".etários. Este silencio parece uma consiparoção. Vamos quebrar este silencio. aqui expuzciiio. nosso ponto de vis- ta sobre a maneira como entende- mos devem ser apresentadas as can- didaturas opeiárias. Vamos insistir 1— pelo facto. A CLASSE OPERARIA é órgão do partido proletário e representa, incontestavclmente, o pensamento geral das massas trabalhadoras do, tão totalmente condemnad.os. Lcsdo paiz. E' um jornal que tem' um 'tue a companheira saiba ler, k tra- i„ .1» *„{i..„.-.-:- r. -,» tai- de inicíal-a immedlat.i mento na largo circulo de influencia-, o qt c thcOTla pl.0*etarla. Aliás, eila'poderá demonstra o acerto e segurança uc desenvolver a leitura nos próprios ll- vros marxistas. O companheiro dar- lhe-ha a ler em primeiro log-ar as publicações mais acceeslvels: o Abe- formar os seus não vive cm um verdadeiro inferno, como tal lacuna O um signnil, do sua inferioridade oomo militante. Aquello, porém, quo o consegue sento logo um redobrar do energias. O lar do operário deve ser o prolongamento do syndicato. O lar do marxista devo ser o prolonga- mento do partido. E' preciso quo os companheiros ensinem as primeiras letras ãs com- panhairns, caso ollns não o saibam. A mulher analphabeta 6 um serio obstáculo â obra da transformação. Os livros cheios do illustraç-ès são proferivels; as cartilhas antigas es- sua orientação, que reflcctc as mais profundas aspirações, das massas. E' pois nessa qualidade que ninguém lhe pódc negar e quc pesa alguma coisa na balança que A GLASSE OPERARIA vai intervir na solução do caso, não mais theori- camente apenas, porém-, tambem praticamente. Somos partidários da formação de tira Bloco Operário único, o qual, concentrando e coordenando todas as forças obreiras e baseado numa pia- taforma única de classe, apresente uma chapa única de candidatos ope- rarios. As razões, por nós apon- tadas, que indicam a necessidade dessa concentração num Bloco Ope- rario, estão sufficientemente enten- ilida*' para que repizemos nellas. bro •eHas,v..theoric- agora, de pôr a cçisa E' o que vamos zíatc.. Vamos elaborar um progr... que consulte aos legítimos interesses da massa de operários e camponezes do Districto Federal, e sobre elle propor a-formação do Bloco Ope- -rario. Iniciando c participando.do Bloco Operário na qualidade de órgão do I NA ILHA 1>A CONCEIÇÃO Nos, operários do Lloyd Brasileiro, na ilha da Conceição, vimos rocia- mar contra o que so passa ahl. O.s operai-los "mensaos" não podem ficar doentes, nem perder o trem ou o bonde. Perdendo n. conducção, o operário nilo ganha. E oi seu substituto obrigado a dobrar o trabalho tam- bem nflo ganha. E nada «o pOdo di- zer. O ambiente 6 de pressão. Quando temos a desgraça de che- gar mola hora ntrazado., j,'i. sabemos: vamos trabalhar, mas nada ganha- mos. Proferimos assim, porque, se não trabnlharmo*i psrderemos dois dias. a titulo do "moralizar" a. ro- partlyá-. Estranha moralidade! Trabalhamos corrnndo quartos; o 1", das 7 ás 15; o 2°, das 15 ãs 23; o 3", das 23 fie 7 da manhã. O terceiro quarto a. signa o "ponto" quando deixa o serviço. So por acaso o operário, victlriiado por "pon- to" ao «alr, não terá direito li. rocia- magão sobro iiocldentes porque logo' os chefes állegam que o dito òperar'0 não trabalhou naqucllo dia. . NOSSAS ASPIRAÇÕES (a)Eçonoiiilcaa. Augmonto do 1$000 em todos os salários; pagamento integral aos ope- •rarios quo dobrarem o trabalho.; dl- reilo do fazermos 3l4 quando nos atrnznrnios; pagamento Integra; dos- ses 3|4; não "moralizar" o Lloyd ft custa do pão do nossos filhos; assi- gnarmos o "ponto" .1 entrada do ser- viço; extineção das formalidades bu- rocraticas diante dos fados concre- tos como os aecidonte3. (b)PollUcas: Direito do livro associação: oco- nomica (no syndicato) e politica (no partido operário); direito do lermos "o propagarmos o nosso jornal -— em .movüii-iitos do lijiileníií não intervenção do cedarlo, Abro teus olhos, O -paiz o qualquer parto da Ilha; nenhuma o governo dos trabalhadores o Pro- I perseguição contra os membros do gramma. do Bukharino, as "Noções", I partido operário do Rnppoport. Depois:, o Manifesto I __________________ do Mafx Engels. Em seguida', tra- j gg———jgggg duzir-lhc-ha o "A B O" de Bucl.hari. j ne o Prpobrajensky (livro que, quan- do existir em portuguoz. deve ser o primeiro a ser lido), e as obras com- plctas de tjllanov, Infelizmente em Iiespanhol ou írancez, sendo, porôm, de notar que o "Radicalismo", devo sor lido muito ddpols. A inlciac-ão marxista precisa ser completada com a leitura dos nossos jornaes e nia- nifestos, com o acompanhamento da vida eyndicnl. da situação nacional o internacional, com o comparecimonto á_( conferências- operárias, com as visitas âs fabricas o officinas. etc. - O companheiro devera, res-ponder a todas n...perguntas, destruir todas' p.cj flt- %:r.--- ¦¦¦-*- '^«n.*ii;ífío---! ifln *í.prn-.tin- 1 poder coorcivo . noa elasso. (o) Eooiionllco-liyglc-ititls. A moradia, perto do lo'<9,: du tra- balho, em grandes habitaif«ís collc- c'tlvas hyglenieas, syfltMAa euro- peu.¦¦'.;[)<¦¦'.. (<1) Intcllectnnea. U-ofruto de.unia casai^Atlm do, nella, instalarmos uma es-.Tla, o.ide não ha)a a menor influeníV-i do Es- tado; subvenção de G llS^Vt11,0" an" nuaes para. a manutenção: '"-i" escola. O Estaclo 6 poderoso» 5'*_i a con- sclencia proletária, soldanco todos oa trabalhadores, ha d*- ni-.i.- liwto.rio.a. O.s operários «ló TMyi.» rjánisllelro, na ilüá «1.-. Coúceiúfi* * i. r." ' JI EM MOCAÂti^fi. E' bem tristo a nossa ^iluaqão. Ha dias, um cem panheii-o/flcbu do- ento no serviço. Foi paru wasa. Fl- cou vários dias cm traiam, ito. Não tendo -quem o fii-OK.se, não pôde avisar on chefes. Mi*! rc-tabe- locido, voltou ao trabalho, Viniol-o magro, anêmico, os olhos e.-ibugalha- dos. O burguez esta tti 1, vevinelho co- mo um camarão cozido, o i-nreio como um "barrflo", olhou-o com aupariori- dade c disse-lhe: 13slã. suspenso por 1* dias! E' dolorosa a paisagem da Ponta da Areia, nessa frias manhSs de Ju- nho. Desfilam as linhas íiogras dos galés do iiiduslrialismo. A condu- ccão 6 péssima. Os opci_riOK, api- niiados. Mais dia, monos dia, qual- quer um de nó<_ morrerá, ç.fogndo. O burguez estii-tal, como. i.utr*ora o senhor do escravo.'!, faz, de certos operários, encarregados ou flscaes. E estes, como os antigos feitotíós, são os peores carrasooé5 do seus .'jx-compa- nheiros. A que ponto o éupltalifc-mo perverto, os hoinons! NOSSAS ASPIRA(>''í'S Além dns publicadas fffi n. fi da A CLASS13 OPERARIA, '..mos_.mais a acerescentar: (a) ]<X*ononiicn8.i Nenhuma susponsão por motivo de doença. (1)) rolltlca». As mesmiui dos comuaiihelros da ilha da Conceição. (o) Hj-gleiücas. Melhor conducçãoi. (d) Moraes, Mais considbração por parta (tos .fiscaos o encarregados. (c) Iiitóllcctuaes. As mcsrwis dos companheiros da ilha da Conc..ii_ão. Alllados ao iiroletariado das clda- dea o dos campos e, especialmente, ao •proletariado das ilhas da Conceição, CajU.Viannn, do Barreto, dc S. Gon- calo, Mdruhy, da Ponta da Areia, porflaromos atC* ft vtetorla. Os operários da illia MocangnO. JU NA 'ililíà J)0 VIANNA isto aqui é um Estacio dentro do Estudo. Os patrões IBin um corpo especial do vigilância. Apesar do todo o seu patriotismo, preferem o operário portuguez ao brasileiro. Mo- ramos om barracões. Ganhamos pou- co. Trabalhamos muito. Ha compa- nheiros que t'_ín at_ modo de lei* o jornal dos trabalhadores. Ha mui- tos menores. Soubemos que A CDASSE OPERA- RrA defende todos os trabalhadores. Soubemos quo, por causa do um ar- tigo que cila publicou, acabou-se, no estaleiro Canella, a exploração dos cartões e do pastoleiro. Ora, como cs. companheiros detiso estaleiro, nCs tambem queremos melhorar. NOSSAS ASPIRAÇÕES (a)J-concimfcÍH.! Augmento de 1 $000 para todos os operários; horário do 7 horas para os pequenos aprendizes. (b)V.olitlçá-, liygleiilisis, íiiõracs c iiitcioctiincs. As mesmas do. companheiros dns ilhas da Conceição o Mocanguô. **. Luctnrc-mos o venceremos. —-Os operários da lília do Viamiii. AMERICA FABRIL A America Fabril foi organizada em ISS'5, jft no fim do Imporlo, quan- do a burguezla Industrial aspirava substituir o domínio dos senhores do escravos pela sim. supremacia. As- plraçüo prematura poi», ainda hojo, a burguczla industrial não- conseguiu transformul-a em realidade. Tinha, então, a America Fabril 400 contos. Trinta, o cinco annos dc- pois, ein lfl'2'5, a America Fabril pos- suo cinco fabricas: Cruzeiro, Bom- fim, Mavllis, Carioca o PA.0 Grande. E seu capital attinge 4 quantia do 3'2 mil contos, omquanto suas roser- vas montam a 45 mll contos. ²De onde saiu tão grande quan- tia? ²Acima de tudo, saiu do nosso esforço, dos milhares do compaiihel- ros doentes, tuberculosos, vic.tlmados pelo trabalho' em 35 annos de mi.se- rias o soffrimentos! Ora, 6 natural que a America Fa- bril receie o despertar «eus es- cravos Bcor. sabo cila quo, com esse despertar, seus lucros diminuiriam. Não poderia accumular tão-grande capital no espaço do 35 annos. As- sim, tendo um dos nossos compa- nheiros vendido A CDASSE OPE- RARIA numa do suas fabricas, o encarregado da .seceão motalhirgica chamou a attenção delle pára que não o fizesse mais Perguntamos aos patrões se acaso não temos o direito do ler o que bem nos parece. Perguntamos so 6 pro- hibido ler o único jornal da classe operaria elo paiz. Ei curioso: quan- do entramos na fabrica com qual- quer jornal burguez, o.s eneniTegado.s 'iiacla nos dizem. Não suocode o mes- mo quando entramos com A C.í,Ari- RE OPERARIA. Não esta bom as- sim, Srs. encarregados! Võs vos jul- gaes no direito do ler e propagar o que bem ontendois. Nós nos julga- mos com direito igual. O.s opem- rios o a.s òpci-arlas da America Fa- bril. 0 IMPERIALISMO IN* GLEZ NO BRASIL zinha. sahiu na a alImen,tação \..-. gosta de poesia, fazel-a nprenu- versos da -/Int.- .'acionai". Se gos- ta de musica, íazel-á cantar esso 'hyn.no. Se aprecia ò cinema, escolher as fitas das grandes épocas de tran partido proletário, para a formação' sformaqão social, mesmo da rovolu- do mesmo na base de um nro<«-ram-l -ãCfranceza. E assim por diante. E' cio mesmo,, na Dase ae um proBram- -,recIso sor „SyChologo: ver qual o os pequenos pro- prietarios, commer- dantes e industriaes 'Os pequenos proprietários, com- merciarites o industriaes, o pequeno funecionalismo, os ¦ intellectuaes po- tn-cs os pequenos burguozes, como nós chamamos vivem numa pro- funda illusão: acreditam na possibi- lidade do enriquecer, de transformar- so em médios e, depois, em grandes > ¦'¦*r3__.".'-!__. ¦_*.• ¦í?>v^ ^-'P^",^^nU^^*_-_*v_-^lr co.,.- Julgaur. c/uo' a" eeon'0-Tnia G uru loa proceesos para isto. "iilusão com- '*¦-' Viverão na desgraça e nunca .Isa .alguma. miü uma lojlnl.ia, uma ..pe-. alfaiataria, üm jbíl'ri!acã'o;'-,'iim du terra. FazeníMogo os cai- mis .optiiniatag, lembrando a fii.-.l-i da leiteira o do'pote de leite. SKrrimos c"om piedosa ironia quando- cs 'vemos, nesses cálculos. Igiiftj-n.m quo. o desenvolvimento do capi^li.s- niio1 aijlüiçlai-a, sua pequena próprio'*'. dado.' Esquecem quc as doenças, ?))_§_ impostos, as tarifas e os alugueis não os deixarão aprumar a cabeça. Es- quecem. quc, no meio do mll peque- nos burguozes, um consegue trl- >*js fu. 11. .«ilo dia. \-o, 9 ho- - concede _. carran- ¦Vo.í duo enipur- ma de classe, convocaremo- os dc-| fra^daDmulí*^t'po^ahrpeV.e.r-^ | TPhílr ^. .r^f''^^nar^'r^u-ii mais grupos operários que pretendem' firmo, lembrando-so sempre de' que | it; °„-V, ° . ,'ir, „° „i,T*n,i pleitear as proximíts eleições para o A —"" ¦"•"" '¦-'''',-'* "",'*' •""¦*' ''"*' "t,;l"'"h'a*",( °'" ),lanot" Conselho Municipal. O Bloco Operário será um facto. 0 EMBUSTE INCRÍVEL ê mais facll prendel-a pelo lado do sentimento do quc pelo do Densa- monto. Todavia, é preciso que os ar- gumentos baseados no sentimento sejam vehlculos para os argumentos baseados no pensamento. Assim, o companheiro a.ponla vários as'Dectos da miséria proletária até commover a companheira. Ahl então. depois Continua O Jornal a -publicar osj «Ia pancada na ferradura, dfi. a pan- _r_íi_ _;„. -_ rp,5i„. __. cada no cravo. Diz-lhe quo aquella ""' '"" miséria não terá. fim omquanto exls- tir o capitalismo, porquo o capltalls- mo sG tem cm vista o lucro. Por- tanto, para extinguir a miséria, _ preciso extinguir o capitalismo. E. capitalismo, fi pro- pretensos artigos de Trotsky, forno eidos por uma agencia americana. Nós continuamos a contestar a au- thentieidatle dos mesmos. Além das razões fundamentaes; para extinguir o mio apresentámos, outra lia, dc não! ciso estabelecer o .governo proletário. L ,.¦ >. ' a. ditadura do proletariado... Por menor valia, que mais aceentua a m-, .--,. forma, a companheira; tendo crivei desfaçatez.da falsificação'e do j partido, do eontimento, do humanlla- cmWsle. Queremos referir-nos aos- ri»mo.*do sub.leotivi.-mo, attlngirá as lacs artigos "em si mesmos". Elles' alturas da. ra-_ão fria, do objeeü- são lameníweis, abaixo de mediocres, tratando problemas dos mais comple- xos com a mais desabusada e jor l .- ... . ¦ymr r W" ¦'' J rÈm -íalistiea superfieialidade, e ainda pessimamente alinhavados, mesmo para tradueção de traducção. Ora, Trotelcy é sabidamente um grande es- eriptor o um grande dialectieo. Por coiisequeneia a conclusão é absolti* tamento irroetisavel —--não podia es- erever as baboseiras estampadas pelo O Jornal. Nom aquillo~'e maneira eigno iüéònfundivel —-do'um pulili* cista inarixL-ta. Nós provaremos, a seu devido tem- pb, de modo absoluto e definitivo, a falsidade do semelhante collaboração exclusiva para Q; Jornal. ;Mas quoreni^s-.ainda insistir em chamar a átte'nçã<3* do proletariado para o que' çssa falsificação vale , como ssinptom-i: por trás delia está- se armando um vasto plano de des- moralização contra o governo opera- rioyda l.iissia, com um novo o univer- eal boilrrage de crânc preliminar para a intervenção militar atra- . vês dft China pu dos Balkans, por exemplo contra ps Soviets prole- larios da 'Rússia. - A estabilidade e os progressos do regimen sovietista são üm facto con- creto.,ique rippareee aoS olhos das mas- ' sas operárias do mundo de modo mais convincente que as mais bellas pala- vras dos propagandistas. D'ahi essa offchsiv-a sobre a opinião publica por -üeio de um plano systemàtieo de fal ¦'' ''laçõ^to de'"rpações scientes da- ' •-' «'-'-íinai' í'fen i vlsmo; Btíprociso evitar o convívio com pessoas reaceionarlas. E' preciso, com «paciência, mas com firmeza, ir cortando an tendências mysticas. A iniciação scicn.tifica da compa- nheira far-so-ha com a leitura doa pequenos manuaos do physica. chlmi- ca o historia natural. Igualmente, com as visitas ao Museu Nacional, aos Jardins Zoológico o* Botânico o comv as -fitas ©cientificas. E' claro quó tudo isto deponde das possibill- dades- de cada um. Fabrica de Fogões Progresso Pertence á firma I_. 13. do Almei da & C, Fita na rua dos Ai-cos, es tondendo-BO até ao eop6 do morro de Santo Antônio. Somos uns 300. Trabalhamos 8 horas, mas o salário é pouco. Desejaríamos ganhar mais. Ha algumas dezenas do meninos. A maioria dos companheiros mora no centro da cidade nos celebres quartos.mui arejados, pagos pela ho- ra da morto. Mas existem compa- nheiros que moram em Piedade, lta- mos e outros subúrbios. E vêm to- dos os dias. Com mais vagar, daro- mos outras notas. Os oiperarios da fabrica Progresso. Na estamparia (Nessa estamparia, & rua Buenos Aires, um armelro ganha 10$, um aprendiz do arame 4$, um aprendiz da estamparia 2?500. Ha meninos quo ganham até 2$ trabalhando S horas, como qualquer homem. Nüo! Não podo ser assim. Queremos augmento do salário e diminuição das horas do trabalho. Sete horas jfi-chegam de sobra para um menino! Os pequenos opera. rlo.3 da estaini-^ria Bouavita. ²-^mÍ-**r_' _. ' Provada, portanto, a proletariza- cão fatal c a Impossibilidade de trl- umpho para os pequenos burguezos, sO lhes restam quatro caminhos: o anarchismo, que 6 a t-heoria da po- qnuna burguezia exasperada com a proletai*i*/.ac;ao -o ainda nao esmagada nem dcsilludida; o fascismo, que é a th.eoria da pequena burguezia exas- perada com -a prolctarizai;fio e dcsil- ltidida do roformismo. que não lho trouxera o bem estar desejado; o actual terrorismo individual •— con- fuso, desordenado; e õ marxismo. A experiência das luctas- proleta- rias de 1917 a 11)20 demonstrou a fallencia do primoiro caminho. A experiência italiana demonstrou que com o -fascismo a situação da pequena burguezia peora cada -vez mnls, tornando-se esta sub-classe um simples joguete, nas mãos da grande burguezia. A experiência 'brasileira de 1917 a 1920 e dc 1922 a 1925 ha do ter demonstrado a toda pessoa sensata que o terrorismo individual _ a factica das derrotas, (> a origem da reaeqâo brutal quo'difflculta todo trabalho serio do organização. Ai-sim, a pequena burguezia nacio- nal sub elasso amorpha, confusa, chaotica tom um caminho: o caminho do marxismo, o caminho do proletariado. Ajudar a burguezia ajudar o proletariado, -feto 5 au- gmentar sua escravidão ou preparar as bases de uma sociedade quo dará a cada produclor a parte que suas necessidades exigem tal 6 o dilem- ma quo a ihistorla impoz ü, pequena burguezia uaClonní e internacional. Esto auxilio da Pequena, -burguezia ao prolotariado tenr dp r, acima'do tudo, econômico, porque o prolota- rlado o especialmento a sua ."nguar- da o partido operário— cc .-«.cen- do a fundo as lllusOes o osoi. cões da poquena burguezia, repollem toda 0 qualquer influencia da política o dli ideologia pequono-burgueza. Assim,, os pequenos proprietários dos campos o das cidades tGm um caminho: ajudar -economicamente, •i,-'v*''-lmonte,J?a llbertagão do pro- le ' - :o. .1-'ofi burguozes do Brasil, to- nio.re. to caminho? So o nüo so- gulrde**, t'.nto peor para vós! 0 auxilio mensal á "A Classe Operaria" Com a presença do nosso repre- ..entanto, . a União dos Empregados em Padarias, num ...gesto quo do- monstra o gráo de compreliensão dos seus devores; a*eaffirmou, em assombléa realizada na toreja-feirà desta semana, a approvaqão do 5 0? monsaos para auxilio â, OI-ASSE OPERARIA. Que esto gesto de so- iidariedado seja seguido pelas do- mais associações do trabalhadores do Brasil. Salvo a União dos. Empregados em Padarias gloriosa vanguarda doa ipanif icadores do Brasil! DENTRO DA BRAHM Trabalhamos na Coniiffithia Cer- vojaria. Brahmn. Não tcm.os unia es- latlstiea mas calculaimos.iquo somos mais de 1.000. Ha varias soccOes entro ns quaes a carplni iria, a ex- portação o a mina. Nesta ultima ó onde se faz a cor- veja. Mina? Sim.! A .Erailma 6. uma mina para os patrões o õ. unia des- graça para nós. .Entramos ás 7. I^irj Enlranips novamento a' Salmos- fis. 17.">3iio, po'. ras do traba-lhí). A** :; '«•.*>_«•-,-*. Na niina é - ei-i-mlo: os eiic.iv. rões nos meninos. vc. Muitas vezes nnio- ha trabalho o fl- camos parados 3 •> 4 ilias seiii ga- niiar coisa algftma. feto sueced'.- ptu-tietilarniento no tempo írix». Na exportação os (iiicarr<:gados tambem dão .impua-rõos. ", Não podenio.*!- allmencar-nos dorci- btp: almoçamoa,' aiu-m botequim, .peixe pão comi pedaços de carne. Não craoa talheres., Qiüí-iído estamos doentes, nenhum auxilio reeebe-moK. Quando temos de sair, passamos u,ni a uni por uma poria que flials parece unia .porta do prlsffio. Com offoito: íi Bralvma G uma prisão. Prisão onde deixamos a liberdade, o trabalho c a saude. . A casa teve cim gorento quo dava pancada nos menino... Era imialqüis- to.- Partiu pa-ra a Allcnuinha. Seu nome era Baiüei* mas era conhecido pelo nome de Caixa Eóciue. Caixa Dóque tratava o Brasil co- mo uma colônia allemã. Ora, bcm s.-i'bemo._ qne ganhamos pouco o trabalhamos muito porque não leimos unia. associação. Por isto. vamos arííanizar um sj-ndicito nosso e, para isto, convidamos todos os trabalhadores em fabricas o doposl- tos do bebidas. Õs openirlos da liriilniiii. Tramway, Light and Power Companliia Cervejaria Na 'fflbrica dcssa..-cónipanhi.'i, â. rua .Toso Hygino.. 113; nm operário do frigorífico- gatiha í?300. A com- panhla diz quo nos dii chopp; mas, na realidade, o quo eila nos 6 a lavagem dos toneis unia íbarrela doi ohopip. Entro nós ha¦-muitas operários portuguez-S. Como^nfl. SMiza- Cruz o na Ilha do Viaunav e-ic.s"so s-üjeltam a salários jnféílS.i-esy (tlinm-a-mos a attenção desses coin^iaiineiros para quo^ unidos aos opcrurlon brasileiros, defendamos todos juntos os nossos interesses. Ort oiMJriii.qs da Com- panhiii Corvc-jurla irnnseatica. Bond, luz c força... Bond? Sim. Força? Sim. Euz'; Não! A Light não í* a luz. *"*.' a trova... E' a noite do imperialismo inglez o imperialismo da alta finança a estender seu manto poi; sobro o ter- rltorio nacional... .**r*r'' 'i - Os companheiros da secção do turma de linha, quando tralwvihnm, ganham it_r-__,.^t_t^--0_;-AlaJ.!'W.st_íi.u.'_.i...-.5'!.*.í;K tí" loplionicos subterrâneos recebem o mesmo salário; soffrem muito, dentro das caixas telophonicas subterrâneas. Um Io ajudanto do encarregado da conservação interna dos tolephchea das estações ganha 275$-. O -2" njudaii- to, a mesma quantia. O 3o, 3501000. Na estação Norte ha apenas cinco ajii- dantes. Na estação Beira -Mar, ha tres. Na estação Villa, quatro. Na estação Centrai, quatro. O trabalho é demasiado. Ua ajudantes da conserva- ção externa das mesas telophonicas quo recebem '250$, 200$ o at- 18i>$. Para todo o Rio do Janeiro, existem seis ajudantes. Os escripturarios mo- ços ganham 250$. -E os "boys" ver- dadeiras crianças fi'0$(WO a. soeco! São talvez os mais explorados. ¦Pobres meninos! Quo futuro ves espera? Dentro da Companhia existo uma organização especial para vigiai* os operários o os empregados om geral. Estes são denunciados por qualquer coisa. Isto prova quo a I.ighl é um Estado dentro do Estado. Quer dizer: cm seus domínios, a Constituição bra- sileira não vigora; quem manda ali c o imperialismo inglez o maior credor -cio Brasil. A companhia tem uma associação. Os operários tôin do pertencer á mes- ma. A associação _ patronal. Desço- nhecemos seus directores e até a st-de. Delia, conhecemos a jóia, a men- saudade c os postos médicos, ondo nos receitam remédios da peor qualidade e por um. preço demasiado. NOSSAS P.EIVINJHCA(_-ÕT.S São innumeras. iMas, por hoje, cita- mos apenas duas: augmento dos sala- rios o direito do livre associação. Baseados no direito proletário o em um direito quo a .própria Constituição burgueza do Brasil nos concede, por- fiaremos até quo possamos tor uma associação livremente mossa; Oh opcirnrios c ejnpi-cssido.s po-ln-cs da lilght. Os i-m.pei-iíiilistas americanos jul- gani quo o Brasil ó u-nva espécie de Piiillppinas. E u*s im-perialist.-i.s inglezes julgam quo o.Brasil é uma espécie- dc Índia. Ti-a-t.-im-ims como colohia.es. A S. Paulo Rn.ilway, ingleza, não ítd.mitle que seus operai-los façam gré-ve. A Dight, ingleza, não admille so- quer a organização do seus opera- rios. E, agora mesmo, o director da Fa- brien Botarogo, -Sr. 'Pcrcy, acabn, mais uma. vez, de demonstrar sou espirito cie barão feudal. Eníqüãntò isto, o gerente, da mesma íabrica, que veiu do Cotonificio Rodolpho Crespl, diz eme nunca perdera greve alguma, o que quer dizer nunca fez .a menor juslicja nos operários, c-snu- £">. lV^k'-.rKS. V'-S;. V.J}ÒtQH,. .'ritM^niulo-i» -í, Eii*»áiiae-vijS,' Si-s^ agentes cio im- perlnlismo. inglez aliüados do ca- ipitnllsmo .nacional! O Brasil não é prosa fácil para os vossos dentes. Nó.", operários nacioniíog o interna- e.ionae.s, não somos vossos escravos o defeiiderc-mci,--, dentro dn. ordem o da lei.... proleta ria, os nossos direito;!. <J_ operários da Fabrica Bota- logo. 0 DESPERTAR DOS MARÍTIMOS Antes do IftOil não estávamos orga- nlzados. Quer dizer: os patrões nio nos tratavam com a devida considera- ção. Não tinhamos- mesas para. refei- ções; nem talheres; nem colxões nas camas. Al£* alta madrugada ficávamos nos tráplciios com os botes á vontade, dos commandantcs. Fazíamos as des- cargas além dos nossos misteres. Cansados do tanto soffrimento, fun- damos o syndicato. Tudo isto desap- puroceuI Oom a greve perdida; os armadores tiraram o.s direitos conquistados. Tra- temos, agora, do rèçonquistal-.os por moio do uma ampla lueta do claRsò» que abarque todos os marítimos—apoia' dos, dynamica, econômica e ínoriilnien- to, pela massa dos companheiros da. carga, o descarga; pelas ferroviários, pelos tecelões-, metallurgicos, 'trabalha- dores dos campos em resumo, por todo o proletariado industrial o agrl- cola. Na America do Norte, duas vezes os marítimos perderam.a greve; mas não perderam ns regciliius. Aqui foi o contrario. Isto mostra" a fraqueza da nossa organização.. Conseqüência, ta- clica: não devemos entrar em lueta som uma organização solida; nfio de-, vemos fazer movimentos parcláqs; de- vemos estudar a situação dos patrões no momento eni que pretendermos ini- ciar a nossa òffcnsivá. O NOSSO _»lAJlTyi.K> A Companhia I-lóyd Nacional tirou por completo os extraordinários. Ago- ra adoptdü um systema de "tape::." : dá. como extra, uma gratificação... pura Ingk-z ver. Na Commerclo e Navegação o, traba- lho _ demasiado. .Noa Ires., vapores de. Prates & C, ha aa S horas. Mas não suecede o mes- mo no vapor "lcnriihy" devido ao e.ominandunte. Ks-ja empreza paga o fiervli.:o -io eKtivn. quando oa havioa fazem escala pelos portos de Itapeini- rim, Piuma, Benovonto e C4iuirápary.. No "Suma.!--" o no "Ipanema'1, queni faz a descarga, É a gunriiieão, pen- i'al- la de estivadores: As refeíçGbs matos dois navios 6 escassa o péssima. •No "il-.iiia", cargueiro quo viaja en- tro o Rio o Santa. Oatharína, n giuir- nição ciunsi morro do fonio. Traba- •*lha, aos domingos, até 10 do dia o 2 da tarde. A lialdenção principia .ás f> e 0 da manhã. Ha serviços quo ter- minam íit, 3 da tardo e não são pagos' como extraordinários* O "Santa Cruz", riue reboca as cha- tos do uma empreza noruegueza. pa- gnvii extraordinário. O coniiriandhnto aoabpu com esse direito'. Dizem que, depois disto', eile foi augmentádo eni 21.0$. Quatro niezes atraz, elle des- embarcou todos os marinheiros, que so allnientuvniii ha -1 dias com arroa o cariie seccai A SOIjTJÇãO E' a mesma apontada: organiza- çfuí*. Organização dupla: econclmien, no ayndieato e politica no partido. Cen- t ral.'Aii;í.o e (iiscj-P)inutilontõ tias ii.aa- BANGU' Em Eangú ha cerca de 3.500 operários". Xa fiação, um menino ganha 1ifã00. Os diaristas das car- das ganham $!)-. por hora. Traba- lhaniõs 9 horas o ti minutos. Quan- do não fazemos serão, somos sus- pousos por S dias. -Não es-lamos fia- tisfoitós com tanta exploração. Os (ipiMiirios da Cia. Progresso In- dn.strlal. Fiisão <lo todos os pòquõnos syndi. enles em um syndicato único a ITnião dos Trabalhadores do Mar! AI a rte liaremos esta palavra de eom- balo até* quo a massa dos trabalhado- ros ilo mar acompanho a sua vnngimr- da luctadora. Os mai-itiniio.s do Jtlo do Janeiro. EM DEODORO Começamos fis G.B0; I.argamlos ãs 11. Pegamos ao meio dia. Larga- •mos ãs 10 l|2. Trabalhamos aos sa.br bados atC- ás 11 1,1-. O salário dos diarlstae varia entro 5$200 o 7$. O saiariò dos empreiteiros varia entre S$ o D$. Uma fiadeira ganha 1)$500. E um menino da fiação, l$ii00. So- •mos uns 2.500 operários. A expio- ração 6 donia-siada. Desejamos que A CI-ASSE OPERARIA nos defenda. •— O.s operários ilo Deodoro. -*?*-. Mais _____ esforço! Em vista -da larga aceitação da A CEASSE OPE-RARüA pelas vas- tas massas trabalhadoras, resolve- •mos Itlrar 9.G00 exemplares do nu. miero 9. Vamos, po!'. preparar a baso liara os 10 mil * -cc.mplares —¦ niumero insignifien^to para os 10 milhOes de .trahalhadoreü do . Brasil: O numero actual foi feito espe- cialmento para ns largas massas. Companheiros! Quo nenhum ex- omplar seja doVolvido-! 130 m.l tecclõer*, 80 mil (ferrovia- tIqs, 50 mil marliiuios, 1)0 mil sapa- telros, 15 -mll m-rJ-iHiirgicos, esgote- mos o m. 9 .do ríossO jornal! Pelos oper™§ da Bo» CfgO IOs operai-los da capital, de São Felix, Cachoeira, e Muriülià, votaram ¦**¦ ¦' uma moção soiidarie.lado aos gre- .vistas da labi-i-u.. Botafogo« Na Ferro Carril Ca- rioca Santa Thni-eza est.1 chola de caeas pobres. Mottido em verdadeiras ca- becas do porco, ha um exercito do proletários. Todos elles sobem sa va- rias ladeirasi a pC*. A Cia. Ferro Carril Carioca não lem bonds "cara- dura". E' uma companhia que _er- vo exclusivamente os ricos. Exige $300 por uma viagem quo 6 a mota- do da Lapa á praça da Bandeira. Os carros são uns calhambeques. E os operários? 'Ganham uma miséria: um guarda-freios, 5$500 © um moto- ristâ, 7$800. Quo exploração! Os operários da F. C. O. Não é partido operário! O Sr. João Lisboa, pelas colu- ¦nvnas do "Vanguarda", procurou defender o partido socialista. Fcl-o, pont-m, em tcrmotl quo coiid/c. mnam a ambos. Declarou textual- mente quo o P. S. B. '"mão se apro- scmtou como partido operário". Pro- ciosa declaração! Não seiido parti- do oporai.o, que serã. elle? Partido pequeno burguez que, mais cedo ou mais tarde, sérvlrft directamento os interesses da grande burguezia. Fa- talmente. Prova-o toda a expo- riencia do proletariado mundial. . Quanto a -nõs, não temos duvida em declarar mais utma vez: fornin. mos um partido unlca o -exclusiva- mente operário. Coelho e Bordallo Nas fabricas de calçado do 'Hio ão Janeiro lia. uma grande iiuanilicUido do menores .s.iibmnttidos a mm traba- lho exlinustivo. Precisamos vaiar por essas crianças, entregues ao 16o da vida. NA FABRICA 1MB ÒA_*.ÇA."OOS COI-LHO NCis, pequenos operários da fabri- pa de calçados Coelho, a run da Con- Htlliiição,, vimos •rockimn.r os inóssos direitos. Entramos ãs 7. Largn.mos &s 10. Entramos novamente ás 11. Lar- gamos ãs 10 l|2. Aos sabbados, lar- gamos íis 111.15. Traba-Miiiiiios sun... nalmonlte -18 ihoras. (Ha companhelri- nhos do pespoivto com 10 annos, quo ganham 3$r>Óp': Outros, coni 1-1 an- nos, ganham 2$. Outros, com 13 an- nos, ganham 2?. Moramos 'longo, em São Ohristovão, Quintino o ató em Cavalcanti, na Linha Auxiliai*. Queremos ganhar mais 1$ o tra- baWiar somente. .2 hoii-as semanaes. Somos menores! não podemos tra- baihar as mesmas horas quo um homem Os iieqiionos oiieriulos da fabrica, de calçados Coelho. NA FABKICA COOK Os operários da fabrica Co.ok, dos Srs. Bordallo, il rua JosC* 'Maurício, onli-am ãs 7 liorns o largam as 10. Pegam ás 11 menos 15 o largam ás 10. Entre 13 o 13.15, ha o caf_. Existem companheiros quo -tralia. lham ha 2 annos na. montagem e ganham 5$, -morando cm Quintino. Ha outros quo trabalham ha 8 an- nos no acabado e ganham 9?, mo- rando na Penha. Ha meninos de 15 nnnos, com 3 1|2 annos na. fabrica que, acabado, ganham 4.?, mo- rando cm (Ramos. Ha, na- monta- gem, meninos do 14 annos, que ganham 4$, apesar de estar -ha 2 1|2 annos na. casa, morando na Penha. Outros meninos, com 14 annos, rao. rando no Encantado, trabalhando, na montagem *ha 6 mezes, ganham 3 mil rCis. Todos nós queremos augmento Qo ojier.irioij da fabrica Cioi. PELOS CAFÉS E RESTAURANTES No numero S da A CLASSE OPE- ItARIA contamos a nossa vida nas cozinhas dos tres masíodontòs. Ago- ra os leitores operários vão percor- rer comnoseo varias casas. BOTISSE15H3 PltÓGKlíSSO Fica no largo de São Francisco nU- mero 44. Os empregados reclamam tudo: falta de luz e ar, falta do hy- gie.ne, falta de cafoteria, falta dc pias para louça, falta, de local para arelar os talheres, falta de logar para nm- dar a roupa... A cozinha é peque- na. O ,'.'. c. é apertadlnho. Eis ahi o que valo o progresso da Progresso« Os companheiros dessa casa rocia* mam melhores .salários, menos horas de trabalho o mais hygiene. líESTAUKANTlO AMERIOJ- Fica na rua dn São Pedro n. 10. Faltam: ar, hygiene, cafoteria, pias para os .pratos, mesa para limpar os talheres: Cozinha abafada. O pi># •meiro ajudanto ganha 30Ò$000. O segundo. 100S50OO. O magarefe 130Í0OO. O lavador do pratos, . .-. 100$000. O limpador dos talheres, SOSOOO. Beclamaçcles: ns mesmas dos oom- panlieiros da Rotissei-ie Progresso.. CASCATA Esse eafC o restaurante fica na rna do Ouvidor n. OS. A cozinha é po- quena, sem luz nem ar. O w. c. fica ao lado da cozinha; _ demusiado pe- queno o sujo por falta d'agua. Um dos vasos está quebrado. Ha algum tempo, quando chovia, cala agua sobro os cozinheiros o che- gava até a apagar o fogão. A trago- dia não ora maior porque á eliarva era camarada: calculava a hora om que não havia serviço e zás! rolava a cachoeira. O ladrilho está deteriorado pelo uso o a cozinha precisa ser pintada. Foi diminuído uin eómpaiihoirq na cozinha, acarretando, para brov um augmento de serviço. ULiucirs (Nosso restaurante, á rua 7 de Sc» lembro ri. 41, a cozinho- tem dois metros- 'de coinipriniento para 1.20 de largura. Não tem pias nem local para aroiar os talhenv;. Comporta 4 companheiros —. mc-ttidos mais por cima dos outros. O vr. c. ó pegado ã cozinha: sor- vo dc cabino para 'os empregados mudarem a roupa. A copa _ lnimi. da o pequena. E* geral o doposilo do lixo dentro da cozinha, pegado, muitas vezes, ao fogão. A SOLUÇÃO Ora, suceedo tudo isto porque não estamos bem organizados. Tivesse- mos. dentro do Centro Cosmopolita, mais da metade dos empregados em hotci.s*. restaurantes o similares, o outro gallo cantaria. Assim, a palavra de ordem imimo- diata 6 a segu-inlo: Para dentro do Centro Cosmo- pollta, milhares de empregados 1109 hotéis, restaurantes, cates e slmila- rcs! . garçons o coziuhc-ros do Itio dc Janeira MUTILADO

A CLASSE * OPERARIA - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/086569/per086569_1925_00009.pdf · Pasta citar Rosa Lu-xemburgo, Clara Zetkln, Krirpsl.nya ... taforma única de classe, apresente

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A CLASSE * OPERARIAJORNAL DE TRABALHADORES, FEITO POR TRABALHADORES, PARA TRABALHADORES

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Anno i Numero 9 CS Rio de Janeiro, 27 de 4f*nho de 1925 K2 Publica-se aos sabbados

! A educação das mãesproletárias

Os companheiros da vanguardapodem o devem omprehender a edu-caciló proletária das companheiras.

A mulher tem maior doso do sen-timento quo o homem. Seus defeitostOm sido exagerados.

Fm mie né anda a questão das So do um iludo, eila -tam actual-' _¦¦1 \Ürn\ ._ Wr, nm-úmo mento. menor capacidade do raclo-

candidaturas operárias no próximo «^ .

^ _ hom(.m> é_ por6m; su-l>lcito para intendentes nuuiicipaes. | porlol. a catô om íinura, ipaeiencla,

a^a- *,.r _!,1n icritada nor volta' •hablltaado . abnegação ¦— quallda-Ap63< ter_ «"O/^taüa^porjoiWi ^ lniipol.ta'ntos em um ,nlarxisia. E,

BLIICO HUfWV^-S^/WV^*1!11-

quando toma a peito uma tarefa, vaisempre longe. Pasta citar Rosa Lu-xemburgo, Clara Zetkln, Krirpsl.nyao tantas outras combatentes datransformação proletária mundial.Ser..., pois, um t'!mpo bem çm-preg..-do. aquolle ciüo dlspcndormos com nanossas companheiras o filhas. Nos-so esforço individual, de transforma-çao social pôde começar pelo lar.quer dizer, nossas primeiras conqiiis-tas podem aer nossas companheirase nossos filhos e filhas.

CONCEIÇÃO. MOCAN-UÊ E VIANNA|WlAAflAf!Á*liVW*W*MVVVV»*-Vr*VtW*S*¥*_««*Y*-«»r**y*1^*' i—X*.¦¦*'-**~---*--«*'---fc-»-»-»-_-»_l-_**-'~----_»-»-»-*-»-'*---__»-~|-*-**-^

Aquello que não conseguiu trans- **m accidonte,_ nilo *í*ten«

do 1° de unaio, e resolvida por umcerto frrupo' em favor de um can-didato, ap que sc diz, officioso, qua-si que sc não voltou a falar maisno a.sumpto. Foi ainda lembrada acandidatura de tinv outro trabalha-dor — este, "chattffcur" — e pare-co que c tudo.

Mas isto é pouco, c pouco menos

que nada. No entanto, a questão éde interesse geral c deve, por suamesma natureza, despertar maior —

necessário — ruido nos meios pro-".etários. Este silencio parece umaconsiparoção.

Vamos quebrar este silencio. Jáaqui expuzciiio. nosso ponto de vis-ta sobre a maneira como entende-mos devem ser apresentadas as can-didaturas opeiárias. Vamos insistir1— pelo facto.

A CLASSE OPERARIA é órgãodo partido proletário e representa,incontestavclmente, o pensamentogeral das massas trabalhadoras do, tão totalmente condemnad.os. Lcsdopaiz. E' um jornal que tem' um já 'tue a companheira saiba ler, k tra-

• i„ .1» *„{i..„.-.-:- r. -,» tai- de inicíal-a immedlat.i mento nalargo circulo de influencia-, o qt c thcOTla pl.0*etarla. Aliás, eila'poderádemonstra o acerto e segurança uc desenvolver a leitura nos próprios ll-

vros marxistas. O companheiro dar-lhe-ha a ler em primeiro log-ar aspublicações mais acceeslvels: o Abe-

formar os seus não só vive cm umverdadeiro inferno, como tal lacunaO um signnil, do sua inferioridadeoomo militante. Aquello, porém, quoo consegue sento logo um redobrardo energias. O lar do operário deveser o prolongamento do syndicato. Olar do marxista devo ser o prolonga-mento do partido.

E' preciso quo os companheirosensinem as primeiras letras ãs com-panhairns, caso ollns não o saibam.A mulher analphabeta 6 um serioobstáculo â obra da transformação.Os livros cheios do illustraç-ès sãoproferivels; as cartilhas antigas es-

sua orientação, que reflcctc as maisprofundas aspirações, das massas.

E' pois nessa qualidade — queninguém lhe pódc negar e quc pesaalguma coisa na balança — que AGLASSE OPERARIA vai intervirna solução do caso, não mais theori-camente apenas, porém-, tambempraticamente.

Somos partidários da formaçãode tira Bloco Operário único, o qual,concentrando e coordenando todas asforças obreiras e baseado numa pia-taforma única de classe, apresenteuma chapa única de candidatos ope-rarios. As razões, já por nós apon-tadas, que indicam a necessidadedessa concentração num Bloco Ope-rario, estão sufficientemente enten-ilida*' para que repizemos nellas.

bro •eHas,v..theoric-agora, de pôr a cçisa

E' o que vamos zíatc..Vamos elaborar um progr...

que consulte aos legítimos interessesda massa de operários e camponezesdo Districto Federal, e sobre ellepropor a-formação do Bloco Ope--rario.

Iniciando c participando.do BlocoOperário na qualidade de órgão do

I — NA ILHA 1>A CONCEIÇÃONos, operários do Lloyd Brasileiro,

na ilha da Conceição, vimos rocia-mar contra o que so passa ahl.

O.s operai-los "mensaos" não podemficar doentes, nem perder o trem ouo bonde.

Perdendo n. conducção, o operárionilo ganha. E oi seu substituto —obrigado a dobrar o trabalho — tam-bem nflo ganha. E nada «o pOdo di-zer. O ambiente 6 de pressão.

Quando temos a desgraça de che-gar mola hora ntrazado., j,'i. sabemos:vamos trabalhar, mas nada ganha-mos. Proferimos assim, porque, senão trabnlharmo*i psrderemos doisdias. a titulo do "moralizar" a. ro-partlyá-. Estranha moralidade!

Trabalhamos corrnndo quartos; o1", das 7 ás 15; o 2°, das 15 ãs 23;o 3", das 23 fie 7 da manhã.

O terceiro quarto sâ a. signa o"ponto" quando deixa o serviço. Sopor acaso o operário, victlriiado por"pon-to" ao «alr, não terá direito li. rocia-magão sobro iiocldentes porque logo'os chefes állegam que o dito òperar'0não trabalhou naqucllo dia. .

NOSSAS ASPIRAÇÕES(a) Eçonoiiilcaa.

Augmonto do 1$000 em todos ossalários; pagamento integral aos ope-•rarios quo dobrarem o trabalho.; dl-reilo do fazermos 3l4 quando nosatrnznrnios; pagamento Integra; dos-ses 3|4; não "moralizar" o Lloyd ftcusta do pão do nossos filhos; assi-gnarmos o "ponto" .1 entrada do ser-viço; extineção das formalidades bu-rocraticas diante dos fados concre-tos como os aecidonte3.

(b) PollUcas:Direito do livro associação: oco-

nomica (no syndicato) e politica (nopartido operário); direito do lermos"o

propagarmos o nosso jornal -— em

.movüii-iitos do

lijiileníií

não intervenção do

cedarlo, Abro teus olhos, O -paiz o qualquer parto da Ilha; nenhumao governo dos trabalhadores o Pro- I perseguição contra os membros dogramma. do Bukharino, as "Noções", I partido operáriodo Rnppoport. Depois:, o Manifesto I __________________do Mafx Engels. Em seguida', tra- j gg———jggggduzir-lhc-ha o "A B O" de Bucl.hari. jne o Prpobrajensky (livro que, quan-do existir em portuguoz. deve ser oprimeiro a ser lido), e as obras com-plctas de tjllanov, Infelizmente emIiespanhol ou írancez, sendo, porôm,de notar que o "Radicalismo", devosor lido muito ddpols. A inlciac-ãomarxista precisa ser completada coma leitura dos nossos jornaes e nia-nifestos, com o acompanhamento davida eyndicnl. da situação nacional ointernacional, com o comparecimontoá_( conferências- operárias, com asvisitas âs fabricas o officinas. etc. -

O companheiro devera, res-pondera todas n...perguntas, destruir todas'p.cj flt- %:r.--- ¦¦¦-*- '^«n.*ii;ífío---! ifln *í.prn-.tin- 1

poder coorcivo . noaelasso.

(o) Eooiionllco-liyglc-ititls.A moradia, perto do lo'<9,: du tra-

balho, em grandes habitaif«ís collc-c'tlvas — hyglenieas, syfltMAa euro-peu. ¦¦'.;[)<¦¦'..

(<1) Intcllectnnea.U-ofruto de.unia casai^Atlm do,

nella, instalarmos uma es-.Tla, o.idenão ha)a a menor influeníV-i do Es-tado; subvenção de G llS^Vt11,0" an"nuaes para. a manutenção: '"-i" escola.

O Estaclo 6 poderoso» 5'*_i a con-sclencia proletária, soldanco todos oatrabalhadores, ha d*- ni-.i.- liwto.rio.a.— O.s operários «ló TMyi.» rjánisllelro,na ilüá «1.-. Coúceiúfi* * i. r." '

JI — EM MOCAÂti^fi.

E' bem tristo a nossa ^iluaqão.Ha dias, um cem panheii-o/flcbu do-ento no serviço. Foi paru wasa. Fl-cou vários dias cm traiam, ito.

Não tendo -quem o fii-OK.se, nãopôde avisar on chefes. Mi*! rc-tabe-locido, voltou ao trabalho, Viniol-omagro, anêmico, os olhos e.-ibugalha-dos. O burguez esta tti 1, vevinelho co-mo um camarão cozido, o i-nreio comoum "barrflo", olhou-o com aupariori-dade c disse-lhe:

— 13slã. suspenso por 1* dias!E' dolorosa a paisagem da Ponta

da Areia, nessa frias manhSs de Ju-nho. Desfilam as linhas íiogras dosgalés do iiiduslrialismo. A condu-ccão 6 péssima. Os opci_riOK, api-niiados. Mais dia, monos dia, qual-quer um de nó<_ morrerá, ç.fogndo.

O burguez estii-tal, como. i.utr*ora osenhor do escravo.'!, faz, de certosoperários, encarregados ou flscaes. Eestes, como os antigos feitotíós, são ospeores carrasooé5 do seus .'jx-compa-nheiros. A que ponto o éupltalifc-moperverto, os hoinons!

NOSSAS ASPIRA(>''í'SAlém dns publicadas fffi n. fi da

A CLASS13 OPERARIA, '..mos_.maisa acerescentar:

(a) ]<X*ononiicn8. iNenhuma susponsão por motivo de

doença.(1)) rolltlca».

As mesmiui dos comuaiihelros dailha da Conceição.

(o) Hj-gleiücas.Melhor conducçãoi.

(d) Moraes,Mais considbração por parta (tos

.fiscaos o encarregados.(c) Iiitóllcctuaes.

As mcsrwis dos companheiros dailha da Conc..ii_ão.

Alllados ao iiroletariado das clda-dea o dos campos e, especialmente, ao•proletariado das ilhas da Conceição,CajU.Viannn, do Barreto, dc S. Gon-calo, dó Mdruhy, da Ponta da Areia,porflaromos atC* ft vtetorla. — Osoperários da illia MocangnO.

JU NA 'ililíà J)0 VIANNAisto aqui é um Estacio dentro do

Estudo. Os patrões IBin um corpoespecial do vigilância. Apesar dotodo o seu patriotismo, preferem ooperário portuguez ao brasileiro. Mo-ramos om barracões. Ganhamos pou-co. Trabalhamos muito. Ha compa-nheiros que t'_ín at_ modo de lei* ojornal dos trabalhadores. Ha mui-tos menores.

Soubemos que A CDASSE OPERA-RrA defende todos os trabalhadores.Soubemos quo, por causa do um ar-tigo que cila publicou, acabou-se, noestaleiro Canella, a exploração doscartões e do pastoleiro. Ora, como cs.companheiros detiso estaleiro, nCstambem queremos melhorar.

NOSSAS ASPIRAÇÕES(a) J-concimfcÍH.!

Augmento de 1 $000 para todos osoperários; horário do 7 horas paraos pequenos aprendizes.

(b) V.olitlçá-, liygleiilisis, íiiõracsc iiitcioctiincs.

As mesmas do. companheiros dnsilhas da Conceição o Mocanguô. **.

Luctnrc-mos o venceremos. —-Osoperários da lília do Viamiii.

AMERICA FABRILA America Fabril foi organizada

em ISS'5, jft no fim do Imporlo, quan-do a burguezla Industrial aspiravasubstituir o domínio dos senhores doescravos pela sim. supremacia. As-plraçüo prematura poi», ainda hojo,a burguczla industrial não- conseguiutransformul-a em realidade.

Tinha, então, a America Fabril400 contos. Trinta, o cinco annos dc-pois, ein lfl'2'5, a America Fabril pos-suo cinco fabricas: Cruzeiro, Bom-fim, Mavllis, Carioca o PA.0 Grande.E seu capital attinge 4 quantia do3'2 mil contos, omquanto suas roser-vas montam a 45 mll contos.

De onde saiu tão grande quan-tia?

Acima de tudo, saiu do nossoesforço, dos milhares do compaiihel-ros doentes, tuberculosos, vic.tlmadospelo trabalho' em 35 annos de mi.se-rias o soffrimentos!

Ora, 6 natural que a America Fa-bril receie o despertar dò «eus es-cravos Bcor. sabo cila quo, com essedespertar, seus lucros diminuiriam.Não poderia accumular tão-grandecapital no espaço do 35 annos. As-sim, tendo um dos nossos compa-nheiros vendido A CDASSE OPE-RARIA numa do suas fabricas, oencarregado da .seceão motalhirgicachamou a attenção delle pára quenão o fizesse mais

Perguntamos aos patrões se acasonão temos o direito do ler o que bemnos parece. Perguntamos so 6 pro-hibido ler o único jornal da classeoperaria elo paiz. Ei curioso: quan-do entramos na fabrica com qual-quer jornal burguez, o.s eneniTegado.s'iiacla nos dizem. Não suocode o mes-mo quando entramos com A C.í,Ari-RE OPERARIA. Não esta bom as-sim, Srs. encarregados! Võs vos jul-gaes no direito do ler e propagar oque bem ontendois. Nós nos julga-mos com direito igual. — O.s opem-rios o a.s òpci-arlas da America Fa-bril.

0 IMPERIALISMO IN*GLEZ NO BRASIL

zinha.sahiu naa alImen,tação \..-.gosta de poesia, fazel-a nprenu-versos da -/Int.- .'acionai". Se gos-ta de musica, íazel-á cantar esso'hyn.no. Se aprecia ò cinema, escolheras fitas das grandes épocas de tran

partido proletário, para a formação' sformaqão social, mesmo da rovolu-do mesmo na base de um nro<«-ram-l -ãCfranceza. E assim por diante. E'cio mesmo,, na Dase ae um proBram- -,recIso sor „SyChologo: ver qual o

os pequenos pro-prietarios, commer-dantes e industriaes

'Os pequenos proprietários, com-merciarites o industriaes, o pequenofunecionalismo, os ¦ intellectuaes po-tn-cs — os pequenos burguozes, comonós chamamos — vivem numa pro-funda illusão: acreditam na possibi-lidade do enriquecer, de transformar-so em médios e, depois, em grandes

— > ¦'¦*r3__.".'-!__. ¦_*.• ¦í?>v^ ^-'P^",^^nU^^*_-_*v_-^lrco.,.- Julgaur. c/uo' a" eeon'0-Tnia G uruloa proceesos para isto. "iilusão com-'*¦-' Viverão na desgraça e nunca

.Isa .alguma.miü uma lojlnl.ia, uma ..pe-.alfaiataria, üm jbíl'ri!acã'o;'-,'iimdu terra. FazeníMogo os cai-mis .optiiniatag, lembrando a

fii.-.l-i da leiteira o do'pote de leite.SKrrimos c"om piedosa ironia quando-cs 'vemos, nesses cálculos. Igiiftj-n.mquo. o desenvolvimento do capi^li.s-niio1 aijlüiçlai-a, sua pequena próprio'*'.dado.' Esquecem quc as doenças, ?))_§_impostos, as tarifas e os alugueis nãoos deixarão aprumar a cabeça. Es-quecem. quc, no meio do mll peque-nos burguozes, só um consegue trl-

>*js fu. 11..«ilo dia.\-o, 9 ho-

- concede

_. carran-¦Vo.í duo enipur-

ma de classe, convocaremo- os dc-| fra^daDmulí*^t'po^ahrpeV.e.r-^ | TPhílr ^. .r^f''^^nar^'r^u-iimais grupos operários que pretendem' firmo, lembrando-so sempre de' que | it; °„-V, ° . ,'ir, „° „i,T*n,ipleitear as proximíts eleições para o A —"" ¦"•"" '¦-'''',-'* "",'*' •""¦*' ''"*' "t,;l"'"h'a*",( °'" ),lanot"Conselho Municipal.

O Bloco Operário será um facto.

0 EMBUSTE INCRÍVEL

ê mais facll prendel-a pelo lado dosentimento do quc pelo do Densa-monto. Todavia, é preciso que os ar-gumentos baseados no sentimentosejam vehlculos para os argumentosbaseados no pensamento. Assim, ocompanheiro a.ponla vários as'Dectosda miséria proletária até commovera companheira. Ahl então. depois

Continua O Jornal a -publicar osj «Ia pancada na ferradura, dfi. a pan-_r_íi_ _;„. -_ rp ,5i„. __. cada no cravo. Diz-lhe quo aquella"" ' '""

miséria não terá. fim omquanto exls-tir o capitalismo, porquo o capltalls-mo sG tem cm vista o lucro. Por-tanto, para extinguir a miséria, _preciso extinguir o capitalismo. E.

capitalismo, fi pro-

pretensos artigos de Trotsky, fornoeidos por uma agencia americana.Nós continuamos a contestar a au-thentieidatle dos mesmos.

Além das razões fundamentaes; para extinguir omio apresentámos, outra lia, dc não! ciso estabelecer o .governo proletário.L ,. ¦ . ' a. ditadura do proletariado... Pormenor valia, que mais aceentua a m-, .--,. forma, a companheira; tendocrivei desfaçatez.da falsificação'e do j partido, do eontimento, do humanlla-cmWsle. Queremos referir-nos aos- ri»mo.*do sub.leotivi.-mo, attlngirá aslacs artigos "em si mesmos". Elles' alturas da. ra-_ão fria, do objeeü-são lameníweis, abaixo de mediocres,tratando problemas dos mais comple-xos com a mais desabusada — e jor

l.- ... .

¦ymrr W" ¦''

J rÈm

-íalistiea — superfieialidade, e aindapessimamente alinhavados, mesmopara tradueção de traducção. Ora,Trotelcy é sabidamente um grande es-eriptor o um grande dialectieo. Porcoiisequeneia — a conclusão é absolti*tamento irroetisavel —--não podia es-erever as baboseiras estampadas peloO Jornal. Nom aquillo~'e maneira —eigno iüéònfundivel —-do'um pulili*cista inarixL-ta.

Nós provaremos, a seu devido tem-pb, de modo absoluto e definitivo, afalsidade do semelhante collaboraçãoexclusiva para Q; Jornal.;Mas quoreni^s-.ainda insistir emchamar a átte'nçã<3* do proletariadopara o que' çssa falsificação vale

, como ssinptom-i: por trás delia está-se armando um vasto plano de des-moralização contra o governo opera-rioyda l.iissia, com um novo o univer-eal boilrrage de crânc — preliminarpara a intervenção militar — atra-

. vês dft China pu dos Balkans, porexemplo — contra ps Soviets prole-larios da 'Rússia. -

A estabilidade e os progressos doregimen sovietista são üm facto con-creto.,ique rippareee aoS olhos das mas-' sas operárias do mundo de modo mais

• convincente que as mais bellas pala-vras dos propagandistas. D'ahi essaoffchsiv-a sobre a opinião publica por-üeio de um plano systemàtieo de fal¦'' ''laçõ^to de'"rpações scientes da-' •- ' «'-'-íinai'

í'fen

i vlsmo;Btíprociso evitar o convívio com

pessoas reaceionarlas. E' preciso,com «paciência, mas com firmeza, ircortando an tendências mysticas.

A iniciação scicn.tifica da compa-nheira far-so-ha com a leitura doapequenos manuaos do physica. chlmi-ca o historia natural. Igualmente,com as visitas ao Museu Nacional,aos Jardins Zoológico o* Botânico ocomv as -fitas ©cientificas. E' claroquó tudo isto deponde das possibill-dades- de cada um.

Fabrica de FogõesProgresso

Pertence á firma I_. 13. do Almeida & C, Fita na rua dos Ai-cos, estondendo-BO até ao eop6 do morrode Santo Antônio. Somos uns 300.Trabalhamos 8 horas, mas o salárioé pouco. Desejaríamos ganhar mais.Ha algumas dezenas do meninos. Amaioria dos companheiros mora nocentro da cidade — nos celebresquartos.mui arejados, pagos pela ho-ra da morto. Mas existem compa-nheiros que moram em Piedade, lta-mos e outros subúrbios. E vêm to-dos os dias. Com mais vagar, daro-mos outras notas. — Os oiperariosda fabrica Progresso.

Na estamparia(Nessa estamparia, & rua Buenos

Aires, um armelro ganha 10$, umaprendiz do arame 4$, um aprendizda estamparia 2?500. Ha meninos quoganham até 2$ trabalhando S horas,como qualquer homem.

Nüo! Não podo ser assim.Queremos augmento do salário e

diminuição das horas do trabalho.Sete horas jfi-chegam de sobra paraum menino! — Os pequenos opera.rlo.3 da estaini-^ria Bouavita.

-^mÍ-**r_' _. _¦ '

Provada, portanto, a proletariza-cão fatal c a Impossibilidade de trl-umpho para os pequenos burguezos,sO lhes restam quatro caminhos: oanarchismo, que 6 a t-heoria da po-qnuna burguezia exasperada com aproletai*i*/.ac;ao -o ainda nao esmagadanem dcsilludida; o fascismo, que é ath.eoria da pequena burguezia exas-perada com -a prolctarizai;fio e dcsil-ltidida do roformismo. que não lhotrouxera o bem estar desejado; oactual terrorismo individual •— con-fuso, desordenado; e õ marxismo.

A experiência das luctas- proleta-rias de 1917 a 11)20 já demonstrou afallencia do primoiro caminho. Aexperiência italiana já demonstrouque com o -fascismo a situação dapequena burguezia peora cada -vezmnls, tornando-se esta sub-classe umsimples joguete, nas mãos da grandeburguezia. A experiência 'brasileirade 1917 a 1920 e dc 1922 a 1925 hado ter demonstrado a toda pessoasensata que o terrorismo individual _a factica das derrotas, (> a origemda reaeqâo brutal quo'difflculta todotrabalho serio do organização.

Ai-sim, a pequena burguezia nacio-nal — sub elasso amorpha, confusa,chaotica — só tom um caminho: ocaminho do marxismo, o caminho doproletariado. Ajudar a burguezia oúajudar o proletariado, -feto 5 au-gmentar sua escravidão ou prepararas bases de uma sociedade quo daráa cada produclor a parte que suasnecessidades exigem — tal 6 o dilem-ma quo a ihistorla impoz ü, pequenaburguezia uaClonní e internacional.

Esto auxilio da Pequena, -burgueziaao prolotariado tenr dp r, acima'dotudo, econômico, porque o prolota-rlado o especialmento a sua ."nguar-da — o partido operário— cc • .-«.cen-do a fundo as lllusOes o osoi. cõesda poquena burguezia, repollem toda0 qualquer influencia da política odli ideologia pequono-burgueza.

Assim,, os pequenos proprietáriosdos campos o das cidades só tGm umcaminho: ajudar -economicamente,•i,-'v*''-lmonte,J?a llbertagão do pro-le ' - :o.

.1-' ofi burguozes do Brasil, to-nio.re. to caminho? So o nüo so-gulrde**, t'.nto peor para vós!

0 auxilio mensal á "A

Classe Operaria"Com a presença do nosso repre-

..entanto, . a União dos Empregadosem Padarias, num ...gesto quo do-monstra o gráo de compreliensãodos seus devores; a*eaffirmou, emassombléa realizada na toreja-feiràdesta semana, a approvaqão do 5 0?monsaos para auxilio â, OI-ASSEOPERARIA. Que esto gesto de so-iidariedado seja seguido pelas do-mais associações do trabalhadoresdo Brasil.

Salvo a União dos. Empregadosem Padarias — gloriosa vanguardadoa ipanif icadores do Brasil!

DENTRO DA BRAHMÂTrabalhamos na Coniiffithia Cer-

vojaria. Brahmn. Não tcm.os unia es-latlstiea mas calculaimos.iquo somosmais de 1.000. Ha varias soccOesentro ns quaes a carplni iria, a ex-portação o a mina.

Nesta ultima ó onde se faz a cor-veja. Mina? Sim.! A .Erailma 6. umamina para os patrões o õ. unia des-graça para nós.

.Entramos ás 7. I^irjEnlranips novamento a'Salmos- fis. 17.">3iio, po'.ras do traba-lhí). A** •:; '«•.*>_«•-,-*.

Na niina é -ei-i-mlo: os eiic.iv.rões nos meninos. vc.

Muitas vezes nnio- ha trabalho o fl-camos parados 3 •> 4 ilias seiii ga-niiar coisa algftma.

feto sueced'.- ptu-tietilarniento notempo írix».

Na exportação os (iiicarr<:gadostambem dão .impua-rõos.", Não podenio.*!- allmencar-nos dorci-btp: almoçamoa,' aiu-m botequim, .peixe

pão comi pedaços de carne. Nãocraoa talheres.,

Qiüí-iído estamos doentes, nenhumauxilio reeebe-moK. Quando temos desair, passamos u,ni a uni por umaporia que flials parece unia .porta doprlsffio. Com offoito: íi Bralvma Guma prisão. Prisão onde deixamos aliberdade, o trabalho c a saude.

. A casa teve cim gorento quo davapancada nos menino... Era imialqüis-to.- Partiu pa-ra a Allcnuinha. Seunome era Baiüei* mas era conhecidopelo nome de Caixa Eóciue.

Caixa Dóque tratava o Brasil co-mo uma colônia allemã.

Ora, bcm s.-i'bemo._ qne ganhamospouco o trabalhamos muito porquenão leimos unia. associação. Por isto.vamos arííanizar um sj-ndicito nosso

e, para isto, convidamos todos ostrabalhadores em fabricas o doposl-tos do bebidas. — Õs openirlos daliriilniiii.

Tramway, Light andPower

Companliia Cervejaria

Na 'fflbrica dcssa..-cónipanhi.'i, â.rua .Toso Hygino.. 113; nm operáriodo frigorífico- gatiha í?300. A com-panhla diz quo nos dii chopp; mas,na realidade, o quo eila nos dá 6 alavagem dos toneis — unia íbarreladoi ohopip.

Entro nós ha¦-muitas operáriosportuguez-S. Como^nfl. SMiza- Cruz ona Ilha do Viaunav e-ic.s"so s-üjeltama salários jnféílS.i-esy (tlinm-a-mos aattenção desses coin^iaiineiros paraquo^ unidos aos opcrurlon brasileiros,defendamos todos juntos os nossosinteresses. — Ort oiMJriii.qs da Com-panhiii Corvc-jurla irnnseatica.

Bond, luz c força...Bond? Sim. Força? Sim. Euz';

Não!A Light não í* a luz. *"*.' a trova...E' a noite do imperialismo inglez —

o imperialismo da alta finança — aestender seu manto poi; sobro o ter-rltorio nacional...

.**r*r'' 'i -

Os companheiros da secção do turmade linha, quando tralwvihnm, ganham• it_r-__,.^t_t^--0_;-AlaJ.!'W.st_íi.u.'_.i...-.5'!.*.í;K tí"loplionicos subterrâneos recebem omesmo salário; soffrem muito, dentrodas caixas telophonicas subterrâneas.Um Io ajudanto do encarregado daconservação interna dos tolephcheadas estações ganha 275$-. O -2" njudaii-to, a mesma quantia. O 3o, 3501000.Na estação Norte ha apenas cinco ajii-dantes. Na estação Beira -Mar, hatres. Na estação Villa, quatro. Naestação Centrai, quatro. O trabalho édemasiado. Ua ajudantes da conserva-ção externa das mesas telophonicasquo recebem '250$, 200$ o at- 18i>$.Para todo o Rio do Janeiro, só existemseis ajudantes. Os escripturarios mo-ços ganham 250$. -E os "boys" — ver-dadeiras crianças — fi'0$(WO a. soeco!São talvez os mais explorados.

¦Pobres meninos! Quo futuro vesespera?

Dentro da Companhia existo umaorganização especial para vigiai* osoperários o os empregados om geral.Estes são denunciados por qualquercoisa. Isto prova quo a I.ighl é umEstado dentro do Estado. Quer dizer:cm seus domínios, a Constituição bra-sileira não vigora; quem manda alic o imperialismo inglez — o maiorcredor -cio Brasil.

A companhia tem uma associação.Os operários tôin do pertencer á mes-ma. A associação _ patronal. Desço-nhecemos seus directores e até a st-de.Delia, só conhecemos a jóia, a men-saudade c os postos médicos, ondo nosreceitam remédios da peor qualidade epor um. preço demasiado.

NOSSAS P.EIVINJHCA(_-ÕT.SSão innumeras. iMas, por hoje, cita-

mos apenas duas: augmento dos sala-rios o direito do livre associação.

Baseados no direito proletário o emum direito quo a .própria Constituiçãoburgueza do Brasil nos concede, por-fiaremos até quo possamos tor umaassociação livremente mossa; — Ohopcirnrios c ejnpi-cssido.s po-ln-cs dalilght.

Os i-m.pei-iíiilistas americanos jul-gani quo o Brasil ó u-nva espécie dePiiillppinas.

E u*s im-perialist.-i.s inglezes julgamquo o.Brasil é uma espécie- dc Índia.Ti-a-t.-im-ims como colohia.es.

A S. Paulo Rn.ilway, ingleza, nãoítd.mitle que seus operai-los façamgré-ve.

A Dight, ingleza, não admille so-quer a organização do seus opera-rios.

E, agora mesmo, o director da Fa-brien Botarogo, -Sr. 'Pcrcy, acabn,mais uma. vez, de demonstrar souespirito cie barão feudal. Eníqüãntòisto, o gerente, da mesma íabrica,que veiu do Cotonificio RodolphoCrespl, diz eme nunca perdera grevealguma, o que quer dizer nunca fez.a menor juslicja nos operários, c-snu-£">. lV^k'-.rKS. V'-S;. V.J}ÒtQH,. .'ritM^niulo-i» -í,

Eii*»áiiae-vijS,' Si-s^ agentes cio im-perlnlismo. inglez — aliüados do ca-ipitnllsmo .nacional! O Brasil não éprosa fácil para os vossos dentes.

Nó.", operários nacioniíog o interna-e.ionae.s, não somos vossos escravos odefeiiderc-mci,--, dentro dn. ordem o dalei.... proleta ria, os nossos direito;!.— <J_ operários da Fabrica Bota-logo.

0 DESPERTAR DOSMARÍTIMOS

Antes do IftOil não estávamos orga-nlzados. Quer dizer: os patrões nionos tratavam com a devida considera-ção. Não tinhamos- mesas para. refei-ções; nem talheres; nem colxões nascamas. Al£* alta madrugada ficávamosnos tráplciios com os botes á vontade,dos commandantcs. Fazíamos as des-cargas além dos nossos misteres.Cansados do tanto soffrimento, fun-damos o syndicato. Tudo isto desap-puroceuI

Oom a greve perdida; os armadorestiraram o.s direitos conquistados. Tra-temos, agora, do rèçonquistal-.os pormoio do uma ampla lueta do claRsò»que abarque todos os marítimos—apoia'dos, dynamica, econômica e ínoriilnien-to, pela massa dos companheiros da.carga, o descarga; pelas ferroviários,pelos tecelões-, metallurgicos, 'trabalha-dores dos campos — em resumo, portodo o proletariado industrial o agrl-cola.

Na America do Norte, duas vezesos marítimos perderam.a greve; masnão perderam ns regciliius. Aqui foio contrario. Isto mostra" a fraqueza danossa organização.. Conseqüência, ta-clica: não devemos entrar em luetasom uma organização solida; nfio de-,vemos fazer movimentos parcláqs; de-vemos estudar a situação dos patrõesno momento eni que pretendermos ini-ciar a nossa òffcnsivá.

O NOSSO _»lAJlTyi.K>A Companhia I-lóyd Nacional tirou

por completo os extraordinários. Ago-ra adoptdü um systema de "tape::." :dá. como extra, uma gratificação...pura Ingk-z ver.

Na Commerclo e Navegação o, traba-lho _ demasiado..Noa Ires., vapores de. Prates & C,

ha aa S horas. Mas não suecede o mes-mo no vapor "lcnriihy" devido aoe.ominandunte. Ks-ja empreza só pagao fiervli.:o -io eKtivn. quando oa havioafazem escala pelos portos de Itapeini-rim, Piuma, Benovonto e C4iuirápary..No "Suma.!--" o no "Ipanema'1, quenifaz a descarga, É a gunriiieão, pen- i'al-la de estivadores: As refeíçGbs matosdois navios 6 escassa o péssima.•No "il-.iiia", cargueiro quo viaja en-tro o Rio o Santa. Oatharína, n giuir-nição ciunsi morro do fonio. Traba-•*lha, aos domingos, até 10 do dia o 2da tarde. A lialdenção principia .ásf> e 0 da manhã. Ha serviços quo ter-minam íit, 3 da tardo e não são pagos'como extraordinários*

O "Santa Cruz", riue reboca as cha-tos do uma empreza noruegueza. pa-gnvii extraordinário. O coniiriandhntoaoabpu com esse direito'. Dizem que,depois disto', eile foi augmentádo eni21.0$. Quatro niezes atraz, elle des-embarcou todos os marinheiros, queso allnientuvniii ha -1 dias com arroao cariie seccai

A SOIjTJÇãOE' a mesma jã apontada: organiza-

çfuí*. Organização dupla: econclmien, noayndieato e politica no partido. Cen-t ral.'Aii;í.o e (iiscj-P)inutilontõ tias ii.aa-

BANGU'Em Eangú ha cerca de 3.500

operários". Xa fiação, um meninoganha 1ifã00. Os diaristas das car-das ganham $!)-. por hora. Traba-lhaniõs 9 horas o ti minutos. Quan-do não fazemos serão, somos sus-pousos por S dias. -Não es-lamos fia-tisfoitós com tanta exploração. —Os (ipiMiirios da Cia. Progresso In-dn.strlal.

Fiisão <lo todos os pòquõnos syndi.enles em um syndicato único — aITnião dos Trabalhadores do Mar!

AI a rte liaremos esta palavra de eom-balo até* quo a massa dos trabalhado-ros ilo mar acompanho a sua vnngimr-da luctadora. — Os mai-itiniio.s do Jtlodo Janeiro.

EM DEODOROComeçamos fis G.B0; I.argamlos ãs

11. Pegamos ao meio dia. Larga-•mos ãs 10 l|2. Trabalhamos aos sa.brbados atC- ás 11 1,1-. O salário dosdiarlstae varia entro 5$200 o 7$. Osaiariò dos empreiteiros varia entreS$ o D$. Uma fiadeira ganha 1)$500.E um menino da fiação, l$ii00. So-•mos uns 2.500 operários. A expio-ração 6 donia-siada. Desejamos queA CI-ASSE OPERARIA nos defenda.•— O.s operários ilo Deodoro.

-*?*-.

Mais _____ esforço!Em vista -da larga aceitação da

A CEASSE OPE-RARüA pelas vas-tas massas trabalhadoras, resolve-•mos Itlrar 9.G00 exemplares do nu.miero 9. Vamos, po!'. preparar abaso liara os 10 mil * -cc.mplares —¦niumero insignifien^to para os 10milhOes de .trahalhadoreü do . Brasil:

O numero actual foi feito espe-cialmento para ns largas massas.

Companheiros! Quo nenhum ex-omplar seja doVolvido-!

130 m.l tecclõer*, 80 mil (ferrovia-tIqs, 50 mil marliiuios, 1)0 mil sapa-telros, 15 -mll m-rJ-iHiirgicos, esgote-mos o m. 9 .do ríossO jornal!

Pelos oper™§ da Bo»CfgO

IOs operai-los da capital, de SãoFelix, Cachoeira, e Muriülià, votaram

¦**¦ ¦'

uma moção dê soiidarie.lado aos gre-.vistas da labi-i-u.. Botafogo«

Na Ferro Carril Ca-rioca

Santa Thni-eza est.1 chola de caeaspobres. Mottido em verdadeiras ca-becas do porco, ha um exercito doproletários. Todos elles sobem sa va-rias ladeirasi a pC*. A Cia. FerroCarril Carioca não lem bonds "cara-dura". E' uma companhia que _er-vo exclusivamente os ricos. Exige$300 por uma viagem quo 6 a mota-do da Lapa á praça da Bandeira. Oscarros são uns calhambeques. E osoperários? 'Ganham uma miséria:um guarda-freios, 5$500 © um moto-ristâ, 7$800.

Quo exploração!Os operários da F. C. O.

Não é partido operário!O Sr. João Lisboa, pelas colu-

¦nvnas do "Vanguarda", procuroudefender o partido socialista. Fcl-o,pont-m, em tcrmotl quo coiid/c.mnam a ambos. Declarou textual-mente quo o P. S. B. '"mão se apro-scmtou como partido operário". Pro-ciosa declaração! Não seiido parti-do oporai.o, que serã. elle? Partidopequeno burguez que, mais cedo oumais tarde, sérvlrft directamento osinteresses da grande burguezia. Fa-talmente. Prova-o toda a expo-riencia do proletariado mundial.

. Quanto a -nõs, não temos duvidaem declarar mais utma vez: fornin.mos um partido unlca o -exclusiva-mente operário.

Coelho e BordalloNas fabricas de calçado do 'Hio ão

Janeiro lia. uma grande iiuanilicUidodo menores .s.iibmnttidos a mm traba-lho exlinustivo. Precisamos vaiar poressas crianças, entregues ao 16o davida.

NA FABRICA 1MB ÒA_*.ÇA."OOSCOI-LHO

NCis, pequenos operários da fabri-pa de calçados Coelho, a run da Con-Htlliiição,, vimos •rockimn.r os inóssosdireitos. Entramos ãs 7. Largn.mos &s10. Entramos novamente ás 11. Lar-gamos ãs 10 l|2. Aos sabbados, lar-gamos íis 111.15. Traba-Miiiiiios sun...nalmonlte -18 ihoras. (Ha companhelri-nhos do pespoivto com 10 annos, quoganham 3$r>Óp': Outros, coni 1-1 an-nos, ganham 2$. Outros, com 13 an-nos, ganham 2?. Moramos 'longo, emSão Ohristovão, Quintino o ató emCavalcanti, na Linha Auxiliai*.

Queremos ganhar mais 1$ o tra-baWiar somente. .2 hoii-as semanaes.Somos menores! não podemos tra-baihar as mesmas horas quo umhomem — Os iieqiionos oiieriulos dafabrica, de calçados Coelho.

NA FABKICA COOKOs operários da fabrica Co.ok, dos

Srs. Bordallo, il rua JosC* 'Maurício,onli-am ãs 7 liorns o largam as 10.Pegam ás 11 menos 15 o largam ás10. Entre 13 o 13.15, ha o caf_.Existem companheiros quo -tralia.lham ha 2 annos na. montagem eganham 5$, -morando cm Quintino.Ha outros quo trabalham ha 8 an-nos no acabado e ganham 9?, mo-rando na Penha. Ha meninos de 15nnnos, com 3 1|2 annos na. fabricaque, nó acabado, ganham 4.?, mo-rando cm (Ramos. Ha, na- monta-gem, meninos do 14 annos, que sòganham 4$, apesar de estar -ha 2 1|2annos na. casa, morando na Penha.Outros meninos, com 14 annos, rao.rando no Encantado, trabalhando,na montagem *ha 6 mezes, ganham3 mil rCis.

Todos nós queremos augmento —Qo ojier.irioij da fabrica Cioi.

PELOS CAFÉSE RESTAURANTES

No numero S da A CLASSE OPE-ItARIA contamos a nossa vida nascozinhas dos tres masíodontòs. Ago-ra os leitores operários vão percor-rer comnoseo varias casas.

BOTISSE15H3 PltÓGKlíSSOFica no largo de São Francisco nU-

mero 44. Os empregados reclamamtudo: falta de luz e ar, falta do hy-gie.ne, falta de cafoteria, falta dc piaspara louça, falta, de local para arelaros talheres, falta de logar para nm-dar a roupa... A cozinha é peque-na. O ,'.'. c. é apertadlnho. Eis ahio que valo o progresso da Progresso«

Os companheiros dessa casa rocia*mam melhores .salários, menos horasde trabalho o mais hygiene.

líESTAUKANTlO AMERIOJ-Fica na rua dn São Pedro n. 10.

Faltam: ar, hygiene, cafoteria, piaspara os .pratos, mesa para limpar ostalheres: Cozinha abafada. O pi>#•meiro ajudanto ganha 30Ò$000. Osegundo. 100S50OO. O magarefe130Í0OO. O lavador do pratos, . .-.100$000. O limpador dos talheres,SOSOOO.

Beclamaçcles: ns mesmas dos oom-panlieiros da Rotissei-ie Progresso..

CASCATAEsse eafC o restaurante fica na rna

do Ouvidor n. OS. A cozinha é po-quena, sem luz nem ar. O w. c. ficaao lado da cozinha; _ demusiado pe-queno o sujo por falta d'agua. Umdos vasos está quebrado.

Ha algum tempo, quando chovia,cala agua sobro os cozinheiros o che-gava até a apagar o fogão. A trago-dia não ora maior porque á eliarvaera camarada: calculava a hora omque não havia serviço e zás! rolavaa cachoeira.

O ladrilho está deteriorado pelouso o a cozinha precisa ser pintada.

Foi diminuído uin eómpaiihoirqna cozinha, acarretando, para brovum augmento de serviço.

ULiucirs(Nosso restaurante, á rua 7 de Sc»

lembro ri. 41, a cozinho- tem doismetros- 'de coinipriniento para 1.20de largura. Não tem pias nem localpara aroiar os talhenv;. Comporta 4companheiros —. mc-ttidos mais porcima dos outros.

O vr. c. ó pegado ã cozinha: sor-vo dc cabino para 'os empregadosmudarem a roupa. A copa _ lnimi.da o pequena.

E* geral o doposilo do lixo dentroda cozinha, pegado, muitas vezes, aofogão.

A SOLUÇÃOOra, suceedo tudo isto porque não

estamos bem organizados. Tivesse-mos. dentro do Centro Cosmopolita,mais da metade dos empregados emhotci.s*. restaurantes o similares, ooutro gallo cantaria.

Assim, a palavra de ordem imimo-diata 6 a segu-inlo:

— Para dentro do Centro Cosmo-pollta, milhares de empregados 1109hotéis, restaurantes, cates e slmila-rcs! — . garçons o coziuhc-ros doItio dc Janeira

MUTILADO

Page 2: A CLASSE * OPERARIA - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/086569/per086569_1925_00009.pdf · Pasta citar Rosa Lu-xemburgo, Clara Zetkln, Krirpsl.nya ... taforma única de classe, apresente

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A CLASSE OPERARIA—Sabbado, 27 de Junlib de 1925

Os capitalistas Mo tem pá-tíiâ! E os operários ?

Pela segunda vez, nós, operários allcira ainda nflo 6 vossa nem e nossa.

I EÓ5 H05505 JC0RRE5P0.ÉENTE51

intoi-nacionallstas, noa dirigimos o.Vás, -oporarlos .patriotas. Queremosesclarecer o mui entendido existente,

Vós 'fazeis multa questão do uerbrasileiros. Tendes horror noestrnn*geiro. Mas, estrangeiros sois todos

Vós, operai-los patriotas, desejaes o , vós e somos todos njx». Do quem des-engrandeci-ionto do Brasil. Tambem cendeta? Do portuguezes— cscritn-nós desejamos. Apenas, não quere- gelroa. Do negros africanos — es-mos o engrandecimento dos expio- j trangeiros.' Da Índios tupys —¦ es-ra dores do Brasil, o sim ó- vosso e o :_ trangeiros, ln.vasoroa. éspulsores dosnosso engrandecimento, o engrandeci- .tapuyas. E os tápuyás? Tambem,mento dos -trabalhadores do Brasil. oram estrangeiros! Vossas idóas,3-uo queremos o engrandecimento do. «lomcçniulo isola isropria IdCn pátrio-Brusil á custa do sacrifício da ciasse j tlca sao estrangeiras, copiadas deque representa o futuro do Brasil — [outro.-, palzes. As machinas para on. classe operaria; mesmo porque tal fabrico de vossos objectos do utill-ongrandecimonto não seria possível"| dade são estrangeiras. Muitos dessesassim. Nfto queremos tambem o en- objectos sfio estrangeiros. Estrangeiros-grandecimento do Brasil á eusta dn Báo os livros e os apparçlhos scienti-nacriflcio da classe operaria, de qual- | ficos, os navios do guerra como oquer outro palz; mesmo porque tal j''São Paulo" o o "Minas"!.oh! pátrio-engrandecimento nos prejudicaria, j Usino!!!) os trilhos das estradas domesmo porque tal engrandecimento I ferro, os bondes, os. automovols, osó viria beneficiar os vossos e nossos I ludo o mais. Por que ontaoosse ódioexploradores. a tudo quanto e estrangeiroV Vós

Sois inimigos dos exploradores j -noprius nfto podeis passar sem eer-estrangeiros como a I.lght e a Lco- j los' objectos vindos do estrangeiro..poldina, inglezas, e o City Bank, nor- I Fechai os portos do Brasil durante 20te-amerleano. Tambem nós flomos, annos o voreis o resultado: o Brasilcomo vós, inimigos dessa gente. Mastambem deveis, como nós, ser ini--migos do todos os exploradores, acomeçar pelos exploradores brasilei-ros, tanto mais quanto estes últimossão sócios dos exploradores estran-gelros.

A Companhia Cervejaria Brahma,Jinr exemplo, pertence a explorado-res brasileiros que so nsosciaram aexploradores portuguezes, americanose inglezos, para melhor explorar-vose explcraT-nosi"'

A I.lght, inglc_a, está cheia de ex-ploradores braeileiros quo ajudam oiv,exploradores estrangeiros a sugarseus "patricios". Os políticos brasi-loiros são f»oclos. advogados, reprj.-«entantes úe bancos, o dé companhiasestrangeiras. Acompanhai a lista doscontratos registrados nas JuntasCommerciacs -e vercis que, diária-mente, os exploradores brasileiros scunem, contra vos e contra nós. nosexploradores estrangeiros (portugue-ees. hespanhôrs. Italianos, syrlos, m-Klezes, allemãcs, ete.) Vereis que ocapital não tem pátria, que' os bur-guezes traficam, eom todo mundo.Abri os olhos, companheiros, porqueestnes servindo o jogo dos vossos enossos exploradores. Sois contra nsexploradores estrangeires e, no em-tanto, nada dlzeis contra os expio-radores brasileiros. Onde está a vos-na lógica? Os exploradores brasilei-ros não Afio molhores nem peoreanue os exploradores estrangeiros:são a mesma coisa.

Pretondels combater os explorado-res —-trangeiros. Multo bem. alasnão poderels fazer Isto som, ao mesrMo tempo, combater os explorado-res brasileiros. Por que? Porque es-tes últimos sáo sócios e agentes dosoutros.

Nflo poderei.- combater Rotsohltasem combater os políticos brasileiro»,os Sampaio Vidal, os Clneinato Bra-ea e tantos outros "patriotas" o re-prewntantos da política econômicade Rotschild no Brasil.

Náo podorels combater o BancoNacional Agrícola de Lisboa, sen*,combater o seu representante, o ex-deputado "patriota" Andrade Be-ze rra.f Não poderels combater a total!.,dade do_f bancos e dás companhiasestrangeiras sem combater seus«gentes, seus representantes, o,ató«eus advogado*», como Ilerbert —la-*es, Assis Cbateaubriand e eentenaafle outros brasileiros e "patriotas".

Oizels que tendes uma pátria. _3

tora voltado ao período puramentecolonial!

A. historia do Brasil está cheia deestrangeiros que prestaram serviços'de

valor: os negros dos Puimaresoram em grande parte africanos.Dentro os rovoitosos de 1824. Ro-dgers era norte-americano; Metro--.vieh era genovez, o Rndclif, portu-guez de nascimento; todos etippltcia-dos pelos seus ideacs. Markgraf oMartius, allo-nãos, foram grandes es-tudiot'08 dos vegetaés do Brasil.Lund, dinamarquez. dos foiseis; Hart,Braner, Orvllie Derby, norte-ameri-canos, rta geologia o oa geographla.O estrangeiro em si, como tnüo no

Districto FederalNOS OARROS-nESTAtlRANTE- DA

E. Ji». O. B.Ha «eis carros para -quatro trens

rápidos: o R P 1 o o R r 2 (rapidospaulistas), o 11 1 e o XI 2 (rápidosmineiros). Multas vezes\o pessoal docarro quo devia servir o B 1, devidoá qualquer avaria quo não podo serretmrada logo, tem de dobrar o ser-Wço. E'- itrãdlclonal alC» o tele-gramma quo b gerente cio carro, ro-oebe em. Barra do Plrnliy: "Carro epessoal dobra R, í". Multas vi-zeslargamos o trabalho no Rio, As 28horas, o estamos dó volta ás 5 -horas.Em Bello Horizonte, largamos ás. 22horas o recomeçamos o trabalho fts4.15 Ofl. mutíllã, O trem 'parte dpBello Horizonte ás 5,20 o chega ft,Central ás 28,10 horas. Pois nós,'•'garçons", cozinheiros, ajudantes docozinha o copa ainda estamos su-jeitos a dobrar o serviço. Os enge-nhoiros. quando tfim de ííizer algumaiIns_jecçt.o não dispensam o «urro-restaurante. Succede o mesmo quan-do' algum deputado oll senador vaivisitar algum amigo nas 'fazendas.Das estações do agitas ató Cruzei-ro' o omipi-cgado chega em um estadodeplorável. Partindo o trem de .Cru-zeiro para Cachoeira, o empregadotem do varrer o carro antes du ai-moçur. Muitas vezes, vai almoçar eniPiada pu Táubató.

Trababhando tanto, ganharemosbastante? Absolutamente. Os "gar-çons" ganham 4 "l" das suas 1 Criasbrutas. Isto regula mensaimeute,80$. 300$, e 12OS000.

Suja-mos muitat roupa. Cada via-«om é unui calça ipara o tintureiro.iSujamos dois collnrlnhos diários, Sô-mos obrigados a trajar com todo origor. A fiscalização 6 severa. Todosos dias nos-barbeamos. Onuris dolo-roso, poróm, 6 servirmos cafó a um

•troriedndes, oxaclamonto por não "fl-rom assojflados muitos do3 compa-nhelros ntílles empregados., — AIcx.

^S. Paulo>'; -CCTÚKXTES

Constantemente' «o dão na capl-tal os atiéldentos mais dolorosos.Ainda agora .ha o caso do meninoAiidrg Polllm -— unia ipobro criançado 13 aniiOs de idade,-— que, na fa-brlca. de^btiocolato d© M. .Munhoz &C, opanliádo pola correia de .umamacliln.T, ficou som um .braço.

- Na faurica os operários não -tema menor garauitia; As crianças fazeantnibaliios de homens. As mulheres...pobres "operárias do S. Paulo! — AcorrcsspoiMl-UU-v '

Estado do RioXA E. F. RTO »'OURO

Os carros são escuro.»» e immuiulos.Ha quatro guardas das travessias

que ganham 5$; (negam ás C o iar-gnm ás IS horns. Os-outros guardasganham o$500; pegam ás G e lárga.inãs IS .horas. Porque isto? Não te-mos horafpara as rofeições. 13. ospagamentos se atrazam 25 dins —OsguurdiiH dns l-ravf-liis tia E. l'\ Rio<I'0»ipo. ,,-

-»A»AHYBA DO StTli'_> ¦» »

Aqui hrj^uma fabrica de cerâmica,unia d. '.ronda, e algumas de cal-çado conr 15 e 20 operários. Mas aempreza fiinior 6 a Salutaris. Nós,seus opertirlos, não estando mais dis

BahiaEM S. FISIãX.

O burguez J. A. .Tonas .ficou ral-voso com o n. 5 do nosso jornal.Fez um.bcrrelro damnado e allegouquo não ajudaria mais os operários.JOra, Sr. Jonas — lobo cnpttolis-ta — não queira "bancar" de cor-dètío! Tudo quanto derdes aos ópe-rardos não ó mais do que a reslltui-çáo do uma parte insignificante dodinheiro quo nos nrrancaes.;., j— Osoporurlos do S. Follx.

EM »niRia-BA•O nosso jornal tem oausado no

«elo das -lassas uma impressão enor-me, ¦ porque não' existia um jornalexclusivamente dirigido por traba-lhadores. Desejavumos ter temipopara descrever o que sentimos; mas,o trabalho nos rouba o tempo.

A -maioria dos operários nfio sabe¦ler. Naa fabricas a maioria 6 do mu-Ciüeres "o crianças. .Convidamos asmoças operárias a vir á associação.Elias nno v&m .porque se o 'patrãosouber serão despedidas. Em oulronumero falaremos sobre a, greve de1020. E aqui continuamos firmes,unidos em uni só bloco ao lado doscompanheiros de S. Felix, Cachoeira,o da capital, trabalhando o comba-tendo sob a bandeira da "A CLASSEOPEllAllIA"— Os operários ÚO Mu-ritibii.

Espirito SantoEM .H-OCTUQUARA

Os operanlos e as operárias da fa-

mundo, náo é_ bom nem è m.lo. A .p-,,,;..^^ no ultimo carro da com-coisa em sl nao 'tem sentido; nao -.*

I)ósl-.ao e a„ami0 vamos com a ban-coisa alguma. Sem sabor, copiae.i dej. ,- a uma curv- na estrada eKant, o hypocríta. jzás! a louça despedaça-se: temos de

Vossa visão, companheiros. 6 e» ! i,-,-,),...:.i,-.xi» dois mozos para -pagar atreita. No brnsik.ro, so vedes o bra- „_,,,,_.. (lo lux0 ^ -,-j -„ -ulo ^j. 8GÇsilelro. o brasileiro em si: não vêdc-t -ó aí_í--caroil.i) e os 24$ das 12 ca-que o brasileiro tanto pode ser õxplo-;, nemiinhas.rador como explorado c, pet-.anto, avossa lat—tudo não podo ser a mesrnn.

No estrangeiro, (*_ vedes o expio-rador: não vedes, o explorado çuo.comvosco, compartilha <, mesmo paoamargo; não vedes os milnõcs detrabalhadores dos outros palzes quesão, como vós. sugados, aqui ou íi 11.pelos exploradores de todes os pal-ze.-,

Desfazendo o malentendido aeims;comprehendendo quo o capital náotom pátria; compre .vendendo qua a •li-bertação dos trabalhadores do Brasil I c;l..."depende da libertação dos trabalha-dores de todos os palzesj co-nprehf-n-dendo que a burguezia prega o pátrio-tismo ãs massas operárias oxactamentppara -di\-idll-as e assim dominal-as «escraviza!-as; compreheude-ndo tudoisto — vós, operários patriotas, vóscompanheiros, tei-éiá logicamente d»bradaT comnosco ^

— Contra os exploradores nacio-nacs o estrangeiros! Contra a burgue-zlá brasileira, aluada da burgueziaestrangeira! -Contra os que procuramdividir o proletariado pára melhoreijcravizal-o! Contra os exploradores,descendentes de explorndoros! Contraos perseguia o res <Ie hoje, doeeonden-tes de niounrehislas. de capitães doMatto, de caçadores de negros o deíndios!

Vivam os trabalhadores nacionaes olntornaclonaes do Brasil! Viva aiinino don -trabalhadores -brasti^roacom.os trabalhadores intol-naciònaes,contra os exploradores brasileiros eestrangeiros! Vivam os trabalhadores,descendentes de trabalhadores! Vivam

Não podemos continuar n_V)lm,(iem o menor dii-oito. .Precisamos deutn jornal nue nos defenda. Seja "AC-A-iSE OPERARIA" o nosso apoio.— Os empregiu-M dos carros-restau-tantos <ln E. E. O. B.

NO IIOTEIj GTíORIAOs cornipunlíeiros do Hotel Oiorla

não devem pei-mittir que o Hrábalhoextra seja feito pelos enmpregados da

emquahto outros companheiros'tidSSos andam desempregados a pas-

I sar iprivaçõcs.' Iniciemos, desde já, uma campa-| nha systema-e— contra as irregular!-(¦dades verificadas nos grandes hoteia,l onde so commcttem as maiores arbi-

mos reclamai* os nossos direitos. Hacoimpanheiros que, com 16 annos decnsa, ganham C$500, sendo responsa-veis pelo movimento das mac-hlnas.Outros com tres e mais annos decasa gan.ham 5$500. 4$500, S$500 oató 3$; Ha 10 menores de 14 annosque ganham 2|500. Os «orões são detres horas diárias. O horário com-mum vai dás 0 í|2 ás 17 horas. Te-mos uma hora-para asrofelções o 15jninutos para o cafú. Os companhei-ros de pá e picareta, quo concertamas estradas da empreza, ganham4$500. Os-carreiros (dos carros dobois) quando fazem abaixo assigna-do para. augmento, ptiísam a ganharmais $200'e $40...

Nossas aspirações econômicas: au-gmento de salário o menos horas detrabalho. Nossu» aspirações jiolíti-cas: direito de liivre associação no«yndicato; àireito do lermos e propa-garnios o nosso jornal — dentro daempreza.

Convidamos todos os operários deParahyba do Sul,-'para fundar umaassociação — a União dos Trabalha-dores de Parahyba do Sul. Com ella,connuistaromo& os direitos que nos,são negados. — Os operários da cm*preza Salutaris.

postos a viver como temos vivido, 'vi-l brica de tecidos de J.ucutuqunra, emVictoria, appellLam paro o primeiro eúnico órgão da classe operaria do•i-ilz.

Trabalhamos das 7 ás 17 horas,tendo uma hora para almoço. Querdizer: tialialhaiiios novo horas. E'assim quo os patrões cumprem sua.lei — a lei quo estabeleceu o dia dooito horas Na fiação, o trabalho no-ctttrno & diário, mesmo jiara criançasde nove a 11 annos de idade, como a¦pequena operaria Rita Santos quodirige dois possantes teares e rece-be por metragem 50 róis.

Uma teceíã. do tear xadrez receboB5 réis por metro. Uma ajudante defiandeira ganha 1$500 diários. Me-nores de 12 annos, trabalhando noserviço de liçador, ganham 120 réis,¦por hora. A fiandeira ganha 'J$500.O pessoal que trabalha nas caídas ebatedores ganha $700 por hora.

Pagamos 40$ do aluguel o 10$ deluz.

Isto assim vai mal. Queremos au-gmento do salário e oito horas dotrabaüho, como a lei decreta. Que-remos o ¦diielto de ter 'uma asso-cíução. Queremos ler o propagar onosso jornal —• dentro da fabrica —Os operarlos e as operárias da fa-brica dc tecidos de Jucntuqimra.

nós vos dizemos que aluda não toa- j os combatenUs de hoje, descendentesfles uma pátria. A pátria brasileira j dos luctadores do passado, dos corn

Albert Thomas -.FRiocTOuroEstá. para chegar sua cxcellencia I Os pequenos comboios quc fazem

monsieur Albert Thomas, muito di- as viagens entre a estação Inicial egno vizinho de • Tura ti & O.', e repre-, Belfort RGxo, pelo diminuto nume-sen tante da burguezia da terra de.ro dc carros que-bs compõem, diffi-"MiPerand. cultam bnstanto e prejudicam im-

Sua exoellencla, "perdendo-se" , mensamente os operários moradorespor c-tas regiões, talvez queira en- -naf dlversasjonas servidas pela ditaoar luas aos .proletaiios do Brasil, estrada. ¦ H.g2 annos mais ou mç-

mas não terá senão ouvintes da nos, a quasilolalidade dos passagei-.classe 'nu- i.prosenta. ros

*viajavai» -nt.ada' _)_s, dado, .na-Nós conhec-mol-o bem, multo rturalment' -envolvimento cro-

bem m«mo: tão 'bem', qu*) ja "esA. . ^.»- ¦— i/orlgoaa amos em posição de guarda, á «spei»a-1 morar lon_. em quo tra-da sua discurseira. en ti.melada de ! balha.os trens at iiento com 4 oupordigotos. ' ¦* carros não pompórtam o numero

Ao que corro

Companhia Cantareira¦Sempre que so dá algum atrazo no

horário das barcas empregados no tra-fego entre e«ta Capital c Nitheroy,. ilia,por parto dos .jiassageiros, protestosperfeitamente justificados pelos pro-juizos que feso lhes acarreta. E logoquo o otrazo e esses protestos chegamao conhecimonto da administração, sc-g-uem-se as chamadas dos responsáveisao oscriptorio, com as respectivas ob-,Çervagões, ameaças, suspoíieões c atódemlésõe«.

E os r-spi-isatfe.s são, quaet sempre,nessee casos, os machinietas.

No cmtanto, só nós é quc pc

INTERMÉDIO'Antes, de prosegulr nas considera-

ções que ainda pretendemos fazeracerca do partido socialista, recen-tomento fundado, o seu .programma,queremos por hòjo deij-ar aqui ai-guns esclarecimentos necessários.

l.Conhocemos bem o ató mantemosoiptimas o multo prezadas relaçõesdo amizade pessoal cont mais do umdos íumdndores do 1*. S. B. Masisso nflo impede que, objoctivnmen-to collocndos em terrenos políticosdivergentes, a elles combatamoscombatendo o partido do quo sãocomponentes. Amigos, amigos; po-litica ã! parte, i . .

2| Os termos: "'pe'que-tf-burguoTzla" o

'"pequono-búrguez" nada tOmde ol'1'onslvos. São termos de classl-ílcação puramente scientiflca dnuma '•determinada' categoria social.A "pequena burguezia" é luiiut cias-so intermediária outre a. burgueziao o proletariado, e compõe-so' deuma vasta camada'social: pequenoscoi-incTclantes, intellecluaos, aristo-cracla oporarla, profissões chaniadasliberacs, etc, etc. E' uma classepor natureza fluctuatito, indecisa,meio-termo, agua morna.. Nu, eco-nomia, como aia política. O P. IS. B„¦fundado o dirigido por elementosdessa categoria social, não podia dei-xar.dq .ser o quo G realmente: ttmpartido da pequena burguezia. o seu"manlfesto-programma" caracterizaás mil maravilhas a mentalidade re-¦Mntánu.ntO' pequono-burgueza doseus autores. E' tudo isto precisa-mente quo pretendemos mostrar,nestas notas, concluindo, multo lo-gicamente, quo não pôde ser esse opartido do proletariado. De rosto,o partido proletário já existia o exis-te, e dello ó este periódico o órgãocentral.

3. Não duvidamos de que haja,ontre os membros do 1'. _. B., elo*mentos sinceramente desejosos doservir ao -proletariado. Mas isto éuma questão toda subjecüva. Ob-jectivamente, pois que membros deum partido para-eboques ao serviçoda burguezia,' piles só poderão des-empenhar um papel «uper-nocivo áCit-txsa verdadeiramente proletária.Acreditamos ainda que alguns des-ses elementos, hoje de boa té o il-ludidos, acabeni comprehendendosua situação dúbia e rompam com a¦política pc-queno-burgueza collocan-do-se ao Indo, definitivamente, da•política proletária — por consequen-cia, íóra e contra o P. 'S. B.

4. Partido cuja política tendo aofalseamento, á contravenção, á di-luiçáo da política proletária de cias-sé, claro é que o P. S. B. só po-dera realizar lúnna obra damnosapara o 'proletariado. Elie é um alça-pão, um desvio, tinia picada, que sólevam á confusão e á mystificação.O caminho da emancipação prole-taria, illuminado pela potente lux domarxismo, ê um só e único, era todoo mundo. Fora delle — 6 o caso dospartidos socialistas da II Internado-nal doa Mncdonald, Scheidemann,Vandervcldo & Cia., corrente a queso filia o P. S. B. — é caminharcom a falsa lanterna socialista, -paraa traição pura e simples. Os exem-pios são r.i'—verosissimos e univer-saes. — JUDIO BARTADINE.

mt t » A" vanguarda fie

Victoria• (ESPIRITO-SANTO)

É' um crime contra o proletária-dó a vanguarda scin->r-.__ *»or_çausadc - **-'•• •.-—---"

0 sacrifício dos gra-phicos

A morto ropontlna, a 10 do junho,num posto da Assistência, do com-panholro .Toão da Cruz 'Machado,devo sorvlr-nos de .lição.

aiachado trabalhava no "DiárioOffíclal" e em "Vanguarda". Eraum desses que nao tinham !iora pa-•ra dormir, cabeceando exhaustos pe-los bondes, trens o barcas. Besul-tado: uma hemoptyso ca morto.

Para o companheiro Machado jánão mais existe remédio. Mas, paratodos nós, que ainda eslainos vivos,urgo unia solução.

Não somos homens; somos mor-cegos. Quer dizer: o patronato fa*.do nós morcegos .humanos. Como so¦não 'bastasse o serviço nocturnó,na maioria trabalhamos de dia. Ho-rario? Não existo. Salário? Não che-ga 'para o pão.

E' doloroso quando -não somoseffectivos, irmos 'Iodas as noites áofflcina -o lá ouvirmos a cantilenu— Não ha trabalho!

Só o serviço nocturnó daria paraescangalhar a saude. E o serviçodiurno? Com uma vida assim, ne.¦nlnim do nós chegará aos 50 annos.Machado tinha apenas 47. Vinha,todos os dias, do Encantado. Nóstodos, mais ou menos, ilemos a mes-ma. vida. Como acabaremos? O tra-balho nocturnó dos 'typogrnnjios tor-na-os myopef: o anêmicos. O traba.Mio diurno dos linotypislas esgota-os, devido á intensldad-e; depaupe-rn.os devido á duração; e, depois, ilio,os igazes do chumbo, .hn o calor d.a¦caldeira, lia a atmosphera asphy.xianto dns officinas. O trabalho dosstcreotyplstas é outra coisa, doloro-sa: no fundo do .uma verdadeiramasinorra, como a do "O Impar-ciai", esses companheiros ltietamcontra o calor bruto o o ar irrospi-ravel de «azes. O trabalho dos revi.sores é uma coisa, estúpida: 'horasa fio a ler Itodas as asneiras que adecadência burgueza fabrica. No "OImparcial", por exetmplo, o local dã•revisão ó uni desvão sob um telhei-ro de vidro, por onde passam c3raios do sol. K o barulho da machl-¦na embaixo? E os" montes de lixo?E o oleo que respinga do elevador?

Oh, sotfrimento!.

A SOLUÇÃO¦Só existo uma: a organização.

Uma organização forte, centraliza-da. Uma organização que so façarespeitar.

Assim, não nos cansaremos docombater pela organização. Quere-mos trabalhar menos, ganhar mais,c gozar de uma certa hygicne, nosentido amplo da palavra — Os gru.plilcos do Rto do Janeiro e de SuoPaulo.

nor abi elie vai d* passageiros' diários. Para eonfir- saber de sclencla própria os esto1 - I marm.s o que acima dissemos, basta ^ sacrifícios necessários para 6

cera vossa e será nossa quando fOr-des e formos -ou donos do Brasil.'«"liando o Brasil tSt vosso o fôr noçso,quando o governo fôr proletário,quando o proletariado tiver o podernas mãos. Hoje, a pátria brasileira6 burgueza, está nas mãos do bur-guez, está nas mflos dos nossos ex--leradores. Portanto, a pátria bra-

panheiros de Caneca o DomingosJosé Martins! Viva a unlBo compa-eta de quaesquor trabalhadores doBrasil! Viva o bloco unlco, o mono-titho do aço de todos os trabalhado-res da America, da- Europa, dnÁsia, dn África o da Oceania!

Os operários lniernnolonalisuis doRio dó .Itinclro o Ao.ü. Pntilo.

Na fabrica de telhas deMesquita

Somos uns SOO. Trabalhamos das 76.S 17 horas, lendo 20 minutos para to-mar café c 40 para o almoço. Portan-to, trabalhamos 9 horas.

O salário o do 5 a C mil réis paraos homens de 1 $200 para os .meninos.Só os encarregados 6 que ganham 7$.

O -proprietário tem urn armazém ondevende-os gêneros ror preços altos. Dc-vido ao pagamento nndar sempre atra-sado, fiemos obrigados a servir-no,? do-armazém. Só no dia 1,1 dc junho é quoo.cebemos o .salário do mez de maio.No .'írm-azem só nos -concedem creditoquando temos dinheiro a receber, na(fabrica.

Os patrSef* crearam uma caixa be--Kjgicente. Por causa dessa caixa, lo-dos os mezes são descontados 3$ nosmo—sos «alairioÉ*.

Nossas aspiraçOes econômicas: 8 ho-iras de trabalho; augmento dc 1$ paratodos os operários; salário mínimo de2$ para os meninos-; pagamento quin-zonal; nenhum atrazo no pagamento;direito de fazermos os compras endobem entendermos; menhum descontoem iiosíos salários.

Nossas aspirações poliUcao: direitode livre associação mo isy.nd.cato c no0)_rtido operário; direito de lermos c(propagarmos o nosso jornal — dentroda falbrica.

Nossa_ aapi—içõe's intellectuacé: uso-íruto de uma casa para uma escola ri-gorosamente operaria; subvenção de1|2 par cento dos l-uci-os líquidos an-muaes para o sustento da escola. —Os ovcxxirios da fabrica de telhas hu-tíolf, cm Mesquita.

-*¦ » ^

A tragédia de umacriança

Nasci em Pernambuco. Em 1912.Meu pai, pobre, doenteJ sem traba-Mio, veiu para o Rio com minha mãib uma irmã tnonor. Vinbamos eombecursos. Fomos para a casa dc umatiarenta. Mo-ravamos num quarto es-buro na travessa do Oliveira. Mouliai, doente, íol trabalhar.

Não resistiu: morreu logo. Pra-queza total. Minha mãi, tratandodelle, perdeu muitas noites. Deu paratossir. Pobro mãi! Parecia .que ia-bo-tar a alma pola boca.. . E morreu,pomo meu pnl' — ".uberculoí-a.. Eicámos eu e'a irmã menor.'Fuiempregar-me como aprendiz muniafundição da rua Camorino. Minha ir-inft, sem mãi, maltratada pela pa-J-enta, deu para emmagreeer. E par-tiu, um dia, para seriupre, Fiquei só-elnho no mundo. E sinto o iiwsmomal quo perseguiu os meus. Fraco,magro, parece-mo ouvir os passos dapeste branco. Ella vem sorrateira,ella, a irmã gomoa do capitalismo.. .

Eis ahi a minha tragédia ano-Inyma. — Ijoiirlvftl.

Nos campos do RioGrande do Norte

De todas ns corporações, somosnoa a mais explorada. Vivemos namaior pobreza, eem ir.strucção, semalimento, sem saber o porque davida. Com a devida permissão doproprietário da terra, construímos onosso "mocambo" — nossa casa eomparedes c cobertura de palha. O mo-biliario: alguns caixões de kerozene.A .cama: um "gírau". Alguns .prtgoscravados nas paredes servem de ca-bidê.

Os trabalhadores do alguma abas-tnnç-a -— rendeiros — possuem rt-desem logar de "giraus".

As .ferramentas são a enxada, áfoice o o machado.

Ao romper da manhã, a compa-nbeira vao preparar o almoço: £ umprato de "passoca** — carne socadano pilão, com -farinha do mandiocaou do milho. Engulldo o almoço,partimos para -o roçado, levando asferramentas, um "cabaço" com aguao um pouco de farinha com um pe-daço de rapadura, para os meninos.Abi chegados, despimo-nos da clntu-ra para. cima e começamos o traba-lho bruto.

Os meninos distraem-ise com es-pantar passarinhos. E ató Í3 6 horaada tarde, tmbalhamos.

A* noite, fazemos bm jantar ceiara-íio. Depois, vamos á "bodoga" (ar-mazem pociueno) fazer o supprlmen-to do dia seguinte.

Quando ha chuva, 'temos, no jan-tar, a maça cheira (aipim), a batatadoce, o cará, o milho assado e o cafóde mangerloba (fedegoso). E quan-do não ha chuva? Então a nossa vid»6 um horror de soffrlmento. Escra-vos do bodegueiro o do senhor daaterras, quando não pagamos, os ca^pangas deste, ultimo fazem Justiçasummaria. Espancam-nos e tomam-nos tudo: roça, ferramentas, roupas,casa. .

Trabalhadores dns cidades, olhaipara o nosso soffrimento. Vinde au-xiliar a nossa libertação! — A van-guarda dos iriUmllindorcs.dt- camposdo Rio Grande do Norte,.

ter uma .recepção á altura dos seusméritos essencialmente burguezes.

Lá estarão, a postos, aguardandosua excellencla, 'todos os inimigos do'proletariado: o capitalismo, a bur-gticzia, a pequena burguezia e ocompotenite robutuHio.

Todos lá estarão; cliap»3o na mão,espinha dobrada, á espera do "ho-mem". Depois disso, 6 íacil prevero resto: banquetes rogados a Cham-pagne; panegyricos a "rodo", cha.|pas .photog—ip-hicaa - /multa coisaque não valo a pena enumerar.

São esses os lacaios da burguezia,que o inolvidavel lütch — o nossoDenine — apontou -X execração do'proletariado 'mundial.

Aos .nossos trabalhadores compe-te não pa-rticipar da folia que seprepara; i.-lto seria trair os compa-nheiros marxistas o toda a classeobrelra.

Deixemos quo elles «o festejem.. .Nós preferimos ficar por cá, sembanquetes, curtindo fome e com acompa.nhia honrada dos nossos ca-•mara das. — Nlooláo Roclia.

citar alguns casos recentes. | zo.r o horário o manter cm funcNo trem de 17 horas e 23 minutos! monto as embarcações que, alénj - ve-

que parto da estação Francisco Sá thae,-não tem nunca o material dc quedeu-se um facto pelo qual nenhumaresponsabilidade cabia aos passagei-ros. Sendo a composição de >2' cair-ros de 1* classo o 2 de 2*, os passa-geiros encheram totalmente os doiscarros de 2* classo, mas, como nãochegassem os dois carros, a maioriafoi-se sentando num dos carros de•1* enchendo-o totalmente. íNo so-guimento da viagem o conduetotyprocedendo à oebrança dos bilhete»,verificou desde o principio do caaroaté o ultimo banco, quo a maioriados passageiros lhe dava bilhetes de2* classe. Houve protestos do con-duetor, mas em vista do não havermais carros, os passageiros l_nçaramtambem o seu protesto, aliás comjusta razãOj porquo nem o conduetornem os passageiros oram culpados.

Em vista do exposto, os passagei-ros, na sua totalidade operários, ai-vitraram os seguintes melhoramen-tos: augmento do. mais uma compo-sição, pela manhã, para baixo, an-tes da actual;, augmento do anais jdoiscarros, nos trens da manhã, parabaixo o nos dois da tarde para cima;evitar que os carros não tenham luz,como sempre acontece. A admirais-tração deve attender os nossos pedi-dos. — Os passageiros dos trens Riod'Ouro.

precisam,Por isso, pois, tomamos a deliberação

de trazer ao conhecimento de todos os^camaradas que 16em o nosso jornal, pe-dindo .lies que tornem publico o noto-rio, o seguinte:

l." O material para lubrificação, llm-peza o conservação das machinas só.podo ser pedido pelos machinistas do15 em 15 dias.

2." Os pedidos têm que ser feitoa cmtres vias, para a con-renienio fiscali-zação, c. o material é fornecido de íór-ma quc não haja nenhum excesso, memmesmo para um caso de urgência.

3." O chefo dos 'machinistas não sócorta o quo entendo nos 'Pedidos comoainda só os despacha de 30 em 30 dias,o quc nos obriga a ficar, muitas vezes,completamente desprevenidos de iíku-te.rial.

Eis ahi um dos motivos por que eedão constantes atrazos e tambem a ver-dadeira .razão por que já tem sido pu-nldos innumeros companheiros. — Os¦machinistas da Cantareira.

Pelos operários daSouza Cruz

As. operárias cliaruteiras do Murl-tiba, na Bahia, comovidas com a si-inação dos operários >o das opera-.Ias da Companhia Souza Cru_,sauda-os e concita-os a .luctar eon-tra os exploradores.

So.mos exploradas de muitas fôr-mas. Deixamos dois dias na casa omais um oharuto em cada conto. Sefizermos 120, deixaremos 2. Somosmais de 700. Ha dias, a casa Dan-nema.n.n descontou 100 cha.rutos do I nalzinho. Allègais quo não convém

Aos companheiros deNatal

Allegals que não podeis auxiliar, nomomento, o jornal de nós todos, por-que pretendeís adquirir uma pequenatypographia, eíflm do publicar um jor.

cada amm do nós. Manipulamos oscharutos coin uma marca «silo pos-tos ahi com outra. Até agora igno-iramos por que nos foram doseon-.tados esses 100. charwtos. , Somosmãi-s, temos -muitos filhos. Soffre.mos muito. Mas não perdemos a es-perança de triuniphar tím dia.

Vi\*am os operários e os opera-rias da Companhia Souza Cruz! —As ç>perar-i- charuteiras «lo Murl-Uba.

Falta de perspectivaEsto jornal é como uma trin-

cheira —• a trincheira proletáriamais avançada, já ás portas doacampamento inimigo. No fundodessa trincheira, patinando no hor-ror social; falta-nos a perspecti-va illimüada, faltum-nos os horizon-tes rasgados, para quo possamos veras nossas falhas.

Por isso ficaremos agradecidos atodos os companheiros que, dentroda batalha social, mns fora da trin-cheira, diante do3 largos horizontes,nos apontarem as falhas.

Em Penedo (Alagoas)Ha aqui quatro - fabricas de teci-

dos. Somos vários milhares, dentroos quaes contonas de menores de 10a 14 annos — de ambos os soxos.

Na tecelagem Penedemse, de Pel-xoto & C, o trabalho vai dos 5 _s18 horas. Succede o -mesmo na Fa-brica de Fia<jão e Tecelagem de Pei-xoto Gonçalves & C, e na Têxtil deAntunes & C

editar um jor^aMnlio numa typogra-jjhia particular porquo flcarçls eol> adependência "do proprietário*.

Vossas allesaçOes merecem algunsreparos.

Em primeiro.lpgar, n3o- 6 faell obtero capital pára uma typographia, mes-mo pequena. Em segundo, a adminis-tração da èypographia sacrlíicaa-á aadministração" do Jornal. Quer dizer:nem um nem a outra vingarão.

Em tercehx>, é uma tragédia fa_e_u» jornal, mesmo pequeno, numa ty-p^raphia pobre. Nisto como aliás nore«to, temos uma experiência quo nãopoderels ter.

Em quarto, o. dependência continua-rá: libertai-vos, de nm modo muitoImperfeito, dp proprietário da typo-•graphlapara cair nas garras do ven-dedor de papel e de typos.

Em qiutato, é Inadmissível sacrificaroa interesses, de todo o operariado doBrasil diante dos interesses exclusivosdo proletariado de Natal.

-._.,, j. r., j-...-,.» e r. -_n sexto, devemos concentrar asNa fabrica de Cícero Cravo & C.. _met m. eobr€ 0 ^-cipa! 0 j&mala

trabalhamos das 4 áa 20 horas. Sao a-àpen-u-aa, dlvldil-as em pequenas"10 horas diárias menos o Intorvallo tentat[TOS,Em eetímo, o que o Jornal local po-

dera fazer, o Jornal nacional fal-o-ha,-mesmo ahi. v ¦.«

Em oitavo, os eompoinheiros do Re-clfe já procederam assim, liquidando"O mez operário" .em proveito da "ACLASSE OPERARIA".

Em nono... A falta de espaço obriga-nos a ficar na pitava razão do vossoerro.

Esperamos, portantí>, que tomeis umanova resolução.

Os operários em calçado e "A Classe

Operaria"ÀíSm de muitas fabricas o officl-

nas do calçados onde o nosso jornal6 lido e propagado, temos mais umaofficina ondo os camaradas não pou-pam esforços nesse sentido. Trata-se da Casa Adama. Embora oxis-tam poucos operários nessa officina,comtudo temos o prazer de saber queuma lista de outra fabrica já corrouontre esses camaradas e semanalmen-te suo vendidos 60 exemplares daA CLASSE OPERARIA. Para afrente, camaradas. O nosso jornalsó poderá .ter uma vida longa ee os•trabalhadores em geral fizerem, as-sim.

¦•_

do almoçoO contramestre ganha 4$ a 5$. Os

homens ganham d© 1$300 a 2*000por dia. As tecolãs, de 9f a 10$ se-manaes. E os menores —¦ $500 dia-rios!

Eis ahi a civilização alagoana novalle do rio S. Francisco!

Esperamos quo A OI/ASSE OPE-ll.VRIA revele aos trabalhadores tioBrasil a nossa situação. — Os opera-rios o as operárias daa fabricas dePenedo.

Os padeiros da BahiaNossa situação 6 de escravos. Os

donos dás padarias perseguem1 osyndicato; o cobrador .-não pode «n-trat» nos estabelecimentos. Os com-pamheiros mais nativos não encon-tran*, trabalho. Hyglene: não ha.Um kilo do pão custa 1$600. Seis aoito trabalhadores fazem por noite12 a. 30 arrobas de pilo. O fomelr»sanha por semana _e 35$ a 44$.Só os protegidos <ê que -ganham 50$.O mestre -masselro ganha 33$ e 40$.semanaes. O ajudante, de 26$ a 30$.O ajudante de forne.ro iganha <de18$ a 20$. Os serventes, de 15$ a20$.

A turma do dia faz ató 30 arro-bas de massas. Tralbalham de 5 a 9companheiros. Nessa turma não hatforneiros. Os mestres masseirostorneiam, a massa. Ganham de 30$a 40$. Os ajudanl.es de 24$ a 30$.Os serventes, de 15$ a 18$.

Essa exploração precisa acabar Os padeiros da Bahia.

OFFERTASRecebemos um exemplar do "O

canto do operário", hymno dedicadoá A CLASSE OPERARIA, letra dolibertário Polydoro Santos e n.uâicade .Toão Baptlsta Cavalcanti..

Gratos.,

-o átê,,iehistorIco.

.uestiunculas in-.. Uh ! desordem capichaba !

o jornal ia admiravelmente. Fi-quem. poróm. sabendo que não per-doaremios áquelles que servirem deobstáculo á penetração. A unidade ea homo-jeneidade na acção são im-prescindiveis e seremos implacáveiscentra os que quebrarem a unidade.Na lucta .os dois "A" ostão se an-nullando: precisam, pelo contrario,unir-se para formar "A" elevado ,ásegunda potência. O preço de $100é melhor para a divulgação. O "de-ficit" deve ser coberto por meio dasaubscripções. Praiano nianda-nosum . chumaço"; não podemos, pubii-cal-o: falta-nos espaço e, depois,ninguém vao duvidar de sua hones-tidade. Estas questlunculas nada va-lem. Não estamos para matar pul-Bas com luvas de box. Indisciplinade um lado, individualismo do outrolado: o o jornal 6 quem soCtre. Ah !desordem !

__¦ i ca» .

0 appello dos operáriostextis de Alagoas

Os operários e as operárias das fa-bricas de tecidos de Eernão Velho,Cachoeira, Rio Largo, Penedo, Ma-ceio. Pilar e São Miguel appellampara o primeiro e único órgão daclasse operaria do Brasil.

Nosso trabalho tem enriquecido ospatrOes da noite para o dia-

A Companhia Progresso Alagoanocomeçou com um capital de 050 con-tos e, em 1922, tinha já 2.550 con-tos. A Companhia Alagoana de Fia-ção e Tecidos começou com 300 con-.tos. E tinha, cm 1922, dez vezesmais: tires mil contos.

Emquanto isto, continuamos a re-cebor os mesmos 3$ de não sabemosquantos annos. atraz. Só temos deve-res, não temos direitos. Em 1918 e1919 houve alguma agitação na ca-pitai. Mas a vanguarda de Maceió,ainda impregnada do uma estreilozapequono-burgueza, não nos procurou:não comprehondia quo a força eslavaem nós.

Em primeiro logar, vamos constl-tulr na capital um Bloco de Propa-ganda. e Organização.

Este bloco creará outros polo in-torior.

E assim formaremos uma rede domalhas sólidas. Não vamos precipl-tar-nos em movimentos. A greve tema sua -ciência. Fazer um movimen-to sem preparar-so de antemão 6uma loucura. O trabalho de organl-Bação deve eer lento, solido, methó-dlco. A organização devo ser dupla:econômica no syndicato o política nopartido operário. O trabalho deveser.fedto com toda a habilidade, afimde evitarmos os golpes da reacção.Precisamos vencer o não ser marty-res. O noeso jorna., os serOes de lei-tura, as reuniões dos grupos facili-tarão o nosso desenvolvimento. Con-tamoe com o auxilio das oom.panhei-ras tecelãs.

E contamos com a boa vontadedos empregados dos correios de Ma-ceM em não sabotear a correspon-dencia. Os empregados dos correiossão explorados eomo nós.

Assim, esperamos melhorar decondição. — Os operário», o as oj-c-farias das fabricas dc tecidos do Ala-

J gôos..i-

NOSSO CORREIOP. Maria Ferreira -— Muito bem.

Enviaremos os 'folhetos. Trabalhaem fabrica ? Poderá — querendo —

prestar serviços preciosos á causa..1. Nicodomus. Resolva definitiva-

mente o novo endereço. Só assimattenderemos. V. continua com ovelho verbalismo. Faça artigos noBoncro dos sobre a Souza Cruz. Vejao que dizemos em "A propaganda'e "Aos collabpradores", "no n. 8.,Tratem, agora, exclusivamente dostecelões. Não concentrem energia so-bre operários que teem possibilidadede'renegar sua classe...Elyseu. Abriremos excepção ató on. ¦ 12, inclu.-ive. • Depois deste nu-,

4U0ta semanal ojü 4$ — uma insi-

..ra uma cidade de mi-operários. Já Invadiu as

.o ? e os artigos ? E a historiaa denuncia ? Responda logo Não

se esqueça de que cada exemplarnos' custa $11)0. Enviámos a musi-ca. Enviaremos os jornaes.

Piiulino Ue I/ciuo-. Agradecemosos 28?000.

-Manoel Lul'/.. Agradecemos os- .50$000. Não convém enviar num sópacote, porque, perdendo-se elie, vo-cfs ficam sem o jornal. Escreva-nos se concorda .Combine com osoutros para os Jornaes serem entre-gues aos assignantes. E' preciso con-quistar os tecelões Tudo o mais vemnm segundo logar. Tem recebido o»50 exemplares do Centro ?

Vat» de Audrade. Recebeu nossaresposta '.'

Marlano Vieira. Tieram-nos o cn-deroço como sendo" B. Mariana e on. 384. E' para ondo temos manda-do. Pedimos que nos esclareça.

Pcj-gC-tlno. Pedimos que avs dSas^-ntòrmações por escripto.

Amaro Pedro da Silva. Enviámospara ahi 50 jornaes. Não tem rece-bido os novos inúmeros ? Falámos aum amigo typographo para enviar-lhe os preços.

Nelson do Figueiredo. Scicnto.Venha para cá.

Tlburtino Gonçalves. Gratos. Bn-creva-nos «obro a situação dos ope-rarios dahi: números e factos. De-pois, aproveito os artigos £>ara fazerpropaganda.

Kapliuel. Ainda quer os 50 exem-plares do n. 1 ? A coacçâo sob qusvivemos atraza-nos o serviço.

Arnaldo. Então a culpa 6 nossa ? !Mostre a 3. A. o erro cin quo elielabora. O livro: não eahiu. Folho-tos: eô com vagar .

Octnclllo. Bis ahi em que deu" oronceirismo ! Os livros mão foramencontrados ! Quanta desordem ! Enós 6 que somos as yiótimás maiores.E' .preciso tratar dos tecoliics. Ir íi_,fabricas ! Nada recebemos sobre osengenhos.

Praiano. Recebemos 32$000. En-viámos 150 para Noó e 490 para-K.arl, convov. indicou. São, <ao todo,640 quo, a 50 réis, formam 32$000.'Precauções: a pobreza o a coacçãonos impossibilitam de tomal-as Não•podemos estar mudando assim deendereços. E' preciso escolher endo-roços definitivos. Enviaremos 150n. 9.

Calaldo. Vocí-s deviam 100 don. 3, 200 do n. 6, 50 do n. 7 e 210do n. S. Total: 56$000. Recebemos10$ dc Alfredo o 18$ de você. Ro-Btam: 28$00<>.

.Toso Ccrbino. Sabo quem deixou .12$ no Centro Cosmopolita sem ex-plicar o destino ?

__anclsco Antônio do Mello. Àn-gmentámos a remessa mas ató hojenão recebemos resposta.

Mllani. Para a frente ! E os co-lonos ? E os ferroviários ? Ató 6$.podo enviar-nos em selos do GO*réis. /

Lopes. Sciente. E' com tristezaquo, na paginação do jornal, não y_>-mos o artigo sobre S. Paulo. E oan núncio de 50?000 ? E a carta queescrevemos a A. ? E' preciso traba-lha. o muito', Para poder entregar,por exemplo, a administração' ama-nha ao meio dia, trabalhámos hoje.terça-feira, ató 1 l|2 da madruga-da... quando terminámos estas lt-nhas. t_^

Atli-.yde. .Aproveito "** art"*"'. *•-'

ponotrr -"Joãc

ro «ei.Devo!thodo-.

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-'¦<*-.

MUTILADO'--

Page 3: A CLASSE * OPERARIA - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/086569/per086569_1925_00009.pdf · Pasta citar Rosa Lu-xemburgo, Clara Zetkln, Krirpsl.nya ... taforma única de classe, apresente

J.'V "

fA CLASSE OPERARIA—Sabhado, 27 clc Junho de 1925

A greve das cigarreiras

r

do RecifeDepol*. do 12 dias de uma resis-

iericla quo a todos tom admirado,entra flnalmento em declínio a gre-vo das moçne cigarreiras das fabrl-eus "Caxias" e ••L-ifa.vettc", "duasfabricas do tuberculosos".

A .solidariedade das paredlstas foicompleta. O trabalho nas sccçõci.das mulheres, as maiores, «ecçõos,•parou totalmente. Não fossem unspoucos homens quo exercitam tra-lialhos complementarei, os quaos fu-rarum a grC-ve, desde o primeiro dia,a paralysação teria sido absoluta.Quo íiomens!

— Ex-homens — eis o que ollcseão. Nem ao monos podem sor cha-mados homens — mulheres. Serialultrajar as .mulheres.

A grévo íol afinal vencida. Mas"não pensem os trabalhadores do Rio

•o dos outros Estados quo foi o pa-tronato o vencedor. Este teria sidoobrigado a ceder, tal a resistência daparede, so 'iiõo fora ti Intervençãoostensiva da policia em sou favor.

Antes da intervenção da policia(ou do Estado), foi visto um filhodo Sr. Azevedo, proprietário da"Caxias", o qual, diante do predioonde so achavam reunidas as opera-rias. fazia ameaças por meio da lln-guagom mímica, dizendo, outro ou-trás coisne, que o "pão" ia começarDito e -feito. Horas depois, a poli-cia f-ntrava em acção com a bruta-lidado do costume, varejando as só-des, confiscando livros <i papeis,(prendendo operários..

Ficou provado que os patrões, am-hos estrangeiros, davam ordens di-rectoe aos soldados! ?

Alguns estud-antes intentaram rea-lizar um bando precatório em íavordas grevistas, contando para istoconi a sympathia manifesta da po-pulação, no -que foram, obstadospela policia. Um dos delegados che-pou a dizer que se não se trataeso deuma passeata dor mulheres, mandaria

3_^

1 ACTIYIDADE PROLETÁRIA NOS^Yj^CATO_TH

dissolver iv pala de cnvullo. Alas quoOrllas ,nito. duvidassem nvuito não(textual) .'••-.

Requerida '.imn ordem tle "habeas-iCÒrpus" 'Polo estudante FJavló Mas-sa, nflo foi osso .podido tomado nadevida consideração pelo juiz, qubteve estás palavras, pronunciadasnum oiiK*.*. "Ellus -querem "habeas-corpiis!' para pedir esmolas". Poli-cia, governo, magistratura As'ordensdo Patrão.

Amparados e atC estimulados pe-los bons óflielos da policia, os pa-trões exc-iiloraiu-i-e na **»pressão,chegando a mandar Insultar as gre-vistas por um conhecido "camclot".

Na policia, um dos' "zelosos" ad-vogados do cõírè forte -dos senhoresAzevedo & Cia., dirigiudo-sc a umaoneraria, indagou, com visível «ar-ensino: "Como você conseguiu botaresso dento de oiro. ganhando tão pc-queno salário'.'"

Outro episódio interessante-, Nãoconseguindo abater o animo dasgrevistas, os «erviçaes dos referidossenhores .fórum buscar, de automo-vel, nos sítios mais afastados, anü-gas operárias despedidas, obrigando-as sob ameaças n ncom'.panhat-os.Ali. prostitutas das m-us do Fogo eÁguas Verdes, miseráveis antros dovicio, foram contratadas por iprcço¦muito acima do salário -normal dasnsoçns operárias.

Diante de -iiiimnnha violência, ouma vou fracassada a grévo dns vn-lentos camaradas das fabricas "Cu-xias" e -*-'i_-f>i>'otto.'.'•, «ó resta um re--curso: o "boycotté" systemalico. pa-ciente, constante fis marcas de ci-«urros das alludidas fabricas.

TriOHi-liai-civ-i do BritsH, especial-moiiUi do NÒi'to: Guorra nos cigarrosdas fiibrlcas "Caxias'! e "UifajHtc".cujos donos, cupllulistiai. estrangeiros,mauim n fume un opown*_iai brasUel-rasj __ o Comitê da Grévo.

Nadadedesanimos!Com o seu apparecimento, -"A

CLASSE OPERARIA" despertou navanguarda unia vontade nova decb.ntinuar a dar seus esíorgos ã suaprópria •causa — â causa dos tra-bãlfiadores.

Mas p.ir.illoltimento a este , justodesejo verificamos que muitos com-ipánheiros estão possuidos de um malque 6 'preciso extirpal-o, pois, docontrario, vem-nos acarretar eoriosprejuízos.

E-U* ma! consiste no pessimismoInjustificado tendo, como comple-mento. a falta dc confiança nos seuscamaradas. Oru. realmente, além doser um modo de ver um tanto rigo-.roso, não demonstra absolutamente iquc o camarada que assim pensa es- !teja procedendo bem. Senão veja-mos.

Em uma fabrica onde trabalhamcerca d-e duzentos operários, "AGLASSE OPERARIA", era ipouco co-rihecida. Alguns que a compravamguarda,vam-n'a avaramente, não dei-xando que seus companheiros a vis-eem, eom receio do serem denuncia-dos como co-participantes d-e taes ele-•mentos de idéas avançadas. E assim.procediam, quando seria correcto queo -propaganda progredisse.

Um oamnradfi. por*_m, complrehe.n-dou melbor n. questão, tomou á lnl-clàitlva de disseminar o jornal) diri-gindo-so íios seus companheiros n-osentido do ee organizar um grupoque compras.-© "A CLASSE OPERA-RIA", directomente dn redacção. Do |todos ouvia .palavras de desconforto edesanimo; mas como jíi ja preveni-do, não deu atteriçâõ obtendo assimalguns para o grupo. A cada um quefalava a resposta era invariável.Pôde trazer o jornal, mas não pen-se <_ue arranjara muita gente que ocompre. JA não querem sajjfr disso,.Desanimaram quando não traíram.

Ao que o propagandista respondia:—Mas voo*5 quer o jornal ? Posso

trazei-o?. E o inlerpelladoí ,•

—Para mim, sim; estou sempreprompto para qualquer coisa em

proveito.E ásélm fol.com todos. O compa-

nheiro. não se incommodando com osqueixamos de cada um, conseguiuum regular numero de comprado-res para o jornal.

Nó primeiro ©abbado trouxo vintefolhas, eom 'receio do não vendernem a metade.

Engano. Un3 anim*ii_os com os ou-tros compraram "A OI-AtíSE OPE-RA'RJA. sendo necessário adquirirmais algumas para satisfazer a to-cios.

Na primeira semana, vinte;.na se-pundn, vinte o cinco, e sempre au-ementando os compradores.

Esto exemplo deve ser Imitado.Só assim, o jornal poderá, manter-seijvira o beneficio da propaganda. E'iprociso ter mais confiança no êxitoda acção quo queremos desempenharem _)rói -da "A CLASSE OPERA-RIA".

Se assim não procedermos, e soo jornal tiver de cessar a existência,•não teremos o direito de censurarninguém. .-_ não ser a nós próprios.

]"_' necessário, pois, confiança emuita força de vontade, para que oórgão dos trabalhadores oecupe ollogar que mereço no seio da classoiproductora.

Nada do desanimes!. ¦.— B. M.

CLUB SPORTISTA

Na fabrica de vassou-ras da rua General

Pedra -O proprietário desta fabrica ê o

Sr. Antônio Pias. Dias? AntônioNoites. Mias ninguém conheço porAntônio Noites o sim por AntônioVin tem.

Ha dias estava um dos operáriosda casa do Antônio Vintém Xanxão€i. ler o 'nosso jornal, na hora do des-canso. _

Apparcce Antoijio Vintém. IS,logo,, toma uma attitulc dc quemtem cérebro de xanxão. Agarra ojornal o faz um gosto obsceno- aeom-rpanhado de phrasos pornographicas.

Um dos companheiros, em protes-to, dcspcdiu-se da casa, inae o seucosto não foi Imitado.

Mais compostura, Antônio Vintém,Antônio Pataca, Antônio Nanxão!

Operários, precisamos conquistar odireito do ler o nosso jornal dentrodos locaos do trabalho! — LuizPinssava.

*&iJ

FESTIVALPioseguem- os 'preparativos do

grande festival promovido polo gru---. 4a "Voz Cosmopolita" em prolCLASSE OPERARIA.i»adores! Ajtidcmop o nos-

N*5s, trabalhadores, precisamos deum sport que nos desenvolva physi-cumenle. Assim desejamos organizarum ciub sportÍ6ta com os sócios doCentro Cosmopolita. Por isso, convi-damos todos -quantos se interessa-rem, a comparecer ¦íi reunião que *socffectuará. terça-feira, SO do corren-te, fis 22. horas, na sede daquollaassociação. Desde já aceitamos adhe-soes e propostas sobre a escolha dotitulo. Toda a -correspondência nestesentido devo ser dirigida a RikunfeRibeiro da Silvn, rua do Senado nu-mero 215 — Rio de Janeiro. _^

Õ GARFO YANKEE...O burguez agrário imonarchista

Eduardo Prado, no seu livro "A II-lusão Ame-ricama", que <s um llbel-lo conltra o Imperialismo ya-nlccc, íi-gurou a America do Sul como umiramtnso .presunto onde o garfo dosEstados Unidos se enterra com va-gar, -míu. -corn segurança...

Sendo o Brasil um presunto mo-nor, •encravado no grande presuntosul-americano, estA por isto incsmo•maia ao alcance do t-rinchn.nte deTio Sam... E este nosso respeitável"parente'', que 'tem o olfato fino eo apetite- aguçado, d-n-tes, «1110' eoapodei*o toil&lmente *do. presuntogrande, procura aproveitar-so daclrcumstancia d-o que ha «inda timpresunto pequeno... « elle vai, assim,enterrando-nos o -garfo. ..

V&m a, propósito -essas •considera-ções, devido aos recentes fados <iuetêm demonstrado a cupidez da po-¦derosa burguezia norte-aimericanapara com o nosso pafé.:

•Os 'leitores devem ter notado, pe_la leitura dos jornaes indígenas, asconstantes rmisaões "acientifleas"que os listados Unldosi tem enviadoao Prasil, com o intuito de desbra-var »ns mossas regiões "ainda desço-nhecidas" para elies...

•Ora, toda missão, seja ellascientifica, militar, catechizante, ououtra qualquer coisa, tem sempreum ílm cm mira; e, pois, •esta cia-•ro, so taea "missões ecic-ntificas",enviadas ao Amazonas por "socie-dades scientiticas" am-ericanas, nBotinham por único "desideratum" cx.piorar eei-tOtes., itransformaram, seem "-missões •commeroiaes' 'enviadasIgualmento por "eociedades com-¦merei-ue-f. para ifina "commer-cia.s"...

Queremo-nos Tefcrir fl. projectadaviagem do arclii-imillionario IlenryFord, baleia do capitalismo t-moi-i-cano, como diria Bukharine, fi Ama-zonia (naturalmento sugestionadopelos -"scientisrtas" que lã foram),com o fim do montar ali uma colos-sal fabrica de ortefactos de borra-cha, aproveitando a abundância da"hevea'' naquella immensa região,quo constituo cerca da quanto par-te da isuper.ficle de nosso paiz.

A 'historia tem-nos mostrado qualo fim das taes "missões comimer-ciaes", que em outro tempo era-mdesignadas -por outros nomes como— Companhia das índias Occiden-toes. Companhia das ilndias Orien-taes, Companhia daa.índias Hollan-dez-ts. -etc.

A Companhia das índios Occiden-taes, nos rlndicam. as ehronicas etambém a nossa historia, foram or-iganizadas pela Hollanda, para co-ionizar <_ explorar as (terras destasbrasileas plagas, tentativa rCsta quetei-ninou com uma _ru»_rra contraaquelle paiz e na qual, por signa!, sodistinguiu o .nosso Estado (Per-nambuco), e que ainda teve o pa-pel. dizem 03 -historiadores burgue-zes, de formar o typo brasileiro com.a fusão das "tres raças q.ue se irmã-naram no campo da peleja —¦ obrarneo, o negro escravo «- o indi-gena.

A Companhia das índias Orien-t-iea, organizada com. ícapitaes in.Cilezos para fomentar, conio indicao 110me, o •coinmcrcio do Indoetão,depois de desempenhar por longosannos o seu papel, dissolveu-se, unasos -inglezeí*, que, para -fi. foram, lüficaram, e como acharam a tterramuito boa e muito Tica, mandaramchamar mais inglezes, e um bellodia, .no 'meio destes, seguiu nm vi-cé-rel da índia... inglez...

E, assim, as Companhias das índus-irias foram colonizando terras deoutros continentes, para a burgue-zia de seus paizes de origem.

Serilo as "missões scionitificas" aque linhas acima alludlmos, •moder-nas Companhias das índias... Bra-slleiras?...

Precisamos abrir os olhos, porquesenflo. quando tarde o fizermos, ve-remos espalhados por toda a super-ficie do paiz os Forda (não somenteos automóveis...), os Vanderbilt, osRockifeller, os Plerpont Morg-a-n, eoutros que taes, o teremos de -lucta-rmulto para reconquistar a magra"independência" actual.

A iburguezla yankee nüo está. fa-zendo mais do que cumprir a pala-vra de ordem de Monroe — a Ame-rica, para os am.erlca.n03.. do Nor-te... — Raul Karacijç.A

Aperfeiçoemos os nos-sos methodos syndi-

cãesEm coniíiiuiaçfio fus ponderações

quo vimos fiizemlo ílcoroa da orgnnl-zação syiidlcal, trataremos bojo dosmo.hodos de rcoignnização.

Um dos erros praticados pelos nos-sos •militantes na organização . dossyndicatos tem sido a observânciarigorosa das divisões munlcipaes ifel-tas pela burguesia. Perguntamos:qual a rozãòi da ¦existência de oimsyndicato do sapateiros, por exem-pio, aqui no Rio o outro «yndicatoda mesma corporação em NiitheroyVNòrihuniii', Crcnios, pelo contrario,que esta independência -não ptissa doresultado de um vicio, que •_ hojepreciso corrigir, vicio este que, .-ebem dnáíysar.mos, encontraremos .'_sua causa no federalismo di-persivousiiílõ ató aqui na organização di'SsyiKlicatos de resistência.

A organização «yndieal, como cieresto qualquer -outra organização,deve ser a mais concentrada e a maishomogênea possível. Objectarão quoas dlstanciiis não permlttcm uma t>r.ganlzação única entre as eorporaç»3esde localidades diversas. So assim íi.s-se, teríamos de fundar um syndicatoda imesma corporação em cada Cita-ção dos nossos subúrbios.

Precisí-nios não deixar .quo o usodo coiõhimbà -nos deixo a boca torta.

Ponhamos «íè lado os velhos _rroso os preconceitos libértáriosi cultiva-dos no nosso movimento synd.cal, eprocuremos encarar seriamente oproblema da reorganização da elas-se trabalhadora, sem outras ambl-ções que não sejam as de livra l.a, oquanto antes, do jugo do capital. Prc-cisamos substituir os velhos moldesde organização do syndi.atris de cffi-cio, pelo de syndieatos do Industria;reunidos, não em fedeu-ações, maisou monos ihypolhef.cas. mas em orga-nismos centraes com attrlbuiçõe.. bas-tantes para dirigir os trabalhadoresnas suas luetns.

A organização dos trabalhadoresdevo eorresponder .1 centralização ca-da dia maior do capitalismo. Não baunia sõ indUHtrla que oecupe apenasuma só categoria de operários. Paratornar esto raciocínio bastante com-prehensivel, tomemos a I.ight por ex-emplo. {.upponhámos que todos ostrabalhadores desta grande emprei_aestivessem organizados, o segundo aclassificação syndical de cada um.

Km um dado. momento, os carpln-teiros, por exemplo, pleiteiavam umaconquista qualquer para «Mes, carpln-Iteiros, em particular. A Jjight pode-via neste caso resistir íiquella reivin-dicaçuo dos seus empregados naqucl-le mister, nma vez quo para tal mãoprecisaria suspender nom o seu tra-fego, nom o fornecimento de força,luz, etc.

O mesmo euceederin. se, ao envé-sde serem os carpinteiros, entrassem•em lueta os metallua-gicos ou os tra-balhadores de outro •ramo qualquer,n, não ser quo o movimento íosse ge-ral, o quo nem sempre 6 possível.

Supponhãmos ngora que, ao onvesda organização por officlo, adoptasse-mos a organização por industria. Or-ganizados os ti-abalhadores de umaindustria qualquer, 'em um único blo-co, sem distlncções profissionaes so-gundo uma fôrma rigorosamente cen-trallzadora e disciplinada, a resiaten-cia a Offerecer aos patrões seria nestecaso muito mais intensa e muito maiaefflcaz, pois que os Interesses daquel-les trabalhadores em geral seriamdefendidos por um mesmo organismo.

Certo, nem Itodos os trabalhado-res estão nas condições dos do que-cabã-mos de falar, dada a descentra-'ização do algumas indu-ibrias. Poristo é que theses como esta nSo po-dem ser discutidas com a. devidaprecisão cm artlguetes de um jor-nal. /

E' m-ist-ôr que se cogite, entre ostraibalhadores, da realização de umaconferência inaciona'l, onde se possaresolver este como outros assum.ptos.

Alfaiates, de pé!Finalmente, esta annunclada' uma

assembléa da nossa corporação, apôso longo período do- doze mo_.es no"dolcc far nionte".

E' moilvo do júbilo, portanto,para nós, alfaiates, podormos contl-nuar a obra quo vamos encetando:a organização. E, ao Iniciarmos essatarefa, apôs esso descanço, deve-mos fazol-o com mais ardor, anaisenergia, mais vontado, porquo a ne-cesHldado nos força* a ampliar estotrabalho, jf. começado pela União, oquo vários benefícios trouxo &. colle-ctlvldndo.

E' verdade, camaradas, quo'> have-mos de luetnr com ofbstaculos, masesses obstáculos mais realço trarãoaos nossos laureis de vlctorla. En-coutraremos, '6 fneto, muitos com-piinheiros quo nos dirão -que aUnião nada faz pelos alfaiates. Pe-vemos, porém, mostrar a esses quenão «erã a União quo irã. impor aospatrões as melhorias quo obtiver-mos, mas, sim, nõs próprios, alfaia-tes, unidos o entendidos, pois aUnião não é, como julgam essescompanheiros, quatro paredes o meiadúzia do cadeiras; ,(: a força organl-zada dos alfaiates, -reunidos nessasquatro paredes o sentados nessas ca-deli-as, para discutir e estudar asnecessidade dns eo.toctivtdndes, osremédios o a sipplli.f.são, etc.

.Devemos mostrai a esses que, senão fosse a União., não teríamos 8horas, abolição dos-serões o tantasoutras coisas quo, embora mio pa-rcçam, immenso significado tCmparti nós, alfaiates.

Devemos mostrar, por fim, a essescompanheiros que, se o esforço deum grupo tom feito-muito pela nos-sa conectividade, que não farfl. essegrupo multiplicado pela massa?

Corramos fi União, companheiros,omquanto ó tempo!

. Interessemo-nos pelo que ê nosso!Alfaiates, do pé! —-H. J-lnia.

-oressos da mnssa. Todavia, lem-bramos aqui que o espirito destojornal O do luota de classes o nãocollabornção de classes, espirito essocom o qual concorda o compiu-hci.ro Oliveira, como rosalta da partofinal do seu artigo.

Os 'termos "'relações cordlaos" en-tro os patrões o os operários pro-stnm-«o a. duvidas o tCm uma signi-flcação que não ao coaduna com alueta dc classes.

JS ponto final.

Aos jovens operáriosFazemos aqui um appelló aos Jo-

vens operários. Embora de poucaidade, jfi comprehendemos a neces-sidado da organização da juventudeoperaria. Temos Udo sempre corntodo o interesse o nosso jornal eaproveitado seus ensinnmentos. Te-nho-o propagado o auxiliado a suavenda. Trabalhamos na Fabrica doArtefactos do Metal, onde existemmais do 200 operários, muitos dosquaes jovens. Quando Oírtes, porém,são convidados a organizar-se, Tes-pondem: —• "Só sou operário aquidentro. Não o sou lã fora." Nãodevemos ser assim, devemos ter for-ça de vontade para tudo e mais ain-da, para defender-nos contra o ca-pitalismo. Precisamos melhorar desituação *— bem precária no mo men-to actual. A hyglenc na casa om que¦trabalhamos 6 regular, mas poderiaser melhor, exactamente nas priva-das: a agua nas caixas automáticas êobjecto de luxo.

Solicitamos uma providencia a res-peito.

Um facto interessante suecedidoabi foi o seguinte: o gerente, adml-rado do nosso atrnzo, disse:

—• "Sim senhores, uma casa com200 e tantos operários nüo consomesequer 100 jornaes. E* uma vergo-nha."

E mettou a mão no bolso s tirou1$000 e deu por um jornal.

O espanto delle seria maior quan-do soubesse que os 10.OCO operáriosda Gávea não ISm 120 jornaes, que09 10.000 de Juiz de Fora não ÍÇm101 o as centenas de milhares de SSoPaulo «ó lêm 500.

Proletariado, desperta! Abre teusolhos!

Os jovens operários do Rio e doSão Paulo.

AOS BARBEIROSAUXIIillíaíOS O NOSSO JORNAI-

De todas fts corporações, a dos bar-beiro*, é uma das que menos so temInteroseado pela existência da A OIiAS-SE OPERARIA A venda avulsa nosyndicato dos barbeiros tem sido po-quena; atssignaturas, a não ser o. dosyndicato o a do presidente, não exis-te mais nenhuma; uma lista de au-xilio para o jornal foi devolvida, ape-nas oom uma assignatura. Emfim, osbarbeiros não tem correspondido â. es-peotntiva. Todavia, não deeanimamos.

Como barbeiros quo somos, conhece-mas muito bem a mossa collcctlvidadc oestamos certos de quo ella saberá, cum-prlr com o seu dever "para com o íwo-letariado.

K' verdade que <an nós existem cer-tos preconceitos, e isto tem sido o nos-so maior mal. Nas ossemblôas (agora,não tanto), os barbeiros tratavam-se de"excellenckis" o "nobres collega-.", talcomo sc a aíisociação fosse uma institui-ção burgueia.

Os próprios companheiros ain«__a nãogostam que se lhes chamem do "ope-rarioa". Entendem ollcs que ser ope-rairlo não ô o mesmo que ser "artis-ta" ou "of-icial", como gostam os bar-beiros que os tratem."Operário", "artista", "officlal" vem,afinal, dar tudo no mesmo; no fundo,não pasfc-amos de trabalhadores, do ex-piorados^

Ora, A CI_\SS_J^OP_-RARIA é o or-gão' -do todo--"** ' trai»- Ihadoíes de to-dos as vict* "'•"'oração capita-lista o.bur aiocfi€r-l<3*ideque o-rtrab -a em inantel-ae- eustental-i, , tios, barbeiros, quetambém sonioc/trabalhadores, que tom-bem somos victlmas da exploração bur-gueza, _rs4*tamos na obrigação e no de-ver de auxiiiar o nosso jornal, o jor-nal de todos os trabalhadores — ACLASSE OPERARIA.

Companheiros! De todos os trabalha-doreo, somos .íôs oe mais explorados;não temos h__i;as certas para o almoçonem para o jantar; os nossos saláriossão os mais misei-avels e .mesquinhosque se conhecem. Não passamos dos180$ a 100$ por mez! E com essa anise-ria temos que sustentar fami-1-ia, pagarao senhorio e andar iiera vestidos!

Era tal situação financeira, temosforçosamente do passar privações. Enão devemos esquecer, companheiros,que as priva çõe». ino nosso meio se ía-zem sentir de uma tminel-i-a tão doses-peradora que jíl levaram A morto umdos ncêsos mai.. queridos -ompanhciiros—Mario do 'Souza __inoi-tm—que. narua da A_6embli_a, fez esmigalhar ocraneo i_ob as pesadas a-edaa do umbonde bagage-iro. -viário de Souza Amo-rim foi, pois, uma victima da expio-ração bu.rgueza. '

O rsuicidio d<_*_se nosso companheiromostra bem claro o estado de -misériaquo lavra 7:0 _e.io «ie todos os bai-bcl-ros, o, mui .principa.n_e.i_te, maquellesquê têm f&millà para sustentar.

Portanto, companheiros, precisamosde um jornal que defenda os nossos in-teros-res, nté hoje sujeitos ao arbítriodo patronato,J_ esse ¦jornal isó pôde BerA CLASSE OPERÁRIA, jornal do tra-balhadores, feito por ti*abaihadores,para trabalhadores.

Barbeiros do Rio de Janeiro! Faça-mos A CLASSE OPERARIA .penetrarem todas as lojas -de 'barbeiros! Faça-mos sua leitura «brigadoria do todosoa barbeiros!

UM ORUPO DE BARBEIROS

Co mm única d ose convocações

UNIÃO »OS TRABALHAÍDOItESBRASHilSXROS

Não 6 difflcil aos companheirosde lueta comprcheiuloren. o traba-lho quo temos tido para fincarmosno Brasil uma associação quo tendoa favorecer os operários brasileiros,que se preocícupam multo pouco coma sua situação.

Agora mesmo, um dos sócios damesma, qüo ha muito não tem com-prldo com seus devores o só pelosimples facto do ser convidado acomparecer A sedo para resolver-seum assumpto de magna importnn-cia, pediu, por favor, a sua elimina-ção do *qundro social.

Ora, companheiros, este sócio nãotem amor A sua organização o, mui-to menos, pela situação do opera-riado brasileiro. Péssimas consequen-cias acarretam tnes attitudcs. — Io_!Ccrctai_o, Mimool Praça. "**

CAIXA B. A. K DE COI.T.OCAÇÃODOS JSMiPltKGADOS EM HO-TEIS

llua «José Maurício 11. 40Na reunião semanal do propa-

ganda associativa, realizada sexta-'feira dn semana passada, A. CLASSEOPERARIA fez-se representar. Fa-loram vários oradores, tratando doasiu ni ritos relativos A claixa, ana-¦lysando a sua utilidade para os as--.ociados.

Um dos oradores, «allontando ovalor da Caixa para hcuh componen-tos. foz urre parallolo entro esta e 0Centro Cosmopolita, enaltecendo ovalor do Centro diante das molho-rias que tem conquistado para a cor-poração dos empregados em hotéiso annoxos. Disse quo os associadosda Caixa deviam fnzer o máximo doesforço para augmentar o numerodo associados desta Caixa, tratando-se, pois, de uma entidade humani-tarla, podendo os seus aí-sociados fa-zer parto do Centro Cosmopolita ouvice-versx't. ~ -

Usou da palavra o representantede A CLASSE OPERARIA, fazendosentir aos presentes a conveniênciao necessidade do apoio moral o ma-feriai para o nosso jornal, que 6, de

provação, foi lido o expediente quoconstou do vários offi-los.

-Segulu-so uma proposta para que,d'ora avante, possa ingressur nestaassociação •qualquer coinluctor do ve-hlculo A mão. multo embora existamduas associações especializadas o dos-tinadas a estos. Comquanto esta no-va associação seja para vendedoresambulantes, a proposta foi approva-da, A seguir foi approvada a propôs-ta sobro as cores do pavilhão.

Terminados estes assumptos, foipor proposta de um dos,membros damesa acclamada a dkeetoria, com-posta da seguinte formai

Presidente — Manoel de Jesus; vi-ce, João doa Santos Carvalho; 1" se-Cri.tario, José Monteiro; _!° ManoelRtbolrò; thosoureiro, Salvador Cas-solla, Conselho Fiscal 1 Josó Itoilri-Kues Laranjeira, Jos6 Ribeiro doMoura o Custodio Fonii*a.ndes daCosta. Commissão, do syndicancia:Júlio Esteves,. .Manoel- Rodrigues oAntônio Maria Besteiro. C<.mmls_ãoHospitaleira: José '(.íomos Mandato;Cyriaco Prestos o Manoel AntônioVaz. Corpo do Fiso.ies: Thomaz Sa-bino, Domingos José Oonçalves, An-tonlo M. Oliveira e Manoel Francls-co Carvalho.

A seguir falaram o camaradaAguiar, 1" secretario da Resistênciae o reprcsenitanto de A CLASSEOPERARIA. O primeiro salientou anecessidade da organização dos tia-•balhadores, o o segundo falou sobre

nosso jornal que •_ órgão de to-dos os triibalhadoreá do Brasil. A se-guir foi encerrada a sessão.

SOCIEDADE UAIAO DOSFOGCISTAS

A actual directoria desta associa-ção termina o «eu mandato no dia20 do setembro.

Aproxima-se, pois, a data da roa-llzaçâo da eleição dos companheirosque devem reger o.s destinos destaassociação. Fomos informados doque um grupo de mais de 20- eom-panheiros apresentara a seguintechapa para ser suffragada em assem-bl.ii:

Para pres'dente: Júlio Ma.rcelinode Carvalho; Io vice, Franklin Joséda Siiva; 2° -vice. Cândido Zum; Iosícretaiió, Francisco do Souza Bar-ros; 2o secretario, Odilon Alvos deRezende Lima; 3o secretario, ManoelAgostinho ISézorra; Io _hesou.reiro,Domingos Fernandes; 2o thesotirelro,Ignacio Seraphim de Mello. Io pro-curador, Alfredo Tinoco; 2o procura-dor, José Pedro de Oliveira. 1° ora-dor, Júlio Toscano do Brito; 2o ora-

dor, Fidelis 'Ramos dos 'Santos. De-| legados: Pernambuco: Júlio Romual-I do de Almeida; Bahia: Adolpho dosSaintos Costa; Rio Orando do Sul:Adalberto Vieira Lima.

Do ordem do presidente, convidofacto, um jornal de trabalhadores, j os ¦associados a comparecerem íi eéd*_

Pela unificaçãoE' commum, nas "assembléaa syn-

dicaes, cada um pensar de uma fôr-ma, procurando, por vezes, imporpontos do vista que não se coadunamcom os interesses da corporação.Isto sendo prejudllcal, ô necessárioque, sem valdades pessoaes, tenhamosharmonia de vistas para que tenha-mos a força. A força pôde ser ma-terial (músculo), intellectual (cere-bro), moral, social... Todos essesvários aspectos da força são neceo-sarios e devem sor empregados doaccordo com aa condições do ambi-ente e do momento.

Nossa força está na prganizaçüo.Organização dupla: no syndicato o

no partido operário. A íorça nosyndicato está na qualidade o nacohesão. A força no partido, estána qualidade, na homogeneidade ona disciplina.

Sejamos eortUaes. Trabalhemospela unificação operaria.

Tudo pelo Brasil proletário, pela

Pelos vassoureiros'Se bem que ai ndustria de vas-'souras ainda não so tenha transfor-

mado completamente, t-ínto na tech-nica do fabrico, como n.i transforma-ção intelletrtual dos trabalhadores dadita Industria, ainda _i'_tiemoa orgu-ihar-nos de ter companheiros dis-postos a elaborar a organização danossa corporação. NO cmtanto, eco-nomicamente, aa niolhortáa obtidassào insignificantes. Ha companhei-ros que cinco annos atrüs ganhavamsalários igiiaes aos dc hoje.

Demonstra isto a falta de orga-nlzação econômica e política. O fA-brico, geralmente, 6 manual, e, porIsso, o trabalhador em vassouras de-via organizar-ee, porque, além dopequeno ordenado que percebo, estána contigencia do ser substituído fa-cilmente pela aprendizagem.

Nõs, trabalhadores em vassouras,temos necessidade immediata de nosorganizar cm corporação, para assimobtermos algumas melhorias eco-iiomicas, como as oito noras de tra-baltio 6 os salários mínimos, e des-envolvermo-nos politicamente, in-gressar.do no partido dos trabalhado-res, para formarmos com a massaproletária mundial, na conquista dosnossos direitos tendo, para isso, onosso jornal que nos ajuda, nessasImesmas conquista».

Avante! companheiros! Organize-mo-nos!

Um empo do vassouroiroa. .

feito por trabalhadores, para trabaIhadores. A seguir, o companheiroprcsldento encerrou a reunião, ao•mesmo tempo offerecendo a ACLAS-SE OPERARIA um convite para ofestival cm beneficio dos cofres daCaixa, a realizar-se sabbado, 4 dejulho próximo, no salão do C. D.R. Arte o Instrucção, ã rua FreiCaneca n. 4. No programma, di-vidldo em quatro partes, esta. inclui-da a engraçada comedia em tresactos, Intitulada "Um hotel cm sari-Ihos". J.epois do neto variado, termi-nará com um bailo familiar.

Dnnios aqui algumas indicações:Reuniões de propaganda assoeiati-

va: todas as sextas-feiras, fts 21 ho-ras. Aulas de ingloz, francez e por-tuguei.: segundas, quartas e isextas-feiras, das 21 íls 23 horas, para osassociados da Caixa, assim como pa-ra qualquer outro trabalhador, .mos-mo não associado. Expediente: to-dos os dias úteis, das J ls 19 horas.Reuniões do directoria: terças-feiras.__. 21 horas.

AOS OPÜRAPvIOS EM '___-»1CAKIA

No dia G de julho próximo devemcontinuar a. discussão e a.pprovaçãodos novos estatutos da União dosAlfaiates.

Por esses novos estatutos, ficarãoos operários em tintura-rins com di-relto a fazer parlo daquolla associa-ção, cujo •título será augmentatlo comannexos.

A reforma desses estatutos, com aInclusão dos trabalhadores em tintu-rarlasj obedeceu A proposta de fusão,apresentada peln União dos Opera-rios om "Tintui-ari-i... Estes operáriosformarão assim, no seio dos compa-nheiros alfaiates, nma fracção, como seu representante directo.

Nos casos que interessarem A as-sociáçãoí em nsscmbléas geraes, to-marão parte com iguacs direitos odevere-s, todos os -«soclados, sejame-Hes: alfaiates, passadores, Invado-res, tintureiros, costureiras, passa-deiras, buteiros, calcéiros, coleteiras,etc. No caso de interesso para umadas fracções, estas se reunirão sopa-•radanvente tantas vezes quantas ío-rem precisas.

Após a upprovação dos referidosestatutos, serã marcada uma assem-blôa, na <_unl deverão comparecertodos os operários em tinturariasdesta capital, afim de assistirem ü,fusão da União dos Operários emTinturarias com a União dos Alfaia-tes. Nessa as-sembléa eera lido o re-latorio da commissão executiva eapresentadas as contas, desde junhodo anno passado. — O Io scc.i*cturio.

social, hoje, 27 do corrente, ãs 19horns, para uma assembléa geral cx-traordina.ria, em 2* convocação, cujaordem do dia é a seguinte: leitura doparecer da conimissão de Contas domez de .maio e interesses so<_iaes. —O 1* secretario, (Manoel '_\iveriano "* cr etário Gi"r_;orioCabral

pacltar do quo as luetns cm separa-do, mfto grndo todo o optimisino dou¦mesmos operí<rlqí^, iutetarã'0 /semprosujeitas ao mais formidável-o líhovl*.lavei fracasso. 1•Os capitalistas não cedem de bomgrado ãs justíssimas reclamações quoo produetor lhes oüâo fuzor com mo-|vlmento.. Isolados. Este fracasso «o-:rá salutar porque ve.iu demonstrar.As organizações de Santos que o pá-tronato so encontra cada vez m;il_'unificado, sondo .representado pelasiassociações commerclaes, industriai:;.'e ngricolas. / 1

Esias trc.i entidades, quando a lu-]cia se estabeleci- em um de seus «e-jctoros, ligam iricòntinontl suas for-,ças e estabelecem a luctn. '

¦ Não ba razões que os convençamde que "seus" operários es.!fio eom arazão; que a vida estã cara o e.**tosiiocessltain de um aügincnio, ou Ul-.'inlnuir as horas de trubnllio. I

A òmpreza 0111 lueta lino quer oci-)der e -nestas tres palavras »se restinio/toda a lucla de .classe, todo o :inta-lgonlsmo entro o explorador (r*o ex-,piorado irremediável estã sltüiição.'.)Em absoluto. !

E' proclso que o.s operários 00111.prohendam que, na Cpoçii aetniil, sô,poderão vencer essas, batalha., pormeio da União pro lei 11 ria. ' •

Se os operários da ensaccaçüq cio <café houvessem tqma.dç_ os ensina-mentos de alguns números do extln-eto "O Solidário", não teriam por-dido tão justo •movimento.

•Houve alguém quc- lhes disse:"o'jiroveitem a oc-pòrtuniãude e fa-Cam as tres eorporuçõeíi — condu-ctores de vehlculos, ferròvlariofi oternos õni café — o movimento bitconjunto,e a victoria serã invit.ivel".

Pensaram de outra forma e tigir.imde outro goito, o o resultado estápatente, clnro, demonstrando fio»dirigentes o dlrigiido» das organiza-ções, que a única taetieu que quo-brarã o não quero cedei* do capital(1 a união de todas as corporações.

Sirva de lição este fracasso a todoiios operai-los de Santos o do Brasilinteiro. — Nelson dc* ElgriK-lrccIo.OS TR-VBAWIADORES I>E ISIBEÍ-

BAO PRETO SE OUGAXIZAM.Aciba do ser fundada a União

Geral dos Trabalhadores de Riboi-'rão Preto, a qual tem por fim, alémda defesa econômica dos trabalha-dores, a sua elevação -moral.

O novo organismo cogita da fun-dnção de uma cooperativa ile con.sumo do gêneros de primeira ne- •oessidade. I

Que todos os trabalhadores de Ri-bciriio Preto eompreliendiiin 11 uti-lid.ide de tão oppnrtiina inieiu.t.iva ô|lhe prestem todo o apoio possível„!

ESI MiOSSORO*A Liga Operaria do Mossorô,

communica-nos que empossou na.sessão solèmne do 1° de Maio, ;u sxia5" stdministriição, a,s_im constl-ttiida:'Presidente, iRaynitindo* Ciiflíst-Wt*do INnscimotito; ¦ vllcc- pres Ide nte,Manoel Assis; l° secretário, ni,*r-mundo Re^inaldo da .rtofrh.-^* i;» __e.

AJjTAANOA DOS OPERAKIOS MET.UiLTJItGICOS IJE-NlTUEKO-l.

UNIÃO DOS EMPREGADOS EMPADA3SIAS

- Previno aos companheiros quetrabalham na manipulação e vendado pão rque diariamente, das 17 ás19 horas, serei encontrado em nossai-édo para tomar conhecimento e pro-videnci.ir «obro prisões, moléstias, nc-cidentofi no trabalho o tudo quo pro-.indique directamenle os interesses da.í.socinção o dos associados. -*¦ M.Mattos Garrido*, procurador. ¦

Secretaria do trabalhoO crpodiente desta secretaria fun-

colona diariãmiito das 15 ãs IT horas.Prevenimos a classe .que 0. nceossa-rio "observar rigorosamente o hora-rio do trabalho.

União dos operáriosMU.VICrPAES

Do ordem do presidente, são con-viciados os a-wbcjàdos a comparece-rem ü. assembléa geral ordinária, quoterá logtir. hoje. sabbado,'ãs 1!) 1|2horas na sóde da U. O. M. á ruaCamer.nò, 09. pnra, de accordo como artigo 30, letra A dos estatutos, soproceder ã eleição da nova directoriaque irá dirigir os destinos daqucllàcollocllvidade durante o futuro annosocial, de 1925 a 1920, depois da loi-tura do relatório do presidente e pa-recor do Conselho Fiscal. — AgenorBelmonte, 1" secretario.ASSOCIAÇÃO DOS CARPINTEIROS

NAVAESDo ordem do companheiro .presi-

dente, esta associação roune-se em¦assembléa geral extraordinária boje'ás 19 horns, para a eleição do car-gos vagos na sua administração, em.sua sedo social á rua da Harmonia,60, convidando para esse fim a to-dos os sons associados. — José F.Elias, Io secretario."U.NTÃO DOS TRABALHADORES DO

CÃES DO PORTOLevo ao conhecimento de todos os

associados que, tendo a directoriaa terminar O «eu mandato, apresen-tado as suas contas o também umbalancete geral do sua gestão, con-vido o comparecimento do todos ostrabalhadores do Cács a asssltirom Anssombiéa .g.iral que se realizará nodia '2 do julho, ãs 19 horas, para lei-tura do referido balancete e mais as-sumptos de interesso da classe. — Osecretario..

¦Silva; thésouréi-ro. Sebastião Magy de Oliveira; ad-junto do thosoureiro, Rufino Kvnn-solista., 'Nogueira o 'bibliotliecario,Rnymundo Nonato da Silva.

Commisião executiva — .Toa,qulm Casiniii-o de Carvalho, Lindol-Pito de Arnula 'Corres, 'Mario Tava-roa dc O. Cavalcanti, Oscar Amaralde Ollveirn, Josó Januário do Cou-to, Francisco Theophilo de Paula,o João Firmo da Costa.

Commissão do supplentos — Ale.xáiidre Francisco de Paula, LuizPalheiro de Mendonça, Franciscopoi-gès da Silva, Francisco AntônioFerreira; Ganuito Saraiva de Moura,Pedro Alves Btu*bosa o Manoel Pau-Uno de Oliveira.

Commissão de contas —¦ ManoelFigueira da tíilva, José Fellppe Net-to, Antônio Gomes de Moraes. JosSJoaquim Bezerra e Alfredo CasLrodc AraJÚjo.

Caixa nuiitua — Director-thesou-reiro, iRaymundo Luciano; director-secretario, Doniingros Mathias daCowta. .

O Grupo Escolar "Liga Opera-ria" continua eob a direcção do pro.fessor .Raymundo Iteginaldo da 'Ro-nlia, auxiliado pelos normalistaaRaymu.iulo Nonato da SUva, Ad-nu-eto. da. Gamara, As3is e Luzia Go.mos da Rooha.

Nota dissonante•O companheiro M, de Oliveira,

escreveu tim antigo respondendo ánota de José Marmori.ta. tipssè arti-go viria provocar viná polemicaque as quatro paginas de tim sema.Ll |íi 'Jii. I.U.L axj, h»vii_ 1 tji_tt7 «WJ \lii"n xj l'sx'ey "¦«»' '"¦•-

família proletária, peio trabalho bem nario não poilerlnm comportar,remunerado. I principalmento tiMnndo-so de um

J j01*_f-

Prisco do Vílmoro, i jornal que joreclsa aBte-nder aos in-

A Alliança, e.mprcheitidendo a suatarefa de -emancipação do operaria-do meta!_lurgico, teve em vista tor-nar effectiva a base syndical domesmo organismo social.

•Enveredar por este caminho não énada mais quo procurar a arregimon-tação das massas, para um dia bempróximo tornarmo-tioa um bloco of-fectivo nas futuras luetas que bavo-mos de emprohender.

A Alliança está em constante acti-vidado mas ofíicinas, nos estaleirosde construcçâo naval, nas fabricas,emfim, em todo logar onde so encon-tram estabelecimentos metallurgicos.Portanto, .urge que as massas que seencontram dispersas, ainda «ob o pre-domínio do indifferci-tismo com re-speito ü. nossa verdadeira organiza-ção, procurem conhecer, da vlsu, asnossas aspirações, que tambcm tam-to lhes tocam, ujudando-nos a levan-tar a nossa efíicioncia associativa,deixando o pessimismo' o engrossandocada voz mais o nosso syndicato.

Só assim poderemos melhorar anossa situação de explorados — «losóCosia...

A Alliança dos Operários Metallur-gicos de Nitheroy convida todos oscompanheiros a comparecerem á as-sembléa geral a realizar-se na quin-ta-feira próxima, âs 19 boras, poisha assumptos Importantes a tratar.— O secretario.AiSSOCIAOÃO B. DOS VENDEDO-

RES AMBULANTES DO D1ST1U-<7TO EEDEEAL

Realizou-se no dia 22, segunda-foi-ra, na sede da Associação ÍR. dosCocheiro* C. e Classes Annexas, aannuncinda assembléa para a escolhada sua directoria o approvação do pa-viíhão social.

Depois da leitura da acta e sua ap-

NOS ESTADOS"O OPEUARIO" ,

Recebemos o n. 31 desto jornal,órgão da Confederação Catholica doTrabalho, de Bello Horizonte.

Desejaríamos quo os redactorcü"operários" de "O Operário" nos in-formassem, suocessivameiito, pelascolumnas do mesmo: Io quantos ope-rarios industriaes existem om BelloHorizonte; 2o, quantos operáriosagrícolas; 3", quantos lavradores po-bras; 4o, o numero de fabricas; 5o, osnomes; 0o, o numero de operai-los docada uma; 7o, a industria principal;8°, os salários; 9", as horas de traba-lho; 10°, os soffrimentos; ll» as as-pirações.

Essas informações tornarão "OOperário» agradável ao proletariadonacional e internacional.LIGA OPERARIA DE BAEPENDT

Pedimos ao presidente José Zeferl-no da Motta a fineza do informar-nos os salários, as horaa de trabalho,os soffrimontos e as aspirações dosoperários de Baopondy.AOS ENSAOCADOKES DE CAFÉ*

Estudemos a situação' dos opera-rios cnsaccadores do café, de San-tos.

Esta corporação acaba do sair deuma lueta inglória no sentido desuas reivindicações econômicas. In-gloria somente neste ponto, porém,de salutares cffeitos para todas asorganizações operarins do Santos.

Salutar poTquo, com estes fracas-sos no campo da lueta, os soldadosdossa batalha, quc são os operárioscom seus dirigentes ft írento, com-prohonderão que não _ po._sivel ha-ver harmonia entro capital o traba-lho, como tamiiom terão de se ca-

Aos empregados dosCorreios

'Os empregados dos Coircios nostiram- toda a serenidade. Como po-doremos defender sous Interesses, s»elles nos tratam como inimigos?Juiz do Fora não recebeu o n. 6.Petrópolis, idem. Do n. 4, o Recifeso recebeu 80, quando enviamos 200-do. -P numero faltaram 25. Só hhl,o.s empregados dos Correios nos de-ram um prejuízo propriamente ina-toria'1 de ,30$ o potencial tle não sa-bentos -quanto. Ora,. 6 um crime tra-ta.r assim um jornal que os tem de-fendido, um jornal que é do iodos o__explorados como o são os emprega-

dos dos Correios.

Leituras para traba*Ihadores

PARA AS MASSASEvangelho dos livres- $200Programma da I. S. V. (em

hospanhol) 1|20»Tres annos de luta da I. S. V.

(om hespanhol) $200Abro teus olhos, trabalhador. ?100,

PARA A VANGUARDAAnarchlsmo e communlsmo -—Bukharine $200

Rússia Proletária 3$000Revista do P. C. — cada n. JÜ05

o $500.O canto immortal dos traba-Ihadores $io(Pedidos, acompanhados da respe-

ctiva importância, a A. A. Braz!! d»Mattos — rua Marechal Floriano 1*01-xoto n. 172, V andar — Kio dlJanoiro.

PÍLULAS

(Pilulas de Papaina o Bodophy-Ilha),

Empregadas com suecesso naamoléstias do estômago, figado ou in- •testinos. Estas Pilulas, além de to-nicas, são indicadas nas dyspepsias,dôrcs do cabeça, moléstias do figa-do o prisão de ventre. São um po-doroso di;;v-rtivo o regularizador dassecroçõea gnstro-intêstináes.

A' venda em todas ns pharmacias.Vidro, 2$ti00. Depositários: — Dro-garia Cardoso. Rua dos Andradaa**. 72. Rio dc Janeiro»,

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Page 4: A CLASSE * OPERARIA - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/086569/per086569_1925_00009.pdf · Pasta citar Rosa Lu-xemburgo, Clara Zetkln, Krirpsl.nya ... taforma única de classe, apresente

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'A CLASSE OPERARIA—Sabbado, 27 de Junho de 1925

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GORR^SPONDENCIA INTERNACIONAL

IMSElflSlISi'(Os acontecimentos chineses, com

to se aggravarcm cada dia, vão as-'sumindo uma importância mundialque não escapa aos observadores tialula contra o capitalismo imperialis-ta internacional. Já na ves passadacffercccmos aos leitores elementosbásicos de estudo para d boa com-prehensão dc taes acontecimentos. Oartigo abaixo tem o mesmo objecji-vo. E' seu, autor o camarada Sen'Kalayama, velho e estimado chefe'do

proletariado japonês e nm perfei-fo conhecedor das coisas chinesas).

S_o conhecidos os traços geraos^a situação na China: os diversos

MoveisTlntuirarlns- '•Applicnçao dos tapetesIndustria dt> cha.Carpinteiros •Industria do papel ¦Productos pharmitccutí-

cor- . . . '• .'Alfaiate» . '.

50.000300.00020.000

100.00050.000

100.000

30.000200.000

Total 4.963.000

Pprto do 300.000 desses operáriosestão organizados o adherem aos se-

gulntes syndicatos: .Ferroviários . . .. «-J»»^nelros JO;»»»

18.000'.'.'.'. '.!¦!:.'« io.'ooo

Electrlclstas 2 .000

MarítimosTabaco . .Rlchkl . .

fctt^:fefaf?_i«tiPÉ«gw+1tt»ti<«».. tf jKt(__} j^ ^t^

escolas participa actlvamonto daguerra civil actual o da .lueta contrao Imperialismo estrangeiro.

Para. concluir, algumas palavrassobre a repercussão do movlmontochinez no. selo- das massas operáriaso camponezaa do Japão. Nao . raro,no .passado,, manifestaram os synd.-catos operários japonozes sua solida-riodado aos trabalhadores chlnezes.Fizeram collectas em prol dos ferro-viários grevistas o demonstraramsempre suas ardentes «ympathias Aclasso operaria chlneza em lueta. Oproletariado japonez multo so hadesenvolvido desde ha algum tempoe cada vez tmais vai sondo ganho•peflos sentimentos itlo solidariedadeinternacional. Attesta-o-, a attltudotomada pela Imprensa' operaria doJapão cm relação a nova lei amcrl-cana limitando a emigração dos Ja-ponezes para a America.

Os oporarlos o cemponozes Japo-nezes exilgem o reconhecimento lm-modlato da Republica dos Sovlots(—o qu«j_ íoi conseguido. Nota dar.—) Por. diversas vezes tem elles af-.firmado sua solidarledado aos traba-lliadores do todos os paizes. Os ope-rarlos organizados do Japão sempremantiveram cxccllentes relaçOes comos trabalhadores coreanos immigra-dos no Japão. Elles luetam com cs-tes últimos -contra a offenslva capi-talista. E nós estamos certos de quoo proletariado japonez marcharapasso a passo com a classe operariachineza o lhe prestará toda sua ajudanas luetas actuaes. — Sen Katayninn.

"A CLASSE OPERARIA'Jornal do trabalhadores, feito

por trabalhadores, paratrabalhadores

EXPEDIENTE

Redacção o administração:

Bua Marechal Florlano Peixoto,172 — Io andar

•Endereço telegraphlco :Klassop — Uio

DIrector responsável

A.'A. BRAZIL DE MATTOS

ASSIGNATDBA3

Pela independênciaADMINISTRAÇÃO

do Rif(Na África como na 'Ásia, os po-

vos opprimidos.,levantam-se conira1os colonizadores imperialistas. Já du-ra annos, em Marrocos, a lueta con-ira a Hespanha. Batida esta pelosrifenhos.os soldados de Abd-cl-knmsão forçados a se defenderem da"civiiisagão francesa. Os dois arh-gos que a seguir publicamos exph-cam o que ô essa lucla.)cam o que

o RH essa-

FoUws volantes chliiezas, espalhadas omOantão pelos operários, ouiiipo-

nezes c estudantes, contra os bandos fnscbitaa

%>-¦--

gTupos políticos, os chefes da guer-ra civil, etc. Eu examinarei aqui umITactor nue adquiriu presentemente"uma

importância enorme na guerracivil c que, no futuro immedlato.des-empenhara igualmente, um {papel.primordial nos destinos da Ropubll-ca chineza. Este fáctoí — -í"; o pro-üotarlado chinez. Como sc sabe, Sun-T at-Sen appellou para o proletariadocontra os bandos fascistas dos ti-

grès", armados íi custa dos capita-listo- anglo-americanos o dos gran-des ihdústriaés ¦a'»' Caritãp. As guar-das armadas de trabalhadores ba-teram os fascistas. Este faeto muitoimpressionou os capitalistas chine-zes, os imperialistas estrangeiros oo próprio Sun-Yat-Sen. Inclinam-sealguns a pensar nue os acontecimen-tos do Cantão não são do moldo anffirmar o papel importante do pro-létárlado chinez. Mas não é verdade.Todo o passado do proletariado .chi-Ticz prova que ello possuo um espt-n-ito lc emancipação suíficicntemon-ite desenvolvido para lnsurglr-se con-tra seus oppressores.

Que se considerem, por exemplo,_s numerosas greves políticas recen-temente conduzidas pelos operárioschinezes. A muis importante dessasgreves, a dos marítimos de Hong-Kong, em 1922, offereccu occaslaonos marítimos chinezes do mainfes-tar uma enorme força de resistência.Essa greve, que teve no. começo umcaracter econômico, transformou-sonuma lueta contra o governo rteHong-Kong.- Ella durou cincoentadias 2,3.000 marítimos delia parti-clpáràm o 200.000 operai-los do ou-trás profissões declararam-se cm

greve solidaria. 200.000 dollars ío-ram recolhidos em favor da caixa de

prevo. E o movimento terminou pelavictoria operaria. „„_,','„

.Igualmente importante foi a gre\odos ferroviários da rede Pekin-Hang-Ku em 102-3. Este movimento, era

guiado pelos marxistas, porquo as

mais importantes federações opera-rias da China são dirigidas pelo par-tido marxista chinez. Wu-Pei-Fu es-magou essa greve com uma íerocl-dade- Inaudita. Innumeraveis opera-rios foram presos, o houve centenasdo feridos e mortos. Os Imperialis-

CimentoIndustria do ovosCònstrücsãõ navalFabricação de farinha..,Couros o peülesRi.lc.chi (carregador docadeira) -

-p.nrèiói; tolegraplíos e,telèphoncs . . •'

Construcçãio civil s. ......CervejaBarbeiros,1'roducção do salDomésticos/. . Porcollan.aCónstrucção, civil.......BarbeirosProducção do sal ,Domésticos • • •¦Tinturelros ,Mletallurglcos 1Alfaiates . . 1,Fiandeiros de algodão..,Graphlcos .

25.00015.00025.00018.00020.000

200.000

. 40.000501».000300.000200.000400.000)400.000,200.000

30.00014.00010.0008.000' 8.000

40.0007.000

10.00010.000

18 meiecs ...6 nica..-* ...3 mezes 77..

Numero avulso

8$000•1$000_$000

$100

As assignaturas começam emqualquer numero o são pagasadiantadamento.

estrolla borda do

towa*dô NoToeste marroquino, mar-

ceando o Modlterraneo na ponta ox-

?rema da África, o Rif continua a

preocupar cada,, vea mais as chan-

Q.°294.000 cultivadores e. pastores rif-

lenhos, conduzidos por um chefe do

grande talento militar, por esse Abd-

ol-Krtmi JA tocado,pela legenda «uoo íaz comparai! _kK„__.1 Pachft, ln

íliglram aos hosTanhpes, cm dezem-bro ultimo, unuvínova derrota.

Desdo 1921 quo*os riffenhos so ba-

tem victorlosameMe contra, a Hcupa-

nha. Ainda ha pouco, Abd-ol-Kil.minfligia a Primo do Rivera, ido a

commandar em nossoa scub generaosbatidos o descontentes, humilhantes•revezes, aliás seguidos de capitula-ções e retiradas estratégicas, quo os

communlcados do Directõrlo soube-ram transformar em "gloriosas fa-

çanhas".Entro .mortos, feridos o desappare-

cídos, os hespanhobs perderam28.000 homens .nesta ultima phase_a campanha.-

28.000 pobres diabos operários ocamponezes !

O suecesso doa riffenhos devia

provocai- uma certa eftervescenciaenitro os mouros o os kabylas da ou-tra vertento do Atlas, isto é, da zonafranceza. Na região do Agadlr, noAtlântico, as trlbus cõmcça,ra_i) a

preparar mon levanto. Os Beni-Zer-mal agitaram-se. O solo esquentou eíromlu- sob os pes do oecupante íran-cez.

Houvó um tempo em quo os íran-cozes encorajavam Adb-el-ICrim e domodo mais.efficaz. Os postos firan-cezes não

"oppunliam obstáculo ai-

tlnnmente aos riftonhos. Mas, com avictoria destes últimos, modiClcou-soa altitude francoza. Os grandes jor-ames do Paria sublinharam, quantoseria 4noon.vonlc.nto uma republicaindígena ao Norto do Marrocos. Vo-kcs inspiradas, o inspiradas sabo-somulto bom ondo, falaram da nocessi-dado do defender a zona -francozacontra Abd-ol-K-im. O marechalDiautcy, potontaido ido Marrocos, for-,

java seu plano do guorra.A oifíensiva franceza comtra o Ri£

convocou. Ella jíi. semeou, nas cida-dos o aldeias ida l""Tanca, ,uwi certonumero do luto». As bombas asphy-xiantes da civilização latina chovemsobro as aldolns do Atlas. O tiro doavião civilizador não distingue a po-pulaeão civil da população comba-tonto.... ¦ t

Agora quo o concorrente nespa-mhol não apresenta mais perigo, é

pnra elle quc so orienta a intrigafrancoza. 1-Io-ntem com Abd-cl-Krlmcontra os hèspanhocs, hoje com Pri-,mo do Rivera contra os riffenhos.Só um louco podo misturar honesti-dado com a ipolitica colonial. Masos colonizadores francezes são capa-zes do deixar longo os britannicos cos allcinães do out-'ora. Numa cn-trevlsta concedida ao "Echo do Pa-ris", Primo do Rivera faloui do con-tacto restabelecido com o --marechal

Dlawtey contra o Rif revolucionário.O "M-orning Post" londrino desdo 18do abril annunciavá, baseado em ,pa-lara-as do dictador besponhol, no en-tondlmento entro as duas políticas

Quo valem então as allegacoes daimprensa francoza sobre a defensivafrancoza o hespanhola cm Marrocos,do marechal _ia-uitey contra Abd-el-K_imi ? Mentira -do imprensa, pre-pa-ração da opinião .publica para a nova

guerra colonial.Com certeza a França esta agindo

tambem de accOrdo coni, a Inglater-ra, de onde os iriffcnhos igualmentereceberam o anno passado abu.ndan-¦te armamento. Abd-ol-Krim fez con-cessões de phosphatos o do cobro acapitalistas Inglezes. Os adiantamen-tos a-ecebidos. elle os empregou naInglaterra mesma, na compra do ar-,mas. O" contrabando brila-nnico as-

SXJBSOR1PÇAO l>_fl{MiAN_*N'rEDista do Duiz Madureira: 40$00O.J_sta 124 (resto): 3?000.Dista 19C: Manoel F. do Souza,

3$,; U,nt soclo da Constru eção Civil,2$; Jose Marques, 1$; .Tos6 Domln-gues. 1?; Joaqiilni da Silva, 2$; Antonlo Neves, 2Í; Edg.ard dos Santoslí; Nostor Ferreira, 1$; JosC More'ra, 3$; Carvalho, 3$; Do um, athelí; JosC Marques, 2$; Jose Jacaues?lí; Antônio Alexandre, 1Í0OO. To-tal: 24ÍO0O.

Dista «4:Cedlo do Britto, Xi%; Fran-cisco Pinto, 1?; 'Mario Castro, lí;Antônio Abrantes, 2.$; Edgard Fer-relra, 2$; Plínio Oomes, lí; DuizFonrelra, 3Í; I.eonidio Costa, 3Í;BOsa, 2í; Sebastião Novaes, lí; DuizSelentc, 2Í; Henriquo iSpiinelli,. 2ÍModesto, ?,í; Carlos Guiochoal BipiHnnn. 1%: Malícia, lí'; An^_^______í^^-.

Annexos, 8-í; 3,79, Jos6 R^ Eiras,-í; HÜOí Cantidlo Costa, 4Í; ."si.Henrique Schames, 4$; 382, Pedro-Pontim, 4í; 383, Pedro Rodrigues.4$; 384, Anthoro Dopes Castro, _í:385, Domingos Tohella, 'lí: 386,Francisco Welss Filho, 4Í; 387, Ma-,'noel Nunes, 8Í; 38S, Josô Marques,;

Canas, Sí; 390,!1, Hygino

.AlIllüH "

IlOül UNUIl-Hj Of, uoo, _i-«_ -

7' 4í; 389, aijiuioel G. Canas, Il" Abrahão rfoitni.1111, 4$; 391,u- "Alonso. «*/; 3Ü2,—Franciscorf

lí; Antônio Maia, lí; AntônioCastro, 2Í000. Total: 30Í00O.

Dista (13: Arlstides. lí; Irmão, Xí;Simão, 1$; Josô S., lí; Maurício, lí:Ramlro, 10Í; Salão Nunes, 2Í; Nc-mesio Pinhão, 2Í; Antenor Almeida,2í; Gonçalo, lí; Anonymo, 2Í; Umsuspeito, 5í; JosC- Matta, 5Í; ManoelAntônio Gonvos, 2Í; João Baptlsta doSouza, lí; Nemesio P. Bouças, 2Í;Armazém Central de Piedade, 2ÍO0O.Total: 41?000.

Dista 02: Norou Rangel Pestana,12Í000. -T"*—~~-

Dista 55: Airlstides Dobo. lOtOOO.Dista -54: «eabra, 5í; Monteroso,

Real, 8?; 393, Jullo Pergola, Sí; 394Luiz Galeoti, 8Í; 305, Augusto Mar-quês, 2Í; 390, Alfredo Gomes, 8í;397, Manoel Gomes, 8$; 398, Ai')sti-ldes Ferreira Ayrosa, 8í; 399, Fran-cisco Vieira, 8Í; -100, João Cavalcan-ti, 8í; 401, Joaquinv Delgado, 2Í; .402, Fidclis P., 2í; 40?, Feimando'P., 4í; 404, Augusto P., 2í; 40C,Henriquo "W., 2Í; 400, Armando C,

2ílr-Eí___L2í; 407, ÍNcreu Kangeli Postang ,1*S: —...-r_—ps40gii. ol!fvo juhayde, -i'í; 4011, Jos6Cardoso Portella, '8$; 410, João doDeus, 2Í; 411. Antônio Souza Pinto, -4Í; 412, D. Miiirid Ferreira da Sil-va, 4í; 413, Argemlro Daval, Sí;414-, Daniel do Souza, Sí; -115, Ge-naroso Goumaiez, SÍ000.

A simples publicação do nome doassignante substituíra a trabalhcirados recibos.

a

cum" _" passagem da fronteira pelos seguram os transportes.gum ii.__ii,.i ^ __._ Desdo muitos annoa que- a politica•marroquinos desejosos do Uictar con¦tra a Hespanha. Havia francezesque abasteciam com armas elandes-

^^^_^_f_rw^r_--"w ^"w ^-—-¦»¦-— -.-

OS FRANCEZES EM^^ARRÕGOS

Total

pois. bastante

304.000'

baixa c aAssim.porcentagem do operários organiza-dos, -mas, apezar do sua fraqueza nu-m-eriea, os syndicatos chinezes des-empenham um papel importante nomovimento, operário, do que são" avanguarda militante, como o provamns greves destes últimos annos. Asgreves tornam-se cada vez mais fre-quentes na China, prova de que asmassas operárias despertam.'

O annuario da China para 1924fornece os dados seguintes sobre omovimento grevista! de setembro adezembro, do 1922, declararam-se

"41

greves, das quaos 50,5 °|° termina-ram com uma victoria completa,18,4 °j° com victorias parciaes e25.1 "l" em derrotas operarKs.145.7S0 operários participaram des-sãs greves, algumas das quaos assu-miram um caracter politico nítida-mento marcado. Quanto ím causasdas greves, 70,9 «Io dentro ellas vi-snv-am reivindicações do tsalarios;12.2 "l" eram greves de solidarieda-rte; 12,2 °|° foram provocadas pelodescontentamento dos operários emrelação aos mestres o chefes do ser-viço; 4,7 °\° visavam a defesa do dl-relto syndical. A elevada porcenta-gem das greves de -solidarledado

nezes tem augmentado sempreTodos essas greves tem ainda

uma grande importância pelogulnte:

-vV-Su-PW-Fu adquirirase-

lolr- Itr'ora uma certa popularidade pt»".-*

os trabalhadores chinezes, seguindouma política demagógica. Mas sua

condueta durante a rrevo dos forro-viários de PeMn-Hang-_.U' abriu osolhos do proletariado sobro o cara-oler real do governo do Pekin. Assympathias operárias manifestaram-_o_ favor de San-Yat-Sen e numcongresso do Gomlndan, partido doBun-Yat-Sen, foi adoptado um 1gramma bastanto radical. O Gomindan tornou-se um partido do massas Em seguida ao congresso -houve

uma scisão: os elementos Burguezcsabandonaram o partido para constl-tuir uma organização fascista, cujosdestacamentos armados ( t gres ),combatoram contra o exercito de

UOra!a quaes são as. forças actua.es

<lo proletariado chinez? A Chinacontintia a ser um paiz agrário, oc-

cupando a agricultura 85 M- de sua

população. Por outro lado, ha na

China cerca do G m«.h5es do opcr-i-

«.•los. O quadro.abaixo dá os algar_-

iiios precisos sobro a composição^ dos

diversos destacamentosoperaria industrial:

Ferroviários . Fiandeiros do algodão.-Pho.sphoros • • • •Sub-solo . •

MarítimosTabacoManutenção . •ElectrlclstasMetafllurgicosFiandeiros do seda....Graphlcos . . .,.•.>¦••

tas estrangeiros prestaram mao for-; j^^ti-a quo os opepxirio.^ chlnezesto ao dictador do Pekin em sua ver-; éómprehonderàin bem a significaçãoeonhosa tarefa. Mas os operários (ja uicta do cla-sse, a aiecessidado dachlnezes temperaram-so nessas ha- BÒlidaríèdàdò operaria e da frentetalhas. Elles se revelaram capazes do un_ca diante dos exploradores.Jucta o do organização e, depoiSr-a, Comproliende-se então porque osolidariedade dos trabalhadores chi- excrcu0 proletário de Sun-Yat-Sen

poude trlumphar tão facilmente dos"tigres" fascistas. Esta victoria terãuma importância e,norm'e, c não sâ-mente para os operários chinezes.Os dos outros paizes encontrarãonella motivo do encorajamento, con-siderando, com esperança o movi-monto chinez. .

Devo ainda mencionar-se, do pon-to do vista da guerra civil na China,a juventude das escolas. Os estudan-tes chlnezes representam um desta-camento avançado do Tirovimento

''""'"'"" 1 progressivo ou radic_l- destes ulti-um pro mos annoa# rp^o. © movimento- revo-

lucionario da China faz-se com oapoio ddrecto dos estudantes. Tal foitambem sou papel duranto a guerrarusso-japonoza, ou .antes na épocaem quo os "leaders" revolucionáriosSun-Yat-Sen o Huang-Sing, quo en-tão iresidiam 110 Japão,' começarama organizar os revolucionários chi-nozes o crearam uma liga revolucio-naria chlneza.. Dogo a seguir & pri-meira

' assombléa da Diga, varias

centenas do estudantes adheriram ámesma, © esse numero subia embrevo a mais do 10.000 estudantesespalhados por todas as provínciaschinezas, salvo a de Hiang-Su, cujajuventudo ia estudai" no Japão. AssecçOcs desta Diga cobriram toda aChina com sua rodo o foram cilasquo dirigiram a primeira revoluçãochineza.

Um segundo movimento lmportan-to rtos estudantes data da Época do

90.000 ! tratado do Versalhes, o qual entre-100.000, Kou ao Japão as possossSes allemãs

do Chan-Tung. Demonstrações doprotesto foram organizadas cm todoo paiz o mais do 20.000 estudantestomaram parte nas mesmas.Os mani-festantes' atacaram o domicilio dosdiplomatas que haviam ossignado otratado, sendo as casas do suas .resl-dencias incendiadas. Este grandeQiiovimento do massas exerceu umaforte influencia sobro a política do

da classo

100.000160.00090.000

420.000

500.000100.000200.0.00130.00080.000

Livraria de "A CiasseOperaria"

V livraria da A CLASSE OPERA-'RIA acaba de enriqueeor-so commais uma publicação: as "Noções ,do Itappoport. ,______„.,_.„

Trata-se do um folhcl-^paiagrandes massas trabalhadoras.

Custo: Í300.Companheiros! Esgotemos os

yros que nos falam a verdadel

as

li-

Presentemente, os estudantes chi-nezes desempenham um •papel Igual-

mento importante na vida política da

paiz. Elles intervém, quando se tratoa solução de questOes do interesse

internacional taes como o "controlo"

dos imperialistas estrangeiros sobre

ns estradas do ferro, instituído após

o caso Dln-Tchang. A juventude das

Desdo 1909, ottê-ecendo aos in-teresses do "Sindicato, Minera deiRH" (hojo "Companhia de Minasdei Rif) o aos votos do exercito c

da monarchia, a juventude operariahespanhola derrama seu sa__uie so-bro as rochas do Marrocos. Os acc-n.tecimentos de 1909, originados pelascampanhas marroquinas, tpriuta de-

terminados pela Tapacidado da"Companhia "Minera" rtolRrf" o pe-Ias justas reivindicações dos traba-lhadores indígenas de Marrocos.

A companhia, explorava as minasdo Beni-Bu-Ifrur, as mais ricas do

território marroquino. Um acciden.to no trabalho oceasionou a mortode vários .trabalhadores indígenas.Os feridos reola-ma-ram indemniza-ções. B* evidente quo lhes cabiaosso direito. A companhia recusou.Os riffenhos insurgiram-sc contraes«o acto do verdadeiro 'banditismo

industrial. Os itrabalhadores indige-nas da "Compagnio Française d_Nord Africain" insurgiram-se tam-bem, na mesma epoca, contra os ca-

pitalistas. As autoridades francesasconseguiram strbmettel-os. Para aHespanha, -o iiioidcnto serviu do pre-texto para iniciar sua politica im-

periulista. Algum tempo depois, em1910, Aiffonso XIII, visitando o Mar-roços hespanhol, c encontrando-se«obro a collina de TJixan, tè%c a vai-dado espicaçada por um contozão,quo pronunciou esta bella phrasci"Sire, nenhum .monarcha hespanhol,depois do Fcüppo II o antes de vós,poderia orgulhar-se do ter conquis-tado novos territórios para sua pa-tria". Desdo esse dia o rei da Hes-panha quiz entrar na historia comoAffonso XIII, o Africano.

Será o "africano sovado".O exercito hespanhol, desacredi-

tado pelas guerras coloniaes ante-rioros, aguardava a cecasião de rc-dourar seus laureia emmurchecidos.Marrocos pareceu-lhe propicio, pro-mottedor do fáceis victorias. Uma"Companhia Civilizadora dei Rif"creoit-se, com o concurso dos chefesdo exercito. Os colonizadores pUzc-ram-so a metter as unhas em terrasrlffenhas em proveito dos chefes doexercito e dos officiacs. Foi um pe-riodo do pirataria agaloada.

As prospecções liaviam reveladoas riquezas geológicas do Rif. O san.guo hespanhol c riffonho derrama-do em Marrocos transformou-se embom adubo. A "Companhia do Ml-iras dcl Rif" distribuiu récentemen-to seus dividendos -relativos a 1324:75 peso tas por acção, cm logar de50 em 1923. O trabalho mal pagodos mineiros 'indígenas. serve parafazer concttrrencia ao dos mineirosda península. A crise das minas deBiseaya accentua.se cada vez mais.As revistas financeiras o annun-ciam! um contrato foi feito comfirmas allemils, que compram 50 miltoneladas dó minério do íerro daÁfrica do Norte.

.Desdo 1921 o problema marroqul-no assumiu tambem um outro cara'-ter para a Hespanha. Ate então, oimperialismo hespanhol nSo encon-trava mais quo a hostilidade do ai-

gumas tribus que se insurgiam es-

poradioameiite, som cohosao nemobjoctlvos poUticos. A Hespanhacornibinava a acç3o militar çom aacção bhamada ""civil", consistenteem corromper os chefes marroqui-nos influentes, que traiam sou povoe sua causa. Esta politlca ora ex-

piorada pelo Roghi, Muley Hafid e

pelo -Raísuli. Um e outro faziam dis-so om commercio lucrativo — parael_ea — com os colonizadores c dotempo» a tempos swblovavam Ibrl.bus com o fim -unlco do extorquirnovos subsídios á Hespanha.

O apparoelmonto de Abd-El-Krlma freixto dos africanos modificoutodos os dados do problema. Abd-El-Krim é chefe do um movimentodo independência rlffenha. A poli-tica de corrupção fracassou Inteira-'¦mente junto d-elle e do seus parti-darlos. Abd-El-Krlm percebeu quemais vantajoso seria ibater os hes.

panhões. Arranca-lhes ass.lm armaso o dinheiro necessário para contl-nuar a, luota o fundar a Republica ,,. f

do Rif- Ello nSo admitle a hypo-theca da liberdade do paiz. Sabem-no os capitalistas inglezes, que pre-tenderam, colonizai; o Rif por moiode c-mpresttorjs.-^ Recentemente,Abd-El-Krim mostre ^uà hostili-dade ao Rai"'"" do impe-rialismo 'b&- "uloy.Yus-sef, sultão pei__ .'coloniza-dores francezes.

Abd-El-Krlm coiíta com a syim-patihia e a sollrtariedado dp Islam,que vê com razSo, ha guerra-vlcto-riosa onanitida pelos riffenhos con-tra os hospanhòes, uma guerra doindependência, No ultimo congressoislâmico realizado em Balgatinv (In-dia)", mais de '¦ dois mll delegadosmusulmanos votaram .ama moçãodo solidariedade aos riffenhos. Umcorrespondente do "Chicago DailyNews" visitou ultimamente Adíir,capital da Republica do Rif, e con-versou com Abd-El-Krlm. Esto re-lata o jornalista, recebo dlarianver.tenumerosas mensagens do mundo•musulmano e das sociedades secre-tas de Dondres e da índia. O "D-tí-

ly Herald", commentando esse ar-tigo, julgou opportuno advertir aoSr. Cliamberlaih do perigo. Traba.Ihlsmo imperialista.

Tem-se querido apresentar o mo-vimento do Abrt-El-Krim eo-mo umarevolta de selvagens. E' um velhocostume dos imperialistas procurardesacreditar os movimentos liberta-dores dos povos colonizados. Os rif-fenhos amam a civilização, porquejá começaram a conhecer seus be-nefiolos. Depois da derrocada daAnual (1921), quando o exercitohespanhol reconquistou o terrenoperdido, viu-se que os riffenhos ha-viam respeitado todos os edifíciospúblicos construídos pelos seus ini-migos. Os hespanhóes --'encontram,

n3o raro, no decorrer do suas 'barba-ras "razzias", • entro os indígenas,moveis europeus, niachinas do cos-tura, -ilettos, kodaks, gramopho-nes. Algumas missões scientificasquo penetraram no -território indo-pondento receberam- excellento aco-lhimento.

Todos quantos hão visitado Adjirficam -maravilhados pela extraordi-naria transformação operada porAbd-El-Krim cm sua "capital". Elloprocura " niodernizal-a". Secunda-o,nossa obra,.

* «u irmão, home-rn dc

vasta cultura,' quo fez seus estudosem Madrld, na1 "Residência do Estu-dlantes", c-ndetse instruem os filhosdos intelleotúiíes' hespanliócs.

Dos talentos militares do, Aibd-El-Krlm tem o exercito hespanhol re-ceibido 'bastantes' provas," Stto derro-tas sobre derrotas, dèsdc quó o Di-bentador dò Rif dirige os operações.As perdas ^espanholas, tem sidoconsideráveis. Em novembro ultimo,milha.res do hespanhóes tombaram.A censura militar passou em sllen-cio a cailastronhe. Mas o corres-pon-dento do "Chicago Tribuno" escre-veu: "No espaço de vinte .minutos,¦houve em Xaruta 234 mortos, queos contei eu... E Xaruta foi apenasuaii' episódio da retirada, que, sc-gundo os comm'unicados officiaes,custou 15 mortos! Penso que as per.dos totaes dos lieapanhOes foram do3.900 homens."

Assim morrem os lavradores c osjovens operários da Hespanha!

Apôs esse novo desastre marro-quino, Primo de Rivera duiz uma vi-ctoria no intetior. Teve-a, ínottendona prisSo, ás centenas, os militantesproletários quo na Hespanha somostravam- solidários com os in.surrootos

"do Rif. Faz-so o que sepôde.

Sendo completa a derrota emMarrocos, trata-so do hypotheses doacçãó civil -r de ¦..."proicctorado".

Que resulllará d'aihl? Nada. Jú. o sa-bem cs imperialistas hespanhóes.Um jornalista disse por que fracas.sarão essas semi-medidasi "Porque

os canhões e-as bombas dos aeropla-nos hespanliões fllzei-am- no interiordo território riffenho -mais esti-agosdo que as artilharias allemií e allia-da o fizeram nas planícies da Oliam-págno." •.— J. A. lt.

ingleza pre'occupa-so com, o Marrocoshespanhol. Ella encorajou, primeiro,a penetração hespanhola. A Gra-Bretanha preferiu ver o outro ba-tento da porta do Mediterrâneo, em¦frente _ Oibraltar, mas mãos da Hes-panha debil. Aquella posição emmãos do imperialismo írancez ser-lhe-ia muito mais ameaçadora. Mos-trando-se, porém, a Hespanha decidi-damento Incapaz do guardar o Riff.a idéa de ahl organizar uni Estadoindígena independente seduziu os dl-plomatns londrinos.

O assissinio do siaxlar Deo Staclc noEgypto determinou, uma reviravoltana politica norto-africana do impe-rialismo britannico. O Sr. Chambea--lain soube tirar bom partido do sau-guo do seu general. O govorno na-clonalista ogypcio de Zaglul Pachíi.cahiu ou ãntes foi cahido, a. ocupa-ção do Sudão pola Inglaterra foi of-¦tloialmente consagrada, a dictaduramiHtóír do inglez installou-so no Egy- Ipto "indopendonte". A França, sim-pathica — oh ! não desinteressada-mento 1 — ao Egypto independente,não viu com bons olhos essas modi-ticações. Sobro esto ponto houve aentrevista Chamberlain-Horrlot. A17 do fevereiro, o iSr. Chamlberlain.interrogado na Câmara dos Com-nuins sobre a situação no Rif, ro-«póndia quo "o governo da Grã-Bre-lanha declina do toda espécie do ro-lagões com Abd-el-Krim.". Não po-demos saber que concessão o senhorChamberlain fez, cin Maa-roeoíi, aoSr. Hoi-riol. A única coisa certa équo a França tem hoje as mãos li-vros ont relação aos riffenhos. A im-prensa ingleza mostra-se, a esto xo-speito, do uma grande sobriedade

Ha u.m terceiro concorrente. AItália sonha installar-so nas costas¦do Noroésto africano. A Itália estüdescontento com o desdém com quoa tratam. A Itália não esqueceu o

• faoto do não ter sido admittida naconferência do internacionalizaçãodo Tanger, cm 1923. A Itália de Mus-solini quer ter voz no capitulp daquestão marroquina. Da mesmafôrma quo antes da guerra a Alie-manha exigiu para resolver a que-stão marroquina a reunião da confe-rencia do Algeslías, a Itália preconi-za liojo uma outra Algesiras — o•faz oecupar certos oásis nos ¦confinsda Dybia o do Egypto.

Eis quc volta a questão marrocpii-ma. Os antagonismos imperialistasse entrecruzarri, so misturam; se mi-11,1111 c comtraminam. Imba-oglio' dosBulkans, questão marroquina... Nãopároco estarmos de novo 0111 1912 ?— _u Kitaigorodski.

2í; Cauda Otero, 2Í; José D. I_.n-(loiro, 3Í; José dos Santos Kamos,3Í; Francisco Rodrigues, 3Í; Eduar-do K„ 2í; F. Scholl, 1Í00Ü. Total:21Í000.

Dista 35: José de Souza. 1$; Elpi-dio de Souza, 1$; Felizardo JI„ 1$;Jose Demoino. 1$; Dàiíró Poreira, 1$;Manoel Clemente, lí; J. Paixão, 1$;Adrlão E., lí; Francisco Accioly,1$; Estevão Napoleão, $500; JoãoVillanova, Í500; Duiz Nascimento,Í500; José Vilinna, .$500; ManoelFraga, lí; Gcneslo Baptista, 1Ç000. Receita.Total: 13$000. Despeza..

Dista 31: Argemlro Daval, 10Í;Daniel de-Souza, 10í; Generoso Gon-zalcz, 10Í000. Total: 30$000.

Dista 32: Antônio S. de "Miranda.1$; Manoel J. da Paixão, 1$; JoséF. do Oliveira, lí; João Firmino,lí; Manoel A', do Oliveira, 2$; Ma-noel A. da Rocha, 1$; José Coringa,lí; João V. dos Santos* 2Í; VicenteCoutlnho, lí; Joaquim Barreto, lí;Amaro Silva, lí; João Duiz, 1$; Se-verino Deite, í$000. Total: 15Í000.

Dista 33: Horculàhb F. Baptlsta,3Í; Pedro B. Evangolifila, 1$; JoãoTiburcio du Mattos, 2$; Joaquim, F.da Silvo, 1Ç; Amaro Marques», lí;Dourenço Baptista, 1Í500; José R.do Jesus, 1$; Joaquim Almc-idá, lí;Bernardino rte Sennn.-lí; Antônio Fdo Nascimento, ÍHOO; Antônio Joa-quim, $500; Gassiano F. da Silva.$500; Bolarmino B. do Paiva, 1$;José F. M. da «Uva, 1$; Amaro M.dos Santos. 1$; José Aã, 1$; Josô FMendes, 1$; João S. da Silva, 1$;Manoel R. Maciel, Í500; PhilomenoR. dos Santos, $500; J. A. PessoaFilho, $500; Joaquim Amaro, 1$;Antônio I. Vianna, 1$; João B., 1$;João Nicolam., 1$; João A. dos San-tos, 2$000. Total: 27Í50O.

Dista 34: Satyro de O. Dima, 2$;José Rufino, 1$; Manoel Alexahdri-no, 1$; José Ferreira, 1$; A, Tcrtu->liana, 1$; Sovea-ino de Souza, lf; An-golo' Francisco, lí; Codofrodo So-bral, 1$; Um operário, lí; Joüo 73a-ptista, lí; Sebastião Euscbio, 1$; Ma-nqel Ignnélp, 1$. Total,

'i3$000.

Dista 30: João P,, 1$; EmygdioCruz, 2$: José Beraldo, 3$; AdolphoBotlcr, 2$; Malachias da Silva, 2$:.Toao Vicente, Í500; Jonas Silva, 1$;João Vieira, 1$; Traja no Rodrigues,$500. Total, 11Í000.

Dista 38: Argula, $500; Navarro,Í500; José Rodrigues, $500; Manoel-da Silva, $500; José da Silva, 1$;Camilio, 1$; Pedro Lyra, 5$; Anto-nio Deopoldino, 1$; José Antônio, 1$;João Nogueira, 5$: Antônio Barbosa,1$; Duiz dos Santos, 1$. Total, ...18$000.

Dista 39: Pedro F. do Uma, 2$;Soverlno R. Paixão, lü; José F. doBarros, 1$; Agriclo Emygdio, 1$; El-pidlo Azevedo, 2$; -João Ferreira,$500; Cesario Duiz, 1$; Joaquim Al-ves. $500; Veote Ferrara; $500; Ma-noel G. do Almeida, 1$; Marco An-tonio. $500'; Martim ígnaeio, $500.Total, 11 $500.

Dista 40: Jo.sé de H. Medeiros, 3$;

BADAXCETBReceita: saldo anterior, C6Í300;

total das listas acima, 42(l$900; to-;tãl das assignaturas acima, 294$;venda dos comitês do Rio o dos Es-tados 334$900; venda avulsa do 1.361jornaes a 60' réis, Sl$800>; Isauro(junho), 12$000. Total, l:2i.5$900.,

Despezas: Sellos do expedição epropaganda 22Í300; viagens extraor-din:i,rlas, '3$; enveloppes, .1$300; cx-.-pedidor, 20$; carregador, 3Í; aju-danto do expedYdõr', 2$500; composi-cão e impressão do n..9. -100$; 1 bo-bina para o ui.. 9, 208$; des-pezas cm.Pernamhuco, 3$500; idem, cin San-,tos, 2$; carreto, -5$. Total: 070Í800'.

"Resumo

ao

1-.215Í900'G70$600

Saldo ...... 545Í300AOS VENI>F_>ORES NOS PONTOS

Pedimos a fineza de conservar ojornal aberto todos os 7 dias. {

COMITÊS PBO'-"A CDASSE ÒPE-KARIA"

Formaram-se mais 2: um em Ma-ceio e o outro no Recife. v

VM DIA DE TUABADHOVários companheiros padeiros

offereceram um dia de trabalhoA CDASSE OPERARIA.

Trabalhadores do Brasil, imitaigesto dos padeiros do 'Rio! ¦__

M.TSCT!__\XEl_Aos que receberem o jornal, pe-

diinos a fineza da -mandar pagar aassignatura o mais breve possível.

Aos encarregados do listas, pedl-imos quo as dovplyam.

Aos pacoteiros do Rio, lembramosquo as contas devem ser prestadastodas as semanas.

Aos pacoteiros dos Eslados, lém-bramos quo as contas devem serprestadas de 15 em 15 dias.

Toda o qualquer quantia devo serremettida em valo postal, registra-do com valer ou cheque, do BancoCom merclal do Estado do S. Paulo,para A. A. Brasil do Mattos,Marechal Floriano n¦Rio âè Janeiro.

24 -dtt dunho de 1925nislrudbr.

172, 1"rua

xndar.

25. — O adml*

Luiz Destrade, 5$: R. Tfaraslk. 5$:Abrahão, 5Í; Agnús, 2$. Total,. .'..20SOOO.

Dista 200. Antônio Gonoalvea (diarto trabalho),*"8,'": Constantiiio Macna~ rosi"**T * f>f; .CninltSnor,

900; Pauio Canuto,4$; José Pinto, 2$; Possidonlo San-tos, 4$; Centro Operai-lo Sergipano,2$; Maria Ferreira da Sliva, lí; F.Teixeira, 3$: Agostinho Vaz, 1$; 3.Neves, 1$; C. de Souza, 1$; A. P.A., 3$; Anonymo, tí: HenriquoSchames, 3$..

'Total, 74$900.

Os 25Í0OO dos dedicanos com-panheiros de -"O Paiz" foram assimobtidos: Magalhães, 1$;' Da lla Dea,1$; Medina, 1$: Otiion, 1$; Rodri-

ues, l$i_Alfi-odo dos Santos. 1$:

Ap administradordos Correios de

PernambucoCommunicamo-vos que,tendo, enVia-

do para o ReciTe, 200 exemplares don. 3 da A CLASSE OPERARIA, oadestinatários só receberam 80. Nou-tra remessa, desappai-eceram 25.

Communicamo-vos tambem que,na vossa repartição, não so aceitamvales dirigidos ao nosso dlrcctor, sópor causa das duiis inlciaee: "A_. A."Ora, acabamos de vir da secção dovales postaes do Correio Gorai, onde.nos eommunicarum não ter sentidotal recusa. Conimilhicamos maisquo temos recebido quantias divorsa-ado vários Estados (S. Paulo, Minas,Espirito Santo) e que só Pernambu-co é que -poss obstáculos. Assim,solicltamo-vos -providencias immo-dlatas.

Snortburgueze sportoperário

A classo capitalista detêm actual-¦mente em< smas mãos toda a engre-aiageni íkioti-tlva, .nacional -o Inilea--nacional. Só na Rússia o sport, sema pressBo capitalista, é exercido poruma necessidade dos jovens opera,rios. E os exorcicios athleiticos oHflo por Itodos cs trabalhadores.Mas, nos outros paizes, onde dominao capitalismo, os operários sportis-tas servem do instrumentos dóceisnas anãos da classe dominanteAqui, no Rio do Janeiro, vimos hatempos a scisão havida em uma dasligas liua-guiezas de fo-cit-ball, nas-cendo dessa seísão uma nova entlda-de, alia«, ainda mais capitalizada.Applicando o marxismo, a thooriado proletariado, a essa luota sporti-va •burguezá, concluiremos que amaioria capitalista procura dominaro sport no Rio. Logo, ha supremaciade classe,

A scisão havida demonstrou queos chamados (pelos capitalistas)grandes clubs, pretenderam, c sepa-raa-am-so dos chamados "pequenos

clubs", porquo nas nssembléas daliga venciam sempre aa resoluçõesdos pequenos, em vista do havermais numero destes. E, emltro mui-tas resoluções, os grandes cluíbs re-solveram a não aceitação de "ope-

rarlos" o "genlo de côr".Agora, perguntamos aos opera,

rios se temos ou não necessidade deconhecer nesses Incidentes certasfôrmas da 'lueta do ciasse.

Não vedes, camaradas, quo vosapartaram?

Pois, proletarizemos os clubs,para que, unidos economicamente,no partido dos trabalhadores; pos-sa-mos enfrentar a classo dominan-te Os operários sportistns.

José Torres, 1$: Barros. $500; Aiffonso, $500; Vieira, $500; MaximianoBastos, $500; Costa, $500; Waldemar,$500; Deodpro, $500; Capellani, $500;Eugênio, $500; Agenor, $500; Gul-lherme. $500; Conrad-a, $500; Leal,$.500; Tortuliano. $500; Frederico,$500; Sohmidt, $500; Mala, $500:filhristò; $500; Carvalho, $500; RaulMenezes, $500; João Bastos $500:Olymoio, $500; Jorgo Costa, $500;Godofredo, $500; Pennafort 1500;Nelson, $500; Cunha, $500; Ricardo,$500; .Gabriel, $500; Paiva, $500;Abdon $500'; Heitor Sodré, $500;Palnhas, $500; Reynaldo, $500; Soa-res, $500; Ângelo, $500; Pedrosa,$500, e Armando. $400..

ASSIGXANTES

Como no tempo daescravatura

(Ha dias, um dos nossos compa-nheiros foi saber da situação dosoperários da .fabrica do telhas Lu-dolf.. Dã recebeu as maiores quel-xas contra os patrões. Eis, porém,quo uma pessoa de confiança velu,procurar-nos para communicar-nogquo o nosso companheiro não devo-ria ir mais lá, visto quo os donos da,fabrica o mandariam prender. Es-tes burguezes allemães julgam quc o.Brasil é alguma colônia do kaiser.,Prender? Por que? E' crime rece-bormos os queixas dos nossos com-panheiroii? Enganaí-vòs. Os ope-rarlos não são vossos escravos-'.

0N.8

340, Josepha Peixoto,'2$ ; 341, San-tos Taussi, 2$; 342, Galileu Alves dcSouza, 2$; 343, Antônio de Araujo,2$; 344, Augusto Frankinl, 2$; 345,Danto Marquotto, 2$; 340, SebastiãoPaes Leme, 2$; 347, Paulino Rubendo Lemos, 4$;. 348,'.Samuel Ursulino,4$; 349, Manoel Pires Carneiro daCunha, 4$; 350, Antônio Luiz; dosSantos, 4í; 351, S. Uinlão OperariaBeneficente, 4$; 352, Francisco Bar-bosa, 4$; 353, Paulino Seraphim desSantos, 4$; 354, Firmo Pacifico dòAndrade, 2$; 355, Manoel MessiasFerreira, 2$; 35G, João Pereira Go-mos, 2$; 357, Manoel Luiz dos Sa'ii-tos, 2$; 85S, José Francisco Lima,2$; 359, Pedro Mattos, 2$; 360, El-pidio Menezes, 2$; 301, Manoel Júlioda Silva, 2$; 302, Manoel Fraiiltlinda Rocha, 2$; 363, Antônio SiqueiraAlves, 2$; 364, Sérgio Nogueira, 2$;365, João Almeida, 2$; 360, AnthcroT. do Menezes, 2$; 367, ClodomlrSilva, 2$; 368, Pedro Nery, 2$; 369,Mariano Salmeron, 2$; 370, JoséFreire Conceição, 2$; 371, EtolvinoP. Almeida, 2$; 372, Secundo Silva,2$; 373, José Novaes, 2$; 374, Ma-noel Messias dos Santos, 2$; 375,Celso Bomflm, 2$; 376, CScrvasioBarreto, 2$; 377, Pedro Lima, 2$;378, Associação R. dos Cochelros C. o

O n. S da A CISASSE OPERARIAfoi osct-lpto por cinca graphlcos, cin-co mctallurglcos, um cozinheiro, doismaritimos, dois tecelões, dois opera-rios em cónstrucção civil, mn can-teiro; dois vassoureiros, um trabalha-dor do cães do porto, um trabalhadorem fabrica de enxadas, dois benefi-ciadores de fumo, dois garçons, doisalfaiates, dois barbeiros, uni tiniu-reiro, quatro empregados no com-mercio o um operário do fabrica doproduetos chimicoa.

Tintura*ria e Al-faiatariaFortaleza

D-vagem ohlmlca. Tingcni-se o llm-pami-sc todns as qualidades dc fa-zendaí?, qualquer quc seja a côr.Tira o mofo dns fazendas. Fazem-seo coiicertaiu-se roupas sob medida.O iiassamento a ferro ó seniprofeito com perrclcão. Caslinints doprimeln^. ordem.

Fernando CarrasGoTinge-se para luto em 24 horr.l

Attende-se a clininiitdos^—Tel. C.30, RUA DA MTSERICORD""'

(Próximo ú. igreja d,' *RÍO "-"-vi.A'

MUTILADO!..__.