Upload
phunghuong
View
218
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
1
A concepção e os mecanismos para a criação da Agência Goiana de
Inovação, para o desenvolvimento tecnológico e inovador das
potencialidades produtivas das cidades goianas
Autora: Danúsia Arantes Ferreira Batista de Oliveira1
Co-autores: Bruno Alencar Pereira2
Aline Figlioli3
Danilo Medina Vieira4
Sônia Regina Gouvêa Rezende5
RESUMO ESTRUTURADO
Objetivos
Evidenciar a concepção teórico-prática para a criação da Agência Goiana de Inovação,
integrando a Academia, o Governo, o Setor Produtivo e a Sociedade. Demonstrar a futura atuação
da AGI no fortalecimento das potencialidades do desenvolvimento tecnológico e do
empreendedorismo inovador nas cidades goianas, objetivando estimular a geração do cenário
inovador e competitivo para o desenvolvimento socioeconômico e tecnológico do Estado de Goiás.
Forma de abordagem/metodologia
A metodologia prevê o desenvolvimento do estudo teórico-prático para a formalização
do diagnóstico situacional das possibilidades instaladas nas macro e meso regiões,
objetivando a identificação das potencialidades para o desenvolvimento tecnológico e do
empreendedorismo inovador nas cidades goianas, assim como dos mecanismos a serem
instituídos para tanto.
Resultados alcançados
Os resultados produzidos pelos estudos e sistematizados no presente artigo
possibilitarão dados, informações e fundamentos teóricos importantes e balizadores para o
processo de desenvolvimento da Agência Goiana de Inovação - AGI e de políticas públicas de
fomento à inovação tecnológica como propulsoras de desenvolvimento e crescimento das
políticas de Estado e do setor produtivo, com vistas a impulsionar o ambiente de inovação
regional.
Originalidade do trabalho
A concepção da Agência Goiana de Inovação por meio da efetiva articulação da tríade
acadêmica ensino-pesquisa-extensão e da hélice quádrupla governo-academia-setor
produtivo-sociedade, com o objetivo de promover a aproximação entre tais atores visando à
transferência do conhecimento e, como consequência, o fortalecimento da capacidade de
inovação das cadeias produtivas do Estado.
Palavras chaves: Agência de Inovação, Desenvolvimento tecnológico, Empreendedorismo
Inovador, Desenvolvimento Regional.
1 Mestre em Educação, UEG, Anápolis-GO, (62) 3328-1110, [email protected] 2 Especialista em Gestão Estratégica de Negócios, UEG, Anápolis-GO, (62) 3328-1170, [email protected] 3 Doutora em Administração, SECTEC/RGI, Goiânia-GO, (62) 3201-5225, [email protected] 4 Bacharel em Economia, CEF, Goiânia-GO, (62) 3259-3845, [email protected]
5 Mestre em Administração, UEG, Anápolis-GO, (62) 3328-1110, [email protected]
2
The conception and the mechanisms for the creation of Innovation Goiana
Agency- IGA, to the technological and innovative development of potential
and productive cities in Goiás
Authoress: Danúsia Arantes Ferreira Batista de Oliveira1
Co-authors: Bruno Alencar Pereira2
Aline Figlioli3
Danilo Medina Vieira4
Sônia Regina Gouvêa Rezende56
STRUCTURED ABSTRACT
Objectives
Highlight the theoretical and practical conception for the creation of Innovation
Goiana Agency, integrating the Academy, the Government, the Productive Sector and the
Society.
Demonstrate the future performance of the IGA to strengthen the technological
development potential and innovative entrepreneurship in Goiana cities, aiming to stimulate
the generation of innovative and competitive scenario for the socioeconomic and
technological development of the State of Goiás.
Method of approach / methodology
The methodology includes the development of theoretical and practical study for the
formalization of the situational diagnosis of the installed possibilities at macro and meso
regions, aiming at the identification of the technological development potential and innovative
entrepreneurship in Goiana cities, as well as the mechanisms to be instituted to both.
Results
The results produced by studies and systematized in this article will enable data,
information and important theoretical foundations, and also indicators for the development
process of Innovation Goiana Agency – IGA and public policies that foster technological
innovation as drivers of growth and development of State policies and productive sector,
aiming to boost regional innovation environment.
Originality of work
The conception of the Innovation Goiana Agency- IGA through effective articulation
of inseparability academic triad: Teaching-Research-Extension and the Quadruple Propeller:
Government-Academia-Productive-Sector Society, with the aim of fostering closer links
between these actors for the transfer of knowledge and as a result, to strengthen the
innovation capacity of the productive chains of the State.
Keywords: Innovation Agency, Technological Development, Innovative Entrepreneurship,
Regional Development
1 Mestre em Educação, UEG, Anápolis-GO, (62) 3328-1110, [email protected] 2 Especialista em Gestão Estratégica de Negócios, UEG, Anápolis-GO, (62) 3328-1170, [email protected] 3 Doutora em Administração, SECTEC/RGI, Goiânia-GO, (62) 3201-5225, [email protected] 4 Bacharel em Economia, CEF, Goiânia-GO, (62) 3259-3845, [email protected]
5 Mestre em Administração, UEG, Anápolis-GO, (62) 3328-1110, [email protected]
3
INTRODUÇÃO
A Agência Goiana de Inovação - AGI, órgão da Universidade Estadual de Goiás -
UEG vinculado à Secretaria de Ciência e Tecnologia - SECTEC, sendo fisicamente instalada
no Campus Henrique Santillo da Universidade Estadual de Goiás - UEG em Anápolis-GO.
Atuará como um agente catalisador do desenvolvimento tecnológico inovador e industrial do
Estado de Goiás, tendo como principal objetivo integrar a academia, governo, setor produtivo
e sociedade, em prol de novas tecnologias, transferência do conhecimento técnico-científico e
do empreendedorismo inovador gerado pelo Estado de Goiás, bem como proporcionar e
garantir a capacitação e o desenvolvimento de recursos tecnológicos e humanos.
A Universidade Estadual de Goiás conjuntamente com a SECTEC, a Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás - FAPEG e em cooperação com a Agência USP de
Inovação, por meio da AGI, adotará medidas de incentivo à pesquisa científica e tecnológica
nas atividades produtivas, com vistas à obtenção da autonomia tecnológica, capacitação e
competitividade no processo de desenvolvimento industrial do Estado de Goiás de acordo
com o estabelecido na Lei Goiana de Inovação - Lei Estadual n.º 16.922, de 08/02/2010 e Lei
Federal de Inovação - Lei Nº 10.973, de 02/12/2004.
A Universidade Estadual de Goiás atuará como agente fundamental para o
desenvolvimento da AGI, sendo uma Instituição de Ciência, Tecnologia e Inovação - ICTI do
Estado, autarquia estadual vinculada à SECTEC, órgão da administração pública estadual
direta, sendo a UEG instituição executora das atividades de pesquisa básica ou aplicada, de
caráter científico ou tecnológico.
A criação da AGI decorre das demandas e oportunidades locais e regionais,
promotoras da integração academia e setor produtivo, para o desenvolvimento de pesquisas
básicas e aplicadas, ações direcionadas ao campo da inovação tecnológica, constituindo-se
numa instância de articulação dos setores produtivos da sociedade. Atuará na
compatibilização de competências tecnológicas já instaladas ou a serem desenvolvidas no
ambiente acadêmico da UEG, em cooperação com a SECTEC, Agência USP de Inovação,
Instituições de Ensino Superior, ICTI’s, Núcleos de Inovação Tecnológica - NIT’s e Centros
de Inovação existentes, apoiando soluções que potencializem os diferenciais competitivos do
Estado de Goiás em relação aos demais estados brasileiros.
A AGI por meio da execução de seus objetivos promoverá a indução de políticas
públicas de fomento à inovação tecnológica, propulsoras de desenvolvimento e crescimento
do ambiente de inovação regional.
O ECOSSISTEMA DA INOVAÇÃO NO ESTADO DE GOIÁS
REDE DE INCUBADORAS E NIT’S
A Rede Goiana de Inovação - RGI assume a representação da rede de incubadoras e
dos Núcleos de Inovação Tecnológica existentes no Estado de Goiás, e conta com os seguintes
associados:
Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia - SECTEC
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás - FAPEG
Fundação de Desenvolvimento de Tecnópolis - FUNTEC
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI
Universidade Federal de Goiás - UFG
UniEVANGÉLICA - Centro Universitário
4
Universidade Estadual de Goiás - UEG
Uni-Anhanguera Centro Universitário de Goiás
Secretaria de Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia de Aparecida de Goiânia/GO -
SICCT
Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação de Anápolis/GO - SEMCTI
Universidade Luterana do Brasil Itumbiara/GO - ULBRA
Pontifícia Universidade Católica de Goiás - PUC-GO
Universidade de Rio Verde - UniRV
Incubadora de Empresas de Goianésia/GO - TECNOTEX
Comunidade Tecnológica de Goiás - COMTEC
A RGI foi criada em 05 de Abril de 2005 com o objetivo de integrar e apoiar as
incubadoras de empresas do Estado de Goiás, no ano de 2012 foi ampliado em seu
planejamento estratégico a sua área de atuação, contemplando o apoio e integração dos NIT’s
goianos. Sobre a estruturação dos NIT’s no Estado de Goiás, destaca-se a Universidade
Federal de Goiás - UFG, instituição que encontra-se com o NIT implantado e
institucionalizado. No ano de 2012 a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás -
FAPEG publicou a Chamada Pública nº 14/2012 para apoio à criação, estruturação e
manutenção de Núcleos de Inovação Tecnológica, responsáveis pelo gerenciamento da
política de inovação das ICTI’s sediadas em Goiás e, consequentemente, fortalecer o
desenvolvimento socioeconômico sustentável do estado.
Em dezembro de 2012 foi publicada a relação das ICTI’s contempladas pelo Edital
sendo elas: Universidade Estadual de Goiás - UEG (Anápolis/GO), Universidade Federal de
Goiás - UFG (Goiânia/GO), Universidade Luterana do Brasil - ULBRA (Itumbiara/GO), PUC
GOIÁS (Goiânia/GO), Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA (Anápolis/GO),
Universidade Salgado de Oliveira - Universo (Goiânia/GO) e o Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia de Goiás - IFG (Goiânia/GO). Os recursos encontram-se
disponibilizados para as instituições contempladas. Portanto, no ano de 2013, o Estado de
Goiás contará efetivamente com 7(sete) NIT’s instalados em suas respectivas ICTI’s.
PROGRAMA GOIANO DE PARQUES TECNOLÓGICOS - PGTec
O Governo de Goiás instituiu no ano de 2010 o Programa Goiano de Parques
Tecnológicos - PGTec, sob a gestão da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia -
SECTEC, com a finalidade de incentivar a implantação de Parques Tecnológicos no Estado de
Goiás, nos termos do art. 19 da Lei nº 16.922, de 08 de fevereiro de 2010, como estratégia
para a implementação de investimentos em pesquisa e a apropriação de novas tecnologias
geradoras de negócios e viabilizadoras de competitividade econômica.
Os Parques Tecnológicos serão implantados na forma de projetos urbanísticos e
imobiliários que delimitam áreas específicas para a localização das respectivas entidades.
O alinhamento com a política estadual de ciência, tecnologia e inovação e os requisitos
estabelecidos na lei supracitada são diretrizes básicas para a inclusão de Parques Tecnológicos
no PGTec.
Os Parques Tecnológicos integrantes do PGTec devem ter os seguintes objetivos:
I - promover a cultura da inovação, competitividade e capacitação empresarial, com
vista ao incremento da geração de riqueza;
II - agregar empresas de base tecnológica e instituições de pesquisa e
desenvolvimento, de natureza pública ou privada, com ou sem vínculo entre si;
5
III - incentivar a interação entre as empresas de base tecnológica, as instituições de
ensino, pesquisa e desenvolvimento e as incubadoras de empresas com atividades
intensivas em ciência, tecnologia e inovação;
IV - apoiar as atividades de pesquisa científica e tecnológica nas atividades produtivas;
V - propiciar o desenvolvimento do Estado de Goiás, por meio da atração de
investimentos em atividades intensivas em ciência, tecnologia e inovação.
O primeiro Parque Tecnológico Multissetorial do Centro-Oeste será instalado no
município de Anápolis/GO, dentro do Distrito Agroindustrial de Anápolis - DAIA,
transformando-o em um dos maiores e mais modernos distritos agroindustriais do Brasil. O
empreendimento será construído em uma área aproximada de 6 milhões de metros quadrados.
REDE CENTRO-OESTE DE NÚCLEOS DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA - REDE NIT-
CO
A Rede NIT-CO tem como objetivo estruturar um arranjo dos Núcleos de Inovação
Tecnológica das Instituições Científicas e Tecnológicas da região Centro-Oeste, com
finalidade de fortalecer os NIT’s já implantados e apoiar a estruturação dos Núcleos
nascentes, por meio de capacitação, do compartilhamento de recursos e experiências de
difusão de boas práticas, com vistas ao desenvolvimento sustentável e a maior
competitividade na região.
O Estado de Goiás tem sua representatividade na Rede Centro-Oeste de NIT’s com
participação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás - FAPEG e Universidade
Federal de Goiás - UFG. Além dos representantes goianos a Rede é composta pela
Universidade Federal da Grande Dourados - UFGD, Universidade Federal de Mato Grosso do
Sul - UFMS, Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT, Centro Federal de Educação
Tecnológica de Mato Grosso - CEFET/MT, Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia de
Mato Grosso - SECITEC/MT, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso -
FAPEMAT , Fundação Universidade do Estado de Mato Grosso – FUNEMT, Universidade de
Brasília - UnB, União Brasiliense de Educação e Cultura – UBEC e Fundação de Apoio à
Pesquisa do Distrito Federal - FAP/DF.
A CAPILARIDADE REGIONAL PARA UM CENÁRIO INOVADOR: O PAPEL DA UEG
NO ECOSSISTEMA DE INOVAÇÃO
O potencial de riquezas instaladas nos 246 municípios das mesorregiões e
macrorregiões do Estado de Goiás e o projeto de desenvolvimento e crescimento existente
induzem a criação e o fortalecimento de uma Rede de NIT’s. A UEG com o seu modelo de
expansão pela interiorização destaca-se pela capilaridade por estar presente em 39 municípios
com 42 Unidades Universitárias instaladas, atendendo demandas locais e regionais. A
capacidade instalada da UEG apresenta a ambiência favorável para a criação da AGI e a
promoção da Rede de NIT’s do Estado de Goiás, considerando a interação academia-governo-
setor produtivo-sociedade.
A capilaridade da UEG possibilita a disseminação da inovação tecnológica no Estado,
fomentando um ecossistema de inovação, com a integração de stakeholders objetivando
estimular relações institucionais entre empresas, agentes de inovação, instituições de ensino
superior, aproximando centros de criação e difusão do conhecimento dos diferentes setores
institucionais.
6
Universidade Estadual de Goiás (Unidades Universitárias)
INTERAÇÃO ENTRE ACADEMIA, PESQUISA E O SETOR PRODUTIVO
Agência Goiana de Inovação - AGI congrega o conjunto de atores, ações e
mecanismos para o fomento do processo de inovação e empreendedorismo do Estado de
Goiás a partir do acordo de cooperação entre UEG, Agência USP de Inovação e SECTEC,
com incentivo e fomento da FAPEG.
A concepção da AGI estrutura-se a partir da articulação da tríade acadêmica ensino-
pesquisa-extensão e da Hélice Quádrupla governo-academia-setor produtivo-sociedade, com o
objetivo de promover a aproximação entre tais atores visando à transferência do
conhecimento e, como consequência, o fortalecimento da capacidade de inovação das cadeias
produtivas do Estado. O foco da atuação da Agência é a promoção de esforços inter e
multidisciplinares na busca de soluções para as demandas da sociedade em termos de
desenvolvimento econômico, tecnológico, social, ambiental e cultural.
A Hélice Quádrupla é formada por quatro cadeias governo-academia-setor produtivo-
sociedade orientadas na mesma direção. O modelo inclui a sociedade, além da tradicional
combinação de agentes da inovação: governo, academia, setor produtivo (Hélice Tripla).
Segundo o posicionamento apresentado pela CLIQ - Creating Local Innovation, também a
7
sociedade civil, os cidadãos devem ser incluídos como motor da inovação nas cidades e
regiões.
A Hélice Quádrupla é um projeto que visa o fortalecimento de
políticas e capacidade das autoridades locais e regionais de apoio
à inovação de forma mais eficaz em cidades de médio porte. O
modelo de cooperação interativa de governo, universidades e
empresas é essencial para inovação nas sociedades baseadas no
conhecimento. O projeto CLIQ tomou o conceito Hélice Tríplice
para um novo nível, a adição de um quarto componente - a
sociedade civil. (CLIQ - Creating Local Innovation, 2008)
O modelo de interação e integração da universidade e sociedade se viabilizará de duas
maneiras: a primeira delas se concretizará cotidianamente por meio da identificação dos
saberes disponíveis nas diversas áreas de conhecimento da Universidade, a segunda
identificando as demandas externas advindas da sociedade que fomentem o desenvolvimento
de pesquisas básicas e aplicadas. O modelo Hélice Quádrupla adotado para a criação da AGI
objetiva buscar soluções para problemas existentes que contribuem para o processo de
desenvolvimento e crescimento do Estado.
A Hélice Quádrupla estabelece a inter-relação governo-academia-setor produtivo-
sociedade, propondo a melhoria contínua das ligações internas e externas dos seguimentos
que compõe a hélice, valorizando o posicionamento de cada stakeholder na cadeia de valor,
em prol da colaboração que viabilize a criação e o fortalecimento de núcleos e agentes
inovadores.
CARACTERIZAÇÃO DA AGÊNCIA GOIANA DE INOVAÇÃO - AGI
A AGI, catalizadora do desenvolvimento tecnológico inovador e industrial do Estado
de Goiás, implementará ações estratégicas em prol da disseminação da Hélice Quádrupla,
potencializando novas tecnologias, transferência do conhecimento técnico-científico e do
empreendedorismo, por meio dos seguintes objetivos:
Divulgar e disseminar a cultura do empreendedorismo inovador, do desenvolvimento
tecnológico, da propriedade intelectual e da transferência tecnológica no âmbito
estadual;
Tríade Acadêmica
ensino-pesquisa-extensão
Hélice Quádrupla
governo-academia-setor produtivo-sociedade
8
Identificar pesquisas básicas e aplicadas dos pesquisadores da UEG, SECTEC,
Agência USP de Inovação, Instituições de Ensino Superior, ICTI’s, NIT’s, Centros de
Inovação existentes no Estado e demais agentes de inovação;
Prospectar pesquisadores e demais agentes de inovação para cooperação e colaboração
da Agência;
Identificar no setor produtivo serviços ou produtos de caráter inovador passíveis de
ações relacionadas à Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) a serem realizadas pela
Agência;
Cuidar do processo de desenvolvimento de tecnologia e proteção da propriedade
intelectual, atendendo às demandas existentes principalmente do setor produtivo;
Orientar a comunidade acadêmica e setor produtivo dos trâmites da proteção da
propriedade intelectual e da transferência tecnológica;
Gerir o processo de proteção das tecnologias durante sua vigência;
Promover convênios com o setor produtivo para a geração e transferência de
tecnologia;
Constituir-se um mecanismo estratégico dentro do Estado de Goiás para o
desenvolvimento de inovação e extensão tecnológica;
Estabelecer contratos/convênios com empresas do Estado que tenham interesse em
investir na pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias;
Prestar serviços e capacitar equipes internas e externas, como também elaborar
estratégias para aprimorar os mecanismos de identificação, tanto das demandas
externas por soluções tecnológicas, quanto das pesquisas de interesse aos diversos
setores industriais;
Incentivar a cultura da educação empreendedora e tecnológica com inserção de
disciplinas nos cursos acadêmicos relacionadas ao empreendedorismo, propriedade
intelectual e transferência de tecnologia, como complemento da atual formação
tecnológica, visando adequá-la à nova realidade do contexto competitivo nacional e
internacional;
Criar estratégias de marketing para a exploração econômica para o licenciamento e
venda das patentes de invenção, modelos de utilidade, indicação geográfica, marcas,
desenho industrial, que são desenvolvidos no âmbito estadual;
Promover a capacitação do corpo acadêmico e pesquisadores responsáveis pela
interação com o ambiente externo, notadamente com empresas, no que diz respeito às
técnicas de negociação de tecnologia, com ênfase em novos projetos e na interação
academia/empresa;
Sistematizar e orientar a busca de informações sobre oportunidades de interação
internas e externas;
Conectar as demandas da sociedade com a capacidade existente;
Elaborar e zelar pela manutenção das políticas institucionais de proteção do
desenvolvimento e dos resultados de pesquisas científicas e tecnológicas no âmbito
estadual;
Promover a integração da UEG com a comunidade e setor produtivo para geração e
transferência de tecnologias;
Gerenciar o encaminhamento das soluções;
Abrir canais de comunicação com fontes externas provedoras de recursos;
Proporcionar e garantir a capacitação de recursos humanos de qualidade, por meio de
cursos específicos e continuados relacionados à temática da gestão da inovação e
tecnológica, como também cursos técnicos para potencialização das competências
demandadas, treinamentos on company, visitas-técnicas, participação em eventos, etc;
9
Promover o spin-off acadêmico. Segundo Shane (2004), o spin-off acadêmico (SOA) é
uma empresa criada para explorar uma propriedade intelectual gerada a partir de um
trabalho de pesquisa desenvolvido em uma instituição acadêmica;
Manter banco de dados atualizado de tecnologias, a serem comercializadas, da UEG,
SECTEC, Agência USP de Inovação, demais Instituições de Ensino Superior, ICTI’s,
NIT’s, Centros de Inovação existentes no Estado e de outros agentes, observado o
período de confidencialidade exigido para cada caso;
Criar um banco de dados para receber as informações provenientes de pesquisas
passíveis de desenvolvimento e proteção;
Disseminar o conceito e promover a Inovação Aberta (Open Innovation) que permitam
sua sistematização e seu desenvolvimento no Estado. Segundo Chesbrough (2013), o
conceito de Open Innovation se baseia na utilização de caminhos internos ou externos
para avançar no desenvolvimento de novas ideias e tecnologias;
Implantar sistemas de inovação, proteger o conhecimento inovador e produzir e
comercializar invenções, colaborando para o desenvolvimento socioeconômico e
tecnológico do Estado;
Assegurar proteção aos resultados das pesquisas, diretamente ou em parceria com
instituições públicas ou privadas, nos termos da legislação relativa à propriedade
intelectual;
Formalizar instrumentos jurídicos para transferência de tecnologia e para outorga do
direito de uso ou de exploração de criação, nos casos em que não convier a exploração
direta e exclusiva da tecnologia pela ICTI-GO;
Formalizar instrumentos jurídicos para o desenvolvimento de projetos de pesquisa e
inovação tecnológica, em regime de parceria com segmentos produtivos direcionados
para a inovação e otimização de processos empresariais;
Promover cursos e treinamentos especializados com foco no empreendedorismo
inovador;
Buscar fontes de financiamento nos órgãos de fomento ao desenvolvimento da
inovação tecnológica (programas federais, estaduais-Fap’s, municipais, internacionais
e de iniciativa privada) e captar recursos para os projetos envolvidos e para a própria
sustentabilidade;
Contribuir para o desenvolvimento de microempresas e pequenas empresas;
Implantar a infraestrutura física de serviços e tecnológica para atender às demandas
identificadas junto ao setor produtivo;
Incentivar e firmar parcerias de pesquisa conjunta com empresas e outras instituições
de ensino e pesquisa, públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos, nacionais ou
estrangeiras, visando à obtenção de inovação que viabilize a geração, o
desenvolvimento e a fabricação de produtos e sistemas;
Promover a comunicação e a difusão da inovação projetos estratégicos;
Promover a cooperação nacional e internacional para a promoção da inovação.
LOCALIZAÇÃO E INSTALAÇÃO
A localização prevista para a instalação da AGI está estrategicamente bem situada no
interior do centro-oeste brasileiro. A Agência será instalada no campus da Universidade
Estadual de Goiás - UEG em sua Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas -
UnUCET na cidade de Anápolis-GO, município considerado o “Trevo do Brasil”, pela
facilidade natural de integração da região com os demais centros consumidores do país.
10
Local de instalação da Agência Goiana de Inovação - AGI
A região de implantação está situada a 55km de Goiânia-GO, capital do Estado de
Goiás, e a 154km de Brasília-DF, capital do Brasil. O posicionamento garante acesso ainda a
três rodovias federais, que cortam Anápolis: as BRs 060 (São Paulo/Brasília), 153
(Brasília/Belém) e 414 (Anápolis/Niquelândia).
AGÊNCIA
GOIANA DE
INOVAÇÃO
800m2
Distrito
Agroindustrial de
Anápolis - DAIA
Distrito
Agroindustrial de
Anápolis - DAIA
Ferrovia
Norte-Sul
Porto Seco
Centro-Oeste
UN
IVE
RS
IDA
DE
ES
TA
DU
AL
DE
GO
IÁS
- U
EG
11
O campus da Universidade Estadual de Goiás - UEG tem como vizinho limítrofe o
Distrito Agroindustrial de Anápolis - DAIA, distrito que tem se destacado no setor industrial
de Goiás, por abrigar grandes indústrias e atrair novos investimentos e, por oferecer total
infraestrutura. O DAIA abrange uma área de mais de 1700 hectares e conta com quase 100
empresas de médio e grande porte em pleno funcionamento, gera mais de oito mil empregos
diretos e apresenta perspectivas de novas instalações nos próximos anos, com destaque para
seu Polo Farmacêutico.
O DAIA também abrigará o primeiro Parque Tecnológico Multissetorial do Centro-
Oeste em fase de implantação por meio do Programa Goiano de Parques Tecnológicos -
PGTec.
Na região também encontra-se o Porto Seco Centro-Oeste que associa plataformas
multimodais rodoviárias e ferroviárias, pelas quais podem ser transportados os mais
diversificados tipos de cargas. O terminal interliga todo o mercado do centro-oeste a outros
pontos do país, transformando grandes distâncias em distâncias economicamente
competitivas.
MODELO DE GOVERNANÇA E COOPERAÇÃO COM A AGÊNCIA USP DE
INOVAÇÃO
O modelo de governança da Agência Goiana de Inovação - AGI visará apoiar de
forma ativa a concepção, estruturação e o modelo de gestão da Agência e o seu alinhamento
com as iniciativas estratégicas dos processos, procurando orientar o referido modelo para que
o seu desenvolvimento facilite a criação e implementação da Agência, como também a
operacionalização e concretização dos objetivos estratégicos.
A Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia - SECTEC e a Universidade Estadual
de Goiás - UEG em cooperação da Agência USP de Inovação, promoverá o intercâmbio e
aproximação dos atores, visando à transferência do conhecimento técnico-científico e know-
how da Agência USP de Inovação, para a concepção e o desenvolvimento da Agência Goiana
de Inovação - AGI e, como consequência, o fortalecimento da capacidade de inovação das
cadeias produtivas do Estado de Goiás.
A SECTEC atuará como mantenedora da Agência, a UEG atuará na operacionalização
técnico-científica e organizacional e, a Agência USP de Inovação atuará como apoio técnico-
científico para o desenvolvimento da AGI.
A realização deste projeto é um esforço multidisciplinar e multi-institucional entre os
atores envolvidos. O ambiente no qual a sua execução está inserida no âmbito local e em
âmbito externo em vários ambientes físicos e não físicos de universidades, centros de
inovação, pesquisa e empresas.
O plano de trabalho será operacionalizado por meio da cooperação técnica e científica
entre a Agência USP de Inovação, a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia - SECTEC
e a Universidade Estadual de Goiás - UEG. Em contrapartida, a Agência USP de Inovação
como resultado desse intercâmbio terá acesso a um conjunto de informações sistematizadas
sobre as potencialidades e riquezas técnicas, científicas e culturais do Estado de Goiás. A
cooperação prevê o fortalecimento da construção de conhecimento de forma colaborativa e
será implementada para o alcance das seguintes metas:
a) Estruturação da equipe de trabalho;
b) Elaboração da metodologia de trabalho;
c) Desenvolvimento de processos administrativos e jurídicos institucionalizados;
d) Estruturação organizacional da AGI;
e) Desenvolvimento do modelo de governança;
12
•Incubadora de Empresas de Base Tecnológia - PROIN.UEG
•Capacitação Empresarial e Industrial
•Núcleo de Empresas Juniores -NEJ/UEG
•Escola de Empreendedorismo
•Hotel de Projetos
•Coordenação de Inovação e Transferência de Tecnologia -CITT
•Laboratório de Biotecnologia e Nanotecnologia
•Disque Tecnologia (suporte às industrias e empresas)
•Pesquisadores
•Agentes de Inovação
•Escritório de Produção Científica
•Rede de pesquisa
•Grupos de pesquisa
•Banco de talentos
•Centro Vocacional e Mercadológico
•Escritório Central
•Assessoria Jurídica
•Assessoria de Comunicação
•Assessoria de Assuntos Interinstitucionais
•Assessoria de Projetos e Captação
•Assessoria de TI
Núcleo de Gestão Núcleo Acadêmico e
Profissional
Núcleo de Empreendedorismo
Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento
Tecnológico
f) Capacitação e qualificação da equipe;
g) Criação de projetos a serem desenvolvidos pela AGI;
h) Identificação da infraestrutura e tecnologias existentes ou a serem adquiridas e
instaladas;
i) Desenvolvimento acadêmico e científico
j) Desenvolvimento de componentes que a Agência USP de Inovação considere como
relevantes no processo de estabelecimento da Agência Goiana de Inovação - AGI.
Com a cooperação proposta pretende-se que as atividades executadas se convertam
para uma ação indutora de políticas públicas direcionadas ao processo de inovação
tecnológica no Estado de Goiás e sua interface com um grande centro de inovação, de
produção e geração de renda, permitirá o fomento para pesquisas e produção de conhecimento
contribuindo com o desenvolvimento e crescimento da temática no Estado.
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
A Agência Goiana de Inovação está organizada em 04 (quatro) núcleos estruturantes.
Os núcleos são subdivididos em escritórios, departamentos e recursos humanos para o
direcionamento das ações executadas, com destaque para a Coordenação de Inovação e
Transferência de Tecnologia - CITT e o Programa de Incubadoras - PROIN.UEG.
Conselho Técnico Científico
DIRETORIA
13
Conselho Técnico Científico
Conselho constituído por representantes de NIT’s de outras universidades, de
representantes do setor público, de empresários e da sociedade, entidades que integram a
massa crítica ao desenvolvimento tecnológico e inovação, como também pesquisadores e
demais profissionais com notório conhecimento técnico e científico das mais diversas áreas
do conhecimento.
Diretoria
Responsável pela gestão operacional, técnica, acadêmica e científica da Agência,
viabilizando a funcionalidade sistêmica das ações estratégicas e organizacionais com o
desenvolvimento da interação entre os núcleos estruturantes.
Núcleo de Gestão
Direcionado às atividades administrativas e funcionais da AGI e dos núcleos
estruturantes, organizado de forma a atender questões jurídicas, de comunicação, tecnologia
da informação, elaboração de projetos, captação de recursos, prospecção e relacionamento
com parcerias estratégicas e demais órgãos e demais ações relacionadas ao desenvolvimento
da Agência.
Escritório central - responsável pelo atendimento, direcionamento das demandas,
suporte administrativo e demais ações relacionadas.
Assessoria jurídica - responsável pela assessoria jurídica e operacionalização de
instrumentos legais da AGI e ações relacionadas.
Assessoria de comunicação - responsável pela comunicação e marketing da Agência e
suas ações, cuidar da imagem institucional, elaborar produtos dinâmicos de
comunicação para circulação interna e externa, como intranet, internet, novas mídias,
newsletter, informativos, murais, etc., além de trabalhar com informação jornalística
preparando press-releases (comunicados de imprensa), criar relações com outras
organizações de comunicação, promover e divulgar a cultura da inovação.
Assessoria de assuntos interinstitucionais - responsável pelo assessoramento
especializado da AGI e pela interação da Agência com instituições nacionais e
internacionais, por meio de cooperação, visita técnicas, parcerias etc.
Assessoria de projetos e captação - responsável pela elaboração de projetos gerais e
que visem à sustentabilidade da Agência e dos seus núcleos, como também a
prospecção e captação de recursos nas mais diversas fontes de fomento.
Assessoria de TI - responsável pelas diversas áreas da tecnologia da informação (TI)
existentes, como a manutenção de todo ambiente tecnológico, apoio aos seus usuários,
desenvolvimento de soluções tecnológicas que atendam a demanda interna e externa,
entre diversas outras atribuições.
Núcleo Acadêmico e Profissional
Direcionado às atividades acadêmicas e científicas da AGI, produção científica,
prospecção de pesquisadores/profissionais e acadêmicos que possam colaborar com o
desenvolvimento das ações da Agência, como também direcionamento vocacional de
acadêmicos ligados à área de inovação tecnológica e empreendedorismo inovador.
14
Pesquisadores - equipe de pesquisadores que atuem e colaborem para a área de P&D
da Agência, como também para a produção científica especializada.
Agentes de inovação - equipe de profissionais especializados para a operacionalização
e interação da Agência com os demais atores do processo de inovação e
empreendedorismo. Os profissionais envolvidos podem também, de forma contínua,
suscitar o debate referente ao tema e viabilizar ações inovadoras, bem como observar
possiblidades de parcerias junto outros segmentos e com a sociedade, disseminando.
Escritório de produção científica - responsável pela produção científica (artigos,
publicações, eventos etc) oriunda de ações e pesquisas desenvolvidas ou relacionadas
com a Agência, como também criação de um banco de dados, atualizado
periodicamente das pesquisas realizadas, auxílio na atualização e consolidação dos
grupos de pesquisa, linhas de pesquisa e pesquisas em andamento, suporte técnico
para a solicitação de auxílios, bem como para a captação de recursos para eventos
científicos etc.
Rede de pesquisa e grupos de pesquisa - equipe de pesquisadores organizados em rede
ou grupos que atuem na pesquisa de linhas relacionadas à inovação, desenvolvimento
tecnológico e empreendedorismo, podendo manter parcerias ou cooperação com redes
e grupos de pesquisas de instituições nacionais e internacionais.
Banco de talentos - tem por objetivo ser um banco de dados e de oportunidades para
profissionais, docentes e discentes que tenham capacidade técnico-científica e perfil
para ações e trabalhos relacionados ao desenvolvimento tecnológico e à inovação.
Centro vocacional e mercadológico - responsável pelo direcionamento de discentes
(acadêmicos e egressos), como também para colaboradores de empresas e indústrias
para o seu melhor enquadramento no campo mercadológico ou na própria
organização.
Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico
Direcionado às atividades de pesquisa aplicada e desenvolvimento de tecnologias, com
instalação de laboratórios e profissionais capacitados, atendimento às demandas industriais e
empresariais envolvendo a inovação tecnológica, como também gerenciamento da
propriedade intelectual gerada e questões relacionadas à transferência de tecnologia.
Coordenação de Inovação e Transferência de Tecnologia - CITT - A missão da CITT é
ser facilitadora da interação tecnológica da AGI com a comunidade interna e externa.
Na área da Propriedade Intelectual a CITT será a responsável institucional pela gestão,
desde os procedimentos para o registro de propriedade industrial até sua
comercialização ao setor produtivo.
Atuação da CITT nas áreas da propriedade intelectual:
15
Objetivos da CITT:
Apoiar os processos de negociação e comercialização das tecnologias desenvolvidas
por pesquisadores da AGI junto às empresas interessadas no seu licenciamento;
Responsabilizar-se pelo encaminhamento de registros de marcas e patentes aos órgãos
competentes;
Proporcionar e garantir a capacitação de recursos humanos de qualidade;
Promover eventos de difusão, em colaboração com as ICTI’s e setores da comunidade
externa, por meio da realização de seminários, workshops, encontros setoriais, etc.,
visando, desta forma, cumprir mais efetivamente o seu papel na interface com o setor
produtivo;
Formalizar a transferência de tecnologia da UEG e demais ICTI’s para outras
instituições, para fins de comercialização;
Estimular o pesquisador, por meio de participação nos ganhos econômicos auferidos
pela ICTI-GO com a exploração de criação protegida da qual tenha sido inventor ou
obtentor, de acordo com a legislação vigente, considerando-se ganho econômico
qualquer modalidade de benefício financeiro resultante da exploração direta ou
indireta de criação, deduzidos as despesas e os encargos decorrentes da proteção da
propriedade intelectual;
Atender à Lei Goiana de Inovação - Lei Estadual n.º 16.922, de 08/02/2010.
Estrutura organizacional interna da CITT
A estrutura organizacional da CITT foi concebida para atuar orientada às demandas
provenientes das ICTI’s, IES, FAPEG e do setor produtivo no Estado de Goiás, sendo
estruturada da seguinte forma:
Estrutura Organizacional da Coordenação de Inovação e Transferência de Tecnologia - CITT
ASSESSORIA DE TRANSFERÊNCIA TECNOLÓGICA (ATT)
ASSESSORIA JURÍDICA
ASSESSORIA DE PROJETOS
E CAPTAÇÃO DE RECURSOS
ASSESSORIA DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
ASSESSORIA TÉCNICO-
ADMINISTRATIVA
ASSESSORIA DE PROPRIEDADE
INTELECTUAL (API)
ASSISTENTE DE BUSCA DE PATENTES
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E
PÓS-GRADUAÇÃO (PrP) DA UNIVERSIDADE
ESTADUAL DE GOIÁS - UEG
COORDENAÇÃO DA CITT
16
Laboratório de Biotecnologia e Nanotecnologia - O laboratório participa como
elemento fundamental deste processo de inovação tecnológica através de pesquisa e
ensino de alta qualidade, almejando beneficiar as demandas do Estado de Goiás. Os
projetos de pesquisa do laboratório serão liderados por professores doutores,
profissionais e discentes, contando com possível financiamento de várias organizações
nacionais e internacionais.
Disque Tecnologia - atendimento rápido às demandas tecnológicas para os segmentos
da indústria, empresas, academia e sociedade, com portfolio de serviços oferecidos e
especialistas qualificados, além de solucionar dúvidas a respeito de propriedade
intelectual e transferência de tecnologias.
Núcleo de Empreendedorismo
Direcionado às atividades empreendedoras e disseminação do empreendedorismo
inovador, suporte e capacitação na área geral de negócios para indústria e empresas nas mais
diversas categorias, prospecção e suporte para projetos inovadores, promoção da educação
empreendedora na academia, para as organizações e comunidade, desenvolvimento de novos
negócios e oportunidades e desenvolvimento de empreendimentos inovadores.
Incubadora de empresas de base tecnológica: Programa de Incubadoras de Empresas
da Universidade Estadual de Goiás - PROIN.UEG - O PROIN.UEG é um Programa
de Incubadoras vinculado à Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis
da Universidade Estadual de Goiás, que atende empresas/projetos focalizados em
inovação e empreendedorismo. O Programa oferece infraestrutura básica para
funcionamento e um conjunto de suportes operacionais, administrativos, estratégicos e
tecnológicos, para empreendimentos a serem incubadas. O PROIN.UEG atua como
elemento indutor do empreendedorismo inovador, surgindo como habitat de inovação
da Universidade Estadual de Goiás, responsável pela interação entre os núcleos,
pesquisa e ações empreendedoras relacionadas. A incubadora de empresas da UEG
tem como filosofia o uso racional de infraestrutura econômica, científica e
tecnológica, de forma compartilhada, fato que proporciona elementos básicos à
viabilização, operacionalização e desenvolvimento de novas empresas, produtos e
serviços com vistas ao desenvolvimento local, regional e nacional.
Capacitação empresarial e industrial - portfolio de serviços oferecidos (cursos,
workshops, suporte etc) para o desenvolvimento empresarial e de gestão para
indústria, empresas, projetos e qualificação pessoal.
Escola de Empreendedorismo - responsável por ações de implementação da educação
empreendedora direcionada às instituições de ensino e organizações, como a
viabilização de ações extensionistas ou implantação de disciplinas de
empreendedorismo e inovação nas disciplinas de cursos regulares ou como atividades
complementares para a formação empreendedora do alunado e comunidade, e demais
atividades como incentivo à elaboração de projetos, plano de negócios, aplicação de
jogos empresarias etc.
Hotel de Projetos - responsável pela prospecção de projetos inovadores que possam se
converter em oportunidades de negócios direcionando-os para as respectivas áreas de
atuação da AGI, além de promover o suporte necessário para os proponentes.
Núcleo de Empresas Juniores - NEJ/UEG - é um Programa com caráter permanente e
interdisciplinar que atua diretamente no apoio para as empresas juniores da
Universidade Estadual de Goiás, promovendo atividades comuns dessas empresas,
17
sendo o Núcleo representativo do Movimento das Empresas Juniores (MEJ) da
Universidade Estadual de Goiás. Possui participação ativa no cenário goiano sendo co-
fundador da Goiás Júnior (Federação Goiana de Empresas Juniores), atuando na
promoção de diversas ações empreendedoras.
CONCLUSÃO
Os dados levantados e sistematizados sobre o ecossistema inovador existente no
Estado de Goiás evidenciaram que os vários agentes integradores desse ecossistema de
inovação apresentam importantes contribuições com suas respectivas competências instaladas
e objetivos articulados ao processo de inovação regional. Esta identificação consolidada no
presente trabalho agregou valor para a sedimentação do cenário favorável à constituição de
elementos aglutinadores para o alinhamento da concepção e etapas de criação da AGI.
Sobre a tríade acadêmica ensino-pesquisa-extensão, compreendemos que não existe
projeto de pesquisa, mesmo da mais pura pesquisa, sem finalidade e sem objetivos. Se há
finalidade e objetivos é porque é inerente ao ato de pesquisar as preocupações com a produção
de algum conhecimento, a divulgação dele e sua conversão em desenvolvimento tecnológico,
social e econômico. Se isso é inseparável da natureza da pesquisa, as práticas que segmentam
o fazer acadêmico em pesquisa, ensino e extensão não podem fazê-lo sem um grande cuidado.
Negligenciar qualquer um desses estágios da pesquisa, promover o desequilíbrio entre eles
enfraquece a universidade, porque em suma fragiliza a prática da pesquisa com seus acúmulos
históricos e suas demandas presentes. Diante do exposto, confirmamos que a academia é um
diferencial competitivo relevante para a criação da AGI, pois a academia constitui-se como
eixo articulador dos saberes necessários ao desenvolvimento de estudos, pesquisas e produção
de conhecimentos técnicos, científicos e culturais, balizadores do fazer científico disseminado
pela AGI junto aos integrantes da Hélice Quádrupla.
Os estudos delimitados na construção do referencial teórico do trabalho apresentaram
a relevância da Hélice Tríplice da inovação, contudo a ampliação do conceito e da prática
identificada na abordagem conceitual da Hélice Quádrupla pela CLIQ - Creating Local
Innovation evidenciou a relevância da participação efetiva da sociedade como importante
elemento da interação com governo-academia-setor produtivo.
A cooperação entre a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia - SECTEC, a
Universidade Estadual de Goiás - UEG e a Agência USP Inovação demonstrada no trabalho,
confirma a importância do intercâmbio e aproximação dos atores. A Agência USP de
Inovação diferencia-se pelo know-how vivenciado como habitat de inovação já consolidado,
assumindo na cooperação, posição de vanguarda e transferência do conhecimento técnico-
científico diferenciado para a concepção e o desenvolvimento da Agência Goiana de Inovação
– AGI. A SECTEC assume a atuação governamental, a UEG assume a atuação acadêmica,
segundo a concepção de inovação disseminada pela Hélice Quádrupla. O setor produtivo
encontra-se implicitamente presente no trabalho, por meio das demandas evidenciadas na
concepção dos estudos para a criação da AGI.
Os resultados produzidos pelos estudos e sistematizados no presente trabalho
possibilitarão dados, informações e fundamentos teóricos importantes e balizadores para o
processo de desenvolvimento da Agência Goiana de Inovação - AGI e de políticas públicas de
fomento à inovação tecnológica, como propulsoras de desenvolvimento e crescimento das
políticas de Estado e do setor produtivo, com vistas a impulsionar o ambiente de inovação
regional.
18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei Federal de Inovação - Lei Nº 10.973, de 2 de Dezembro de 2004. Secretaria de
Estado da Casa Civil. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2004/lei/l10.973.htm> Acesso 09/06/2013.
BRASIL. Lei Goiana de Inovação - Lei Nº 16.922, de 08 de Fevereiro de 2010. Secretaria de
Estado da Casa Civil. Disponível em
<http://www.gabinetecivil.goias.gov.br/pagina_leis.php?id=9286> Acesso 09/06/2013.
CHESBROUGH, H. W. Open Innovation: The New Imperative for creating and Profiting
from Technology. Boston, Massachusetts: Harvard Business School Press, 2003.
CLIQ. Creating Local Innovation Through a Quadruple Helix. Disponível em
<http://www.cliqproject.eu/en/cliq_project/?id=2> Acesso 04/06/2013.
GOIÁS. Minuta do projeto de criação da Coordenação de Inovação e Transferência de
Tecnologia - CITT, da Universidade Estadual de Goiás (UEG), 2012.
GOIÁS. Programa Goiano de Parques Tecnológicos - PGTec. Decreto Nº 7.731, de 17 de
Junho de 2011. Secretaria de Estado da Casa Civil.
GOIÁS. Regimento do PROIN.UEG - Resolução CsU N.019/2011da Universidade Estadual
de Goiás, 06/12/ 2012. Disponível em
<http://www.legislacao.ueg.br/?aplicativo=consulta_tipo_doc_legislacao&funcao=montar&v
ariavel=7923> Acesso em 09/06/2013.
GOIÁS- Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (SETEC). Programa Goiano de
Parques Tecnológicos (PGTec ) . Disponível em
<http://www.sigo.go.gov.br/post/ver/110397/programa-goiano-de-parques-tecnologicos-
pgtec> Acesso em 09/06/2013.
PERNAMBUCO. Porto Digital (Recife/PE). Disponível em <www.portodigital.org> Acesso
em 09/06/2013.
19
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL . Rede InovaPUC
(Porto Alegre/RS). Disponível em <www3.pucrs.br/portal/page/portal/inovapucrs/Capa>
Acesso em 09/06/2013.
RANGEL, REILLY. Parque Tecnológico de Anápolis – PGTec. Disponível em
<http://reillyrangel.com.br/2012/04/parque-tecnologico-de-anapolis-pgtec/> Acesso em
09/06/2013.
SHANE, S. Academic Entrepreneurship. University Spinoffs and Wealth Creation.
Cheltenham: Edward Elgar Publishing Limited, 2004.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Agência USP de Inovação (São Paulo/SP). Disponível
em <www.inovacao.usp.br> Acesso em 09/06/2013.
UNIVERSIDADE DE BRASILIA. Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da
Universidade de Brasília - CDT/UnB. Disponível em<www.cdt.unb.br> Acesso em
09/06/2013.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO. Coppe - Instituto Alberto Luiz
Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia. Disponível em <www.coppe.ufrj.br>
Acesso em 09/06/2013.