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Caros Irmãos:
Após as famosas e controversas férias maçônicas, voltamos com nosso Boletim
a fraterna presença dos Irmãos para deixarmos um pouco de cultura maçônica e in-
formações, que, sempre, almejamos seja útil a todos nossos leitores.
Neste mês de março estamos retomando nossas reuniões, que se realizam no
terceiro sábado de cada mês, nas quais estão todos sempre convidados, membros
ou não da Chico, para agregar mais luz a todos que dela participam.
Estamos partindo para mais um ano de nossa Loja de Pesquisas, o 18º desde o
ano de 1995, mais precisamente em 19 de novembro, data da realização de um
grande sonho de nosso idealizador Irmão HEITOR DUMONCEL PITTHAN, que não
mediu esforços para que tenhamos, hoje, um lugar para pesquisar e analisar, sob
vários pontos de vistas, nossa filosofia. Todos esperamos continuar a honrar a este
legado que nos foi deixado.
Iniciamos este ano com mudanças que são ditadas pelas eleições dos novos
dirigentes para os próximos anos. Passado o período das eleições para o Grão-
Mestrado do GORGS, aos quais, neste 31 de março de 2013, desde já saudamos os
eleitos, as Lojas, do GORGS, voltam-se para a eleição de seus cargos eletivos: Ve-
nerável, 1º e 2º Vigilantes, Orador, Secretário, Tesoureiro e Deputado na PALM que
ocorrerá em maio.
Por fim estamos disponibilizando o nosso Boletim de nº 68, com alguns textos
de valorosos Irmãos que, com os quais, buscamos poder estar contribuindo para es-
palhar mais conhecimentos e pontos de vistas que possam trazer mais luz e a possi-
bilidade de se debater dentro de nossos princípios de liberdade, fraternidade e tole-
rância e, na esperança de que os mesmos contribuam efetivamente para divulgação
da cultura maçônica.
Um TFA
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
EDITORIAL: "Retorno as Atividades em 2013”
Especiais:
Conhecimento Chico Social Reflexões Pesquisa
Chico da Botica
INFORMATIVO CHICO DA BOTICA Registro na ABIM nº. 18-B
AUG :. RESP :. LOJ :. “FRANCISCO XAVIER FERREIRA
DE PESQUISAS MAÇÔNICAS” - JURISDICIONADA AO GORGS
Ano 9, Edição nº. 068 Data: 31 de março de 2013
Editorial: "Retorno as Atividades em 2013”
A Evasão dos Irmãos nas Lojas - Irmão
João Bianco - Pág. 2 e 3
2
M INORIA LATENTE E O CONSENSUAL -
Irmão Artêmio G. Hoff-mann - Pág. 4, 5, 6 e 7
3
R eflexões: - 31 de mar-ço de 2013 - Páscoa -
Loja Francisco Xavier Fer-reira de Pesquisas Maçô-nicas - Pág. 8
4
A PEDRA - (autor des-conhecido) - Pág. 8
5
Nesta edição:
À GLÓRIA DO G A D U
Fundada em 19 de novembro de 1995
É apenas com o coração que alguém
pode ver corretamente;
o essencial é invisível para o olho.
Antoinie de Saint-Exupéry
Página 2
Informativo
CHICO DA BOTICA
ojá Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
Há muito venho percebendo o número reduzido de Irmãos em muitas Lojas. Por que será que isto vem ocorrendo? Será insegurança em sair à noite, devido à violên-cia urbana; problemas de saúde; decepção com alguns Irmãos ou com a Ordem; compromissos particulares; problemas financeiros; ou mesmo preguiça? Creio que ocorram todas essas alternativas.
Não estou aqui generalizando a situação, seja com relação à nossa Ordem ou aos Irmãos, nem tampouco causar querelas ou cizânias; estou apenas expondo meu pen-samento; que também não é um desabafo, e sim observações.
- Vejamos os fatores:
* Insegurança
Muitos Irmãos, principalmente os de idade mais avançada, quando não se encon-tram com problemas de saúde, evitam ir à Loja com medo de se expor à violência das ruas; por este motivo é que muitas Lojas já anteciparam seus horários de início dos Trabalhos, a fim de que terminem mais cedo.
* Decepção
A vaidade e as atitudes antimaçônicas são as grandes causadoras de nossas de-cepções. Todos nós sabemos que o que predomina em nossa liturgia é o simbolismo; porém muitos Irmãos se aproveitam disto e encaram nosso “juramento” também co-mo sendo “simbólico”. Desta forma, não cumprindo com seus juramentos, ou por des-caso ou por vaidade, entre outros, decepcionam muitos Irmãos, que acabam desani-mando-se e se afastando das Lojas, e, às vezes até da Ordem. E por falar em “vaidade”; muitos Irmãos quando ainda Aprendizes e Companheiros são pura humil-dade; porém quando vestem o Avental de Mestre Maçom, e ainda mais, quando ocu-pam cargos em Loja, vão perdendo a pureza da humildade. Será que a humildade está na candura do Avental branco? Se for este o caso acho que deveríamos come-çar pela ordem inversa, ou seja, para o Aprendiz daríamos aqueles Paramentos chei-os de pompas, e conforme o Irmão ia galgando os degraus suas indumentárias ficari-am mais simples até chegar ao Avental branco. (a todo o momento peço que se lem-brem de que não estou generalizando).
Muitos Profanos, quando descobrem que somos Maçons, perguntam logo (já res-pondendo): “Vocês se ajudam uns aos outros, não é?!”.
Infelizmente nem sempre é assim. Existem Irmãos que se desdobram para ajudar o outro, mas também existem muitos Irmãos que são capazes de ajudar um vizinho de porta, ou um colega do futebol; mas não ajudam um Irmão. Tem Irmão que nem diz o que faz; com medo que o outro venha a lhe pedir um favor. “Juramento Simbóli-co”; lembram?
- *Compromissos particulares
Muitos Irmãos adquirem compromissos particulares que os impedem ou prejudi-cam suas frequências em Loja; mas e o compromisso com a Ordem?
É claro que existem aqueles compromissos particulares como os familiares e pro-fissionais que devem estar em 1º plano; mas será que não dá para conciliá-los?
Quando o Irmão é Aprendiz e depois Companheiro, ele vem cheio de gás, vibra-dor, com fome de aprender; além disso, ele tem um prazo estabelecido para cumprir com suas obrigações para chegar até o Grau de Mestre Maçom. Nesta etapa não aparece nenhum compromisso particular mais importante do que a Ordem; será “coincidência”?
A fim de manter sua regularidade maçônica, com relação à frequência, esse Irmão não poderia freqüentar outra Loja temporariamente, ao invés de se afastar?
A Evasão dos Irmãos nas Lojas
* Irmão João Bianco
Aniversariantes:
ABRIL: Efetivos:
04 - ALMIR CASTILHOS DA
SILVA.
09 - MARCO ANTONIO
MACHADO.
Correspondentes:
01 - DANGLER TRAVASSOS
GUIMARÃES
05 - ORLEY ADEMAR IKERT
08 - PEDRO MOACYR MENDES
CAMPOS
15 - ANTONIO DO CARMO FER-
REIRA
19 - JOÃO QUINT
22 - ABSAI GOMES BRITO
27 - JORGE RODRIGUES DE
SENNA.
Aos aniversariantes!
Nossas
Felicitações!!!
CONHECIMENTO: Os quatro compromissos
(livro mexicano)
1º Seja implacável com a palavra dada. ...diga apenas aquilo que acredita ...Use o poder da palavra em direção da verdade e do amor
2º Não leve nada para o lado pes-
soal ... Seja sempre autêntico e verdadeiro
3º Não tire conclusões. ...Comunique-se com clareza,
sem dramas e sem mal-entendidos.
4º Sempre dê o melhor de si. ...Faça sempre o melhor e evi-
tará auto sofrimentos. Assim obterá só vitorias.
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Informativo CHICO DA BOTICA
- Ano 9 Edição 068 - 31 Mar. 2013 -
ojá Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
- *Problemas financeiros
Para muitos brasileiros a situação financeira nem sem-pre é confortável, isso acaba por deixar o Irmão com difi-culdades em cumprir com sua obrigação pecuniária com sua Loja e com a Ordem causando o seu afastamento.
Neste caso se o Irmão se dedica à Loja com afinco, entendo que a Loja, na medida do possível, tem que aju-dar este Irmão; pois ela estaria perdendo um Irmão valio-so, que se envolve com os Trabalhos da Loja; o verdadei-ro Obreiro “útil e dedicado”. Claro que a Loja precisa de Metais, mas ela sem Obreiros não funciona, e, conse-quentemente, não tem Tronco.
- *Preguiça – Um dos Sete pecados Capitais
Percebo que alguns Irmãos têm qualidades de um Ma-çom, mas não possuem aquele “espírito Maçônico”. São aqueles que entraram para a Ordem sem aquela firmeza do “querer ser”, e quando entram não se enquadram na dinâmica do “ser Maçom”; talvez não fosse aquilo que eles esperavam. Para esses Irmãos (normalmente Mes-tres) qualquer pedrinha no caminho é motivo para não irem às Sessões da Loja; ou é uma chuvinha, ou o frio, o calor, a calça que ele mais gosta está molhada no varal, e por aí vai.
Quando vão à Loja, assim o faz para que não levem uma bronca de seus Padrinhos, por estarem faltando mui-to às Reuniões; ou então porque receberam alguma liga-ção do Venerável, Tesoureiro ou Chanceler, cobrando-lhes frequência. E nas Sessões agem como se fossem o “arroz” de nossas refeições, que apenas acompanham o prato principal, ou seja, está ali apenas com o corpo, pois a mente e o espírito estão longe; tão longe que se há uma votação eles acompanham os outros, aprovando sem nem mesmo saberem do que se trata.
Esses não sabem fazer nada em Loja, pois não se preocupam em se envolver com nada, apenas pagam a Loja e vão eventualmente, para cumprir pelo menos com suas obrigações “mínimas” de freqüência, ou seja, vão uma vez a cada 90 dias.
Parte desta culpa são das Lojas que funcionam quin-zenalmente ou uma vez por mês; pois percebo que isso deixa muitos Irmãos mal acostumados (descansados).
Graças ao Grande Arquiteto nossa Ordem não é com-posta apenas de Maçons do tipo “arroz”, do tipo “vaidoso”, daqueles que só vão a ágapes fraternais, ou daqueles que só entraram na Maçonaria por status ou para obterem vantagens. Estes são a minoria. Nossa Ordem se mantém graças àqueles Irmãos que respiram Maçonaria; que tem a Ordem no sangue; que vestem o Avental e trabalham com amor; Obreiros realmente úteis e dedicados.
Somos todos combustíveis da chama da Maçonaria e graças a esses Irmãos valorosos esta chama não se apa-gará; mas precisamos, de alguma forma, aumentar esta chama dando uma levantada nestes Irmãos desanima-
dos, para que eles retornem às suas Lojas com toda Força e Vigor de quando eram Aprendizes Maçom; e quiçá nossa Ordem volte a atuar como atuava na época das grandes conquistas como a Inconfidência Mineira, a Conjuração Baiana (Revolta dos Alfaiates), a Guerra dos Farrapos, a Sabinada, a Revolução Pernambucana, a Independência do Brasil, a Proclamação da República, o Levante do Go-verno Republicano e a Abolição da Escravatura. Em todos estes movimentos a Maçonaria se fez presente através das Lojas Maçônicas e Sociedades Secretas de caráter maçônico, já existente, tais como: "Cavaleiros da Luz" na Bahia e "Areópago de Itambé" na divisa da Paraíba e Per-nambuco, bem como pelas ações individuais ou de grupos de Maçons.
Para isso também devemos esclarecer mais, “e muito mais”; aos futuros Candidatos, sobre o que é a Maçonaria, o que é ser Maçom e as responsabilidades de um Maçom.
Volto a dizer aqui que não estou generalizando a situa-ção, e se algum Irmão se sentiu ofendido, peço desculpas, mas apenas estou exercendo o direito de expor meu pen-samento, minha opinião.
Um TFA e que o Grande Arquiteto do Universo ilumine a todos.
Unir sempre, separar jamais!
João Carlos Bianco.:
“”SE EXTINGUIRMOS A VAIDADE A MAÇONARIA SERÁ PERFEITA E UMA “”
Cont. A Evasão dos Irmãos nas Lojas
MENSAGEM
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Informativo CHICO DA BOTICA
- Ano 9 Edição 068 - 31 Mar. 2013 -
oja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
1. Introdução
Revendo a história da humanidade não se pode por
em dúvida que governantes e governados sempre existi-
ram nas mais diversas formas que se possa conceber. O
primeiro grupo formado por uma minoria detinha o mando
e o segundo, a maioria seguia ou obedecia ao poder exa-
lado daquele. Numa análise reducionista destes grupos e
apontando para o histórico bíblico das origens do ser hu-
mano pode-se chegar a uma forma binária de seus inte-
grantes que constituíam a maioria, no caso Adão e Eva e
a minoria que dita as normas, regras e leis e que se cons-
tituía no ser Uno, ou seja, o Deus Criador.
Assim é, pois por mais óbvio que seja a minoria gover-
na e, a massa, o povo segue, submete-se, se sujeita. Es-
ta maioria sofre a ação ou o processo ou ainda, os efeitos
benéficos ou não da governança. É uma ação latente que
permanece viva na relação social em curso, enquanto
perdurar e for aceita, também de modo latente nas hostes
arregimentadas.
A forma como é identificada esta relação grassou pe-
los tempos, desde os mais remotos onde a força impunha
suas regras, ou a sabedoria de outros descobriam formas
de entremear mistérios naturais de forma a propagar sin-
cretismos e impor elementos místicos com o ficto de usu-
fruir poderes. Nesta ordem se apresentam os pajens das
sociedades tribais, os sacerdotes que ungiam seus reis,
até chegar às classes sociais: nobres, religiosos, burgue-
ses. E, nossos dias com os poderes constituídos.
2. Desenvolvimento – o senso comum
O poder de mando que é a ação ou o efeito de man-
dar, governar, exercer o domínio ou o poderio sobre de-
terminado povo, determinado grupo social por mais tribal
que seja a sociedade, emana do senso comum que este
grupo estabelece entre si e aqueles detentores da função
ordenatória das relações.
Por senso comum o dicionário Houaiss define como:
conjunto de opiniões, ideias e concepções que, prevale-
cendo em um determinado contexto social, se impõem
como naturais e necessárias; - neste sentido sobrepõem-
se o estabelecimento de regras, normas e leis e toda a
estrutura jurídica necessária para regrar as relações do
grupo. Por conseguinte surge o juiz, o tribunal e o proces-
so de julgamento, quando as necessidades naturais do
grupo sofrem o seu desfazimento por parte de alguém e
não são atendidas, causando ou não prejuízo.
Conta-se no histórico bíblico que Abrahão, da série de
patriarcas longevos, cerca de 1700 antes de Cristo, proce-
dente de Ur (Mesopotâmia), veio instalar-se em Canaan, e
gerou dois filhos: Ismael com a concubina Hagar e Isaac
com a esposa Sara com mais de noventa anos após anún-
cio do Senhor, Iaveh, de que era possível ter filhos. Com o
tempo Sara que aceitava o filho Ismael passa a proteger o
seu, Isaac e o renega mandando embora junto com Hagar,
sua mãe para o deserto, surgindo então os árabes, povo
do deserto. Isaac dá origem aos hebreus, o povo escolhido
(fonte Gênesis 16-21).
Obs.: Isaac casa-se com Rebeca, sobrinha de Sara, e
tem dois filhos, os gêmeos Esaú e Jacó, este último tem
mudado seu nome para Israel, nome ao qual seus descen-
dentes até o dia de hoje são conhecidos. (fonte: idem)
O texto bíblico declara que Deus prometeu a terra de
Canaan, que depois veio denominar-se Palestina, aos des-
cendentes de Abrahão. O patriarca viveu no tempo do rei
Hammurabi, da Mesopotâmia, com seu famoso Código de
Kevin (escrito por kevin ou Hammurabi), um dos mais
antigos conjuntos de leis escritas já encontrados que
serviram de ordenamento das relações tribais de vários
povos e encontra respaldo em temas cotidianos como a
Lei de Talião (olho por olho), o direito da mulher de
escolher outro marido caso o seu seja feito prisioneiro de
guerra e não tenha como prover a casa, ou a obrigação do
homem de prover o sustento dos filhos mesmo que se
separe de sua mulher, etc. ( 281 artigos).
No seu epílogo, Hamurabi afirma que elaborou o
conjunto de leis "para que o forte não prejudique o mais
fraco, a fim de proteger as viúvas e os órfãos" e "para
resolver todas as disputas e sanar quaisquer
ofensas" (fonte Wikipédia)
Há portanto todo um conjunto de leis criadas, em
princípio transmitidas de forma oral com o objetivo de
homogeneizar o reino, as tribos, os povos existentes,
juridicamente e garantir uma cultura comum.
Da parte da tribo dos hebreus, numa determinada
MINORIA LATENTE E O CONSENSUAL
* Irmão Artêmio G. Hoffmann
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Informativo CHICO DA BOTICA
- Ano 9 Edição 068 - 31 Mar. 2013 -
ojá Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
Cont. MINORIA LATENTE E O CONSENSUAL
época premidos pela seca em sua região e a fome
inclemente, foram bater as portas do Egito, próspero e
abundante em comida, guiados por Jacó, neto do patriarca
Abrahão e filho de Isaac. Recebidos e feitos praticamente
escravos, transformados em trabalhadores comuns
perdiam suas características que nominavam de seus
ancestrais e sempre almejavam retornar a sua terra
prometida.
Governantes e governados aceitavam as regras ditadas
pela minoria, os faraós que produziam na maioria, os go-
vernados a hominização, ou seja, a aquisição de caráter
ou atributos diferentes daqueles relacionados a seus an-
cestrais. Perdiam suas características e deixavam se sedu-
zir por esta nova cultura. Mesmo assim forças se erguiam
contrapondo-se a essas anomalias, e, muito embora per-
sistisse a tal situação os hebreus, que dariam origem aos
judeus em geral, alcançaram relativo progresso.
O Egito após o seu auge declinava. Houve então a rup-
tura, a revolta, a não aceitação do regime degradante de
escravidão e a historia nos conta que surge Moises. Aque-
le que irá guiar o povo em busca do seu destino. (1270 a
1220 a.C.) Com ele renovam-se as esperanças. Era senso
comum agora voltar. Sair do jugo egípcio e retornar a terra
prometida e sonhada.
Moises passou a lutar pela libertação do seu povo. Não
havia um juiz, nem tampouco um árbitro internacional, um
“tribunal de exceção” para dirimir a contenda. Segundo a
tradição judaico-cristã Moises contou com as dez pragas
que Deus enviou através de suas mãos sobre o Faraó do
Egito e as divindades específicas: a natureza, os deuses
animais, para que o povo fosse libertado.
3. O Mistério dos 400 quilômetros – o senso comum
modificado
Para que o povo hebreu libertado atinja seu intento,
diversas rebeliões internas são debeladas, pelas mãos do
Moises bíblico. Se forem verdadeiras ou não estas facetas
ficamos a mercê dos copistas dos textos que impuseram
sua vontade ou a de necessidades ou de ordem de seus
superiores para satisfazer vontades próprias da época.
Outros achados arqueológicos alguns considerados apócri-
fos servem para trazer as informações do histórico momen-
to do êxodo bem como a saga do objetivo principal em al-
cançar a terra prometida.
Um grande mistério não bem explicado nesta jornada
até a terra prometida aparece em diversos escritos e tex-
tos tratando do que alguns autores denominam o Mistério
dos 400 Quilômetros. Do Egito até Canaan, seria uma
distância de apenas cerca de 400 quilômetros. Moisés e
seus seguidores, que chegaram a enfrentar rebeliões in-
ternas, levaram 40 anos para percorrê-la!
A explicação remete a suposição de que o povo eleito,
agora liberto, antes fosse capacitado moral e espiritual-
mente, sendo obrigado a renegar vários deuses pagãos;
os Dez Mandamentos (leis de convívio moral e social);
além de preceitos básicos de higiene e profilaxia. (Fonte:
www.culturabrasil.pro.br). Preceitos básicos ora transmiti-
dos pelo "Senhor Deus”, através de Moises.
Aqui vemos o senso comum modificado. Os he-
breus, trabalhando para os egípcios, muito embora alguns
escritores não os considerassem escravos, pois podiam
viver juntos, criar seus filhos e preservar sua língua e
seus costumes, além de alguns ocuparem cargos impor-
tantes no governo dos faraós, eram impedidos de saírem
do reino.
Acostumados por longos anos à civilização e religião
do Egito sofreram influencias que foram adaptando aos
seus costumes. A religião egípcia era concebida no sim-
bolismo totêmico, ou seja, uma representação ou um em-
blema geralmente entalhado ou pintado de um animal,
planta, objeto ou ainda, de forças naturais que servem
como símbolo sagrado, tendo uma divindade principal e
abrangendo uma diversificação em deuses intermediários,
menores, caracterizando um sistema politeísta.
Segundo a lenda, os primeiros egípcios acreditavam
que o universo era regido por dois deuses, o sol e a lua.
Osíris representava o sol e era a divindade superior e Isis
representava a lua, completando-se a tríade dos deuses
míticos com o filho Horus. A par disso havia uma associa-
ção dos deuses e animais sagrados considerados uma
divindade protetora. Osíris e Ísis eram reconhecidos por
julgar a alma dos egípcios quando morriam e decidir so-
bre seu destino. Mas, no início de seu culto, era conheci-
do apenas por ser a reencarnação de forças da terra e
das plantas. O crescimento da representação de Osíris na
cultura religiosa do Antigo Egito foi monumental a ponto
de substituir o culto solar. Fonte: http://
www.ocultura.org.br/index.php/Os%C3%ADris
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Informativo CHICO DA BOTICA
- Ano 9 Edição 068 - 31 Mar. 2013 -
ojá Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
Cont. MINORIA LATENTE E O CONSENSUAL
No julgamento de Osíris, o morto levado ao mundo sub-
terrâneo pela barca solar, se apresenta na sala da dupla
justiça, onde tem assento Osíris... Depois de o morto ter-
minar a sua confissão, seu coração é depositado em um
dos pratos da balança, enquanto que no outro, figura o
símbolo da verdade, representada por uma pena de aves-
truz... Osíris pronuncia a absolvição ou a condenação... Se
houver absolvição, a alma do morto será assimilada ao
próprio Osíris; se condenado, a alma culpada será devora-
da pelo monstro postado em frente ao Tribunal. (fonte: In-
terpretação: Ritual dos Graus 4 ao 33 do REAA do S-
CRGS)
A crença do julgamento dos mortos persistiu entre os
judeus e se transferiu aos cristãos, com algumas modifica-
ções. Assim eram em resumo, as importantes manifesta-
ções da cultura egípcia na história do pensamento assimi-
ladas por grande parte dos povos no decorrer das épocas
que compreendiam desde os hebreus (judeus ou israeli-
tas) oriundos do êxodo como sobre os gregos, romanos e
outros da civilização ocidental.
Quanto aos judeus guiados pelas iluminações e visões
de Moisés, passaram a ser orientados a adorar um só
deus, Jeová (ou Javé), constituindo-se nos primeiros pas-
sos em direção ao monoteísmo. O senso comum das in-
certezas passadas deveria dar lugar ao senso comum
modificado pelas sentenças ditadas pelo Deus Uno, atra-
vés de Moises.
Os reflexos do pensamento egípcio, no entanto, esta-
vam presentes. Na primeira incerteza, ou na rebeldia de
uma minoria latente, na ausência de Moises, os israelitas
construíram um bezerro de ouro e passaram a adorá-lo
para a fúria do seu guia. Mas o que seria também, a ser-
pente de Moises senão um animal sagrado egípcio? Mes-
mo assim o pensamento foi se modificando, as leis divinas
aceitas, sendo cumpridas e após 40 anos o povo escolhido
estava pronto para entrar na terra prometida. O monoteís-
mo passou a ser consenso da maioria dos membros da
coletividade pela concordância ou uniformidade de opini-
ões, pensamentos, sentimentos, crenças etc. (dicionário)
4. Os Tribunais – o consenso
Tribunais e julgamentos sempre existiram na história da
humanidade em suas mais diferentes e estranhas formas
pelas quais a atualidade poderia se surpreender ao en-
contrar as mesmas tão díspares das de então.
Segundo fontes diversas podemos afirmar que a Santa
Vehme era um tribunal secreto apontando sua origem ao
tempo de Carlos Magno, (Sec. IX) e tendo ressurgido na
Alemanha no Século XIII, instituído para manter a paz
pública, agiam também em nome da Igreja, contra os
blasfemos e hereges, julgando todos os crimes que as
perturbassem, não importando quem os cometesse.
Os membros eram chamados franco-juizes, e no mais
profundo segredo julgavam os crimes que os seus inicia-
dos espalhados em toda a Alemanha, lhes apontavam e
aos quais eram obrigados a executar as sentenças dos
juízes, senão no mais das vezes os próprios juízes eram
os executores. O condenado era apunhalado por mão
desconhecida e o seu cadáver pendurado numa árvore
sobre a qual era fixado um punhal, sinal de vingança da
Santa Vehme.
O poder que exercia a revelia da autoridade formal
chegou a ser legitimado com o Imperador Carlos IV atri-
buindo-se lhe poder jurisdicional, tendo sido exercido des-
ta forma também de direito. Fato curioso é o excesso de
iniciados chegando a atingir cerca de 20% da população
da Alemanha, o povo é claro, para livrar-se da Vehme, a
ela aderia, porém os abusos posteriormente cometidos os
fizeram abolir e, definitivamente desapareceram “por volta
de 1811, quando as tropas de Napoleão invadiram (?) a
Alemanha. (fonte: Ritual dos Graus 4 ao 33 do REAA do
SCRGS). Obs. Na verdade Napoleão em 1810 estava em
Portugal e 1812 na Campanha da Rússia. Alemanha na
época era um território, o que merece um estudo em parti-
cular.
Revela-se neste ensaio a existência deste tribunal pela
forma como procedia. Era senso comum o combate a
bandidagem, o que as autoridades constituídas não con-
seguiam fazer. Institui-se um poder secreto profundo com
a finalidade de julgar e ao mesmo tempo justiçar os cri-
mes cometidos e denunciados por seus iniciados espalha-
dos por todas as jurisdições.
Formal ou de direito cumpria seu papel. O povo temia.
O povo aderia, tornava-se cúmplice até que o seu avilta-
mento e abusos praticados diminuíssem sua eficácia.
Com valores reduzidos modifica-se o pensamento e
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Informativo CHICO DA BOTICA
- Ano 9 Edição 068 - 31 Mar. 2013 -
ojá Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
cria-se um consenso de mudança ou se estabelece o
consensualismo para acabar com a forma como eram
regidas as relações humanas.
Trazendo para o mundo moderno os conceitos e exem-
plos até aqui relatados, podemos ver suas semelhanças e
a agilidade com que os instrumentos de comunicação, co-
bertos por uma tecnologia renovada a todo instante, alte-
ram significativamente o passo a passo da humanidade.
Adam Smith e os grandes economistas do passado ficari-
am impressionados com a voracidade com que a mídia
cria costumes (um costume), de uso, de moda, de estilo ou
procedimento e gera uma necessidade de consumo.
Do lançamento da ideia (costume), o bom senso diz
não; com o martelo do marketing o senso comum é aplai-
nado e modificado e a necessidade é gerada para alegria
da indústria, do comércio que repassa o produto. Para es-
tar-se na moda e não ser passado para trás gera-se um
consenso para aquilo a ser consumido, comprado,
“tietado” a exaustão.
No meio jurídico vem acontecendo mudanças conjuntu-
rais que certamente afetarão gerações futuras. Vemos re-
gras, normas e projetos de leis sendo gestadas ou já em
uso: - Leis das diversidades, racial, gays/lésbicas/
simpatizantes; cotas, índios, da penha. – estatuto dos ado-
lescentes, dos idosos... Lei da palmada; - o direito alterna-
tivo sendo gestado para ser introduzido no “novo” Código
Civil; – Lei do desarmamento que em síntese só protege o
delinquente; - Lei do divórcio e da união estável; - do
“casamento” entre pessoas do mesmo sexo, com o incenti-
vo contundente da mídia televisiva e outros através de jor-
nalistas e artistas comprometidos com a causa e apoio
governamental... Distribuição maciça e massiva de preser-
vativos a toda a sociedade; - kits escolares altamente dire-
cionados; a drogadição latente; - o direito a adoção de fi-
lhos por casais não convencionais, enfim a desestrutura-
ção familiar.
5. Conclusão
São preocupantes estes apontamentos já em gestação
ou aplicados solerte a iniciativa de minorias latentes e radi-
cais. A habilidade de aduzir suas razões ao propor tais
conjeturas pode-se dizer são imensas tanto quão falacio-
sas em detrimento de uma maioria omissa, que não quer
se comprometer e resvala para o consenso de por fim
apoiar, já que não tem outro jeito!
Há de se contrapor que a política partidária dos últimos
tempos vem beneficiando segmentos que auxiliam nesta
caminhada inexorável a uma crise que se avizinha, ou por
ineficiência de base, ou por intuito ideológico, ou pela sim-
ples locupletação sua e de seus acólitos. O resultado des-
sa partilha podemos sentir através do julgamento a que
estão sendo submetidos aqueles que de uma forma ou de
outra foram beneficiados sem uma justificativa que fosse
moral e legal.
Nossa pretensão com este ensaio foi, portanto trazer
à consideração a análise do que está em curso, com a
ação por assim dizer de espertezas e da hábil sagacidade
de minorias latentes que induzem o senso comum a
uma modificação. Por conseguinte criando um consenso
adutor dos próximos movimentos.
Fica um alerta para que se o objetivo em uma de suas
premissas é a desestruturação familiar, o fim da família
constituída: pai, mãe, filhos; - célula de uma sociedade!
Então chegamos ao caos social e do estado como nação.
Observemos as minorias latentes que tanto promo-
vem o desenvolvimento humano como também podem
promover a sua derrocada.
Or de Cachoeira do Sul, outubro de 2012. Artêmio G. Hoffmann - GORGS
V M da ARLS “União Fraternal nº. 318”. REAA Membro Efetivo da Loja “Francisco Xavier Ferreira de
Pesquisas Maçônicas”. - MLAA
Cont. MINORIA LATENTE E O CONSENSUAL
Sugestão de leitura formulada pelo Ir Marco Antonio
Perottoni - MI Loja Cônego Antonio das Mercês - MLAA e Mem-
bro Efetivo da Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Ma-
çônicas - Or.·. de Porto Alegre - RS - GORGS
1 - Título: “A Maçonaria e as Tradições Bíblicas”
Autor: Joaquim Roberto P. Cortez
SINOPSE: (Apresentação parcial)
... Aqui são feitos comentários acerca das Tradições Bíblicas
absorvidas pela Maçonaria. Ritos e Rituais se basearam muitas
vezes na Bíblia, não só pelo conteúdo religioso, mas pelos tão
propalados "arquétipos" e "símbolos". Da Sociologia à psicanáli-
se muitos foram os estudos e adequações às mais diferentes
formas de pensamento que ela ofertou naturalmente, sem que
para isso quem a lesse tivesse obrigatoriamente que ser Cris-
tão... (Os Editores)
É uma leitura agradável e de bom conteúdo cultural.
Editora “A TROLHA” Ltda – Londrina – PR - 2011 – 168 pág.
Uma boa leitura!
COLUNA DO CHICO DA BOTICA
Organização
Templo : Leonello Paulo Paludo Centro Templário - 3º andar Rua Aureliano de Figueiredo Pinto, 945
Dia da Oficina: 3º Sábado de cada mês Hora: 10:00 h
AUG :. RESP :. LOJ :.
“FRANCISCO XAVIER FERREIRA
DE PESQUISAS MAÇÔNICAS” -
JURISDICIONADA AO GORGS
Página 8 Informativo CHICO DA BOTICA
- Ano 9 Edição 068 - 31 Mar. 2013 -
É páscoa , é passagem,
Informativo Virtual destaca:
1. INÍCIO DOS TRABALHOS
O mês de março marca o início dos trabalhos na
Chico da Botica mais precisamente no terceiro sábado e
que se repete nos meses seguintes. Não foi diferente
este ano, quando alguns Irmãos e outros que não pude-
ram se fazer presentes em vista do envolvimento com as
eleições deste ano e que são capitaneados pelo nosso
Venerável Laurinho, os Irmãos se reúnem nas dependên-
cias do Centro Templário, (terceiro andar, Templo Leonel-
lo Paulo Paludo, Rua Aureliano de Figueiredo Pinto, 945).
Destacamos neste encontro as novas instalações
do Centro Templário visitadas, como a Portaria, o Painel
que identifica o edifício. Aliás com observações sobre a
ideia que sugere: inicia com a pedra bruta distribuída ale-
atoriamente na sua base, estendendo-se mais harmônica
para cima, chegando a regular e depois polida encimando
o nome CENTRO TEMPLÁRIO DO GORGS.
Realmente uma bela ideia que por si só já é uma
instrução completa maçônica.
Depois destas primeiras conjecturas, visitas e
elogios, os Irmãos se espalharam pelas confortáveis pol-
tronas da sala de espera e como não poderia deixar de
ser o assunto do momento foi a eleição do novo carismá-
tico Papa Francisco e suas consequências no mundo mo-
derno além de diversos outros assuntos como, também,
as próximas eleições para os cargos diretivos da Loja de
pesquisas Chico da Botica.
2. PUBLICAÇÕES INFORMATIVO CHICO DA BOTICA
Ir.·. Efetivos, Correspondentes e Colaboradores contatar:
- Marco A. Perottoni - e-mail: [email protected]
- Artêmio G. Hoffmann - e-mail: [email protected]
Obs: textos publicados são de inteira responsabilidade
dos autores
NOTÍCIAS RAPIDINHAS DA CHICO
Os Maçons ao longo dos tempos estiveram sem-
pre presentes em todos os eventos da nossa história, se-
não apareciam, agiam.
Quando Getúlio Vargas instituiu o seu governo aquela é-
poca ficou individualizada como a Ditadura de Vargas e
assim outras como Pinochet, Perón...
Nos idos do 31 de março de 1964 uma minoria desejava
mudar os rumos do país e a maioria da população se in-
surgiu cobrando o não alinhamento com aquelas ideias
revolucionárias e o momento é identificado como a Revo-
lução de 1964, quando um grupo de militares assumiu o
poder. Assim aparece a instituição permanente, Forças
Armadas, que sempre estiveram a cavaleiro de todas as
efemérides de nossa história, coletivamente promotora do
consequente período de 21 anos que é chamado de Dita-
dura Militar.
Neste 31 de março de 2013, é Páscoa, é Passa-
gem, é Pessach. A reflexão fica por conta da época con-
turbada que vivemos: violência, corrupção, insegurança.
Os Maçons, (não a maçonaria da vaidade dos títulos e
cargos) que não aparecem, estão agindo?
Obs. Pessach (do hebraico, passagem) é a "Páscoa judai-
ca", também conhecida como "Festa da Libertação", e ce-
lebra a fuga dos hebreus da escravidão no Egito em 14
de Nissan no ano aproximado de 1280 a.C (fonte net)
Reflexões: 31 de março de 2013 - Páscoa
INÍCIO DAS ATIVIDADES NA CHICO DA BOTICA
O distraído nela tropeçou.
O bruto a usou como projétil.
O empreendedor, usando-a, construiu.
O camponês, cansado da lida, dela fez assento.
Para meninos, foi brinquedo.
Drummond a poetizou.
Já, Davi, matou Golias.
Michelangelo extraiu-lhe a mais bela escultura.
Em todos esse casos, a diferença não esteve na pedra,
mas no homem!
Não existe "pedra" no seu caminho que você não pos-
sa aproveitá-la para o seu próprio crescimento.
Não reclames, nem te faças de vítima.
Antes de tudo, analisa e observa.
A mudança está em tuas mãos.
Reprograma a tua vida.
Chico Xavier
Reflexões:
A PEDRA (Autor desconhecido)